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    quinta-feira, 18 de julho de 2013

    Rodrigo Constantino






    Rodrigo Constantino


    • Ministro da desburocratização
    • E tome regulação!
    • O fracasso órfão
    • O que sobrou do socialismo
    • Em cima do muro?


    Ministro da desburocratização

    Posted: 17 Jul 2013 12:28 PM PDT


    Rodrigo Constantino


    Tenho sido bastante crítico da Fiesp e das bandeiras levantadas pelo empresário Benjamin Steinbruch em seu espaço na Folha. Ambos parecem ter optado pelo "easy way", de pleitear mudanças fáceis de serem implementadas pelo governo - basta um decreto de cima e a taxa de juros cai - em vez de lutar pelas reformas mais estruturais que reduziriam o "Custo Brasil". Em sua última coluna, porém, Steinbruch finalmente se dedicou à boa luta. Merece, portanto, aplausos. Diz ele:




    Estamos falando de burocracia, que é o excesso de procedimentos necessários para se obter um documento ou coisa parecida, uma epidemia que atinge o Brasil há décadas. É curioso que as manifestações populares de junho, tão difusas e que tentam passar a limpo o país, tenham se esquecido de pedir combate a essa doença brasileira.

    Semanas atrás, a Folha publicou reportagem sobre a burocracia nos portos. Contou que um comandante de navio, quando chega ao Brasil, precisa entregar 190 informações a funcionários do governo. Para sair, um contêiner leva, em condições normais (sem caos logístico nas estradas), 13 dias, sendo seis gastos com papelada nos portos.

    Triste é constatar que o programa Porto Sem Papel, implantado em 2010, acabou aumentando as dificuldades. Como os órgãos governamentais não aderiram ao sistema, as empresas passaram a ser obrigadas ao duplo trabalho de inserir os dados eletrônicos e entregar cópias dos documentos em papel.

    Entraves burocráticos não são as únicas causas dos atrasos de obras de infraestrutura públicas e privadas no país. Mas estão, seguramente, entre as mais importantes. Em alguns Estados, obras de rodovias precisam obter três licenças ambientais, que não saem em menos de um ano.
    Ninguém aguenta mais essa burocracia asfixiante, que transformou o Brasil em uma República Cartorial, com papelada de governo para todo lado, tornando a vida das empresas um verdadeiro inferno. Isso custa, e custa muito! A própria Fiesp fez um levantamento, citado pelo autor do artigo, que considero uma estimativa muito conservadora do verdadeiro custo da bagunça:


    Um trabalho feito pela Fiesp mostrou que a burocracia custa R$ 46,3 bilhões por ano ao país, quase 1,5% do PIB. E constatou também algumas incríveis realidades: as empresas gastam 2.600 horas de trabalho por ano cuidando de documentos para pagamento de impostos, enquanto nos países desenvolvidos são necessárias apenas 216 horas para essa tarefa. Para abrir uma empresa, uma pessoa precisa fazer 16 procedimentos no Brasil; são só seis nos países desenvolvidos.






    O que fazer? O próprio Steinbruch refresca a memória do leitor ao resgatar o saudoso Hélio Beltrão, empresário que ocupou o cargo de Ministro da Desburocratização:






    A preocupação com a burocracia não é nova. No início dos anos 80, chegou a existir um Ministério da Desburocratização. Houve avanços, como a criação do estatuto da pequena empresa e dos juizados de pequenas causas. Mas a burocracia, que corrói a competitividade brasileira, continua endêmica e causando prejuízos de toda a ordem. Hélio Beltrão (1916-1997), quando ministro, dizia que quanto maior é a burocracia, menor é a democracia.






    Infelizmente, as coisas só pioraram desde então. Precisamos de uma nova investida nesse sentido. Precisamos de uma agenda séria que ataque esse excesso de burocracia no país. Quem se habilita a ser o novo Ministro da Desburocratização e declarar guerra a esses parasitas todos encastelados atrás da papelada estatal?




    E tome regulação!

    Posted: 17 Jul 2013 12:05 PM PDT


    Rodrigo Constantino


    Não preciso repetir aqui que o inferno está cheio de boas intenções. Talvez a melhor ilustração para isso seja o excessivo grau de regulação a que chegamos. A mentalidade predominante é a de que as empresas querem ferrar seus consumidores, e que os burocratas das agências poderosas de regulação vão nos proteger, cuidar de nossos interesses, enfiar goela abaixo desses gananciosos empresários que só pensam em lucro normas e regras que nos beneficiam. Será?


    Penso nisso quando leio sobre o grau crescente de ingerência da Anac no serviço das empresas aéreas. O que falta regular? O formato da fechadura do banheiro? O conteúdo da televisão a bordo? A roupa das aeromoças? A cor do estofado (talvez tudo vermelho)? Enfim, a intenção parece nobre - garantir mais comodidade para os usuários - mas o resultado costuma ser terrível: mais custos, repassados para nós, usuários.


    Esse já é um setor complicado no mundo todo. Poucas empresas conseguem operar no azul por muito tempo. Elevados custos fixos, competição, leasing das aeronaves, combustível caro, processos judiciais, são muitos os riscos operacionais das empresas. Muitas pecam pela má qualidade dos serviços, não resta dúvida. E até acredito que haja uma função reguladora para pontos básicos. Deixe-me repetir isso, pois é importante: para pontos básicos.


    Isso nada tem a ver com o governo, por meio da Anaz, fazer caridade com o chapéu alheio. Um elevador para os viajantes? Quantos atendimentos específicos para deficientes forem demandados? E quem paga por isso? Eis a pergunta que ninguém faz no Brasil: quem paga a conta? A turma que aplaude tais medidas "nobres" parece acreditar que recursos nascem em árvores ou brotam do chão, ou então que o pecaminoso lucro seja uma fonte inesgotável de recursos, bastando distribuir melhor. No limite, por que a empresa precisa de lucro, não é mesmo?


    É preciso sempre ter em mente que esse tipo de regulação impõe pesados custos, que serão transferidos, normalmente para quem gostaria de ter a liberdade de escolha entre pagar ou não por eles. A melhor forma de testar a aceitação das comodidades com seus respectivos custos é o mercado, o plebiscito ininterrupto dos clientes. Se uma empresa quer oferecer amendoim e água, e a outra quer oferecer tapete vermelho de veludo com babá disponível para cada criança a bordo, que o voto final seja de quem efetivamente paga a conta.


    O fracasso órfão

    Posted: 17 Jul 2013 11:45 AM PDT


    Rodrigo Constantino


    O sucesso tem muitos pais, o fracasso é órfão. Nunca esse ditado foi tão válido quanto agora, que economistas keynesianos "desenvolvimentistas" se fazem de neutros - ou mesmo de oposição! - em relação ao modelo que trouxe esse grande fracasso econômico. Eu comentei sobre isso aqui, e fico feliz de ver que Alexandre Schwartsman, outro dos que apontou as falhas antes, lá atrás, também não deixou passar batido essa tremenda cara-de-pau. Ele diz:


    "Se minha Teoria da Relatividade estiver correta, a Alemanha dirá que sou alemão e a França me declarará um cidadão do mundo. Mas, se não estiver, a França dirá que sou alemão e os alemães dirão que sou judeu."

    Enorme (astronômica mesmo) é a distância que vai de Guido Mantega a Albert Einstein, mas não pude deixar de me lembrar dessa frase ao ler a tentativa patética de ilustres representantes do "keynesianismo de quermesse" de renegar modelo econômico adotado recentemente no país, buscando também se distanciar do falante ministro da Fazenda.

    Durante os anos em que o país adotou o chamado "tripé macroeconômico", caracterizado pelo câmbio flutuante, pelo compromis- so com as metas de inflação e pelo cumprimento das metas do superavit primário, autodenominados "desenvolvimentistas" não se vexaram de prometer um desempenho melhor caso sua estratégia fosse adotada.

    Segundo esse pessoal, seria possível crescer muito mais caso a taxa de câmbio fosse administrada, a taxa de juros, reduzida, o grau de intervenção do governo na economia aumentasse (via políticas setoriais) e a política fiscal fosse relaxada.

    Não é necessário nenhum grande salto de imaginação para notar que essas têm sido as vigas mestras do que se convencionou chamar de "nova matriz econômica", que entrou paulatinamente em vigor nos anos finais do governo Lula, ganhando força considerável nestes dois anos e meio da administração Dilma. Diga-se, aliás, que a transição foi aplaudida entusiasticamente por todos os que defendiam essa alternativa ao "tripé".






    A tentativa de jogar a culpa em fatores exógenos também demonstra falta de hombridade para assumir os erros. Schwartsman não deixa barato:





    É duro de engolir. À parte a desaceleração global ser uma pálida sombra do enfarte econômico de 2008/09, não se pode ignorar o desempenho dos demais países emergentes, em particular os latino-americanos, cujo crescimento tem sido bem mais vigoroso que o brasileiro e sem os nossos desequilíbrios, como mostra a inflação muito mais baixa nesses países.

    Partindo de um diagnóstico equivocado, tentam se diferenciar das políticas adotadas como se estas tivessem atuado na direção correta, apenas em intensidade insuficiente. Em outras palavras, defendem gastos ainda maiores, sem aparentemente levar em conta que o dispêndio federal está no nível mais alto da história, muito menos perceber as consequências desse tipo de política sobre a inflação e as contas externas.

    Nada esqueceram e nada aprenderam; exceto talvez que a derrota é uma órfã que precisa ser abandonada no primeiro artigo que se tenha chance.






    Ouch!




    O que sobrou do socialismo

    Posted: 17 Jul 2013 11:26 AM PDT





    Fonte: EXAME


    Rodrigo Constantino


    Deu na EXAME: Panamá retém navio da Coreia do Norte que levava material bélico de Cuba.


    As autoridades panamenhas retiveram em Colón, no litoral do Caribe, um navio de bandeira norte-coreana com uma carga de açúcar procedente de Cuba, na qual armas de guerra foram encontradas, anunciou o presidente do Panamá, Ricardo Martinelli.


    "O navio vinha de Cuba com destino à Coreia do Norte", afirmou Martinelli, que indicou que, "ao tirar a primeira camada" de açúcar da carga, as armas foram encontradas em dois contêineres.


    O presidente panamenho, que pediu às autoridades do porto de Manzanillo averiguarem o fato, confirmou que se trata de "material bélico e balístico". Perguntado sobre a possibilidade de mísseis fazerem parte deste carregamento, Martinelli afirmou desconhecer o tema.


    As imagens reproduzidas na televisão local mostraram parte das armas achadas, uns artefatos grandes e alongados de cor verde, arrematados com uma ponta cônica, que estavam ocultos sob as lonas.


    "Que o mundo saiba que material bélico não declarado não pode passar pelo Canal do Panamá", afirmou Martinelli, que também ressaltou que tanto o capitão do navio como os 35 tripulantes, que se encontram detidos, travaram uma forte resistência.

    É realmente lamentável ver no que os dois últimos países mais fiéis ao regime socialista se transformaram. Não foi por falta de alertas por parte dos liberais, desde o começo, enquanto muitos "intelectuais" sonhavam com as maravilhas do igualitarismo. Os economistas austríacos Mises e Hayek, por exemplo, mostraram como o modelo socialista levaria ao totalitarismo e ao caos econômico. Não deu outra.


    Hoje, ambos são países criminosos, mafiosos, que mantêm o povo inteiro refém, como gado bovino, enquanto seus governantes praticam todo tipo de ato ilícito, como exportação de drogas, foco de prostituição infantil, venda de armas ilegais etc. E pensar que Cuba chegou a ter mísseis poderosos apontados para a Flórida! Fidel e Raúl desejavam usá-los, o que seria, sem dúvida, o começo da Terceira Guerra Mundial.


    O socialismo foi, sem dúvida, o maior equívoco da história. Quantas vidas destruídas em nome dessa utopia! O mais triste, além do sofrimento de todos que vivem sob esses regimes anacrônicos remanescentes, é o fato de que muitos ainda não abandonaram suas ilusões, seus sonhos, esta utopia assassina. Isso é ao mesmo tempo espantoso e assustador.


    Em cima do muro?

    Posted: 17 Jul 2013 10:48 AM PDT



    Rodrigo Constantino


    A reportagem de capa do Segundo Caderno do GLOBO fala de novo livro sobre Bruce Springsteen, especificamente sobre a história do show que ele fez na Alemanha em 1988, meses antes da queda do Muro. O que há de instrutivo nisso é a roupagem que a esquerda sempre usa para parecer neutra, isenta, imparcial, acima das disputas partidárias ou ideológicas. O cantor teria dito, segundo a matéria:


    Não sou a favor ou contra nenhum governo. Estou aqui para tocar rock and roll para vocês, na esperança de que um dia todas as barreiras sejam derrubadas.


    Muito bonito, não é mesmo? Nos remete até à música "Imagine", de John Lennon. Só tem um detalhe chato: é mentira! Springsteen, ou "The Boss", como gosta de ser chamado, tem partido, ideologia, e é ativista. Ganha uma mariola quem acertar para qual lado ele faz campanha? O lado esquerdo, claro!


    Bruce endossou a campanha de Obama e fez shows para levantar recursos para o então candidato Democrata. Além disso, seus discursos politizados clamam sempre por "justiça social", leia-se mais impostos. Afinal, Bruce é identificado como um "homem do povo", próximo dos operários de chão de fábrica. Tirando o fato de que ele é podre de rico e faz de tudo para pagar menos impostos...


    O cantor, que ganha milhões enquanto posa como guardião das classes baixas, economiza milhares de dólares em impostos com mecanismos um tanto obscuros. Ele se declara um fazendeiro dentro do limite estadual que lhe garante subsídios fiscais em toda a sua enorme propriedade. A ganância parece ruim apenas quando é dos outros.
    Além disso, algo como 15% da venda total de seus discos se dá pelo canal de distribuição da Wal-Mart. A gigantesca rede de varejo, como sabemos, é vista como inimiga número um dos trabalhadores simples, pois não aderiu ao jogo de sindicalização que, no fundo, atende aos interesses apenas dos sindicalistas.






    Volto ao ponto inicial: sempre que alguém afirmar que não quer saber de ideologia ou partido, que é contra "tudo isso que está aí", que não gosta desse debate ultrapassado entre direita e esquerda, saiba que há enorme probabilidade de você estar diante de um esquerdista. Bruce Springsteen é um caso claro disso. Vejam o que o autor do livro diz sobre o impacto do show na queda do Muro de Berlim:





    Obviamente, o show não teve efeito direto na queda. Houve a pressão popular, o Gorbachev e outros fatores que contribuíram decisivamente para isso.



    Sentiram falta de algum nome na lista? Pois é. Nada de Ronald Reagan, provavelmente o maior responsável individual pela queda do Muro! Mas o socialista GOrbachev, que tentava salvar o regime, é citado com destaque. Acima de ideologias? Sei...






    Muito cuidado com aqueles que pairam "acima" da política. Obama era um deles. E seu viés é totalmente de esquerda. Quase sempre é assim.





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    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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