A pessoa deve rezar da forma que mais se aprofunda na oração, tanto faz se ela está em público ou em casa, desde que seja uma oração não litúrgica. Porem, quando alguém está rezando durante a liturgia, como na Missa, existem regras que precisam ser seguidas. É correto dizer que rezar com as mãos levantadas é uma postura antiga de se rezar. Entretanto, isso não significa que essa postura deve ser adotada em qualquer circunstancia. Se prostrar com o rosto por terra também é uma postura antiga de oração, mas nem todos os padres e nem todos os leigos são instruídos a rezar assim durante a Missa.

 Em Missas de Ordenação, os candidatos a serem ordenados são instruídos a se prostrarem durante a ladainha de todos os santos. No entanto, se as pessoas assumirem essa postura em qualquer Missa, a Liturgia estará sendo seriamente machucada. Este é o motivo pelo qual as pessoas são levadas a adotar essas posturas e não as que são aceitas. Adotar uma postura diferente causa problemas na liturgia, tanto físicos como simbólica.

 No caso de leigos que rezam a liturgia com as mãos erguidas, causa os problemas acima citados na própria liturgia. Causa problemas físicos porque o leigo se senta ao lado de outras pessoas no banco.

Se o leigo levantar todo o seu braço, as pessoas ao seu lado poderão se sentir incomodadas ou até mesmo poderão sair do banco. Se o leigo levanta parte de seu braço, todos ficaram apertados sem ter necessidade. De qualquer forma, não é uma boa ideia que o leigo erga seus braços durante a Missa.

 Existem também problemas simbólicos associados a tal gesto. Não importa como essa atitude tenha sido usada ou não antigamente, hoje isso é uma postura reservada ao sacerdote na liturgia.

 Isto está de forma clara nos documentos da Igreja.

 Por exemplo, o Cerimonial dos Bispos adverte: "Habitualmente na Igreja um bispo ou presbítero aborda orações a Deus em pé com as mãos ligeiramente levantada e estendida" (CB 104).

 Da mesma forma, no Livro de Bênçãos , sempre que existir uma benção na qual possa ser ministrada tanto pelo membro do clero tanto pelo leigo, a regra invariavelmente diz que "Um ministro, seja o padre ou o diácono, proclama a oração da benção com suas mãos erguidas; o ministro leigo proclama a oração com as mão unidas". (BB 1999)

 As rubricas sempre dizem que os ministros ordenados façam a oração com as mãos erguidas e os leigos a façam com as mãos juntas. Por causa da associação especial que os padres têm com esse tipo de oração, algumas pessoas na Igreja, de modo equivocado acabam adotando posturas que não lhe são próprias durante a celebração da Santa Missa. Isso é o que marca a diferença entre o leigo e o clero.

 Felizmente, o recém Instruções sobre colaborações (13/11/1997) desenhou a linha sobre esta questão e, especificamente, determinou que "nenhum membro não ordenados façam uso de gestos ou ações que são próprias do sacerdote celebrante..." (ICP, Disposições práticas 6 § 2).

 A referencia diz que somente ao padre cabe o gesto de rezar com as mãos erguidas visto que durante a Missa, essa atitude está diretamente ligada ao oficio sacerdotal, segundo os documentos da Igreja.

Consequentemente, na liturgia, leigos não devem rezar com as mãos estendidas.

 
Traduzido por Tiago Rodrigo da Silva – Apostolado Spiritus Paraclitus
Fonte: Catholic Answers Magazine