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    quinta-feira, 8 de março de 2012

    “E os milhões mortos pela Santa Inquisição?”, perguntam. E eu respondo.

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    Blog
    Reinaldo Azevedo

    Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil
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    07/03/2012
    às 20:55
    “E os milhões mortos pela Santa Inquisição?”, perguntam. E eu respondo.

    Escrevi em alguns posts que os valores essenciais do cristianismo certamente conduzem um juiz a um bom caminho — isso se o crucifixo estivesse em alguns tribunais por isso. Mas a razão, como já expliquei, é outra. Sempre que se fala do cristianismo, conjugam-se as mais variadas correntes de difamação da religião, especialmente do catolicismo, que se foram formando ao longo da história. A mais recente — historicamente falando — e mais poderosa, claro, é o marxismo. Atrocidades foram cometidas por autoridades eclesiásticas em quase dois mil anos de história? Foram, sim! E a própria Igreja se debruçou sobre isso.

    Uma das técnicas da militância política, que deveria causar repúdio aos historiadores, é distorcer os fatos para vender uma ideologia. Infelizmente, no Brasil e em boa parte do mundo, quando o tema é religião, a irracionalidade predomina… em nome da razão! Nos colégios, nos cursinhos, nas universidades, professores se referem aos “milhões de mortos da Inquisição”, por exemplo, para tentar criticar não aquela Igreja do passado, mas a do presente. Parece que não há diferença entre as práticas do século 17 e as do século 21!!! Imaginem se todas as barbaridades que os cientistas já cometeram, na comparação com o que sabemos hoje, fossem usadas para considerar a ciência, então, um discurso brutalizante. “Religião não é ciência”, gritará alguém. De fato, a crença não é um objeto que possa ser dissecado à luz das leis da natureza. Mas existem uma ciência teológica e uma ciência moral que remetem ao conjunto de experiências e conhecimentos acumulados no terreno da fé. Adiante.

    Ao longo do tempo, por bons e maus motivos, a Igreja foi uma inimiga poderosa de poderosos. Misturou-se e não se distinguiu da política durante um largo período. E foi, nem poderia ser diferente, alvo de difamações. Uma delas diz respeito justamente aos tais “milhões” de mortos da Inquisição. Uma leitora, Tereza Cristina, manda o comentário que segue. Ao responder a ela, respondo a dezenas, talvez centenas de outros comentários de igual teor. Leiam.

    Reinaldo, você pode até discordar da Liga Brasileira de Lésbicas é um direito seu. Mas negar parte da história do Cristianismo no seu discurso é inaceitável. As acusações feitas a Liga hoje por você já foram práticas do Cristianismo. Não vamos esquecer da SANTA INQUISIÇÃO: momento que sabemos muitos morreram, foram torturados, sofreram perseguição religiosa e que a proteção da vida não foi lembrada. Seria bom também, se tivéssemos como voltar no tempo e perguntar aos africanos que vieram para o Brasil sobre PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA.Só para lembrar: A Inquisição foi um espécie de Tribunal religioso criado na Idade Média para condenar TODOS que eram contra os dogmas pregados pela Igreja Católica.Mandou para a fogueira milhares de pessoas como você mesmo falou ” crime simplesmente por não concordar com eles. De que mesmo a Liga está sendo acusada???? Contra fatos não há argumentos.

    Comento
    Em primeiro lugar, não acusei a “Liga Brasileira de Lésbicas” de coisa nenhuma — só de intolerância. Quanto à Santa Inquisição, republico um texto do site católico Veritatis Splendor - Memória e Ortodoxia Cristãs, que põe as coisas nos seus devidos lugares, com as necessárias referências bibliográficas.

    Quem ainda estiver disposto a aprender alguma coisa vai se surpreender com o texto. Quem já sabe ficará satisfeito com a divulgação dos fatos — ou vai se zangar porque a mentira lhe é útil. E há sempre aquele que não vai querer aprender nada: “Ah, o Reinaldo está dizendo que a Inquisição foi bolinho”. Atenção! A fase do Terror, da Revolução Francesa, matou, em um ano, milhares de pessoas — os números variam de 16 mil a 40 mil. Muitas vezes mais do que a Inquisição em quatro séculos! Fidel Castro fuzilou, sozinho, muito mais do que o Santo Ofício ao longo da história: 17 mil pessoas. Se considerarmos, então, os mais de 80 mil que morreram afogados tentando fugir da ilha… Mao Tse-Tung matou 70 milhões; Stálin, 25 milhões; Hitler, 6 milhões…

    Não, senhores! Eu não estou negando que a Igreja tenha praticado brutalidades. Como vocês verão abaixo, no entanto, ela podia ser muito mais branda que os tribunais civis. Mas isso é o de menos. Invariavelmente, os que querem mandar a Igreja, mesmo a de hoje, para o banco dos réus costumam mandar para o trono Robespierre, Fidel, Mao, Stálin…

    Leiam o artigo, reflitam, pesquisem.
    *
    A Inquisição exterminou 30 milhões de pessoas?
    Para muitos estes supostos dados de “milhões de mortes” são as provas claras e literais do obscurantismo e corrupção da Igreja católica durante a “Idade das Trevas” podemos então afirmar a veracidade destes números que pressupõem que um verdadeiro “holocausto” foi promovido por parte do clero da Igreja Católica?

    É comum vermos na literatura secular, em filmes e documentários, pior nas escolas do ensino fundamental e médio e até em faculdades e universidades, a afirmativa de que a Igreja “torturou e matou milhares”, alguns dizem milhões de pessoas aniquiladas pela Inquisição. Há também diversos ambientes acadêmicos no Brasil em que é nítido tal interpretação, são muitos autores e professores universitários a partilhar dessas objeções.

    É inegável a atuação da Inquisição assim como os julgamentos, qualquer contraposição é uma aberração um erro grotesco de história, a crítica veiculada neste texto é dirigida aos números de mortes e incidentes referentes aos cerca de 386 anos de atuação, deste tribunal eclesiástico.

    Muitos podem até dizer que números não importam, contudo ela “matou e torturou”, a questão é que nesta situação os números representam o maior pretexto e fonte de contradições a temática, pois tendem a alimentar e propagar a ideia de uma tragédia histórica, sem controle, um crime, um perverso e criminoso ato, vindo da Igreja contra a humanidade. Não levando em conta os fatores, o contexto e as posições religiosas da época estaria correto colaborar com estas argumentações e afirmações? Teria sido uma ferramenta de perseguição e extermínio de quem ousava pensar diferente? ou trata-se de posições subjetivas oriundas do homem contemporâneo?

    Vale salientar que estas sociedades eram claramente ligadas ao bem e ‘alegria social’ (Pernoud, 1997) e da religião “em função da fé cristã” (Daniel Rops, Vol. III. p. 43), tinham como ferramentas de prevenção, a condenação de grupo ou individuo, para evitar a contaminação de confusões e divisões que ruíam ‘todo o sistema e ordem social da época’ (Gonzaga, 1994) além de evitar a propagação de heresias e divisões entre os fieis na Cristandade, assim os códigos penais abraçavam e previam comumente a tortura e a morte do réu. E o povo entendia que estes eram os princípios jurídicos e inquisidores (cf. Mt 18,6-7) que evitavam a expansão de cismas e heresias.

    Mas seriam verdadeiros estes indicies sobre a Inquisição? Ou é maquinação vinda dos inimigos da religião que tiram proveito não só da Inquisição ou das Cruzadas, centram-se também nos erros e faltas morais de alguns filhos da Igreja para fazê-los de “cavalo de batalha na sua guerra contra a religião e para perpetuamente as estarem lançando em rosto à Igreja.” como disse o historiador e Pe. W. Devivier, S.J. Fato que “é da natureza da Igreja provocar ira e ataque do mundo” segundo Hilaire Belloc.

    A principal finalidade do artigo não é amenizar os efeitos da Instituição ou fazê-la mais branda, mas trazer a tona os fatos e verdadeiros números da referida instituição, cujos estudiosos sérios testemunham para que possamos construir uma justa interpretação do tema, sem nos veicularmos a nenhuma propaganda anticatólica.

    Vamos tomar como referência as Atas do grande Simpósio Internacional sobre a Inquisição, em que 30 grandes historiadores participaram vindos de diversas confissões religiosas, para tratar historicamente da Inquisição, proposta motivada pela Igreja. O Papa João Paulo II afirmou certa vez: “Na opinião do publico, a imagem da Inquisição representa praticamente o símbolo do escândalo”. E perguntou “Até que ponto essa imagem é fiel à realidade”.

    O encontro realizou-se entre os dias 29 e 31 de Outubro de 1998. Com total abertura dos arquivos da Congregação do Santo Oficio e da Congregação do Índice. As Atas deste Simpósio, foram anos depois reunidas e apresentadas ao público, sob forma de livro contendo 783 paginas, intitulado originalmente de “L’Inquisione” pelo historiador Agostinho Borromeo, professor da Universidade de La Sapienza de Roma. O mesmo historiador lembrou “Para historiadores, porem, os números têm significado” (Folha de S. Paulo, 16 junho 2004).

    As atas documentais do Simpósio, já foram utilizadas em vários obras de historiadores, e continuam a ser, tais documentos são resultados de uma profunda pesquisa sobre os dados de processos inquisitoriais: as seguintes afirmações foram declaradas pelo historiador Agostinho Borromeo.

    Sobre a “famigerada e terrível” Inquisição Espanhola:
    “A Inquisição na Espanha celebrou, entre 1540 e 1700, 44.674 juízos. Os acusados condenados à morte foram apenas 1,8% (804) e, destes, 1,7% (13) foram condenados em “contumácia”, ou seja, pessoas de paradeiro desconhecido ou mortos que em seu lugar se queimavam ou enforcavam bonecos.”

    Sobre as famosas “caças às bruxas”.
    “Dos 125.000 processos de sua historia [tribunais eclesiásticos], a Inquisição espanhola condenou a morte 59 “bruxas”. Na Itália. 36 e em Portugal 4.”

    E a propaganda de que “foram milhões”.

    Constatou-se que os tribunais religiosos eram mais brandos do que os tribunais civis, tiveram poucas participações nestes casos, o que não aconteceu com os tribunais civis que mataram milhares de pessoas.

    Sentenças de um famoso inquisidor:
    “Em 930 sentenças que o Inquisidor Bernardo Guy pronunciou em 15 anos, houve 139 absolvições, 132 penitências canônicas, 152 obrigações de peregrinações, 307 prisões e 42 “entregas ao braço secular” ([citado em] AQUINO, Felipe. Para entender a Inquisição. 1 ed. Cleofas. Lorena. 2009, p. 23).

    O Simpósio conclui que as penas de morte e os processos em que se usava-se tortura, representam números pouco expressivos, ao contrario do se imaginava e foi propagado. Os dados são uma verdadeira demolição e extirpação de muitas ideias falsas e fantasiosas sobre a Inquisição.

    “Hoje em dia, os historiadores já não utilizam o tema da inquisição como instrumento para defender ou atacar a Igreja. Diferentemente do que antes sucedia, o debate se encaminhou para o ambiente histórico com estatísticas sérias” (Historiador Agostinho Borromeo, presidente do Instituto Italiano de Estudos Ibéricos: AS, 1998).

    Bom que tudo isto tem mudado é sinal de esperança, tomara que haja uma nova reconstrução “hermenêutica”, sendo esta necessidade histórica. Que com uma justa crítica acurada, superem-se as ambiguidades historiográficas.

    Pena que as correntes históricas penduram-se e os teóricos antigos, dizem eles os “conceituados” continuam a ser as referencias “fidelíssimas”, assim na prática pedagógica e histórica; seja superior (acadêmica) ou (média e fundamental) ensinos públicos, continua à ritualista tradição a-histórica, não transparente sobre os acontecimentos e de tom feiticista e alienado, incluindo dentre destes, muitos estudiosos, professores, e jornalistas brasileiros e do resto do mundo. “Há milhões de pessoas que odeiam o que erroneamente supõe o que seja a Igreja Católica” (Bispo americano, John Fulton Sheen).

    Referencias:

    AQUINO, Felipe. Para entender a Inquisição. 1º ed. Cleofas. Lorena. 2009.

    DEVEVIER, W. A Historia da Inquisição, curso de apologética cristã. Melhoramentos, São Paulo, 1925.

    L’INQUISIONI. Atas do Simpósio sobre a Inquisição, 1998.

    PERNOUD, Régine. A Idade Média: Que não nos ensinaram. Ed. Agir, SP, 1964.

    ROPS. Henri-Daniel. A Igreja das Catedrais e das Cruzadas. Vol. III. Ed. Quadrante, São Paulo. 1993
    Por Reinaldo Azevedo

    Tags: Igreja Católica
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    13 Comentários

    Ade
    -

    07/03/2012 às 21:35

    estamos esperando que os comunistas façam o mesmo.abram o seus arquivos e enfrentem os seus crimes .sim, porque quem silencia sobre os milhões de vítimas é cumplice moral dos genocidas stalin ,mao,guevara etc.é fácil apontar os crimes da igreja mas eles aconteceram em um tempo e contexto que só a história pode julgar.os acontecimentos revolucionários tinham e têem esta meta, o extermínio de populações inteiras.na guarida da igreja você podia até fingir uma conversão já, por exemplo na Coréia do Norte,você pode fingir que está desolado com a morte do ditador mas se cismarem que é mentira você vai correr pra onde?

    José Luiz
    -

    07/03/2012 às 21:27

    Excelente post Reinaldo. Espero que sirva para desmistificar um pouco a história da Inquisição. Afinal, milhares de professores propagam a tese dos “milhões de mortos” diariamente. Sou católico de formação e ateu por opção. Considero, porém, a decisão dos juízes do Rio Grande do Sul estúpida. Não deixa de ser um sinal preocupante a posição dos nossos doutos magistrados. O símbolo da Justiça tem os olhos vendados, como todos sabemos, mas os juízes não devem fechar os olhos para a história.

    Lopes
    -

    07/03/2012 às 21:23

    Marechal Reinaldo,

    Permita-me uma correção: os algarismos que se referem aos séculos não devem vir em romano (e.g., Século XXI)?

    Soldado Lopes.

    Fabricio
    -

    07/03/2012 às 21:22

    Incrivel.. Body counting no site do reinaldo… A Igreja torturou sim. E com o aval das mais altas autoridades católicas, que se diziam infalíveis. Alguém querer dizer que era parte do mundo da época é ridículo. A igreja não se manifestou também por negros não terem almas? Os homens mudam.. Mas a religião não deveria ser eterna? O Papa não deveria ser infalível? Os ensinamentos de Cristo não deveriam ser os mesmos em qualquer época? Como acreditar em 2012 em algo que estava tão errado em 1700?

    Franz S. Borges
    -

    07/03/2012 às 21:21

    Acho que todos estão discutindo a coisa errada, o que se condena é a unilateralidade dos símbolos religiosos em órgãos públicos. O catolicismo é 100% dominante. Deveria ter também homenagens a Lutero, Iemanjá, Chico Xavier, Buda e outros para ser democrático e representativo da população brasileira.

    Anônimo
    -

    07/03/2012 às 21:20

    Se a Inquisição tivesse matado milhões de pessoas, como afirmam certos idiotas, a população européia simplesmente teria sido dizimada.

    alberto santo andre
    -

    07/03/2012 às 21:16

    em cada momento da historia, existiu a exacerbacao do poder, que se materializa em massacre de inocentes ,porem o simbolo maior da ignorancia humana, e cultuar estas exacerbacoes acontecidas,nos tempos atuais ,e a coroacao em alto estilo da mediocridade daqueles que o fazem.

    Gustavo Almeida
    -

    07/03/2012 às 21:16

    Obrigado pela aula de história, Reinaldo!

    Epamimondas
    -

    07/03/2012 às 21:12

    Se vamos por essa ótica, os skinheads merecem consideração pois foi o nazismo situado no passado que exterminou.

    Por certo neste caso é diferente; afinal, nossa cultura não foi fundada dentro de princípios nazistas. Mas creio que seus crimes históricos não seria relevados mesmo nestas condições.

    Mas voltando então para a atualizadade: E quanto a Igreja interferir em campanhas de educação sexual? Numa nítida desconexão com a realidade da natureza humana, propõe abstinência ao ser humano ao invés de um método seguro. Método este sempre acompanhado de algumas vantagens. Mas o principal deles, é a parte sobre “educação” do “educação sexual”.

    Poderia me deter aqui no lobby contra as pesquisas com células tronco, mas isto é patinar na questão do aborto. Já sabemos as opiniões e argumentos de ambos os lados.

    Os princípios cristãos nada mais são do que princípios humanos universais, dos quais todas culturas civilizadas, independente da religiosidade, desenvolveram. Creditá-las à condição cristão soa tão ignorância histórica como dizer que a Inquisição matou milhçoes.

    Tibiriça Ramaglio
    -

    07/03/2012 às 21:12

    Reinaldo,

    É bom lembrar também que popularmente se fala muito da Inquisição da Idade Média e, como diz o artigo da Veritatis Splendor, os autos de fé datam especialmente do século XVI, quando a Idade Média já cedera lugar à Idade Moderna. Aliás, a própria expressão “Idade das Trevas”, com que se designa o interregno entre o fim do Império Romano e o dito renascimento, é produto do anticlericalismo. Como chamar de “Idade das Trevas” uma época que produziu luminares como Agostinho de Hipona, Duns Escoto e Tomás de Aquino, para não falar em Raimundo Lúllio? A verdadeira Idade das Trevas começou com o Iluminismo e a Revolução Francesa.

    Edgar Ehara
    -

    07/03/2012 às 21:10

    Perfeito, Rei. Não se pode comparar a Igreja Católica de séculos atrás com a Igreja Católica de hoje.
    Seria como questionar o Poder Judiciário atual em razão dos ordálios praticados no passado.

    morg
    -

    07/03/2012 às 21:10

    Reinaldo,
    1 - ponto final no título
    2 - na penúltima linha antes de Leiam o…: “…réus costumam…”
    morg

    Marcelo
    -

    07/03/2012 às 21:05

    Esse é mesmo um blog diferenciado. A estatística sobre as execuções durante a Inquisição eu desconhecia. Parei, li e aprendi mais um pouco. Em outros blogs é só gritaria. Aqui o conhecimento flui.

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    Immaculata mea

    In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.


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    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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