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O mundo visto de Roma
Portugues semanal - 18 de março de 2012
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Viagem de Bento XVI: México e Cuba
- Viagem do papa ao México ganha página no Facebook
Reportagens sobre a visita, o pensamento e o magistério de Bento XVI - Quaresma 2012: boas-vindas ao papa
As circunstâncias da Cuba que recebe Bento XVI
Brasil
Homens e Mulheres de Fé
- Uma alma toda de Deus
Serva de Deus, Tereza Margarida do Coração de Maria, Nossa Mãe
Familia e Vida
- O retorno do pai
A autoridade paterna depois da ideologia de 68 e a proposta da Igreja - As palavras semeiam esperança, as experiências mudam o mundo
Começa em maio a Feira Internacional da Família em Milão
Santa Sé
- Atualizada a página web da Congregação para a Doutrina da Fé
Lançado novo site do Dicastério vaticano - Trindade é amor!
Padre Raniero Cantalamessa explica o mistério da Trindade como fundamento do Cristianismo - Bento XVI prepara a sua viagem a Cuba e ao México estudando, orando e está muito sereno
O "crocodilo do papa volta à Cuba como símbolo de amizade entre os povos - "Maria nos ensina a orar também pelos outros e não somente na necessidade"
Na Audiência Geral, Bento XVI abre um novo ciclo de catequeses
Deus chora na Terra
- Asia Bibi: Tirem-me daqui!
O relato dilacerante de uma inocente condenada à morte por blasfêmia no Paquistão
Mundo
- Rumo ao 35º Encontro Europeu dos Jovens
O local é Roma e a convocação é da Comunidade de Taizé - Grupos ecumênicos e inter-religiosos por um Paquistão livre
Aniversário do assassinato de Shahbaz Bhatti tem manifestações contra a lei da blasfêmia - Organização global para o acesso à água
A proposta da Santa Sé no VI Fórum Mundial de Marselha
Entrevistas
- Não existe comunicação direta com Deus para a absolvição dos pecados
Entrevista com o padre Hernán Jiménez, confessor em Santa Maria Maior - Esperança no diálogo após encontro do papa com o primaz anglicano
Entrevista com o pe. Peter Huges, sacerdote católico, antes anglicano
Análise
- Gregório Magno e a evangelização da Inglaterra
A participação dos monges agostinianos na missão aos anglos
Bioética
- O aborto e o infanticídio
Ladeira escorregadia
Angelus
- "A Cruz de Cristo é o ápice do amor"
As palavras do Papa durante a oração do Angelus no IV domingo da Queresma - O zelo do amor que é pago pessoalmente
Angelus de Bento XVI no III domingo da Quaresma
Audiência de quarta-feira
- O lugar privilegiado de Maria é a Igreja
A catequese de Bento XVI durante a Audiência Geral de hoje
ANÙNCIOS
- Cardeal fala sobre o Filme "Bella": Um Filme Conectado a Vida...
- Dom Célio Goulart fala do livro, lançado em sua Diocese, Preparação para o Matrimônio...
- Dom Célio Goulart recomenda um livro de preparação para o Matrimônio lançado em sua Diocese...
Viagem de Bento XVI: México e Cuba
Viagem do papa ao México ganha página no Facebook
Reportagens sobre a visita, o pensamento e o magistério de Bento XVI
MADRI, sexta-feira, 16 de março de 2012 (ZENIT.org) - Entre as muitas iniciativas ligadas à próxima viagem do papa Bento XVI a Cuba e ao México, um grupo de católicos criou uma página no Facebook para difundir a visita. Daniel Jorge Sanabria Barrios, da Rede de Leigos Católicos em Defesa de seus Pastores, informa que a página Con Juan Pablo II o Benedicto XVI, México siempre fiel, em espanhol, traz notícias, fotos e links para reportagens sobre a visita, o magistério e o pensamento de Bento XVI, para divulgar e, se preciso, defender a ação do sumo pontífice.
A página no Facebook pode ser visitada em http://www.facebook.com/pages/Com-João-Pablo-II-o-Benedicto-XVI-M%C3%A9xico-Sempre-Fiel/315895471777749#!/pages/Com-João-Pablo-II-o-Benedicto-XVI-M%C3%A9xico-Sempre-Fiel/315895471777749?sk=wall.
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Quaresma 2012: boas-vindas ao papa
As circunstâncias da Cuba que recebe Bento XVI
MADRI, sexta-feira, 16 de março de 2012 (ZENIT.org) - O jornalista católico cubano Félix Sautié Mederos escreve, a seguir, sobre a Cuba que espera a chegada do papa.
*****
Félix Sautié Mederos
Em meio a contingências, polarizações e angústias tão prementes para o povo cubano, assentado dentro e fora das nossas fronteiras, novamente me surpreende a vertiginosa sucessão de eventos deste 2012 que acabamos de iniciar. Parece que, quanto mais os anos passam por mim, mais eu pressinto que o tempo corre com pressa, como se o meu interior estivesse apurado para chegar ao momento da passagem definitiva. No entanto, eu me esforço insistentemente para colaborar, na medida das minhas possibilidades, com a reconciliação e o diálogo entre os cubanos, sem me deixar amedrontar pelas advertências, insultos e ameaças veladas que alguns perdem tempo em me fazer chegar.
Estas foram as minhas sensações existenciais durante a celebração litúrgica da quarta-feira de cinzas de 2012, na catedral de Havana, provocadas pela lembrança sacramental de ser pó e ao pó ter de tornar. As cinzas abençoadas pelo arcebispo de Havana, cardeal Jaime Ortega, com a água viva da criação e a natureza que nos lavará, deram início ao período penitencial preparatório para a Semana Santa e para a Páscoa da Ressurreição, etapas de profundo misticismo no calendário cristão, em cujos dias prévios o papa Bento XVI visitará Cuba.
Refiro-me a dois fatos de alta transcendência espiritual, que se manifestarão muito apesar dos que não conseguem ocultar os seus ódios contra a Igreja, e de outros detratores monotemáticos que só aceitam as coisas convergentes com as suas ideias. Vozes que abusam sem piedade do povo cubano, do seu direito de refugiar-se espiritualmente nas suas devoções e nas suas atividades de espiritualidade. Por outro lado, considero imprescindível manter sempre em consideração que as festividades e comemorações religiosas constituem direitos inalienáveis das pessoas que, por vontade própria, optam por participar. Assim, o fato histórico da visita a Cuba do papa Bento XVI, em peregrinação pelos 400 anos do achado da imagem da Virgem da Caridade em 1612, que é padroeira e Rainha de Cuba, é seu direito como sucessor de São Pedro, assim como é direito do povo cubano, crente ou não, recebê-lo com alegria, respeito e dignidade.
Em meio de tanto mais do mesmo, de tantos desenganos e desesperanças, um acontecimento desta índole, na minha opinião, constitui uma mudança no ritmo existencial e um estímulo carregado de esperanças, que se transformarão num motor para a luta pela vida. Nestas circunstâncias e conjunturas, eu considero que a visita papal terá importantes repercussões positivas para a auto-estima do povo cubano que vive dentro e fora das nossas fronteiras, porque nunca deveríamos esquecer a diáspora que saiu das nossas entranhas. E, principalmente, será de especial significação a sua mensagem de amor intrínseco, próprio da devoção à Virgem da Caridade, assim como propiciador de paz, diálogo, reencontro, reconciliação, acima de qualquer consideração política.
Uma celebração de 400 anos é única; e, se é estritamente religiosa, supera as contingências econômicas, políticas ou históricas do momento. Nesta ocasião, os crentes cubanos, muito especialmente os católicos de todas as ideias políticas e sociais, de dentro e de fora das nossas fronteiras, têm o direito inalienável de receber o papa, que é o pastor universal da nossa Igreja, e fazê-lo com satisfação máxima e sem nenhum tipo de limitação e sem os condicionamentos que alguns pretenderiam colocar, com julgamentos e critérios até insultantes e depreciativos para com quem pensa diferente deles, assim como para com a Igreja católica cubana, os crentes, o povo cubano e, ainda mais, para com quem é o pastor da Igreja católica universal.
O que Bento XVI vier expor em Cuba, tanto às autoridades governamentais quanto aos católicos e ao povo em geral, é uma responsabilidade exclusivamente sua, emanada de sua consciência e de sua alta investidura religiosa e estatal. Penso que só depois da sua visita é que poderão ser avaliadas as repercussões essenciais para Cuba que, no concernente à população católica, assim como aos devotos da Virgem da Caridade, serão por si sós enriquecedoras e cheias de júbilo espiritual, já que se trata de uma viagem pastoral plenamente justificada por um aniversário transcendente para a nossa identidade nacional. A Virgem da Caridade, afinal, é um símbolo indiscutível da nossa nacionalidade.
Opino, porém, que faz parte da correta lógica existencial e histórica identificar, reconhecer e manifestar publicamente as complexas circunstâncias do momento de inflexão em que nós, cubanos, estamos imersos, assim como as angústias que estamos atravessando dentro e fora do país, e que, por conseguinte, proclamemos os nossos reclames e problemas neste sentido; mas as imposições conceituais, os condicionamentos e os insultos não têm cabimento, e ferem as necessidades de reencontro, diálogo e reconciliação, tão urgentes para a nação cubana hoje.
Os insultos e condicionamentos extemporâneos coincidem com as ações ameaçadoras e de advertência, assim como com o uso da força e da repressão contra o pensamento diferente. Estes fatos controversos propiciam o empobrecimento do ambiente e a criação de situações complicadas e insustentáveis.
Considero que, na quaresma de 2012 e no Ano Jubilar do 400º aniversário do achado da imagem da Virgem da Caridade, receber a visita pastoral de Bento XVI é nosso direito, que coincide com as nossas urgências atuais. Assim acredito, assim afirmo e assim defendo. Bem-vindo seja o papa!
Brasil
Fórum Nacional da Cáritas e a 78ª Reunião do Conselho Consultivo da Cáritas Brasileira
BRASILIA, segunda-feira, 12 de março de 2012 (ZENIT.org) - Teve início na manhã desta segunda-feira, 12, o Fórum Nacional e a 78ª Reunião do Conselho Consultivo da Cáritas Brasileira. O evento, que ocorre até a próxima quarta-feira, dia 14, tem entre os objetivos concluir o planejamento para o quadriênio 2012-2015 para toda Rede Cáritas. Participam do encontro representantes da entidade em todo país.
A mística de abertura foi conduzida a partir dos desejos de cada agente. Mudança, paz, alegria e integração foram alguns das muitas inspirações compartilhadas no início do Fórum Nacional.
Na manhã de hoje foi realizada uma análise de conjuntura conduzida por José Antônio Moroni, do Instituto de Estudos Sócioeconômicos (Inesc), seguida de uma avaliação do 4º Congresso e 18ª Assembleia Nacional da instituição, que ocorreu em novembro do ano passado em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.
Além disso, os objetivos específicos das prioridades do Plano Quadrienal, que começaram a ser discutidos durante o congresso, serão definidos no Fórum Nacional. Indicadores e metas também serão debatidos e deliberados para toda Rede Cáritas. Os participantes seguem com o planejamento específico para a 2012 e com a avaliação da gestão, na manhã de terça-feira, 13, dia em que será encerrado o Fórum Nacional e dado início a reunião do Conselho Consultivo da entidade.
A reunião do Conselho Consultivo, que vai até quarta-feira, dia 14, será um espaço para o diálogo entre o Secretariado Nacional e os Regionais Cáritas. Dentre os temas que serão debatidos estão a sustentabilidade, o Marco Regulatório e a articulação da rede para a Rio+20.
Fonte CNBB
Homens e Mulheres de Fé
Uma alma toda de Deus
Serva de Deus, Tereza Margarida do Coração de Maria, Nossa Mãe
BRASILIA, sábado, 17 de março de 2012 (ZENIT.org) – Publicamos a seguir um texto de espiritualidade escrito pela irmã Maria Elisabeth da Trindade, do Carmelo de Três Pontas, MG, e enviado para os leitores do Zenit. O artigo nos apresenta a vida da Serva de Deus, Tereza Margarida do Coração de Maria, que começou recentemente o processo de Canonização, no dia 4 de Março deste ano (Cfr. Notícia Zenit 04 de Março de 2012).
***
Por Irmã Maria Elisabeth da Trindade
“Ele quer viver em nós, e em nós irradiar bondade, paz, amor. Deixemo-Lo tomar conta de nosso ser, pelo Espírito Santo, com Maria, para a alegria, a glória do Pai”. (Nossa Mãe)
Assim que eu vejo a Nossa Mãe, como uma alma toda de Deus.
Nossa Mãe, assim a chamávamos, por ser a fundadora do Carmelo São José, na cidade de Três Pontas, e por ter assumido de fato uma maternidade espiritual não somente junto às suas filhas do Carmelo, mas também junto a todo o povo que encontrava nela o carinho, o apoio, a ternura de uma verdadeira mãe.
Madre Tereza Margarida do Coração de Maria, cujo nome de batismo era Maria Luíza Resende Marques, nasceu em 24 de dezembro de 1915 na cidade de Borda da Mata, no estado de Minas Gerais. Foi batizada na igreja de Nossa Senhora do Carmo, desta cidade, em 10 de fevereiro de 1916.
Nossa Mãe sempre dizia que a maioria das vocações que entram para o Carmelo, são atraídas por Santa Teresinha. Ela, ao contrário, conheceu o Carmelo lendo as “Memórias da Beata Elisabeth da Trindade.” Sentiu no seu coração o desejo de viver uma vida escondida em Deus, na oração e silêncio. Só depois conheceu Santa Teresinha, lendo a “História de uma alma.” Que foi também sua “Irmãzinha”, que a acompanhou durante toda a sua vida.
Aos 21 anos ingressou no Carmelo de Mogi das Cruzes-SP. Naquele tempo a vida no Carmelo era marcada pela austeridade e penitência. Nossa Mãe, de saúde frágil, mas de espírito firme, tudo suportou por amor a Jesus. Com apenas vinte dias de sua entrada no Carmelo, foi atingida por uma forte dor pela morte de seu pai. Sentiu muito, pois naquele tempo não era permitida a saída da clausura. Deixara em casa irmãos ainda pequenos. Mas abraçou tudo com espírito de fé.
O Carmelo de Mogi era uma casa improvisada, adaptou-se para isso uma antiga Igreja do lugar, porém as celas das Irmãs ficaram mal instaladas, de sorte que não recebiam muita luz solar, estando sempre a casa úmida. Isso prejudicava a saúde das Irmãs.
Mas, Nossa Mãe vivia feliz, cumprindo com amor suas obrigações e ofícios.
Pensou-se então na construção de um novo Mosteiro na cidade de Aparecida do Norte. O Carmelo de Mogi das Cruzes mudou-se para Aparecida em 1952.
No Carmelo de Aparecida Nossa Mãe foi Sub-Priora e Mestra de Noviças.
Um dia, quando menos esperava, sua Madre aproximou-se dela dizendo que a Diocese de Campanha, pedia a fundação de um Carmelo, e achava que a única pessoa que poderia assumi-lo seria ela – Nossa Mãe. Ela respondeu-lhe: “Três tentações nunca tive na vida: contra minha fé, minha vocação e o desejo de ter algum cargo importante. Mas farei o que a obediência mandar”.
Uma vez decidida, e ao saber, que o novo Carmelo seria de São José, ela disse: “Para São José, eu nada posso recusar, porque Ele nunca me recusou nada”.
Tudo se realizou conforme os desígnios de Deus. E no dia 16 de julho de 1962 nascia o Carmelo São José, na cidade de Três Pontas. Viveu nesse Carmelo durante 43 anos.
Atendia a todos os que dela se aproximavam, e tinha sempre uma palavra amiga, um gesto de carinho, de atenção, de ternura e bondade.
Nós também na Comunidade experimentávamos isso. Tive a graça de conviver com ela e experimentar seu carinho de mãe. Era sempre muito preocupada com cada filha.
Como mestra, ensinava não tanto com as palavras, mas com o exemplo. Era uma alma de oração, de silêncio. Corrigia-nos com firmeza, mas ao mesmo tempo com doçura. Era simples e alegre.
Repetia sempre: “Nunca nos cansemos de procurar crescer no amor e no zelo para salvar almas. Estamos aqui no Carmelo para isto.”
Nossa Mãe partiu para Deus no dia 14 de novembro de 2005.
Tão cedo, o povo já a aclama como Santa. A Abertura do Processo de Beatificação teve início no dia 4 de março de 2012.
Rezamos pedindo pela sua Beatificação e que ela do céu interceda por todos nós!
Oração pela Beatificação da Serva de Deus
Madre Tereza Margarida, “Nossa Mãe”
Trindade Santa, vós ornastes vossa serva,
Madre Tereza Margarida do Coração de Maria, Nossa Mãe,
com inúmeras virtudes. Nutria profundo amor a Vós e ao próximo,
acolhia e escutava a todos que a ela acorriam
e, sorrindo, procurava fazer o bem.
Confiando em sua intercessão, peço-vos a graça de que necessito (...)
E se for para vossa glória e o bem da Igreja,
suplico-vos que ela seja elevada à honra dos altares.
Por Cristo Nosso Senhor. Amém!
Glória ao Pai... (3X)
O horário para visitação à Capelinha de Nossa Mãe: todos os dias a partir das 6h:30min até às 17h.
Graças alcançadas por intercessão de Nossa Mãe devem ser comunicadas ao Carmelo São José (Rua Amazonas, 40. Bairro Santa Inês. CEP: 37.190-000 Três Pontas/MG – E-mail: carmelo3pontas@tpnet.psi.br).
Familia e Vida
O retorno do pai
A autoridade paterna depois da ideologia de 68 e a proposta da Igreja
Por Maurizio Moscone
ROMA, terça-feira, 13 de março de 2012(ZENIT.org) – Em sessenta e oito houve um movimento juvenil de contestação global e de oposição radical à sociedade burguesa e capitalista, no qual foram negados o sistema de valores, os estilos de vida e a figura do pai, entendida como principal referência, real e simbólica, da autoridade.
Este movimento provocou uma revolução cultural, cujos efeitos são sentidos na sociedade atual, na qual se difundiu, em grande parte da população, uma visão atéia e materialista da vida.
Nos anos setenta, movimentos estudantis surgiram quase que contemporaneamente, na Itália, nos Estados Unidos, na Alemanha, na França, mas, enquanto nos outros países a revolução durou pouco, na Itália demorou décadas e seus efeitos perduram ainda hoje.
O centro das contestações era a Universidade e os protestos procuravam minar um elemento basilar da relação educacional: a autoridade.
A crítica ao conceito de autoridade atingiu não somente as Universidades na figura do docente, mas também e sobretudo, a família, que era considerada uma instituição funcional para o desenvolvimento do sistema capitalista e para a exploração da classe operária por parte dos “patrões”.
Esta era considerada uma “válvula de escape” na qual podiam acalmar as tensões de caráter psicológico-existencial, que, em vez poderiam ter sido canalizadas para a luta revolucionária.
A autoridade na família era representada pelo pai, símbolo da lei e da proibição e, enquanto tal, contestável, pois, como dizia um slogan do momento, no qual uma inteira geração de jovens se reconhece: “é proibido proibir”.
As proibições eram consideradas um impedimento ao exercício da liberdade e com esta, a expressão das necessidades mais profundas do individuo, reprimidas pela sociedade burguesa, considerada repressiva.
Também no confronto da Igreja a contestação voltou-se para a autoridade, ou seja, para os bispos e principalmente para o Papa, vigário geral de Cristo.
Os efeitos da ideologia de sessenta e oito são fortemente sentidos ainda hoje no que diz respeito à demolição progressiva do conceito de autoridade, principalmente a paterna.
Para certa cultura dentro da família o pai não representa mais a autoridade e muitas vezes, delega à mãe competências que são suas: como consequência os filhos não a vivem como uma presença competente que possa “fazê-los crescer” como pessoas maduras e responsáveis.
Na verdade, o termo “autoridade” deriva do latim auctoritas, que vem, por sua vez de auctor, derivado de augere, que significa “fazer crescer”.
O educador é, essencialmente, o auctoritas que faz o jovem crescer favorecendo a sua formação intelectual e moral e, se no pai tal autoridade não é reconhecida, é impedida a sua atividade de educador e o processo de maturação dos filhos é prejudicado, que necessitam de personalidade com autoridade com quem confrontar (e mesmo desencontrar), para desenvolver o pensamento crítico e realizar escolhas responsáveis.
A crise da figura paterna comporta, necessariamente, a crise da família enquanto tal.
É possível sair desta situação escutando os ensinamentos da Igreja, que apresenta como modelo de pai, São José e, como modelo de família, a família de Nazaré, que viveu plenamente a Palavra de Deus (cfr.Ef 5, 21-32): Maria acolhe, escuta, consola e São José é a autoridade, que guia com amor a família.
O Papa recentemente valorizou o papel do pai, apresentando a si mesmo como um pai de família. Dirigindo-se aos paroquianos de São João de La Salle, o Pontífice disse: “antes de tudo gostaria de dizer, com todo o meu coração, obrigado por esse acolhimento cordial, caloroso. Obrigado ao bom Pároco por suas belas palavras, obrigado por este espírito de família que encontro. Somos realmente a família de Deus e o fato de verem também o papai, è para mim uma coisa muito bela que me encoraja!” (Bento XVI, Visita Pastoral a Paróquia romana de São João Batista de La Salle em Torino, 4 março 2012).
(Tradução:MEM)
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As palavras semeiam esperança, as experiências mudam o mundo
Começa em maio a Feira Internacional da Família em Milão
MILÃO, terça-feira, 13 de março de 2012 (ZENIT.org) – Milão lançará a primeira experiência italiana de feira inteiramente dedicada à família. O evento será também uma vitrine das boas práticas e experiências positivas de empresas e associações que trabalham em seu favor.
A Feira Internacional da Família acontecerá no centro Milano Congressi, de 29 de maio a 2 de junho, com entrada gratuita. Organizada pela Fundação Milano Famiglie 2012, o evento faz parte do VII Encontro Mundial das Famílias, que atrairá centenas de milhares de pessoas à cidade e contará com a presença do papa Bento XVI. Será uma oportunidade de intercâmbio e visibilidade para as associações, fundações eclesiais e civis, entidades e empresas, que podem contar com um público de 50 mil visitantes.
"Apresentar experiências práticas em que as famílias são protagonistas é importante porque a experiência concreta mostra a beleza de algumas iniciativas e incentiva a criar algo parecido", declarou o cardeal Ennio Antonelli, presidente do Conselho Pontifício para a Família, que, juntamente com a Fondazione Milano Famiglie 2012, está organizando o VII Encontro Mundial.
Entre as associações que já confirmaram participação está a Ai.Bi. Associação Amigos das Crianças. "Para nós, a Feira é uma oportunidade para destacar o papel da família de acolher tanto filhos biológicos quanto adotivos, porque família é família quando conta com a alegria dos filhos", disse Marco Griffini, presidente da organização não-governamental que trabalha para garantir uma família para cada criança abandonada.
“Participaremos na feira porque queremos conhecer outras realidades que trabalham pela família”, disse Michele Barbato, presidente do Instituto Europeu de Educação Familiar (IEEF), organização não-governamental que fornece serviços, cursos e grupos de apoio para casais. “Transmitiremos o nosso ponto de vista sobre a educação familiar, síntese das experiências amadurecidas pelas 40 associações europeias que compõem o IEEF".
Na web:
www.family2012.com/it/documents/18442: vídeo de apresentação da feira (em italiano).
www.family2012.com: informações sobre o evento (também em italiano).
Para mais informações: exhibition@family2012.com
Santa Sé
Atualizada a página web da Congregação para a Doutrina da Fé
Lançado novo site do Dicastério vaticano
CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 16 de março de 2012(ZENIT.org) – No mundo de hoje é necessário uma maior difusão dos ensinamentos dos Dicastérios. Sobretudo os documentos emitidos do Concílio Vaticano II até hoje – reunidos no volume: CONGREGATIO PRO DOCTRINA FIDEI, Documenta inde a Concilio Vaticano Secundo expleto edita (1966 – 2005) – tratando questões importantes para a vida e a missão da Igreja e que oferece respostas doutrinais seguras aos desafios que estão pela frente.
Tal como é conhecido, de fato, os Documentos da Congregação para a Doutrina da Fé aprovados expressamente pelo Santo Padre, parte do Magistério ordinário do Sucessor de Pedro (cfr. Instruções Donum veritatis sobre a vocação eclesial do teólogo, 24 de maio 1990, n.18). Isso explica a importância de uma recepção cuidadosa de tais pronunciamentos por parte dos fiéis e especialmente dos envolvidos, em nome da Igreja, no âmbito teológico e pastoral.
A Congregação para a Doutrina da Fé, mesmo conservando os próprios documentos no site oficial da Santa Sé (WWW.vatican.va), para facilitar a consulta abriu um novo acesso (WWW.doctrinafidei.va).
Os principais documentos se encontram em oito línguas: além da versão em latim, também em francês, inglês, italiano, português, espanhol, alemão e polonês, e alguns também em húngaro, eslovaco, tcheco e holandês. Está sendo feita a coleta completa da versão eletrônica destas traduções. Atualmente cada documento é oferecido na língua original e em algumas traduções.
A seleção contém uma lista completa de todos os pronunciamentos pós-conciliares da Congregação, propostas em três listas temáticas: a de natureza doutrinária, a de natureza disciplinar e a que diz respeito aos sacramentos.
A mesma página web contém informações sobre as publicações mais recentes da série "Documentos e Estudos", que reproduz os mais importantes Documentos do Dicastério ilustrados por comentários de alguns teólogos renomados. Além disso, estão disponíveis notícias sobre os volumes das Atas de Simpósios promovidos pela Congregação, e são publicadas várias intervenções dos Cardeais Prefeitos.
Através desta divulgação, por meio da Internet, pelo seu ensinamento doutrinário, a Congregação pretende alcançar um círculo cada vez maior de destinatários em todo o mundo.
(Tradução:MEM)
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Trindade é amor!
Padre Raniero Cantalamessa explica o mistério da Trindade como fundamento do Cristianismo
Por Antonio Gaspari
ROMA, sexta-feira, 16 de março de 2012 (ZENIT.org) – Trindade é amor e sem Trindade o cristianismo não teria fundamento.
Isto é o que explicou hoje, 16 de março, o Pe. Raniero Cantalamessa na sua segunda pregação da Quaresma.
O Pregador da Casa Pontifícia fez referência à São Gregório Nazianzeno (329 – 390 aprox.), bispo de Constantinopla, Doutor e Padre da Igreja, mais conhecido como "o cantor da Trindade".
Como escreveu João no Evangelho "Deus é amor" (1 Jo 4,10) "e Santo Agostinho acrescentou: "Por isso, ele é Trindade!" porque “o amor supõe alguém que ama, alguém que é amado e o próprio amor”.
Padre Cantalamessa disse que "O Pai é, na Trindade, aquele que ama, a fonte e o princípio de tudo; o Filho é aquele que é amado; o Espírito Santo é o amor com o qual se amam.”
Os pensadores gregos e, no geral, as filosofias religiosas de todos os tempos, concebem a Deus principalmente como “pensamento”, ou seja, Deus que pensava a si mesmo “pensamento puro”, “pensamento do pensamento”.
"Mas isto – acrescentou o Pregador – não é mais possível, desde o momento no qual dizemos que Deus é antes de tudo amor, porque o "puro amor de si mesmo "seria puro egoísmo, que não é a exaltação máxima do amor, mas a sua total negação”.
Assim como – disse o padre Cantalamessa - "um Deus que fosse puro Conhecimento ou pura Lei, ou puro Poder não teria nenhuma necessidade de ser Trino; mas um Deus que é acima de tudo Amor sim, porque “em menos do que dois não pode ter amor”.
"É preciso - escreveu o cardeal francês Henri Marie de Lubac - que o mundo saiba: a revelação do Deus amor transforma toda aquela concepção que ele tinha da divindade".
De acordo com o pregador da Casa Pontifícia", a Trindade está tão mergulhada na teologia, na liturgia, na espiritualidade e em toda a vida cristã que renunciar a ela significaria começar outra religião, completamente diferente."
Por esta razão seria necessário "tirar este mistério dos livros de teologia e colocar na vida, de modo que a Trindade não seja só um mistério estudado e devidamente formulado, mas vivido, adorado e gozado”.
A vida cristã de fato se desenvolve, do começo ao fim, no sinal e na presença da Trindade.
Na aurora da vida, fomos batizados "em nome do Pai e do Filho, do Espírito Santo", e no final de nossas vidas como cristãos, são recitadas as palavras: "Parte, alma cristã, deste mundo: em nome do Pai que te criou, do Filho que te redimiu e do Espírito Santo que te santificou".
"Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, os esposos se unem no Matrimônio e colocam um no outro a aliança e os sacerdotes e os bispos são consagrados”, no nome da Trindade começavam certa vez os contratos, os julgamentos e todo ato importante da vida civil e religiosa.
Padre Cantalamessa concluiu a segunda pregação da Quaresma lembrando que a doxologia que conclui o cânon da Missa constitui a mais breve e a mais densa oração trinitária da Igreja: "Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a Vós, Deus Pai Todo-Poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre. Amém".
[Tradução Thácio Siqueira]
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Bento XVI prepara a sua viagem a Cuba e ao México estudando, orando e está muito sereno
O "crocodilo do papa volta à Cuba como símbolo de amizade entre os povos
Por Ir. Sergio Mora
ROMA, quarta-feira, 14 de março de 2012 (ZENIT.org) – Faltando um pouco mais de uma semana para que Bento XVI comece a sua viagem apostólica a Cuba e ao México, dos dias 23 a 29 de março próximo, o Santo Padre se prepara estudando a situação, elaborando seus discursos e em oração, e está muito sereno. Foi o que afirmou nesta quarta-feira em Roma, o substituto para os Assuntos Gerais da Secretaria de Estado do Vaticano, monsenhor Giovanni Angelo Becciu, depois de uma cerimônia de despedida de um pequeno crocodilo de Cuba trazido ilegalmente para a Itália.
No evento acontecido no Bioparque de Roma, estavam presentes embaixadores de Cuba na Itália, Milagros Carina Soto Aguero; e junto à Santa Sé, Eduardo Delgado; e sua excelência Giovanni Becciu.
"Coco, o crocodilo do Papa" como alguns meios o chamam, voltará a um zoológico da ilha caribenha. Nas suas palavras o arcebispo recordou que "o Papa deu importância à presença do crocodilo na sua audiência, o que significa muito, pois é um símbolo de amizade entre os povos" e do "despertar do respeito pela natureza."
Na verdade, o réptil foi levado no passado dia 11 de Março para o Vaticano representando os 1.200 animais do Bioparque de Roma.
E no final sua excelência brincou: "Quase quase se poderia dizer Bendito aquele que volta para esta ilha mágica e encantadora."
Depois do evento, respondendo a alguns meios de comunicação, entre os quais estava ZENIT, o prelado italiano indicou que "o Vaticano respeita a Sagrada Escritura que ensina que é necessário respeitar a natureza e, portanto, a Igreja e a Santa Sé se comprometem em todas as iniciativas que protegem a natureza". E acrescentou que ao ato no Bioparque "nos juntamos, porque tem um significado simbólico, e pelo relacionamento pessoal que tenho com Cuba."
Por que o papa no México não vai à capital nem à Guadalupe? "Porque na Cidade do México e em Guadalupe já esteve João Paulo II, enquanto que agora vai para Leon, onde está o monumento a Cristo Rei, que tem o seu significado", disse ele.
Considerou que o problema da altura em uma pessoa de certa idade pode ter influenciado, embora Bento XVI "queria ir para um lugar onde o Papa nunca tivesse ido". Sobre a possibilidade de um encontro entre Bento XVI e Fidel Castro, monsenhor Becciú simplesmente disse: "O papa está aberto a tudo e no futuro saberemos".
"É uma viagem – continuou o arcebispo - que no México e Cuba poderá dar a oportunidade de acolher a mensagem do Papa, que será de reconciliação, de esforço pelo progresso da Igreja e da própria sociedade, seja mexicana ou cubana, e um sinal de amor para ambos os povos. "
Uma viagem particularmente difícil? "Não, ao contrário, eu diria que muito tranquila. Para a qual o Santo Padre se prepara estudando a situação, elaborando os discursos e em oração”. E acrescentou que, vendo o papa recentemente "o achei muito sereno".
Enquanto isso, o embaixador de Cuba junto ao Vaticano, disse que o de hoje "foi uma bela expressão de amizade e de responsabilidade e uma feliz coincidência, no momento em que o povo cubano espera a visita do papa".
Disse que sairam nos últimos dias, dois artigos no Diário Gramma, órgão oficial do comitê central do partido comunista, um explicando um pouco o que é o Vaticano e outro dando as boas vindas para Bento XVI. E considerou que esta viagem "é um evento importante, não só para os católicos, mas para o povo cubano".
Estimou que a participação do público será mais ou menos a mesma que durante a viagem de João Paulo II, até mesmo está prevista a chegada de pessoas de outras províncias e cidades como Matanzas e Santa Clara.
E disse que "não foi definido um encontro entre Bento XVI e Fidel Castro, embora não esteja excluído".
Sobre os vistos para entrar em Cuba, sem entrar em controvérsias recentes, e referindo-se especificamente à visita papal, disse: "Preparam-se, pelo menos, quatro vôos de Miami. Enquanto que na viagem de João Paulo II, isso não foi possível porque os EUA não tinha permitido".
Sobre a posição histórica da Santa Sé contra o bloqueio econômico de Cuba, o embaixador observou que Havana nunca pediu qualquer intervenção do Papa sobre o assunto, ainda que se ele quisesse podia fazê-lo.
[Tradução Thácio Siqueira]
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"Maria nos ensina a orar também pelos outros e não somente na necessidade"
Na Audiência Geral, Bento XVI abre um novo ciclo de catequeses
Por Lucas Marcolivio
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 14 de março de 2012 (ZENIT.org) - Concluído na semana passada, a série de reflexões sobre a oração de Jesus, o Papa Bento XVI, durante a Audiência Geral desta manhã, inaugurou uma série de meditações sobre a oração nos Atos dos Apóstolos e nas Cartas de São Paulo.
Os Atos dos Apóstolos, em particular, foram definidos como"o primeiro livro sobre a história da Igreja", lembrou o Papa. Seja neles que nas epístolas Paulinas, "um dos elementos recorrentes é justo a oração, daquela de Jesus àquela de Maria, dos discípulos, das mulheres e da comunidade cristã”.
Elemento orientador do caminho original da Igreja é o Espírito Santo que, com a sua efusão, levará a Palavra de Deus para o Oriente e para o Ocidente. Espírito Santo, que é o próprio Jesus que anuncia a chegada (Atos 1,8).
Enquanto isso, Maria acompanha os Onze no início da missão da Igreja: o faz com a sua "presença orante", na sequela silenciosa do Filho, “durante a vida pública até os pés da cruz”.
A oração da Virgem marca todas as fases da Igreja primitiva, a partir da Anunciação do Anjo (Lc 1,38) e da visita à sua prima Isabel (Lucas 1,46-55).
Com o cântico do Magnificat a Mãe de Deus "não olha só aquilo que Deus tem feito por ela, mas também o que tem feito e realiza continuamente na história".
A vemos, então, no Cenáculo de Jerusalém, onde, "em um clima de escuta e oração", Maria está presente "antes de que sejam abertas as portas e comecem o anúncio de Cristo Senhor a todos os povos."
A presença providencial de Maria em cada um desses momentos cruciais - cujo ponto culminante é a entrega da Mãe a João por Cristo crucificado - é marcada pela sua "capacidade de manter um clima perseverante de recolhimento, para meditar cada acontecimento no silêncio do seu coração, diante de Deus”, disse o Pontífice.
Depois da Ascensão, Maria continua a acompanhar os Apóstolos que com Ela, compartilham "o que é mais precioso: a memória viva de Jesus, na oração".
O acompanhamento de Maria é também crucial no período de transição que precede Pentecoste. Junto com ela os Apóstolos se reúnem para esperar o dom do Espírito Santo", sem o qual não podem se tornar testemunhas".
Sem Maria não é possível nenhum Pentecoste porque “Ela viveu de uma maneira única o que a Igreja experimenta a cada dia sob a ação do Espírito Santo". Também na Constituição dogmática Lumen gentium (nº 59) destaca a importância do papel da Virgem nesta passagem, que o Concílio Vaticano II procurou enfatizar.
"Venerar a Mãe de Jesus na Igreja significa então aprender dela a ser comunidade que reza", continuou Bento XVI, salientando que Maria nos convida "a abrir as dimensões da oração, a se voltar para Deus não apenas na necessidade e não só para si mesmos, mas de modo unânime, perseverante, fiél, com um “só coração e uma só alma” (cf. At 4,32). "
Maria é "colocada pelo Senhor nos momentos decisivos da história da salvação e sempre foi capaz de responder com total disponibilidade, resultado de uma relação profunda com Deus desenvolvida na oração assídua e intensa", acrescentou.
A sua maternidade está viva "até o fim da história" e é por isso que a ela se confia “todas as fases da passagem da nossa existência pessoal e eclesial, não menos importante aquela da nossa passagem final".
Graças à Maria, com seu exemplo de oração constante e incessante, somos capazes de "sair" da “nossa casa", de nós mesmos, com coragem, para alcançar os confins do mundo e anunciar em todos os lugares o Senhor Jesus, Salvador do mundo" , concluiu depois o Papa.
[Tradução Thácio Siqueira]
Deus chora na Terra
Asia Bibi: Tirem-me daqui!
O relato dilacerante de uma inocente condenada à morte por blasfêmia no Paquistão
Por Nieves San Martín
MADRI, quarta-feira, 14 de março de 2012 (ZENIT.org) – Foi apresentado na Espanha no último dia 6 o livro “Tirem-me daqui”, dramático relato do cativeiro da cristã paquistanesa Asia Bibi, condenada à morte por uma blasfêmia que ela não pronunciou. No lançamento, a jornalista francesa Anne Isabele Tollet, co-autora junto com a própria Bibi, anunciou que a França dará asilo político tanto a Asia como a toda a sua família, caso ela seja libertada do presídio onde espera pela execução.
Anne Isabele Tollet chamou a atenção para o fato de que essa eventual saída do país teria que ser imediata: da prisão direto para o aeroporto e dali para a França. Motivo: a vida de Asia Bibi corre menos perigo dentro da cadeia do que fora dela, onde muitos fanáticos estão dispostos a executá-la, como já executaram um governador e um ministro que se pronunciaram em sua defesa.
Na apresentação do livro, publicado pela editora Libroslibres em colaboração com a fundação Ajuda à Igreja que Sofre, a jornalista explicou como foi o processo que tornou a obra possível. Ela acompanhava Ashiq, o marido de Asia, em sua visita semanal ao presídio. Ashiq repetia para Asia as perguntas da escritora e lhe trazia as respostas. Tollet anotava imediatamente o relato, já que nem Ashiq nem Asia poderiam fazê-lo. Eles não sabem escrever.
O relato da vida de Asia Bibi é o de uma mulher do campo, simples, analfabeta, que nunca teria imaginado o pesadelo que está enfrentando.
Acusada injustamente de blasfêmia contra o profeta Maomé por algumas mulheres muçulmanas, ela foi condenada à morte e se consome à espera da execução, por enforcamento.
A jornalista usa as palavras de Asia Bibi para relatar os fatos que a levaram à condenação e descreve o ódio que ela suscita em fanáticos islâmicos, que, mediante uma sentença claramente política, a transformaram na bandeira da lei anti-blasfêmia. O livro também conta como ela passa os dias na cadeia esperando um possível indulto presidencial que nunca chega.
Muitas personalidades se pronunciaram em favor de Asia, incluindo a secretária de estado norte-americana Hillary Clinton e o papa Bento XVI. Além disso, duas pessoas já pagaram com a vida por terem-na defendido: o governador Salman Taseer e o ministro para as minorias Shabaz Batti, assassinados por fanáticos.
O livro relata a grande surpresa de Asia quando soube que o papa tinha falado em sua defesa. Disseram-lhe: "O papa Bento XVI falou de você na praça de São Pedro, em Roma".
Bento XVI afirmou: "Penso em Asia Bibi e na sua família e peço que a sua liberdade seja devolvida o quanto antes". O papa pediu ainda pelo conjunto dos cristãos do Paquistão, frequentemente vítimas da violência e da discriminação.
"De volta à minha cela, não consigo voltar a mim. O papa em pessoa pensa em mim e reza por mim! Eu me pergunto se mereço tanta honra e atenção. Por que eu? Não passo de uma pobre agricultora, e no mundo existem outras pessoas que sofrem como eu e que precisam mais ainda. Pela primeira vez, durmo na minha cela com o coração sossegado", relata a autora.
Mas Bibi teve na prisão outras notícias, nada agradáveis. Um dia, o carcereiro muçulmano lhe disse: "O seu anjo da guarda acaba de ser assassinado por culpa sua. O seu amado governador Salman Taseer, esse traidor dos muçulmanos, já foi banhado em sangue. Levou vinte e cinco tiros em Islamabad porque defendeu você".
"Meu coração treme e se encolhe, e os meus olhos se enchem de lágrimas. Imploro a Deus. Por quê?", reage Asia Bibi.
A prisioneira se questiona ainda sobre a impossível situação dos cristãos no Paquistão: "O que eles podem e devem responder se um muçulmano lhes pergunta se eles acreditam em Alá e em Maomé, seu profeta? Eu fui educada na fé de Cristo, da Virgem Maria e da Santíssima Trindade. Eu respeito o islã e a fé dos muçulmanos, mas o que posso responder diante dessa pergunta? Se eu digo que não acredito em Alá, mas em Deus e em Cristo, sou considerada blasfema. Se digo que acredito, sou considerada traidora, como São Pedro, que negou Jesus três vezes. Coisas como estas eu nunca me perguntei antes...".
"Eu lamento tanto ter sido transformada no emblema da lei da blasfêmia! As manifestações são contra mim, mas o que eles querem, na verdade, é manter esta lei que se tornou intocável, parece, desde a morte do governador".
Outra notícia terrível ainda encheria Asia Bibi de amargura: "Shahbaz Bhatti foi morto. Foi assassinado há três dias". "Nesse momento", relata Asia, "eu sinto um aperto muito forte no coração. Fico petrificada, as pernas me abandonam, me escondo no travesseiro, a respiração me treme. Vejo as paredes da minha prisão racharem e se derrubarem sobre mim.Tenho a impressão de viver um pesadelo acordada, há tempo demais, e o último resquício de esperança que fazia o meu coração bater acaba de se apagar com a morte de Shahbaz Bhatti. O ministro sabia que estava sendo ameaçado, os jornais diziam que ele se arriscava a morrer, como o governador (...) Estou fulminada, destruída pela injustiça da morte do ministro (...) Ele morreu mártir".
A coragem e a resistência desta aparentemente frágil mulher é assombrosa. Ela poderia ter evitado tudo isto se, quando pressionada, tivesse se convertido ao islã para evitar a condenação.
"Enquanto eu tiver reflexo para respirar, vou continuar lutando para que Salman Taseer e Shahbaz Bhatti não tenham dado a vida à toa. Quero que o governo saiba que, mesmo se me trancar numa tumba, eu continuarei fazendo a minha voz ser ouvida enquanto o meu coração bater".
No final do seu relato dilacerante, Asia Bibi faz um apelo aos leitores: "Vocês leram a minha história (...) Agora que vocês me conhecem, contem o que me aconteceu para todos à sua volta. Divulguem. Acredito que é a única oportunidade que eu tenho de não morrer no fundo desta masmorra. Preciso de vocês! Salvem-me!".
Mundo
Rumo ao 35º Encontro Europeu dos Jovens
O local é Roma e a convocação é da Comunidade de Taizé
ROMA, quinta-feira, 15 de março de 2012 (ZENIT.org) - A Comunidade de Taizé e o serviço diocesano de Roma para a Pastoral Juvenil propõem no mês de março uma série de encontros paroquiais preparatórios para o 35º Encontro Europeu dos Jovens, que acontecerá na capital italiana de 28 de dezembro de 2012 a 2 de janeiro de 2013.
Cerca de quarenta mil jovens serão acolhidos pelas comunidades religiosas e pelas famílias romanas.
“O evento será uma oportunidade para refletir sobre os grandes temas do nosso tempo, como as bases da Europa, a globalização, o compromisso social, o acolhimento dos estrangeiros e a luta contra a pobreza, a marginalização e a violência”, explica a comunidade.
Um dos objetivos é "formar os jovens para assumirem um papel responsável na construção de uma Europa mais humana e mais fraterna".
A Comunidade de Taizé visitará as paróquias romanas nos próximos dias, em colaboração com a Pastoral Juvenil, para dar início à organização do evento.
Os encontros preparatórios já começaram na última sexta-feira (9) e incluirão uma vigília de oração programada para o dia 31, sábado, na basílica de São João de Latrão. Durante a vigília, o cardeal Agostino Vallini dirigirá uma catequese sobre o tema escolhido por Bento XVI para a Jornada Mundial da Juventude: a exortação "Estejam sempre alegres", do apóstolo Paulo aos filipenses (Fil4,4).
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Grupos ecumênicos e inter-religiosos por um Paquistão livre
Aniversário do assassinato de Shahbaz Bhatti tem manifestações contra a lei da blasfêmia
ROMA, quinta-feira, 15 de março 2012 (ZENIT.org) - O primeiro aniversário da morte de Shahbaz Bhatti deu força às vozes que defendem a liberdade religiosa no Paquistão.
No último sábado, um show de três horas na Trafalgar Square, em Londres, homenageou Bhatti, que deu a vida por essa causa, e procurou sensibilizar as pessoas quanto às violações dos direitos humanos no Paquistão. Antes do show, foi entregue na residência do primeiro-ministro britânico, David Cameron, um abaixo-assinado pedindo que a diplomacia inglesa promova a mudança das leis contra a blasfêmia vigentes no Paquistão, que prevêem prisão perpétua e até pena de morte para quem ofende o islã.
O pedido, com mais de seis mil assinaturas, foi apresentado por uma delegação ecumênica que inclui o presidente da Christian Peoples Alliance, Alan Craig, e o representante da Ajuda à Igreja que Sofre, John Pontifex.
Pontifex, que conheceu Bhatti pessoalmente, afirmou: “Para Bhatti, a fé cristã era a liberdade de expressar o próprio credo religioso sem limites nem barreiras. Era uma causa pela qual valia a pena não só lutar, mas também morrer”.
Bhatti, ministro das Minorias do governo paquistanês, foi assassinado em março do ano passado durante uma viagem a Islamabad. Sua morte deu grande destaque à campanha pela libertação de Asia Bibi, a primeira mulher condenada à morte pela lei paquistanesa contra a blasfêmia. Bibi continua presa aguardando a execução.
Participaram do evento em Londres o imã Hargey, da Congregação Islâmica de Oxford, o ativista islâmico Irtshad Manji, e Ranbir Singh, do Movimento Hindu de Direitos Humanos. O cardeal Keith Patrick O'Brien, arcebispo de St. Andrews e Edimburgo, e o bispo Declan Lang, de Clifton, presidente do Departamento de Assuntos Internacionais da Conferência Episcopal Católica da Inglaterra e de Gales, homenagearam Bhatti em seus discursos.
Ao dar a bênção à assembleia, o cardeal O'Brien declarou: “Uno a minha voz às invocações de vocês e peço uma verdadeira justiça em favor dos cristãos e das outras minorias religiosas do Paquistão, que são acusadas de blasfêmia”.
O’Brien acrescentou que “Shahbaz Bhatti foi uma verdadeira testemunha, um mártir: possamos nós ter a mesma coragem de testemunhar a nossa fé com a vida, como ele testemunhou".
O evento foi organizado pela Associação Britânica dos Paquistaneses Cristãos, em colaboração com a organização Ajuda à Igreja que Sofre.
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Organização global para o acesso à água
A proposta da Santa Sé no VI Fórum Mundial de Marselha
CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 13 de março de 2012 (ZENIT.org) - Para resolver o problema do acesso à água no mundo é oportuno uma organização que possa garantir esse direito. Afirma um documento da Santa Sé, apresentado nesta segunda-feira, na abertura do VI Fórum Mundial da Água que está sendo realizado em Marselha desde o dia 12 até o dia 17 de março.
O Fórum Mundial da Água, organizado a cada três anos pelo Conselho Mundial da Água, reune entidades privadas, estaduais e representantes de diversas organizações para analisar e desenvolver uma visão de longo prazo para este recurso indispensável.
O documento elaborado pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz e intitulado: Água, um elemento essencial para a vida. Encontrar soluções eficazes, destaca que bilhões de pessoas não tem acesso à água potável e que a demanda de água irá aumentar em 55% nos próximos 38 anos. O Pontifício Conselho apela para uma "melhor gestão" do recurso por parte do setor público, privado e da sociedade civil.
O "princípio da justiça", prossegue o documento pontifício, em seus aspectos "comutativo, distribuitivo e social" deve garantir o direito de acesso à água e "ajudar a identificar os danos causados" a este bem e ainda “propor possíveis reparos ou sanções".
Por sua natureza, a água, disse o secretário do Conselho Pontifício Justiça e Paz, Dom Mario Toso, em entrevista à Rádio Vaticana, "não pode ser tratada como uma mercadoria entre outras, seu uso deve ser racional e solidário".
Colocar de pé uma organização, explicou , envolve "um trabalho de controle por parte dos Estados com os compromissos assumidos, a potencialização da cooperação no plano científico, tecnológico, gerencial”, sem excluir "os tribunais com poderes para receber queixas" e o fortalecimento da Unep, a agência da ONU para a proteção ambiental”.
A água nãe é um “bem meramente mercantil”, mas "público”. O princípio da subsidiariedade pode dar a prórpia contribuição, pois "é a sociedade civil a principal responsável pela água, pelo bem comum que é a água , ou mesmo o bem público", acrescentou Mons. Toso.
Mesmo quando estão envolvidas empresas privadas, estas devem ser "supervisionadas e orientadas à uma gestão conforme as exigências do bem comum que é o bem de todos", concluiu o secretário do Conselho Pontifício Justiça e Paz.
(Tradução:MEM)
Entrevistas
Não existe comunicação direta com Deus para a absolvição dos pecados
Entrevista com o padre Hernán Jiménez, confessor em Santa Maria Maior
José Antonio Varela Vidal
ROMA, terça-feira, 13 de março de 2012 (ZENIT.org) - Em recente discurso à Penitenciaria Apostólica, o papa enfatizou que “a nova evangelização parte também do confessionário”, porque só quem se deixa renovar profundamente pela graça divina pode trazer em si a novidade do Evangelho e anunciá-la.
Nesta quaresma, ZENIT entrevistou o padre Hernán Jiménez, confessor da basílica de Santa Maria Maior, em Roma. Jiménez lembra que os turistas e fiéis podem se confessar em muitas línguas modernas e mesmo antigas, como o latim.
Parece que na quaresma há mais afluência de pessoas ao sacramento da reconciliação…
- Pe. Jiménez: Sim, porque na páscoa os cristãos querem se reconciliar com Nosso Senhor. A Igreja nos recorda o caminho até o Pai que espera pelo filho, o filho que reconhece que errou e que volta para pedir perdão. Este é o tempo mais favorável para a nossa conversão.
Por que a quaresma é um tempo privilegiado para este sacramento?
- Pe. Jiménez: Porque através da oração, da penitência mais moral do que corporal, através das obras de caridade, nós participamos mais intimamente da paixão e da ressurreição de Cristo. É uma preparação para a páscoa, que nos conscientiza da necessidade de nos saber amados por Deus, nosso Pai. Todo cristão que crê tem que viver e sentir a necessidade da conversão.
Deus perdoa sempre? Perdoa tudo?
- Pe. Jiménez: Deus é um pai bondoso, compassivo e misericordioso. Ele perdoa sempre todas as nossas faltas e pecados. Deus perdoa tudo, se o homem humildemente se reconhece pecador, como diz Mateus 18, 21 e seguintes.
A cada quanto tempo um católico tem que se confessar?
- Pe. Jiménez: No geral, com muita frequência! Mas pelo menos uma vez por ano, se possível na páscoa. Depende do grau de consciência na relação com Deus: quanto mais consciência você tem da presença dele, mais forte é a necessidade da pureza. Quanto mais você vive perto de Jesus, com espírito de fé, muito mais você procura viver com grande retidão.
Qual é a melhor maneira de se preparar para a confissão?
- Pe. Jiménez: Fazendo o exame de consciência sobre os mandamentos, os preceitos da Igreja, o preceito da caridade fraterna. E também sobre os nossos deveres de cristãos praticantes.
Os confessores não mandam mais só rezar como penitência, mas também fazer atos de ressarcimento. Isto é oficial, substitui as orações?
- Pe. Jiménez: As obras de caridade substituem muito bem a oração, porque o ressarcimento ou restituição é uma obrigação de justiça.
Existe a confissão "direta com Deus", como algumas pessoas argumentam? Qual é a diferença entre essa prática e o sacramento da reconciliação?
- Pe. Jiménez: Com Deus existe uma comunicação direta na oração e na meditação interior, mas nunca na remissão dos pecados. Segundo o mandamento de Jesus, só os apóstolos e os seus sucessores, os sacerdotes, podem perdoar os pecados em nome dele.
Qual é a base bíblica do perdão exercido pelo sacerdote? Ele age em nome de Deus ou do seu próprio poder como consagrado?
- Pe. Jiménez: A base está nos evangelhos, em João 20, 22-23. O sacerdote age em nome de Deus e pelo mandamento da Igreja, que ele recebe na ordenação sacerdotal. O sacerdote perdoa todo pecado com a fórmula “… em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
Os apóstolos se confessavam?
- Pe. Jiménez: Não temos nenhum documento, nem menção nos evangelhos, mas deduzimos que sim, por casa da fraqueza da nossa natureza. Eles eram como os outros, pobres homens e pecadores.
Quando começou a confissão na Igreja, tal como a conhecemos hoje?
- Pe. Jiménez: Desde os primeiros tempos da Igreja, quando a confissão era pública. No século IV ela passou a ser privada, auricular.
Desde que idade e até quando um católico tem que se confessar?
- Pe. Jiménez: Em qualquer idade. Mas a Igreja aconselha começar com a primeira comunhão. E enquanto mantivermos o uso da razão, sendo conscientes da nossa vida moral e de católicos.
O papa Bento XVI disse que os doentes devem ser levados à confissão sempre. Podemos pecar quando sofremos, prostrados numa cama?
- Pe. Jiménez: É para a serenidade e para a tranquilidade da consciência, e para dar sustento, força e consolação no meio do sofrimento físico.
Quem não está casado pela Igreja pode se confessar?
- Pe. Jiménez: Não pode, porque vive em estado de pecado.
De que modo o sacramento da reconciliação poderia ser um elemento importante para a nova evangelização desejada pelo papa?
- Pe. Jiménez: A reconciliação é indispensável para todo cristão, especialmente neste período histórico em que o povo se afasta dos sacramentos. Através da consciência, reconhecendo com grande humildade a miséria da natureza humana diante de Deus e dos outros, nos tornamos mais humanos e sensíveis ao outro e de modo especial a Deus.
É tradição que os confessionários da basílica papal de Santa Maria Maior fiquem a cargo dos dominicanos, certo?
- Pe. Jiménez: É uma antiga tradição, desde a fundação da Penitenciaria Apostólica, pelo papa Pio V, que a confiou aos padres dominicanos em 1568.
As pessoas podem se confessar em várias línguas com vocês...
- Pe. Jiménez: Em latim e em todas as línguas modernas. Tentamos cobrir a maior parte dos idiomas com muita diligência e preocupação apostólica.
Quantas horas por dia você fica no confessionário? Todos os dias da semana?
- Pe. Jiménez: Pelo menos 23 horas por semana. Depende do dia, com um dia e meio de descanso semanal.
Dizem que os confessores têm uma terapia para não ficar sobrecarregados com tantos pecados que escutam... Você precisa desse tipo de ajuda?
- Pe. Jiménez: Não, não. Todos nós, com grande espírito de fé e de generosidade fraterna, realizamos esta missão apostólica. Não existe nenhuma terapia, a única é a reconciliação com Deus através da sua misericórdia e perdão.
Quem se confessa mais, os homens ou as mulheres? Os mais velhos ou os mais jovens?
- Pe. Jiménez: Não existe nenhuma distinção. Muitos são jovens, mulheres, anciãos...
No geral, pode nos dizer quais são as angústias que levam as pessoas a se confessar?
- Pe. Jiménez: A angústia é pelos pecados cometidos, e elas saem com muita paz interior e alegria espiritual. E também temos os problemas da nossa sociedade atual, como a solidão, a falta de trabalho, a falta de recursos econômicos, entre outros.
Dizem que os papas se confessam com frequência, que o beato João Paulo II se confessava semanalmente. Bento XVI segue esta prática?
- Pe. Jiménez: Claro, como todo cristão e bom pastor da Igreja. Ninguém é impecável e perfeito neste mundo. O papa também se confessa regularmente.
O que você diria aos nossos leitores que não se confessaram ainda nesta quaresma?
- Pe. Jiménez: Eu aconselho a se confrontarem humildemente com a palavra de Deus e a seguirem toda a inspiração divina para uma autêntica vida de conversão. Aproveitando toda a ajuda que Nosso Senhor nos oferece, na sua paciente misericórdia. Não se privem de uma ajuda para a sua vida espiritual e moral.
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Esperança no diálogo após encontro do papa com o primaz anglicano
Entrevista com o pe. Peter Huges, sacerdote católico, antes anglicano
Por Sergio Mora
ROMA, segunda-feira, 12 de março de 2012 (ZENIT.org) - Bento XVI encontrou neste sábado (10) o arcebispo anglicano de Canterbury, Rowan Williams, na igreja de São Gregório, onde foram celebradas as vésperas. Deste templo, construído sobre a casa de São Gregório Magno no século IV, partiram os apóstolos Agostinho de Canterbury e 40 monges para evangelizar a Inglaterra.
O atual reitor do mosteiro dos beneditinos cistercienses, Peter Huges, que já foi presbítero anglicano e hoje é sacerdote católico, começou em 1998 uma experiência monástica no mosteiro cisterciense próximo de Arezzo, Itália, e em 2000 foi acolhido pela Igreja católica.
O agora padre Peter Huges conta aos leitores de ZENIT a história do seu percurso de vida, o respeito pelas suas origens anglicanas, as dificuldades e as esperanças de hoje entre a Igreja anglicana e Roma. E comenta que este encontro dará um novo impulso ao verdadeiro caminho ecumênico.
Você era anglicano e entrou na Igreja católica no ano 2000, certo?
-Pe. Huges: Não exatamente. Em 1998 eu comecei uma experiência de vida monástica no mosteiro de Camaldoli, em Arezzo, onde fica a nossa casa-mãe, que, aliás, este ano celebra os mil anos da sua fundação, feita por São Romualdo. Fui acolhido pela comunidade monástica, que é sensível ao empenho ecumênico e que me acolheu na Igreja católica reconhecendo as minhas origens anglicanas. Obviamente, não era possível reconhecer o meu sacerdócio. Por isso eu vivi os últimos anos como monge católico e anglicano, o que foi um privilégio. Passei para a Igreja católica sem renunciar às minhas origens.
Há uma pastoral específica para os anglicanos que querem entrar na Igreja católica?
-Pe. Huges: O meu caminho pessoal foi diferente, porque eu não tinha pensado em me converter. No caso dos anglicanos que querem entrar na Igreja católica, existe a constituição apostólica Anglicanorum Coetibus, que prevê um ordinariato para encontrar acolhimento, e onde também se valoriza o patrimônio da Igreja anglicana sem perdê-lo na transição para a religião católica.
Você era casado? Em outros ritos da Igreja é permitido...
-Pe. Huges: Não. E se fosse, não poderia ser monge.
Monge camaldulense. Por que essa comunidade religiosa?
-Pe. Huges: A primeira experiência foi em 1998. Foi muito forte e eu pedi para prolongá-la. Eles me deram a possibilidade de ficar mais um ano como presbítero anglicano hóspede. Nesse período, o meu caminho monástico se desenvolveu e nós vimos que existia a possibilidade de me integrar na comunidade. Segundo o direito canônico, você só pode ser monge camaldulense se for católico. Camaldoli tinha essa sensibilidade ecumênica, de dialogar, da abertura à cultura moderna. Então, para mim, foi um contexto para viver o empenho monástico com um horizonte mais amplo.
Hoje você é monge e também sacerdote?
-Pe. Huges: O meu presbiterado anglicano não podia ser exercitado na Igreja católica. No ano passado, eu fui invitado a assumir a responsabilidade aqui em São Gregório e me perguntaram se eu queria ser ordenado presbítero na Igreja católica.
E então?
-Pe. Huges: Depois de um período de reflexão e de consultas entre as Igrejas católica e anglicana, com a qual eu ainda tenho relações muito próximas, decidi aceitar o convite. Acho que é um chamado a exercer com mais plenitude esse ministério de guiar uma comunidade, ao ser presbítero da Igreja. Na quarta-feira passada eu fui ordenado presbítero pelo arcebispo Bruno Forti, aqui em São Gregório.
O papa se encontrou com o número um da Igreja anglicana, ou o número um é a rainha?
-Pe. Huges: A rainha não é chefe da Igreja anglicana. Do ponto de vista constitucional, ela é a governadora suprema. Mas na gestão da vida eclesiástica, são os bispos, o primaz e arcebispo de Canterbury.
O fato de que muitos anglicanos viraram católicos criou problemas? Como isso foi avaliado?
-Pe. Huges: É necessário levar em consideração que a resposta do Santo Padre foi pastoral, diante da solicitação de anglicanos e ex-anglicanos que queriam entrar em plena comunhão com a Igreja de Roma.
Pastoral, mas também um caminho ecumênico?
-Pe. Huges: O caminho ecumênico tem uma finalidade um pouco diferente. É a possibilidade de chegar a um ponto de reconhecimento recíproco, em que as Igrejas se aproximem através do reconhecimento mútuo de ministérios e sacramentos. Este caminho se empenha no diálogo teológico sobre sacramentos, a doutrina do ministério, a doutrina da Igreja, para chegar ao ponto da plena comunhão de fé e sacramentos. Este é o caminho ecumênico da Igreja.
Em que ponto estamos deste caminho? Uma pergunta nada simples!
-Pe. Huges: O ponto depende das pessoas que estão fazendo o caminho. Eu acho que esse encontro se insere no desejo de dar impulso a essa união. É um momento em que podemos reacender a esperança. Quando há um encontro significativo entre o Santo Padre e o chefe de outra Igreja, significa que, através desse encontro e da sua simbologia de fraternidade, de compartilhamento, de desejo de comunhão, então os fiéis de ambas as Igrejas encontram inspiração.
As ordenações femininas e outras inovações complicam muito as coisas?
-Pe. Huges: Sim, complicam bastante o caminho ecumênico entre a Igreja católica e a anglicana. Porque a Igreja católica não reconhece como possibilidade a ordenação feminina. É um obstáculo de nível institucional. Apesar disso, as Igrejas decidiram continuar as conversas e isto é importante, mesmo com diferenças fundamentais, como é o caso do ministério da ordem.
A Igreja anglicana tem continuidade apostólica ou ela foi rompida?
-Pe. Huges: Depende do que se entende por continuidade. Do ponto de vista da tradição anglicana, a continuidade apostólica consiste na fidelidade a Cristo e ao seu mandamento aos apóstolos, que se expressa através de uma estrutura tradicional que existe nas duas igrejas, com os bispos, presbíteros e diáconos. O bispo tem o papel de representar e garantir essa fidelidade às origens. A diferença está no modo de conceber o papel da garantia. Se você a entende como uma corrente ininterrupta de um bispo para outro, então é muito difícil, porque, historicamente, em toda a Igreja, houve momentos difíceis em que a corrente sofreu uma certa ruptura. Mas a garantia vem através do papel do bispo como custódio, inclusive se na Igreja católica levarmos em consideração a corrente, sem excluir a fidelidade do bispo.
Análise
Gregório Magno e a evangelização da Inglaterra
A participação dos monges agostinianos na missão aos anglos
ROMA, quinta-feira, 15 de março de 2012 (ZENIT.org) - O padre Vittorino Grossi, professor do Instituto Patrístico Augustinianum, por ocasião da memória do trânsito de São Gregório Magno, recorda a “Missão aos anglos”, que deu início à evangelização da Inglaterra, bem como a participação dos monges agostinianos naquela empreitada apostólica.
No milésimo aniversário da fundação da Casa-Mãe dos Camaldulenses, o papa visitou no sábado passado a igreja de Santo André e São Gregório em Monte Célio para a celebração das vésperas.
Na ocasião, esteve presente o arcebispo de Canterbury, Rowan Williams. É a terceira vez que um papa e um arcebispo de Canterbury se encontram no mosteiro romano em que o papa Gregório Magno escolheu quarenta monges para a evangelização da atual Inglaterra.
“Quando papa, Gregório cuidou não só da cidade de Roma, mas também de toda a Itália e dos territórios que hoje podemos chamar de Europa graças a Gregório Magno”, explica o padre Vittorino Grossi, OSA, do Instituto Patrístico Augustinianum. “Eram tempos em que povos inteiros se transferiam de um território para outro, e Gregório, naquela situação, procurou criar convergência entre esses povos para ajudá-los a conseguir uma convivência que não fosse dominação, que não fosse eliminação de um povo pelo outro”.
Gregório tinha a convicção de que esses povos chegados ao Mediterrâneo poderiam encontrar na fé cristã a razão comum de uma convivência pacífica, como irmãos, e organizou assim a famosa “Missão aos anglos”, que hoje poderíamos chamar de Missão evangelizadora da Inglaterra.
“Gregório enviou um grupo de monges, que se manteve em constante contato com ele, para que os anglos recebessem a mensagem evangélica”, explica o padre Vittorino. “A Europa nasceu com Gregório Magno, com a união dos povos europeus na base da fé cristã. Ele conseguiu, e a Europa começou o seu caminho. O bom desta missão, como em toda missão cristã, é que o cristianismo não é uma religião de elite, que só se ocupa de alguns. O cristianismo cuida de todos, e foi com esta base que o caminho da Europa começou”.
O historiador romano Tácito escreveu, a propósito da missão do general Agrícola, enviado por Roma para submeter os ferocíssimos anglos, que os romanos tentaram amansá-los através do esporte, criando ginásios em vez de fazê-los se exercitar na arte da guerra. Tácito observou que os romanos, quando ocuparam a Ânglia e corromperam os anglos, disseram que os haviam civilizado.
“O mesmo não pode ser dito da missão de Gregório Magno, porque desde aquele dia começou a colaboração dos povos dessas ilhas com o resto da Europa: eles lançaram as bases da Europa”, destaca o padre Grossi.
Quanto ao monacato, estava muito em voga, então, o estilo originário do Oriente. “O tipo de monge criado por Gregório, que não se fiava da contribuição dos monges orientais, deu origem a um monacato novo a partir das outras tradições monásticas existentes. Havia monges da tradição que depois se tornará a tradição beneditina, mas também monges da regra de Agostinho, que se estabeleceram em Nápoles, onde, talvez, geriram a biblioteca do autor das Confissões: é lícito supor que a biblioteca de Hipona tenha sido levada a Nápoles. Deste grupo de monges de Agostinho, dois participaram da missão aos anglos”, conclui o padre Vittorino Grossi.
A Ordem de Santo Agostinho, conforme nota da Cúria Generalícia, tem como padre espiritual o santo bispo Agostinho de Hipona (354 – 430) e foi fundada em 1244 para viver e promover o espírito de comunidade, tal como vivido nas primeiras comunidades cristãs. A Ordem Agostiniana é constituída por pessoas, homens e mulheres, que seguem o ensinamento da Regra que professam: “viver juntos em harmonia, com uma só alma e um só coração voltado a Deus”.
Bioética
O aborto e o infanticídio
Ladeira escorregadia
John Flynn, LC
ROMA, quarta-feira, 14 de março de 2012 (ZENIT.org) – “Quando eu uso uma palavra”, disse Humpty Dumpty, em tom de desdém, “ela significa o que eu quero dizer. Nem mais nem menos”.
Este trecho de Alice no País do Espelho, de Lewis Carroll, foi retirado de uma narrativa ficcional, mas é muito adequado para descrever o artigo Aborto após o nascimento: por que a criança deveria viver?, publicado em 23 de fevereiro no Journal of Medical Ethics.
Os autores, Alberto Giubilini e Francesca Minerva, acadêmicos em Melbourne, Austrália, argumentam que "o que chamamos de aborto após o nascimento (o assassinato de um recém-nascido) deveria ser permitido em todos os casos em que o aborto também o é, inclusive naqueles em que a criança não é deficiente".
O aborto é permitido quando o feto sofre de algum tipo de malformação ou doença, ou até por motivos econômicos, sociais e psicológicos, disseram eles. E na Holanda, de acordo com o Protocolo de Groningen de 2002, as crianças que tiverem um "prognóstico sem esperança" também podem ser mortas.
Em vez do termo infanticídio, universalmente aceito para descrever o procedimento, eles adotaram a expressão "aborto após o nascimento".
"O status moral de uma criança é equivalente ao de um feto, no sentido de que que a ambos faltam as propriedades que justificam o reconhecimento do direito de um indivíduo à vida", proclamaram os autores.
Eles não colocaram qualquer limite sobre quanto tempo após o nascimento o chamado "aborto" deveria ser permitido. Apenas notaram que, normalmente, as deficiências são descobertas em poucos dias.
Quando a justificativa é por motivos não-médicos, os autores também omitiram qualquer período de tempo, dizendo que dependeria apenas do desenvolvimento neurológico da criança recém-nascida.
Discussão razoável
Como era de se esperar, o artigo de Giubilini e Minerva despertou muitas críticas. Em resposta, o editor do Journal of Medical Ethics, Julian Savulescu, escreveu no blog da revista em 20 de fevereiro que o perturbador não era a proposta dos autores de usar a expressão "aborto após o nascimento", mas sim as reações hostis ao que ele chamou de "qualquer tipo de discussão razoável".
Em uma carta aberta, publicada em 2 de março no site da revista, os autores do artigo se declararam surpresos com a reação hostil, dizendo que "tratava-se de um mero exercício de lógica".
A tática dos autores de descrever o artigo como um exercício intelectual tinha sido antecipada por Bill Muehlenberg em artigo publicado no dia anterior no site australiano Line Opinion.
"Nas décadas que precederam o Holocausto, muitas posições acadêmicas e declarações abriram caminho para o que Hitler e os nazistas fizeram", afirmou ele.
"Usar a sala de aula e as revistas acadêmicas para defender com frieza e com calma a matança de crianças não é sinal de profissionalismo nem de progresso. É um sinal de barbárie e de retrocesso".
As ideias têm consequências, disse por sua vez Stammers Trevor, em artigo publicado no dia 5 de março no site Mercator Net: "Simplificando, toda revolução social começa com uma ideia. As ideias de Giubilini e Minerva não são uma exceção e têm relevância além do mundo acadêmico".
“Como pai de uma criança com síndrome de Down, os argumentos deles me dão nojo”, disse David Warren, escrevendo em 2 de março no jornal canadense The Ottawa Citizen. “É verdade”, admite Warren, “que outros, como o bioeticista Peter Singer, já apoiaram o infanticídio. Além disso, Singer defende também a aceitação da bestialidade”.
Matar crianças e fazer sexo com animais é normal na ética de camarilha, diz o título de um artigo de Rod Liddle no Sunday Times deste fim de semana. Liddle ridiculariza Peter Singer, dizendo que ele não carecia apenas de bom senso, mas de toda lógica.
Gerald Warner, no Scotland on Sunday, observou que "o lugar mais perigoso do mundo para uma criança na Escócia é o útero da mãe. Em 2010, a mortalidade infantil levou 218 crianças escocesas à morte. O aborto, 12.826".
Niilismo ético
Embora a promoção do "aborto após o nascimento" seja um bom exemplo do que chamou de niilismo ético, Warner nota que os autores fizeram um favor à causa pró-vida. "Eles deixaram de lado os eufemismos sutis, as mentiras e os enganos anti-científicos dos lobistas pró-aborto, e chamaram o pão de pão e o queijo de queijo", disse ele.
No australiano Daily Telegraph, Andrew Bolt escreveu: "Não há um limite claro depois que você apaga a linha do absoluto que diz: não matar o bebê no útero da mãe". A ladeira é escorregadia, prossegue Bolt, e este caso demonstra o quanto.
Em 7 de março, Barney Zwartz, editor de religião no Age of Melbourne, também da Austrália, escreveu que um passo fatal foi dado no debate sobre a vida quando o conceito de "qualidade de vida" substituiu o do "valor da vida" nessas discussões.
O pai de uma criança com síndrome de Down afirmou: "Afirmar que você está seguindo uma lógica não é, de modo algum, uma justificativa. A lógica é uma ferramenta, cuja utilidade depende das premissas com as quais ela funciona. Não é um bem em si mesma".
Estes princípios morais firmes são ainda acusados de "excessiva rigidez". O episódio descrito aqui demonstra o que a "flexibilidade" pode se tornar quando o tema em questão são os princípios morais fundamentais.
Angelus
"A Cruz de Cristo é o ápice do amor"
As palavras do Papa durante a oração do Angelus no IV domingo da Queresma
CIDADE DO VATICANO, domingo, 18 de março de 2012(ZENIT.org) - Apresentamos as palavras de Bento XVI dirigidas aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São para a oração do Angelus.
***
Queridos irmãos e irmãs!
Em nosso itinerário em direção à Páscoa, chegamos ao quarto domingo da Quaresma. È um caminho com Jesus atravessando o ‘deserto’, isto é, um tempo para escutar mais a voz de Deus e também desmascarar as tentações que falam dentro de nós. Ao horizonte deste deserto se aproxima a Cruz. Jesus sabe que essa é o cume de sua missão: de fato, a Cruz de Cristo é o ápice do amor, que nos doa a salvação. Ele mesmo diz no Evangelho de hoje: “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do homem, para que todo homem que nele crê tenha vida eterna” (Jo 3,14-15). A referência é ao episódio em que, durante o êxodo do Egito, os judeus foram atacados por serpentes venenosas, e muitos morreram; então, Deus ordena a Moisés que faça uma serpente de bronze e a coloque sobre uma haste: se um era mordido pelas serpentes, olhava para a serpente de bronze e era curado (cfr Nm 21,4-9). Também Jesus será elevado sobre a Cruz, para que qualquer um que está em perigo de morte por causa do pecado, voltando-se com fé para Ele, que morreu por nós, seja salvo. De fato -escreve são João - “Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por ele” (Jo 3,17).
Santo Agostinho comenta: “O médico, para aqueles que dependem dele, vem para salvar o doente. Se um não segue a prescrição do médico, se arruína sozinho. O Salvador veio ao mundo... Se você não quer ser salvo por ele, você será julgado por si mesmo” (Sobre o Evangelho de João 12, 12: PL 35, 1190). Assim, se infinito é o amor misericordioso de Deus, que chegou ao ponto de dar seu Filho único em resgate para nossa vida, grande é também a nossa responsabilidade: cada um, de fato, deve reconhecer que é doente, para poder ser curado; cada um deve confessar o próprio pecado, para ter o perdão de Deus, já doado sobre a Cruz, possa ter efeito sobre seu coração e sobre sua vida. Escreve ainda Santo Agostinho: “Deus condena os teus pecados, e você também os condena, une-te a Deus... Quando você começar a desprezar o que faz, e logo começar a fazer boas obras, porque condena suas obras ruins. As obras começam com o reconhecimento das obras ruins” (ibid., 13: PL 35, 1191). Às vezes o homem ama mais as trevas que a luz, porque é atacado por seus pecados. Mas somente abrindo-se à luz, somente confessando sinceramente as próprias culpas a Deus, que se encontra a verdadeira paz e a verdadeira alegria. È importante então aproximar-se com regularidade ao Sacramento da Penitência, especialmente na Quaresma, para receber o perdão do Senhor e intensificar o nosso caminho de conversão.
Queridos amigos, amanhã celebraremos a festa solene de São José. Agradeço de coração todos aqueles que recordarão de mim particularmente em oração, no dia do meu onomástico. Em particular, peço-lhes que rezem pela viagem apostólica no México e em Cuba, que começarei a partir da próxima sexta-feira. Confiemos esta viagem à intercessão da Beata Virgem Maria, tão amada e venerada nestes dois países que estou para visitar.
(Após o Angelus)
Queridos irmãos e irmãs,
Ontem foi concluído em Marselha o VI Forum mundial da água, e quinta-feira próxima será celebrada a Jornada mundial da água, que este ano destaca a ligação fundamental de tal precioso e limitado recurso com a segurança alimentar. Espero que estas iniciativas contribuam para garantir a todos um acesso equo, seguro e adequado à água, promovendo assim os direitos à vida e à nutrição de todo ser humano e um uso responsável e solidário dos bens da terra, em benefício das gerações presentes e futuras.
(Tradução:MEM)
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O zelo do amor que é pago pessoalmente
Angelus de Bento XVI no III domingo da Quaresma
CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 13 de março de 2012(ZENIT.org) - Apresentamos as palavras do Santo Padre Bento XVI, dirigidas aos fiéis e peregrinos reunidos neste domingo(11), na Praça de São Pedro para a oração do Angelus.
***
Queridos irmãos e irmãs!
O Evangelho deste terceiro domingo da Quaresma faz referência - na redação de São João - ao célebre episódio no qual Jesus expulsa do templo de Jerusalém os vendedores de animais e comerciantes (Jo 2,13-25). O fato, relatado por todos os Evangelistas, acontece na proximidade da festa da Páscoa e despertou grande impressão seja na multidão, seja nos discípulos. Como devemos interpretar este gesto de Jesus? Antes de tudo, vem notado que isso não provocou nenhuma repressão por parte dos tutores da ordem pública, porque foi vista como uma típica ação profética: os profetas, de fato, em nome de Deus, geralmente denunciavam os abusos, e o faziam às vezes com gestos simbólicos. O problema, era a autoridade deles. Eis porque os judeus pediram a Jesus: "Qual sinal nos mostras ao fazer essas coisas?” (Jo 2,18), demonstre-nos que ages verdadeiramente em nome de Deus.
A expulsão dos vendedores do templo foi também interpretada em sentido político-revolucionário, colocando Jesus na linha do movimento dos zelotas. Este eram, por assim dizer, "zeladores" da lei de Deus e prontos a usar a violência para que ela fosse respeitada. Nos tempos de Jesus, esperava-se um Messias que libertasse Israel do domínio dos Romanos. Mas Jesus desaponta esta expectativa, tanto que alguns discípulos o abandonaram e Judas Iscariotes ainda o traiu. Na realidade, é impossível interpretar Jesus como violento: a violência é contrária ao Reino de Deus, é um instrumento do anticristo. A violência não serve nunca a humanidade, mas a desumaniza.
Escutemos então as palavras que Jesus disse realizando este gesto: "Leveis embora estas coisas e não façais da casa do meu Pai um mercado!". E os discípulos então se recordaram que está escrito em um Salmo: "Me devora o zelo pela tua casa" (69,10). Este salmo é uma invocação de ajuda em uma situação de extremo perigo por causa do ódio dos inimigos: a situação que Jesus viverá na sua paixão. O zelo pelo Pai e pela sua casa o levará até a cruz: o seu é o zelo do amor que é pago pessoalmente, não aquele que gostaria de servir a Deus mediante a violência. De fato, o "sinal"que Jesus dará como prova da sua autoridade será exatamente aquele da sua morte eressurreição. " Destruais este templo - disse - e em três dias eu o farei ressurgir. E São João diz: "Ele falava do templo do seu corpo" (Jo 2,20-21). Com a Páscoa de Jesus inicia um novo culto, o culto do amor, e um novo templo que é Ele mesmo, Cristo ressuscitado, mediante o qual todo fiel pode adorar Deus Pai "em espírito e verdade" (Jo 4,23).
Queridos amigos, o Espírito Santo começou a construir este novo templo no ventre da Virgem Maria. Pela sua intercessão, rezemos para que todo cristão se torne pedra viva deste edifício espiritual.
(Depois do Ângelus)
Queridos irmãos e irmãs, meus pensamentos vão primeiramente para as populações queridas de Madagascar, que foram recentemente atingidas por graves desastres naturais, com graves danos as pessoas, estruturas e a agricultura. Enquanto garanto a minha oração para as vítimas e as famílias mais provadas, espero e incentivo a assistência generosa da comunidade internacional.
(Saudação em português)
Dirijo agora uma calorosa saudação aos peregrinos de língua portuguesa, em particular aos brasileiros aqui presentes que realizam a sua peregrinação quaresmal. Que a prática do jejum, da esmola e da oração vos ajude a experimentar a presença misericordiosa do Senhor que é a fonte da verdadeira saúde para todo homem e para o homem todo.
(Tradução:MEM)
Audiência de quarta-feira
O lugar privilegiado de Maria é a Igreja
A catequese de Bento XVI durante a Audiência Geral de hoje
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 14 de março de 2012(ZENIT.org) - Apresentamos a catequese de Bento XVI realizada nesta quarta-feira, na Praça de São Pedro.
***
Queridos irmãos e irmãs,
Com a Catequese de hoje gostaria de começar a falar da oração nos Atos dos Apóstolos e nas Cartas de São Paulo. São Lucas nos concedeu, como sabemos, um dos quatro Evangelhos, dedicado à vida terrena de Jesus, mas nos deixou também aquele que foi definido como primeiro livro sobre a história da Igreja, isto é, os Atos dos Apóstolos.
Em ambos este livros, um dos elementos recorrentes é justamente a oração, desde aquela de Jesus àquela de Maria, dos discípulos, das mulheres e da comunidade cristã. O caminho inicial da Igreja permaneceu, antes de tudo, é conduzido pela ação do Espírito Santo, que transforma os Apóstolos em testemunhas do Ressuscitado, até a efusão do sangue, e pela rápida difusão da Palavra de Deus no Oriente e no Ocidente.
Todavia, antes que o anúncio do Evangelho se difunda, Lucas traz o episódio da Ascenção do Ressuscitado (cfr At 1,6-9). Aos discípulos, o Senhor entrega o programa de existência deles: a dedicação à evangelização. E diz: “Descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém,em toda Judéia e Samaria e até os confins do mundo” (At 1,8).
Em Jerusalém, os Apóstolos permaneceram em onze, por causa da traição de Judas Iscariotes, eles permaneceram em casa para rezar, e é justamente na oração que esperam o dom prometido por Cristo Ressuscitado: o Espírito Santo.
Neste contexto de espera, entre a Ascenção e o Pentecostes, São Lucas menciona por fim, Maria, a Mãe de Jesus e seus familiares (v. 14). A Maria é dedicado o início de seu Evangelho, do anúncio do Anjo ao nascimento e a infância do Filho de Deus que se fez homem. Com Maria inicia a vida terrena de Jesus e com Maria iniciam-se também os primeiros passos da Igreja; em ambos os momento,s o clima é de escuta de Deus, de recolhimento.
Hoje, portanto, queria dedicar-me a esta presença orante da Virgem no grupo dos discípulos que serão a primeira Igreja nascente. Maria seguiu com discrição todo o caminho de seu Filho durante a vida pública até os pés da cruz, e agora continua a seguir, com uma oração silenciosa, o caminho da Igreja.
Na Anunciação, na casa de Nazaré, Maria recebe o Anjo de Deus, é atenta às suas palavras, as acolhe e responde ao projeto divino, manifestando sua plena disponibilidade: “Eis aqui a serva do Senhor: faça-se em mim segundo Sua vontade” (cfr Lc 1,38).
Maria, por uma atitude interior de escuta, é capaz de ler a própria história, reconhecendo com humildade que é o Senhor a agir. Ao visitar a prima Isabel, ela exorta numa oração de louvor e alegria, de celebração pela graça divina, que encheu seu coração de vida, rendendo-a Mãe do Senhor (cfr Lc 1,46-55).
Louvor, agradecimento e alegria: no canto do Magnificat, Maria não olha só aquilo que Deus operou nela, mas também aquilo que se cumpriu e se cumpre continuamente na história.
Santo Ambrósio, em um célebre comentário sobre o Magnificat, convida a ver o mesmo espírito de oração e escreve: “Esteja em cada um a alma de Maria que engrandece o Senhor, esteja em todos o espírito de Maria que exulta em Deus” (Expositio Evangelii secundum Lucam 2, 26: PL 15, 1561).
Mesmo no Cenáculo, em Jerusalém, no “quarto no piso superior, onde normalmente se reuniam”, os discípulos de Jesus (cfr At 1,13), em um clima de escuta e oração, ela estava presente, antes de abrirem-se as portas e começar a anunciar Cristo Senhor a todos os povos, ensinando a observar tudo aquilo que Ele havia ordenado (cfr Mt 28,19-20).
As etapas do caminho de Maria, da casa de Nazaré àquela de Jerusalém, passando pela Cruz onde o Filho a confia ao apóstolo João, são marcadas pela capacidade de manter um perseverante clima de recolhimento, para meditar cada acontecimento no silêncio de seu coração, diante de Deus (cfr Lc 2,19-51) e na meditação diante de Deus também compreende a vontade de Deus e a capacidade de aceitá-la interiormente.
A presença da Mãe de Deus com os Onze, depois da Ascenção, não é uma simples anotação histórica de uma coisa do passado, mas assume um significado de grande valor, porque com eles, ela partilha aquilo que para ela é mais precioso: a memória vida de Jesus, na oração; partilha a missão de Jesus, conserva a memória de Jesus e, assim, conserva sua presença.
A última referência a Maria nos dois escritos de São Lucas é colocado no dia de sábado: o dia do descanso de Deus, depois da Criação, o dia do silêncio depois da Morte de Jesus e de espera de Sua Ressurreição. É sobre este episódio que se enraíza a tradição de Santa Maria no Sábado.
Entre a Ascenção do Ressuscitado e o primeiro Pentecostes cristão, os Apóstolos e a Igreja se reúnem com Maria para esperar com ela pelo dom do Espírito Santo, sem o qual não se pode tornar testemunha. Ela que já o reconhece por ter gerado o Verbo encarnado, divide com toda Igreja este mesmo dom, para que no coração de cada crente “seja formado Cristo” (cfr Gal 4,19). Se não há Igreja sem Pentecostes, não há também Pentecostes sem a Mãe de Jesus, porque Ela viveu de modo único aquilo que a Igreja experimenta todos os dias sob a ação do Espírito Santo.
São Cromácio de Aquiléia comenta assim sobre o registro dos Atos dos Apóstolos: “Na verdade, a Igreja foi congregada na quarto do andar superior com Maria, que era a Mãe de Jesus e com os Seus irmãos. Não se pode, portanto, falar de Igreja se aí não estiver presente Maria, a mãe do Senhor... Na Igreja de Cristo é pregada a Encarnação de Cristo na Virgem, e onde pregam os apóstolos, que são irmãos do Senhor, lá se escuta o Evangelho”(Sermo 30,1: SC 164, 135).
O Concílio Vaticano II quis destacar, de modo particular, esta ligação que se manifesta visivelmente na oração de Maria junto aos apóstolos, no mesmo lugar, na espera pelo Espírito Santo. A Constituição dogmática Lumen gentium afirma: “Tendo sido do agrado de Deus não manifestar solenemente o mistério da salvação humana antes que viesse o Espírito prometido por Cristo, vemos que, antes do dia de Pentecostes, os Apóstolos «perseveravam unânimemente em oração, com as mulheres, Maria Mãe de Jesus e Seus irmãos» (Act. 1,14); e vemos também Maria implorando, com as suas orações, o dom daquele Espírito, que já sobre si descera na anunciação” (n. 59). “O lugar privilegiado de Maria é a Igreja, onde é “saudada como membro eminente e inteiramente singular... e modelo perfeitíssimo na fé e na caridade” (ibid., n. 53).
Venerar a Mãe de Jesus na Igreja significa ainda aprender com ela a ser comunidade que reza: é esta uma das notas essenciais da primeira descrição da comunidade cristã delineada nos Atos dos Apóstolos (cfr 2,42).
Normalmente a oração é ditada a partir de situações de dificuldade, problemas pessoais que levam a dirigir-se ao Senhor para ter luz, conforto e ajuda. Maria convida a abrir as dimensões da oração, a dirigir-se a Deus não somente na necessidade e não somente para si mesmo, mas de modo unânime, perseverante, fiel, com um “coração só e uma alma só” (cfr At 4,32).
Queridos amigos, a vida humana atravessa diversas fases de passagem, normalmente difíceis e empenhativas, que pedem escolhas obrigatórias, renuncias e sacrifícios.A Mãe de Jesus foi colocada pelo Senhor em momentos decisivos da história da salvação e ela soube responder sempre com plena disponibilidade, fruto de uma ligação profunda com Deus amadurecida na oração assídua e intensa.
Entre a Sexta-feira da Paixão e o Domingo da Ressurreição, a ela foi confiado o discípulo predileto e com ele toda a comunidade dos discípulos (cfr Jo 19,26).
Entre a Ascenção e o Pentecostes, ela se encontra com e na Igreja em oração (cfr At 1,14). Mãe de Deus e Mãe da Igreja, Maria exercita esta sua maternidade até o fim da história. Confiamos a ela cada fase da passagem da nossa existência pessoal e eclesial, até nossa passagem final. Maria nos ensina a necessidade de orar e nos indica que só com a ligação constante, íntima, plena de amor com seu Filho podemos sair da “nossa casa”, de nós mesmos, com coragem, para conquistar os confins do mundo e anunciar em qualquer lugar o Senhor Jesus Salvador do mundo.Obrigado.
(Tradução:CN notícias)
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