Ir. Sidónia Cecilia Schelingová (1916-1955) A Irmã Sidónia Schelingová (no século, Cecília), religiosa da Congregação das Irmãs da Caridade da Santa Cruz, nasceu no dia 24 de Dezembro de 1916 em Krivá, numa região montanhosa da Eslováquia norte-oriental, numa família camponesa, profundamente religiosa. A educação dos filhos fundamentava-se no princípio da realização dos deveres diários no campo, distinguindo-se pela solidez e pela solidariedade verdadeiramente exemplares. Em 1929, o pároco local introduziu na paróquia as Irmãs da Caridade da Santa Cruz, que a impressionaram pela sua disciplina e o seu amor por todos. Dois anos mais tarde, pediu para ser admitida entre as candidatas à vida consagrada nessa Congregação religiosa, recebendo o consenso imediato também da parte dos seus pais. Cecília frequentou primeiro a escola para enfermeiros, obtendo dois anos depois, a especialidade em radiologia. Em 1936 entrou no noviciado e no ano seguinte emitiu os primeiros votos, escolhendo nome de Sidónia (Zdenka) e "confessando" com convicção: "Quero fazer a vontade de Deus sem pensar em mim mesma, na minha consolação ou no meu descanso... Não compreendo as almas que têm medo de um Amigo tão terno" (Tirado dos seus Apontamentos espirituais). A amizade espiritual com Jesus caracterizou de tal maneira a sua vida religiosa e o seu trabalho de enfermeira, que uma das suas colegas pôde declarar: "A Irmã Sidónia era um modelo de religiosa e de enfermeira profissional". Em 1942, foi convidada para trabalhar em Bratislava, onde deixou a fama de uma caridade e de uma prontidão admiráveis, ao serviço de todas as pessoas com quem se encontrava na vida de todos os dias. Quando a Igreja de Cristo na Eslováquia foi dominada pelo regime totalitário comunista, as associações católicas foram suprimidas, os fiéis perseguidos, os Bispos e sacerdotes impedidos de exercer o seu ministério, deportados ou aprisionados. Nesse período, a Irmã Sidónia pôs no centro do seu coração o amor aos presbíteros perseguidos e a estima pelo seu ministério pastoral, afirmando que ninguém pode fazer mais pelo Povo de Deus do que os sacerdotes. Um dia, ao hospital de Bratislava, onde a Irmã Sidónia trabalhava, trouxeram um sacerdote em estado de inconsciência para ser curado e, depois, poder enfrentar o processo, durante o qual seria condenado e deportado para a Sibéria, onde encontraria a morte. Consciente do triste destino que o aguardava, Sidónia ajudou o sacerdote a deixar clandestinamente o hospital e, em seguida, foi à capela do hospital, onde rezou: "Jesus, ofereço-te a minha vida pela sua. Salva-o!", desejando ardentemente o martírio: "Devo sacrificar-me, devo amar o cálice do sofrimento... Sim, tenho sede de sofrimento, porque não me pertenço a mim mesma... O mundo há-de rir, mas eu desejo ardentemente ser mártir como tu, meu amado Cristo" (Oração, Jesus chama-me). Agindo ao serviço dos mais frágeis, a Irmã Sidónia "assinou a sua condenação à morte", como diria mais tarde um agente da polícia do Estado, pois ela não apenas "ousou contrariar os interesses da ideologia comunista, mas tornou possível a fuga de um sacerdote católico reaccionário", concluiu o mesmo agente. Assim, em Fevereiro de 1952, Sidónia foi aprisionada, interrogada, humilhada e torturada, com a finalidade de obter informações não só acerca das pessoas que a ajudaram a organizar a fuga do sacerdote, mas também sobre questões que nada tinham a ver com este episódio. Em Junho desse mesmo ano, depois de meses de torturas indizíveis, a Irmã Sidónia foi injustamente condenada "como feroz inimiga do regime popular democrático", a doze anos de prisão por alta traição (segundo a fórmula aplicada às condenações de sacerdotes e religiosos, que na verdade ocultava o odium fidei, nunca pronunciado abertamente) e a dez anos de perda dos direitos civis. A "via-sacra" da Irmã Sidónia continuou em várias prisões e hospitais carcerários, com um tumor maligno na mama e a tuberculose. Contudo, a religiosa não se queixava de ninguém, nem sequer dos seus algozes, depositando tudo nas mãos de Deus. Depois de diversos diagnósticos e do agravamento das suas condições de saúde, em Abril de 1955, recebeu a amnistia, porque temiam que morresse na prisão, segundo uma conhecida táctica dos agentes do regime comunista, para mostrar que não faziam mártires. Assim que deixou a prisão, depois de mais de três anos sem frequentar os Sacramentos, a Irmã Sidónia foi a uma igreja para se confessar e receber a sagrada Eucaristia. Foi internada no hospital de Trnava para aliviar as suas dores físicas, mas sem qualquer esperança de cura. No sofrimento, a que se predispôs com humildade exemplar e que foi por ela abraçado no abandono total à vontade do Pai, Jesus uniu-a a si de modo particular, pedindo-lhe que se fizesse vítima de amor pela salvação de um dos seus sacerdotes. Na manhã de 31 de Julho de 1955, depois de ter recebido o Viático, expirou piedosamente, com a idade de 83 anos, no momento em que na capela terminava o Sacrifício eucarístico, gozando de fama de mártir imediatamente após a sua morte, fama esta que perdura e aumenta com o passar do tempo. Em 1989 começou-se a falar abertamente do seu martírio.
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Gloria Patri et Fílio et Spirítui Sancto. Sicut erat in principio et nunc et semper et in saecula saeculorum. Amen CONSAGRADO AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA
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domingo, 6 de maio de 2012
Ir. Sidónia Cecilia Schelingová (1916-1955)
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Immaculata mea
In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.
Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim
“Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”
(Diário de Santa Faustina, n. 1037)
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