HISTÓRIA DA IGREJA
Ano 1493.
A Renascença, um movimento humanístico que nasceu na Itália no século XIV, espalhou-se pela França, Países Baixos e Inglaterra.
Foi um período de transição entre a Idade Média e o Mundo Moderno secular que introduziu profundas mudanças que afectaram a literatura e as outras artes, a cultura geral, a política e a religião.
(077) – RENASCIMENTO (Estilo) !
No domínio das artes plásticas, o movimento italiano que arvorava em programa fazer reviver as soluções da antiguidade clássica penetrou em Portugal tardiamente, foi melhor entendido no Centro e no Sul do País e interessou todas as modalidades artísticas então cultivadas.
Inicialmente paralelo ao gótico final, acabou por ser substituído pelo maneirismo.
Podem distinguir-se duas fases no estilo, a primeira Renascença, de raiz gaulesa, e a segunda, de inspiração italiana.
Porque alguns ensaios realizados por artistas espanhóis no Noroeste permaneceram isolados, e não obstante Vasari citar a presença de Andrea Sansovino em Portugal nos fins do século XV, considera-se como implantação autêntica do estilo a actividade de escultores franceses - Nicolau Chantereine (activ.11517-1551), João de Ruão (c. 1495-1580), Loguin (acti.1520-1559, etc. - desde o primeiro quartel do século XVI, principalmente em Lisboa, em Coimbra, em Tomar, em Évora e em Portalegre.
O seu legado e o de discípulos nacionais (Tomé Velho, etc.) compreendem núcleo de grande mérito nos sectores da imaginária, da tumulária, de púlpitos, de altares, de portais, etc.
A pintura nacional sofreu acentuada pressão flamenga e só tarde conseguiu libertar-se completamente de compromissos medievais.
Nesta modalidade sobressaem a obra de Jorge Afonso, parte da actividade dos artistas que trabalharam na sua oficina lisbonense e colaboraram intimamente entre si e com os mestres (Gregório Lopes, Garcia Fernandes, Cristóvão de Figueiredo) e, também em parte, a obra de Vasco Fernandes, de Gaspar Vaz, do mestre da Lourinhã, etc.
Na arquitectura religiosa adoptaram-se as fórmulas longitudinal (Igreja da Conceição, em Tomar, concl. em 1550 ; hallenkirchen com pilares dóricos ou colunas jónicas do terceiro quartel do século - Catedrais de Leiria, de Miranda do Douro, de Portalegre, etc.) e centralizada (Bom Jesus de Valverde, em Évora ; algumas Hallenkirchen de planta quadrada) e na arquitectura profana seguiram-se predominantemente programas italianos (antigo Mercado de Beja ; Quinta das Torres, em Azeitão, etc.).
Na Índia reveste particular importância o programa de organização urbana do núcleo cristão, moldado nas concepções renascentistas italianas (Damão, etc.).(Dic.Hist. Port. Joel Serrão)
Portugal, no século XVI tornado uma das maiores potências navais, auferiu lucros imensos com as navegações para Oriente, com a sua colónia americana e com o tráfico de escravos, fazendo crescer a burguesia comercial e enriquecendo a nobreza, que se podia agora entregar a grandes luxos e cultivar o espírito.
O contacto comercial com a França, Espanha, Países Baixos, Itália e Inglaterra é assíduo, e o intercâmbio cultural intensificou-se.
O gótico local mescla-se com estas influências estrangeiras e dá origem ao estilo manuelino, que produziria monumentos altamente originais como o Mosteiro dos Jerónimos, a Igreja Matriz da Golegã, o Mosteiro de Santa Cruz e a Torre de Belém, e a jóia exótica da janela do Capítulo do Convento de Cristo, em Tomar.
Destacam-se personalidades como a do humanista Francisco de Holanda e dos artistas Grão Vasco, Diogo Boitaca, Nuno Gonçalves, Francisco de Arruda e, Luis Vaz de Camões, um dos mais célebres poetas de todos os tempos.
Nascimento
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