ORAÇÕES E MILAGRES MEDIEVAIS
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Posted: 05 Jan 2013 07:30 PM PST
Epifania, em grego, significa manifestação, ou também revelação esplendorosa. De início, a festa celebrava-se no próprio dia de Natal. O mais antigo registro dela é do historiador romano Ammianus Marcellinus no ano 361. Foi na Idade Média, precisamente no ano de 534, que a Igreja separou as duas festas para comemorá-las com mais pompa, e fixou o dia 6 de janeiro como da Epifania ou da Adoração dos Magos A visita significou a manifestação de Nosso Senhor não somente aos judeus, mas a todas as nações da Terra, representados pelos Reis Magos. Segundo a tradição seus nomes eram Melchior, Gaspar e Balthazar (habitualmente representado como preto). Segundo São Mateus, eles vieram do Leste de Jerusalém, o que leva a pensar que fossem patriarcas, ou reis, vindos da área cultural da Caldéia. Os caldeus tinham grandes conhecimentos de astronomia, de ali que os Reis fossem também chamados de Magos, nome que no caso no contém nenhuma conotação desdourante, e também de Sábios.
Pelos seus cálculos astronômicos, o nascimento haveria de ser sinalizado por uma estrela no Céu. A tradição passou de geração em geração nas famílias desses reis, até que cumpriram-se os tempos. E a estrela anunciada apareceu e os guiou até Belém. Eles levaram um rico cortejo e presentes preciosos para o Salvador da humanidade. Como foi possível tanta ciência astronômica? Não houve também um auxílio sobrenatural? Qual? É fato que a arqueologia revela que povos antiqüíssimos possuíam conhecimentos que hoje a ciência mais avançada recupera com ingentes e admiráveis esforços e imensas aplicações de dinheiro e tecnologia. A matéria é ampla e apaixonante demais para tratá-la agora. O faremos mais adiante. Entrementes, eis como o episódio sagrado é descrito pelo Evangelho de São Mateus (2; 1-18):
2. Perguntaram eles: Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo.Aquelas infelizes, mas gloriosas vítimas do ódio a Jesus Cristo, rei de Israel e Redentor do mundo são lembradas pela Igreja como o Santos Inocentes. A Igreja comemora os Santos Inocentes no dia 28 de dezembro. Sobre o rei Herodes ver: Enquanto os Santos Inocentes reinam no Céu, o túmulo de Herodes segue envolto numa lembrança horrorizada ***
Tranqüilidade sobrenatural e oração diante do Menino-Deus
Atrás de Nossa Senhora aparecem um anjo, São José, santos e outras pessoas do Templo que o autor quis representar. Ou talvez sejam pessoas que no futuro contemplariam tal cena em espírito e em oração. Um dos reis adora o Menino Jesus e osculando seus pés. Os dois outros monarcas estão tranqüilos, comprazidos em oração diante de Nossa Senhora e do Menino-Deus, vendo seu irmão na realeza, adorar o Divino Infante. Estão contentes com tudo o que se passa, aguardando chegar a vez deles. Mas sem impaciência, com a tranqüilidade e a serenidade medieval, que exprimia bem a presença de Deus, o espírito e a graça divinos na alma desses personagens. Logo atrás dos dois Reis, um pagem está freando ou subjugando o camelo, para que este não crie problemas. Esse personagem é um animalis homo, sem nada de sobrenatural, de tranqüilo e sereno. É um homem bruto, agitado e prestando atenção em tudo, de nariz pontudo, de olhos saltados e mandão. Está bem à altura de um tratador de camelos. GLÓRIA CRUZADAS CASTELOS CATEDRAIS HEROIS CONTOS CIDADE SIMBOLOS |
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