ZENIT
O mundo visto de Roma
Portugues semanal - 27 de maio de 2012
AFORISMO DO DIA
- Aforismo do Domingo, 27 de maio de 2012
- Aforismo do sábado, 26 de maio de 2012
- Aforismo da Quinta-feira, 24 de maio de 2012
"Um otimista vê novas oportunidades em toda calamidade, um pessimista vê novas calamidades em toda oportunidade" - Aforismo da Terça-feira, 22 de maio de 2012
- Aforismo da Segunda-feira, 21 de maio de 2012
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
- CARITAS BRASIL (PARTE II)
Dom Flávio Giovanale, presidente da Caritas Brasil, explica os principais Programas da entidade
Comunicar a fé hoje
- O Matrimônio é um Sacramento e não uma coreografia para uma festa
Entrevista com o proprietário da Fábrica de Terços Ghirelli - Os desafios da vida religiosa na nova evangelização
Entrevista com o Padre Jacob Nampudakam, Reitor Geral dos Palotinos
Familia e Vida
- No sábado, 2 de Junho, o Papa em festa com as famílias do mundo
No palco, Noa, Dulce Pontes, Dudu Manhenga, Hevia, Ron, entre outros
Santa Sé
- Este mistério é o batismo da Igreja
Homilia do Papa Bento XVI por ocasião da celebração de Pentecostes - IOR: Gotti Tedeschi é demitido
Votação unânime do Conselho de Superintendência afasta o presidente do instituto - A situação de secularismo corrói o tecido cultural
Bento XVI fala aos Prelados italianos na 64 ª Assembléia Geral Anual - Ecclesia Militans: é necessário lutar contra o mal
Papa fala ao Colégio dos Cardeias
Mundo
- Encontro Ecumênico na RIO +20
A expressão religiosa para a promoção dos Direitos Humanos - Dioceses e organizações dos EUA levam a administração Obama aos tribunais
Enfrentamento com o governo dos EUA alega atentado contra a liberdade religiosa - Dioceses católicas e organizações levam a Administracao de Obama ao Tribunal
Confronto com o Governo Federal sobre a Liberdade Religiosa - Congresso Eucarístico Internacional prepara a juventude para "Get Up and Go"
Iniciativa da Juventude sera um dos destaques em Dublin
«Regina Caeli»
- O Espírito do Senhor Ressucitado conduz a Verdade que nos torna livres
As palavras de Bento XVI durante o Regina Caeli
Audiência de quarta-feira
- A beleza de sermos amigos, filhos de Deus
Bento XVI durante a Audiencia Geral desta quarta-feira
Documentação
- A crise que atinge a Europa: é uma crise espiritual e moral
64° Assembleia Geral da Conferência Episcopal Italiana
AFORISMO DO DIA
Aforismo do Domingo, 27 de maio de 2012
"Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha."
São Mateus (Mt 7, 25)
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Aforismo do sábado, 26 de maio de 2012
" Um dia o medo bateu na porta. A fé foi abrir: não tinha ninguém"
Martin Luther King (1929-1968)
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Aforismo da Quinta-feira, 24 de maio de 2012
"Um otimista vê novas oportunidades em toda calamidade, um pessimista vê novas calamidades em toda oportunidade"
"Um otimista vê novas oportunidades em toda calamidade, um pessimista vê novas calamidades em toda oportunidade"
Benjamin Franklin (1706-1790)
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Aforismo da Terça-feira, 22 de maio de 2012
“A santidade não consiste em fazer a cada dia coisas mais difíceis, mas em fazer a cada dia com mais amor”.
Santa Teresa de Ávila (1515-1582)
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Aforismo da Segunda-feira, 21 de maio de 2012
“Não é um mundo que está morrendo, mas um novo mundo que está nascendo”
Santo Agostinho de Hipona (354-430)
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
CARITAS BRASIL (PARTE II)
Dom Flávio Giovanale, presidente da Caritas Brasil, explica os principais Programas da entidade
Por Thácio Siqueira
BRASILIA, quarta-feira, 23 de maio de 2012 (ZENIT.org) – Dom Flávio Giovenale, bispo da diocese de Abaetetuba (PA) e atual presidente da Caritas do brasil (http://caritas.org.br/novo/) concedeu uma entrevista a ZENIT, na qual oferece uma visão geral do que a Caritas Brasil está realizando pelo bem material e espiritual dos mais necessitados do Brasil e de outras regiões da América latina.
Ontem publicamos a primeira parte da entrevista e hoje publicamos a segunda parte:
***
Quais são os valores utilizados a cada ano pela Caritas Brasil?
Dom Flávio: De acordo com o balanço patrimonial dos últimos anos, em 2009 e 2010 as receitas executadas foram de pouco mais de R$ 38 milhões, sendo que em 2009 com filantropia e gratuidade foi um total R$ 33.846 milhões, e em 2010, R$ 28.240. Em 2011, o total de receita executada foi de pouco mais de R$ 31 milhões.
De onde vem o recurso utilizado nos programas de educação, de assistência alimentar, etc. (De instituições privadas, do governo, de doações de particulares)?
Dom Flávio: Os recursos são provenientes de diferentes instituições. São eles: convênios públicos, recursos nacionais privados e cooperação internacional.
Em 2009:
Convênios Públicos: 7.589
Recursos Nacionais Privados: 13.915
Cooperação Internacional: 16.676
Total: 38.181
Em 2010:
Convênios Públicos: 7.040
Recursos Nacionais Privados: 17.072
Cooperação Internacional: 8.070
Total: 32.182
Em 2011:
Convênios Públicos: 9.166.565,94
Recursos Nacionais Privados: 14.884.231,75
Cooperação Internacional: 7.138.572,71
Total: 31.189.370,40
Por que a Caritas desenvolve essa atividade benéfica?
Dom Flávio: A Cáritas Brasileira tem a missão de “Testemunhar e anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, defendendo e promovendo a vida e participando da construção solidária de uma sociedade justa, igualitária e plural, junto com as pessoas em situação de exclusão social”. Portanto toda a linha de atuação da entidade trabalha na promoção e na defesa dos direitos humanos, da segurança alimentar e do desenvolvimento sustentável solidário. Sua atuação é junto aos excluídos e excluídas em defesa da vida e na participação da construção solidária de uma sociedade justa, igualitária e plural, em parceria com outras instituições e movimentos sociais. Além disso, realizamos nossas ações seguindo os mandamentos de Jesus Cristo que está junto aos povos mais empobrecidos e excluídos da sociedade.
Quais são os princípios que inspira a Caritas?
Dom Flávio: O maior deles com certeza é o princípio da solidariedade que rege todas as ações da Rede Cáritas Brasileira. A partir deste seguimos uma diretriz geral de ação que é: “A Cáritas Brasileira se compromete com a construção do Desenvolvimento Solidário Sustentável e Territorial, na perspectiva de um projeto popular de sociedade democrática.” Além disso, nossas diretrizes institucionais são:
1. Defesa e promoção de direitos
2. Incidência e controle social em políticas públicas
3. Construção de um projeto de desenvolvimento solidário sustentável
4. Fortalecimento da Rede Cáritas
Por que a Caritas ajuda a todas as pessoas, sem distinção de religião, de sexo, de nacionalidade?
Dom Flávio: Porque a Rede Cáritas Brasileira segue o exemplo que Jesus Cristo nos deixou. Ele não perguntou se a pessoa era pobre, prostituta ou leprosa. Ele sempre esteve junto aos mais excluídos e excluídas da sociedade e nós seguimos seus passos, sem distinção de raça, credo, sexo, gênero, entre outros.
Quais são os projetos futuros para o Brasil e a América Latina?
Dom Flávio: A partir do 4º Congresso e 18ª Assembleia da Cáritas Brasileira realizada no ano passado, definimos que nossa diretriz de ação para o quadriênio 2012-2015 será o comprometimento com a construção do Desenvolvimento Solidário Sustentável e Territorial, na perspectiva de um projeto popular de sociedade democrática. Este será o guarda-chuva para toda ação da Rede Cáritas que muito trabalhará para o fortalecimento da Economia Popular Solidária, dos Fundos Solidários e na participação popular principalmente na incidência e efetivação de políticas públicas.
Como a Caritas tem recebido a Encíclica do Papa Caritas in Veritate?
Dom Flávio: Estamos procurando praticar as diretrizes desta Encíclica que nos ajuda a entender a prática da caridade como algo essencial para a existência da própria Igreja.
Comunicar a fé hoje
O Matrimônio é um Sacramento e não uma coreografia para uma festa
Entrevista com o proprietário da Fábrica de Terços Ghirelli
Por Thácio de Siqueira
ROMA, sábado, 26 de maio de 2012 (ZENIT.org) - Alessandro Ghirelli, juntamente com toda a sua família, esposa e sete filhos, é o fundador de uma empresa que serve à Nossa Senhora há 25 anos, a Ghirelli.
A Ghirelli é uma fábrica de terços que busca acima de tudo a grandíssima qualidade, e nem por isso deixa de lado também a necessidade de quantidade que tem os grandes santuários marianos do mundo. Há tempo a Ghirelli está presente em diversos santuários do mundo: Notre Dame de Paris na França, Fátima em Portugal, Knock na Irlanda e outros, e atende principalmente a Santa Sé na criação e produção de Terços exclusivos há mais de vinte anos.
Para conhecer a empresa: www.ghirelli.com
ZENIT encontrou a oportunidade e fez uma pequena entrevista com Alexassandro Ghirelli. Aqueles que o conhecem pessoalmente sabem que não estão diante de um homem de negócios, mas principalmente de um homem de fé, e que faz do seu trabalho uma forma de amar a Deus
Pelos seus frutos os conhecereis... e na família Ghirelli também vêem-se frutos de Deus: nos seus sete filhos; na vida eucarística, no receber a cada dia a eucaristia; e no fazer que a empresa gire não em torno ao lucro, mas em torno à oração e ao serviço e principalmente na confiança à Nossa Senhora;
Publicamos a entrevista feita:
Alessandro, você tem 7 filhos. Como é que você faz para viver no nosso mundo? Quais foram as razões para ter tantos filhos? Ou seja, entendemos que a Itália, Europa no geral, não ajuda muito, isso é verdade?
Alessandro Ghirelli: É verdade, muitos me fazem essa pergunta. A minha família é uma Graça da qual me sinto indigno, os ensinamentos de São Pio de Pietrelcina são a espinha dorsal da nossa Fé, sobre o número de filhos eles dizia estas palavras "quando você casou Deus decidiu a quantidade de filhos que terá”. As críticas do mundo não são importantes, acredito que São Paulo na carta aos Filipenses nos diga para ignorá-las porque "Eles se vangloriam do que deveriam se envergonhar". Devemos prestar contas a Deus e não ao mundo.
A vida de fé na tua casa ajuda na educação dos filhos?
Alessandro Ghirelli: "Sem mim nada podeis fazer" nos diz Jesus, sem a oração e a confiança total na Imaculada não existe uma família no sentido estrito da palavra. Pode existir uma imitação que o mundo nos propõe, mas, que mais cedo ou mais tarde está destinada ao colapso do egoísmo, fruto do pecado. Nos Mandamentos está o segredo da alegria e do amor, Deus é simples.
Você tem uma empresa que fabrica terços. Por quê? Quem te inspirou?
Alessandro Ghirelli: Tudo por São Pio de Pietrelcina, através do ensinamento do nosso Padre Espiritual, que viveu desde o final dos anos 50, perto do Santo estigmatizado. Primeiro começamos a "Usar" os terços, em seguida, de acordo com desígnios da Providência, nasceu um Santo trabalho.
Fabricar terços é uma coisa muito bonita, mas também pode chegar a ser somente um comércio. O que voce pensa do seu trabalho? Qual é o objetivo principal da sua empresa Ghirelli?
Alessandro Ghirelli: A Ghirelli é totalmente da Imaculada. Com minha esposa nós confiamos tudo à Ela, nós somos seus operários. Desde quando eramos namorados começamos a fazer terços graças à caridade de uma irmã de Clausura que nos ajudava a fazê-los, hoje estamos à serviço da Santa Sé e dos mais importantes clientes do mundo. Este caminnho não é o resultado da habilidade, mas da consciência da própria miséria e da confiança Naquele para quem nada é impossível, Jesus, é claro: Somos servos inúteis.
Onde vende os seus terços?
Alessandro Ghirelli: Graças a Deus a Ghirelli é conhecida pela sua criatividade, amamos o Terço e o nosso compromisso é de fazê-lo verdadeiro instrumento de oração. Nos seus detalhes desejamos expressar a espiritualidade do Santuário ou da Mensagem que o inspirou. Indignamente, colaboramos com a Santa Sé para a qual fazemos Terços exclusivos, servimos, provavelmente, os maiores santuários do mundo.
Ouvi falar sobre a sua devoção ao Padre Pio de Pietrelcina. Como é que nasceu esta devoção, e qual é o peso que tem na sua vida, na sua família, na sua empresa, na sua devoção à Nossa Senhora?
Ghirelli Alexander: Como mencionei anteriormente minha esposa e eu temos um Pai espiritual que viveu ao lado de São Pio de Pietrelcina por 10 anos, ele abriu os nossos olhos para o pecado e nos guia em todas as coisas, nos incentiva a caminhar vivendo sempre na Graça Deus confiando tudo à Nossa Senhora.
Quem conhece um pouco a família Ghirelli sabe que a sua empresa é uma empresa familiar, certo? Mas, quem dirige realmente? A esposa, você ou os seus filhos?
Alessandro Ghirelli: Agradeço a Deus pelo dom imenso da minha esposa. Juntos demos vida à família e fundado a empresa, é o coração da família e o centro da empresa, dois dos nossos sete filhos trabalham conosco e em breve tempo também outros farão parte. Quando olho para tudo isso me humilho diante de Deus e agradeço, tudo é Consagrado à Imaculada, Ela nos ajuda e faz frutificar estes talentos em benefício das almas e em sustento da família.
Que mensagem você daria aos jovens que querem se casar e estão cheios de obstáculos à sua frente: encontrar a garota certa, ou o rapaz ideal, encontrar trabalho, etc. Por onde começar?
Alessandro Ghirelli:Pensando que o Matrimônio é um Sacramento e não uma coreografia para uma festa. Jesus é Aquele que permite o Verdadeiro Amor entre os esposos, Ele é Fidelidade, Vida, Alegria. O nosso Padre Espiritual muitas vezes nos lembra que “o pecado mata o amor”, por isso o fracasso de muitos casamentos. Não existe nenhum manual sobre como encontrar a mulher certa ou marido ideal, existe um caminho correto construido na castidade pré-matrimonial e no respeito da Lei Divina, a fidelidade a Deus será fidelidade no matrimônio.
Acho que seja muito sugestivo o livro de Tobias. Posso dizer que o inimigo da nossa felicidade e o obstáculo aos desígnios de Deus é pecado. Não é possível querer o Amor na desobediência àquele que é o Amor. Acho que é justo pedir na oração que a Vontade Divina seja feita na própria vida, no total abandono a Ele, com Fé. Ainda que não entendamos o caminho pelo qual ele nos conduzirá, a coisa fundamental é estar na Graça de Deus porque viver no pecado impede os Desígnios de Amor, Paz e Misericórdia que Deus tem para nós.
Para contatos com a Ghirelli no Brasil: brasil@ghirelli.com
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Os desafios da vida religiosa na nova evangelização
Entrevista com o Padre Jacob Nampudakam, Reitor Geral dos Palotinos
Por José Antonio Varela Vidal
ROMA, sexta-feira, 25 de maio de 2012 (ZENIT.org) – Enquanto nos aproximamos da Assembléia Especial do Sínodo dos Bispos para a nova evangelização do mês de outubro, tentamos entender qual deve ser a resposta da vida religiosa a este apelo de Bento XVI .
Continuando a série de entrevistas com os superiores gerais das ordens religiosas, ZENIT conheceu o sacerdote indiano Nampudakam Jacob, diretor-geral dos Palotinos, congregação fundada em 1835 por São Vicente Pallotti.
***
Como você acolheu o apelo do Papa Bento XVI para a nova evangelização?
Pe. Nampudakam: Este apelo é muito importante para nós Palotinos. É um argumento, de fato, ligado ao nosso carisma, dado que o nosso santo fundador quis construir uma Igreja em comunhão com a participação de todos os fiéis, religiosos, sacerdotes, leigos como apóstolos de Cristo.
Como a fé deve ser apresentada ao homem moderno?
Pe.Nampudakam: É importante voltar ao Evangelho e viver com mais autenticidade a mensagem de Jesus. A nova evangelização não é apenas uma série de palestras ou livros, mas implica retornar ao espírito do Evangelho: não podemos mudar nada. Por isso acredito que devemos apresentar a Deus como Ele é.
O Papa diz que Deus é o "grande desconhecido" na sociedade de hoje ...
Pe. Nampudakam: Na minha limitada experiência, posso dizer que no profundo do coração sempre está o desejo de Deus. Especialmente entre os jovens - que parecem desinteressados e confusos - eu encontrei, quando confesso, sinceridade no coração e honestidade. O homem não pode viver sem Deus, pode negá-lo por um certo tempo e criar uma ilusão de grandeza e de imortalidade, mas acho que, no final, Deus é uma escolha existencial.
O que poderia mudar na vida religiosa para responder a este desafio da nova evangelização?
Pe.Nampudakam: Para todos, tanto religiosos como leigos, a maior tentação é a do materialsmo. O Materialismo cria a ilusão de ser onipotente, portanto, uma experiência de pobreza, tanto material como espiritual, é muito importante. Acho que para os mais jovens, então, é importante a experiência das missões, porque ver crianças que não têem nada, toca os nossos corações e muda a atitude perante a vida.
O que funciona melhor no Oriente ou na África na estratégia pastoral, e que o Ocidente poderia aprender?
Pe.Nampudakam: Por exemplo, na Índia, uma estratégia missionária muito eficaz foi a de Madre Teresa. Ela não teve dificuldade em professar a fé católica e todos aceitaram isso. Portanto, professar honestamente a nossa fé é uma coisa importante; ao mesmo tempo devem ser respeitadas as outras religiões. Outro ponto é que o homem deve se tornar o centro do diálogo, porque onde não há humanidade e respeito da pessoa, tenho dificuldade em pensar que haja uma verdadeira religião.
Como está a sua congregação no mundo? A distribuição, as vocações, etc ...
Pe.Nampudakam: Somos 2.500 sacerdotes e irmãos em 43 países. O maior crescimento, hoje, está na Índia, e estamos chegando a países asiáticos como Taiwan, Filipinas, e talvez, no futuro, também no Vietnã ou na Camboja. Estamos trabalhando, então, em uma dúzia de países africanos; ali há uma grande oportunidade. Também na América do Sul está muito bom, especialmente no Brasil. No mundo europeu a situação não é das melhores, mas é muito interessante porque temos alguns jovens, além da Alemanha, como tinha dito, também na Irlanda.
O que dizem estes jovens postulantes? Por que deixaram para trás o mundo?
Pe.Nampudakam: Me disseram que foi pela hospitalidade que encontraram por meio dos nossos pastores e pela abertura aos leigos, que é parte do nosso carisma. São Vicente Pallotti, de fato, sempre quis criar uma comunidade com uma forte participação dos leigos. E acho que também a Igreja deve ser assim, porque o 90% da Igreja de hoje é composta por leigos, que não deveriam ser meros espectadores.
Existem causas de canonização entre os Palotinos?
Pe.Nampudakam: Há cerca de 20 casos. Temos dois beatos na Polônia, sacerdotes Stanek e Józef Jankowski, mártires assassinados na Segunda Guerra Mundial, juntamente com alguns outros poloneses e alemães. Existem também alguns mártires irlandeses e argentinos, mortos durante a ditadura na Argentina.
Em conclusão, qual mensagem gostaria de enviar para a família dos Palotinos no mundo?
Pe.Nampudakam: Minha mensagem é para voltar ao espírito do Evangelho e seguir a Jesus como modelo exemplar de vida e de perfeição cristã. É necessário voltar a uma profunda decisão: fazer obras diversas, mas todas em nome de Cristo e do seu reino. A Igreja é nossa e nós estamos a serviço da única Igreja de Cristo.
[Tradução Thácio Siqueira]
Familia e Vida
No sábado, 2 de Junho, o Papa em festa com as famílias do mundo
No palco, Noa, Dulce Pontes, Dudu Manhenga, Hevia, Ron, entre outros
MILÃO, quinta-feira, 24 de maio de 2012 (ZENIT.org) – Começará às 20h35 a noite "One world, family, love” (Um mundo, família, amor), a parte vespertina da "Festa dos Testemunhos", na qual participará o Papa Bento XVI.
Ao vivo por Mundivisión direto de Milão, no Parque Norte Aeroporto de Bresso, acontecerá um grande evento dedicado à família promovido pela Fundação Mião Famílias 2012, em colaboração com Hope e a RAI.
Na presença do Santo Padre, com a participação de famílias dos cinco continentes, o programa (com transmissão ao vivo pela RAI Uno) será enriquecido com grandes atuaçoes artísticas.
Entre os artistas do grande palco Milanês, destaca-se a estrela israelense Noa, a portuguesa Dulce Pontes, a jovem banda suíça 77 Bombay Street, o talento emergente da música africana Dudu Mahenga, a estrela do gospel britânica Lois Kirby e o grupo de vocalistas franceses Tale of Voices.
Representarão a Itália entre outros o mestre Ennio Morricone, está prevista a participação de Ron, do guitarrista Maurizio Colonna com a pianista Luciana Bigazzi, da cantora ítalo-Somalí Saba Anglana, da jovem banda Sonohra (ao lado do espanhol Hevia), de elementos do Circo Bellucci, do grupo cigano Alexan Group, e do cantor Giampiero Alloisio.
O evento também prevê a participação de vários grandes solistas instrumentais, da Orquestra Terraconfine, dos vocalistas Anno Domini e dos setenta cantores do Coro Hope.
A direção televisiva do "One World Family Love" será confiada a Marco Aleotti.
O papa chegará em Bresso às 20h35, dirigirá momentos de oração e reflexão e ficará com os jovens e as famílias por cerca de uma hora, respondendo às perguntas das famílias provenientes dos diversos continentes.
A noite, cuja entrada é livre e gratuita, será precedida por intensa tarde de festa. De 16hs às 19hs horas no Milão Parque Norte-Aeroporto de Bressano se apresentará "JubilFamily-A alegria de ser família".
No prazo de três horas de ritmo apertado, haverão muitos grupos e testemunhos. Principalmente os vencedores do concurso "Jovens Talentos para o Papa", promovido pela Fundação Família Milão 2012, em parceria com a associação Hope e destinado a músicos e grupos musicais juvenís da Lombardia. Mais de uma centena de jovens, divididos em 9 grupos se apresentarão, cheios de emoção, diante de dezenas de milhares de pessoas.
A celebração será realizada pelo Grande Coro Hope que interpretará canções dos grandes eventos eclesiais. O evento será enriquecido com cantores internacionais da música cristã: há grande expectativa por Fifito, da Guiné Bissau e por Josh Balckesley, roqueiro americano da rede Spirit and Song , da Oregon Catholic Press , presidida pelo arcebispo de Portland. E ainda o testemunho musical da família Gibboni (violinistas: pai, mãe e três filhos), os The Sun, conhecido grupo italiano de música cristã, os Carisma, grupo que evangeliza através da música.
Durante a tarde, encontrarão espaço também os testemunhos de famílias italianas e do mundo: uma criança albanesa de cinco anos, um casal da Associação "Famílias pela acolhida”, a família Fantu da Etiópia, a família Favoti (pais de duas gêmeas de três anos e três gêmeas de mais ou menos um ano). Da mesma forma o testemunho de uma família de missionários Identes, de um casal de Nomadelfia que vive a experiência da comunidade, enquanto que Betti e Alfonso da Renovação Carismática testemunharão a família na prova: da crise á reunificação.
Santa Sé
Este mistério é o batismo da Igreja
Homilia do Papa Bento XVI por ocasião da celebração de Pentecostes
ROMA, domingo, 27 de maio de 2012 (ZENIT.org) - Publicamos a seguir a homilia pronunciada pelo Santo Padre Bento XVI por ocasião da celebração de Pentecostes hoje.
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Queridos irmãos e irmãs!
Sinto-me feliz por celebrar esta Santa Missa convosco, também animada hoje pelo Coro da Academia de Santa Cecília e pela Orquestra da Juventude – que agradeço -, na Solenidade de Pentecostes.
Este mistério é o batismo da Igreja, é um evento que lhe tem dado, por assim dizer, a forma inicial e o impulso para a sua missão. E essa "forma" e este "empurrão" são sempre válidos, sempre atuais, e se renovam de uma maneira especial através das ações litúrgicas.
Esta manhã quero destacar um aspecto essencial do mistério de Pentecostes, que nos nossos dias mantém toda a sua importância. Pentecostes é a festa da unidade, da compreensão e da comunhão humana. Todos podemos constatar como no nosso mundo, ainda que estejamos sempre mais próximos uns dos outros com o desenvolvimento dos meios de comunicação, e as distâncias geográficas parecerem desaparecer, a compreensão e a comunhão entre as pessoas seja muitas vezes superficial e difícil. Permanecem desequilíbrios que muitas vezes levam a conflitos; o diálogo entre as gerações torna-se difícil e as vezes prevalece a contraposição; assistimos a fatos cotidianos que nos fazem pensar que os homens estão se tornando mais agressivos e mais conflituosos; entender-se parece algo muito trabalhoso e prefere-se permanecer no próprio ego, nos próprios interesses. Nesta situação, podemos encontrar realmente e viver aquela unidade da qual temos necessidade?
A narração de Pentecostes nos Atos dos Apóstolos, que ouvimos na primeira leitura (cf. At 2,1-11), contém no fundo de um dos últimos grandes afrescos que encontramos no início do Antigo Testamento: a antiga história da construção da Torre de Babel (cf. Gn 11, 1-9). Mas o que é Babel? É a descrição de um reino em que os homens acumularam tanto poder ao ponto de não fazerem mais referência a um Deus distante e de serem tão fortes ao ponto de construirem sozinhos uma estrada que levasse até o céu para abrir as portas e colocar-se no lugar de Deus. Mas justo nesta situação ocorre algo estranho e especial. Enquanto os homens estavam trabalhando juntos para construir a torre, de repente, perceberam que estavam construindo um contra o outro. Enquanto tentavam ser como Deus, corriam o perigo de não serem nem sequer homens, porque tinham perdido um elemento fundamental do ser pessoa humana: a capacidade de entender-se, de compreender-se, e de trabalhar juntos.
Esta história bíblica tem a sua verdade perene; podemos vê-la ao longo da história, mas também em nosso mundo. Com o avanço da ciência e da tecnologia temos chegado ao poder de dominar as forças da natureza, de manipular os elementos, de fabricar seres vivos, chegando até mesmo quase ao ser humano. Nesta situação, orar a Deus parece algo ultrapassado, inútil, porque nós mesmos podemos construir e realizar tudo o que quisermos. Mas não nos damos conta de que estamos revivendo a mesma experiência de Babel. É verdade, multiplicamos as nossas possibilidades de comunicação, de ter informações, de transmitir notícias, mas podemos dizer que cresceu a capacidade de compreender-nos ou talvez, paradoxalmente, nos compreendemos cada vez menos? Entre os homens não parece serpentear talvez um sentimento de desconfiança, de suspeita, de medo um do outro, até se tornar até mesmo perigoso um para o outro? Retornemos agora à pergunta inicial: pode existir realmente unidade, concórdia? E como?
Encontramos a resposta na Sagrada Escritura: A unidade só pode existir com o dom do Espírito de Deus, que nos dará um coração novo e uma lingua nova, uma nova capacidade de comunicar. E é isso o que ocorreu no dia de Pentecostes. Naquela manhã, cinqüenta dias depois da Páscoa, um forte vento soprou sobre Jerusalém e a chama do Espírito Santo desceu sobre os discípulos reunidos, pousou sobre cada um deles e acendeu neles o fogo divino, um fogo de amor capaz de transformar. O medo desapareceu, o coração sentiu uma nova força, as línguas se soltaram e começaram a falar com franqueza, de modo que todos pudessem entender o anúncio de Jesus Cristo morto e ressuscitado. Em Pentecostes, onde havia divisão e desconfiança, nasceram a unidade e o entendimento.
Mas olhemos para o Evangelho de hoje, no qual Jesus afirma: " Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade” (Jo 16, 13). Aqui, Jesus, falando do Espírito Santo, nos explica o que é a Igreja e como essa deva viver para ser ela mesma, para ser o lugar da unidade e da comunhão na Verdade; nos diz que agir como cristãos significa não estar fechados no próprio “eu”, mas orientar-se para o todo; significa acolher em si mesmo a toda a Igreja ou, ainda melhor, deixar interiormente que ela nos acolha. Então, quando eu falo, penso, ajo como cristão, não o faço fechando-me no meu eu, mas o faço sempre no todo e a partir do todo: assim o Espírito Santo, Espírito de unidade e de verdade, pode continuar a ressoar nos nossos corações e nas mentes dos homens e empurrá-los a encontrar-se e acolher-se mutuamente. O Espírito, justamente porque age assim, nos introduz em toda a verdade, que é Jesus, nos orienta no aprofundá-la, no compreendê-la: nós não crescemos no conhecimento fechando-nos no nosso eu, mas somente tornando-nos capazes de escutar e de compartilhar, somente no “nós” da Igreja, com uma atitude de profunda humildade interior. E assim torna-se mais claro porque Babel é Babel e Pentecostes é Pentecostes. Onde os homens querem fazer-se Deus, só podem chegar fazer-se um contra o outro. Onde se colocam na verdade do Senhor, abrem-se à ação do seu Espírito que lhes sustenta e lhes une.
O contraste entre Babel e Pentecostes ecoa também na segunda leitura, onde o Apóstolo diz: "Digo, pois: deixai-vos conduzir pelo Espírito, e não satisfareis os apetites da carne.” (Gl 5,16). São Paulo nos explica que a nossa vida pessoal está marcada por um conflito interior, por uma divisão, entre os impulsos que provém da carne e aqueles que provém do Espírito; e não podemos seguir a todos. Não podemos, de fato, ser ao mesmo tempo egoístas e generosas, seguir a tendência a dominar os outros e provar a alegria do serviço desinteressado. Devemos sempre escolher qual impulso seguir e o possamos fazer de modo autêntico somente com a ajuda do Espírito de Cristo. São Paulo elenca – como escutamos – as obras da carne, são os pecados de egoísmo e de violência, como inimizade, discórdia, inveja, discórdias; são pensamentos e ações que não fazem viver de modo verdadeiramente humano e cristão, no amor. É uma direção que leva a perder a própria vida. Em vez disso, o Espírito Santo nos guia para as alturas de Deus, porque podemos viver já nesta terra o germe de vida divina que está em nós. Afirma, de fato, São Paulo: "O fruto do Espírito é amor, alegria, paz" (Gal 5,22). E percebe-se que o Apóstolo usa o plural para descrever as obras da carne, que provocam a dispersão do ser humano, enquanto usa o singular para definir a ação do Espírito, fala de “fruto”, como na dispersão de Babel opõe-se à unidade de Pentecostes.
Caros amigos, devemos viver segundo o Espírito de unidade e de verdade, e por isso devemos orar para que o Espírito nos ilumine e nos guie para vencer o encanto de seguir nossas verdades, e a acolher a verdade de Cristo transmitida na Igreja. A narração lucana de Pentecostes nos diz que Jesus antes de subir ao céu pediu aos Apóstolos para permanecerem juntos e se preparassem para receber o dom do Espírito Santo. E eles se uniram em oração com Maria no Cenáculo à espera do evento prometido (cf. At 1,14). Recolhida com Maria, como no seu nascimento, a Igreja também hoje reza: "Veni Sancte Spiritus! - Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor ". Amen.
Tradução Thácio Siqueira
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IOR: Gotti Tedeschi é demitido
Votação unânime do Conselho de Superintendência afasta o presidente do instituto
CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 25 de maio de 2012 (ZENIT.org) – Publicamos a seguir o comunicado de imprensa da Santa Sé sobre a última sessão ordinária do Conselho de Superintendência do Instituto para as Obras de Religião (IOR), popularmente conhecido como o “banco vaticano”.
O Conselho de Superintendência do Instituto aprovou por unanimidade, em reunião realizada nesta quinta-feira, 24, o fim do mandato de seu presidente, professor Gotti Tedeschi, por não ter realizado várias funções de primordial importância para a sua administração.
Com base nesta decisão, foi divulgada a seguinte declaração:
“Na sede de reunião ordinária deste Conselho de Superintendência do Instituto para as Obras de Religião, no dia 24 de maio de 2012, às 14 horas, este Conselho adotou uma moção de censura ao presidente Gotti Tedeschi e recomendou o fim do seu mandato como Presidente e membro do Conselho. Os membros do Conselho ficaram entristecidos com os acontecimentos que levaram à moção de censura, mas consideram que esta ação é importante para manter a vitalidade do Instituto. O Conselho agora olha para frente, para o processo de busca de um novo e excelente presidente, que ajudará o Instituto a retomar eficazes e amplas relações com a comunidade financeira, baseadas no mútuo respeito de normas bancárias internacionalmente aceitas”.
A Comissão de Cardeais se reunirá para analisar as consequências da decisão do Conselho e para decidir as medidas mais adequadas para o futuro.
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A situação de secularismo corrói o tecido cultural
Bento XVI fala aos Prelados italianos na 64 ª Assembléia Geral Anual
CIDADE DO VATICANO,sexta-feira, 25 de maio de 2012 (Zenit.org) - Bento XVI discursou ontem, 24 de maio, na 64 ª Assembléia Geral da Conferência Episcopal Italiana, tocando no seguinte tema: "Os adultos na comunidade: maduros na fé e testemunhas para a humanidade."
Refletindo sobre o secularismo na Europa, o Papa advertiu que o declínio de valor espiritual e moral, patrimônio da Igreja, resulta em um mundo que “corre o risco de se tornar um deserto inóspito e a boa semente está sendo sufocada, pisoteada e perdida”.
"Infelizmente, o próprio Deus foi excluído do horizonte de muitas pessoas, e quando o discurso sobre Deus não encontra a indiferença, o fechamento ou a rejeição, todavia, não deixa de ser relegado ao âmbito subjetivo, reduzido a um fato íntimo e privado , marginalizado pela consciência pública ", disse o Papa." O coração da crise que fere a Europa passa por esse abandono, por essa falta de abertura ao transcendente, é uma crise moral e espiritual:. homem pretende ter uma identidade composta simplesmente por si mesmo”.
O Pontífice falou sobre a importância do Concílio Vaticano II para responder à crise de fé, onde a assembléia conciliar refletiu sobre a questão: "Igreja, o que diz de si mesma?", enquanto exortava os bispos a "tornarem-se cada vez mais homens de Deus”.
“Deixamo-nos ser encontrados e capturados por Deus, para ajudar cada pessoa que encontramos a ser alcançado pela Verdade, disse BentoXVI. "É a partir da relação com Ele que a nossa comunhão nasce e que a comunidade eclesial é gerada, o que abraça todos os tempos e lugares para constituir o único Povo de Deus".
O Papa também refletiu sobre o tema da assembléia geral, falando sobre a importância dos adultos maduros na fé e testemunhas da humanidade capazes de “assumir uma responsabilidade educativa nos relacionamentos com as novas gerações”.
“Assistam e operem para que a comunidade cristã seja capaz de “formar pessoas adultas na fé porque encontraram Jesus Cristo, que se tornou a referência fundamental de suas vidas; pessoas que o conhecem porque o amam e o amam porque o conheceram; pessoas capazes de oferecer razões sólidas e confiáveis de vida”, disse Bento XVI.
Com o Pentecostes se aproximando neste domingo, Bento XVI concluiu a reunião com uma oração de reflexão, pedindo ao Espírito Santo que “ajude a humanidade do nosso tempo a compreender que a exclusão de Deus a leva a ferir-se no deserto do mundo,
e que somente onde entra a fé florescem a dignidade e a liberdade e a toda sociedade se edifica na justiça”.
(Tradução:MEM)
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Ecclesia Militans: é necessário lutar contra o mal
Papa fala ao Colégio dos Cardeias
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 23 de maio de 2012 (Zenit.org) -Bento XVI diz que os membros da Igreja sobre a terra são descritos como "ecclesia militans”,a Igreja militante, uma vez que é "necessário entrar na batalha contra o mal. "
Afirmou o Papa nesta segunda-feira durante um almoço com o Colégio dos Cardeais. O almoço foi uma expressão de agradecimento pelo parabéns recebidos no mês passado pelo 85 º aniversário do Papa (16 de abril) e sétimo aniversário da eleição à Sé de Pedro (19 de abril).
"Neste momento a minha palavra só pode ser uma palavra de gratidão", disse ele. "Gratidão em primeiro lugar ao Senhor pelos muitos anos que ele me deu; anos com muitos dias de alegria, momentos esplêndidos, mas também noites escuras. No entanto, em retrospectiva, compreende-se até mesmo que as noites eram necessárias e bem, um motivo para gratidão”.
O Santo Padre refletiu sobre a batalha contra o mal, dizendo que embora o termo "ecclesia militans" é "um pouco fora de moda," é certo, “que traz a verdade em si mesma”.
"Vemos como o mal deseja dominar o mundo e que é necessário entrar na batalha com o mal", explicou. O mal é visto em muitas formas de violência, refletiu o Pontifice, mas também "mascarada de bondade e precisamente desta forma destruindo as bases morais da sociedade."
Amigos
Bento XVI disse que nesta luta contra o mal em que nos encontramos, “é muito importante ter amigos”. Ele então falou ao colégio dos cardeais, como seus amigos, com os quais ele se sente em casa.
"Sinto-me seguro na companhia de grandes amigos, que estão comigo e, todos juntos com o Senhor", disse ele. "Obrigado por essa amizade."
O Papa concluiu com uma palavra de confiança e de esperança: embora em batalha, ele refletiu, "estamos no pelotão do Senhor, portanto, no pelotão vitorioso”.
Mundo
Encontro Ecumênico na RIO +20
A expressão religiosa para a promoção dos Direitos Humanos
Por Maria Emília Marega
RIO DE JANEIRO, quinta-feira, 24 de maio de 2012(ZENIT.org) – Um encontro ecumênico e inter-religioso, na Cúpula dos Povos, durante a Rio+20, apoiado pelo MIR- Movimento Inter Religioso, será a expressão religiosa para promoção dos Direitos Humanos.
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, será realizada de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro. A Rio+20 é assim conhecida porque marca os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92)
O objetivo da Conferência é a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes.
Entre os dias 15 e 22, na Cúpula dos Povos, um espaço chamado 'Religiões por Direitos' apoiado pelo MIR, será uma oportunidade para grandes reflexões sociais.
O MIR surgiu no ano de 1992 na ECO-92, durante o Fórum Global. Cerca de trinta mil pessoas estavam presente neste evento que teve a participação dos bispos Dom Helder Câmara e Dom Luciano Mendes.
O espaço 'Religiões por Direitos' será oportunidade de promover conexões, informações e demonstrações de críticas em torno da agenda oficial antes e durante o mês de junho de 2012.
Para maiores informações acesse:
http://www.rio20.gov.br/
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Dioceses e organizações dos EUA levam a administração Obama aos tribunais
Enfrentamento com o governo dos EUA alega atentado contra a liberdade religiosa
WASHINGTON, quinta-feira, 24 de maio de 2012 (ZENIT.org) – Nesta segunda-feira, 21 de maio, o arcebispo de Nova Iorque, cardeal Timothy Dolan, a Universidade de Notre Dame e outras 41 instituições norte-americanas iniciaram doze processos judiciais contra o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, por obrigá-los a oferecer seguros de saúde que cobrem obrigatoriamente a contracepção e “toda a gama de serviços de saúde reprodutiva”, inclusive o aborto e medicamentos abortivos.
“Tentamos negociar com o governo e com os legisladores no congresso, e vamos continuar tentando, mas não houve solução até agora. O tempo passou e o valor do nosso ministério e dos nossos direitos fundamentais está em jogo. Tivemos que recorrer aos tribunais”, afirmou o cardeal Dolan.
A Igreja católica não esteve sozinha na luta contra o chamado “Mandado HHS”, que impõe os novos procedimentos nos planos de saúde. Cristãos protestantes, cristãos ortodoxos e judeus ortodoxos, cujas crenças não se opõem à contracepção, se uniram à Igreja por entenderem que a normativa do governo é um ataque contra a liberdade religiosa.
Em manobra que procurava dividir essa frente, a administração Obama excluía as organizações religiosas da obrigação de aderir ao novo programa de saúde, mas não eximia as suas obras: hospitais, escolas, universidades e centros assistenciais, por exemplo.
A imprensa tentou apresentar o assunto como uma “questão de poucos católicos com peculiares pontos de vista”, mas os líderes de outras confissões voltaram a mostrar apoio, conforme afirmou Mike Huckabee, ex-governador do Arkansas e pastor batista: “Agora somos todos católicos”.
Os processos judiciais acusam a ordem federal da secretária de Saúde e Serviços Humanos, Kathleen Sebelius, de violar a liberdade religiosa. O programa pró-aborto recebeu duras críticas de muitos bispos dos Estados Unidos, que incentivaram os fiéis a “se prontificarem até mesmo a ser presos” se necessário, recordando-lhes que “sobrevivemos aos nazistas e sobreviveremos a Obama”.
As denúncias foram apresentadas por várias dioceses, hospitais, universidades e organizações católicas, num total de doze processos iniciados por 43 organizações de todo o país. Entre as universidades que se juntaram à causa estão a Catholic University of America, a University of Notre Dame e a Franciscan University of Steubenville. O reitor de Notre Dame, padre John Jenkins, disse que o processo judicial não foi apresentado “levianamente, mas com uma sóbria determinação”: “Não queremos impor as nossas crenças religiosas aos outros”, explicou em mensagem de e-mail para os trabalhadores da Universidade. “Simplesmente pedimos ao governo que não imponha os seus valores à Universidade quando essas perspectivas estão em conflito com o nosso ensino religioso”.
A arquidiocese de Washington lançou um site especial, Preserve Religious Freedom (www.preservereligiousfreedom.org), em que explica detalhadamente o processo, oferece notícias e comunica fatos relacionados com o assunto.
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Dioceses católicas e organizações levam a Administracao de Obama ao Tribunal
Confronto com o Governo Federal sobre a Liberdade Religiosa
WASHINGTON, terça feira, 22 de maio de 2012 (ZENIT.org) - Um total de 43 dioceses, hospitais, escolas e agências da Igreja entraram com 12 processos em vários tribunais dos Estados Unidos como parte da disputa com o governo federal sobre a acao do Department of Health and Human Services (HHS) que obriga as organizações católicas a pagar por contracepção e abortivos.
"O tempo está se esgotando, e nossos preciosos ministérios e os direitos fundamentais estão na balança, por isso temos de recorrer aos tribunais agora", explicou o cardeal Timothy Dolan, de Nova York, presidente da Conferência Episcopal dos EUA (USCCB), em uma declaração ontem.
Os regulamentos introduzidos pelo HHS forçará as organizações católicas e os empregadores a fornecer medicamentos para a inducao do aborto, esterilização e contracepção aos seus empregados gratuitamente.
"Nós tentamos negociar com o Administrativo e o Legislativo no Congresso, e vamos continuar, mas ainda não há solucao", disse o cardeal.
Cardeal Dolan descreveu a ação legal coordenada como "uma mostra convincente da unidade da Igreja em defesa da liberdade religiosa".
"É também uma grande mostra da diversidade de ministérios da Igreja que servem o bem comum e que são prejudicadas pelo mandato - ministérios para os pobres, os enfermos, e os nao educados, para pessoas de qualquer fé ou nenhuma fé ", acrescentou.
Ao explicar o por que da ação judicial, o Our Sunday Visitor Publicações explicou que a regulamentação pouco define o que constitui um empregador religioso. Como resultado, a grande maioria das organizações católicas, incluindo universidades, hospitais, organizações de caridade, e editoras não se beneficiarao de uma exclusão da obrigação de cobrir os serviços que estão em contradição com a doutrina católica.
Violacao das crencas
"Nossa ação levanta duas questões", disse Gregory Erlandson, presidente da Our Sunday Visitor editora: "Se o governo pode usar esses critérios para definir a religiosidade de uma organização, e se o governo pode obrigar as instituições religiosas e particulares a fornecer e facilitar os serviços que violem suas crenças religiosas.
Um comunicado de imprensa da Arquidiocese de Washington, DC, explicou que é uma parte do processo porque as regras do HHS violam a Primeira Emenda e a lei federal, forçando as organizações católicas a sacrificar as suas crenças, a fim de continuar sua missão de servir todas as pessoas necessitadas.
"Pela primeira vez na história deste país,a nova definição do governo sobre as instituições religiosas sugere que algumas das próprias instituições que colocam a nossa fé em prática - escolas, hospitais e organizações de serviços sociais - não são suficientemente religiosas, disse o cardeal Donald Wuerl, arcebispo de Washington.
A Universidade Católica da América, é outro dos demandantes. Seu presidente, John Garvey, emitiu uma declaração na qual explicou que, enquanto os protestos iniciais sobre os novos regulamentos levou o Presidente Obama a admitir que as companhias de seguros pagariam pelos serviços obrigatórios, tal compromisso não iria resolver as objeções morais.
Os serviços ainda seriam parte do custo de uma apólice de seguro, que a Universidade Católica e outras organizações religiosas tem que comprar. "No final, a Universidade, seus funcionários e seus alunos serão obrigados a pagar pelas prescrições e serviços que consideram questionáveis", observou Garvey.
"A menos que possamos obter alívio judicial, em breve teremos de tomar medidas em conformidade com uma regra que vemos como imoral", declarou .
Imoral
A Arquidiocese de St. Louis e a Catholic Charities de St. Louis também são parte da ação legal contra o governo federal. O arcebispo Robert Carlson disse que a ação judicial não é sobre os anticoncepcionais.
Ele disse que é sobre a liberdade de praticar a religião. "[Liberdade religiosa] é o nosso primeiro, e mais cara liberdade que exige constante vigilância e proteção ou será perdida." Ele acrescentou: "Como um pastor, não posso permanecer em silêncio enquanto o direito dos católicos de praticar a nossa fé é corroído ! "
As ações apenas anunciadas não são as únicas pendentes em relação às regras da HHS. Nos últimos meses uma série de outras organizações católicas entraram com ações em vários tribunais federais.
O Fundo Becket para Liberdade Religiosa está envolvido em alguns desses processos, agindo em nome do Belmont Abbey College, um faculdade catolica de artes fundada por monges Beneditinos, e a Colorado Christian University, uma faculdade evangélica localizada nos arredores de Denver.
Posteriormente, em fevereiro, o Fundo Becket apresentou se em nome da Rede Eternal Word Television (EWTN) e Ave Maria University.
Traducao MEM
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Congresso Eucarístico Internacional prepara a juventude para "Get Up and Go"
Iniciativa da Juventude sera um dos destaques em Dublin
DUBLIN, Irlanda, terca feira, 22 de maio de 2012 (Zenit.org) - Se aproxima o 50 º Congresso Eucarístico Internacional em Dublin e, centenas de jovens irlandeses estão a preparar uma série de eventos que terão lugar no Espaço Juventude Chiara Luce no congresso.
O programa para jovens, chamado "Get Up and Go", contará com um mix de catequeses interativas, oficinas, teatro, dança e música, e está aberto a jovens adultos entre 17 e 25 anos de idade.
Anna Keegan, responsavel pelo programa para a juventudo durante o Congresso Eucarístico, disse: "Estou realmente animada com o Espaço da Juventude Chiara Luce no Congresso Eucarístico Internacional. Ele dá aos jovens uma oportunidade de aprender mais sobre a fé, discutindo e questionando palestrantes internacionais e celebrando juntos a Eucaristia. Com a mistura de música, diversão e meditação, esperamos construir uma forte comunidade de jovens fiéis. Este é o nosso tempo para "Get Up and Go" para o Congresso! "
O programa vai continuar durante todo o congresso e inclui a oração da manhã diaria, atividades conduzidas pela Net Ministries National Evangelization Team da Irlanda, e música da banda local Elation Ministries e 3Rock Church, iniciativa da Pastoral da Juventude da Irlanda.
O Espaço da Juventude Chiara Luce foi nomeado apos a morte de Chiara Badano, uma jovem do movimento dos Focolares, em 1990 na idade de 18 após sucumbir a um câncer ósseo. Descrita como "um furacão de luz", Badano foi beatificada em 2010 por Bento XVI.
Tradução Maria Emilia Maregas
«Regina Caeli»
O Espírito do Senhor Ressucitado conduz a Verdade que nos torna livres
As palavras de Bento XVI durante o Regina Caeli
CIDADE DO VATICANO, domingo, 27 de maio de 2012(ZENIT.org) – Apresentamos as palavras de Bento XVI dirigidas aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro para o tradicional Regina Caeli.
Queridos irmãos e irmãs!
Celebramos hoje a grande festa de Pentecostes, que leva a conclusão do Tempo Pascal, cinquenta dias após o Domingo da Ressurreição. Esta solenidade nos faz recordar e reviver a efusão do Espírito Santo sobre os Apóstolos e os outros discípulos, reunidos em oração com a Virgem Maria no Cenáculo (cfr Ato 2,1-11). Jesus, ressuscitado e ascendido ao céu, envia à Igreja o Seu Espírito, a fim que cada cristão possa participar de sua própria vida divina e tornar válido seu testemunho no mundo. O Espírito Santo, entrando na história, derrota a aridez, abre os corações para a esperança, estimula e favorece em nós o amadurecimento interior no relacionamento com Deus e com o próximo.
O Espírito, que “falou por meio dos profetas”, com os dos da sabedoria e da ciência continua a inspirar mulheres e homens que se comprometem na busca pela verdade, propondo caminhos originais de conhecimento e de aprofundamento sobre o mistério de Deus, do homem e do mundo. Neste contexto, estou contente de anunciar que no dia 7 de outubro, no início da Assembléia Ordinária do Sínodo dos Bispos, proclamarei São João D’Ávila e Santa Hildegarda de Bingen doutores da Igreja Universal. Estas duas grandes testemunhas de fé viveram em períodos históricos e ambientes culturais muito diferentes. Hildegarda foi monja beneditina no coração da Idade Média alemã, autentica mestra de teologia e profunda estudiosa das ciências naturais e da música. João, sacerdote diocesano nos anos do renascimento espanhol, participou do processo de renovação cultural e religiosa da Igreja e da estrutura social no alvorecer da modernidade. Mas a santidade de vida e a profundidade da doutrina os tornam perenemente atuais: a graça do Espírito Santo, de fato, lhes projetou nessa experiência de penetrante compreensão da revelação divina e de inteligente diálogo com o mundo que constituem o horizonte permanente da vida e da ação da Igreja.
Sobretudo, à luz do projeto de uma nova evangelização, a qual será dedicada a mencionada Assembléia do Sínodo dos Bispos, e a vigília do Ano da Fé, estas duas figuras de Santos e Doutores são de considerável importância e atualidade.Também nos nossos dias, através dos ensinamentos deles, o Espírito do Senhor ressuscitado continua a fazer ressoar sua voz e a iluminar o caminho que conduz àquela Verdade que unicamente pode tornar-nos livres e dar sentido pleno a nossa vida.
Rezando agora, juntos, o Regina Caeli, invoquemos a intercessão da Virgem Maria, a fim que a Igreja seja potentemente animada pelo Espírito Santo, para testemunhar Cristo com franqueza evangélica e aberta sempre mais à plenitude da verdade.
(Após o Regina Caeli)
Queridos irmãos e irmãs!
Esta manhã em Vannes, na França, foi proclamada Beata Mere Saint-Louis, ao século Louise-Élisabeth Mole, fundadora das Irmãs da Caridade de São Luis, que viveu entre os séculos XVIII e XIX. Damos gaças a Deus por esta testemunha exemplar de amor à Deus e ao próximo.
Recordo que na próxima sexta-feira, 1° de junho, estarei em Milão, onde acontecerá o VII Encontro Mundial das Famílias. Convido a todos a seguir este evento e a rezar pelo seu bom êxito.
(Tradução:MEM)
Audiência de quarta-feira
A beleza de sermos amigos, filhos de Deus
Bento XVI durante a Audiencia Geral desta quarta-feira
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 23 de maio de 2012(ZENIT.org) – Em sua habitual catequese de quarta-feira, Bento XVI refletiu sobre a importância de chamar Pai a Deus, como Cristo na Cruz que diz: Abbá, Pai!
O Santo Padre recordou que “o Espírito Santo nos ensina a tratar Deus, na oração, com os termos afetuosos de «Abbá, Pai!» como fez Jesus”.
Citando São Paulo, afirmou que é o “Espírito que clama em nós «Abbá, Pai!»”e faz-nos sentir numa relação de profunda confiança com Deus, como a de uma criança com seu pai”.
"Hoje muitos não se dão conta da grandeza e da consolação profunda contidas na palavra «Pai», dita por nós a Deus na oração”, e continuou, “o Espírito Santo ilumina o nosso espírito, unindo-nos à relação filial de Jesus com o Pai e sempre “em união com toda a Igreja”.
Bento XVI recordou que desde o princípio, a Igreja “assumiu esta invocação, de modo particular na oração do «Pai-Nosso». Quando rezamos ao Pai, nunca estamos sozinhos. É a Igreja que sustém a nossa invocação, porque a nossa invocação é invocação da Igreja”.
Ao final o Santo Padre destacou a importância de “provar na nossa oração a beleza de sermos amigos, filhos de Deus, de poder invocá-lo com a confiança de uma criança que se dirige aos pais que a amam. Abramos a nossa oração à ação do Espírito Santo para que nós gritemos a Deus "Abbá! Pai" e para que a nossa oração transforme, converta constantemente o nosso pensar, o nosso agir para torná-lo sempre mais conforme àquele do Filho Unigênito, Jesus Cristo.
Após a catequese Bento XVI dirigiu a seguinte saudação aos peregrinos de língua portuguesa:
Queridos peregrinos de língua portuguesa: sede bem-vindos! Saúdo de modo particular os brasileiros do Rio de Janeiro, do Rio Grande de Sul, bem como as Irmãs Franciscanas de São José. Com a proximidade da solenidade de Pentecostes, procurai, a exemplo de Nossa Senhora, estar abertos à ação do Espírito Santo na vossa oração, de tal modo que o vosso pensar e agir se conformem sempre mais com os do seu Filho Jesus Cristo. De coração vos abençôo a vós e às vossas famílias!
Documentação
A crise que atinge a Europa: é uma crise espiritual e moral
64° Assembleia Geral da Conferência Episcopal Italiana
CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 25 de maio de 2012(ZENIT.org) - O Santo Padre Bento XVI fala aos participantes da 64° Assembleia Geral da Conferência Episcopal Italiana.
Venerados e queridos irmãos,
É um momento de graça este vosso encontro anual em Assembleia, no qual vivem uma profunda experiência de confronto, de partilha e de discernimento para o caminho comum, animado pelo Espírito do Senhor Ressuscitado; é um momento de graça que manifesta a natureza da Igreja.
Agradeço o Cardeal Angelo Bagnasco pelas cordiais palavras com as quais me acolheu, fazendo-se interprete dos vossos sentimentos: ao senhor, eminência, dirijo os melhores votos para um novo mandato como presidente da Conferência Episcopal Italiana
O afeto colegiato que vos anima nutre sempre mais a vossa colaboração a serviço da comunhão eclesial e do bem comum da nação italiana, na interlocução frutuosa com as suas instituições civis. Neste novo quinquênio, prossigam juntos com o renovação eclesial que nos foi confiado no Concílio Vaticano II; que o 50º aniversário de seu início, que celebraremos no outono [no hemisfério norte], seja motivo pra aprofundar os textos, condição para uma recepção dinâmica e fiel.
“O que mais importa ao Concílio Ecumênico é o seguinte: que o depósito sagrado da doutrina cristã seja guardado e ensinado de forma mais eficaz”, afirmava o beato Papa João XXIIIno discurso de abertura. E vale a pena meditar e ler estas palavras. O Papa empenhava os Padres a aprofundar e a apresentar tal perene doutrina em continuidade com a tradição milenar da Igreja: “transmitir pura e íntegra a doutrina, sem atenuações nem subterfúgio”, mas de modo novo, “tendo em conta os desvios, as exigências e as possibilidades deste nosso tempo” (Discurso da Solene Abertura do Concílio Vaticano II, 11 de outubro de 1962).
Com esta chave de leitura e de aplicação - certamente não uma visão inaceitável de hermenêutica da descontinuidade e da ruptura, mas uma hermenêutica da continuidade e da reforma –, escutar o Concílio e fazer nossas as competentes indicações, constitui a estrada para individualizar as modalidades com as quais a Igreja pode oferecer uma resposta significativa às grandes transformações sociais e culturais de nosso tempo, que têm consequências visíveis também sobre a dimensão religiosa.
A racionalidade científica e a cultura técnica, de fato, não somente tendem a uniformizar o mundo, mas às vezes vão além dos respectivos âmbitos específicos, na pretensão de traçar o perímetro das certezas da razão apenas com o critério empírico de suas realizações.
Assim, o poder da capacidade humana termina por considerar-se a medida da ação, livre de todas as normas morais. Justamente, em tal contexto, não deixam de reemergir, às vezes de maneira confusa, um singular e crescente questionamento sobre a espiritualidade e o sobrenatural, sinal de uma inquietude que habita no coração do homem que não se abre ao horizote crescente de Deus.
Esta situação de secularismo caracteriza, sobretudo, as sociedades de antiga tradição cristã e corrói aquele tecido cultural que, até um recente passado, era uma referência unificadora, capaz de abraçar toda a existência humana e marcar os momentos mais significativos, do nascimento à passagem pela vida eterna.
O patrimônio espiritual e moral no qual o Ocidente aprofunda suas raízes e que constitui sua força vital, hoje não mais é mais um valor profundo, a ponto que não está mais contido na instância da verdade. Também uma terra fecunda corre o risco de se tornar um deserto inóspito e a boa semente está sendo sufocada, pisoteada e perdida.
Isso se reflete na diminuição da prática religiosa, visível na participação à Liturgia Eucarística e, ainda mais, ao Sacramento da Penitência. Tantos batizados perderam a identidade e a afiliação, não conhecem os conteúdos essenciais da fé ou pensam ser capazes de cultivá-la sem a mediação eclesial.
E enquanto muitos olham com dúvida as verdades ensinadas pela Igreja, outros reduzem o Reino de Deus a alguns grandes valores, que têm certamente a ver com o Evangelho, mas que ainda não são o núcleo central da fé cristã. O Reino de Deus é dom que nos transcende. Como afirmava o beato João Paulo II, “o Reino de Deus não é um conceito, uma doutrina, um programa sujeito à livre elaboração, mas é, acima de tudo, uma Pessoa que tem o nome e o rosto de Jesus de Nazaré, imagem do Deus invisível” (Carta Encíclica Redemptoris missio [7 de dezembro de 1990], 18).
Infelizmente, o próprio Deus foi excluído do horizonte de muitas pessoas; e quando não encontramos indiferenças, fechamento ou recusa, o discurso sobre Deus ainda está relegado no âmbito subjetivo, reduzido a um fato íntimo e privado, marginalizado pela consciência pública. Passa por este abandono, por esta falta de abertura ao Transcendente, o coração da crise que atinge a Europa, que é uma crise espiritual e moral: o homem pretende ter uma identidade composta simplesmente de si mesmo.
Neste contexto, como podemos corresponder à responsabilidade que nos confiada pelo Senhor? Como podemos semear com confiança a Palavra de Deus, para que cada um possa encontrar a verdade sobre si mesmo, a própria autenticidade e esperança?
Estamos conscientes que não bastam novos métodos de anúncio evangélico ou de ação pastoral para fazer com que a proposta cristã possa encontrar maior colhimento e partilha. Na preparação do Vaticano II, a questão predominante e que a Sessão conciliar queria responder era: “Igreja, o que diz de si mesma?”.
Aprofundando tal questionamento, os Padres conciliadores foram, por assim dizer, reconduzidos ao coração da resposta: se tratava de partir novamente de Deus, celebrado, professado e testemunhado. Exteriormente por acaso, mas fundamentalmente não por acaso, de fato, a primeira Constituição aprovada foi aquela sobre a Sagrada Liturgia:o culto divino orienta o homem em direção à Cidade futura e para retornar a Deus, sua primazia, forma a Igreja, incessantemente convocada da Palavra, e mostra ao mundo a fecundidade do encontro com Deus.
A nossa volta, enquanto devemos cultivar um olhar grato pelo crescimento do bom grão também num terreno que se apresenta muitas vezes árido, sentimos que nossa situação requer um novo impulso, que aponta para aquilo que é essencial da fé e da vida cristã.
Num tempo no qual Deus se tornou para muitos o grande Desconhecido e Jesus simplesmente uma grande personagem do passado, não haverá um relançamento da ação missionária sem o renovamento da qualidade da nossa fé e da nossa oração; não sermos capazes de oferecer respostas adequadas sem um novo acolhimento do dom da Graça; não saberemos conquistar os homens pelo Evangelho sem tornar nós os primeiros a aprofundar a experiência com Deus.
Queridos irmãos, o nosso primeiro, verdadeiro e único dever permanece aquele de empenhar a vida por aquilo que vale a pena e permanece, por aquilo que é realmente confiável, necessário e duradouro. Os homens vivem de Deus, Daquele que muitas vezes inconscientemente ou somente tateiam buscando dar um sentido pleno a existência: nós temos o dever de anunciá-Lo, de mostrá-Lo, de guiar ao encontro com Deus.
Mas é sempre importante recordar-nos que a primeira condição para falar de Deus é falar com Deus, tornar-se sempre mais homens de Deus, nutrir-se de uma intensa vida de oração e ser moldados por Sua Graça.
Santo Agostinho, depois de um caminho desgastante, mas de sincera busca da Verdade encontrou-a finalmente em Deus. Então, se dá conta de um aspecto singular que enche de admiração e alegria seu coração: entende que ao longo todo seu caminho era a verdade que estava buscando e que o havia encontrado. Gostaria de dizer a cada um: deixamo-nos ser encontrados e capturados por Deus, para ajudar cada pessoa que encontramos a ser alcançado pela Verdade.
É da relação com Ele que nasce a nossa comunhão e vem gerada a comunidade eclesial, que abraça todos os tempos e todos os lugares para constituir um único povo de Deus.
Por isso, quis instituir um Ano da Fé, que iniciará no dia 11 de outubro deste ano, para redescobrir e acolher novamente este dom precioso que é a fé, para conhecer de modo mais profundo a verdade que são as essências de nossa vida, para conduzir o homem de hoje, muitas vezes distraído, para um encontro renovado com Jesus Cristo “caminho, verdade e vida”.
Em meios às transformações que afetam grande parte da humanidade, o Servo de Deus Paulo VI indicada claramente aquele dever da Igreja, aquele de “atingir e como que a modificar pela força do Evangelho os critérios de julgar, os valores que contam, os centros de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade, que se apresentam em contraste com a Palavra de Deus e com o desígnio da salvação” (Exort. Ap. Evangelii nuntiandi [8 de dezembro de 1975], 19).
Queria aqui recordar como João Paulo II, em sua primeira visita como Pontífice em sua terra natal, visitou um bairro industrial de Cracóvia tida como uma “cidade sem Deus”. Somente a obstinação dos operários fez erguer a primeira cruz e depois uma igreja. Com estes sinais, o Papa reconheceu o início daquilo que pela primeira vez foi chamado de “nova evangelização”, explicando que “a evangelização do novo milênio deve referir-se à doutrina do Concílio Vaticano II. Deve ser, como ensina este Concílio, obra comum dos Bispos, dos sacerdotes, dos religiosos e dos leigos, obra dos pais e dos jovens”. E conclui: “Construístes a igreja; edificai a vossa vida com o Evangelho!” (Homilia no Santuário da Santa Cruz, Mogila, 9 de junho de 1979).
Queridos irmãos, a missão antiga e nova que está diante de nós é aquela de introduzir os homens e as mulheres do nosso tempo à relação com Deus, ajudá-los a abrir a mente e o coração àquele Deus, que buscá-os e quer estar próximo a eles, guiá-los a compreender que cumprir Sua vontade não é um limite à liberdade, mas ser realmente livres, realizar o verdadeiro bem da vida.
Deus é grande, não é concorrente da nossa felicidade, e ao encontrar o Evangelho – e aqui a amizade com Cristo – o homem experimenta ser objeto de um amor que purifica, aquece e renova, e torna capaz de amar e servir o homem com amor divino.
Como evidencia oportuna, o tema principal desta vossa Assembleia, a nova evangelização necessita de adultos que sejam “maduros na fé e testemunhas de humanidade”. A atenção ao mundo dos adultos manifesta a vossa consciência do papel decisivo daqueles que são chamados, nos diversos âmbitos da vida, a assumir uma responsabilidade educativa nos relacionamentos com as novas gerações.
Assistam e operem para que a comunidade cristã saiba formar pessoas adultas na fé, porque encontraram Jesus Cristo, que se tornou a referencia fundamental de vida deles; pessoas que O conheçam porque O amam e O amam porque O conheceram; pessoas capazes de oferecer razões sólidas e confiáveis de vida.
Neste caminho formativo é particularmente importante o Catecismo da Igreja Católica, que completa 20 anos de publicação, subsídio precioso para um conhecimento sistemático e completo dos conteúdos da fé e para guiar ao encontro com Cristo. Também graças a este instrumento, o assentimento da fé pode se tormar critério de inteligência e de alão que envolve toda a existência.
Encontramo-nos na novena de Pentecostes, gostaria de concluir esta reflexão com uma oração ao Espírito Santo:
Espírito de Vida, que em princípio pairava sobre o abismo,
ajude a humanidade do nosso tempo a compreender
que a exclusão de Deus a leva a ferir-se no deserto do mundo,
e que somente onde entra a fé florescem a dignidade e a liberdade
e a toda sociedade se edifica na justiça.
Espírito de Pentecostes, que faz da Igreja um só Corpo,
restitui nós, batizados, em uma autentica experiência de comunhão;
torna-nos sinal vivo da presença do Ressuscitado no mundo,
comunidade de santos que vivem a serviço da caridade.
Espírito Santo, que nos torna hábeis para a missão,
concede-nos reconhecer que, também no nosso tempo,
tantas pessoas estão em busca da verdade sobre sua existência e sobre o mundo.
Faça-nos colaboradores da alegria deles com o anúncio do Evangelho de Jesus Cristo,
grão de trigo de Deus, que torna bom o terreno da vida e assegura a abundancia da colheita.
Amém.






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