Juventude Conservadora da UnB |
Posted: 29 Mar 2013 02:48 PM PDT O tema do aborto voltou à baila na opinião pública com força total há algumas semanas, quando o Conselho Federal de Medicina emitiu um ofício circular em que apoiava a "ampliação dos excludentes de ilicitudes penais em caso de aborto". Já tratamos desse tema aqui algumas vezes, e temos buscado alertar para o recrudescimento do lobby da cultura da morte no Brasil. Não estamos sozinho nessa luta – em que, aliás, chegamos um tanto tardiamente –, já que tantas outras pessoas e organizações têm militado nessa seara, como o movimento Pró-Vida de Anápolis (presidido pelo Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz) e o saudoso D. Luiz Bergonzini (bispo emérito de Guarulhos/SP, falecido em 13 de junho de 2012). É sensível que a maioria da população brasileira é contra o aborto, reconhecendo-o como o que, de fato, é: o assassinato de um ser humano frágil e indefeso. No entanto, o lobby da cultura da morte tem ganhado cada vez mais espaço em nosso país. Ao contrário do que se quer fazer crer, isso não é fruto de um movimento espontâneo da sociedade brasileira, conseqüência de transformações sócio-culturais inelutáveis: é fruto do trabalho diuturno de formadores de opinião e organizações que contam com estrutura e financiamento para levar a cabo dezenas de atividades nas mais diversas frentes, da educação à política, da mídia às artes. Aqueles que lutam contra o aborto no Brasil possuem limitadas possibilidades de atuação em relação aos profissionais desse lobby. A imensa maioria dos defensores da vida são pessoas que possuem uma vida normal e bastante agitada: possuem atividades profissionais que, na maior parte das vezes, não têm qualquer vinculação com o movimento pró-vida, e ainda precisam lidar com a gestão da casa e a educação dos filhos. Essas pessoas se sacrificam – e, muitas vezes, em não poucas coisas – para levarem adiante a bandeira de defesa da vida humana desde a concepção. E o que nós, que também abraçamos a causa da defesa da vida desde a concepção, fazemos para ajudar essas pessoas? Encaremos a verdade: muitas vezes, nossa ajuda se limita, na melhor das hipóteses, a divulgar informações por e-mail e escandalizarmo-nos publicamente nas redes sociais com os avanços da cultura da morte no Brasil. Será que não estamos oferecendo um inócuo "apoio moral" à defesa da vida em nosso país? Será que não poderíamos prescindir de um bocadinho do nosso comodismo para ajudar aqueles que estão na linha de frente dessa árdua batalha? Será que não poderíamos fazer mais? Sim, nós podemos fazer mais, e melhor, e de modo concreto. Em julho deste ano, ocorrerá no Rio de Janeiro a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). A JMJ foi criada pelo Papa João Paulo II em 1985 como um grande evento da Igreja Católica para conscientizar os jovens de sua missão cristã no mundo. São esperados cerca de 4,5 milhões de jovens de todo o mundo para a próxima edição do evento. Aproveitando essa grande oportunidade – e assumindo o lema da JMJ 2013, que é "Ide e fazei discípulos entre todas as nações!" (Mt 28, 19) –, uma campanha muito especial está sendo preparada: a campanha "JMJ 2013 – Escolhe a Vida". O objetivo da campanha, segundo seu site oficial, é "incentivar os jovens da Jornada Mundial da Juventude a valorizar o ser humano desde a fase inicial de sua vida e, assim, semear a Cultura da Vida por meio deles." A campanha consiste na inclusão de um kit nas mochilas de todos os peregrinos inscritos na JMJ. Esse kit consiste em uma embalagem com uma réplica em plástico de um bebê na 12ª semana de gestação, em tamanho e detalhes reais, e um folder em três idiomas com explicações científicas e religiosas sobre o início da vida. Esses kits ajudarão jovens do mundo inteiro a compreenderem os fundamentos morais, científicos e religiosos da defesa da vida humana desde a concepção, estimulando-os a levar adiante essa bandeira em seus países de origem – inclusive aqui no Brasil, onde precisamos tanto que essa causa seja defendida com coragem. Cada kit a ser distribuído durante a JMJ no Rio de Janeiro custa R$ 0,91. Por menos de um real, um jovem poderá ser alertado sobre a importância dessa causa e se transformar em um multiplicador da Cultura da Vida. As doações serão geridas pela Associação Nacional Pró-vida e Pró-família, organização sem fins lucrativos associada à Human Life International. Esse chamamento é destinado a todos aqueles que acreditam, no mais íntimo de seu ser, que a vida humana deve ser protegida desde a concepção. A participação de todos nesse grande projeto é de suma importância. Para saber como ajudar, acesse o site da campanha, informe-se, contribua e divulgue para todas as pessoas que conhece. Afinal de contas, a defesa da vida merece de nós uma postura mais firme e consistente do que a boa e velha tradição brasileira de reclamar de tudo sem fazer nada, não é mesmo? |
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