O cachê é mais importante do que a vida de um bebê?
Posted: 17 Jul 2013 02:36 PM PDT
O cachê é mais importante do que a vida de um bebê?
Cantoras gospel, "machismo", dinheiro e omissão
Julio Severo
Cantoras gospel, que estiveram com a prezidenta Dilma Rousseff nesta semana, foram muito cobradas. Não, não foi cobrança de cachê. Foi cobrança de posturas morais diante da prezidenta, que está para sancionar, a qualquer momento, lei que praticamente torna o aborto legal no Brasil.
A versão das cantoras é que elas foram só para orar por Dilma. Mas a versão de Dilma conta, oficialmente no Blog do Planalto, que elas estavam lá para "uma demonstração de apoio e solidariedade."
Apoio e solidariedade ao quê? Aos bebês em gestação? Às famílias ameaçadas pelas políticas de iniquidade do governo e partido da prezidenta?
Talvez elas quisessem ser usadas por Deus. Mas é certo que Dilma também as usou.
O Brasil está há anos sob a opressão e pressões petistas para legalizar o aborto, a agenda gay e outras iniquidades. Querendo ou não, uma demonstração de apoio e solidariedade a quem luta nessas causas acaba apoiando essas próprias causas — a não ser que elas tivessem aberto a boca para falar o ponto-de-vista de Deus sobre essas questões.
Contudo, não falaram. A explicação que ouvi, de fonte ligada diretamente a elas, é que elas precisavam desse encontro como primeiro passo para outros encontros com Dilma. Posteriormente (e suspostamente, se Dilma de fato continuar abrindo suas portas), as cantoras começariam a conversar com Dilma sobre aborto.
Mas será que temos tanto tempo assim para esperar para falar o que é urgente? Será que as crianças ameaçadas pela lei do Holocausto do Aborto podem aguardar?
Ou será que as cantoras estão tão desligadas dos problemas e realidade do Brasil que não podem tratar deles diante da prezidenta?
Garanto que se o governo do PT estivesse a ponto de sancionar uma lei contra cachês pesados, todas as cantoras gospel fariam questão de abrir a boca para pedir a Dilma que revogasse imediatamente tal lei.
Ontem, houve em Brasília uma manifestação de mulheres contra o aborto. O foco do evento foi justamente a lei que Dilma está para sancionar. Nenhuma das cantoras gospel apareceu na manifestação. Faltou cachê?
Uma cantora gospel desabafou pelo Twitter que as críticas às suas amigas cantoras deve-se ao "machismo" — termo fartamente empregado pelas feministas, que estão na linha de frente na luta a favor do aborto. Isto é, além de nada falarem de aborto para dona Dilma, ainda acusam quem expõe sua omissão de "machistas." Preferem um alinhamento feminista a um alinhamento pró-família.
A Dra. Marisa Lobo, que é mulher e não pode ser acusada de "machista," acabou de me contar sobre um comício contra o aborto a ser realizado no Rio de Janeiro. Cantores seculares e católicos prontamente aceitaram sem nada cobrar. Até o momento, não há nomes evangélicos para o evento. As cantoras gospel conseguiriam participar sem cobrar seus habituais cachês pesados? Os evangélicos, que deveriam se diferenciar na sociedade pelo caráter de santidade, estão se destacando pelos interesses financeiros.
Será que seria preciso cachê até para defender a vida de um bebê em gestação? E Jesus, também precisaria pagar cachê para ter um encontro agendado com as senhoras cantoras que têm boca aberta para acusar de "machismo," mas não têm boca aberta para falar para Dilma sobre vidas em perigo ou coração aberto e boa vontade para cantar a favor da vida?
Será que é só o bolso delas que está mais aberto do que suas bocas?
Diante de uma eventual indisponibilidade das cantoras gospel por falta de cachê, talvez a Dra. Marisa devesse se dispor a cantar, representando os evangélicos no evento. Ela não é cantora profissional, mas pelo menos tem boa vontade e está mais do que disposta a falar em defesa dos bebês em gestação.
A luta em defesa da vida é feita por boa vontade, não por um bolso cheio de cachê.
Anos atrás, participei de um evento em Rondônia em defesa da família. Nada cobrei. Fui com os bolsos vazios e sai com os bolsos vazios. Mas o famoso cantor gospel que fez a parte inicial do evento cobrou na época 20 mil reais. Ele saiu com os bolsos cheios, mesmo tendo abandonado sua esposa e filhos pequenos para viver com a amante. Mas eu não havia sido avisado da participação dele. Tudo o que pude fazer, em protesto, foi dizer aos organizadores que eu não poderia participar do evento, pois não fazia sentido algum defender a família ao lado de um cantor adúltero.
Eu poderia citar para as cantoras gospel o exemplo do profeta Elias, que orava, agia e falava o que Acabe e Jezabel precisavam ouvir. Mas temo que esse exemplo será tachado de "machista," pelo fato de que Elias era homem.
Tudo bem. Temos o exemplo da rainha Ester. Quando eu estava orando de madrugada sobre as cantoras gospel, me veio esta palavra:
Quando Mardoqueu recebeu essa resposta de Ester, imediatamente mandou adverti-la: "Não imagines que, somente por estares vivendo no palácio do rei, serás a única a escapar da matança dos judeus, porquanto se calares neste momento crucial, certamente socorro e salvação surgirão de outra parte para os judeus, mas tu e a casa de teu pai, os teus familiares, todos sereis aniquilados. Quem sabe se não foi para este dia que foste nomeada rainha da Pérsia?"Então Ester mandou a seguinte resposta a Mardoqueu: "Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem na capital, Susã, e jejuai por mim, e não comais, nem bebais por três dias, nem de noite nem de dia; eu e as minhas servas também jejuaremos. Depois, irei ter com o rei, ainda que esse seja um gesto considerado rebelde e contra a lei; se perecer por isso, pereci!" Então, partiu Mardoqueu e agiu exatamente como Ester lhe havia pedido. (Ester 4:12-17 KJA)
Ester teve de orar e falar coisas importantes ao rei, que havia sancionado assassinatos de inocentes. As cantoras gospel só ficaram com a primeira parte: oraram. Mas não falaram com Dilma sobre aborto e sua decisão de sancioná-lo.
Nada falaram também da infame Lei da Palmada, que castigará os pais brasileiros com a vara do Estado.
Sônia Hernandes chefiou reunião das cantoras gospel com Dilma
O encontro com Dilma foi organizado por Marcelo Crivella e ajudado especialmente por Sônia Hernandes, dois nomes ligados ao PT. Crivella fez a ponte para que as cantoras gospel, sob a liderança de Sônia, tivessem o encontro oficial com Dilma. A imprensa nacional destacou não só o papel de Sônia, mas também seus vários escândalos financeiros e judiciais.
Crivella, um dos principais líderes da Igreja Universal do Reino de Deus, já disse, blasfemamente, que "o Evangelho é a cartilha mais comunista que existe," como se Jesus Cristo fosse algum profeta de Karl Marx.
Eu não sei como Sônia leva o sobrenome Hernandes, mas conheci um Hernandes que teria tido boca para falar o que Dilma precisa ouvir. Clodovil Hernandes, o homossexual mais famoso do Brasil, era também o maior inimigo de Marta Suplicy, considerada a rainha do movimento supremacista gay do Brasil.
Se até Clodovil conseguia falar o que os grandes precisavam ouvir, por que Sônia Hernandes não pode? Por que suas amigas cantoras também não podem? Será para não magoar o PT, que também financia a Marcha para Jesus?
O povo vai à Marcha apenas pelo nome de Jesus. Se o evento se chamasse Marcha do Casal Hernandes, o grande público evangélico pensaria duas vezes antes de ser usado.
Na última Marcha para Jesus, um famoso pastor levou uma equipe com vários cartazes contra o aborto, o PLC 122 e outras políticas do PT. Mas o casal Hernandes havia dado ordens aos seus seguranças para removerem e proibirem tal manifestação contra seus patrocinadores petistas.
Não se pode, então, levar cartazes contra as políticas do PT na Marcha para Jesus, porque o casal Hernandes não gosta. Afinal, não se pode prejudicar o lucrativo relacionamento entre eles e o PT.
Não se pode ter famosas cantoras gospel para representar os evangélicos numa manifestação contra o aborto, pois, parafraseando um versículo da Bíblia, "sem cachê é impossível agradar aos deuses e deusas do estrelato gospel."
Na reunião com Dilma, as cantoras gospel não puderam falar sobre aborto e a Lei da Palmada, pois o grupo estava encabeçado por Sônia Hernandes, que tem fortes interesses com o governo do PT.
E, ainda por cima, não se pode expor essas falhas das cantoras gospel sob risco, no meu caso, de ser chamado de "machista."
Eu acho, Sônia Hernandes, que Clodovil Hernandes saberia muito mais como agir em cada uma dessas situações. Talvez ele nem soubesse orar. Mas o que importa? É melhor saber agir do que orar sem saber o que fazer.
Poderiam, pelo menos, pensar tanto na defesa da vida humana quanto pensam em seus cachês.
Fonte: www.juliosevero.com
Leitura recomendada:
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Marisa Lobo fala sobre a reunião das cantoras evangélicas com a presidenta Dilma Roussef
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Marisa Lobo fala sobre a reunião das cantoras evangélicas com a presidenta Dilma Roussef
Posted: 17 Jul 2013 09:09 AM PDT
Marisa Lobo fala sobre a reunião das cantoras evangélicas com a presidenta Dilma Roussef
Vejo essa visita das queridas mulheres de Deus à presidenta Dilma com muito cuidado e sobre dois prismas. Claro que a presidente quer se aproveitar da situação e acalmar os ânimos, pois é uma estadista e faz parte de suas estratégias fazer alianças e tentar agradar a todos os grupos. Todos os presidentes fazem isso, pois governam para povo e precisam de votos.
- Marisa Lobo
Por outro lado, precisamos entender que Deus nos usa a todos de formas diferentes e que todos nós temos importância neste ministério que é de luta pela família. Uns têm dom para ser João Batista , mas outros precisam ser João o discípulo do amor, e outros são como Paulo, que conquistava as almas. Creio que Deus está no controle. Precisamos acreditar nisso ou nossa fé será abalada.
O que nos preocupa é que estamos vivendo um momento critico onde o aborto, por exemplo, está prestes a ser legalizado num formato (PLC03/2013) como se fosse uma proteção ao direito humano das mulheres vítimas de estupro. Esse formato está fazendo muitas pessoas se solidarizarem com essas mulheres. É importante entendermos como verdade absoluta que se faz necessário que exista uma legislação adequada ao atendimento humano de mulheres vítimas de violência sexual no Brasil. O que não podemos jamais admitir é que entre os possíveis encaminhamentos, permita-se o aborto.
Talvez seja por isso que tantos líderes se manifestaram contra a visita das nossas cantoras a presidenta. Eles viram como uma oportunidade perdida, falando naturalmente, mas por outro lado, falando espiritualmente, só Deus sabe o que ele quis fazer. Mas acredito que o PT e outros partidos só procuram os evangélicos quando precisam de apoio político.
Contudo, não podemos de forma alguma inutilizar ou criticar com preconceito ou machismo as intensões das nossas cantoras. Creio que de alguma forma foi uma peça fundamental para esta nossa luta, em favor das causas da família.
Mas com certeza se eu fosse uma das cantoras, eu deixaria clara minha posição contra tudo que está nos ferindo justamente por lutarmos tanto a favor da família. Acredito que todos nós temos uma função no reino de Deus e a delas seria mostrar o lado encantador do reino o amor.
Espero que a Dilma tenha entendido e não tenha usado apenas nossas cantoras como ferramenta de manipulação. Se o fez, será cobrado em dobro.
Conheço o coração de algumas das cantoras. Elas quiseram mostrar à presidente Dilma o amor ao próximo e apoio a uma mulher, independente dos erros dela. Esse foi, acho, o motivo da visita .
Só faço um alerta às cantoras: continuem orando e não sejam ingênuas de acreditar que uma visita perdoa todos os pecados políticos que Dilma vem cometendo contra o Brasil.
Meu apelo é que a presidenta tenha coragem, humildade e sabedoria de convidar outros homens e mulheres de Deus nem sempre tão amáveis nas posturas e nas palavras, mas que contribuem com a política nacional e com o social e lutam exaustivamente a favor dos direitos humanos e direitos de liberdade de expressão. Não vou citar nomes, pois são muitos, homens e mulheres atuantes e polêmicos, porém conhecedores de políticas públicas. Peço que eles também sejam chamados, não pelo tamanho de suas igrejas, ou de sua fama apenas, mas pela importância de sua luta pelas causas da família.
Fonte: www.juliosevero.com
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