MÊS DO ROSÁRIO
- OUTUBRO DE 2012-
Vamos celebrar este Mês do Rosário de 2012, a presentando diariamente textos publicados em "A VOZ DE FÁTIMA" e "FÁTIMA LUZ E PAZ" em diversas datas mais recentes.
(05)-FOI ASSIM QUE JACINTA AMOU A IGREJA !
Nosso Senhor Jesus Cristo confiou a um grupo de "Doze" a Sua missão salvífica :
-"Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra. Ide, pois, ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E Eu estarei sempre convosco até ao fim do mundo".(Mt.28,18-20).
São estes "Doze" e os seus sucessores quem pode dar a suprema garantia da fidelidade da Igreja ao Espírito do Seu Fundador – daí que a unidade da Igreja assim como a catolicidade tenham de se entroncar na apostolicidade.
Com efeito, não é una se não estiver em consonância com a Igreja Apostólica; a Igreja não é católica se não for idênctica àquela que recebeu de Jesus Cristo com os "Doze".
A apostolicidade é, por assim dizer, o fundamento das outras propriedades da Igreja de Cristo.
Apóstolo é aquele que viveu com Cristo desde o Baptismo de João e que pode dar testemunho da Sua Ressurreição :
-"É indispensável, portanto, que, dentre os homens que nos acompanharam durante todo o tempo que o Senhor Jesus viveu no meio de nós, a partir do baptismo de João até ao dia em que foi arrebatado para o Alto, um deles se torne, connosco, testemunha da Sua Ressurreição".(Act.1,21-22).
Apóstolo é aquele que recebeu directamente de Cristo uma missão particular por força da qual há-de anunciar o Evangelho com autoridade; é um dos "Doze" que Jesus escolheu directamente, ou alguém que a eles seja agregado, por indigitação do Espírito Santo.
Dizer que a Igreja é "apostólica" significa afirmar que a Igreja de Jesus Cristo é aquela que parte desses "Doze".
O que Cristo disse e fez, chegou-nos pela via apostólica.
Sem os Apóstolos não teríamos Igreja nem saberíamos nada do Seu Fundador.
Mesmo depois do desaprecimento terreno dos "Doze" a Igreja continua a ser apostólica em virtude do Espírito que a assiste e nela suscita outros homens que perpetuam, na fidelidade às origens, a missão dos Apóstolos.
(…) Foi em Jerusalém e na Samaria que se formou a primeira comunidade dos crentes em Jesus de Nazaré, o Messias, o Filho de Deus.
Jesus deixou aos seus fiéis as instruções necessárias para a edificação do Reino de Deus por Ele anunciado, ordenando-lhes que permanecessem na Cidade Santa de Jerusalém até que descesse o "Paráclito".
Com a sua inspiração e sustentados pelo Espirito Santo tornar-se-iam suas testemunhas em Jerusalém e na Samaria e até aos confins da Terra :
-"Mas ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis Minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria, e até aos confins do mundo".(Act.1,8).
(…)Com a primeira festa do Pentecostes começa a verdadeira história da Igreja cristã.
Naquele momento a Igreja foi proclamada solenemente e diante do mundo inteiro, ali representado pela pluralidade das línguas, como o novo Reino messiânico universal, independente da Sinagoga e sustentado pelo "Espírito de Verdade" que o sustentará até ao fim dos tempos.
-"E Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador, para estar convosco para sempre, o Espírito de Verdade que o mudo não pode receber, porque não O vê nem conhece, mas que vós conheceis porque habita convosco e está em vós".(Jo.14,16-17).
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Foi esta Igreja que Jesus fundou sobre os Apóstolos que a Beata Jacinta Marto amou na sua simplicidade de criança.
Ela viveu a sua experiência ecclesial no contexto da sua paróquia e num tempo marcado por três grandes "devoções" populares : a Eucaristia, Nossa Senhora e o Papa.
Na vida dos Videntes foi muito importante a vivência da Fé no seio de suas famílias que lhes transmitiram a primeira consciência de Fé, nomeadamente na devoção da reza diária do terço, que na sua inocência elas procuravam cumprir de modo quotidiano e com rapidez, como obrigação assumida em obediência a seus pais.
O amor à Igreja percebe-se na vida da Jacinta pela sua especial devoção ao Papa, na ocasião Bento XV(1914-1922), que sofreu todas as vicissitudes da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a depressão económica de 1919 e a revolução Bolchevista da Rússia iniciada em 1917.
Jacinta Marto recebeu o especial carisma de rezar pelo Papa, que ela via em grande sofrimento em contexto de violêcia, guerra e perseguição.
A oração reparadora que Jacinta Marto fazia conjuntamente com sacrifícios pela conversão dos pecadores tinha como intenção trazer à Igreja de Cristo todos aqueles que a tinham abandonado, ou nela viviam, mas como vidas duplas.
Ela percebeu, como Santo Agostinho, que não é possível chamar a Deus por Pai, se não tivermos a Igreja por Mãe.
VOZ DA FÁTIMA Maio de 2010
Nascimento
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