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    sábado, 25 de fevereiro de 2012

    Caminho de fraternidade e cooperação

    Discurso do Papa aos participantes no simpósio dos bispos da África e da Europa

    Caminho de fraternidade e cooperação

    Um convite a continuar a percorrer o "caminho fecundo de fraternidade concreta e de unidade de intenções" foi dirigido pelo Papa aos participantes no simpósio dos bispos da África e da Europa, recebidos em audiência na manhã de 16 de Fevereiro, na sala Clementina.

    Senhores Cardeais Prezados Irmãos no EpiscopadoAmados irmãos e irmãs

    Estou feliz por vos receber no final do Simpósio dos Bispos da África e da Europa, enquanto saúdo todos vós com grande afecto, em particular o Cardeal Péter Erd?, Presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa, e o Cardeal Polycarp Pengo, Presidente do Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagáscar, agradecendo-lhes as amáveis expressões com que introduziram este nosso encontro. Manifesto o meu profundo apreço a quantos promoveram os dias de estudo, durante os quais abordastes o tema da evangelização contemporânea das vossas terras, à luz da comunhão e colaboração pastorais recíprocas que se instauraram durante o primeiro simpósio, realizado em 2004.
    Convosco dou graças a Deus pelos frutos espirituais derivados das relações de amizade e da cooperação entre as comunidades eclesiais dos vossos Continentes ao longo destes anos. A partir de diversificados ambientes culturais, sociais e económicos, vós valorizastes a comum tensão apostólica para anunciar aos vossos povos Jesus Cristo e o seu Evangelho, segundo o estilo do "intercâmbio de dons". Continuai a percorrer este caminho fecundo de fraternidade concreta e de unidade de intenções, ampliando cada vez mais os horizontes da evangelização. Com efeito, para a Igreja na Europa o encontro com a Igreja na África constitui sempre um momento de graça devido à esperança e à alegria com que as comunidades eclesiais africanas vivem e comunicam a fé, como pude constatar durante as minhas viagens apostólicas. Por outro lado, é bom ver como a Igreja na África, não obstante viva no meio de numerosas dificuldades e com a necessidade de paz e de reconciliação, está disposta a compartilhar a sua fé.
    Nas relações entre a Igreja na África e a Igreja na Europa, deveis ter presente o vínculo fundamental entre fé e caridade, porque elas se iluminam reciprocamente na sua verdade. A caridade favorece a abertura e o encontro com o homem de hoje, na sua realidade concreta, para lhe levar Cristo e o seu amor por todas as pessoas e famílias, especialmente por quantos são mais pobres e sozinhos. "Caritas Christi urget nos" (2 Cor 5, 14): com efeito, é o amor de Cristo que enche os corações e impele a evangelizar. O Mestre divino, hoje como outrora, envia os seus discípulos pelas estradas do mundo para proclamar a sua mensagem de salvação a todos os povos da terra (cf. Carta Apostólica Porta fidei, 7).
    Caros Irmãos, os desafios contemporâneos que estão à vossa frente são exigentes. Penso em primeiro lugar na indiferença religiosa, que leva muitas pessoas a viver como se Deus não existisse, ou a contentar-se com uma religiosidade indefinida, incapaz de se medir com a questão da verdade e com o dever da coerência. Hoje, principalmente na Europa, mas inclusive nalgumas regiões da África, sente-se o peso do ambiente secularizado e com frequência hostil à fé cristã. Outro desafio para o anúncio do Evangelho é o hedonismo, que contribuiu para fazer penetrar a crise dos valores na vida quotidiana, na estrutura da família, no próprio modo de interpretar o sentido da existência. Sintoma de uma situação de grave mal-estar social é também o alastrar-se de fenómenos como a pornografia e a prostituição. Vós estais bem conscientes destes desafios, que estimulam a vossa consciência pastoral e o vosso sentido de responsabilidade. Eles não vos devem desencorajar, mas ao contrário, constituir uma ocasião para renovar o compromisso e a esperança, a esperança que nasce da consciência de que a noite se adiantou e o dia se aproxima (cf. Rm 13, 12), porque Cristo ressuscitado está sempre connosco. Nas sociedades da África e da Europa estão presentes não poucas forças positivas, muitas das quais se referem às paróquias e se distinguem pelo compromisso de santificação pessoal e de apostolado. Faço votos a fim de que, com a vossa ajuda, elas possam tornar-se células cada vez mais vivas e vitais da nova evangelização.
    A família esteja no centro das vossas atenções de Pastores: ela, igreja doméstica, constitui também a garantia mais sólida para a renovação da sociedade. Na família, que conserva usos, tradições e ritos impregnados de fé, encontra-se o terreno mais propício para o florescimento das vocações. A mentalidade consumista dos dias de hoje pode ter repercussões negativas sobre o nascimento e o cuidado das vocações; daqui surge a necessidade de prestar atenção particular à promoção das vocações sacerdotais e de consagração especial. A família é inclusive o fulcro formativo da juventude. A Europa e a África têm necessidade de jovens generosos, que saibam assumir responsavelmente o seu futuro, e todas as Instituições devem ter bem presente que nestes jovens está encerrado o porvir, e que é importante fazer todo o possível para que o seu caminho não seja marcado pela incerteza, nem pela escuridão. Caros Irmãos, acompanhai com diligência especial o seu crescimento humano e espiritual, encorajando também as iniciativas de voluntariado que podem ter valor educativo.
    Na formação das novas gerações, a dimensão cultural adquire um papel importante. Vós sabeis bem como a Igreja estima e promove todas as formas autênticas de cultura, às quais oferece a riqueza da Palavra de Deus e da graça que brota do Mistério pascal de Cristo. A Igreja respeita todas as descobertas da verdade, porque toda a verdade provém de Deus, mas sabe que o olhar da fé fixado em Cristo abre a mente e o coração do homem à Verdade Primeira, que é Deus. Assim, a cultura alimentada pela fé é factor de verdadeira humanização, enquanto as culturas falsas acabam por levar à desumanização: na Europa e na África tivemos exemplos tristes disto. Portanto, a cultura deve ser uma preocupação constante, que faça parte da vossa obra pastoral, tendo sempre bem presente que a luz do Evangelho se insere no tecido cultural, elevando-o e fazendo fecundar as suas riquezas.
    Estimados amigos, o vosso Simpósio ofereceu-vos a ocasião para meditar acerca dos problemas da Igreja nos dois Continentes. Sem dúvida, eles não faltam e às vezes são relevantes; mas, por outro lado, constituem também a prova de que a Igreja é viva, está em fase de crescimento, e não tem medo de cumprir a sua missão evangelizadora. Por isso, ela tem necessidade da oração e do compromisso da parte de todos os fiéis; com efeito, a evangelização é parte integrante da vocação de todos os baptizados, que é vocação para a santidade. Os cristãos que têm uma fé viva e estão abertos à obra do Espírito Santo tornam-se testemunhas, com a palavra e a vida, do Evangelho de Cristo. No entanto, aos Pastores está confiada uma responsabilidade particular. Portanto, "a vossa santidade pessoal deve refulgir em benefício de quantos foram confiados ao vosso cuidado pastoral e que deveis servir. A vossa vida de oração irrigará, a partir de dentro, o vosso apostolado. O bispo deve ser um enamorado de Cristo. A autoridade moral e a credibilidade, que sustentam o exercício do vosso poder jurídico, poderão derivar apenas da santidade da vossa vida" (Exortação Apostólica pós-sinodal Africae munus, 100).
    Confio os vossos propósitos espirituais e os vossos programas pastorais à intercessão de Maria, Estrela da Evangelização, enquanto de coração vos concedo uma especial Bênção Apostólica, assim como às Conferências Episcopais da África e da Europa, e a todos os vossos sacerdotes e fiéis.


    (©L'Osservatore Romano - 25 de Fevereiro de 2012)
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    Durante a audiência geral de quarta-feira de Cinzas Bento XVI introduziu o caminho quaresmal

    Rumo a uma nova aurora


    Para o povo de Deus começa o caminho que o conduzirá rumo à "nova aurora criada pelo próprio Deus", afirmou o Papa na manhã de 22 de Fevereiro, quarta-feira de Cinzas, dirigindo-se aos fiéis presentes na sala Paulo VI para a audiência geral.

    Prezados irmãos e irmãs

    Nesta Catequese, gostaria de meditar brevemente sobre o tempo da Quaresma, que começa hoje com a Liturgia de Quarta-Feira de Cinzas. Trata-se de um itinerário de quarenta dias que nos levará ao Tríduo pascal, memória da paixão, morte e ressurreição do Senhor, o coração do mistério da nossa salvação. Nos primeiros séculos de vida da Igreja, este era o tempo em que quantos tinham ouvido e acolhido o anúncio de Cristo começavam, passo a passo, o seu caminho de fé e de conversão para receber o sacramento do Baptismo. Tratava-se de uma aproximação ao Deus vivo e de uma iniciação na fé a realizar gradualmente, mediante uma mudança interior da parte dos catecúmenos, ou seja, de quantos desejavam tornar-se cristãos e ser incorporados a Cristo e à Igreja. Sucessivamente, também os penitentes e depois todos os fiéis foram convidados a viver este itinerário de renovação espiritual, para conformar cada vez mais a própria existência com Cristo. A participação de toda a comunidade nas várias fases do percurso quaresmal ressalta uma dimensão importante da espiritualidade cristã: é a redenção não de alguns, mas de todos, a estar disponível graças à morte e ressurreição de Cristo. Portanto, quer os que percorriam um caminho de fé como catecúmenos para receber o Baptismo, quer os que se tinham afastado de Deus e da comunidade da fé e procuravam a reconciliação, quer os que viviam a fé em plena comunhão com a Igreja, todos juntos sabiam que o tempo que precede a Páscoa é um tempo de metanoia, ou seja de mudança interior, de arrependimento; o tempo que identifica a nossa vida humana e toda a nossa história como um processo de conversão que agora se põe em movimento para encontrar o Senhor no fim dos tempos. Com uma expressão que se tornou típica na Liturgia, a Igreja denomina o período que hoje começamos "Quadragesima", ou seja o tempo de quarenta dias e, com uma referência clara à Sagrada Escritura, introduz-nos assim num contexto espiritual específico. Com efeito, quarenta é o número simbólico com que o Antigo e o Novo Testamento representam os momentos salientes da experiência da fé do Povo de Deus. Trata-se de um número que exprime o tempo da expectativa, da purificação, do regresso ao Senhor e da consciência de que Deus é fiel às suas promessas. Este número não representa um tempo cronológico exacto, cadenciado pela soma dos dias. Aliás, indica uma perseverança paciente, uma prova longa, um período suficiente para ver as obras de Deus, um tempo dentro do qual se decide assumir as próprias responsabilidades sem ulteriores demoras. É o tempo das decisões maduras.
    O número quarenta aparece antes de tudo na história de Noé.
    Por causa do dilúvio, este homem justo transcorre quarenta dias e quarenta noites na arca, juntamente com a sua família e com os animais que Deus lhe tinha dito que levasse consigo. E espera outros quarenta dias, depois do dilúvio, antes de tocar a terra firme, salva da destruição (cf. Gn 7, 4.12; 8, 6). Depois, a próxima etapa: Moisés permanece no monte Sinai, na presença do Senhor, quarenta dias e quarenta noites, para receber a Lei. Durante todo este tempo, jejua (cf. Êx 24, 18). Quarenta são os anos de viagem do povo judeu do Egipto para a Terra prometida, tempo propício para experimentar a fidelidade de Deus. "Recorda-te de toda essa travessia de quarenta anos que o Senhor, teu Deus, te fez sofrer no deserto... As tuas vestes não envelheceram sobre ti, e os teus pés não se magoaram durante estes quarenta anos", diz Moisés no Deuteronómio, no final destes quarenta anos de migração (Dt 8, 2.4). Os anos de paz de que Israel goza sob os Juízes são quarenta (cf. Jz 3, 11.30) mas, transcorrido este tempo, começa o esquecimento dos dons de Deus e o retorno ao pecado. O profeta Elias emprega quarenta dias para chegar ao Horeb, o monte onde se encontra com Deus (cf. 1 Rs 19, 8). Quarenta são os dias durante os quais os cidadãos de Nínive fazem penitência para obter o perdão de Deus (cf. Gn 3, 4). Quarenta são também os anos dos reinos de Saul (cf. Act 13, 21), de David (cf. 2 Sm 5, 4-5) e de Salomão (cf. 1 Rs 11, 41), os três primeiros reis de Israel. Também os Salmos apresentam o significado bíblico dos quarenta anos, como por exemplo o Salmo 95, do qual ouvimos um trecho: "Se ouvísseis hoje a sua voz: "Não endureçais os vossos corações como em Meribá, como no dia de Massá no deserto, quando os vossos pais me provocaram e me puseram à prova, apesar de terem visto as minhas obras. Durante quarenta anos essa geração desgostou-me, e Eu disse: é um povo de coração obstinado, que não compreendeu os meus caminhos!"" (vv. 7c-10). No Novo Testamento Jesus, antes de começar a vida pública, retira-se no deserto por quarenta dias, sem comer nem beber (cf. Mt 4, 2): alimenta-se da Palavra de Deus, que utiliza como arma para derrotar o diabo. As tentações de Jesus evocam as que o povo judeu enfrentou no deserto, mas que não soube vencer. Quarenta são os dias durante os quais Jesus ressuscitado instrui os seus, antes de subir ao Céu e enviar o Espírito Santo (cf. Act 1, 3).
    Com este recorrente número quarenta é descrito um contexto espiritual que permanece actual e válido, e a Igreja, precisamente mediante os dias do período quaresmal, tenciona conservar o seu valor perdurável e fazer com que a sua eficácia esteja presente. A liturgia cristã da Quaresma tem a finalidade de favorecer um caminho de renovação espiritual, à luz desta longa experiência bíblica e sobretudo para aprender a imitar Jesus, que nos quarenta dias transcorridos no deserto ensinou a vencer a tentação com a Palavra de Deus. Os quarenta anos da peregrinação de Israel no deserto apresentam atitudes e situações ambivalentes. Por um lado, eles são a estação do primeiro amor com Deus e entre Deus e o seu povo, quando Ele falava ao seu coração, indicando-lhe continuamente o caminho a percorrer. Deus tinha, por assim dizer, feito morada no meio de Israel, precedia-o dentro de uma nuvem ou de uma coluna de fogo, providenciava cada dia à sua alimentação, fazendo descer o maná e brotar a água da rocha. Portanto, os anos que Israel passou no deserto podem ser vistos como o tempo da eleição especial de Deus e da adesão a Ele por parte do povo: o tempo do primeiro amor. Por outro lado, a Bíblia mostra também mais uma imagem da peregrinação de Israel no deserto: é inclusive o tempo das tentações e dos maiores perigos, quando Israel murmura contra o seu Deus e gostaria de voltar ao paganismo e constrói para si os próprios ídolos, porque sente a exigência de venerar um Deus mais próximo e tangível. É também o tempo da revolta contra o Deus grande e invisível.
    Esta ambivalência, tempo da proximidade especial de Deus - tempo do primeiro amor - e tempo da tentação - tentação da volta ao paganismo - encontramo-la de modo surpreendente no caminho terreno de Jesus, naturalmente sem qualquer compromisso com o pecado. Depois do baptismo de penitência no Jordão, no qual assume sobre Si o destino do Servo de Deus que renuncia a Si mesmo e vive pelos outros e insere-se entre os pecadores para assumir sobre si o pecado do mundo, Jesus vai ao deserto para aí permanecer por quarenta dias em profunda união com o Pai, repetindo assim a história de Israel, todos aqueles ritmos de quarenta dias ou anos aos quais me referi. Esta dinâmica é uma constante na vida terrena de Jesus, que procura sempre momentos de solidão para rezar ao seu Pai e permanecer em íntima comunhão, em íntima solidão com Ele, em comunhão exclusiva com Ele, e depois voltar para o meio do povo. Mas neste tempo de "deserto" e de encontro especial com o Pai, Jesus encontra-se exposto ao perigo e é acometido pela tentação e pela sedução do Maligno, que lhe propõe um caminho messiânico diferente, distante do desígnio de Deus, porque passa através do poder, do sucesso e do domínio, e não através do dom total na Cruz. Eis a alternativa: um messianismo de poder, de sucesso, ou um messianismo de amor, de doação de si.
    Esta situação de ambivalência descreve inclusive a condição da Igreja a caminho no "deserto" do mundo e da história. Neste "deserto" nós, crentes, temos certamente a oportunidade de fazer uma profunda experiência de Deus, que fortalece o espírito, confirma a fé, alimenta a esperança e anima a caridade; uma experiência que nos torna partícipes da vitória de Cristo sobre o pecado e sobre a morte mediante o Sacrifício de amor na Cruz. Mas o "deserto" é também o aspecto negativo da realidade que nos circunda: a aridez, a pobreza de palavras de vida e de valores, o secularismo e a cultura materialista, que fecham a pessoa no horizonte mundano da existência, subtraindo-o a qualquer referência à transcendência. Este é também o ambiente em que o céu acima de nós está obscuro, porque coberto com as nuvens do egoísmo, da incompreensão e do engano. Não obstante isto, também para a Igreja contemporânea o tempo do deserto pode transformar-se em tempo de graça, porque temos a certeza de que até da rocha mais dura Deus pode fazer brotar a água viva que sacia e revigora. Caros irmãos e irmãs, nestes quarenta dias que nos conduzirão à Páscoa de Ressurreição podemos encontrar nova coragem para aceitar com paciência e com fé todas as situações de dificuldade, de aflição e de prova, na consciência de que das trevas o Senhor fará nascer o novo dia. E se formos fiéis a Jesus, seguindo-O no caminho da Cruz, o mundo luminoso de Deus, o mundo da luz, da verdade e da alegria ser-nos-á como que restituído: será a nova aurora criada pelo próprio Deus. Bom caminho de Quaresma para todos vós! No final da audiência geral, o Sumo Pontífice dirigiu-se aos fiéis presentes, pronunciando em português as seguintes palavras.

    A minha saudação amiga para o grupo escolar da Lourinhã e todos os peregrinos presentes de língua portuguesa. A Virgem Maria tome cada um pela mão e vos acompanhe durante os próximos quarenta dias que servem para vos conformar ao Senhor ressuscitado. A todos desejo uma boa e frutuosa Quaresma!


    (©L'Osservatore Romano - 25 de Fevereiro de 2012)
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    1.Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele.
    2.Então abriu a boca e lhes ensinava, dizendo:
    3.Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus!
    4.Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!
    5.Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!
    6.Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!
    7.Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!
    8.Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!
    9.Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!
    10.Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus!
    11.Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim.
    12.Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.

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    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

    Ave-Maria

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