HISTÓRIA DA SALVAÇÃO
(138)-A TRANSFIGURAÇÃO...
(2º Domingo da Quaresma – C)
Confrontados com a perspectiva da morte eminente do seu Mestre, (morte por Ele prevista e anunciada) os discípulos reagem pela recusa vigorosa.
Para eles a morte significa o fim do sonho, o fim da história.
Então Jesus transfigura-Se diante deles, tomando como testemunhas Moisés e Elias, ou seja, a Lei e a Profecia, e dialogam entre si sobre a morte que Jesus ia enfrentar em Jerusalém.
Fazem-no envolvidos duma "brancura fulgurante" e não com o tom sombrio dos discípulos quando confrontados com esse facto.
É que a morte de Jesus é um combate em que Ele vai vencer pela força da Ressurreição.
A Ressurreição de Jesus, figurada na Transfiguração, é isso Mesmo : a transfiguração da nossa morte, pela força do Espírito com que Jesus vai enfrentar essa realidade tenebrosa e temível.
O espírito com que Jesus vive a nossa morte é a força do amor que vence o ódio e a indiferença, dinamismo vivificante que afasta as trevas.
A este acontecimento chamamos ressurreição.
Mas nós não podemos saber o que é essa realidade da ressurreição que não nos toca apenas a nós, porque envolve tamvém toda a criação : os "novos céus e a nova terra".
Um mundo completamente diferente, que apenas podemos imaginar numa sementeira em que :
- O que é corruptível se torna incorruptível.
- O que é mortal se torna glorioso.
- O que é frágil se torna forte.
- O que é terreno se torna espiritual, porque totalmente habitado pelo Espírito que é o "Senhor que dá a vida".
A festa da Transfiguração do Senhor, celebrada no Oriente desde o século V, e no Ocidente a partir de 1457, faz-nos reviver um acontecimento importante na vida de Jesus, com reflexos para a nossa vida
Situada antes do anúncio da Paixão e da Morte, a Transfiguração foi uma manifestação da vida divina que estava em Jesus.
A luz do monte Tabor é assim uma antecipação do esplendor que encherá toda a noite da Páscoa.
Várias razões para a Transfiguração têm sido apresentadas pelos Padres da Igreja e, subsequentemente, pelos teólogos :
1. Cristo queria firmar a fé dos Apóstolos antes da Sua crucifixão e da Sua morte, para que eles pudessem reconhecer que a Sua glória divina, estava oculta nas Suas aparências humanas, e a sua vitória viria depois da Sua aparente derrota na morte da cruz.
2. Cristo queria que os Seus discípulos soubessem que Ele, na verdade, era divino, com Moisés e Elias por testemunhas e a voz de Deus nas nuvens a confirmá-lo.
3. Cristo queria que os cristãos viessem a aprender a ter esperança na Sua glória, transformados pela graça de Cristo, indispensável para o cumprimento do plano da História da Salvação.
Nascimento
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