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    sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

    Madres Do Deserto – Maria Madalena

    Caro(a) Senhor(a),

    acrvcatolico deseja recomendar o seguinte arquivo:

    Madres Do Deserto – Maria Madalena


    Favor clicar no seguinte link para ver a colaboração:

    Continuando nosso tema da semana passada, vemos que Maria, a Mãe de Jesus, é o modelo da mulher sem pecado e temos Maria madalena, uma mulher popular, uma mulher pública que fez penitência, em quem no Deserto, o arrependimento, ocupa um lugar importante. Houve muitas mulheres que, depois de uma vida de prostituição, foram para o deserto para lavar seus pecados por meio de uma penitência sincera e cheia de compunção, enamoradas por Jesus Cristo, procurando um encontro pessoal com Ele. As histórias das prostitutas, convertidas em madres de Penitência no Deserto, pertencem a uma chamada literatura da conversão, e abrindo caminho temos em Maria Madalena, o topo da grande penitente do Novo Testamento. Em seu plano de fundo, está a profunda realidade de um povo pecador, Israel, infiel ao pacto divino.
    Maria Madalena tem sido sempre uma das santas mais populares, uma santa amada pelas pessoas comuns, quem sabe por que nesta, em sua simplicidade, vê-se também o grande coração, a imensa capacidade de amar de Maria Madalena, a grande personalidade desta mulher singular. Desde os tempos mais antigos, a Sagrada Escritura e a liturgia a contemplam como uma das mulheres mais relevantes do grupo que estava próximo a Jesus. Junto com sua Mãe, goza desta predileção do Senhor, porque Ele soube chegar ao coração de Madalena, submergida num mundo de pecado, talvez pela incompreensão, pela inveja do ambiente vulgar em que vivia – porque se diz nas entre linhas que Maria Madalena era uma mulher da elite – que a vida mesma com suas encruzilhadas havia conseguido distorcer sua grande personalidade; era um diamante de rara beleza e de valor incalculável que Jesus Cristo resgatou da lama da vida. Uma pecadora que amou muito porque muito foi perdoada. O que se pode aprender de Maria Madalena nos primeiros documentos que a nomeiam, nos Evangelhos? O nome de Maria Madalena aparece em Lc 8, 2 e em Mc 16, 1. Em Lucas é uma das mulheres que seguiam a Jesus, da qual haviam saído sete demônios, e em Marcos é de novo aquela da qual Jesus havia expulsado sete demônios e também a primeira a qual Ele apareceu depois de ressuscitado. Isto nos faz ver uma Maria Madalena como uma possuída por sete demônios (quer dizer, uma mulher curada por Jesus da enfermidade do pecado): uma pecadora perdoada que o seguiu em seu ministério e o viu depois de ressuscitar dos mortos. No Evangelho segundo S. João, Maria Madalena aparece citada em duas situações: primeiramente junto à Mãe de Jesus ao pé da cruz, e depois em um relato mais amplo de seu encontro com Jesus no horto da Ressurreição. Esta imagem é bastante coerente: Maria madalena curada por Cristo e convertida em discípula sua, está presente na Crucificação, vai ao sepulcro para ungi-lo, é testemunha da Ressurreição, e segundo São João levou a primeira notícia da Ressurreição do Senhor. Porque se diz que foi uma prostituta? Nos evangelhos não se especifica qual era a natureza dos demônios que a possuíam. Diz-se que a Maria Madalena se expulsou sete demônios, e não somente o da luxúria, como se dá por suposto; podia ter sido uma assassina, ladra, ou algo semelhante. A frase uma mulher, uma pecadora daquela cidade (Lc 7, 37), não implica necessariamente semelhante interpretação; diante de tudo não a descreve como "prostituta". Creio que sua identificação com uma prostituta tem suas raízes em uma motivação mais profunda, na realidade do pecado que excetua a Sagrada escritura. Maria Madalena encarna a imagem da infidelidade de Israel diante de Deus, simbolizada pelos profetas com a prostituição. Esta imagem foi usada pelos escritores neotestamentários para a humanidade em seu conjunto: por conseguinte, qualquer alma pecadora pode ser chamada prostituta, infiel ao pacto de amor entre Deus e o homem. É neste sentido profundamente clarificador onde Maria Madalena assume facções de prostituta: não que seja a luxúria o pecado mais grave, senão o quanto ela representa aos pecadores, na medida em que cada pecado é uma infidelidade ao pacto de amor. É o mesmo que o pecado de Eva que descreve como, pecado de luxúria – esta é de fato a metáfora que melhor descreve a desobediência da caída- , também os pecados de Madalena foram interpretados como uma prostituição, ou seja, infidelidade ao amor, que é o Nome mesmo de Deus. Na tradição latina, as homilias de São Gregório Magno ressaltam sobretudo a função das Maria para a festa de Maria Madalena, e ainda mais para as leituras da semana de Páscoa: Maria Madalena que na cidade havia levado uma vida de pecado, amando a Verdade, lavou com lágrimas as manchas das culpas. Assim se cumpriu a palavra da Verdade que diz: foram perdoados seus muitos pecados porque ela muito amou (Lc 7,47). Primeiro insensível por causa dos pecados, queimada depois no amor, ardia em seu coração. Foi ao sepulcro e ao não encontrar o corpo do Senhor, pensou que havia sido roubado e assim o disse aos discípulos. Pecadora perdoada, Madalena que lava os pés do Senhor com suas lágrimas secando-os com seus cabelos e ungindo-os com o óleo de nardo, converte-se nem primeira testemunha da Ressurreição. Não se preocupou em descobrir seus cabelos em públicos, coisa que para uma mulher oriental era algo vergonhoso, como observa com delicadeza Chiara Lubich; para ela isso não tinha importância. Ela estava convencida de que em Jesus havia encontrado a Vida; a unção era sinal de veneração, e ao beijar-lhe os pés era como se dissesse: Você salvou minha vida! Peçamos a intercessão de Maria Madalena para também nós deixarmo-nos tocar pelo perdão de Deus e crescer no verdadeiro amor a Ele.
    Madre Rosa Maria de Lima, F.M.D.J

    http://www.gloria.tv/?media=380315

    Que Deus te abençoe,
    Gloria.tv

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    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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