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    quinta-feira, 28 de março de 2013

    [Catolicos a Caminho] TEMPO DA QUARESMA (2013-43) SEXTA-FEIRA SANTA Som !

     

     

                             TEMPO DA QUARESMA

     

           (2013-43).-SEXTA-FEIRA SANTA !

           

                É o segundo dia do Tríduo Pascal, em que se celebra a morte de Jesus sobre a Cruz.

                Em cada Eucaristia se celebra sempre a Morte do Senhor, juntamente com a Sua Ressurreição, com a qual forma o único Mistério Pascal.

                Mas na Sexta-Feira Santa consagra-lhe um rito especial Comemorativo que, normalmente, se realiza à hora em que o Salvador expirou no Calvário.

                A celebração deste dia compreende quatro partes distintas :

                           

                            1. Liturgia da Palavra.

                A Paixão do Senhor, que não pode tomar-se isoladamente como um facto encerrado em si mesmo, visto ser apenas um dos momentos constitutivos da Páscoa, só pode compreender-se e interpretar-se à luz da Palavra divina.

                Por isso a Liturgia começa por nos introduzir, por meio de Isaías, de S. Paulo e de S. João, no mistério do sofrimento e Morte de Jesus.

                A essa luz, a Paixão do "Servo sofredor" aparece-nos como uma obra de expiação em favor da humanidade, realizada com plena, total e soberana liberdade.

                E Jesus surge-nos não apenas como Vítima inocente e sofredora, mas também como Sacerdote.

                A Sua Morte tem valor sacrificial, é acto de mediação universal e causa de salvação.

                Não é tragédia, mas glorificação.

                A Sua Cruz não é objecto de ignomínia, mas trono de glória.

                Na posse do significado salvífico da Paixão, a assembleia cristã sente necessidade de se unir a esse acto sacerdotal de expiação e intercessão.

                Assim, a Liturgia da Palavra encerrar-se-á com uma solene oração, que abrange a humanidade inteira, pela qual Cristo morreu - uma oração verdadeiramente "missionária".

     

                                                    2. Adoração da Cruz.

                A Cruz, "sinal do amor universal de Deus" (NA 4), símbolo do nosso resgate, domina a segunda parte da Celebração deste dia.

                Levada, processionalmente até ao altar, a Cruz é apresentada à veneração de toda a humanidade pecadora, representada pela assembleia cristã.

                Nela, nós adoramos Jesus Cristo, Aquele que foi suspenso na Cruz, Aquele que foi e que é a "salvação do mundo".

                É a Ele também que exprimimos o nosso reconhecimento, quando beijamos o instrumento da nossa reconciliação.

                É a Ele que pedimos, neste momento, a força para levarmos a nossa Cruz : "Suportando a morte por todos nós, ensina-nos, com o seu exemplo, que também devemos levar a cruz que a carne e o mundo fazem pesar sobre os ombros daqueles que buscam a paz e a justiça". (GS 38).

                Nos fins do século IV, a veneração da Cruz foi introduzida nas Tradições da Semana-Santa de Jerusalém.

                Segundo a lenda, Helena, a mãe do primeiro imperador cristão, Constantino, encontrou em Jerusalém a verdadeira Cruz em que Cristo tinha sido crucificado.

                Tomou-se um costume em Jerusalém oferecer aos cristãos a oportunidade de beijar esta sagrada relíquia.

                Daí passou para toda a Igreja a mesma tradição que foi introduzida no Império Romano no século VIII.

     

                3 .Impropérios

    Por definição, um Impropério é uma acusação ultrajante, uma censura áspera, um vitupério.

    Os Impropérios são os cânticos religiosos da adoração da Cruz em Sexta-Feira Santa, que reflectem as queixas de Cristo dirigindo-se aos Judeus :

    - Meu povo, que te fiz Eu ? Em que te contristei ? Responde-Me. Libertei-te do Egipto: e tu preparaste uma Cruz ao teu Salvador...

    Pensa-se que se fundamentam em Miqueias :

    - "Povo Meu, que te fiz, ou em que te contristei? Responde-me. Tirei-te da terra do Egipto, livrei-te da casa da escravidão, e enviei diante de ti, Moisés, Aarão e Maria...". (Miq.6/3).

    Os Impropérios datam desde o século VII e ainda hoje se usam embora sejam opcionais.

    Durante algum tempo foram desencorajados por representarem uma atitude anti-semítica.     

    Mas para os católicos significam um convite aos duros de coração e aos que necessitam de arrependimento.

               

                            4. Comunhão Eucarística

                Depois da contemplação do mistério da Cruz ( 1a parte), depois da adoração de Cristo Crucificado (2a parte), a Liturgia vai introduzir-nos no mais íntimo do Mistério Pascal, vai pôr-nos em contacto com o próprio "Cordeiro Pascal".

                Não se celebra hoje a Eucaristia.

                No entanto, pela Comunhão do "Pão que dá a Vida", consagrado em Quinta-Feira Santa, somos "baptizados" no Sangue de Jesus, somos mergulhados na Sua Morte.

                Assim unidos à fonte mesma da vida sobrenatural, ficámos cheios de força para passarmos da morte do pecado à alegria da Ressurreição.

                Através do Corpo sacramental do Senhor crucificado e ressuscitado ficámos também mais unidos ao seu Corpo Místico, isto é, a Cristo que sofre e morre nos Seus membros.

                Como o Senhor Jesus, também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos :

    - "Ele (Jesus) deu a Sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos".(1 Jo.3/16).

                À celebração que se faz na Sexta-Feira Santa, chamava-se "Missa dos Pré-santificados", porque nessa celebração se comungava o Pão Eucarístico consagrado na Missa do dia anterior e guardado num altar fora do Templo, chamado o altar da reposição.

                Primitivamente só o celebrante comungava neste dia e não havia a Oração Eucarística.          

    Mas a partir de 1955, foi restaurada a tradição com a Liturgia da Palavra, a veneração da Cruz e a comunhão dos fiéis.

                Em Sexta-Feira Santa é dia de Jejum desde os 21 aos 59 anos, e de abstinência desde os 14 anos. (Cân.1252).

                                       

                                                                John

                                                                Nascimento

     

     

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    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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