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    sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

    [Catolicos a Caminho] HISTÓRIA DA IGREJA (078) MANUELINO (Estilo) - Som !

     

     

        HISTÓRIA DA IGREJA

     

    Ano 1493.

    A Renascença, um movimento humanístico que nasceu na Itália no século XIV, espalhou-se pela França, Países Baixos e Inglaterra.

    Foi um período de transição entre a Idade Média e o Mundo Moderno secular que introduziu profundas mudanças que afectaram a literatura e as outras artes, a cultura geral, a política e a religião.

                          

                                   

              (078) – MANUELINO (Estilo) !

     

    Foram os historiadores e escritores românticos – Francisco A.de Varnhagen, Almeida Garrett e Luis da Silva de Albuquerque -  que, em meados século XIX, baptizaram com o nome de manuelina ou emmanuelina, a arquitectura que floresceu durante o reinado de D. Manuel I (1495-1521).

    A designação teve uma fértil aceitação entre os investigadores, embora não se adequasse com exactidão à realidade histórica, pois a arte manuelina iniciou-se anteriormente à proclamação do rei D.Manuel e prolongou-se  por vários anos deplois da sua morte.

    A arte manuelina está intimamemnte ligada às circunstâncias económicas, políticas e sociais da época e é uma resultante ímpar das suas inquietudes espirituais.

    Os dedscobrimentos marítimos, a consolidação do poder real, o auge das riquezas, o fausto da vida cortesã, o gosto requintado das élites, permitiram fazer desabrochar um estilo que interpretava uma situação cultural há muito tempo a gerar-se de maneira  invertebrada.

    A arte manuelina foi a síntese formal dum sentimento nacional e dum estilo de vida.

    Os historiadores não têm chegado a um acordo sobre as suas origens.

    A maioria procura encontrar as fontes mais imediatas no gótico final, que a precedeu; outros, em menor proporção, intentam encontrá-las na arte românica e na arte mourisca.

    Dessas três vertentes se nutre em certa medida a arte manuelina, para conformar um estilo inconfundível e original.

    A arte manuelina apareceu simultaneamente – ou ligeiramente depois – com a chamada arte isabelina de Espanha, com a qual tem muitos pontos de contacto.

    Mas em Portugal adquiriu uma plenitude estrutural e uma extensão e variedade estilística que não conheceu nas terras espanholas.

    O período pré-manuelino desenvolveu-se particularmente no Alentejo, onde trabalharam dois dos mais eminentes arquitectos manuelinos : João de Arruda e Boytac, da vida dos quais pouco se conhece.

    A presença de elementos de estilo muçulmano na arquitectura manuelina do Alentejo tem originado uma modalidade chamada mudejarismo.

    Na verdade, a arquitectura manuelina é fruto de uma série de variantes : por um lado,  a continuidade da arte  qutrocentista inserida nas correntes internacionais do gótico; por outro, a introdução de modos europeus distintos de influência inglesa; incorporação do ornato mudejar; tipologias mediterrânicas e do norte da Europa; plateresco espanhol.

    O manuelino propriamente dito concretiza-se no Mosteiro dos Jerónimos, obra de Boytac, começado em 1502, mas cuja fundação estava já pevista em 1496.

    A sua igreja pertence ao género das Igrejas bascas de tipo salão e das alemãs denominadas Hellenkirche, tlpo que  irá repetir-se na matriz de Arronches e outras.

    O estilo manuelino é, sem dúvida, dos mais característicos do gótico final no domínio da decoração; também sob o aspecto estrutural não deixa de ter originalidade.

    A obra de Boytac espalha-se por várias cidades e, através delas pode seguir-se a evolução do seu sóbrio estilo inicial até à sua ardente imaginação decorativa da época de maturidade.

    Se Boytac  pode ser considerado o clássico do manuelino, Mateus Fernandes foi o ramântico apegado às formas góticas.

    Mas podemos citar também os irmãos Arruda que deram uma entoação exótica e pitoresca ao manuelino e exasperaram as formas até ao limite máximo das possibilidades construtivas e do barroquismo.

    A obra essencial de Francisco de Arruda estará constituída pela Torre de Belém, de Lisboa (1515), mas introduz um fresco e refinado ressaibro oriental.

     

                                                    John

                                                                            Nascimento

     

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    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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