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    quarta-feira, 30 de maio de 2012

    STF: 35 mil pedem julgamento do mensalão


    Blogs e Colunistas
    Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)
    30/05/2012
    às 14:29

    STF: 35 mil pedem julgamento do mensalão

    Na VEJA Online:
    Representantes de movimentos de combate à corrupção devem entregar aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira, um abaixo-assinado com mais de 35 000 assinaturas pedindo que o julgamento do mensalão seja realizado ainda no primeiro semestre. A previsão é que os integrantes do movimento “SOS STF - Julgamento do Mensalão Já” estejam no STF às 14 horas. Fazem parte do grupo o Movimento 31 de Julho, a organização não-governamental Transparência Brasil, a ONG Contas Abertas e o Movimento “Queremos Ética na Política”.
    O principal objetivo do protesto é alertar para a possibilidade da prescrição de alguns crimes. “O nosso objetivo é fortalecer as instituições. Esse é um gesto de solidariedade aos ministros do STF. Nós acreditamos que o próprio [presidente do STF] Carlos Ayres Britto tem a intenção de julgar o processo rapidamente. Então isso é um apoio a essa intenção”, afirmou Ana Luiza Archer, do Movimento 31 de Julho.
    Apesar de a maioria das assinaturas ter sido colhida de forma eletrônica (cerca de 24 000), os organizadores da petição dizem estar satisfeitos com apoio físico. “A adesão na rua foi muito grande. No Rio, fizemos eventos na orla, em Copacabana, Ipanema, Leblon. Os movimentos duravam apenas duas horas, mas a adesão era total”, afirma Marcelo Medeiros, também do 31 de Julho. “O corpo a corpo na rua foi muito interessante. Grande parte das pessoas aderiu, fez fila e elogiou muito”, completa Ana Luiza.
    A campanha das entidades ocorre após a ação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem se lançado numa ofensiva sobre o STF para protelar o julgamento, como revelou reportagem da edição de VEJA desta semana.
    (…)
    Por Reinaldo Azevedo
    30/05/2012
    às 14:26

    Impasse evita quebra de sigilo de governadores na CPI

    Por Gabriel Castro, na VEJA Online:
    Sem acordo, a CPI do Cachoeira adiou nesta quarta-feira a votação de um requerimento que quebraria os sigilos fiscal, bancário e telefônico do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).  A queda-de-braço sobre a possível inclusão de outros dois governadores na medida impossibilitou a a votação do pedido.
    A discussão ocorreu antes mesmo que a CPI analisasse os pedidos de convocação dos governadores, também marcada para esta quarta-feira. A oposição cobrou que fossem incluídas no requerimento de quebra de sigilo as figuras dos governadores do Distrito Federal (PT), Agnelo Queiroz, e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). “Não há como admitirmos a exclusão de uns, a inclusão de outros, a seleção de alvos, a inclusão de dois pesos, duas medidas e dois focos”, protestou o senador Alvaro Dias (PSDB-PR).
    Já o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) sugeriu a rejeição da quebra do sigilo dos três governadores: “Os secretários de estado demitidos em função do suposto envolvimento no esquema sequer foram indiciados. E nós vamos votar hoje quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico de governadores que tomaram essas medidas contra seus secretários?”, afirmou.
    O relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), rebateu: “Há nos autos dos inquéritos da Polícia Federal mais evidências no que diz respeito ao governador Marconi Perillo. Os cheques da casa foram para a conta dele”, afirmou, fazendo menção à venda da casa do governador ao contraventor Carlinhos Cachoeira. “O senhor falta com a verdade. A venda da casa não consta do inquérito”, rebateu o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
    Tentando encerrar o debate, o presidente em exercício da CPI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), sugeriu que o requerimento fosse sobrestado - ou seja, mantido em espera até que surjam novos fatos. O plenário da CPI acatou a proposta. Odair Cunha também consentiu: “Eu não retiro nada do que eu disse, mas nós vamos continuar o nosso processo de investigação e, numa próxima reunião, vamos enfrentar o tema”. Também foram sobrestados requerimentos que quebravam o sigilo dos deputados federais Sandes Júnior (PP-GO), Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) e Stepan Nercesian (PPS-RJ).
    Depoimentos
    A comissão também deveria ouvir nesta quarta-feira seis personagens do escândalo. Quatro deles, entretanto, apresentaram habeas corpus garantindo o direito ao silêncio: Cláudio Abreu, ex-diretor Delta no Centro-Oeste, Gleyb Ferreira da Cruz, auxiliar de Cachoeira, José Olímpio de Queiroga Neto, explorador de caça-níqueis em Goiás, Lenine Araújo de Souza, comparsa do contraventor. O presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Eduardo Rincón, apresentou um atestado médico para não comparecer. E Rodrigo Dal Agnol, tesoureiro da Delta, obteve no STF uma decisão que adiou seu depoimento porque, na convocação, não ficou claro se ele falaria na condição de investigado ou de testemunha.
    Todos os chamados à sala de comissão foram dispensados logo após informar que ficariam em silêncio, à exceção de Lenine, que resolveu falar mas passou a maior parte do tempo queixando-se das condições de sua prisão: “Estão cometendo certas injustiças contra a minha pessoa, mas certas coisas eu vou ficar impossibilitado de falar por causa da minha audiência na sexta-feira”, disse, referindo-se a uma audiência na Justiça Federal em Goiás. Lenine também alegou inocência: “Não me considero braço direito do senhor Carlos, como me denunciaram, e me sinto injustiçado quanto a isso”.
    A defesa de Lenine pediu à CPI que agendasse um novo depoimento para os próximos dias, após a audiência na Justiça. O senador Vital do Rêgo concordou: o indiciado pode retornar à comissão já na semana que vem. Em seguida, Lenine foi dispensado.
    Por Reinaldo Azevedo
    30/05/2012
    às 7:00

    LEIAM ABAIXO

    Explodem a violência retórica e o ódio dos nazistoides nas redes sociais e na esgotosfera. O JEG abre suas páginas para o vale-tudo contra a imprensa livre, o Judiciário independente e a civilidade. No comando da SA, Lula!;
    O isentismo consegue distorcer a realidade mais do que os canalhas rematados;
    ABSURDO! Governo quer agora cotas “raciais” nos concursos públicos e até para o doutorado. Eis o monstro que o Supremo embalou;
    Lula estará hoje em Brasília; em respeito a Dilma, deveria ficar de boca fechada;
    “Lacerda tinha como missão me destruir”;
    Para Dilma, há risco de crise institucional;
    Haddad se reúne na casa de Paulo Henrique Amorim com blogueiros financiados por governos petistas e por estatais para discutir sua campanha eleitoral;
    PR diz a Haddad que descarta apoiá-lo e rejeita oferta de vice;
    Governo agora prepara cotas raciais para o mercado de trabalho, produção cultural, pós-graduação, cargos comissionados…;
    Dias Toffoli toma posse no TSE sem comentar acusações de Gilmar Mendes contra Lula;
    Procurador da República no RS entra com representação contra Thomaz Bastos;
    Você ganha R$ 1.021,00 por mês? Então já é da classe alta segundo o modelo petista! O Milagre do Apedeuta começa a ganhar números;
    ESPANTOSO! UOL dá visibilidade a um sujeito que maneja uma máquina mágica, que estaria acusando que Mendes mentiu! Huuummm… O Portal só se esqueceu de dizer quem é o cara e o que andou afirmando em 2005 sobre o mensalão! É fim da picada!;
    A inacreditável declaração de Marco Maia, presidente da Câmara, terceiro homem na hierarquia da República. Ou: Rebaixamento das instituições;
    Perillo se apresenta à comissão e, na prática, pergunta: “Por que Agnelo e Cabral não fazem o mesmo?”;
    Gilmar Mendes evita o clima de “deixa disso”, diz-se alvo de “intrigas” comandadas por Lula e alerta: “A gente está lidando com gângsteres”;
    Rui Falcão volta a recorrer ao proselitismo à moda Osama Bin Laden. Ou: Falcão quer massas na rua e leis no lixo;
    CPI do Cachoeira quebra sigilo da Delta nacional;
    Demóstenes no Conselho de Ética - Dr. Jekyll tenta explicar Mr. Hyde;
    “Só fiz o que era republicano”, diz Demóstenes;
    Autoritários do Brasil, vocês perderam! Se Lula insistir em violar a Constituição, tem de fazer a sua pregação na cadeia! Ou: Queremos os mensaleiros algemados! Ou: CHEGA, LULA!!!;
    Em entrevista, Gilmar Mendes dá mais detalhes do encontro com Lula e corrige memória de Nelson Jobim;
    Mensalão tem de ser julgado, diz presidente do Supremo. “Processo já está maduro”;
    O Lula “pessoa jurídica” tenta falar em nome do Lula “pessoa física”. Uma nota que já se desmoraliza de saída. Ou: Puxe pela memória, Luiz Inácio!;
    Uma conversa com o neurocirurgião Marcos Stávale. Ou: “Nada de dobradinha com Fanta Uva antes de dormir”;
    Perfis falsos dos petralhas e robôs atuaram como nunca nas redes sociais;
    Ao tentar intimidar um ministro do Supremo, Lula ofendeu o Judiciário e cometeu um crime, afirmam juristas;
    Descriminação das drogas - A Comissão de Juristas andou queimando mato?;
    No mundo da lua. Ou “menino antigo”;
    Gente que tenta chantagear a Justiça para impedir punição de criminosos tem é de estar na cadeia;
    Oposição vai pedir que PGR investigue Lula por tráfico de influência, corrupção ativa e coação no curso do processo judicial;
    Emissora de TV paga jornalistas com dinheiro vivo; é claro que é grana ilegal!

    Por Reinaldo Azevedo
    30/05/2012
    às 6:31

    Explodem a violência retórica e o ódio dos nazistoides nas redes sociais e na esgotosfera. O JEG abre suas páginas para o vale-tudo contra a imprensa livre, o Judiciário independente e a civilidade. No comando da SA, Lula!

    Nunca, como agora, nem nos momentos mais tensos da mensalão, a rede suja apelou tanto à violência retórica, ao baixo calão, às ameaças. Que fiquem sozinhos na baixaria. Essa é a linguagem deles. Nós respondemos e responderemos com a verdade, com a reflexão, com a ponderação. Estão desesperados. Leiam o que segue abaixo e dividam com os amigos.
    *

    Não, leitores! Em seis anos de blog, a se completarem no dia 24 do mês que vem, nunca vi nada parecido. Quando o escândalo do mensalão veio à luz, em 2005, eu estava ainda no site e na revista Primeira Leitura. Havia, sim, as tropas de defesa do petismo na Internet, mas os governos do partido e as estatais ainda não financiavam de modo tão ostensivo e obsceno o JEG (Jornalismo da Esgotosfera Governista, a caminho de ser JEL — Jornalismo da Esgotosfera Lulista) ou a BESTA (Blogosfera Estatal).
    Aqui e ali, havia simpatias compradas, mas não se tratava de um sistema, de uma, não há outra expressão, quadrilha formada para atender a interesses partidários. Franklin Martins se encarregou de criar essa rede, que não tem nenhum receio de avançar Código Penal adentro. Seus próceres apostam na lentidão da Justiça e no saco sem fundo do dinheiro público par arcar com eventuais indenizações judiciais. Nunca se viu nada parecido. A virulência, a agressão gratuita, o deboche rombudo, a ignorância ignominiosa, a estupidez de aluguel, tudo, em suma, que pode compor as páginas mais asquerosas da rede está posto hoje a serviço de Luiz Inácio Lula da Silva e da banda do partido que está sob seu domínio.
    Assim como Lula perdeu a noção do limite ao encaminhar uma conversa com um ministro do Supremo Tribunal Federal que pode ser caracterizada, sem sombra de dúvidas, como chantagem, seus bate-paus na rede perderam a noção da própria violência que andam a estimular. Abrem suas páginas para o xingamento, para o baixo calão, para as manifestações mais odiosas de preconceito, para a difamação, para a calúnia, para a injúria. Pior: tentam elevar o festival de baixaria à categoria de exercício da liberdade de expressão. Quem não sabe a diferença entre o direito à opinião e a ofensa não sabe a diferente entre o argumento e o xingamento.
    Mas me ponho aqui a pensar: o que representa Lula, tomado numa mirada histórica, senão o triunfo da mentira sobre a verdade, do falso sobre o autêntico, da mistificação sobre os fatos? Foi assim que ele submeteu a uma nefasta reescritura a biografia de homens honrados, sujando-a com o seu verbo fácil, e lavou a reputação de notáveis larápios. Bastava, para tanto, que estes se ajoelhassem a seus pés e o declarassem “o líder”. Desde que o fizessem, o Apedeuta permitia que mantivessem intacto o seu reinado, por mais desonrado e desonroso que fosse. Este senhor mandou intervir no PT no Maranhão para que o partido fizesse a aliança com Roseana Sarney e seu pai, José Sarney, presidente do Senado. Poucos anos antes, ele havia satanizado a dupla em cima de um palanque. Mas eles se ajoelharam e rezaram.
    Eis Lula! A política, para ele, existe como exercício de guerra. Se o primado de uma sociedade aberta, democrática, liberal, é a tolerância com a divergência, é a aceitação tácita de que “o outro” — a oposição — é que legitima a democracia, já que situação existe também nas ditaduras, o líder petista entende ser esta uma etapa anterior à chegada do PT ao poder. Com a vitória nas urnas, o partido teria ganhado também o direito de solapar as bases que garantiram a sua própria ascensão. Ora, provou isso ao longo de seus oito anos de mandato. Não lhe bastou, como vimos, exaltar as próprias glórias, magnificar as próprias conquistas, glorificar a própria gestão. Seu grande prazer estava em espezinhar, amesquinhar e satanizar a obra do antecessor, de que herdou, como é sabido — e isso não é mera questão de opinião — régua e compasso.
    Descumprindo mais uma de suas promessas, Lula, por óbvio, não “desencarnou” do papel de presidente, conforme disse que faria. Por mais que Dilma Rousseff lhe jure fidelidade — e haverá a chance de se ver isso mais uma vez nesta quarta , o fato é, já escrevi aqui, que é ele hoje o único risco de instabilidade política que ela enfrenta. A presidente que aí está não chega a representar, vamos dizer, um período termidoriano, depois do suposto jacobinismo lulista até porque ele foi tudo, menos um radical, como sabem os bancos , mas parece evidente que ela estava disposta a falar, no poder, uma linguagem mais tolerante do que ele, ainda que, e isto é um despropósito, ela mantenha inalterada a máquina suja do subjornalismo financiado. É bem verdade que, hoje, essa gente asquerosa está mais a serviço de Lula e do PT do que propriamente do governo. Há até alguns financiados que se aventuram a fazer uma crítica ou outra ao governo federal sempre coisa leve, quase periférica.
    Mas chegou a haver, num dado momento, a suspeita de que o país pudesse funcionar como uma democracia regular, em que a política é o exercício da divergência informada, não da destruição do outro. Não, senhores! Isso não serve a Lula! Se é assim, então ele não gosta de brincar. Sua carreira é toda forjada segundo outra lógica. Das esquerdas tradicionais, herdou a mística vigarista da luta de classes. Por intermédio da adesão a essa farsa, entende-se que a disputa pública é um contínuo acúmulo de forças para derrotar o inimigo. Ocorre que esse fundamento é, no petismo, a farsa da farsa já que ninguém conseguiria operar esse confronto de braços dados com alguns potentados da economia, não é? Da política à moda latino-americana, herdou a vocação do caudilho, que não aceita que a liderança política vejam os EUA, por exemplo tem um tempo de duração, não é propriedade privada do líder. Do sindicalismo, herdou os métodos e um, como posso dizer?, realismo cru que é, na prática, brutalidade, vale-tudo, porrada se preciso.
    Assim se formou a têmpera do condutor, que não reconhece limites. Nos oito anos em que esteve à frente do poder e nos nove e poucos de governo petista, seu trabalho contínuo, cotidiano, incansável, tem sido tentar desmoralizar as instituições, rebaixá-las, submetê-las à sua vontade. Uma leitura rápida de sua trajetória vai encontrá-lo em rota de confronto com o próprio STF (esta não é a primeira vez), com o TCU, com o Ministério Público, com a Lei de Licitações e, evidentemente, com a imprensa IMPRENSA ESTA QUE, VAI TUDO EM MAIÚSCULAS, TEVE COM ELE UM COMPORTAMENTO CORDATO QUE NÃO DISPENSOU A NENHUM OUTRO PRESIDENTE, INCLUINDO O ÚLTIMO DO CICLO MILITAR, JOÃO FIGUEIREDO, QUE JÁ APANHOU BASTANTE.  Não foram raros os momentos em que foi tratado com mais mesuras do que aquelas que Mino Carta dispensava aos generais. Nunca foi o bastante porque nunca ninguém conseguirá ter de Lula uma impressão tão boa quanto a que ele tem de si mesmo. No mundo de Lula, ninguém conseguirá puxar o saco de Lula tão bem quanto o próprio Lula.
    Os nazistoides
    Aquela súcia patrocinada, criada para defender o seu governo e para atacar as instituições, continua, ainda hoje, a seu serviço e a serviço do partido. Como o Babalorixá de Banânia, em muitos aspectos, nunca se viu tão exposto quanto agora, assiste-se, então, a isso que chamo “explosão de violência”. Mandam-me comentários espantosos publicados na esgotosfera, que incentivam a agressão física de adversários. As tropas da SA consideram uma ofensa de caráter quase religioso as críticas a seu Führer. Então gritam na rede: “Pega, mata, esfola, aniquila, ataca!”. E a tudo isso, a exemplo do que se fazia na Alemanha da década de 30, chamam exercício da “democracia”.
    Desta vez, Lula encontrou uma parada dura pela frente. Ele sabe muito bem o que fez. Os ministros que foram alvos de seu assédio incluindo o corajoso Gilmar Mendes também. Notem a barbaridade a que se assistiu nesta terça-feira: NINGUÉM MENOS DO QUE UM MINISTRO DO SUPREMO TEVE DE VIR A PÚBLICO, COM RESERVAS AÉREAS NAS MÃOS, PARA PROVAR QUE ERA INOCENTE. Eu escrevo de novo, agora em negrito: um dos 11 brasileiros que integram o tribunal constitucional do país, guardião da máxima de que, nas democracias, é preciso provar culpa, não inocência, viu-se na contingência, para cessar a rede de maledicências e canalhices, de provar que não era culpado. E por quê? Porque a ameaça velada que lhe foi feita pelo próprio Lula prosperou naquela teia financiada por estatais. Pior: até o jornalismo sério, responsável, se deixou contaminar.
    Lula comanda uma escória dedicada hoje a tentar livrar a cara de mensaleiros, a atacar a imprensa independente e a manchar a reputação de pessoas honradas que não se vergam à vontade do partido. Por quê? Porque o Apedeuta, curtido na vigarice da luta de classes vivida como farsa, no caudilhismo cucaracha e no autoritarismo sindical, entende a política como arte da dominação do outro — ou de sua destruição.  E saibam os senhores: vagabundos para fazer o trabalho sujo na rede não são exclusividade do Brasil, não! Há congêneres seus hoje na Argentina, na Venezuela, no Equador, na Bolívia… Todos, invariavelmente, sustentados com dinheiro público.
    Caminhando para a conclusão
    Ninguém deve reagir na mesma moeda. Quanto mais eles megulharem na abjeção e na linguagem de esgoto, mais estarão indo ao encontro da própria natureza e dizendo quem são e que mundo querem. Isso também é expressão de desespero. Ao afirmar isso, não estou querendo dizer que o PT esteja prestes a perder o poder ou algo do gênero. Salvo uma deterioração grave da economia e numa velocidade que me parece improvável, Dilma pode realizar um feito que Lula nunca realizou (para seu ódio infindo): reeleger-se no primeiro turno. O ponto é outro. Essa sujeira toda, de que Lula desponta como o chefe, é expressão de uma batalha pelo poder que está hoje no seio do próprio PT. Dirceu precisa ser inocentado para tentar tomar as rédeas do partido e, assim, buscar dividir o poder com Dilma, mesmo sem ser eleito por ninguém, e continuar a assombrar a democracia.
    Reitero: não rebatam a sujeira com a sujeira. As vocações estão se revelando como nunca. O desespero deles está no fato de que, fazendo o que fazem, terão os leitores que têm. Dedicam-se a provocações ridículas porque gostariam de convencer os leitores que jamais terão: vocês!
    Texto publicado originalmente às 5h02
    Por Reinaldo Azevedo
    30/05/2012
    às 6:25

    O isentismo consegue distorcer a realidade mais do que os canalhas rematados

    Tomem cuidado!
    O isentismo que não consegue distinguir culpados de inocentes faz mais mal à inteligência do que a canalhice rematada. Desta, as pessoas podem se defender — ou a ela ceder. É questão de escolha. Um canalha costuma dizer quem é e a serviço de quem está. Um isentista é mestre da engabelação. Por que digo isso?
    Leio nesta manhã dois textos que tentam demonstrar que, no episódio Mendes-Lula-Jobim, todos estão errados. Uma ova! Essa história de que o ministro jamais poderia ter conversado com Lula é uma estupidez rematada. Não deveria por quê? O ex-presidente não é parte do processo; não é, infelizmente, um dos acusados; não está formalmente ligado ao caso. Por que um membro do Supremo, em companhia de um ex-colega de tribunal, não pode se encontrar com um ex-presidente da República? Não há absolutamente nada de errado nisso! Fosse assim, os juízes deveriam ser como as vestais: escolhidos ao nascimento, permaneceriam no templo, virgens, sem contato com o mundo externo. Isso é uma besteira!
    Lula, sim, não deveria ter feito o que fez. E por que Mendes não botou antes a boca no trombone? Porque passaria pela mesma saraivada por que vem passando agora. Não seria diferente. É compreensível que tenha querido evitar esse embate. Certamente fez uma aposta errada. Deve ter achado que Lula se reencontraria com o bom senso e daria outras instruções à máquina de maledicência. Mas não! O trabalho sujo continuou.
    De resto, qual é o ponto? Mais uma vez, há “espertos” tentando apurar as matérias da VEJA em vez de apurar malandragens da República? Mendes apenas confirmou a história que a revista apurou. Os que agora censuram o ministro trabalham, por exemplo, com a hipótese de que o próprio Lula pode ter relatado a conversa a terceiros, flastrão como é?Hein, Elio Gaspari? O colunista da Folha, num esforço de desacreditar Mendes, afirma que nunca apareceu a fita com o grampo de que o ministro foi vítima. Reproduz, assim, um mantra do JEG — como se não bastasse, para evidencir a quebra do sigilo,  circular a transcrição de uma conversa que o ministro tivera ao telefone. Tenha paciência!
    De resto, o risco do “estado policial” para o qual Gilmar Mendes chamara a atenção então não se manifestava apenas naquele episódio. Trata-se de um resumo pífio da história. Na semana passada, Gaspari alertou o Brasil, vejam só, para o indevido linchamento da Delta. Sei. Mas parece não ver mal nenhum em engrossar, queira ou não, os tontons-MaCUTs do lulismo, que pretendem linchar um ministro do Supremo.
    Para encerrar: Gilmar não foi o único procurado, como revelou VEJA. Ele só decidiu contar como foi a aproximação. Como, desta vez, não dá para inverter as culpas, estão tentando socializá-la. É um escracho.
    Estão tentando demonstrar que todos são culpados e, no fundo, iguais. É um acinte à inteligência. Quem tenta chantagear um ministro não é certamente igual, por definição, a quem denuncia a chantagem — e sem dever nada!
    Por Reinaldo Azevedo
    30/05/2012
    às 6:23

    ABSURDO! Governo quer agora cotas “raciais” nos concursos públicos e até para o doutorado. Eis o monstro que o Supremo embalou

    Caras e caros, uma barbaridade está sendo gestada na dita Secretaria da Igualdade Racial: cotas em concursos públicos, doutorados e até filmes. Querem um país dividido em tribos. Se acharem este texto pertinente, passem o texto adiante e debatam a questão nas redes sociais
    Quando o Supremo Tribunal Federal, contra, quero crer, os fundamentos da Constituição, decidiu que a aplicação de cotas raciais nas universidades federais e no ProUni não era inconstitucional, estava, aqui se advertiu, abrindo as portas para o racialismo. Restava evidente que os militantes da causa tinham naquele julgamento apenas a sua primeira trincheira. Vencida aquela batalha, eles avançariam um tanto mais, tentando conquistar novos terrenos. E é o que vai acontecer. Note-se à margem que o mesmo vale para o aborto de anencéfalos. Não era, sustentei e sustento ainda hoje, a causa em si que estava sendo julgada. Era necessário relativizar o direito à vida. Vencida essa etapa, viriam os desafios seguintes. Não por acaso, os grupos abortistas, como aquele troço absurdo chamado “Católicas Pelo Direito de Decidir”, saudaram a decisão do tribunal como uma vitória da “causa do aborto”. Estavam pouco se lixando para as grávidas de fetos anencéfalos. Eram apenas um pretexto. Da mesma sorte, a declaração de constitucionalidade das cotas constituía uma etapa a ser conquistada. Um pacote de medidas que o governo pretende anunciar ainda este ano, conforme se lê em um dos posts abaixo, pretende sacramentar o racismo no Brasil.
    As propostas estão sendo elaboradas por um órgão que tem o curioso nome de Secretaria de Promoção da Igualdade Racial. As ações devem se dividir em três grupos: “educação”, “trabalho” e “comunicação e cultura”. O Supremo terá a chance de ver o monstrengo que criou. O tribunal decidiu apenas que as cotas não são inconstitucionais, e tal decisão não obriga as instituições a aplicá-las. A autonomia universitária lhes garante o direito de escolha. Pelo visto, não mais. A “discriminação positiva” passaria a ser obrigatória. Já seria absurdo o bastante, mas cumpre não subestimar a militância racialista. Também os cursos de pós-graduação — mestrado e doutorado — teriam de aplicar o programa.
    Vamos ver. O argumento em que se sustentam os racialistas para aplicar cotas na graduação é a discriminação a que estariam submetidos os negros em razão de condicionantes histórias. Elas impedem, dizem, os negros de disputar com os brancos em condições de igualdade. Já desmontei quão falacioso é o argumento muitas vezes. Hoje, só para encarecer o novo absurdo em curso, farei de conta que isso é verdade — vale dizer: vou fingir que a questão é mesmo racial e não social. Muito bem! Um negro que já tenha concluído o ensino universitário, então, com cotas ou sem ela, terá vencido aquelas condicionantes e chegado ao fim do curso. Seguir ou não na carreira universitária passaria a depender apenas de sua formação intelectual, de sua inclinação para a vida acadêmica, de seu apreço pelo estudo, sei lá…
    Não! Errado! A discriminação o perseguiria até mesmo nos momentos em que se selecionam os estudantes para os cursos de pós-graduação — para, atenção!, mestrado e doutorado. Se já é um absurdo que o desempenho intelectual não seja o único critério a definir quem ingressa ou não numa universidade, é um acinte que se estabeleçam cotas para qualquer categoria naquela que é, santo Deus!, uma esfera da investigação científica. Ainda que não seja fatal, quase sempre o que se candidata a doutor já é mestre, já foi longe da vida acadêmica. Haver qualquer outro critério para o doutorado que não seja a qualidade da especulação científica do doutorando é um absoluto despropósito. A ser assim, não pode haver dimensão da vida nacional que não obedeça mais ao perfil racial do Brasil.
    Fico pensando no STF: hoje, há lá um negro, Joaquim Barbosa. Dado o percentual de pessoas com essa cor de pele no Brasil — pouco mais de 7% —, só caberia mesmo a esse grupo uma vaga. Em setembro, Dilma Rousseff terá de nomear um novo ministro ou ministra. Se houver um negro com plenas condições, ela deveria evitar esse nome para que eles não fiquem “super-representados” no STF? Imaginem uma campanha defendendo que os americanos espelhem no poder a composição racial do país. Barack Obama jamais teria sido eleito. Os negros nos EUA são apenas 13% da população — sim, incluindo os mestiços (chamados de “pardos” pelo nosso IBGE) que a militância racial chama “negros”.
    Digam-me cá: não havendo, na esfera do doutorado, um número suficiente de hipóteses de investigação científica de pesquisadores negros, o que se deve fazer? Já sei: abrir mão de uma proposta superior assinada por um branco ou amarelo em benefício de uma inferior, assinada por um negro. Que coisa! Essa gente bacana e iluminada pretenderá levar o racialismo à própria investigação científica. É absurdo!
    No trabalho
    Os concursos públicos também obedeceriam ao critério de cotas, creio que nas mesmas condições do ingresso na graduação. Os negros teriam pontos a mais, independentemente de sua história e de sua origem. Também nessa área, um negro rico — e eles existem — levaria vantagem sobre um branco pobre, como acontece hoje no ensino universitário. Como os racialistas estão vivendo a fase do delírio de poder, querem estender essa clivagem para os cargos comissionados — não raro, cargos de confiança. Assim, aqueles que detêm o poder de nomeação devem, também, compartimentar essa confiança, de modo a exercê-la segundo critérios de cor de pele.
    Na cultura
    Na cultura, o que se sabe até agora é que recursos públicos seriam, por exemplo, especialmente direcionados para filmes que tratem da temática racial. Interessante! Vocês querem ver como é fácil perceber o diabo no detalhe? Vocês querem ver como é fácil descobrir o demônio do autoritarismo numa proposta que parece ser tão democrática? Vocês querem ver como é fácil apontar a tentação da tutela estatal sobre a produção cultural, sob o pretexto de combate ao racismo?
    Ora, não é preciso ser um gênio para intuir que um roteiro, por mais bem elaborado e pertinente que fosse, não receberia a prebenda caso negasse a perspectiva racialista, certo? Um trabalho que tentasse demonstrar que o Brasil caminha para uma democracia racial (pouco imposta, leitor, neste momento, se você concorda com isso ou não), já que tem 44% de mestiços (”pardos”), certamente seria recusado em benefício de um outro que abraçasse a tese oficial, a tese do estado, ainda que tecnicamente inferior. O dinheiro público, nesse caso, não estaria patrocinando o talento, mas financiando um determinado conteúdo. Estamos falando de dirigismo cultural.
    Nessa toada, há de que perguntar por que não se aplicarão as cotas segundo o gênero, a identidade sexual, as religiões, o porte físico, as preferências alimentares etc. Cotas teriam de ser aplicadas nos times de futebol, nas novelas de televisão, na música popular, no Carnaval — tudo, parece-me, segundo os dados do IBGE. Das Câmaras de Vereadores ao Congresso Nacional, passando pelas Assembleias Legislativas e chegando ao Supremo e aos ministérios, teria de haver uma distribuição de cargos segundo a cor da pele. Se alguns competentes ou com mais votos tiverem de ser preteridos em benefício de menos competentes e com menos votos, tudo bem! O importante é… fazer justiça! Queremos ser um país de brasileiros ou de tribos em permanente confronto?
    Pode parecer espantoso que tenhamos chegado a isso — na verdade, como coisa em si, é mesmo. Mas não é nada surpreendente. Era o ovo da serpente que estava naquele julgamento das cotas no Supremo. E outras peçonhas destinadas a dividir a sociedade brasileira segundo a cor da pele virão na esteira daquela decisão.
    Texto publicado originalmente às 3h02
    Por Reinaldo Azevedo
    30/05/2012
    às 6:21

    Lula estará hoje em Brasília; em respeito a Dilma, deveria ficar de boca fechada

    Ainda muito debilitado pela doença — e isso não é motivo de júbilo para ninguém (qualquer referência desairosa a respeito não será publicada) —, Lula é aguardado nesta quarta em Brasília, no 5º Fórum Ministério de Desenvolvido, promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Social. Estarão presentes representantes de 30 países da América Latina e da África. Ele fará uma palestra.
    O atual estado de saúde de Lula ajuda a compor a imagem do profeta, que ele sempre alimentou. O tema e a plateia são talhados para seus discursos que costumam mesclar laivos de messianismo com ressentimento contra os países ricos e triunfalismo. Vamos ver. Se tiver um pouquinho de juízo — e não há o menor motivo para apostar nisso nestes dias —, há de se calar sobre o embate. Ao menos em sua intervenção no fórum.
    Vamos ver o que fará depois. Nessas ocasiões, ele costuma ficar com sangue nos olhos e exibir a faca nos dentes. Em respeito ao governo de sua sucessora, que o convida para o evento, deveria ficar de boca fechada. Já deu trabalho demais para um ex!
    Por Reinaldo Azevedo
    30/05/2012
    às 6:19

    “Lacerda tinha como missão me destruir”

    Por Fausto Macedo, no Estadão:
    O ministro Gilmar Mendes diz: “Querem melar o julgamento do mensalão”. E aponta para um ex-diretor-geral da Polícia Federal, o delegado Paulo Lacerda. “Dizem que (Lacerda) está assessorando o PT. Eu tive informação, em 2011, que o Lacerda queria me pegar.” O ministro suspeita que Lacerda estaria divulgando “informações falsas” para atingi-lo.
    O sr. está assustado?
    Essas coisas não me intimidam. Você lembra da história do Gilmar de Mello Mendes (homônimo do ministro, citado em operação da PF)? A situação é muito similar. Sabe-se que uma notícia é falsa, não obstante divulga-se essa notícia para criar esse Estado de pânico. A minha surpresa foi quando ouvi isso da boca do presidente Lula. E, depois, ao saber, de jornalistas, que o próprio Lula estava se incumbindo de divulgar essa fantasia de que Carlos Cachoeira pagou minhas despesas. Ele está muito mal assessorado. Dá vazão a informações falsas.
    Quem abastece Lula?
    Imagino que esse grupo de pretensos investigadores de CPMI e coisas do tipo, estelionatários. Fala-se até que o Paulo Lacerda está assessorando (Lula). O que se noticia é que hoje ele está prestando assessoria ao PT na CPMI. Eu já tinha recebido notícia de que Lacerda tinha como missão me destruir. Ele fez muito mal a este País, instalando um Estado policial, e é bom que fique distante. Ele não respeitou as regras mínimas do Estado de Direito.
    Na conversa com Lula foi citado o nome de Lacerda?
    O (ex-ministro Nelson) Jobim perguntou ao Lula: “E aí, e o Lacerda?” Lula respondeu: “Está chegando, está voltando de Portugal. Está por aí”. Agora a ficha caiu. Que ele tenha boa sorte, mas não venha com bisbilhotagem, nem reinstalar concepções do Estado policialesco.
    O sr. teme Paulo Lacerda?
    Imagina. Os embates vêm de 2007, quando ele (Lacerda) era chefe da PF. A polícia tinha virado poder nas mãos de Lacerda. Não tenho arrependimento de ter enfrentado aquela situação. Desde que isso começou, minha família e eu somos alvo de constantes plantações.
    Por Reinaldo Azevedo
    30/05/2012
    às 6:17

    Para Dilma, há risco de crise institucional

    Por Vera Rosa e Tânia Monteiro, no Estadão:
    Preocupada com o acirramento dos ânimos às vésperas do julgamento do mensalão, a presidente Dilma Rousseff disse que o governo não entrará na briga entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Dilma avalia que a situação é perigosa, tem potencial de estrago que beira a crise institucional nas relações entre Executivo e Judiciário, e transmitiu esse recado na conversa mantida ontem com o presidente do STF, Ayres Britto. O encontro durou uma hora e dez minutos, no Planalto.
    Embora petistas estejam fazendo desagravos públicos a Lula, a presidente ordenou silêncio aos auxiliares após falar com ele por telefone. A ordem é blindar o Planalto dos torpedos vindos da CPI do Cachoeira e dos ataques de Mendes. Lula chegou ontem à noite em Brasília, onde fará hoje uma palestra no 5.º Fórum Ministerial de Desenvolvimento, e vai se encontrar com Dilma. Pela estratégia definida até agora, o governo fará de tudo para se desviar da polêmica e repassará a tarefa das respostas políticas ao PT. O ministro do STF jogou ontem mais combustível na crise, ao responsabilizar Lula por uma “central de divulgação” de intrigas contra ele. Embora dirigentes do PT saiam em defesa de Lula, a cúpula do partido avalia que é preciso calibrar o contra-ataque, porque qualquer reação intempestiva contra o Judiciário prejudicaria os réus do mensalão.
    (…)
    Por Reinaldo Azevedo
    30/05/2012
    às 6:15

    Haddad se reúne na casa de Paulo Henrique Amorim com blogueiros financiados por governos petistas e por estatais para discutir sua campanha eleitoral

    Por Bernardo Mello Franco e Catia Seabra, na Folha. O título é deste blog mesmo.
    Diante do impasse nas negociações com outros partidos, o pré-candidato do PT, Fernando Haddad, investe no front virtual para tentar crescer na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Ele procurou blogueiros que apoiam o governo Dilma Rousseff para pedir ajuda a sua campanha na internet. O grupo marcou jantar ontem à noite na casa do jornalista Paulo Henrique Amorim, que é apresentador da TV Record e mantém o blog Conversa Afiada.
    “A intenção é ouvir opiniões sobre a campanha e pedir o apoio deles como militantes”, disse o deputado estadual Simão Pedro (PT), da campanha petista. Na lista de convidados, estavam também Luis Nassif, Rodrigo Vianna, Luiz Carlos Azenha, Renato Rovai, Altamiro Borges, Conceição Oliveira, Paulo Salvador e Sérgio Lírio. Rovai disse que o grupo pretendia discutir temas da cidade e não deve declarar apoio formal a Haddad.
    Os participantes do jantar, que se apresentam como “blogueiros progressistas”, foram recebidos pelo ex-presidente Lula no Planalto no fim de 2010. No ano passado, o PT montou um núcleo de militantes virtuais para atuar na internet. O grupo será acionado para fazer propaganda de Haddad e atacar rivais nas redes sociais.
    Por Reinaldo Azevedo
    30/05/2012
    às 6:11

    PR diz a Haddad que descarta apoiá-lo e rejeita oferta de vice

    Por Daniela Lima e Bernardo Mello Franco, na Folha:
    Dirigentes do PR disseram ao pré-candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que descartam apoiá-lo. A conversa aconteceu anteontem à noite. Haddad chegou a oferecer a vaga de vice em sua chapa, mas o PR não cedeu. Diante disso, o PT já admite realizar o ato de confirmação da candidatura de Haddad, no próximo sábado, sem ter fechado qualquer aliança.
    A ideia era usar o evento, que terá a participação do ex-presidente Lula, para demonstrar força e anunciar a adesão de partidos que apoiam o governo federal. Os petistas ainda têm esperança de selar a adesão de PSB e PC do B, mas as negociações com os partidos também estão emperradas.Os socialistas marcaram um nova reunião para discutir o assunto no dia 10, oito dias depois do ato público dos petistas. O principal adversário do petista, o ex-governador José Serra (PSDB), já selou alianças com três siglas. No encontro de anteontem, Haddad estava acompanhado do coordenador de sua campanha, Antonio Donato.
    Do lado do PR, estavam o deputado federal Valdemar Costa Neto, que comanda a sigla no Estado, os vereadores Aurélio Miguel e Antonio Carlos Rodrigues e o deputado estadual André do Prado. Valdemar disse aos petistas que a bancada federal do PR resiste a apoiar Haddad por causa dos desgastes na relação do partido com o governo Dilma Rousseff.
    (…)
    Por Reinaldo Azevedo
    29/05/2012
    às 22:31

    Governo agora prepara cotas raciais para o mercado de trabalho, produção cultural, pós-graduação, cargos comissionados…

    Na VEJA Online. Sim, claro!, ainda voltarei a este tema.
    O secretário-executivo da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Mário Lisboa Theodoro, disse nesta terça-feira que o governo federal está preparando um programa nacional de ação afirmativa com cotas para negros e que as medidas devem ser anunciadas ainda neste ano. De acordo com Theodoro, as cotas não estarão mais restritas às universidades e incluirão ações no mercado de trabalho.
    As medidas devem atingir três áreas: educação, trabalho e comunicação e cultura. Na área educacional, a ideia é ampliar o sistema de cotas para todas as universidades públicas federais, inclusive nos cursos de mestrado e doutorado. Já no mercado de trabalho, seriam adotadas ações relativas aos concursos públicos, cargos comissionados e até para as empresas que prestam serviços ao setor público. Na área cultural, há o objetivo de direcionar recursos para a produção de filmes sobre a temática racial. 
    “Nós temos todo um conjunto de políticas sociais hoje que fazem com que nós tenhamos aumento da renda, redução da pobreza, redução da miséria; mas a redução da desigualdade entre negros e brancos não acontece. As cotas, dentro de um amplo leque de ações que nós chamamos de ações afirmativas, vêm justamente para tentar diminuir essa diferença de qualidade de vida entre população negra e população branca”, disse o secretário, segundo a Agência Câmara, durante audiência pública em Brasília sobre os dez anos de implementação das cotas em universidades do Rio de Janeiro. 
    Recentemente, o Supremo Tribunal Federal validou o sistema de cotas raciais nas universidades públicas brasileiras. Foram julgadas três ações referentes à Universidade de Brasília (UnB), ao Programa Universidade Para Todos (ProUni) e à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
    Por Reinaldo Azevedo
    29/05/2012
    às 22:19

    Dias Toffoli toma posse no TSE sem comentar acusações de Gilmar Mendes contra Lula

    Por Fabiano Costa, no Portal G1:
    O ministro do Supremo Tribunal Federal José Antônio
    Dias Toffoli assumiu nesta terça-feira (29) uma cadeira titular no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ex-advogado do PT e ex-advogado-geral da União no governo Lula, Toffoli, 44 anos, foi indicado para o Supremo Tribunal Federal, onde atualmente é ministro, pelo ex-presidente.
    No TSE, ele ocupará a vaga aberta com a saída do ministro Ricardo Lewandowski, que pediu exoneração da Corte eleitoral em abril para se dedicar à revisão do processo do mensalão. A solenidade de posse do novo ministro atraiu parte da cúpula política da capital federal. Além da presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, estavam presentes na cerimônia os chefes do Supremo, Carlos Ayres Britto, e do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
    Após a posse, Dias Toffoli não quis comentar sobre a polêmica envolvendo o ministro do STF Gilmar Mendes e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Questionado pelos jornalistas sobre o episódio, ele encerrou a entrevista e se retirou.
    Reportagem do final de semana da revista “Veja” relatou encontro entre o ministro e o ex-presidente. Na ocasião, segundo a publicação, Lula teria oferecido blindagem a Mendes na CPI do Cachoeira em troca do adiamento do julgamento dos 38 réus do mensalão. Na tarde desta terça, Mendes acusou o petista de atuar como uma “central de distribuição” de informações contra ele. Lula nega a pressão.
    (…)
    Por Reinaldo Azevedo
    29/05/2012
    às 22:11

    Procurador da República no RS entra com representação contra Thomaz Bastos


    Por Felipe Truda, no Portal G1:
    O procurador Manoel Pastana, da Procuradoria Regional da República da 4ª Região, de Porto Alegre, entrou nesta terça-feira (29) com uma representação na Procuradoria da República de Goiás contra o advogado e ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos. Segundo Pastana, Thomaz Bastos pode ser acusado dos crimes de receptação culposa e lavagem de dinheiro, por receber R$ 15 mil para defender o empresário do ramo de jogos Carlinhos Cachoeira, que teve os bens bloqueados pela Justiça e foi preso em fevereiro sob a acusação de comandar uma quadrilha de jogo ilegal.
    Com a representação, o procurador pretende incentivar o Ministério Público de Goiás a investigar a origem do dinheiro pago ao advogado. “Não podemos ficar diante de um indício de crime, público e notório. Assim como há um ordenamento jurídico que garante o silêncio, como foi usado na CPI, há outro que obriga o Ministério Público a agir quando está diante de um crime, tanto de lavagem de dinheiro como de receptação”, disse ao G1 o procurador.
    Por meio de nota, Thomaz Bastos repudiou a representação de Pastana. O texto nem sequer cita o nome do procurador. “Trata-se de retrocesso autoritário incompatível com a história democrática do Ministério Público. Esse procurador confunde deliberadamente o réu e o advogado responsável por sua defesa, abusando do direito de ação”, diz a nota.
    No texto da representação, Pastana critica Bastos por defender um homem acusado de crimes que afetam a estrutura da administração pública, sendo ele um ex-ministro da Justiça. Segundo o procurador, no entanto, a lei não o impede de trabalhar no caso. O problema para ele é o alto valor do honorário. “Não estou impedindo o Thomaz Bastos de defender (Cachoeira). O que quero saber é se este dinheiro tem origem ilícita”, observa o autor da representação. “O Cachoeira tem renda declarada de R$ 200 mil anuais. É impossível pagar R$ 15 milhões”, acrescenta.
    O procurador encaminhou a representação à Procuradoria da República de Goiás por fax nesta terça-feira (29), e no mesmo dia enviou o ofício pelo correio. Ele espera obter uma resposta dentro do prazo legal, de 30 dias. “Se não for comprovado (a origem), o dinheiro deve ser apreendido. O Thomaz Bastos pode ser acusado, por lavagem ou receptação, e o valor pode ser confiscado pela Receita Federal”, disse o procurador.
    Na nota, Bastos ainda afirma que o escritório que dirige segue as regras da Receita Federal, e que os honorários pagos por Cachoeira “seguem as diretrizes preconizadas pelo Código de Ética da Advocacia e por outras leis”.
    Leia a íntegra da nota de Thomaz Bastos:
    O advogado Márcio Thomaz Bastos repudia as ilações de um procurador regional da República no Rio Grande do Sul, por estar defendendo um acusado em caso de grande repercussão nacional. Trata-se de retrocesso autoritário incompatível com a história democrática do Ministério Público. Esse procurador confunde deliberadamente o réu e o advogado responsável por sua defesa, abusando do direito de ação.
    Em seus quase 60 anos de atividade como advogado e defensor da causa do Estado Democrático de Direito, jamais se defrontou com questionamentos desse calão, que atentam contra o livre exercício do direito de defesa, entre outros direitos e garantias fundamentais, tanto do acusado como do seu defensor.
    Os honorários profissionais remuneram o serviço de advocacia que está sendo prestado — fato público e notório — e seguem as diretrizes preconizadas pelo Código de Ética da Advocacia e por outras leis do País.
    O escritório que dirige, como qualquer outra empresa, respeita todas as regras impostas pela Receita Federal do Brasil. Causa indignação, portanto, a tentativa leviana de intimidar o advogado, para cercear o direito de defesa de um cidadão. Trata-se de lamentável desvio de finalidade.
    MÁRCIO THOMAZ BASTOS ADVOGADOS
    Por Reinaldo Azevedo
    29/05/2012
    às 21:58

    Você ganha R$ 1.021,00 por mês? Então já é da classe alta segundo o modelo petista! O Milagre do Apedeuta começa a ganhar números

    Agora fica tudo mais claro. Voltarei ao assunto na madrugada. O novo milagre brasileiro começa ser detalhado em números. Leiam o que informa Folha:
    Por Maria Paula Autran:
    Cerca de 54% da população brasileira forma a chamada classe média atualmente, o que representa a maior classe social do país. Segundo a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), pertencem a esse extrato social famílias com renda per capita entre R$ 300 e R$ 1.000.
    A definição foi aprovada nesta terça-feira após reunião do ministro da SAE, Moreira Franco, e o subsecretário de Ações Estratégicas da pasta, Ricardo Paes de Barros, com comissão de especialistas para avaliação dos critérios de identificação deste novo segmento da população.
    Segundo a secretaria, em 2009 essa classe representava 34% da população e, com a tendência de crescimento, hoje ela representa mais da metade dos brasileiros.
    Dentro dela, foram definidos três subgrupos: a baixa classe média, com renda familiar per capita entre R$ 300 e R$ 440; a média, com renda familiar per capita de R$ R$ 440 a R$ 640; e a alta classe média, cuja renda familiar per capita fica entre R$ 640 e R$ 1.020.
    De acordo com o trabalho, a renda familiar per capita da classe baixa vai até R$ 300 e a da alta, de R$ 1.020 em diante. Na classe alta, também foram definidos dois grupos: um com renda familiar per capita entre R$ 1.020 e R$ 2.480 e outro, que tem acima de R$ 2.480.
    O critério usados para definir oito grupos de consumo foi o grau de vulnerabilidade, que é a probabilidade que aquela população tem de retorno à condição de pobreza.
    (…)
    Por Reinaldo Azevedo
    29/05/2012
    às 21:19

    ESPANTOSO! UOL dá visibilidade a um sujeito que maneja uma máquina mágica, que estaria acusando que Mendes mentiu! Huuummm… O Portal só se esqueceu de dizer quem é o cara e o que andou afirmando em 2005 sobre o mensalão! É fim da picada!

    É espantoso! Chega a ser inacreditável! Afinal, a, por assim dizer, notícia está publicada no UOL, o maior portal do país. Um sujeito chamado Mauro Nadvorny, que maneja uma engenhoca que seria uma espécie de “detector de mentiras”, teria apontado “trechos fraudulentos” numa entrevista concedida por Gilmar Mendes à GloboNews. E quando o ministro teria mentido, segundo a máquina mágica de Nadvorny? Justamente quando o Mendes afirma que o mensalão fez parte da conversa, que Lula se referiu várias vezes à CPI e que ele, Mendes, não tem relação com Demóstenes. Entenderam? A máquina da verdade de Nadvorny parece falar tudo aquilo que os petistas gostam de ouvir.
    Esse cara é novo nessa ramo? Nãããooo!!! É até bem antigo. Não só é propagandista de sua engenhoca — que não é reconhecida em tribunal nenhum do mundo — como tem veleidades de pensador político, conforme se lê num, bem…, artigo publicado em seu blog em 30 de agosto de 2005. Já tirei cópia da página e fiz PDF, para ficar tudo documentado.
    Quem ler aquela glossolalia vai ver um Nadvorny indignado com as denúncias do mensalão. Já naquele tempo, a gente nota que ele acha que é tudo uma conspiração contra Lula. Para esse grande pensador, a coisa toda não passava de uma “alucinação coletiva”. Reproduzo um trecho, que segue na língua original:
    “Estamos vivendo um momento único. Não, não é o fato de termos descoberto que até o PT seria capaz de fazer o que os outros partidos sempre fizeram. Refiro-me ao fato de que estamos diante de uma das maiores lavagens cerebrais nunca jamais vistas. Estamos diante de uma alucinação coletiva. Todos falam de supostos acontecimentos como se eles tivessem ocorrido e aguardam a punição dos culpados, como se culpados houvessem de algo que sequer foi provado sua ocorrência.”
    Nadvorny, como vocês verão abaixo, faz com a sua maquininha o que bem entende. Ela confessa tudo aquilo em que ele próprio acredita. Quando Roberto Jefferson denunciou o mensalão, ele submeteu a fala do então deputado à sua engenhoca. Leiam:
    “Analisei as palavras de Roberto Jefferson com a Tecnologia de Análise de Voz israelense com a qual trabalho. Ele realmente acreditava no que dizia (na verdade no que o ex-presidente do PTB, José Carlos Martinez havia contado a ele), mas isto não prova que o PT pagava as bancadas do PP e do PL mesadas de qualquer tipo. É mais ou menos como analisar um sujeito que diz ter sido abduzido por um disco voador. A análise pode comprovar que ele está dizendo a verdade. Isto prova que ele realmente acredita ter estado num disco voador, mas de maneira alguma prova a existência deles.”
    Compreenderam? Este grande analista concluiu que Jefferson falava a verdade — vale dizer, aquilo que ele, segundo Nadvorny, pensava ser a verdade! Santo Deus! O pensador das engenhoca explica por que estava tão indignado com as acusações do mensalão:
    “A vitória de um trabalhador para a presidência do Brasil não foi suportada por muita gente. Nem de longe somos um país de maioria socialista, sequer de esquerda. Lula chegou lá por seu mérito, muito mais do que pelo de seu partido. Tanto assim que não fez maioria absoluta no Congresso e alianças com outros partidos foram à única forma de poder governar. Simples e pragmático. Qualquer coisa diferente disso seria o mesmo que entregar a presidência ao segundo colocado.”
    Encerrando
    Acho que já está de bom tamanho, não é mesmo? É um sujeito com essa qualificação e com esse histórico que está no UOL, o maior portal do país, se atrevendo a dizer que um ministro do Supremo mentiu, alegando que chegou a essa conclusão com dados técnicos tirados de uma máquina mágica.
    Que tempos!
    Por Reinaldo Azevedo
    29/05/2012
    às 19:32

    A inacreditável declaração de Marco Maia, presidente da Câmara, terceiro homem na hierarquia da República. Ou: Rebaixamento das instituições

    Se me pedissem para apontar duas — apenas duas — características nefastas do petismo, seriam estas: a) desrespeito às instituições; b) tentativa de transformar atos criminosos ou moralmente condenáveis em categorias políticas de resistência. É o que partido traz de sua herança da esquerda. Os partidos da direita democrática são, por fundamento, legalistas. Identificados seus criminosos, não dispõem de arsenal retórico ou teórico para perdoá-los. O DEM expulsou José Roberto Arruda e deixou claro que expulsaria Demóstenes Torres, que pediu para deixar o partido. O PT conservou todos os mensaleiros e, como se vê, para defendê-los, é capaz de tudo.
    Marco Maia (RS) é deputado petista. Mas também é presidente da Câmara. A função é tão importante que isso faz dele o terceiro homem na linha de sucessão. Tão logo Dilma complete dois anos e um dia de mandato, caso ela e seu vice sejam impedidos, por qualquer razão, de seguir na Presidência da República, Maia sentará na cadeira até 31 de dezembro de 2014. Esse é apenas um dos exemplos do seu peso institucional.
    O PT tem uma bancada gigantesca. Dispõe de parlamentares em penca para defender Lula e, se quiser, atacar o ministro Gilmar Mendes. Maia poderia ter se dispensado desse triste papel. Mas não se fez de rogado. Amesquinhou o cargo que ocupa pondo em dúvida a palavra de Mendes e endossando a versão espalhada pela assessoria de Lula sem ter, obviamente, elementos objetivos para isso. Na Folha, lemos:
    “Eu não acredito que o presidente Lula tenha expressado ou tratado o assunto como foi relatado pelo ministro. Eu tenho dúvidas sobre o comportamento do ministro que só veio tratar disso um mês após a reunião”.
    É um absurdo! Em primeiro lugar, o ministro deixou claro que já tinha comunicado o conteúdo da reunião a dois senadores, ao procurador-geral da República e ao presidente do STF. Em segundo lugar,  confirmou a história, apurada pela reportagem de VEJA, porque a central de boatos e calúnias contra ele continuou ativa.
    Por mais que Maia alegue falar apenas como deputado petista, o fato é que ele não é apenas um deputado petista. Como se trata de um assunto de interesse público, que diz respeito às instituições, opina como presidente da Câmara — um cargo para o qual foi eleito, que traz consigo o sentido da representação.
    Trata-se de um inteiro e completo despropósito!
    Por Reinaldo Azevedo
    29/05/2012
    às 18:55

    Perillo se apresenta à comissão e, na prática, pergunta: “Por que Agnelo e Cabral não fazem o mesmo?”

    O governador Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, fez a coisa certa. Foi ao Congresso e entregou um requerimento ao presidente da CPI do Cachoeira, senador Vital do Rego, oferecendo-se para falar à comissão. Em entrevista coletiva, disse não ter nada a temer, negou que tenha alguma relação indevida com Carlinhos Cachoeira ou que o contraventor tenha interferido em seu governo.
    “Pura estratégia! Puro despiste!”, podem dizer muitos. Digamos que sim… Mas então cabe uma pergunta: por que Agnelo Queiroz (PT), governador do Distrito Federal, e Sérgio Cabral (PMDB), governador do Rio, não fazem o mesmo? Assim, todos demonstrariam não temer as indagações dos membros da comissão. E olhem que Perillo teria um verdadeiro exército da base aliada pela frente, não é? Cabral e Agnelo, ao contrário, enfrentariam uns poucos aguerridos da oposição — todos parlamentares experientes, sem dúvida, mas poucos.
    Ao se apresentar à CPI, Perillo tenta furar uma bolha no noticiário criada pelo PT, inflada hoje em vídeo gravado por Rui Falcão, segundo a qual ele temeria ser convocado. Ao ir ao Congresso e se apresentar, concedendo entrevistas, perguntou na prática: “Por que Agnelo e Cabral não fazem o mesmo?”.
    Taí: por que eles não fazem o mesmo?
    Por Reinaldo Azevedo
    29/05/2012
    às 18:14

    Gilmar Mendes evita o clima de “deixa disso”, diz-se alvo de “intrigas” comandadas por Lula e alerta: “A gente está lidando com gângsteres”

    Por Felipe Seligman, na Folha:
    O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes afirmou nesta terça-feira que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria a “central de divulgação” de intrigas contra ele e que a tentativa de envolver seu nome no esquema do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, tem como objetivo “constranger o tribunal” para “melar o julgamento do mensalão”.
    “O objetivo [de ligar seu nome ao de Cachoeira] era melar o julgamento do mensalão. Dizer que o Judiciário está envolvido em uma rede de corrupção. Era isso. Tentaram fazer isso com o Gurgel e estão tentando fazer isso agora”, afirmou o ministro, fazendo referência às críticas recebidas pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, por ter segurado investigação, em 2009, sobre a relação entre Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO).
    (…)
    Nesta terça-feira, Gilmar Mendes diz que desde sempre defendeu a realização do julgamento do mensalão ainda este semestre. “Não era para efeito de condenação. Todos vocês conhecem as minhas posições em matéria penal. Eu tenho combatido aqui o populismo judicial e o populismo penal”. “Mas por que eu defendo o julgamento? Porque nós vamos ficar desmoralizados se não o fizermos. Vão sair dois experientes juízes, que participaram do julgamento anterior, virão dois novos, que virão contaminados por uma onda de suspicácia. Por isso, o tribunal tem que julgar neste semestre e por isso essa pressão para que o tribunal não julgue”, completou.
    Visivelmente irritado e com o tom de voz alterado, Mendes diz que foi alvo de “gângsteres”, “chantagistas” e “bandidos”, que estavam “vazando” informações sobre um encontro que teve com Demóstenes, em Berlim, e que a viagem teria acontecido após Cachoeira disponibilizar um avião ao senador.
    “Não viajei em jatinho coisa nenhuma. Vamos parar com fofoca. A gente está lidando com gângsteres. Vamos deixar claro: estamos lidando com bandidos que ficam plantando essas informações”, disse o ministro, que apresentou notas e cópias de suas passagens aéreas emitidas na TAM pelo Supremo Tribunal Federal.
    Questionado se o ex-presidente Lula estaria entre os tais bandidos e gângsters, Mendes apenas respondeu que ele está “sobreonerado” com a tarefa de adiar o julgamento do mensalão. “Estão exigindo dele uma tarefa de Sísifo [trabalho que se renova incessantemente]“, disse. Ele não disse quem seriam “eles” a exigir a tarefa.
    (…)
    Segundo o ministro, ele não precisa de “fundo sindical, nem dinheiro de empresa” para viajar. Mendes citou que apenas um livro seu, o “Curso de Direito Constitucional”, vendeu mais de 80 mil cópias desde 2007 e que com o dinheiro poderia dar “algumas voltas ao mundo”. “Vamos parar de futrica. Não preciso ficar extorquindo van para obter dinheiro. O que é isso? Um pouco mais de respeito”, afirmou.
    (…)
    Por Reinaldo Azevedo
    29/05/2012
    às 17:46

    Rui Falcão volta a recorrer ao proselitismo à moda Osama Bin Laden. Ou: Falcão quer massas na rua e leis no lixo

    Rui Falcão, presidente do PT, parece ter escolhido o método Osama Bin Laden de comunicação com as suas “células”. Quando tem algo a dizer, grava um vídeo. Um deles, embora recente, já se tornou histórico: no dia 11 de abril, ao defender a instalação da CPI do Cachoeira, não escondeu o objetivo seu e de sua turma: “A bancada do PT na Câmara e no Senado defende uma CPI para apurar esse escândalo dos autores da farsa do mensalão. É preciso que a sociedade organizada, movimentos populares, partidos políticos comprometidos com a luta contra a corrupção, como é o PT, se mobilizem para impedir a operação abafa e para desvendar todo o esquema montado por esses criminosos, falsos moralistas que se diziam defensores da moral e dos bons costumes”.
    A parte mais comovente, sem dúvida, é esta: “É preciso que a sociedade organizada, movimentos populares, partidos políticos comprometidos com a luta contra a corrupção, como é o PT (…)” O único que votou nesta terça contra a quebra do sigilo nacional da Delta foi… o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), ex-líder do governo na Câmara e um dos parceiros de José Dirceu e Rui Falcão. Naquele vídeo, Falcão deixava claro que o segundo objetivo da CPI (o primeiro era livrar a cara de mensaleiros) era pegar o governador tucano Marconi Perillo (GO). Agnelo Queiroz (PT-DF) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ), segundo a falcoaria, não podem ser convocados a depor, é claro.
    Muito bem! Hoje Falcão gravou um novo vídeo. Volta a convocar a sociedade e a militância petista, desta vez para proteger Lula e o PT, que estariam sendo vítimas de uma nova conspiração. É o extremo da cara de pau! Os petistas estão preocupados porque Brasília inteira sabia da intensa movimentação de bastidores de Lula para tentar cabalar votos no Supremo. Ainda que tudo se resumisse a conversas e gestões amigáveis, tudo já seria absolutamente impróprio. Ocorre que o ApeDELTA foi muito além disso. A sua conversa com Gilmar Mendes caracterizou pura e simplesmente… chantagem!
    Falcão põe em curso a estratégica que acusei no texto que deveria ter sido publicado no fim desta madrugada (mas que só entrou no ar no começo da tarde em razão de dificuldades técnicas) que consiste em declarar a santidade de Lula, a intocabilidade de sua imagem — e, pois, a inaceitável iconoclastia  daqueles que não respeitam o sagrado.
    Quer saber, Falcão? Vá dar rasante ameaçador em outra freguesia!!! A Constituição e as leis é que põem limites em Lula, não é Lula que determina os limites da Constituição e das leis. Ainda que as massas saíssem às ruas para defendê-lo, conforme o senhor pretende, nem elas teriam o condão de jogar no lixo os códigos que nos regem. Na democracia não é assim, não!
    Também ao senhor lembro a máxima: ou vocês se conformam em viver numa sociedade democrática, segundo as leis, ou dizem na cadeia, segundo as leis, por que não! Esse discurso de Falcão não deixa de ser uma forma velada de ameaça. Tal propósito, levado ao extremo, tem nome: terrorismo!
    Por Reinaldo Azevedo

    
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    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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