Julio Severo: “Relativismo Totalitário” plus 2 more |
- Relativismo Totalitário
- Depois do aborto, o infanticídio
- Brasil cresce como 'exportador' de missionários cristãos, diz estudo
Posted: 04 Mar 2012 04:36 AM PST Relativismo TotalitárioEguinaldo Hélio de Souza Precisamos entender um pouco nossa civilização, que um dia foi chamada de cristã e que dia após dia torna-se um mais anticristã. Primeiro veio a liberdade de pensamento, de expressão, de religião. Cada um podia pensar o que quisesse, dizer o que bem entendesse, crer em qualquer coisa. E assim nosso mundo tornou-se um multiverso, com centenas de ideias e crenças diferentes e distintas. Nenhum problema. Até aqui, tudo bem. De repente, alguém disse que o pensamento e as crenças do outro estavam errados e que suas palavras também estavam errados. Então surgiu alguns e começaram a dizer que nada estava errado porque tudo era relativo. Não havia preto ou branco, só cinza. Bem ou mal dependia do conceito de cada um. Também não havia nenhuma certeza em religião alguma. Todas estavam certas. Parecia uma boa saída para que religiões e opiniões diferentes pudessem caminhar juntas sem se chocarem. Todo mundo estava certo, não havia verdades absolutas para serem defendidas. Sem perceber, essa filosofia, chamada relativismo, matou a verdade onde quer que ela se encontra-se. A verdade é absoluta por sua própria natureza. É como a esfericidade do globo ou a redondeza do círculo. Se tirarmos o absoluto da verdade não existe mais nada. O cristianismo se sustenta sobre o fato da verdade absoluta. Suas afirmações são definitivas. Jesus é a Verdade com "V" maiúsculo e não uma entre tantas verdades que temos por aí. Só Nele há salvação e em nenhum outro (Atos 4.12). A Bíblia é a Palavra de Deus, onde a estrutura da realidade é devidamente representada e suas normas morais são indiscutíveis e definitivas. Os mandamentos de Deus são o fundamento absoluto do certo e o do errado. Com o relativismo nossa sociedade pluralista foi se tornando cada dia menos cristã e agora vai se tornando cada dia mais anticristã. Os valores morais e espirituais do cristianismo, por serem absolutos, vão sendo sufocados por políticas estatais que não se ajustam a tal relativismo. Pelo menos em três áreas isso é visível Relativismo moralAi dos que chamam ao mal bem e ao bem, mal, que fazem das trevas luz e da luz, trevas, do amargo, doce e do doce, amargo! (Isaías 5.20) O certo e o errado não possuem mais um padrão absoluto. Antes ele até poderia ser estabelecido pela maioria, mas agora as minorias também podem impor suas normas morais através de ações políticas. Basta lembrar do gayzismo, esse movimento que está tentando transformar uma prática sexual condenada universalmente no mundo e na história em uma casta privilegiada que não pode ser criticada de forma nenhuma. Uma ação que um dia foi crime hoje criminaliza quem a condena. O mesmo podemos dizer da bruxaria. Outrora definia práticas demoníacas e condenáveis. Hoje seus praticantes a ensinam para crianças e adolescentes até com certo glamour. O cristianismo vai sendo discriminado por condenar práticas imorais, demonstrando que existe o certo e o errado. Relativismo cultural"Quando entrarem na terra que o SENHOR, o seu Deus, lhes dá, não procurem imitar as coisas repugnantes que as nações de lá praticam. (...) O SENHOR tem repugnância por quem pratica essas coisas, e é por causa dessas abominações que o SENHOR, o seu Deus, vai expulsar aquelas nações da presença de vocês (Deuteronômio 18.9, 12) As culturas foram sacralizadas, isto é, tudo nelas se tornou intocável. Quando o cristianismo começou a singrar os mares, o canibalismo, o infanticídio e a queima de viúvas sobre os túmulos dos maridos foi abolido. Entendia-se que aqueles elementos eram errados porque eram condenados pela revelação divina na Palavra de Deus. Se fosse hoje os europeus seriam criticados e criminalizados por se escandalizar com os sacrifícios humanos dos astecas, por exemplo. Os antropólogos condenam qualquer atividade missionária, pois, isso alteraria a cultura indígena. O infanticídio comum entre certas tribos não pode ser proibido porque é "cultural". Todo mal é cultural. E nem todos os aspectos de uma cultura são aprovados por Deus. O cristianismo vai aos poucos sendo marginalizado por colocar Deus acima da cultura. Relativismo religiosoIrmãos, o desejo do meu coração e a minha oração a Deus pelos israelitas é que eles sejam salvos. Posso testemunhar que eles têm zelo por Deus, mas o seu zelo não se baseia no conhecimento. (Romanos 10.1, 2) Absolutamente, só H2O forma a água. Dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Nada diferente disso será água, pelo menos não como a conhecemos naturalmente. A realidade tem uma estrutura absoluta. Mas no trato com as coisas espirituais o relativismo quer igualar tudo. Tanto faz se uma religião prega o amor ao próximo e o sacrifício em favor dos outros, como faz o cristianismo ou se fura um boneco para destruir a vida do inimigo, como no Vodu. Todas as religiões têm o mesmo valor. Na Inglaterra um presidiário ganhou o direito de praticar o satanismo na cadeia. É a liberdade religiosa. Qualquer crítica que o cristianismo faça à outras religiões começa a ser considerado ofensa grava. Em alguns lugares dos EUA já não se pode falar Feliz Natal para não ofender adeptos de outras religiões. Em certos países pregar o Evangelho é proselitismo e é considerado ilegal. E não estamos falando de países muçulmanos, mas daqueles que um dia foram chamados de cristãos. O cristianismo está sendo condenado por se declarar único caminho capaz de ligar o homem a Deus. Seu exclusivismo choca-se com o relativismo secular. Os absolutos do cristianismo estão se chocando com o relativismo secular. E o secularismo é a filosofia oficial dos Estados. Isso significa que cada vez mais o cristianismo será tolhido pelas políticas estatais. Leis anticristãs se tornarão cada vez mais influentes. Essa é a nossa situação. Urge uma resposta nossa. E essa resposta depende de nossa visão de cristianismo e de mundo. Deus nos ajude a tomarmos as atitudes certas. Fonte: www.juliosevero.com Você decide: quem será o salvador do Brasil? |
Depois do aborto, o infanticídio Posted: 03 Mar 2012 09:08 AM PST Depois do aborto, o infanticídioJulio Severo Leitores do meu blog me enviaram um artigo do jornalista Reinaldo Azevedo denunciando uma dupla de especialistas que defende o infanticídio. Esses leitores estão chocados e com razão, pois defender assassinato de inocentes é chocante. O fascinante é que se um homem defender a pena de morte para assassinos, a própria imprensa se encarrega de lhe cortar os espaços, de modo que a voz dele só seja ouvida no quintal da casa dele. Defenda a execução de criminosos perigosos e a elite social isolará você. Mas quando dois seres desumanos defendem o assassinato de bebês com argumentações pseudocientíficas, a imprensa não demonstra nenhuma disposição de cortar o espaço dos "cientistas". E as justificativas são banais: a imprensa não pode censurar, é preciso defender a liberdade de expressão, e blá-blá-blá. As mesmas forças que querem cortar nosso direito de expressar os valores cristãos na esfera pública defendem a "liberdade de expressão" de assassinos de bebês. A defesa do infanticídio, embora chocante, não é nova. Peter Singer, considerado um dos maiores defensores dos direitos dos animais, defende o infanticídio há anos. No entender dele, um pitbull tem mais valor do que um recém-nascido. Singer, que é professor de uma prestigiosa universidade dos EUA, nunca se preocupou com a polícia batendo na porta dele. Afinal, a liberdade de expressão é mais importante do que defender o "direito" de matar recém-nascidos. O livro De Volta Ao Lar, traduzido por mim, relata que depois que o aborto foi legalizado nos EUA, aumentaram os casos de infanticídio em hospitais e clínicas dos EUA. Por que um médico aborteiro que matou o bebê em gestação hoje teria qualquer escrúpulo de não matar um recém-nascido horas depois? O aborto legalizado é terreno fértil para outros assassinatos. Um médico aborteiro já é um assassino em potencial e na prática. Os relatos do De Volta Ao Lar destacam casos desde a década de 1970. O infanticídio já vem sendo praticado nos EUA e outras sociedades ocidentais. Só não está legalizado. O que a dupla especialista, denunciada por Azevedo, está defendendo não é novidade alguma nas sociedades ocidentais que já legalizaram o aborto. Essa é uma consequência horrenda, mas previsível, pois é impossível esperar de um médico aborteiro qualquer sentimento de defesa à vida de um recém-nascido. Abaixo, a matéria do Azevedo: Os neonazistas da "bioética" já não se contentam em defender o aborto; agora também querem a legalização do infanticídio! Eu juro! E ainda atacam os seus críticos, acusando-os de "fanáticos". Vamos ver. Os acadêmicos Alberto Giublini e Francesca Minerva publicaram um artigo no, ATENÇÃO!, "Journal of Medical Ethics" intitulado "After-birth abortion: why should the baby live?" - literalmente: "Aborto pós-nascimento: por que o bebê deveria viver?" No texto, a dupla sustenta algo que, em parte, vejam bem!, faz sentido: não há grande diferença entre o recém-nascido e o feto. Alguém poderia afirmar: "Mas é o que também sustentamos, nós, que somos contrários à legalização do aborto". Calma! Minerva e Giublini acham que é lícito e moralmente correto matar tanto fetos como recém-nascidos. Acreditam que a decisão sobre se a criança deve ou não ser morta cabe aos pais e até, pasmem!, aos médicos. Para esses dois grandes humanistas, NOTEM BEM!, AS MESMAS CIRCUNSTÂNCIAS QUE JUSTIFICAM O ABORTO JUSTIFICAM O INFANTICÍDIO, cujo nome eles recusam — daí o "aborto pós-nascimento". Para eles, "nem os fetos nem os recém-nascidos podem ser considerados pessoas no sentido de que têm um direito moral à vida". Não abrem exceção: o "aborto pós-nacimento" deveria ser permitido em qualquer caso, citando explicitamente as crianças com deficiência. Mas não têm preconceito: quando o "recém nascido tem potencial para uma vida saudável, mas põe em risco o bem-estar da família", deve ser eliminado. Num dos momentos mais abjetos do texto, a dupla lembra que uma pesquisa num grupo de países europeus indicou que só 64% dos casos de Síndrome de Down foram detectados nos exames pré-natais. Informam então que, naquele universo pesquisado, nasceram 1.700 bebês com Down, sem que os pais soubessem previamente. O sentido moral do que diz a dupla é claro: soubesse antes, poderia ter feito o aborto; com essa nova leitura, estão a sugerir que essas crianças poderiam ser mortas logo ao nascer. Não! Minerva e Giublini ainda não haviam chegado ao extremo. Vão chegar agora. Por que não a adoção? Esses dois monstros morais se dão conta de que o homem comum, que não é, como eles, especialista em "bioética", faz-se uma pergunta óbvia: por que não, então, entregar a criança à adoção? Vocês têm estômago forte?. Traduzo trechos da resposta: "Um objeção possível ao nosso argumento é que o aborto pós-nascimento deveria ser praticado apenas em pessoas (sic) que não têm potencial para uma vida saudável. Conseqüentemente, as pessoas potencialmente saudáveis e felizes deveriam ser entregues à adoção se a família não puder sustentá-las. Por que havemos de matar um recém-nascido saudável quando entregá-lo à adoção não violaria o direito de ninguém e ainda faria a felicidade das pessoas envolvidas, os adotantes e o adotado? (…) Precisamos considerar os interesses da mãe, que pode sofrer angústia psicológica ao ter de dar seu filho para a adoção. Há graves notificações sobre as dificuldades das mães de elaborar suas perdas. Sim, é verdade: esse sentimento de dor e perda podem acompanhar a mulher tanto no caso do aborto, do aborto pós-nascimento e da adoção, mas isso NÃO SIGNIFICA que a última alternativa seja a menos traumática." A dupla cita trecho de um estudo sobre mães que entregam filhos para adoção: "A mãe que sofre pela morte da criança deve aceitar a irreversibilidade da perda, mas a mãe natural [que entrega filho para adoção] sonha que seu filho vai voltar. Isso torna difícil aceitar a realidade da perda porque não se sabe se ela é definitiva". Voltei É isso mesmo! Para a dupla, do ponto de vista da mulher, matar um filho recém-nascido é "psicologicamente mais seguro" do que entregá-lo à adoção. Minerva e Giublini acabaram com a máxima de Salomão. No lugar do rei, esses dois potenciais assassinos de bebês teriam mesmo dividido aquela criança ao meio. Querem saber? Essa dupla de celerados põe a nu alguns dos argumentos centrais dos abortistas. Em muitos aspectos, eles têm mesmo razão: qual é a grande diferença entre um feto e um recém-nascido? Ao levar seu argumento ao extremo, deixam a nu aqueles que nunca quiseram definir, afinal de contas, o que era e o que não era vida. Estes dois não estão nem aí: reconhecem, sim, como vida, tanto o feto como o recém-nascido. Apenas dizem que não são ainda pessoas no sentido que chamam "moral". Notem que eles também suprematizam, se me permitem a palavra, o direito de a mulher decidir, a exemplo do que fazem alguns dos nossos progressistas, e levam ao extremo a idéia do "potencial de felicidade", o que os faz defender, sem meios-tons, o assassinato de crianças deficientes — citando explicitamente os casos de Down. O Supremo e os anencéfalos O Supremo Tribunal Federal vai liberar, daqui a algum tempo, os abortos de anencéfalos. Como já afirmei aqui, abre-se uma vereda para a terra dos mortos, citando o poeta. Se essa má-formação vai justificar a intervenção, por que não outras? A dupla que escreveu o artigo não tem dúvida: moralmente falando, diz, não há diferença entre o anencéfalo e o recém-nascido saudável. São apenas pessoas potenciais. Afinal, para essa turma, quem ainda não tem história não tem direito à existência. Um outro delinqüente intelectual chamado Julian Savulescu A reação à publicação do artigo foi explosiva. Os dois autores chegaram a ser ameaçados de morte, o que é, evidentemente, um absurdo, ainda que tenham tentado dar alcance científico, moral e filosófico ao infanticídio. No mínimo a gente é obrigado a considerar que os dois têm mais condições de se defender do que as crianças que eles defendem que sejam mortas. A resposta que dão à hipótese de adoção diz bem com quem estamos lidando. Julian Savulescu é o editor da publicação. Também é diretor do The Oxford Centre for Neuroethics. Este rematado imbecil escreve um texto irado defendendo a publicação daquela estupidez e acusa de fundamentalistas e fanáticos aqueles que atacam os dois "especialistas em ética". E ainda tem o topete de apontar a "desordem" do nosso tempo, que estaria marcado pela intolerância. Não me diga!!! O que mais resta defender? Aqueles dois potenciais assassinos de crianças deveriam dizer por que, então, não devemos começar a produzir bebês para fazer, por exemplo, transplante de órgãos. Se admitem que são pessoas, mas ainda não moralmente relevantes, por que entregar aos bichos ou à incineração córneas, fígados, corações? Tudo isso é profundamente asqueroso, mas não duvidem de que Minerva, Giublini e Savulescu fizeram um retrato pertinente de uma boa parcela dos abortistas. Se a vida humana é "só uma coisa" e se os homens são "humanos" apenas quando têm história e consciência, por que não matar os recém-nascidos e os incapazes? Estes são os neonazistas das luzes. Mas não se esqueçam, hein? Reacionários somos nós, os que consideramos que a vida humana é inviolável em qualquer tempo. Fonte: www.juliosevero.com |
Brasil cresce como 'exportador' de missionários cristãos, diz estudo Posted: 03 Mar 2012 07:31 AM PST Brasil cresce como 'exportador' de missionários cristãos, diz estudoQuando os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil, em 1549, comandados pelo padre Manuel da Nóbrega, o país era um vasto território a ser colonizado e catequizado. Mais de quatro séculos depois, o movimento de catequese vai hoje no sentido contrário: o Brasil se tornou um significativo "exportador" de missionários cristãos para o mundo, apontam estimativas de um recém-publicado estudo norte-americano. E isso é parte de uma tendência de fortalecimento do cristianismo no sul do planeta, enquanto a Europa caminha para a secularização, explica o autor da pesquisa, professor Todd Jonhson, do Centro de Estudos do Cristianismo Global da Universidade Gordon-Conwell. Segundo cálculos de Johnson, havia no mundo cerca de 400 mil missionários cristãos em 2010, saídos de 230 países. Desses, 34 mil eram brasileiros - quantidade inferior apenas à dos evangelizadores norte-americanos, que somavam 127 mil. O número de brasileiros é inédito, explica Johnson à BBC Brasil. Representa um aumento de 70% em relação ao ano 2000 (quando o país tinha cerca de 20 mil missionários no exterior) e tende a crescer. "A quantidade de missionários enviados pelo Sul global supera o declínio (do cristianismo) na Europa", diz o estudioso. "No caso da América Latina e do Brasil, isso se justifica por um senso maior de responsabilidade pelo mundo exterior, pela estabilidade econômica, por suas conexões de idioma com a África e por um desejo de oferecer uma evangelização que, diferentemente da praticada pelos EUA, não carrega o fardo de invasões." Johnson explica que o estudo inclui todos os grupos cristãos, de católicos romanos a protestantes, pentecostais e igrejas independentes. Ele ressalta que o número é uma "estimativa aproximada", já que muitos dos missionários não estão ligados a grandes congregações, e sim a pequenos grupos autônomos e difusos. Vida em MoçambiqueEntre eles está a família de Marcos Teixeira, 36 anos, que desde 2007 atua como missionário em Moçambique pela Igreja Evangélica Congregacional de Bento Ribeiro (RJ). Ele contou à BBC Brasil que, nos últimos quatro anos, sua família construiu uma escola para crianças de três a cinco anos e uma escolinha de futebol para meninos de 9 a 17 anos. Eles também acompanham pacientes portadores de HIV. Sua rotina é contada no blog familiamatriju.blogspot.com (o nome é uma combinação de sílabas dos nomes dos integrantes da família, formada, além de Marcos, por sua mulher, Patrícia, 33, e seus filhos Juliana, 8, e Carlos Eduardo, 1, nascido em Moçambique). Evangelizadores desde 2003, Marcos e Patricia dizem que anos antes já sentiam um "chamado" para ir à África, ao ouvir notícias sobre a guerra em Angola. Também já passaram por África do Sul e Bolívia. "Ainda não fomos a Angola, mas aprendemos a amar o povo moçambicano." Passado colonizadorO estilo missionário da família se insere no que Todd Johnson descreve como a principal mudança no cenário da evangelização: "Antes, era uma ação que saía de um poder colonial rumo a uma colônia" - de Portugal ao Brasil, por exemplo. "Atualmente, quase toda a prática missionária não se encaixa mais nisso." Para Jorge Cláudio Ribeiro, professor do Departamento de Ciências da Religião da PUC-SP, as missões vão no rastro da própria imigração brasileira e latino-americana. "Muitos migrantes latinos mantêm o catolicismo nos EUA. Em geral, (os missionários) já buscam uma comunidade específica em que atuar. Vão atrás de uma freguesia", diz. Mesmo no atual período pós-colonial, ele opina que as missões ainda seguem sendo uma força política, que lança mão de "enviados" para evangelizar pessoas de outras religiões. "Além disso, é uma atividade econômica, uma fonte de emprego." Johnson também vê laços econômicos com a atividade missionária. "Pode ser uma atividade rentável para as igrejas que estimulam as doações e para os chamados 'grupos de prosperidade' (igrejas baseadas na Teologia da Prosperidade, movimento que prega o bem-estar material do homem)." DificuldadesPara a família evangelizadora de Marcos Teixeira, porém, os recursos são escassos. "Sem (apoio) contínuo, vivemos com muitas dificuldades, tiramos sustento do que a igreja nos dá para viver em Moçambique. Muitas vezes tiramos das nossas compras para suprir as necessidades dos nossos programas, porque a maioria das crianças (atendidas) só se alimenta das refeições que oferecemos." As dificuldades também foram de adaptação no país do leste africano. "Quando chegamos a Moçambique, sofremos roubos, nossa casa era invadida constantemente. Deu vontade de desistir, mas sempre sentíamos Deus nos fortalecendo", disse Marcos por e-mail. Ele também se preocupa com o futuro da filha mais velha, Juliana, por achar a educação precária no país africano. Acha que ficará ali por mais dois anos, mas pensa em dar continuidade a seus projetos. "A maior alegria é deixar (pessoas locais) qualificadas para desempenhar o papel que a gente se propôs a desenvolver." Indo além do legado, Todd Johnson opina que os missionários cristãos em missão no exterior também devem respeitar lideranças locais. "Uma área potencial de conflito é o paternalismo, a ideia de que 'essas pessoas (locais) não são maturas o suficiente para liderar sua igreja'. É uma atitude similar ao colonialismo." Fonte: UOL Divulgação: www.juliosevero.com |
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