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20 de setembro de 2013
Íntegra do discurso aos ginecologistas católicos hoje
VATICANO, 20 Set. 13 (ACI) .- O Papa Francisco reiterou nesta manhã a sua clara postura ante a "cultura do descartável" do aborto, que procura a eliminação dos seres humanos mais frágeis, e disse que "a nossa resposta a esta mentalidade é um ‘sim’ decidido e sem hesitações à vida" que é sempre sagrada e inviolável.
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MANCHETES DO DIA
VATICANO
Arquidiocese de Porto Alegre conta com novo Arcebispo
Cardeal Stanislaw Rilko envia carta agradecendo os bispos brasileiros pela JMJ Rio 2013
O Arcebispo Müller fala da teologia da libertação
O Papa frente ao aborto: "Nossa resposta é um sim decidido e sem hesitações à vida"
O que o Papa Francisco realmente disse sobre o aborto e os homossexuais na nova entrevista
A mulher é imprescindível para a Igreja, diz o Papa
BRASIL
Santuário de Aparecida se unirá em oração a outros santuários do mundo em outubro
MUNDO
Pensamento do Papa está por cima de ideologias de esquerda ou direita, dizem peritos
O Papa Francisco explica como é a sua vida de oração
Católico em Dia
Evangelho:
Santo ou Festa:
Um pensamento:
Caras longas..., maneiras bruscas..., cara ridícula..., ar antipático: Assim espera animar outros a seguir a Cristo?.
São José Maria Escrivá de Balaguer
VATICANO
VATICANO, 19 Set. 13 (ACI) .- Segundo informaram hoje os canais de comunicação da Santa Sé e da Nunciatura Apostólica no Brasil, nesta quarta-feira, 19, o Santo Padre nomeou como Arcebispo Metropolitano de Porto Alegre Dom Jaime Spengler, O.F.M., até o momento bispo Auxiliar da mesma.
Dom Spengler nasceu em 6 de setembro de 1960 na cidade de Gaspar (SC). Foi ordenado sacerdote em 17 de novembro de 1990. Estudou Filosofia em Campo Largo e em Roma e Teologia no Convento do Sagrado Coração de Jesus em Petrópolis. O novo arcebispo também estudou Instituto Teológico de Jerusalém em Israel.
Atualmente, desempenha o cargo de Vigário Episcopal para a Região de Gravataí, da Arquidiocese de Porto Alegre. Em 25 de junho de 2011 foi escolhido para integrar a Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, sendo o Bispo Referencial para a Vida Consagrada no Brasil.
Durante a 49ª Assembleia Anual do Episcopado Brasileiro em Aparecida, em maio de 2013, foi escolhido pelos bispos do Rio Grande do Sul para ser a Pastoral da Educação e Cultura, no Regional Sul-3 da CNBB. Atualmente também é membro da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, Bispo responsável pela subcomissão para a Vida Consagrada da CNBB e Presidente da Comissão Regional dos Presbíteros do Regional Sul 3 da CNBB.
Em mensagem aos fiéis da Arquidiocese da capital gaúcha, Dom Spengler afirmou: “Inicia-se agora para mim, uma nova etapa de vida! Uma nova etapa ainda mais vigorosamente inserida no cotidiano da vida desta Igreja Particular, presente em Porto Alegre. Como Pastor desta Igreja, me disponho a empenhar o melhor de minhas forças em prol da “Salus” (salvação, saúde!) desta porção do Povo de Deus. (...) Creio que todos juntos e unidos, haveremos de continuar a nos empenhar por construir uma Igreja mais acolhedora, vigorosa, viva, alegre, missionária e evangelizadora”.
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BRASILIA, 20 Set. 13 (ACI) .- O Cardeal polonês Stanislaw Rilko, presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, enviou O Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Cardeal Stanislaw Rylko, enviou nesta quarta-feira, 18, uma carta ao presidente da CNBB, Cardeal Raymundo Damasceno Assis, agradecendo o trabalho desenvolvido pela Conferência na preparação e realização da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013 e “a todos os que se empenharam para o bom êxito da Jornada Mundial da Juventude 2013”.
Na carta, o cardeal ainda agradece “a todos os que se empenharam para o bom êxito da Jornada Mundial da Juventude 2013, de modo particular a Dom Leonardo Steiner, Secretário Geral da CNBB, bem como a Dom Eduardo Pinheiro, Pe. Carlos Sávio e Pe. Antonio do Prado, que com tanto afinco se dedicam à pastoral juvenil”.
“Após a belíssima experiência vivida por ocasião da viagem do Santo Padre Francisco ao Brasil em julho, escrevemos-lhe para expressar a nossa profunda gratidão por todo o trabalho desenvolvido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, seja na preparação da JMJ como nos dias da realização do evento”, afirma o Cardeal na sua missiva.
“Ficamos muito tocados pelos inúmeros testemunhos que nos chegaram a respeito da peregrinação dos símbolos da Jornada pelo imenso território brasileiro. Em cada edição do Bote Fé a cruz peregrina ia preparando o solo da Terra de Santa Cruz para a fecunda semeadura que com certeza produzirá frutos para o Brasil e para o mundo”, afirma ainda na sua missiva desta quarta-feira o prelado em cuja pátria será a próxima JMJ.
Mencionando a viagem do Santo Padre a Aparecida, Dom Rylko qualifica como “um marco importantíssimo, a partir do qual, em tudo o que se seguiu pudemos nos sentir amparados e envolvidos pela materna intercessão da Virgem Padroeira do Brasil”.
O Cardeal pede ainda que seu “muito obrigado” seja dirigido a todos aqueles que se empenharam para o bom êxito da Jornada Mundial da Juventude 2013, de modo particular a Dom Leonardo Steiner, Secretário Geral da CNBB, bem como a Dom Eduardo Pinheiro, Pe. Carlos Sávio e Pe. Antonio do Prado, que com tanto afinco se dedicam à pastoral juvenil.
“Asseguramos-lhes de nossa comunhão e oração, para que a semeadura evangélica realizada nos últimos dois anos e nos inesquecíveis dias da JMJ Rio 2013 produza abundantes frutos de maturidade cristã na vida de tantos jovens”.
Durante a preparação e a realização da JMJ Rio 2013, Dom Stanislaw Rylko esteve no Brasil algumas vezes, e, em breve, seu dicastério começará a preparar a próxima JMJ que será na cidade de Cracóvia, terra do Beato João Paulo II (que já estará canonizada para a ocasião), em 2016.
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ROMA, 20 Set. 13 (ACI) .- O Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Dom Gerhard Müller, falou recentemente sobre a teologia da libertação e expressou as suas opiniões sobre esta corrente teológica da Igreja Católica.
Em diálogo com o Grupo ACI depois da reunião entre o Papa Francisco e o Padre Gustavo Gutiérrez que ocorreu a seu pedido, Dom Müller disse que "o Padre Gutiérrez nunca foi criticado pela Congregação, por ser ele o pai da teologia da libertação, não tem nada a ver com o marxismo".
A teologia do Pe. Gutiérrez, disse o Arcebispo, "não é uma mescla de teologia com marxismo, tem a ver com a salvação, a teologia da libertação é uma teologia católica, não é uma ideologia, é uma teologia para falar do amor de Deus a todos já que tanta gente está vivendo abaixo do nível de dignidade humana. Isso não pode ser, Deus nos deu a todas as pessoas a necessidade do pão diário. Isto é para todas as pessoas".
"Não necessitamos do marxismo. Não são necessários Karl Marx ou estes assim chamados filósofos dos anos 1800, porque todos estes valores são dados no Evangelho, em todo o Novo Testamento. Deus nos libertou e nos fez livres", disse o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
Dom Müller indicou que conversou com o Papa Francisco sobre Gustavo Gutiérrez, pois "não posso fazer algumas iniciativas sem informar previamente ao Santo Padre".
"O Santo Padre sabe algumas discussões entre as diferentes às que há na teologia da libertação, mas queremos superar algumas tensões na Igreja, se for possível, sobre a base da doutrina da Igreja, e queremos expulsar algumas pessoas que têm diferentes vínculos teológicos".
O Prelado disse que "é possível certo pluralismo na teologia, mas, todos estamos unidos pela mesma base, a mesma doutrina da Igreja. No passado tivemos diferentes correntes, Scotto… Santo Tomás de Aquino foi um tipo diferente de teologia, por isso temos certa pluralidade de estilos religiosos, enlace teológicos, mas todos estão juntos na orientação à mesma Revelação, à mesma ideia, à mesma doutrina da Igreja".
"Alguns teólogos da libertação foram criticados pelo Magistério, muitos não foram criticados por estes aspectos, mas alguns deles foram criticados porque negaram ou criticaram a existência do sacerdócio e outros importantes pontos e elementos da doutrina católica".
Dom Müller assegurou que "na pessoa de Gustavo Gutiérrez, isto deve ser esclarecido, mas Gustavo Gutiérrez, posso dizer que em muitas de suas cartas e livros é um teólogo católico, porque aceita todas as condições e todos os conteúdos da doutrina católica".
"Não é somente isso, mas também está comprometido no trabalho com as pessoas pobres em Lima, e no desenvolvimento, não é somente trabalho social junto à espiritualidade cristã, mas é um pensamento teológico espiritual profundo sobre Deus, sobre este Deus que deu a sua vida por todos nós".
De acordo ao vaticanista Sandro Magister, durante o encontro com os sacerdotes da diocese de Roma (Itália), em 16 de setembro, o Papa Francisco se distanciou do Arcebispo Müller no tema da teologia da libertação.
"Ao formular uma das cinco perguntas direcionadas ao Papa e ao falar da centralidade dos pobres na pastoral, um sacerdote se referiu positivamente à teologia da libertação e à posição compreensiva em relação a esta teologia, do Arcebispo Gerhard Müller", relata Magister.
Mas, "ao ouvir o nome do Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o Papa Francisco não permitiu concluir a pergunta e disse: ‘isso pensa Müller, isso é o que ele pensa’", escreveu o vaticanista italiano.
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VATICANO, 20 Set. 13 (ACI) .- O Papa Francisco reiterou nesta manhã a sua clara postura ante a "cultura do descartável" do aborto, que procura a eliminação dos seres humanos mais frágeis, e disse que "a nossa resposta a esta mentalidade é um ‘sim’ decidido e sem hesitações à vida" que é sempre sagrada e inviolável.
Segue na íntegra a tradução do discurso pronunciado em italiano nesta manhã pelo Pontífice ante os ginecologistas católicos participantes do encontro promovido pela Federação Internacional das Associações de Médicos Católicos. Este discurso se faz ainda mais importante logo depois da manipulação de alguns meios seculares da extensa entrevista feita ao Papa e publicada ontem, tentando apresentar o Santo Padre como oposto à luta pró-vida e pró-família.
Discurso do Papa Francisco:
"Peço-vos desculpa pelo atraso… Esta foi uma manhã um pouco complicada devido às audiências… Peço-vos desculpa.
1. A primeira reflexão que gostaria de partilhar com vocês é esta: nós assistimos hoje a uma situação paradoxal, que diz respeito à profissão médica. Por um lado constatamos – e agradecemos a Deus – os progressos da medicina, graças ao trabalho de cientistas que, com paixão e sem descanso, se dedicam à procura de novos tratamentos.? Entretanto, por outro lado, encontramos também o perigo de que o médico esqueça a própria identidade de servo da vida. A desorientação cultural tem afetado também aquilo que parecia um âmbito intocável: o vosso, a medicina! Mesmo estando por natureza a serviço da vida, as profissões de saúde são induzidas às vezes a não respeitar a própria vida.
Em vez disso, como nos recorda a Encíclica Caritas in veritate, "a abertura à vida está no centro do verdadeiro desenvolvimento". Quando uma sociedade se encaminha para a negação e a supressão da vida, não encontra a motivação e a energia necessária para esforçar-se no serviço do verdadeiro bem do homem. Se se perde a sensibilidade pessoal e social para com o acolhimento de uma nova vida, também outras formas de acolhimento úteis à vida secam. O acolhimento da vida revigora as energias morais e capacita para a ajuda recíproca (n. 28).
A situação paradoxal está no fato de que, enquanto se atribuem à pessoa novos direitos, às vezes mesmo direitos presumidos, nem sempre se protege a vida como valor primário e direito primordial de cada homem. O fim último do agir médico permanece sendo sempre a defesa e a promoção da vida.
2. O segundo ponto: neste contexto contraditório, a Igreja faz apelo às consciências, às consciências de todos os profissionais e voluntários de saúde, de maneira particular de vocês ginecologistas, chamados a colaborar no nascimento de novas vidas humanas. A vossa é uma singular vocação e missão, que necessita de estudo, de consciência e de humanidade. Um tempo atrás, as mulheres que ajudavam no parto eram chamadas "comadre": é como uma mãe com a outra, com a verdadeira mãe. Também vocês são "comadres" e "compadres", também vocês.
Uma generalizada mentalidade do útil, a "cultura do descartável", que hoje escraviza os corações e as inteligências de tantos, tem um altíssimo custo: requer eliminar seres humanos, sobretudo se fisicamente ou socialmente mais frágeis. A nossa resposta a esta mentalidade é um "sim" decidido e sem hesitação à vida. ‘O primeiro direito de uma pessoa humana é a sua vida. Essa tem outros bens e alguns desses são mais preciosos: mas é aquele o bem fundamental, condição para todos os outros" (Congregação para a Doutrina da Fé, Declaração sobre aborto provocado, 18 de novembro de 1974, 11).
As coisas têm um preço e podem ser vendidas, mas as pessoas têm uma dignidade, valem mais que as coisas e não têm preço. Tantas vezes, encontramo-nos em situações onde vemos que aquilo que custa menos é a vida. Por isto a atenção à vida humana em sua totalidade transformou-se nos últimos tempos em uma verdadeira prioridade do Magistério da Igreja, particularmente àquela majoritariamente indefesa, isso é, as pessoas com deficiência, doentes, o nascituro, a criança, o idoso, que é a vida mais indefesa.
No ser humano frágil cada um de nós é convidado a reconhecer a face do Senhor, que na sua carne humana experimentou a indiferença e a solidão à qual às vezes condenamos os mais pobres, seja nos Países em via de desenvolvimento, seja nas sociedades afluentes.
Toda criança não nascida, mas condenada injustamente a ser abortada, tem a face de Jesus Cristo, tem a face do Senhor, que mesmo antes de nascer, e depois apenas nascido experimentou a rejeição do mundo. E cada idoso, e – falei da criança: vamos aos idosos, outro ponto! E cada idoso, mesmo se enfermo ou no fim de seus dias, leva em si a face de Cristo. Não se pode descartar, como nos propõe a "cultura do descartável"! Não se pode descartar!
3. O terceiro aspecto é um mandato: sejam testemunhas e difusores desta "cultura da vida". O vosso ser católico comporta uma maior responsabilidade: antes de tudo para com vocês mesmos, para com o compromisso de coerência com a vocação cristã; e depois para com a cultura contemporânea, para contribuir a reconhecer na vida humana a dimensão transcendente, a marca da obra criadora de Deus, desde o primeiro instante de sua concepção.
Este é um compromisso de nova evangelização que requer às vezes ir contracorrente, pagando pessoalmente. O Senhor conta também com vocês para difundir o "evangelho da vida".
Nesta perspectiva, as enfermarias dos hospitais de ginecologia são lugares privilegiados de testemunho e de evangelização, porque lá onde a Igreja se faz "veículo da presença de Deus" vivo, transforma ao mesmo tempo "instrumento de uma verdadeira humanização do homem e do mundo" (Congregação para a Doutrina da Fé, Nota doutrinal sobre alguns aspectos da evangelização, 9).
Amadurecendo a consciência de que no centro da atividade médica e assistencial está a pessoa humana na condição de fragilidade, a estrutura de saúde transforma-se em "lugar no qual a relação de cuidado não é trabalho – a vossa relação de cuidado não é trabalho – mas missão; onde a caridade do Bom Samaritano é a primeira cátedra e a face do homem sofredor, a Face própria de Cristo" (Bento XVI, Discurso à Universidade Católica do Sagrado Coração de Roma, 3 de maio de 2012).
Queridos amigos médicos, vocês são chamados a ocuparem-se da vida humana na sua fase inicial, recordem todos, com os fatos e com as palavras, que esta é sempre, em todas as suas fases e em toda idade, sagrada e é sempre de qualidade. E não por um discurso de fé – não, não, – mas de razão, por um discurso de ciência! Não existe uma vida mais sagrada que a outra, como não existe uma vida humana qualitativamente mais significativa que a outra. A credibilidade de um sistema de saúde não se mede somente pela eficiência, mas, sobretudo, pela atenção e amor para com as pessoas, cuja vida sempre é sagrada e inviolável.
Não deixem nunca de rezar ao Senhor e à Virgem Maria, para ter a força de cumprir bem o vosso trabalho e testemunhar com coragem – com coragem! Hoje é necessário coragem – testemunhar com coragem o "evangelho da vida"! Muito obrigado!".
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ROMA, 20 Set. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- Nesta quinta-feira 19 de setembro, 16 revistas jesuítas em todo o mundo publicaram uma extensa entrevista feita no mês de agosto ao Papa Francisco pelo Padre Antonio Spadaro, SJ, diretor da revista La Civiltá Cattolica –uma publicação jesuíta que é revisada pela Secretaria de Estado do Vaticano– cujo conteúdo foi manipulado por diversos meios de comunicação tentando apresentar o Santo Padre como oposto à luta pró-vida e pró-família, concretamente nos temas do aborto e da homossexualidade.
Na entrevista, o que o Papa falou sobre estes temas aparecem sob o subtítulo "É a Igreja um hospital de campanha?", e aí o Santo Padre explica que hoje o importante é "curar feridas", aproximando-se das pessoas com verdadeira misericórdia.
"Em vez de ser apenas uma Igreja que acolhe e recebe, mantendo as portas abertas, procuramos mesmo ser uma Igreja que encontra novos caminhos, que é capaz de sair de si mesma e ir ao encontro de quem não a frequenta, de quem a abandonou ou lhe é indiferente. Quem a abandonou o fez, por vezes, por razões que, se forem bem compreendidas e avaliadas, podem levar a um retorno. Mas é necessário audácia, coragem", diz o Papa na entrevista com o Padre Spadaro.
Ante a pergunta sobre como deve ser a pastoral com os divorciados que voltaram a casar ou com os homossexuais, o Papa Francisco assinala que "Devemos anunciar o Evangelho em todos os lugares, pregando a boa nova do Reino e curando, também com a nossa pregação, todo o tipo de doença e de ferida. Em Buenos Aires recebia cartas de pessoas homossexuais, que são ‘feridos sociais’, porque me dizem que sentem que a Igreja sempre os condenou. Mas a Igreja não quer fazer isto".
"Durante o voo de regresso do Rio de Janeiro disse que se uma pessoa homossexual tem boa vontade e está à procura de Deus, eu não sou ninguém para julgá-la. Dizendo isso, eu disse aquilo que diz o?Catecismo. A religião tem o direito de exprimir a própria opinião para serviço das pessoas, mas Deus, na criação, tornou-nos livres: a ingerência espiritual na vida pessoal não é possível".
O Papa recorda logo que "uma vez uma pessoa, para provocar-me, perguntou-me se aprovava a homossexualidade. Eu, então, respondi-lhe com uma outra pergunta: ‘Diz-me: Deus, quando olha para uma pessoa homossexual, aprova a sua existência com afeto ou rejeita-a, condenando-a?’ É necessário sempre considerar a pessoa. Aqui entramos no mistério do homem. Na vida, Deus acompanha as pessoas e nós devemos acompanhá-las a partir da sua condição. É preciso acompanhar com misericórdia. Quando isto acontece, o Espírito Santo inspira o sacerdote a dizer a coisa mais apropriada".
"Esta é também a grandeza da confissão: o fato de avaliar caso a caso e de poder discernir qual é a melhor coisa a fazer por uma pessoa que procura Deus e a sua graça. O confessionário não é uma sala de tortura, mas lugar de misericórdia, no qual o Senhor nos estimula a fazer o melhor que pudermos. Penso também na situação de uma mulher que carregou consigo um matrimônio fracassado, no qual chegou a abortar. Depois esta mulher voltou a casar e agora está serena, com cinco filhos. O aborto pesa-lhe muito e está sinceramente arrependida. Gostaria de avançar na vida cristã. O que faz o confessor?".
O Santo Padre afirma logo que "não podemos insistir somente sobre questões ligadas ao aborto, ao casamento homossexual e uso dos métodos contraceptivos. Isto não é possível. Eu não falei muito destas coisas e censuraram-me por isso. Mas quando se fala disto, é necessário falar num contexto. De resto, o parecer da Igreja é conhecido e eu sou filho da Igreja, mas não é necessário falar disso continuamente".
"Os ensinamentos, tanto dogmáticos como morais, não são todos equivalentes. Uma pastoral missionária não está obcecada pela transmissão desarticulada de uma multiplicidade de doutrinas a impor insistentemente. O anúncio de caráter missionário concentra-se no essencial, no necessário, que é também aquilo que mais apaixona e atrai, aquilo que faz arder o coração, como aos discípulos de Emaús", prossegue.
"Devemos, portanto, encontrar um novo equilíbrio; porque de outro modo, o edifício moral da Igreja corre o risco de cair como um castelo de cartas, de perder a frescura e o perfume do Evangelho. A proposta evangélica deve ser mais simples, profunda, irradiante. Somente desta proposta que vêm depois as consequências morais".
O Papa ressalta deste modo que diz isto "também pensando na pregação e nos conteúdos da nossa pregação. Uma bela homilia, uma verdadeira homilia, deve começar com o primeiro anúncio, com o anúncio da salvação. Não há nada de mais sólido, profundo e seguro do que este anúncio. Depois deve fazer-se uma catequese. Depois, pode tirar-se também uma consequência moral. Mas o anúncio do amor salvífico de Deus precede à obrigação moral e religiosa. Hoje, por vezes, parece que prevalece a ordem inversa".
"A homilia é a pedra de comparação para medir a proximidade e a capacidade de encontro de um pastor com o seu povo, porque quem prega deve reconhecer o coração da sua comunidade para procurar onde permanece vivo e ardente o desejo de Deus. A mensagem evangélica não pode limitar-se, portanto, apenas a alguns dos seus aspectos, que, mesmo importantes, sozinhos não manifestam o coração do ensinamento de Jesus", sublinha.
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ROMA, 20 Set. 13 (ACI) .- O Papa Francisco reiterou em uma recente entrevista concedida ao diretor da revista jesuíta Civiltà Cattolica, o Padre Antonio Spadaro, que "a mulher é imprescindível para a Igreja".
Assim o indica o Santo Padre na citada entrevista que foi publicada por 16 revistas jesuítas em todo o mundo.
O Papa fez esta afirmação respondendo à pergunta sobre o papel da mulher na Igreja e o que deve ser feito para torna-lo mais visível hoje. "É necessário ampliar os espaços de uma presença feminina mais incisiva na Igreja", disse.
"Temo a solução do ‘machismo de saias’, porque a mulher tem uma estrutura diferente do homem. Mas, os discursos que ouço sobre o papel da mulher são muitas vezes inspirados precisamente numa ideologia machista. As mulheres estão formulando perguntas profundas que devem ser tratadas".
O Santo Padre ressalta logo que "a Igreja não pode ser ela própria sem a mulher e sem o papel esta que desempenha. A mulher é imprescindível para a Igreja. Maria, uma mulher, é mais importante que os bispos. Digo isto porque não se deve confundir a função com a dignidade".
"É necessário, portanto, aprofundar mais na figura da mulher na Igreja. É preciso trabalhar mais para fazer uma teologia profunda da mulher. Só realizando esta etapa poderemos refletir melhor sobre a sua função no interior da Igreja".
O Papa fecha este tema afirmando que "o gênio feminino é necessário nos lugares em que se tomam as decisões importantes. O desafio hoje é exatamente esse: refletir sobre o lugar específico da mulher, precisamente também onde se exerce a autoridade nos vários âmbitos da Igreja".
A expressão "gênio feminino" ou "gênio" da mulher é utilizada pelo Beato Papa João Paulo II na carta apostólica Mulieris dignitatem em que aborda o tema da dignidade e a vocação da mulher.
Nesse texto de 1988, o Papa polonês destaca que frente aos avanços da técnica e da ciência, o homem perde gradualmente a sensibilidade, "por aquilo que é essencialmente humano.?Neste sentido, sobretudo os nossos dias?aguardam a manifestação?daquele ‘gênio’ da mulher que assegure a sensibilidade pelo homem em toda circunstância: pelo fato de ser homem!".
O Papa Wojtyla ressalta também que a Igreja agradece "todas as manifestações do ‘gênio’ feminino?surgidas no curso da história, no meio de todos os povos e Nações; agradece todos os carismas que o Espírito Santo concede às mulheres na história do Povo de Deus, todas as vitórias que deve à fé, à esperança e caridade das mesmas: agradece todos?os frutos de santidade feminina".
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BRASIL
APARECIDA, 20 Set. 13 (ACI) .- Segundo informação divulgada pelo portal A12, o Santuário Nacional de Aparecida participará da "Jornada Mariana" promovida nos dias 12 e 13 de outubro, pelo Pontifício Conselho para a Nova Evangelização com o tema: "Bem-aventurada aquela que acreditou"
O evento faz parte das iniciativas do Vaticano para o Ano da Fé e reunirá os Santuários Marianos do mundo inteiro para a oração do rosário. No dia 12, às 14h (horário do Brasil) por meio de uma videoconferência, nove santuários se unirão em oração, entre eles, o Santuário de Aparecida.
Os fiéis poderão participar da oração do rosário no Santuário Nacional, realizada no Altar Central. Na programação, cada santuário deverá rezar dez “ave-marias” em sua língua local.
Ainda no dia 12, solenidade de Nossa Senhora Aparecida no Brasil, o Papa Francisco receberá na Praça de São Pedro, a imagem de Nossa Senhora de Fátima e fará uma catequese. Após o encontro com o papa os peregrinos se dirigirão ao Santuário do Divino Amor, em Roma. No dia seguinte, o Papa presidirá no Vaticano, às 10h, a Missa de encerramento da “Jornada Mariana”, que ocorre no Marco do Ano da Fé, convocado pelo bispo emérito de Roma, Bento XVI, recordando os 50 anos do Concílio Vaticano II, e que se estende até o dia 14 de novembro deste ano.
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MUNDO
MADRI, 20 Set. 13 (ACI/Europa Press) .- Peritos consideram que o pensamento do Papa Francisco está por cima do fato de ser de esquerda ou de direita, coincidem em que a entrevista concedida a Civiltà Cattolica pode ajudar a conhecer melhor o Pontífice, a ver o seu tom "fresco" e "espontâneo", e advertem que não pode ser valorizada como uma encíclica, nem se vê nela descontinuidade com os seus predecessores.
Em declarações a Europa Press, o titular de Direito Eclesiástico do Estado da Universidade Complutense Rafael Palomino considera que os conceitos de "esquerda e direita pouco ajudam a situar o pensamento" de Francisco.
Assim, precisa que a gravidade dos problemas que ele teve que enfrentar o levou a atuar dessa forma "autoritária" que diz, mas adverte que o autoritarismo pode dar-se na "esquerda, na direita e no centro".
Em relação as suas palavras sobre o "matrimônio" homossexual, o aborto e a anticoncepção, Palomino acredita que o Papa está convidando a "falar de forma positiva" e a "não insistir no negativo", mas não está dizendo que "o que antes estava mal, agora está bem", mas está dizendo que a Igreja é mãe e, como tal, "gosta dos seus filhos mesmo que cometam erros".
Sobre o governo da Igreja, aponta que se pode esperar "colegialidade, consulta e reflexão" antes de tomar decisões; "sinceridade e abertura" na hora de dar explicações; assim como "uma luta aberta contra a hipocrisia e a mentira". O que não se pode esperar, conforme precisou, é que o Papa mude os Dez Mandamentos nem que venda o Vaticano para combater a pobreza.
Por outro lado, nas palavras do Pontífice sobre a mulher, Palomino vê "uma nova proposta" afastada do "feminismo tradicional que entende os sexos na leitura da luta de classes". Em qualquer caso, considera que o importante de sua mensagem neste sentido é o convite tanto a homens como a mulheres de descobrir o que podem fazer "fora dos muros de uma igreja".
Por sua parte, o professor da Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra e biógrafo de Bento XVI Pablo Blanco indicou que embora o Papa tenha falado que "jamais" foi "de direita", também não falou que é de esquerda. Segundo ele, representa "um cristianismo pós-ideológico" ainda que admita que com esta revelação o Papa talvez tenha querido "tirar da Igreja esse ar autoritário que provavelmente já teve em mais de uma ocasião".
Em relação aos temas éticos como o aborto e a anticoncepção, acha que o Papa Francisco recorda que requerem um contexto, pois "às vezes, são abordados de forma descontextualizada".
Além disso, sobre as pessoas homossexuais, Blanco assinala que Francisco "não diz nada distinto" do que diz o Catecismo da Igreja, "que estas pessoas devem ser acolhidas também na Igreja", e que ao mesmo tempo, devem ser ajudadas para que sejam "verdadeiramente livres".
Sobre as respostas do Papa a respeito das reformas na Cúria, Blanco acredita que se pode esperar "mais diálogo, transparência e colaboração". "Talvez não demoremos para ver uma Igreja tão romana como católica, como universal", destacou.
A respeito da presença da mulher nos postos de autoridade da Igreja, Blanco vê que Francisco se mostra "em sintonia" com Bento XVI e com João Paulo II –que já disse "que a pessoa mais importante na Igreja depois de Jesus Cristo, não é o Papa nem os bispos nem os sacerdotes mas sim uma mulher: Maria"–. Além disso, acha possível que se vejam "cada vez mais mulheres" no Vaticano.
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ROMA, 20 Set. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- O Papa Francisco compartilhou numa recente entrevista como é a sua vida de oração cotidiana. Além da Missa e do Rosário diários, o Santo Padre contou que prefere a Adoração ao Santíssimo pelas tardes e explicou que para ele a oração é sempre "memoriosa".
Assim o indicou o Santo Padre na entrevista concedida ao sacerdote jesuíta italiano, Padre Antonio Spadaro, diretor da revista La Civiltá Cattolica, uma publicação que é revisada pela Secretaria de Estado do Vaticano.
O Papa contou que "rezo o Ofício (as orações próprias do clero em toda a Igreja para cada dia) todas as manhãs. Eu gosto de rezar com os Salmos. Depois, a seguir, celebro a Missa. Rezo o Rosário".
"O que verdadeiramente prefiro é a Adoração vespertina, mesmo quando me distraio e penso em outra coisa ou mesmo quando adormeço rezando. Assim, à tarde, entre as sete e as oito, estou diante do Santíssimo durante uma hora, em adoração. Mas também rezo mentalmente quando espero no dentista ou noutros momentos do dia".
O Santo Padre assinala logo que "a oração é para mim sempre uma oração ‘memoriosa’, cheia de memória, de recordações, também memória da minha história ou daquilo que o Senhor fez na sua Igreja ou numa paróquia particular".
"Para mim é a memória de que Santo Inácio fala na Primeira Semana dos?Exercícios, no encontro misericordioso com Cristo Crucificado. E pergunto-me: ‘Que fiz por Cristo? Que faço por Cristo? Que farei por Cristo?’".
"É a memória de que fala Inácio também na Contemplação para alcançar o amor, quando nos pede para trazer à memória os benefícios recebidos".
O Pontífice ressalta que "sobretudo, eu sei também que o Senhor tem memória de mim. Eu posso esquecer-me d´Ele, mas eu sei que Ele jamais se esquece de mim".
A memória, conclui o Papa Francisco, "funda radicalmente o coração de um jesuíta: é a memória da graça, a memória de que se fala no?Deuteronômio, a memória das obras de Deus que estão na base da aliança entre Deus e o seu povo. É esta memória que me faz filho e me faz ser também pai".
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