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    domingo, 4 de agosto de 2013

    [ZP130804] O mundo visto de Roma


    ZENIT

    O mundo visto de Roma
    Serviço semanal - 04 de Agosto de 2013


    • Papa Francisco 
    • "Os jovens não seguem o Papa, seguem Jesus Cristo, carregando a sua Cruz" 
    • Palavras do Papa Francisco antes da oração do Angelus neste domingo 
    • Papa Francisco felicita os muçulmanos pela festa do final do Ramadã 
    • Tema de reflexão proposto: a promoção do mútuo respeito através da educação 
    • Papa celebra Missa na festa de Santo Inácio de Loyola 
    • A celebração foi na Igreja de Jesus, centro de Roma 
    • Pregação Sagrada 
    • Pregações circunstanciais (3) 
    • Como melhorar a pregação sagrada: coluna do Pe. Antonio Rivero, L.C., Doutor e professor de Teologia e Oratória no seminário Mater Ecclesiae de São Paulo 
    • Pregações circunstanciais (2) 
    • Como melhorar a pregação sagrada: coluna do Pe. Antonio Rivero, L.C., Doutor e professor de Teologia e Oratória no seminário Mater Ecclesiae de São Paulo 
    • Igreja e Religião 
    • Fraternidade: fundamento e caminho para a paz 
    • Este é o tema da 47ª Jornada Mundial da Paz, escolhido pelo papa Francisco 
    • Neocatecumenal: 5.000 jovens para a vida consagrada 
    • Encontro vocacional Internacional depois da Jornada Mundial da Juventude desperta vocações 
    • Ao retornar a Roma, o papa foi agradecer a Maria 
    • Assim que aterrissou Francisco enviou um tuíte para o mundo 
    • Leonardo Boff refaz suas contas com a história (e erra) 
    • O magistério de Bergoglio não reabilita a Teologia da Libertação: ele é muito mais revolucionário 
    • Liturgia e Vida Cristã 
    • Sacerdotes não celebrantes que leem o evangelho na missa 
    • A principal leitura da missa deve ser confiada sempre a um diácono ou sacerdote que faça parte da assembleia litúrgica 
    • Jornada Mundial da Juventude Rio 2013 
    • Papa Francisco: "Arrisquem-se! Não tenham medo de arriscar-se. Se vocês não se arriscarem, já estarão errados" 
    • Dom Alberto Taveira Correa, arcebispo de Belém do Pará narra o seu encontro com o Papa Francisco durante a JMJ e reflete sobre os seus frutos 
    • "Assisti a 39 Reveillons en Copacabana e nunca vi algo parecido" 
    • Testemunho de José Maria Franco, garçom do restaurante Meia Pataca na Avenida Atlântica, Copacabana, Rio de Janeiro 
    • "O melhor meio para evangelizar os jovens são outros jovens" 
    • O papa Francisco encerra a viagem apostólica ao Brasil e a saudade dá lugar à esperança de um futuro melhor a partir do que foi semeado em terra boa: a vida dos jovens. 
    • Números da JMJ Rio 2013 superaram as expectativas 
    • COL divulga os resultados alcançados pela Jornada Mundial da Juventude no Rio 
    • Primeiras reações na Polônia após o anúncio de Francisco 
    • Papa convidou os jovens para a JMJ de 2016 em Cracóvia 
    • Homens e Mulheres de Fé 
    • "Nossa Mãe: Mesmo na dor, não deixava de esboçar um sorriso". 
    • Testemunho de Dom Frei Diamantino Prata de Carvalho, OFM, bispo de Campanha, MG, sobre a Irmã Teresa Margarida do Coração de Maria, "Nossa Mãe". 
    • Familia e Vida 
    • Feto hidrocefálico é operado e recolocado no ventre materno 
    • O progresso da tecnologia permite agora uma cirurgia com o útero aberto 
    • "Manif pour Tous": Varsóvia estende a mão a Paris 
    • Poloneses se reúnem diante da embaixada da França em defesa da família natural 
    • Análise 
    • Férias de verão no hemisfério norte: um apelo pela autêntica liberdade 
    • Temos que ajudar os jovens a viver melhor o seu tempo livre, longe das drogas e de outras transgressões 
    • O jornalismo à luz do dogma católico 
    • "As boas notícias são notícias ótimas" 



    Papa Francisco
    "Os jovens não seguem o Papa, seguem Jesus Cristo, carregando a sua Cruz" 
    Palavras do Papa Francisco antes da oração do Angelus neste domingo


    CIDADE DO VATICANO, 04 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - Publicamos a seguir as palavras que o Santo Padre proferiu às 12h de hoje, antes da tradicional oração do Angelus, aos fieis reunidos na praça de São Pedro:

    ***

    Queridos irmãos e irmãs!

    No domingo passado eu estava no Rio de Janeiro. Concluia-se a Santa Missa e a Jornada Mundial da Juventude. Acho que todos juntos temos que agradecer ao Senhor pelo grande dom que foi este evento para o Brasil, para a América Latina e para o mundo inteiro. Foi uma nova etapa na peregrinação dos jovens em todos os continentes com a Cruz de Cristo. Nunca devemos esquecer que as Jornadas Mundiais da Juventude não são "fogos de artifício", momentos de entusiasmo fins em si mesmos; são etapas de uma longo caminho, começado em 1985, por iniciativa do Papa João Paulo II. Ele confiou ao jovens a Cruz e disse: Ide, e eu irei convosco! E assim foi feito; e esta peregrinação dos jovens continuou com o Papa Bento XVI, e graças a Deus também eu pude viver esta maravilhosa etapa no Brasil.

    Lembremo-nos sempre: os jovens não seguem o Papa, seguem Jesus Cristo, carregando a sua Cruz. E o Papa os orienta e os acompanha neste caminho de fé e de esperança. Agradeço por isso a todos os jovens que participaram, mesmo à custa de sacrifícios. E agradeço ao Senhor também pelos outros encontros que tive com os Pastores e o povo daquele grande País que é o Brasil, como também com as autoridades e os voluntários. O Senhor recompense todos aqueles que trabalharam por esta grande festa da fé. Quero também ressaltar a minha gratidão, muito obrigado aos brasileiros. Pessoas maravilhosas estas do Brasil, um povo com grande coração! Não esqueço da sua calorosa recepção, das suas saudações, dos seus olhares, tanta alegria. Um povo generoso; peço ao Senhor que o abenço muito!

    Gostaria de pedir-vos que orem por mim para que os jovens que participaram da Jornada Mundial da Juventude possam traduzir essa experiência na sua jornada diária, no comportamentos de todos os dias; e que possam traduzí-lo também em escolhas importantes de vida, respondendo ao chamado pessoal do Senhor. Hoje na liturgia ecoa a palavra provocante do Eclesiastes: "Vaidade das vaidades... tudo é vaidade" (1,2). Os jovens são particularmente sensíveis ao vazio de sentido e de valores que muitas vezes os rodeiam. E, infelizmente, pagam as consequências. Em vez disso, o encontro com Jesus vivo, em sua grande família que é a Igreja, enche o coração de alegria, porque o preenche com a vida verdadeira, de um bem profundo, que não passa e não apodrece: o vimos nos rostos dos jovens no Rio. Mas esta experiência tem que ser confrontada com a vaidade cotidiana, o veneno do vazio que se insinua nas nossas sociedades baseadas no lucro e no ter, que iludem os jovens com o consumismo. O Evangelho deste domingo nos lembra justamente o absurdo do fundamentar a própria felicidade no ter. O rico diz a si mesmo: Alma minha, tens em depósito muitos bens... descansa, come, bebe e se divirta! Mas Deus lhe diz: Louco, esta mesma noite a sua vida será pedida. E o que você tiver acumulado, de quem será? (Cf. Lc 12,19-20). Queridos irmãos e irmãs, a verdadeira riqueza é o amor de Deus compartilhado com os irmãos. Aquele amor que vem de Deus e faz com que nós o compartilhemos entre nós e nos ajudemos entre nós. Quem o experimenta não teme a morte, e recebe a paz do coração. Confiemos esta intenção, a intenção de receber o amor de Deus e compartilhá-lo com os irmãos, à intercessão da Virgem Maria.

    [Após a oração do Angelus, o Papa saudou os peregrinos com as seguintes palavras:]

    Queridos irmãos e irmãs,

    Saúdo-vos a todos e muito obrigado pela vossa presença, apesar do calor.

    Fico feliz em cumprimentar especialmente alguns grupos de jovens: a Juventude carmelita da Croácia; os jovens de Sandon e Fossò, diocese de Verona; os de Mozzanica, diocese de Cremona; aqueles de Moncalieri, que percorreram uma parte do caminho a pé; e aqueles de Bergamo, que vieram de bicicleta. Obrigado a todos! Há tantos jovens hoje na praça: isto parece Rio de Janeiro!

    Gostaria de assegurar uma lembrança especial a todos os párocos e a todos os sacerdotes do mundo, porque hoje se comemora o seu padroeiro: São João Maria Vianney. Caros irmãos, fiquemos unidos em oração e na caridade pastoral.

    Amanhã os romanos lembramos nossa Mãe, a Salus Populi Romani: peçamos a ela que nos proteja; e agora todos juntos saudemo-la com uma Ave Maria. Todos juntos: "Ave Maria...". Uma saudação à nossa Mãe, todos juntos uma saudação à Mãe (aplaude junto com as pessoas).

    Também gostaria de lembrar a festa litúrgica da Transfiguração, que será depois de amanhã, com um pensamento de profunda gratidão para com o Venerável Papa Paulo VI, que partiu deste mundo, na noite do 6 de Agosto, há 35 anos.

    Queridos amigos, desejo-vos um bom domingo e um bom mês de agosto. E um bom almoço! Nos vemos!

    Traduzido do Italiano por Thácio Siqueira


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    Papa Francisco felicita os muçulmanos pela festa do final do Ramadã 
    Tema de reflexão proposto: a promoção do mútuo respeito através da educação

    Por Rocio Lancho García


    ROMA, 02 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - O Santo Padre enviou uma mensagem assinada pessoalmente por ele aos muçulmanos de todo o mundo por ocasião da festa do final do Ramadã. Desde 1967, o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso envia esta mensagem em nome do pontífice, com exceção feita em 1991, quando o papa João Paulo II também decidiu escrever pessoalmente aos muçulmanos. O tema deste ano, escolhido pelo papa Francisco, é "a promoção do mútuo respeito através da educação".

    "É para mim uma grande alegria saudá-los por ocasião da celebração do 'Id al-Fitr', que encerra o mês do Ramadã, dedicado principalmente ao jejum, à oração e à esmola", começa o Santo Padre, que recorda a tradição do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso de enviar esta mensagem todos os anos. "Neste ano, o primeiro do meu pontificado, decidi assinar eu mesmo esta mensagem tradicional e enviá-la, queridos amigos, como expressão de estima e de amizade para com todos os muçulmanos, especialmente para com aqueles que são chefes religiosos".

    Francisco prossegue: "Sou consciente de que, neste período, as dimensões familiares e sociais são particularmente importantes para os muçulmanos e vale a pena enfatizar que há certos paralelismos em cada uma destas áreas com a fé e a prática cristã". Ele explica que o tema escolhido para a reflexão deste ano, "a promoção do mútuo respeito através da educação", "pretende destacar a importância da educação no modo de nos compreendermos reciprocamente, com base no mútuo respeito".

    Explica o papa: "Isto significa um atitude de bondade para com as pessoas pelas quais sentimos consideração e estima (...) Mútuo significa que não é um processo em sentido único, mas algo que se compartilha entre ambas as partes".

    "O que somos chamados a respeitar em cada pessoa é, acima de tudo, a vida, a sua integridade física, a sua dignidade e os direitos que dela surgem, a sua reputação, a sua propriedade, a sua identidade étnica e cultural, as suas ideias e as suas escolhas políticas". Por isto, "somos chamados a pensar, falar e escrever para o outro de forma respeitosa, não somente na sua presença, mas sempre e onde quer que seja, evitando críticas injustas e difamações". Para que se atinja este objetivo, o papa reafirma o papel "das famílias, das escolas, do ensino religioso e de todos os tipos de meios de comunicação".

    Quanto ao mútuo respeito nas relações inter-religiosas, especialmente entre muçulmanos e cristãos, o papa Francisco afirma que "somos chamados a respeitar a religião do outros, os seus ensinamentos, símbolos e valores".

    Francisco também dedica algumas palavras à educação da juventude e lembra que "devemos formar os nossos jovens para que eles pensem e falem de forma respeitosa das outras religiões e dos seus fiéis, evitando ridicularizar ou denegrir as suas convicções e práticas".

    O Santo Padre cita as palavras que disse ao corpo diplomático creditado junto à Santa Sé em 22 de março, quando afirmou que "não podemos viver autênticas relações com Deus ignorando os outros. Por isso, é importante intensificar o diálogo entre as diversas religiões; creio que, em primeiro lugar, com o islã, e eu apreciei muito a presença, durante a missa de início do meu ministério, de tantas autoridades civis e religiosas do mundo islâmico". Com estas palavras, explica o pontífice, "eu quis reiterar mais uma vez a grande importância do diálogo e da cooperação entre os crentes, em particular entre cristãos e muçulmanos, e a necessidade de reforçá-la".

    Ao finalizar a mensagem, o papa Francisco ressalta: "Com estes sentimentos, renovo a minha esperança de que todos, cristãos e muçulmanos, possam ser verdadeiros promotores do mútuo respeito e amizade, em especial através da educação".


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    Papa celebra Missa na festa de Santo Inácio de Loyola 
    A celebração foi na Igreja de Jesus, centro de Roma


    ROMA, 31 de Julho de 2013 (Zenit.org) - O Papa Francisco celebrou a Santa Missa nesta quarta-feira, 31, festa de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, ordem à qual pertence o pontífice. A celebração foi na Igreja de Jesus, centro de Roma, onde estão as relíquias de Santo Inácio.

    Concelebraram com o Papa, Monsenhor Luis Ladaria, secretário da Congregação para a doutrina da fé, o Superior da Companhia de Jesus, padre Adolfo Nicolas, e membros do Conselho e outros 200 jesuítas.

    De acordo com a rádio Vaticana, em sua homilia, o Papa Francisco exortou seus confrades Jesuítas "a colocarem Jesus no centro de suas vidas e não a própria pessoa" e a seguirem Cristo na Igreja e com a Igreja: "Ser homens arraigados e alicerçados na Igreja: assim Jesus nos quer. Não pode haver caminhos paralelos ou isolados, mas sim caminhos de busca e criatividade. Isso é importante: ir às periferias, às muitas periferias. Por isso, é necessária a criatividade, mas sempre em comunidade, na Igreja, com essa pertença que nos dá a coragem de ir em frente. Servir Cristo é amar esta Igreja concreta e servi-la com generosidade e espírito de obediência.

    O Papa sublinhou que sentimos o sentimento humano e nobre que é a vergonha de não estar à altura, olhando a sabedoria de Cristo e nossa ignorância, a sua onipotência e nossa fraqueza, a sua justiça e nossas iniqüidades, a sua bondade e nossa maldade – continua a notícia.

    "Pedir a graça da vergonha; vergonha que vem do constante diálogo de misericórdia com Ele; vergonha que nos faz enrubescer diante de Jesus Cristo; vergonha que nos coloca em sintonia com o coração de Cristo, que se fez pecado por mim; vergonha que coloca em harmonia o nosso coração nas lágrimas e nos acompanha na seqüela cotidiana do meu Senhor. Isso nos leva sempre, individualmente ou como Companhia, à humildade, a viver esta grande virtude; humildade que nos torna conscientes a cada dia de que não somos nós que construímos o Reino de Deus, mas é sempre a graça do Senhor que age em nós; humildade que nos impulsiona a colocar todo o nosso ser não a nosso serviço ou de nossas ideias, mas a serviço de Cristo e da Igreja, como vasos de argila, frágeis, inadequados e insuficientes, nos quais existe um imenso tesouro que levamos e comunicamos."

    "Outro ícone que cito como exemplo é Padre Arrupe na última visita ao campo de refugiados, quando nos disse – o que ele mesmo dizia – 'digo isso como se fosse o meu canto do cisne: rezem'. A oração e a união com Jesus. Depois de dizer isso, entrou no avião e chegou a Roma com o acidente vascular cerebral, que deu início ao seu pôr-do-sol longo e exemplar. Dois crepúsculos, dois ícones que nos fará bem olhar e nos voltar para eles e pedir a graça de que os nossos pores-do-sol sejam como os deles."

    Depois da Santa Missa, o Papa visitou o quarto do Fundador da Companhia de Jesus, Santo Inácio de Loyola, depois, permaneceu diante do relicário, que contém o braço de São Francisco Xavier, e diante do túmulo do Padre Pedro Arrupe, ex-Prepósito Geral e histórico "papa negro", falecido há 20 anos.


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    Pregação Sagrada
    Pregações circunstanciais (3) 
    Como melhorar a pregação sagrada: coluna do Pe. Antonio Rivero, L.C., Doutor e professor de Teologia e Oratória no seminário Mater Ecclesiae de São Paulo

    Por Pe. Antonio Rivero, L.C.


    SãO PAULO, 02 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - Como melhorar a nossa pregação santo

    Coluna P. Antonio Rivero

    Enviar

    Brasília, 02 de agosto de 2013 (Zenit.org) Antonio Rivero | 98 marcos

    Vimos até agora o batismo e o casamento. Expliquemos hoje a pregação em um funeral

    FUNERAIS

    Cada funeral é um caso sério para a fé. Em cada enterro a fé ou é fortalecida, aumentada ou também mais ou menos prejudicada.

    Objetivo: a pregação em um funeral visa colocar a vida do falecido, e a dor dos que ficam, sob a cruz de Cristo como sinal de vitória sobre a morte. Isto consola e dá um significado mais profundo para a morte. Esta questão tem de ser tratada a partir de um texto da Escritura, de modo que possa ser ponto de apoio e de orientação para os ouvintes. 

    Características

    Em primeiro lugar, a pregação tem que nascer da convicção íntima do sacerdote, criando um clima cálido e sério, profundo e sincero de fé. Somente assim a comunidade se sente tocada pessoalmente. Portanto, deve-se evitar a frieza ou a rotina, e conseguir uma atitude de solidariedade, de empatia ou compreensão empática, de colocar-se realmente no lugar do outro, de ver o mundo como ele o vê, sintonia com a dor dos presentes.

    Em segundo lugar, o pregador, ao estar fora do círculo das pessoas afetadas, pode oferecer um melhor serviço de encontrar a palavra de consolo. O sentimentalismo faria dele um participante desvalido e a sua palavra não ajudaria os ouvintes, mas mexeria mais na sua dor.

    Em terceiro lugar, se foi um dos seus parentes que morreu, esse pregador pode pedir para outro sacerdote que dê a pregação; dessa forma sentiria, também ele, o consolo pastoral da Igreja.

    Em quarto lugar, o pregador deve tomar cuidado para que não sejam idéias gerais estereotipadas. Em vez disso, deve se esforçar para oferecer uma pregação com caráter pessoal. Ajudará a isso que, antes de começar a cerimônia, ofereça as condolências à família e pergunte o nome do difunto, sua idade, profissão, a causa da morte; ver também como está a sensibilidade espiritual de toda a família.

    Em quinto lugar, o pregador convidará a orar pelo difunto, que é um pecador como todos nós necessitado da misericórdia divina.

    Em sexto lugar, o pregador, ao escolher o texto bíblico, procure colocá-lo em conexão com a vida do difunto e com o tempo litúrgico do momento. Sem que seja um elogio fúnebre – o ritual de exéquias o proíbe -, o pregador pode em algumas ocasiões aludir brevemente ao testemunho cristão da vida do difunto, como motivo de edificação e de ação de graças.

    Finalmente, o pregador deve evitar aproveitar este momento para querer a todo custo evangelizar os assistentes, nem fazer propaganda da Igreja ou investir contra os relutantes ou distantes. Isso feriria a sua justa dor.

    Para ler a coluna anterior clique aqui

    Se você quiser se comunicar com o Padre Antonio Rivero, você pode fazê-lo por este e-mail: arivero@legionaries.org

    Tradução Thácio Siqueira


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    Pregações circunstanciais (2) 
    Como melhorar a pregação sagrada: coluna do Pe. Antonio Rivero, L.C., Doutor e professor de Teologia e Oratória no seminário Mater Ecclesiae de São Paulo

    Por Pe. Antonio Rivero, L.C.


    SãO PAULO, 01 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - Entremos de cabeça nas pregações circunstanciais mais importantes: batismo, casamento, festas, apresentações, brinde. Hoje veremos as duas primeiras.

    BATISMO

    O que deve ser esta pregação: não deve ser uma lição de teologia dos sacramentos, mas deve dizer de um modo muito próximo à vida o que o sacramento do batismo significa para o homem de hoje: um novo nascimento na família de Deus e o que isso implica de dignidade e responsabilidade.

    Tema e objetivo desta pregação: a pregação do batismo não tem por conteúdo – embora não deva ser excluído – nem a alegria pelo nascimento de uma criança, nem a questão do seu futuro, nem a tarefa educativa dos pais. O tema deve ser a graça divina que cobre esta criança, o amor de Deus manifestado em Cristo. Trata-se de relacionar a vida humana com os grandes fatos de Deus. Isso também é válido quando o nascimento da criança não foi recebido com alegria, ou porque não foi desejado, ou porque veio ao mundo com alguma doença, ou porque se tem o medo de experiências amargas no seu caminho.

    Esta pregação deve ter estas características

    Primeiro, real adaptação com os assistentes. Devem entender-nos porque falamos uma linguagem cheia de carinho e simplicidade.

    Segundo, selecionar algum dos diversos aspectos do batismo, para evitar que a homilia vire um armazém rápido e total de ritos, símbolos e conteúdos teológicos. Por tanto, uma só ideia ou tema. Por exemplo, centralizar em alguma das ideias mais importantes do batismo: nova vida, iluminação, regeneração, chamado à santidade, etc.

    Terceiro, deve ser breve, porque supõe-se que já houve antes para os pais e padrinhos uma catequese na paróquia; neles cai a responsabilidade especial de educar esses neófitos na fé.

    Finalmente, seria bom fazer alguma referência aos sinais mais importantes, especialmente ao banho na água, a roupa nova, as unções com o óleo consagrado, a vela.

    CASAMENTO

    A pregação no casamento não é diferente da do batismo: a atmosfera é mais sentimental e está mais exposta ao ar de festa do que a pregação batismal.

    Tema e objetivo desta pregação: lembrar o aspecto sacramental para evitar que as flores, a música, o vídeo, as fotos, os padrinhos e testemunhas vestidas a rigor e o vestido da noiva sejam mais importantes do que a celebração litúrgica.

    As características dessa pregação são essas

    Em primeiro lugar, embora a homilia inicie com um texto bíblico, no entanto, é preciso atender a situação pessoal de quem está para receber o sacramento: estão alegres e felizes.

    Em segundo lugar, o pregador deve ser muito cordial na forma e expressão e simples nas ideias na hora da homilia.

    Em terceiro lugar, tem que levar o casal à admiração, à ação de graças e à petição de graças a Deus para ser fieis a este compromisso que assumem.

    Em quarto lugar, deve incutir no casal coragem e confiança sobre as suas expectativas de uma vida em comum.

    Finalmente, ajuda muito na homilia usar alguma imagem que explique plasticamente a importância do casamento e fique gravada para sempre na mente e no coração dos novos esposos e nos que assistiram à cerimónia litúrgica.

    Um exemplo ....

    Deu certo para mim na paróquia Betânia de Buenos Aires a imagem do vinho novo que Cristo lhes oferece nesse dia do casamento, quando comentava as bodas de Caná (cf. Jo 2, 1-12), vinho que ambos devem cuidar para que não se torne vinagre com a infidelidade, vinho que devem compartilhar com os seus filhos e familiares, vinho que não devem transformar em água com a rotina; ou a imagem do edifício onde hoje começam colocando o primeiro tijolo, se a passagem comentada é a de "construir sobre a rocha" ( cf. Mateus 7, 24-27), ver quais fundamentos devem colocar, quais colunas, que tipo de parabólica para vigiar a casa; ou a imagem da barca, na qual Cristo tem um remo, não para bater, mas para remar; sem esquecer a bússula, as redes, as velas, tomando cuidado com os possíveis piratas que querem destruir essa barca matrimonial.

    O artigo anterior pode ser lido clicando aqui

    Caso você queira se comunicar diretamente com o Pe. Antonio Rivero escreva para arivero@legionaries.org e envie as suas dúvidas e comentários.

    Tradução Thácio Siqueira


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    Igreja e Religião
    Fraternidade: fundamento e caminho para a paz 
    Este é o tema da 47ª Jornada Mundial da Paz, escolhido pelo papa Francisco

    Por Redacao


    ROMA, 31 de Julho de 2013 (Zenit.org) - A Jornada Mundial da Paz foi criada pelo papa Paulo VI e é comemorada todo primeiro dia de cada ano. A mensagem é enviada às Igrejas locais em todo o mundo, para ressaltar o valor essencial da paz e a necessidade de se trabalhar incansavelmente para consegui-la.

    "O papa Francisco escolheu a fraternidade como tema da sua primeira mensagem para a Jornada Mundial da Paz", comunica a Sala de Imprensa da Santa Sé. "Desde o início do seu ministério como bispo de Roma, o papa sublinhou a importância de superar a 'cultura do descarte' e promover a 'cultura do encontro', para caminhar em direção a uma sociedade mais justa e pacífica".

    "A fraternidade", continua o comunicado da Santa Sé, "é um dom que cada homem e mulher traz consigo como ser humano, filho do mesmo Pai. Diante dos muitos dramas que atingem a família das nações, como a pobreza, a fome, o subdesenvolvimento, os conflitos, a migração, a poluição, a desigualdade, a injustiça, o crime organizado, os fundamentalismos, temos na fraternidade a base e o caminho para a paz".

    "A cultura do bem-estar leva à perda do senso de responsabilidade e de relacionamento fraterno. Os outros, em vez de nossos semelhantes, são vistos como antagonistas ou inimigos, muitas vezes 'coisificados'. Não é incomum que os pobres e necessitados sejam considerados como um 'fardo', um impedimento para o desenvolvimento. No máximo, são objeto de ajuda assistencialista. Não são vistos como irmãos, chamados a compartilhar os dons da criação, os bens do progresso e da cultura, a participar da mesma mesa da vida em plenitude, a ser protagonistas do desenvolvimento integral e inclusivo".

    "A fraternidade, dom e compromisso que vem de Deus Pai, pede compromisso com a solidariedade contra a desigualdade e a pobreza, que enfraquecem a vida social; pede cuidados para com toda pessoa, especialmente as mais indefesas, e pede amá-las como a si próprio, com o coração de Jesus Cristo".

    "Num mundo que constantemente cresce em interdependência, não pode faltar o bem da fraternidade, que vence aquela globalização da indiferença, mencionada tantas vezes pelo papa Francisco. A globalização da indiferença deve dar lugar a uma globalização da fraternidade".

    "A fraternidade deve marcar todos os aspectos da vida, incluindo a economia, as finanças, a sociedade civil, a política, a pesquisa, o desenvolvimento, as instituições públicas e culturais".

    "O papa Francisco, no início do seu ministério, com uma mensagem em continuidade com a dos seus antecessores, oferece a todos o caminho da fraternidade, para dar uma face mais humana ao mundo", finaliza o comunicado de imprensa da Santa Sé.


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    Neocatecumenal: 5.000 jovens para a vida consagrada 
    Encontro vocacional Internacional depois da Jornada Mundial da Juventude desperta vocações


    RIO DE JANEIRO, 31 de Julho de 2013 (Zenit.org) - Cerca de 50.000 jovens de todo o mundo participaram nesta segunda-feira no Rio de Janeiro do tradicional Encontro vocacional organizado pelo Caminho Neocatecumenal. É normal que essa realidade eclesial faça este tipo de evento depois do Jornada Mundial da Juventude, para bem recolher alguns dos seus frutos.

    O encontro foi presidido pelo arcebispo do Rio, Orani Tempesta e cinco cardeais: o arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, da Cracóvia, Stanislaw Dziwisz, de Boston, Sean O'Malley, de Sydney, George Pell e de São Paulo, Odilo Scherer. Também contou com a presença de 75 bispos e arcebispos e muitos catequistas itinerantes.

    O Centro de Convenções Riocentro foi o local escolhido para a realização do grande evento, organizado pelos iniciadores e responsáveis a nível mundial do Caminho Neocatecumenal: Kiko Argüello, Carmen Hernández e o sacerdote Mario Pezzi. Os mais numerosos eram os peregrinos do Brasil, EUA, Itália e Espanha.

    Depois de introduzir os cardeais e outros prelados, Argüello continuou com o anúncio do kerigma e acabou com o chamado vocacional para enviar padres missionários para a Ásia. À chamada responderam 3000 rapazes para ingressar no seminário e 2000 moças para a vida consagrada. Eles vão começar agora em seus respectivos países um processo para discernir se essa é a vocação para a qual Deus os chama.


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    Ao retornar a Roma, o papa foi agradecer a Maria 
    Assim que aterrissou Francisco enviou um tuíte para o mundo


    ROMA, 30 de Julho de 2013 (Zenit.org) - "Voltei para casa e lhes garanto que a minha alegria é maior do que o meu cansaço", anunciou o papa Francisco no Twitter logo após a chegada ao aeroporto romano de Ciampino, nesta segunda-feira de manhã, proveniente do sucesso retumbante da JMJ 2013 no Rio de Janeiro. 

    Uma intensa semana dedicada aos jovens do mundo todo, que abraçaram o Santo Padre e receberam a sua bênção, seus sorrisos, suas orações, sua esperança e seu encorajamento de Pastor da Igreja a serem felizes e fervorosos discípulos e missionários de Cristo.

    O Santo Padre desceu sorrindo do avião que aterrissou às 11h25 da manhã, hora de Roma, e prosseguiu de carro até o Vaticano, passando antes pela basílica papal de Santa Maria Maior para realizar um ato de ação de graças diante da imagem da Mãe de Deus, Maria Salus Populi Romani.

    Da Rádio Vaticano:

    Dom Carlos Aguiar: "A mudança de época exige a revisão das atitudes, estruturas e atividades pastorais"Palavras do presidente do CELAM durante encontro do papa com os bispos latino-americanosReproduzimos para os nossos leitores o discurso de boas-vindas ao santo padre Francisco, pronunciado por dom Carlos Aguiar Retes, arcebispo de Tlalnepantla e presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), durante o encontro com os bispos responsáveis, reunidos no último domingo no Rio de Janeiro para a Reunião Geral de Coordenação desse organismo colegiado.

    *******

    Santo Padre:

    Comentamos entre nós, bispos, e com o nosso povo fiel, que o Espírito do Senhor Jesus foi grande para com a Igreja! Ele se manifestou com clareza na decisão do papa Bento XVI de renunciar ao ministério como Sucessor de Pedro, procurando o maior bem da Igreja; e se confirmou também no dia 13 de março, com a eleição de sua pessoa como bispo de Roma. Deste modo, fica evidenciado que o Espírito Santo continua assistindo e acompanhando a Igreja.

    O entusiasmo e a entrega manifestada pelo povo de Deus, demonstrando alegria e confiança em sua pessoa, Santo Padre, me fazem considerar que foi desencadeado um forte dinamismo do Espírito Santo, ao qual nós, os pastores, devemos corresponder dando o melhor de cada um para renovar a Igreja e colocá-la no caminho adequado para o cumprimento da sua missão de testemunhar no mundo de hoje o amor misericordioso de Deus Pai, revelado em Jesus Cristo, Nosso Redentor. Rogamos para que Deus, nosso Pai, continue a abençoá-lo, que o Senhor Jesus o continue acompanhando e o Espírito Santo o continue conduzindo de acordo com o modelo da Virgem Maria e de São José, seu esposo, para o bem de toda a Igreja.

    As conferências episcopais às quais servimos como CELAM têm o seu próprio caminhar e estão tentando viver a colegialidade episcopal e a comunhão eclesial. Entretanto, são muitos e complexos os nossos desafios, porque, talvez, não tenhamos assumido um ritmo pastoral mais conforme com as necessidades da sociedade, para oferecer as respostas espirituais às angústias e aos problemas que a nossa gente vive, especialmente para recordar a eles e para orientá-los a viver na confiança da Providência Divina e a descobrirem na Palavra de Deus a luz orientadora, restauradora e consoladora que nos permite assumir a nossa própria cruz com alegria e esperança.

    Eu me atrevo a afirmar que nós, que estamos hoje aqui reunidos, estamos convencidos e comprometidos com a aplicação dos nossos melhores esforços a fim de fazer do Documento de Aparecida uma realidade pastoral, começando pelas nossas próprias Igrejas particulares, mas é necessário estendermos esta convicção e compromisso aos nossos outros irmãos bispos do continente e do Caribe. 

    Estamos num momento crucial. Os desafios da mudança de época que vivemos exigem a revisão das atitudes, das estruturas e das atividades pastorais, em fidelidade a Cristo e ao homem contemporâneo. Para isso, temos que discernir os sinais dos tempos, escutando o que o Espírito Santo diz às Igrejas.

    No último dia 25 de abril, nós, membros do Conselho da Presidência do CELAM, tivemos a grata experiência de nos reunir com Sua Santidade em audiência privada. Fomos ao seu encontro com grande emoção, levando conosco, preparados, os vários temas que considerávamos importante lhe apresentar. Foi o que fizemos, e quando lhe comentamos que tínhamos decidido, em julho de 2012, transferir de sede a Reunião Geral Anual de Coordenação do CELAM, que habitualmente fazemos em Bogotá, para realizá-la aqui no Rio de Janeiro, Sua Santidade nos fez a gratíssima surpresa de afirmar que queria estar presente para nos encorajar em nosso trabalho e nos cumprimentar pessoalmente.

    Agora, estamos aqui com grande emoção e esperança. O Evangelho de São Lucas nos recorda que Jesus rogou especialmente por Pedro, para que a sua fé não se apagasse e ele pudesse confirmar os seus irmãos.

    Santo Padre Francisco, agora "Tu és Pedro": confirme-nos na fé, para que ela cresça e ilumine o nosso presente e chegue a se tornar a estrela-guia no horizonte do nosso caminho, num tempo em que o homem tem especial necessidade de luz. Oriente-nos a cumprir, conforme a Vontade de Deus Pai, a nossa missão de Sucessores dos Apóstolos, para a qual fomos chamados a fim de servir à Igreja, anunciando e testemunhando o Reino de Deus no mundo de hoje.

    Santo Padre, muito obrigado por este encontro, que é graça e bênção para a Igreja que peregrina na América Latina e no Caribe, sob o manto maternal de Maria de Guadalupe, Rainha da América.

    Com a mente e o coração aberto, esperamos a sua palavra e a sua bênção!


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    Leonardo Boff refaz suas contas com a história (e erra) 
    O magistério de Bergoglio não reabilita a Teologia da Libertação: ele é muito mais revolucionário

    Por Alfonso M. Bruno


    RIO DE JANEIRO, 29 de Julho de 2013 (Zenit.org) - O ex-frade franciscano Leonardo Boff, depois de pendurar a batina por causa da condenação das suas teorias pela Congregação da Doutrina da Fé (evidentemente, a regra do centralismo é aceita nos partidos comunistas, mas não na Igreja...), reencontra a honra das manchetes europeias em entrevista concedida a Andrea Tornielli para o jornal La Stampa, de Turim, em 25 de julho.

    O ex-religioso brasileiro retorna do esquecimento em que tinha caído depois que saíram de moda tanto a atração pelos pensamentos exóticos de matriz terceiro-mundista quanto a vigência da ortodoxia marxista-leninista, que, após a queda do muro de Berlim, sobrevive apenas na serra tropical de Cuba.

    Leonardo Boff retorna fazendo elogios a ninguém menos que o papa. É uma alegria vê-lo reconciliado com a Igreja, mas parece pouco honesta, do ponto de vista intelectual, a sua tentativa desajeitada de contrabandear alguns aspectos do magistério de Bergoglio para as vizinhanças da teologia da libertação.

    O erro do ex-frade, que, dada a sua formação acadêmica, dificilmente foi cometido com boa fé, pressupõe a remoção de um elemento central do ensinamento do papa, que consiste no constante apelo à responsabilidade ética individual de cada pessoa. Isto não significa, é claro, negar a existência e a gravidade do pecado social, que o bispo de Roma está fustigando com grande vigor (embora, para sermos honestos, nenhum dos seus antecessores tenha jamais deixado de fazê-lo também).

    A linha divisória entre Boff e Bergoglio é a pretensão, compartilhada por todos os "teólogos da libertação", de considerar irrelevante o pecado individual, justificando-o com a injustiça das condições históricas em que ele foi cometido.

    O atual papa se posiciona em uma perspectiva exatamente oposta: ao convidar os jovens a se rebelarem contra a injustiça, ele o faz a partir de um exame da consciência de cada indivíduo.

    O pecado social, portanto, se qualifica como o resultado de inúmeras culpas individuais, nas quais incorre qualquer um que se recusa a assumir as suas responsabilidades para com a sociedade humana.

    De acordo com Boff e com os seus colegas, deve-se, em vez disto, prosseguir na direção oposta: a teologia moral se limitaria à análise das condições sociais que, na opinião deles, coagem sempre e necessariamente as escolhas pessoais.

    Se por um lado eles podem não aceitar o marxismo na sua pretensão de reduzir toda a realidade à dimensão material, eles acabam, por outro lado, aderindo às suas consequências, ao acreditarem que o bem consiste na mudança revolucionária da estrutura econômica e o mal na sua preservação. Seria moralmente correto, desta forma, somente o compromisso revolucionário de cada um, independentemente do seu comportamento individual: acaba-se caindo, assim, num maquiavelismo barato.

    A negação da esfera espiritual, uma negação que é própria do marxismo, determina sempre a abolição de toda distinção moral.

    Diante disto, as religiões, todas as religiões, acomunadas no desprezo pelo chamado "ópio do povo", concordaram em restabelecer a verdade, reconduzindo para dentro do homem o conflito em que a humanidade se debate; ou seja, reconduzindo-o para a sua consciência.

    Com esta base, e não com base na cansada repetição das fórmulas marxistas que Leonardo Boff e Fidel Castro ainda intercambiam nos seus diálogos senis, é que podemos realizar a revolução que o mundo oprimido pela injustiça está esperando.

    Bergoglio convidou os jovens de todo o mundo, no Rio de Janeiro, a se revoltarem contra a injustiça: este apelo, sem tirar nada do seu significado espiritual, produzirá certamente o retorno ao compromisso de uma geração que parecia irremediavelmente afastada dele.

    Em apenas um ponto Boff tem razão: quando diz que a devoção popular a que o papa se vincula não é "pietismo", mas "preserva a identidade do povo" contra a homologação forçada a que somos condenados pela especulação.

    Esta, juntamente com a mobilização das consciências, constitui o outro recurso de quem não aceita a injustiça do atual status quo: a libertação dos povos passa pela plena reapropriação da sua identidade; quem não se reconhece numa comunidade não pode exercitar a auto-determinação.

    Mesmo aqui, no entanto, não se pode esquecer que o marxismo foi uma tentativa de homologação forçada, que se manifestou também, mas não apenas, na perseguição antirreligiosa.

    As palavras de Boff ainda representam a evidência do poder de convencimento próprio do magistério de Bergoglio: longa vida, pois, ao bispo de Roma!


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    Liturgia e Vida Cristã
    Sacerdotes não celebrantes que leem o evangelho na missa 
    A principal leitura da missa deve ser confiada sempre a um diácono ou sacerdote que faça parte da assembleia litúrgica

    Por Pe. Edward McNamara, L.C.


    ROMA, 02 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - O pe. Edward McNamara, professor de teologia e diretor espiritual, responde nesta semana a uma pergunta de um leitor do Canadá:

    "Sei que, na ausência de um diácono, um padre concelebrante pode ler o evangelho na missa. Neste caso, antes de ler o evangelho, ele não precisa pedir a bênção do celebrante principal, a menos que este seja um bispo. A minha pergunta é: um padre pode ler o evangelho, antes de dar a homilia, quando ele não é concelebrante? Pergunto isto porque na minha diocese é muito comum, nas paróquias, que um único sacerdote faça a homilia em todas as missas celebradas num mesmo domingo, incluindo as missas em que ele não é o celebrante principal e nem sequer é concelebrante. Se é permitido a um padre não concelebrante ler o evangelho antes de dar a homilia, ele tem que pedir a bênção do celebrante principal antes da leitura do evangelho?" - K.D., Toronto (Canadá)

    ***

    Existem poucas regras que respondem a esta pergunta. Algumas indicações relevantes estão na Instrução Geral do Missal Romano, também chamada de Ordenamento Geral do Missal Romano (OGMR). Em primeiro lugar, a respeito do leitor do evangelho, o n° 59 nos diz:

    59. Segundo a tradição, a função de proferir as leituras não é presidencial, mas sim ministerial. Por isso, as leituras são proclamadas por um leitor, mas o evangelho é anunciado pelo diácono ou por outro sacerdote. Se, porém, não estiver presente o diácono nem outro sacerdote, leia o evangelho o próprio sacerdote celebrante; e se também faltar outro leitor idôneo, o sacerdote celebrante proclame igualmente as outras leituras. Depois de cada leitura, aquele que a lê profere a aclamação; ao responder-lhe, o povo reunido presta homenagem à palavra de Deus, recebida com fé e espírito agradecido.

    Isto acontece, é claro, na tradição latina. Em algumas Igrejas orientais, a leitura do evangelho é reservada ao celebrante principal, como representante da voz de Cristo.

    Já no que diz respeito à homilia, o OGMR diz, no nº 66:

    66. Habitualmente, a homilia deve ser feita pelo sacerdote celebrante ou por um sacerdote concelebrante, por ele encarregado, ou, algumas vezes, se for oportuno, também por um diácono, mas nunca por um leigo. Em casos especiais e por justa causa, a homilia também pode ser feita por um bispo ou presbítero que se encontre na celebração, mas sem poder concelebrar (...).

    O nº 59 não especifica se o "outro sacerdote" que lê o evangelho é um concelebrante, mas é de se supor que, normalmente, este seja o caso. Ler o evangelho, de fato, é um ministério dentro da celebração, e, logicamente, a pessoa que exerce esse ministério deve ser um membro integrante da assembleia, participante de toda a celebração, devendo também receber a comunhão para realizar plenamente a sua participação.

    Um sacerdote que prega em várias missas, como, por exemplo, no caso de uma necessidade missionária, normalmente não tem como celebrar ou concelebrar em todas elas. Não tem sequer como participar plenamente de todas como membro da assembleia, já que as regras que impedem mais de duas comunhões por dia também se aplicam ao sacerdote não celebrante.

    Por esta razão, a fim de respeitar a integridade da participação litúrgica, eu sou da opinião de que o pregador não deveria ler o evangelho.

    Da mesma forma, quando "em casos particulares e por justa causa" um ministro que não seja o celebrante fizer a homilia em todas as missas, é provável que ele não participe inteiramente de cada celebração. Mais uma vez, não sendo membro pleno daquela particular assembleia, ele não deveria ler o evangelho.

    Nos casos referidos acima, o pregador deveria se aproximar do púlpito após a proclamação do evangelho. Normalmente, ele deve vestir a alva e a estola, ou sobrepeliz e estola.

    De resto, é de se discutir se esta é uma prática "muito comum". Ela é aceitável em algumas ocasiões, mas fazê-lo regularmente não está de acordo com o espírito da liturgia.

    ***

    Os leitores podem enviar perguntas para liturgia.zenit@zenit.org. Pedimos mencionar a palavra "Liturgia" no campo assunto. O texto deve incluir as iniciais do nome, a cidade, o estado e o país de quem envia a pergunta. O pe. McNamara só poderá responder a uma pequena parte das muitas perguntas que recebemos.


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    Jornada Mundial da Juventude Rio 2013
    Papa Francisco: "Arrisquem-se! Não tenham medo de arriscar-se. Se vocês não se arriscarem, já estarão errados" 
    Dom Alberto Taveira Correa, arcebispo de Belém do Pará narra o seu encontro com o Papa Francisco durante a JMJ e reflete sobre os seus frutos

    Por Dom Alberto Taveira Corrêa


    BELéM DO PARá, 01 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - Vivemos na Igreja um tempo especial da graça de Deus, a ser guardado "de cor", quer dizer, no coração! Foram dois anos de missão popular, com a qual dois sinais, a Cruz da Jornada Mundial da Juventude e o Ícone de Nossa Senhora, percorreram todos os recantos do Brasil. Foi dito e cantado, repetido e acolhido no coração o "Bote Fé", que repercutiu magnificamente, conduzindo jovens e adultos a uma resposta mais decidida ao Senhor, que chama a todos. Ouvimos, cantado em muitos tons, "no peito eu levo uma Cruz, em meu coração o que disse Jesus".

    Deus ofereceu à Igreja uma nova estação de evangelização, preparada por Bento XVI, que ajudou-nos a ter claras as razões da Fé. E desde o dia treze de março de 2013, os cristãos católicos saem em campo aberto, protagonistas da nova Evangelização, jogando "na linha de frente", "atletas de Cristo", conduzidos pelo Santo Padre o Papa Francisco. Buscamos a todos, pois o limite são os confins da terra, nada menos do que todos, já que têm direito de acolher a Boa Nova de Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida!

    E o próprio Papa veio ao Brasil, e do Brasil foi ao mundo, passando pelo campo da fé que era o coração de todos os participantes da "Jornada Mundial da Juventude", fazendo que o Rio de Janeiro se transformasse num espaço do envio sempre renovado ao anúncio do nome de Jesus Cristo. Rostos emocionados, jovens de todas as idades, livres e soltos, abertos para a vida e para o futuro, foram à praia que Jesus tinha indicado. Quando o viram presente no meio deles, presente no próximo, na multidão reunida e, mais do que tudo, no Sacramento Eucarístico, prostraram-se em adoração, mesmo que alguns tivessem dúvida! Mais uma vez, Jesus se aproximou deles e disse outra vez: "Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado" (Cf. Mt 18, 16-20).

    Entre os participantes da Jornada Mundial da Juventude estavam muitos Bispos. Os Bispos de Belém estiveram lá, com mais de quatro mil representantes da Arquidiocese de Belém. Estávamos unidos a outros Bispos de nossa Região, e tivemos a grata alegria de ouvir o Papa que, ao dirigir-se ao Episcopado brasileiro, indicou a Amazônia como uma prioridade para a ação pastoral da Igreja. Cada um dos Bispos se aproximou para saudar o Papa e experimentei a grande alegria de uma palavra que é estímulo missionário para a Igreja de Belém. Quando me apresentei como Arcebispo de Belém, ouvi sua palavra, olhando bem em meus olhos e segurando-me pelos ombros: "Arrisquem-se! Não tenham medo de arriscar-se. Se vocês não se arriscarem, já estarão errados". Acolhi sua palavra em nome de toda a nossa Arquidiocese e partilhei logo com os Bispos de nossa Província Eclesiástica e Regional Norte II da CNBB.

    Na Vigília celebrada na Praia de Copacabana, pareceu-me entender que o primeiro risco estava na palavra forte: "começar por mim", com a coragem de descortinar novos campos para evangelização e chegar às periferias geográficas e existenciais, de modo especial a humanidade chagada que clama por aquele que é a única esperança, Jesus Cristo.

    Risco é aceitar ser diferente para melhor, na estrada da santidade, sem nivelar nossa vida por baixo! Risco é anunciar a verdade, primeiro a cada um de nós e depois testemunhá-la na coerência do testemunho. Risco é dizer à juventude que vale a pena seguir o Evangelho e que o consumismo, o relativismo e o indiferentismo não conduzem à realização. Risco é anunciar aos que caem que Deus é misericordioso e espalhar o perdão por toda parte.

    O risco se amplia, para não errarmos, indo às pessoas que se afastadas da Igreja ou assim se sentem. Queremos arriscar, sim, abrindo frentes de presença da Igreja, através das novas Paróquias e não fiquem espaços sem o anúncio do Evangelho, assim como a acolhida a todas as novas e eficazes formas de evangelização, suscitadas pelo Espírito Santo. Risco é a formação de Comunidades vivas, que darão muito trabalho aos atuais agentes de pastoral e todas as pessoas que se sentem chamadas a olharem ao seu redor, a fim de que ninguém passe em vão ao nosso lado. Arriscar-se é não ter medo do diálogo com quem é diferente e edificar pontes com todos.

    Risco é assumir de verdade a organização da caridade, ouvindo e respondendo ao grito dos mais pobres. O horizonte de nossos riscos se amplia quando olhamos do outro lado de nossos rios, onde há uma população insular e de ribeirinhos, parte integrante da família dos filhos de Deus. A estes irmãos e irmãs chegue nossa presença!

    Ao entregar ao Papa uma Imagem de Nossa Senhora de Nazaré, havia o desejo de responder, junto com a Virgem Maria, o sim corajoso! Não temos o direito de acomodar-nos! Se não nos arriscarmos, já estaremos errados! Para garantir o caminho a ser percorrido, temos uma certeza, vinda de Jesus: "Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos" (Mt 28,20).


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    "Assisti a 39 Reveillons en Copacabana e nunca vi algo parecido" 
    Testemunho de José Maria Franco, garçom do restaurante Meia Pataca na Avenida Atlântica, Copacabana, Rio de Janeiro

    Por Thácio Lincon Soares de Siqueira


    BRASíLIA, 01 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - A Jornada Mundial da Juventude deixou uma marca indelével na cidade do Rio de Janeiro. Muitos testemunhos ainda estão sendo recolhidos por vários jornalistas nas mais variadas mídias católicas e laicas. Já se respira aquele ar de saudade que nos deixou o Santo Padre e tantos jovens de bem que invadiram as estruturas, as casas, os mercados, as praias, as Igrejas, todos os cantos do Rio de Janeiro.

    José Maria Franco, mais conhecido como Zé Maria, trabalha há exatamente 40 anos no restaurante Meia Pataca, localizado na Avenida Atlântica em Copacabana. "No dia 1 de fevereiro passado fez 40 anos de trabalho aqui. Só trabalhei de garçom aqui no Rio de Janeiro", disse em entrevista a ZENIT.

    Publicamos a seguir o testemunho-entrevista que o garçom mais antigo de Copacabana deu à ZENIT durante a Jornada Mundial da Juventude.

    ***

    Sou José Maria Franco, garçom do restaurante Meia Pataca há 40 anos, exatos 40 anos. Nesse tempo já assisti 39 Reveillons e nunca vi tanta gente na Avenida Atlântica com esse intuito de se divertir, conhecer pessoas diferentes, brincar, cantar em louvor a Deus.

    Ultimamente no Rio nós tivemos muitas passeatas, manifestações, que terminaram em pancadaria, vandalismo e destruição... e nada parecido com o que está acontecendo hoje no Rio de Janeiro. Três dias seguidos – a chuva atrapalhou um pouco mas o sol já voltou – três dias seguidos com um evento maravilhoso.

    Eu me emociono toda vez que vejo essa multidão passando, de todos os países, de todas as línguas, mas todos irmanados no intuito de louvar a Deus e no que é importante, de fazer amigos, conhecer pessoas, como disse o Papa, dividir alguma coisa com alguém. E é o que eu tô vendo hoje.

    Ontem, eu estava na Avenida Atlântica e tinha dois casais do Canadá perdidos e me perguntaram se eu falava inglês e eu disse: "Yes, I do" e me perguntaram se eu lhes podia levar até onde estavam hospedados, e era um pouco distante daqui. E eu os levei em casa. Eles estavam num bairro chamado Bairro Peixoto. Falavam mais Francês do que Inglês, o inglês deles se assemelhava ao meu, que não é muito bom, mas falei. Fui levá-los em casa e no final eles queriam me pagar, recompensar, e eu disse: 'não. Somos todos irmãos'. E nós trocamos email, Facebook, que todo mundo tem hoje, e nos fotografamos e já ficamos amigos e eles vêm me visitar amanhã aqui porque vão embora no outro dia. Muito bom, muito bom. Realmente algo inédito.

    E toda vez que eu vejo o Papa passar, passa pertinho de nós, quando eu o vejo na televisão, eu me emociono. Não sei se é a idade que nos faz isso, mas há algo que me toca e toda vez que eu o vejo eu choro. Não tem como não chorar.

    O depoimento de um jovem, ex-viciado, sem pai e sem mãe tocou a todos e daí no final o Papa foi dar-lhe um abraço, com essa proximidade, essa espontaneidade do Santo Padre com o Povo, algo já visto no Rio de Janeiro e também no mundo.

    Com esse caráter Franciscano, o Papa se despiu de todas essas vaidades que nossos políticos tem, e ele, como representante do povo, não tem nada disso. Ele não exigiu isso, não exigiu aquilo, sai do seu carro, que é um carro aberto.

    Por exemplo, eu vi um gesto do Santo Padre aqui na Avenida Atlântica, eu tava pertinho, uma pessoa ofereceu um solideu a ele. O Papa bateu no ombro do motorista, o motorista parou e ele pediu ao segurança que fosse até ele, e trouxe o solideu da pessoa que estava dando para ele, trocou o solideu, pôs na cabeça o solideu que tinha recebido e deu o seu para o rapaz que estava lá. Eu me emocionei com aquele gesto.

    Sempre sorrindo. Se vê que é uma pessoa que não é tão jovem, quase 80 anos, mas a vitalidade, a alegria, o sorriso constante, nada forçado, querendo abraçar a todos. Num dos discursos que ele fez eu gostaria de destacar o seguinte: "eu gostaria de entrar na casa de todos vocês para tomar um cafezinho, abraçar a cada um de vocês", é muito bonito isso.

    Que Deus o proteja, que Deus dê uma longa vida à ele. E vai mudar alguma coisa, como tá mudando. Principalmente aqui no nosso país, onde os políticos estão corrompidos...

    O Papa é o único homem público hoje no país que pode andar na rua sem ser atacado. Em qualquer rua que ele sair no Brasil vai ser ovacionado. Se qualquer político nosso, qualquer um, do presidente da República aos deputados, saírem à rua hoje, governador do Estado, eu não sei o que vai acontecer com eles. O único, o único que pode sair sem medo é o Papa. Não só sair, mas o Papa vai ser aplaudido, beijado, acariciado e protegido por essa população.


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    "O melhor meio para evangelizar os jovens são outros jovens" 
    O papa Francisco encerra a viagem apostólica ao Brasil e a saudade dá lugar à esperança de um futuro melhor a partir do que foi semeado em terra boa: a vida dos jovens.

    Por Alfonso M. Bruno


    RIO DE JANEIRO, 29 de Julho de 2013 (Zenit.org) - Um jovem de "76 anos" conseguiu reunir numa praia três milhões e meio de jovens.

    Ele conseguiu com suas palavras, mas, sobretudo, com as suas mostras de humanidade e de espiritualidade.

    O papa Francisco se viu acompanhado por um frio incomum e por chuva em todos os cantos do Rio de Janeiro, mas, como bem disse o bispo da cidade no discurso de despedida, era uma chuva criadora, que ajuda os brotos a germinar e a terra a ser mais fecunda.

    A volta do sol, da luz e do calor, no fim de semana, foi quase uma imagem daquele crescendo de respostas interiores, que os jovens foram encontrando na oração, nas catequeses, na proximidade dos sacramentos.

    É este o fruto da Jornada Mundial da Juventude, é este o significado do saldo altamente positivo que o porta-voz da Santa Sé, pe. Federico Lombardi, ressaltou na última conferência de imprensa.

    Em entrevista ao repórter Gerson Camarotti, veiculada no programa Fantástico, da TV Globo, a primeira entrevista do seu pontificado, o papa Francisco respondeu à pergunta sobre o porquê do declínio dos católicos no Brasil e do crescimento dos evangélicos.

    Ele disse que a Igreja é como uma mãe que não pode se comunicar somente através de documentos escritos. A proximidade é necessária. É necessário abraçar, beijar, tocar, ficar perto do filho e da filha.

    É isto o que o papa Francisco tem feito desde a sua chegada ao pontificado.

    É por esta razão que, na manhã de domingo, um jovem exibiu em Copacabana um cartaz em que estava escrito: "Papa Francisco, sou evangélico, mas eu amo você".

    Os jovens são utópicos e isso é bom. A utopia é respirar e olhar para frente. É este o sentido de nadar contra a corrente, expressão que o papa mencionou diversas vezes.

    Ir em frente sem medo, para servir, é a ação, a qualidade e o propósito daqueles que são chamados por Cristo a fazer discípulos além de toda fronteira da segurança humana e geográfica.

    As Jornadas Mundiais da Juventude são um belo evento, mas não são suficientes se, ao voltar para casa, não se é evangelizador, cristão vivo, capaz de transmitir a fé aos outros.

    O evangelho é para todos e não para alguns. Ele não é apenas para aqueles que parecem mais próximos, mais receptivos, mais acolhedores. É para todos. Foi o que disse o papa Francisco.

    "O melhor meio para evangelizar os jovens são outros jovens": é por isso que, durante a homilia, ele também mencionou o glorioso José Anchieta, o beato jesuíta espanhol enviado em missão ao Brasil quando tinha só 19 anos de idade.

    Quando se está com o Senhor, não se pode ter medo; no seguimento do Senhor, não pode haver reservas. Servir, afinal, é a condição própria de quem segue a Cristo, que veio a nós não para ser servido, mas para servir.

    O jovem, se amado, escutado, guiado, contagia de juventude.

    No final da viagem apostólica ao Brasil, fará falta nas ruas do Rio de Janeiro aquele homem vestido de branco, lembrado com saudade, como disse dom Orani Tempesta.

    O papa Francisco, que não escondeu as suas saudades precoces do Rio, será gratificado pela resposta dos jovens que, como resultado principal da Jornada Mundial da Juventude, farão do Campus Fidei de Guaratiba um novo bairro para os pobres, construído com os recursos voluntários dos próprios jovens em favor de outros jovens, como família que são; jovens sem terra, sem casa.

    A próxima Jornada Mundial da Juventude estará de volta à Europa, na cidade polonesa de Cracóvia. Talvez lá também, graças aos peregrinos da Argentina, Francisco possa tomar de novo o seu chimarrão.

    Essa bebida nacional argentina, que também é típica do sul do Brasil, além de ter propriedades medicinais, é um ritual de acolhida, de partilha, de fraternidade: é o que papa Francisco recebeu; é o papa Francisco trouxe à cidade maravilhosa, graças a uma juventude que sabe maravilhar.


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    Números da JMJ Rio 2013 superaram as expectativas 
    COL divulga os resultados alcançados pela Jornada Mundial da Juventude no Rio

    Por Redacao


    RIO DE JANEIRO, 30 de Julho de 2013 (Zenit.org) - Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta terça feira, 30 de julho, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta e presidente do Comitê Organizador Local da JMJ Rio 2013 avaliou o evento e apresentou os resultados que "superaram as expectativas".

    Conforme notícia publicada no site oficial da JMJ Rio 2013 os números são:

    O público presente na Missa de Envio chegou a 3,7 milhões de pessoas, seis vezes maior que o número de presentes ao primeiro Ato Central, a Missa de Abertura (600 mil). O impacto econômico foi expressivo. Os visitantes desembolsaram R$ 1,8 bilhões, segundo números do Ministério do Turismo. Os dados foram divulgados em coletiva à imprensa nesta terça-feira, 30.

    No total, mais de 3,5 milhões de pessoas participaram da JMJ Rio2013, que contou com eventos em Copacabana, Quinta da Boa Vista, Rio Centro e em diversas paróquias da cidade. A cerimônia de acolhida do Santo Padre, na quinta-feira, 25, reuniu 1,2 milhões de pessoas em Copacabana, enquanto a Via-Sacra chegou a 2 milhões na sexta-feira, 26. Na vigília, cerca de 3,5 milhões de jovens estiveram na praia de Copacabana.

    Foram 427 mil inscrições, de 175 países. Peregrinos inscritos com hospedagens alcançaram 356.400, enquanto o número de vagas disponibilizadas para hospedagem em casas de família e instituições chegaram a 356,4 mil.

    Perfil dos inscritos

    A JMJ Rio2013 contou com uma presença massiva de latinos. Os países com o maior número de inscritos foram, respectivamente, Brasil, Argentina, Estados Unidos, Chile, Itália, Venezuela, França, Paraguai, Peru e México. Do total dos inscritos internacionais, 72,7% estiveram no Brasil pela primeira vez e 86,9% nunca haviam participado da JMJ Rio2013.

    Foram mais de 70 mil downloads no site oficial da JMJ Rio2013 e mais de 200 mil acessos. O facebook recebeu mais de 1,1 milhão de curtidas e o flickr superou 10 mil downloads.

    Entre os peregrinos inscritos, 55% são do sexo feminino; 60% do público tem entre 19 e 34 anos. Foram 644 Bispos inscritos, dos quais 28 são Cardeais. Além disso, foram 7814 sacerdotes inscritos e 632 diáconos. Para cobrir a JMJ Rio2013 em 57 países, foram credenciados 6,4 mil jornalistas.

    O evento também contou com 264 locais de catequese, em 25 idiomas. Foram 60 mil voluntários, mais de 800 artistas participantes dos Atos Centrais. Um total de 100 confessionários foram expostos na Feira Vocacional e no Largo da Carioca e 4 milhões de hóstias produzidas, 800 mil para Missa de Envio.

    A geração de lixo foi inferior a outros eventos que acontecem em Copacabana, como o Réveillon. A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) removeu 345 toneladas de resíduos orgânicos e 45 toneladas de materiais recicláveis, durante a JMJ Rio2013. O número representa cerca de 10% a menos do registrado na noite do último Ano Novo. 


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    Primeiras reações na Polônia após o anúncio de Francisco 
    Papa convidou os jovens para a JMJ de 2016 em Cracóvia

    Por Don Mariusz Frukacz


    CRACóVIA, 29 de Julho de 2013 (Zenit.org) - Cracóvia será a capital da Jornada Mundial da Juventude de 2016. O papa Francisco fez o anúncio antes da oração do ângelus deste domingo, rezado com os jovens na missa de encerramento da JMJ do Rio de Janeiro.

    Depois da JMJ de 1991, que foi realizada em Częstochowa, o país de Karol Wojtyła acolherá pela segunda vez os jovens do mundo inteiro para um novo encontro com o Santo Padre. A notícia foi recebida com entusiasmo, especialmente pelos jovens poloneses congregados na praia de Copacabana.

    "Cracóvia e a Polônia têm o prazer de se tornar mais uma vez a cidade e o país dos jovens. Estamos encantados com o anúncio do santo padre Francisco de que a Jornada Mundial da Juventude vai ser em Cracóvia", disse o cardeal Stanisław Dziwisz, arcebispo de Cracóvia e ex-secretário de João Paulo II, em conversa com a KAI (Agência Católica de Informação na Polônia).

    A juventude do papa

    ZENIT também conversou com alguns poloneses. "Eu acho uma boa ideia que a JMJ de 2016 seja na Polônia, em Cracóvia. Em particular, nós sabemos que até a Polônia está sofrendo atualmente uma crise de fé de muitas pessoas, a maioria delas, jovens. Eles estão vivendo uma crise espiritual e estão procurando desafogo no álcool e nas drogas", declarou Kacper Kostrzewski, estudante do ensino médio. "Esperamos que, com o papa Francisco, com a oração em comum, a gente consiga cuidar de muitas almas. Também acredito que essa JMJ é um valioso presente do beato João Paulo II", completou Kacper.

    Para Dominika Majdzik, a JMJ em Cracóvia "vai ter um efeito positivo para a adesão dos jovens à Igreja. As pessoas vão poder melhorar e aprofundar na fé", disse a jovem polonesa.

    A Polônia é católica

    Para o pe. Piotr Rutkowski, sacerdote que trabalha no santuário mariano de Wąsosz, na arquidiócesis de Częstochowa, "a decisão do papa Francisco reacendeu os corações com esperança e fé".

    "É um grande presente para a Igreja na Polônia, mas também um compromisso, que vai abrir as portas dos nossos lares, paróquias e dioceses para os jovens do mundo. Vai ser grandioso para nós, já que vamos nos unir como uma comunidade fiel a Cristo e a Pedro", considerou Rutkowski, recordando que em 2016 será comemorado o 1050º aniversário do batismo da Polônia. "Isso nos fará voltar às raízes e às fontes da nossa fé".

    Para o sacerdote polonês, "a Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia vai ser uma oportunidade para que os jovens da Europa do Leste participarem, como aconteceu em Częstochowa em 1991".

    *Escrito com a colaboração de Jowita Kostrzewska.


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    Homens e Mulheres de Fé
    "Nossa Mãe: Mesmo na dor, não deixava de esboçar um sorriso". 
    Testemunho de Dom Frei Diamantino Prata de Carvalho, OFM, bispo de Campanha, MG, sobre a Irmã Teresa Margarida do Coração de Maria, "Nossa Mãe".


    BRASíLIA, 01 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - Publicamos a seguir o testemunho de Dom Frei Diamantino Prata de Carvalho, OFM, bispo de Campanha, MG, sobre a Irmã Teresa Margarida do Coração de Maria, religiosa do mosteiro de Três Pontas, MG, que se encontra em processo de beatificação.

    ***

    "NOSSA MÃE". Assim era chamada a Irmã Teresa Margarida do Coração de Maria, a primeira priora do Carmelo São José, em Três Pontas, MG, fundado há, precisamente, 50 anos. 

    Conheci-a na quinta feira santa de 1998, três semanas antes de ser ordenado bispo. Era uma mulher de corpo frágil, de baixa estatura e já adoentada. No entanto, irradiava firmeza, grandeza de alma e se relacionava com alegria e simplicidade.

    Visitei-a várias vezes, nos sete anos seguintes, até o seu desenlace, a 14 de novembro de 2005. Passou por grandes dissabores e sofrimentos. Mostrava-se, porém, valente na fé, alegre na esperança e generosa na caridade. Mesmo na dor, não deixava de esboçar um sorriso.

    Na medida do possível atendia a todas as pessoas que a procuravam no parlatório. Ninguém saía do Carmelo sem uma palavra amiga e sempre com a promessa de uma oração. E como ela rezava! Parecia estar absorta no Deus Amor! 

    Tratava as Irmãs com ternura e afeto maternais, como se fossem suas filhas. E o eram; pois ela as formou segundo a regra e as constituições da Ordem das Carmelitas Descalças. E as modelou no Espírito de Cristo, para se tornarem dignas esposas dele.

    As religiosas do Carmelo correspondiam com carinho e gratidão. Não admira que a chamassem de "Nossa Mãe". Mesmo as pessoas de fora, vindo ao Carmelo, a chamavam desse modo, como se fossem membros de uma grande família, cujo centro era a Irmã Tereza Margarida.

    Foi com prazer que, provada sua vida virtuosa, presidi a abertura do processo canônico de sua beatificação, aos 04 de março do corrente ano. Estão sendo coligidos seus escritos, colhidos os depoimentos de muitas pessoas que com ela conviveram e se relacionaram; avaliam-se as virtudes cristãs que ela praticou de modo heróico, estuda-se a fama de santidade. 

    Tudo isso exige oração, tempo e dedicação. A maior parte das pessoas que ajudam no processo trabalha gratuitamente. Todos, porém, podemos colaborar: suplicando ao Pai que, se for de sua vontade, a Mãe Igreja eleve à honra dos altares esta sua filha; comunicando ao Carmelo São José, em Três Pontas, as graças alcançadas; e oferecer um óbolo para as despesas.

    Certamente, "Nossa Mãe" intercede por nós a Deus.

    + Frei Diamantino P. de Carvalho, ofmBispo da Diocese da Campanha

    Onde encontrar o livro com a Biografia de Nossa Mãe: http://www.compracatolica.com.br/shop/testemunha-do-deus-amor

    Site para acompanhar o processo de beatificação: http://www.beatificacaonossamae.com.br

    Acenda uma vela com seu pedido a Nossa Mãe: http://www.beatificacaonossamae.com.br/acendaumavela


    Dom Frei Diamantino Prata de Carvalho, OFM - Nascido aos 20 de novembro de 1940, em Manteigas, Portugal, filho de Antônio Leitão Carvalho e Maria da Conceição Prata Direito, Cursou Filosofia e Teologia no Instituto Teológico Franciscano, em Petrópolis/RJ. Emitiu os votos religiosos na Ordem dos Frades Menores em 20 de dezembro de 1967. Foi ordenado presbítero em 10 de dezembro de 1972, no Rio de Janeiro, RJ. Foi nomeado Bispo pelo Santo Padre João Paulo II, em 25 de março de 1998, sendo ordenado em Campanha, MG, aos 02 de maio de 1998, quando tomou posse como Sexto Bispo Diocesano da Campanha.Seu lema episcopal é: "Servir com alegria".


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    Familia e Vida
    Feto hidrocefálico é operado e recolocado no ventre materno 
    O progresso da tecnologia permite agora uma cirurgia com o útero aberto

    Por Elisabetta Pittino


    ROMA, 02 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - O National Right to Life News publicou uma interessante notícia que vale a pena ser reproduzida.

    James Neal Borkowski é uma criança diagnosticada com hidrocefalia no útero da mãe.

    Em 2 de março, uma equipe de cirurgiões do Centro Médico da Universidade de Vanderbilt, em Nashville, Tennessee, fez uma cirurgia em seu cérebro com um procedimento característico "com o útero aberto".

    Para um hidrocefálico, um excesso de fluido no cérebro que pode levar à incapacidade grave, até mesmo à morte. Uma operação deste tipo nunca tinha sido realizada em um feto.

    A criança nasceu livre daquela condição, dois meses depois da mencionada cirurgia que é apenas o mais recente progresso na área - em rápida evolução - em cirurgia fetal. "Na evolução da cura em obstetrícia, não se volta atraz agora", disse o dr. Joe Bruner, membro da equipe cirúrgica do feto. "Mais e mais hidrocefálicos foram tratados antes do nascimento e espera-se que mais e mais médicos possam ser formados neste campo".

    Bruner e os seus colegas operaram Susan Borkowski de Knoxville, Tennessee, e seu filho, ainda não nascido, quatro semanas após um ultra-som de rotina que levou ao diagnóstico de hidrocefalia. Os pais do pequeno Borkowski encontraram a informação sobre o programa de cirurgia fetal de Vanderbilt na Internet e entraram em contato com os médicos.

    A Comissão de revisão da Universidade tinha recentemente aprovado um plano para tentar tratar a hidrocefalia com cirurgia com o útero aberto e, depois de muitos exames, para assegurar que o feto fosse operável, a operação foi feita na 24ª semana de gestação. De acordo com o que foi anunciado pela Associated Press (AP) durante uma intervenção cirúrgica, que durou uma hora, o Dr. Bruner abriu o útero da Sra. Borkowski, e seu feto tinha sido parcialmente tirado.

    O dr. Noel Tulipan tinha colocado um pequeno tubo, chamado de "desvio" no cérebro do recém-nascido, o qual estava ligado a um outro tubo que drenou o fluido em excesso no saco amniótico. O feto tinha sido então removido no útero materno, esperando nascer.

    Esta foi a primeira operação para tratar a hidrocefalia com o útero aberto. Em meados dos anos 80, cerca de 40 fetos ainda não nascido com hidrocefalia, tinham sido submetidos a um procedimento em que a desviação foi inserida através do abdômen da mãe no cérebro da criança, disse Bruner.

    As operações não foram bem sucedidas porque "o mesmo desvio não estava bem e os exames disponíveis não conseguiam restringir o campo", explicou Bruner. "Alguns fetos não deviam receber o desvio. Existem muitas causas de hidrocefalia, disse Bruner, e "nem todas melhoram com um desvio."

    Após os fracassos das operações dos anos 80, não se tentou mais tratar a hidrocefalia no útero. A tecnologia atual fez progressos tais que os doutores podem determinar os justos candidatos, utilizar um desvio que drena bem o fluido e operar diretamente, sobre a criança através de uma cirurgia com o útero aberto.

    Em 12 de maio, o pequeno Neal Borkowski foi dispensado da seção de cesária, com um peso de quase 2 Kg. Como explica AP, os médicos substituiram o desvio original por um outro que deveria continuar a drenar o fluído na sua cavidade abdominal.

    Os exames realizados após o nascimento de Neil não mostraram excesso de líquido no cérebro. "O desvio funcionou maravilhosamente bem", disse Bruner.

    Os médicos, no entanto, não estão seguros de que Neal possa continuar a desenvolver-se normalmente, porque não se sabe se as deficiências encontradas nos fetos hidrocefálicos sejam causadas por fluido em excesso ou se o excesso é o efeito de um precedente dano ao cérebro.

    "A hidrocefalia causa uma ferida no cérebro ou é somente a ponta do iceberg?", pergunta Bruner. "Não o saberemos até que Neal não cresça".

    Atualmente, vários nascituros com defeitos congênitos podem ser tratados com cirurgia fetal somente em três lugares nos EUA: Vanderbilt, Children's Hospital of Philadelphia, e a University of California em São Francisco. Foram tratados espinha bífida, câncer e outras doenças com sucesso crescente. Bruner, no entanto, diz que a média dos pacientes de Vanderbilt viaja umas 1.500 milhas para chegar ao Centro, o que é impossível para muitas famílias que necessitam da cirurgia.

    "Estamos desenvolvendo diretrizes de treinamento para ajudar outros centros a oferecer esses programas", disse Bruner.

    O pequeno Borkowski é Um de nós. Para desenvolver a tecnologia, ajudar a medicina, a fim de que se possa curar também durante a vida pré-natal.

    ***

    Assine One of Us: www.oneofus.eu

    Tradução Thácio Siqueira


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    "Manif pour Tous": Varsóvia estende a mão a Paris 
    Poloneses se reúnem diante da embaixada da França em defesa da família natural

    Por Don Mariusz Frukacz


    CRACóVIA, 31 de Julho de 2013 (Zenit.org) - A Manif Pour Tous [Manifestação para Todos] e o comitê contra a violação dos direitos humanos e familiares na França organizou em 16 de julho um ato em frente à embaixada francesa em Varsóvia para demonstrar solidariedade a todos os defensores da família na França.

    Eventos semelhantes já tinham sido organizados em Varsóvia em março e junho deste ano.
    Algumas semanas atrás, o governo francês legalizou o "casamento para todos", ou seja, inclusive entre pessoas do mesmo sexo, o que causou grandes protestos dos cidadãos do país, aos quais o governo e a polícia reagiram com uma "brutalidade que contrasta com as manifestações pacíficas em defesa da família", dizem os organizadores do
    evento de Varsóvia, cujo lema é "Paris-Varsóvia: uma causa comum".

    A "Manifestação para Todos" foi organizada em defesa da família natural e dos direitos da criança de ter uma mãe e um pai.


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    Análise
    Férias de verão no hemisfério norte: um apelo pela autêntica liberdade 
    Temos que ajudar os jovens a viver melhor o seu tempo livre, longe das drogas e de outras transgressões

    Por Carlo Climati


    ROMA, 02 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - O verão deveria ser uma temporada de diversão e descanso. Em alguns casos, porém, ele se transforma numa estação de morte.

    Durante o verão, multiplicam-se as chamadas raves. Esta palavra, que em inglês significa "delírio", se refere aos grandes encontros musicais em locais isolados, distantes dos centros habitados. Podem durar dias e noites inteiras, sem parar, com um consumo de drogas e de álcool muito elevado.

    Cada participante da rave se encerra na sua própria concha, até porque a música ensurdecedora impede qualquer tipo de comunicação.

    O principal instrumento de autodestruição em vários desses ambientes é o "ecstasy", pílula colorida de aparência inofensiva. É ingerida com facilidade e não levanta as preocupações que normalmente acompanham outros tipos de drogas (como, por exemplo, o risco de contrair a aids).

    A armadilha do ecstasy consiste em dar aos jovens a ilusão de superpoderes, como os de certos super-heróis do mundo dos quadrinhos. O ecstasy produz uma excitação completamente artificial e a perda de consciência quanto às reações do próprio corpo.

    Às vezes, nos "delírios", o ritmo da música é tão frenético que o ecstasy se torna um combustível necessário para acompanhá-lo. Música e droga se tornam um: nutrem-se e apoiam-se mutuamente. Cada uma, para existir, precisa da outra.

    O risco de morte está na possibilidade do choque térmico, devido à atividade física excessiva e ao aumento crítico da temperatura corporal. A ilusão de quem consome o ecstasy é a de se tornar invencível, mas os efeitos reais podem ser devastadores.

    Outra reflexão necessária é sobre o quanto mudou a forma de se consumirem drogas entre as novas gerações. Nas décadas de 1960 e 1970, o uso de drogas se vinculava muitas vezes a correntes de pensamento ou a movimentos culturais. O LSD e outros entorpecentes escondiam a sua cara de morte por trás de uma aparência de "ideais", em muitos casos compartilhados por jovens de boa-fé: o pacifismo, a rejeição do consumismo, o desejo de uma fraternidade universal.

    Já naquela época, é claro, a droga matava os jovens, mas hoje, além de continuar matando, ela se apresenta nua à luz do dia. Não precisa mais se esconder.

    O ecstasy é a mais pura expressão do nada, do vazio e do não-pensamento absoluto. Não por acaso, o seu cenário ideal é o do "delírio", da rave, onde reinam os ritmos martelados e os sons ensurdecedores.

    O paradoxo é que o verão não deveria causar certos riscos. Deveria ser um período de alegria, de relaxamento. Mas acontece às vezes o contrário. Depois de uma noite inteira de dança frenética, os jovens ficam esgotados. Literalmente acabados. Qualquer coisa, menos descansados.

    A melhor resposta para certos mecanismos da degradação é convidar os jovens a redescobrir o verdadeiro significado da diversão, através da educação para uma saudável cultura do limite.

    Não surpreende que, nos últimos anos, em várias partes do mundo, estejam surgindo casas noturnas mais "controladas", em que o volume da música é mais baixo e o consumo de álcool é evitado. O sucesso dessas iniciativas testemunha que não devemos estimar negativamente os jovens nem achar que eles sempre queiram a transgressão.

    Para passar uma noite relaxante com os amigos não é preciso varar a madrugada, ficar bêbado nem se drogar. Basta aprender a se controlar e gerenciar com inteligência a própria liberdade.


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    O jornalismo à luz do dogma católico 
    "As boas notícias são notícias ótimas"

    Por Nicola rosetti


    ROMA, 01 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - Como todos podemos facilmente verificar, o mundo da informação é regido pelas más notícias.

    Basta ligar a televisão nos horários das refeições ou ler um jornal para perceber que 95% das notícias estão ali para nos lembrar que esta vida é mesmo um vale de lágrimas!

    Se quiséssemos interpretar este modo de prestar informações à luz da visão cristã, poderíamos dizer que o jornalismo se baseia no dogma do pecado original: o homem, que, por resultado desse pecado, está inclinado para o mal, se interessa pelas notícias que descrevem melhor o mistério da iniquidade.

    Daí que os jornalistas se esbaldem ao relatar crimes, escândalos e todo tipo de desgraças, recheando-os com todos os detalhes, de preferência os mais sensacionalistas e macabros.

    O repórter sabe quais notícias "agradam" ao leitor, e, para vender bem o seu produto, prefere buscar o lado mais sombrio da realidade e publicá-lo. Olha para tudo, mas, de maneira utilitarista, prefere contar o que há de pior do mundo!

    Na visão cristã, porém, o homem não está abandonado às suas culpas e às suas feiúras, nem faz somente coisas ruins.

    O homem é alvo de um extraordinário amor de Deus, a ponto de o Pai ter enviado à terra o seu Filho, que morreu e ressuscitou. Junto com o dogma do pecado original, há também, portanto, os dogmas da Encarnação e da Morte e Ressurreição de Cristo.

    Com a Encarnação, o divino habitou no humano e o elevou a uma dignidade superior, e, com a Morte e Ressurreição, Jesus alimentou nos crentes a esperança e os convidou a olhar para a realidade com maior confiança.

    Motivados por esta fé, procuramos dar voz às muitas coisas boas que acontecem e que tantas vezes não encontram espaço na mídia.

    Relatamos os esforços e a alegria de muitos trabalhadores, descrevemos o que acontece nas nossas paróquias, dando destaque para os movimentos e para as associações. Falamos da beleza que se manifesta através da arte.

    Procuramos, enfim, dar um tipo diferente de informação, tentando descrever, como já disse muitas vezes, mais a floresta que cresce do que a árvore que cai.

    Quisemos romper, com as nossas pequenas possibilidades, o dogma do jornalismo contemporâneo, que se baseia no axioma de que "más notícias são boas notícias", convictos que somos de que "as boas notícias são notícias ótimas"!

    Estamos convencidos de que é melhor acender um fósforo do que lamentar a escuridão. E gostaríamos de continuar trilhando este caminho.

    Que outro olhar devemos ter, afinal, se acreditamos que Cristo ressuscitou dos mortos? Como podemos ter outra visão se acreditamos no evangelho, que quer dizer, precisamente, "a boa nova"?

    Agradecemos de coração a todos os nossos leitores, a todos aqueles que, nestes meses, nos apoiaram e nos incentivaram.

    Um especial "muito obrigado" ao nosso bispo Gervasio Gestori, a todos os colaboradores e à redação de Zenit, com a qual começamos uma significativa parceria profissional e uma amizade baseada numa ideia comum sobre o bem.

    Neste mês de agosto [época de férias no hemisfério Norte, ndr], não vamos parar: vamos, isto sim, continuar planejando o novo ano pastoral, procurando oferecer um serviço cada vez melhor e atualizando também a estrutura do jornal.

    (Publicado pela Âncora Online, semanário da diocese italiana de San Benedetto del Tronto, parceira de Zenit para a difusão de boas notícias)


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    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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