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    sábado, 12 de janeiro de 2013

    [Catolicos a Caminho] Escuta da Palavra e Meditação - 13/1/2013 - ... em ti está o meu agrado.

     

    Leituras do dia:

     

    Is 40,1-5.9-11

    Sl 104(103)

    Tt 2,11-14; 3,4-7

     

    ESCUTA DA PALAVRA - VER

    Evangelho:

    Leitura do santo Evangelho segundo São
    Lucas 3,15-16.21-22

     

    " Como o povo estivesse na expectativa, todos se perguntavam interiormente se João era ou não o Cristo, e ele respondia a todos: "Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte do que eu. Eu não sou digno de desatar a correia das suas sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo". Enquanto todo o povo era batizado e Jesus, batizado, estava em oração, o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre ele, em forma corpórea, como uma pomba. E do céu veio uma voz: "Tu és o meu filho amado; em ti está o meu agrado"."

                                                                    

     

    MEDITAÇÃO - JULGAR
    (O que diz o texto para mim?)

     

    Meditação

     

    A liturgia deste final de semana propõe abrir-nos a Deus, da mesma forma como Jesus o fez ao acolher o dom do Espírito enquanto estava em oração logo após o seu batismo.

     

    Em Lucas, a narrativa a respeito do batismo de Jesus vem depois do Evangelho da Infância. Entre as narrativas da infância (Lc 1-2) e o início da missão de Jesus (Lc 4,14 em diante), os autores deste Evangelho inserem o relato da preparação do caminho do Senhor feita por João Batista (Lc 3,1-20) e o relato da preparação de Jesus para sua missão (Lc 3,21-4,13).

     

    Como dobradiça que liga as duas partes, está a narrativa a respeito do batismo de Jesus (Lc 3,21-22). Temos, assim, um paralelo entre dois batismos: o de João com água e o de Jesus com o Espírito e com o fogo.

     

    A comunidade de Lucas faz questão de situar historicamente o início da atividade de João (Lc 3,1-2). Do ponto de vista político, foi no tempo de Tibério, imperador romano de 14 a 37 d.C., e de Herodes Antipas, governador da Galileia desde 4 a.C. até 39 d.C.

     

    Do ponto de vista religioso, foi na administração do sumo sacerdote Caifás (sumo pontífice no templo de 18 a 36 d.C.), genro de Anás (6-15 d.C.), nomeado sumo sacerdote por Herodes Antipas em nome do imperador.

     

    Por um lado, João denuncia profeticamente o reino da opressão representado por Tibério e por Herodes, em aliança com o templo de Jerusalém.

     

    Diante de tanto sofrimento, o povo esperava ansiosamente a vinda de um libertador. João Batista faz fortes críticas aos poderosos, anunciando um juízo severo para eles (Lc 3,17). Por isso, o povo começou a ver em João a esperança da vinda do messias, o rei ungido por Deus que viria para libertar o seu povo.

     

    Por outro lado, João anuncia a vinda do Reino de Deus para breve (Lc 3,9.17), chamando à conversão, à mudança de mentalidade e de vida, convocando à partilha e à vivência de relações fraternas (Lc 3,11-14).

     

    Em consequência dessa prática profética, ele foi preso e encarcerado pelos poderosos de seu tempo (Lc 3,19-20). Assim, João cumpriu sua missão como profeta que faz a ponte entre a Aliança de Deus com Israel e a Aliança em Jesus com toda humanidade.

     

     

    Para Lucas, a tarefa de João é fazer com que as pessoas se convertam e se abram ao Reino de Deus presente no novo agir de Jesus.

     

    Lucas o apresenta mostrando para Jesus. João não é o Messias, o Cristo, o Ungido. Seu batismo era somente com água, sinal de purificação e de conversão para acolher Jesus de Nazaré, mais forte do que João.

     

    Sua atitude é de estar a serviço, menor ainda que os servos, de quem também era tarefa desatar as sandálias de seus senhores.

     

    As sandálias também lembram a lei do levirato (Dt 25,5-10). Segundo esta lei, quando um marido morria sem deixar filhos, um parente próximo devia assumir a viúva para gerar um herdeiro para o falecido. Além de dar continuidade à vida do falecido, resgatava sua terra, de modo que ela permanecesse no clã.

    Quando o parente mais próximo se negava a assumir a tarefa do resgate para seu irmão falecido, outro parente devia cumprir a lei. Era então que o parente mais próximo dava uma de suas sandálias ao novo resgatador, o novo "noivo".

     

    Era o sinal que este passava a ter o direito de resgate, de gerar descendência para o falecido. Ao não desatar a correia das sandálias de Jesus, João reconhece nele o resgatador, o messias libertador de todas as formas de opressão. João é o último representante da Antiga Aliança. Jesus, porém, é o noivo da Nova Aliança.

     

    Jesus é batizado com água junto ao povo, em meio ao povo. Em seu batismo, Jesus é investido para a sua missão, guiado pelo Espírito de Deus.

     

    Somente Lucas quem faz referência à atitude orante de Jesus no seu batismo. E é esta atitude de intimidade de Jesus com o Pai que faz com que o Espírito o transforme e o envie para evangelizar os pobres (Lc 4,18-19).

     

    Também para nós Jesus pediu que tivéssemos essa atitude orante durante a vida toda, abrindo-nos ao Espírito de Deus. Ele é fruto da oração, da acolhida, é dom (Lc 11,13).

     

    João batiza Jesus com água. No entanto, Jesus batiza com o Espírito e com o fogo. Por isso, o seu batismo é superior ao de João. É no Espírito Santo, representado pelo fogode Pentecostes (Lucas 3,15-16; Atos 2,1-13).

     

    Neste Evangelho, ainda antes do batismo de Jesus, há uma ênfase muito grande na apresentação de pessoas abertas à ação do Espírito Santo. Lembramos João Batista, Maria, Zacarias e Simeão (Lc 1,15.41.67; 2,26-27).

     

    O fogo recorda a presença de Deus no êxodo, na libertação do povo oprimido pelo sistema faraônico (Ex 3,2-3; 13,21; 19,18).

     

    É o mesmo fogo de Pentecostes, o dinamismo do Espírito, que entusiasma os discípulos e as discípulas de Jesus para o anúncio e a vivência da boa-nova até os confins da terra (At 1,8; 2,1-13).

     

    Uma vez preso João, Jesus dá um novo rumo à sua missão. Diferentemente do Precursor, que anuncia a vinda do Reino de Deus para breve e como um juízo severo, Jesus vive o Reino já presente no seu jeito de se relacionar especialmente com as pessoas mais discriminadas, revelando a misericórdia do Pai (Lc 7,22; 11,20; 17,20-21).

     

    Lucas apresenta o batismo de Jesus depois da prisão de João como o ato em que o Espírito de Deus vem confirmar o Nazareno enquanto Messias, ungindo-o para a missão do serviço, da mesma forma como fora ungido o servo de Deus em Isaías 42,1 e 61,1.

     

    Nesse momento, Jesus estava em oração, isto é, em íntima comunhão com a fonte da vida, com o projeto do Reino. Tão íntima é essa comunhão que, em Jesus, Deus e a humanidade se encontram. Esse é o significado da abertura do céu (Lc 3,21), realizando a esperança do povo (Is 63,19b).

     

    Em Jesus, céu e terra estão tão próximos que é possível perceber a presença materializada ("em forma corpórea") do Espírito de Deus nas atitudes de Jesus.

     

    Se em Gênesis 8,8-11 a pomba foi a mensageira da vida recriada depois de submersa pelas águas do dilúvio, agora a presença da pomba anuncia que o Espírito de Deus impulsiona Jesus a realizar a nova criação, mulheres e homens recriados a partir das águas do batismo.

     

    No batismo, morremos com Cristo e ressuscitamos com ele para uma vida nova (Rm 6,1-14). Viver como pessoa renovada e ressuscitada é, portanto, missão de todos nós.

     

    Ao lembrar a entronização do rei que vem libertar o povo (Sl 2,7: "Tu és o meu filho"), a comunidade de Lucas apresenta Jesus como o verdadeiro Rei e Messias, que veio governar com justiça e no serviço ao povo.

     

    Por isso, lembra também a missão do servo em Isaías 42,1 ("em ti está o meu agrado"). No batismo de Jesus, temos uma epifania, ou seja, uma manifestação do filho de Deus ao mundo, gerado como o messias que vem libertar o povo.

     

    No batismo, Jesus assume publicamente o seu compromisso com as novas relações do Reino de Deus já presente em seu agir.

     

    Batizar-se em seu nome, na linguagem paulina, é revestir-se de Cristo, ou seja, é agir como o próprio Cristo agia, superando todas as formas de discriminação (Gl 3,27-28).

     

    Reflexão Apostólica:

     

    O que para os outros era sinal de arrependimento para Jesus é plenitude de justiça” diz o comentário da Bíblia do Peregrino.

     

    Jesus saiu da Galiléia a fim de ser batizado por João Batista, no rio Jordão. O Batismo de João Batista era uma imersão na água para purificação dos pecados.

     

    Ele não precisaria submeter-se a este ritual, no entanto, Ele quis batizar-se para que se cumprisse toda a justiça de Deus.

     

    Jesus, que não tinha pecados, confirmou a Sua Filiação pela unção do Espírito Santo e conseqüentemente a nossa filiação.

     

    O Batismo de Jesus tem para nós o significado de justiça que o Pai planejou nos conceder a fim de que também nos tornássemos Seus filhos e filhas amados.

     

    A filiação atestada pelo próprio Pai deve ser relacionada com a filiação humana. Com o Batismo, Sua Morte na Cruz e Ressurreição Jesus inaugurou para nós um novo tempo de justiça e graça: somos filhos eleitos de Deus.

     

    No Batismo de Jesus nós encontramos a estrutura da Santíssima Trindade: A Voz do Pai, a Manifestação do Espírito Santo em forma de pomba e o Título de Filho de Deus amado.

     

    No nosso Batismo a Voz do Pai se faz ouvir revelando o Seu grande amor por nós quando nos concede o Seu Espírito Santo e nos adota como filhos no Seu Filho amado.

     

    No nosso Batismo também o Pai deu testemunho do Seu Amor por nós: “Tu és o meu filho, a minha filha amada”! Logo, somos irmãos de Jesus Cristo, adotados por causa da Sua Morte e Ressurreição.

     

    Não podemos ser tristes nem desanimados, o mesmo Espírito que está em Jesus mora também em nós. Se verdadeiramente nos apossarmos dessa graça de filiação, com certeza nós não teremos nenhuma dúvida de que somo filhos e filhas amadas por Deus que nos olha com carinho e está atento às nossas necessidades.

     

    Você tem consciência da grande graça que recebeu no Batismo? Você também se considera um filho, uma filha amada por Deus Pai? Pare um pouquinho para escutar a voz que vem do céu apresentando você ao mundo como filho (a) amado (a). Você acredita?  

    ORAÇÃO
    (O que o Evangelho de hoje me leva a dizer a Deus?)

     

    Oração: Espírito de purificação, faze-me experimentar o batismo purificador de Jesus, que me liberta do pecado e do egoísmo, predispondo-me para o serviço generoso a meu próximo.

     

    REGRA VIDA e MISSÃO (AGIR)
    (Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Como vou vivê-lo na missão?)

     

    Propósito: Viver coerente com os compromissos de contínua conversão e de testemunho da fé. 

                

     

    RETIRO - CONTEMPLAÇÃO

    (Para onde Deus quer me conduzir?)

     

    - Mergulhar no mistério de Deus.

    - Passar da cabeça para o coração (Silêncio).

    - Saborear Deus. Repousar em Deus.

    - Ver a realidade com os olhos de Deus.

     

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    Immaculata mea

    In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.


    Cubra-me

    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

    Ave-Maria

    A Paixão de Cristo