Ecclesia Una
Confide, Ierusalem; consolabitur enim te, qui te nominavit.
- Feeds:
- Posts
- Comentários
Küng: contra a unidade e a santidade da Igreja
29/05/2012 por Everth Queiroz Oliveira
A nova do teólogo suíço Hans Küng foi aderir ao sedevacantismo. O professor – amigo de Ratzinger, mas não da doutrina católica – está revoltado com uma possível reconciliação entre a Igreja Católica e a Fraternidade Sacerdotal São Pio X. Ele questiona inclusive a validade da sagração episcopal dos quatro bispos da Fraternidade. “Em vez de se reconciliar com essa irmandade ultraconservadora, antidemocrática e antissemita, o papa deveria se preocupar com a maioria dos católicos que está pronta para as reformas e com a reconciliação com todas as Igrejas reformadas e com todo o âmbito ecumênico”, afirmou Küng, em entrevista concedida ao jornal La Repubblica e publicada, na íntegra, pelo IHU Online.
Além de sugerir a Bento XVI o que ele deve fazer como Papa, Küng comentou o recente escândalo do vazamento de notícias confidenciais do Vaticano. “É triste quando, justamente coincidindo com a festa do Espírito Santo, ficamos sabendo, no Vaticano, de tantos eventos e comportamentos ocorridos lá, que na verdade não são exatamente algo santo nem sagrado”, disse.
Ora, não é nenhuma novidade que a Igreja “é santa, apesar de incluir pecadores no seu seio” (Paulo VI, Credo do povo de Deus, n. 19). Pecados e misérias na Cúria Romana existem desde os tempos do infame João XII ou do corrupto Alexandre VI. O que não pode fraquejar com isso é a nossa fé na Igreja, no fato de que nosso Senhor prometeu permanecer com os seus discípulos até o fim dos tempos, na promessa que ele fez a São Pedro de que as portas do inferno não prevaleceriam sobre Sua Igreja (cf. Mt 16, 18).
A propósito, não é atitude digna de um católico ficar apontando os erros da Igreja e as limitações dos Seus membros. “Não é coerente com a fé cristã – lembra São Josemaría Escrivá -, não crê verdadeiramente no Espírito Santo quem não ama a Igreja, quem não tem confiança n’Ela, quem só se compraz em apontar as deficiências e as limitações dos que a representam, quem a julga de fora e é incapaz de se sentir seu filho.”
Mas, ora, o que estamos dizendo? Hans Küng deixou de ser católico há um bom tempo. Desde quando negou o dogma da infalibilidade papal e perdeu a licença de lecionar teologia católica. Para falar em nome desta Mãe que é a Igreja, precisa fazer um longo caminho de volta à verdadeira Fé. Só que aparentemente não é isto que Küng quer. Uma pena.
Nenhum comentário:
Postar um comentário