IGREJA CATÓLICA
(066) – ECUMENISMO-UNITATIS REDINTEGRATIO !
PRÁTICA DO ECUMENISMO
TRABALHO DE TODA A IGREJA
5. - A solicitude na restauração da união, vale para toda a Igreja, tanto para os fiéis como para os pastores.
Afecta a cada um em particular, de acordo com a sua capacidade, quer na vida cristã quotidiana, quer nas investigações teológicas e históricas.
Essa preocupação já manifesta de certo modo a união fraterna existente entre todos os cristãos, e conduz à unidade plena e perfeita, segundo a benevolência de Deus.
RENOVAÇÃO DA IGREJA
6. - Toda a renovação da Igreja, consiste essencialmente numa maior fidelidade à própria vocação.
Esta é, sem dúvida, a razão do movimento para a unidade.
A Igreja peregrina é chamada por Cristo a essa reforma perene.
Como instituição humana e terrena, a Igreja necessita perpetuamente desta reforma.
Assim, se em vista das circunstâncias das coisas e dos tempos houve deficiências, quer na moral, quer na disciplina eclesiástica, quer também no modo de enunciar a doutrina – modo que deve cuidadosamente distinguir-se do próprio depósito da fé – tudo seja recta e devidamente restauado no momento oportuno.
Esta renovção tem, por isso, grande importância ecuménica.
Ela já é efectuada em várias esferas da Igreja.
Tais são os movimentos bíblico e litúrgico, a pregação da Palavra de Deus e a Catequese, o Apostolado dos Leigos, as novas formas de vida religiosa, a espiritualidade do matrimónio, a doutrina e actividade da Igreja no campo social.
Tudo isto deve ser tido como penhor e auspício que felizmente prognosticam os futuros progressos do ecumenismo.
A CONVERSÃO DO CORAÇÃO
7. - Não há verdadeiro ecumenismo sem conversão interior.
É que os anseios de unidade nascem e amadurecem a partir da renovação da mente, da abnegação de si mesmo e da libérrima efusão da caridade.
Por isso, devemos implorar do Espírito divino a graça da sincera abnegação, humildade e mansidão em servir, e da generosidade fraterna para com os outros.
"Portanto - diz o Apóstolo das gentes – eu, prisioneiro no Senhor, vos rogo que vivais de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com paciência, suportando-vos uns aos outros em caridade, e esforçando-vos solicitamente por conservar a unidade do Espírito no vínculo da paz".(Ef.4,1-3).
Esta exortação visa sobretudo aqueles que foram elevados à sagrada Ordem na intenção de que seja continuada a missão de Cristo, que entre nós "não esteve para ser servido, mas para servir".(Mt.20,28).
Também das culpas contra a unidade, vale o testemunho de S. João :
- "Se dissermos que não temos pecado, fazemo-lo mentiroso e a sua palavra não está em nós".(1.Jo.1,10).
Por isso, pedimos humildemente perdão a Deus e aos irmãos separados, assim como também nós perdoamos àqueles que nos ofenderam.
Lembem-se todos os cristãos de que tanto melhor promoverão e até realizarão a união dos cristãos quanto mais se esforçarem por levar uma vida mais pura de acordo com o Evangelho.
Porque, quanto mais unidos estiverem em comunhão estreita com o Pai, o Verbo e Espirito, tanto mais íntima e facilmente conseguirão aumentar a fraternidade mútua.
Nascimento
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