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    terça-feira, 16 de julho de 2013

    Rodrigo Constantino






    Rodrigo Constantino


    • Ressentimento antiamericano
    • A violência do politicamente correto
    • Apegado ao fracasso
    • Boca no lodo
    • Os médicos não são nossos escravos
    • O capitalismo não é o problema; é a solução!
    • O fascismo politicamente correto
    • O estatismo nos planos de saúde
    • O marciano aristotélico
    • O Brasil precisa de menos intervencionismo


    Ressentimento antiamericano

    Posted: 15 Jul 2013 08:21 PM PDT


    Rodrigo Constantino


    O governo americano espiona, e isso vazou. O governo francês espiona, e isso também vazou. No entanto, o grau de revolta que um gera é infinitamente maior do que o outro. Por que? Talvez Raymond Aron, sociólogo francês, tenha a resposta. Em seu clássico "The Opium of the Intellectuals", ele tenta explicar o motivo de tanta revolta com os Estados Unidos, especialmente por parte dos intelectuais europeus, e mais ainda dos franceses. Em tradução livre:


    Como poderíamos esperar que os europeus perdoassem aqueles que se beneficiaram com as consequências de suas loucuras - se se pode considerar uma posição de hegemonia como invejável? Mesmo que os americanos estivessem acima de qualquer suspeita, os europeus achariam difícil não se ressentir com um sucesso que foi a contrapartida do seu próprio declínio. Felizmente, os americanos não são irrepreensíveis.






    [...]






    O homem da rua é muito propenso ao ressentimento contra o todo-poderoso aliado, muito propenso a amargura decorrente da fraqueza nacional, a nostalgia da glória do passado e a esperança de um futuro diferente e melhor. Mas os intelectuais deveriam conter essas emoções populares, deveriam mostrar as razões inescapáveis ​​para a solidariedade permanente e a interdependência. Em vez de cumprir o papel de guias, eles preferem, especialmente na França, trair a sua missão, para incentivar os sentimentos das massas ignorantes aduzindo justificativas hipócritas para eles. Na verdade, sua briga com os Estados Unidos é uma forma de racionalizar a sua própria culpa.






    [...]






    Os Estados Unidos são representados como a encarnação de tudo que é mais detestado, e, em seguida, todo o ressentimento e ódio e fel que se acumula nos corações das pessoas em um momento de dificuldades é descarregado sobre esta figura simbólica.






    Que ninguém venha, por favor, dizer que estou afirmando que não se pode criticar os erros dos americanos. Eles existem, em grande quantidade, e devem ser apontados. Mas o ponto aqui é outro. É apenas mostrar como há uma revolta bastante seletiva, que inexoravelmente julga com muito mais rigor tudo que vem de lá. O ressentimento parece uma boa explicação para essa postura...






    PS: Tenho outros artigos sobre esse antiamericanismo e suas potenciais causas, como esse.




    A violência do politicamente correto

    Posted: 15 Jul 2013 07:56 PM PDT










    Carolina Foglietti *






    Ao longo dos últimos anos o fenômeno cultural do politicamente correto invadiu a vida pública e privada das pessoas, tendo assumido o estatuto de uma nova religião. Estamos vivendo na era dos eufemismos onde o ato de nomear passou a ser meticulosamente cerceado e, dependendo do caso, severamente punido. Uma série de restrições simbólicas, imaginárias e reais, nos foram impostas por parte da própria sociedade, que se quer livre de todo e qualquer preconceito, da maldade e do ódio ao próximo. Trata-se de uma época em que se sonha com um mundo habitado por pessoas completamente tolerantes e isentas de qualquer julgamento... Como se isso fosse possível!






    Se, em um primeiro momento, chamar um deficiente físico de portador de necessidades especiais, ou um negro de afro-descente, pode parecer louvável, por outro, devemos questionar ate que ponto tal atitude não é fruto de um sentimento de culpa inconsciente que, ao mascarar a diferença com rótulos que ressaltam o preconceito e a segregação, satisfazem o desejo de manter a alteridade distante de si.






    Basta um olhar mais atento para perceber que por trás dessa áurea de boas intenções, jaz uma profunda intolerância marcada por um narcisismo primário, próprio de sujeitos que se mostram incapazes de lidar com as adversidades da vida. Assim, buscam inutilmente se blindar contra o mal-estar próprio ao laço social impondo a si próprios e aos demais uma visão de mundo maniqueísta, neutralizando a linguagem e causando diversos efeitos nefastos principalmente às crianças, que precisam simbolizar seus conflitos e angústias para constituir sua identidade de forma mais saudável.






    Para viver de forma mais desejante e autoral, imprimindo em nossa trajetória os traços de nossa singularidade, o ser humano precisa elaborar uma tarefa particularmente difícil: desenvolver a capacidade de dotar a vida em geral de mais significado. Para tanto, sabemos que nada é mais importante do que o impacto da família e das pessoas que cuidam da criança, bem como da transmissão da herança cultural. Quando as crianças são pequenas, porém, a literatura mostra ser um dos instrumentos que melhor canaliza esse tipo de informação. Isso porque para lidar melhor com os obstáculos psicológicos do crescimento – superando decepções narcisistas, dilemas edipianos, rivalidades fraternas – a criança precisa elaborar o que está se passando em seu eu consciente para que possa enfrentar o que se passa em seu inconsciente.






    O fenômeno do politicamente correto, porém, se recusa a permitir que as crianças saibam que a fonte de nossos males e insucessos está na própria natureza humana – no pendor de todos os homens a agir de forma agressiva e egoísta, por raiva e angústia. A ditatura, não tão velada, do manto da retidão nutre a ilusão de que todos os homens são bons. Entretanto as crianças sabem que elas não são sempre boas e que, vez ou outra, escolhem, de fato, não sê-lo. Isso contradiz a mensagem politicamente correta, tornando a criança um monstro a seus próprios olhos.






    O que mais preocupa nessa cruzada do politicamente correto é a manipulação e a distorção da literatura infantil, que tem a importante função de ajudar as crianças à suportarem, minimamente, a complexidade da vida. É um grande engano supor que, em nome de um "mundo melhor", seria possível retirar do mundo infantil o medo, o mal, a insegurança, a ambiguidade de sentimentos pela mesma pessoa, a angústia, etc. Tentar fazer isso é uma maneira cruel de se proteger contra o inevitável, aprofundando a culpa e a violência de nossos filhos.






    Uma parcela dominante de nossa cultura deseja fingir, particularmente no que se refere às crianças, que o lado obscuro do homem não existe, e professa a crença num aprimoramento otimista. No entanto, o que a psicanálise nos ensina e que atestamos tanto em nossas clínicas quanto no social é que o que não pode ser fantasiado sendo, portanto, recusado no simbólico, retorna no real, dando margem tanto às devastadoras, e às vezes irreversíveis, passagens ao ato: suicídios, homicídios, racismo, espancamentos, etc., quanto à graves doenças psicossomáticas.






    A criança necessita que lhe sejam oferecidos recursos simbólicos sobre como lidar com situações e sentimentos tão contraditórios e, assim, saber equilibrar de forma mais satisfatória a introjeção da autoridade dos pais com a autonomia necessária para poder se separar deles.






    O politicamente correto é uma forma extremamente poderosa de eliminar as diferenças. Quando todos são iguais e não há espaço para a discriminação, isto é, para a separação, a possibilidade de fazer escolhas é aniquilada, bem como o exercício de metabolizar as perdas e assumir as consequências do ato de escolher. Para suportar e tolerar melhor o diferente é preciso que antes possamos escolher o que NÃO queremos ser. Caso contrário, não estaremos lidando com diferenças, mas apenas com nosso acovardado narcisismo que além de cego é cínico.




    * Psicanalista e membro da Escola Lacaniana de Psicanálise


    Apegado ao fracasso

    Posted: 15 Jul 2013 05:52 PM PDT


    Rodrigo Constantino


    Em sua coluna na Folha esta segunda-feira, Luiz Carlos Bresser-Pereira demonstra como é difícil para alguns abandonar planos de vôo equivocados, deixar de lado as velhas ideologias que nunca foram capazes de entregar bons resultados. Logo no começo, o economista elogia a reação da presidente diante dos desafios impostos pelo cenário ruim, criado pelo próprio governo:


    Diante desse quadro, a presidente reagiu bem. Entre outras medidas, propôs um plebiscito para saber se o povo quer que o financiamento de campanhas eleitorais seja público ou privado e se quer manter o voto proporcional ou mudá-lo para distrital ou misto. Essa é uma resposta direta ao centro das manifestações populares.






    O plebiscito, que já foi até enterrado pelo Congresso, não pode ser visto, de forma alguma, como uma boa resposta às ruas. Trata-se de um projeto que o PT já tinha faz tempo, para começo de conversa. Além disso, é o mecanismo errado para responder às demandas do povo. Em momento algum os protestos levantaram essa bandeira, ou algo como financiamento público de campanha.






    De onde Bresser-Pereira tirou que essa resposta vai direto ao centro das manifestações é um mistério. Mas ele vai além, e aplaude a tentativa de uma Constituinte específica, proposta ainda mais sem sentido, que foi enterrada 24 horas após ser aventada pela presidente. Bresser diz:





    Uma assembleia constituinte convocada exclusivamente para emendar a Constituição nessas questões é uma boa iniciativa. Há muito são discutidas pelos políticos, mas eles não se mostram capazes de respondê-las. Não é surpreendente que os conservadores e os políticos a tenham rejeitado. Para os conservadores é uma ameaça à sua capacidade de "comprar" os políticos ao financiá-los, para os políticos, uma mudança no jogo eleitoral que poderá afetá-los.







    Eis algo que precisa ser esclarecido de uma vez nesse país: o que se entende por conservador. Na boca da esquerda, isso é sempre sinônimo de atraso, retrocesso, mamata, patrimonialismo, enfim, coisas que costumam proliferar em governos da própria esquerda. Pensar em Edmund Burke e o conservadorismo britânico, ou mesmo em Joaquim Nabuco no Brasil, isso é algo que jamais passa pela cabeça de quem usa o termo com tanto desdém.






    Mas é quando fala de economia mesmo que o economista mais erra. Ele diz:





    Esses resultados não poderiam ser diferentes, dado o fato de que herdou uma taxa de câmbio altamente sobreapreciada, incompatível com a retomada do crescimento.
    No primeiro ano de governo, a presidente tentou enfrentar esse problema, mas de maneira insuficiente. Levou a taxa de câmbio de R$ 1,65 para R$ 2,00 por dólar, quando a taxa de câmbio "necessária" (aquela que garante competitividade para as empresas industriais competentes) é cerca de R$ 2,75 por dólar.






    Nada mais longe da verdade! Os resultados poderiam ser absolutamente diferentes, não tivesse o governo abraçado uma doutrina nacional-desenvolvimentista que, por acaso, é justamente aquela defendida pelo próprio Bresser-Pereira. Essa obsessão com a taxa de câmbio, que deve ser sempre desvalorizada pela ótica dele, mostra um forte apego aos ideais da Cepal, que nunca entregaram resultados satisfatórios.






    Desvalorizar o câmbio artificialmente para ganhar "competitividade" é a receita certa da desgraça. Não é possível burlar a ineficiência estrutural que constitui nosso "Custo Brasil" com essa malandragem. Isso produz apenas inflação ao longo do tempo. Espanta o fato de que tantos economistas da "velha guarda" ainda não tenham aprendido essa lição. Insistem no erro, e ainda desfrutam de eco, de espaço na imprensa, apesar de seu histórico de equívocos. Assim fica difícil prosperar...




    Boca no lodo

    Posted: 15 Jul 2013 05:10 PM PDT


    Rodrigo Constantino


    E quem foi que disse que não há músicas inteligentes e críticas, e bem escritas, sendo feitas por aí? Não falo de funk que manda dar tiro "nas polícia", naturalmente. Falo de "Boca no Lodo", que o próprio autor me mandou por email com a seguinte mensagem:


    Oi Rodrigo, tudo bem? Tenho lido os seus artigos, gostado muito, parabéns! Sou cantor e compositor carioca, formado em Orquestração na Juilliard em NY, onde gravei meu CD HABITAT Sony que tem dado belos frutos. O CD abre com "Boca no Lodo" crítica política politicamente incorreta. Espero que goste! Contra lobos, hienas e outros bichos mais. Abraços,

    Mauricio


    Segue a música, com a letra abaixo:















    Boca no Lodo - Mauricio Pessoa




    Sai da janela menino olha a bala

    Por onde anda menino olha a vala

    Sai do colégio mal escreve e mal fala

    Com lápis sem ponta ele aponta é uma arma




    Sai da prefeitura o prefeito com a mala

    Com o dinheiro da obra da vala

    Diz que abre o sigilo da conta do banco

    Desliza o barranco na gente que rala




    Rala a mandioca e nada na panela

    Olha a mulher do prefeito olha ela

    Maloca o dinheiro na bota de couro

    Cadela de brinco e coleira de ouro




    Quem paga a fatura e atura é a gente

    Sem dente descrente e sorriso banguela

    Que chora o menino com a boca no lodo

    Que tanto se cala e não vai na janela




    Olha menino não vai na calçada

    Que na alçada do nosso direito

    O crime prescreve e ninguém paga nada

    O que não se indefere é tanto desrespeito




    Já nessa altura do campeonato

    Não desembaraçam antigas mazelas

    Candidatos abraçam com o discurso barato

    A gente que sabe o final da novela




    Com a cara no palanque e no horário gratuito

    Com as mesmas promessas com o mesmo intuito

    Lesmas sanguessugas cobras no plenário

    Vampiros que roubam do pescoço do otário




    Quem paga a fatura e atura é a gente

    Sem dente descrente e sorriso banguela

    Que chora o menino com a boca no lodo

    Que tanto se cala e não vai na janela.




    Os médicos não são nossos escravos

    Posted: 15 Jul 2013 12:58 PM PDT


    Artigo exclusivo que escrevi para o site da Época sobre a questão dos médicos.


    O capitalismo não é o problema; é a solução!

    Posted: 15 Jul 2013 12:16 PM PDT


    Rodrigo Constantino


    Um artigo na Folha de hoje, assinado pela professora de filosofia da Unicamp Maria Sylvia Carvalho Franco, mostra como ainda precisamos resgatar os verdadeiros significados de capitalismo e liberalismo no Brasil. Espalha-se por aqui, ainda, uma visão totalmente distorcida do que quer dizer tal sistema, o capitalismo liberal, ou de livre mercado. A professora diz:


    Destaca-se na origem da sociedade brasileira a ex­ploração de riquezas baseadas na escravidão moderna, instituição constitutiva do capitalismo, articulada às mudanças socioeconômicas, inclusive o trabalho livre, em curso na Europa. Não por acaso, J. Locke deu forma teórica às práticas capitalistas, fundamentou o pensamento liberal e legitimou a escravidão moderna, alicerçando-os no direito natural e individual à propriedade: só o proprietário pertence ao gênero humano. Os sem posses convertem-se em inferiores, justificando-se o seu jugo e a pena de morte para quem atenta contra a propriedade, "ipso facto", contra a vida e a liberdade.






    Não obstante parágrafo um tanto confuso, extrai-se daí que o capitalismo é sinônimo de escravidão, e que os "sem posses" são seres inferiores sob esse sistema. Nada mais longe da verdade! Foi com base na ideia de John Locke, diga-se de passagem, que os "pais fundadores" dos Estados Unidos criaram a nação mais livre do planeta. Nesse artigo eu explico melhor esse legado de Locke.






    Foi o capitalismo que colocou um fim na escravidão! E os mais pobres foram justamente os maiores beneficiados por esse sistema. Hayek chegou a afirmar que se não tivesse propriedade alguma, aí mesmo que ele desejaria viver sob o capitalismo liberal, para pegar carona do progresso criado por outros. A professora segue com seus ataques infundados:





    Entre nós, esse elenco articulou-se ao absolutismo português gerando, em nossa concretização do capitalismo, ampla rede de controle social arbitrário e economia espoliativa. Por séculos, mudanças decisivas ocorreram entre dominantes e dominados, mas subsiste a essência dessa ordem: a produção de lucro. Distraída desse fato, Dilma caiu em ciladas, algumas embutidas em sua própria ideologia.






    Nada mais absurdo! Quer dizer que países como Austrália, Nova Zelândia, Suíça, Inglaterra e Estados Unidos, com mais lucro ainda, são países com escravidão? Na Coreia do Norte e em Cuba, dois remanescentes do sonho socialista, aboliram-se o "pecaminoso" lucro, e deu no que deu: lá sim, temos escravidão, miséria e terror. Como pode alguém, em pleno século 21, ainda condenar o lucro, mola propulsora do progresso, da criação de riqueza? A professora ataca Dilma, como se ela fosse ícone do capitalismo liberal:





    Crente no "papel histórico da burguesia nacional", cortou impostos, concedeu crédito copioso, subsidiou o consumo, supondo que os ganhos acrescidos se transformariam em produtividade. E veio a desaceleração industrial, o "pibinho", as aventuras com recursos do BNDES e a volumosa remessa de lucros. Jogou com a inflação visando lastrear o desenvolvimento, mas conseguiu carestia e queda no consumo, suposto lastro para a ascensão social, produtor de nova classe média, na verdade inexistente.






    Ora, quem acompanha meus textos sabe que a primeira coisa que um liberal faz é condenar essa simbiose entre estado e grandes empresas. Isso não é liberalismo! Subsídios do BNDES merecem críticas dos liberais, e já cheguei a defender o fim do banco estatal. A crise atual não tem ligação alguma com capitalismo liberal, e sim com o modelo desenvolvimentista defendido pela esquerda. Será que professora não sabe disso? Será que ela não entende que a inflação é um processo deliberado do governo, pois não quer cortar seus gastos?






    O Peru, seguindo modelo mais liberal, tem crescido mais de 5% ao ano, com inflação bem menor. Como fica? A professora vai culpar o capitalismo agora? Segue a professora:





    Dilma tropeçou no rijo sistema de privilégios e troca de favores. Nessa faina, o empresariado conta com lobbies operando no Congresso, influenciando os partidos oligarquizados e a burocracia estatal, com apropriação privilegiada e uso irresponsável dos dinheiros públicos.Contra esses interesses destrutivos da imensa riqueza nacional, ergue-se a massa dela despojada. A revolta contra as tarifas de transporte não é a gota d'água, o estopim que acendeu o povo, mas parte importante da experiência diuturna de pessoas roubadas de seus direitos. Elas têm consciência de que preços maiores visam favorecer os concessionários que financiam eleições e ocupam cargos chaves na administração pública.






    E então, vamos combater esses males em suas raízes? Que tal defender a redução do poder estatal, para que os lobbies não tenham tanto poder também? Que tal defender menos recursos passando pelo governo, para que não seja mais interessante para as empresas "investir" em amizade com o "rei" em vez de investir em produtividade e eficiência? Isso é capitalismo liberal. Mas a professora condena a solução!




    O fascismo politicamente correto

    Posted: 15 Jul 2013 08:02 AM PDT


    Rodrigo Constantino


    Eu tenho sido um grande crítico da ditadura velada do politicamente correto, pois considero essa uma das maiores ameaças à liberdade nos tempos modernos. Uma patrulha ideológica, de gente "do bem", acredita que deve filtrar toda a linguagem, as imagens, tudo em nome do "bem-geral". São almas sensíveis que descobriram o poder que têm e querem moldar o mundo à sua imagem acovardada. Em nome da diversidade e da tolerância, essa gente quer tudo igual e não tolera nada diferente.


    Por isso é bem-vinda a manifestação de Walcyr Carrasco na revista Época, em artigo justamente sobre o tema. Ele, que é autor da principal novela da TV Globo no momento, sabe muito bem como é a pressão da patrulha politicamente correta. É uma turma organizada, que em nome das "minorias" deseja pautar tudo, controlar tudo. Isso é um perigo! Seguem trechos do artigo de Walcyr Carrasco:


    Vivo numa democracia. Como escritor, é difícil ter certeza disso. Acho que todo artista em algum momento teve a mesma sensação. Pessoas comuns também. A proibição em torno do que deve ser ou não falado é de lascar. As crianças são usadas como pretexto para proibições que nada têm de democráticas. Existe o veto claro, por meio de leis batalhadas pelas ONGs que se dizem bem-intencionadas. Mas também o realizado por grupos, professores e até pais de alunos que, eventualmente, criam situações constrangedoras para os mestres.






    [...]



    Professores cedem à pressão. Escolhem livros que não ofereçam riscos de reclamação. Da mesma maneira, o Estatuto da Criança e do Adolescente proíbe colocar as crianças em situações constrangedoras. Aqui no Brasil, seria impossível filmar O exorcista, já que a menina possuída pelo demônio vive situações de violência. Outro dia, estive num debate em que, como sempre, a televisão foi duramente atacada.

    – Como vocês podem mostrar situações de violência? E as crianças?

    Resolvi falar das histórias de fadas:

    – Joãozinho e Maria são abandonados pelos pais numa floresta. Atraídos pela bruxa má, Maria se torna escrava doméstica e Joãozinho é preso em cárcere privado, para engordar. Será, então, devorado pela bruxa. Engana a canibal e mostra um ossinho de frango no lugar do dedo, para fingir que continua magro. Finalmente, ela resolve assá-lo. Com a ajuda de Maria, Joãozinho empurra a bruxa para dentro do forno. Apoderam-se de suas riquezas e voltam para os pais, que os recebem felizes.

    [...]

    As ONGs e os defensores do politicamente correto se apoiam em questões que julgam ser objetivas. Dividem o mundo entre bom e mau. Confundem o que é complexo com o nocivo. Mesmo a Cinderela, tão querida do público infantil, não pode passar por uma interesseira, que se casa baseada no status do príncipe? Hummm... mas a questão é que esse é um conto de formação, que novamente lida com a rejeição e a existência de qualidades intrínsecas ao ser humano, aquelas que sobressaem mesmo quando negadas. O inconsciente não funciona como uma receita de bolo, em que determinados ingredientes levam aos mesmos resultados. É um sistema complexo e simbólico. Vivenciar a realidade por meio da ficção é uma preparação para a vida adulta e para este mundo, que não anda nada fácil.

    [...]



    Estruturar o mundo por meio do politicamente correto é criar proibições que afetam as obras artísticas. Mais que isso, as relações com as crianças. De que adianta criá-las numa redoma, se o mundo lá fora está cheio de lobos maus e um dia será preciso enfrentar alguns deles?

    Antes eu achava que o "politicamente correto"era apenas uma grande bobagem. É mais sério: tornou-se um exercício de controle, travestido de boas intenções. Sob a capa de democrático, revive anseio por um mundo autoritário e, por que não dizer, fascista.




    O estatismo nos planos de saúde

    Posted: 15 Jul 2013 07:34 AM PDT


    Rodrigo Constantino


    Deu no GLOBO sobre planos de saúde: Pacotes empresariais são até 149% mais baratos que cobertura individual


    Planos coletivos empresariais de saúde (contratados pelas empresas para seus funcionários) custam, na média das coberturas oferecidas no mercado, a metade do valor cobrado pelos planos individuais (contratados pelas famílias), de acordo com um levantamento feito pela Mercer Marsh Benefícios para o GLOBO.
    Na faixa etária de 34 a 38 anos, a diferença de preço é ainda mais acentuada. Considerando a cobertura mais básica, que prevê abrangência regional, acomodação em enfermaria e reembolso de R$ 74,86 por consulta médica, o plano pode sair a R$ 245,89 nos planos individuais e R$ 98,65 nos empresariais, o que significa uma diferença de 149%.

    O total de beneficiários dos planos coletivos cresceu 231% entre 2000 e 2012 e este segmento já representa 77% do mercado, com 37 milhões de pessoas. Os planos coletivos ficaram mais populares desde maio do ano passado, quando passou a ser permitida a manutenção em planos empresariais de aposentados e ex-funcionários demitidos sem justa causa, desde que tenham contribuído com mensalidades.


    O mercado de "seguro de saúde" no Brasil foi totalmente destruído pelo excesso de intervenção estatal. Explico os principais pontos:



    Seguro - Quando fazemos um seguro de casa ou automóvel, qual é a nossa ideia? Não utilizá-lo! Ele serve justamente contra sinistros, contra catástrofes importantes. Mas ninguém faz um seguro de automóvel para manutenção mensal, para troca de óleo, para gastos esperados no dia a dia de quem possui um carro. Essa era a ideia original de um seguro de saúde. Pagamos para o caso de uma emergência. Só que hoje, por regras do governo, um plano de saúde cobre todo tipo de consulta básica, de rotina, do cotidiano. É óbvio que isso criou distorções enormes no setor. Imagina se os seguros de carro tivessem que cobrir qualquer visita ao mecânico, por qualquer probleminha ou suspeita de problema. Esse seguro tenderia a encarecer, cada vez mais, e os usuários teriam um incentivo de abusar dele. Um simples barulhinho? Seguro! E, com o passar do tempo, ele ficaria absurdamente caro, inviabilizando o serviço para indivíduos mais humildes, até porque quem pagaria o grosso seriam as empresas. E, na PJ (pessoa jurídica), sabemos que há menos cuidado ainda por parte dos trabalhadores no uso adequado do serviço. Logo, o "seguro" de saúde passa a ser incorporado no salário, de forma indireta, e seu uso passa a ser relaxado, desleixado, o que só aumenta seu preço. Um sistema perfeito para grandes grupos seguradores, que monopolizam o mercado;
    Discriminação - Na era do politicamente correto, é proibido discriminar, seja por sexo, idade, gênero, o que for. Só que seguros trabalham com estatística, com grandes números. Claro que um jovem tem mais probabilidade de causar um acidente de carro do que um adulto. Claro que um idoso tem mais chance de ficar doente e precisar de recursos da medicina do que um jovem. Enfim, gerir um plano de saúde é discriminar com base em grupos, categorias, classes comportamentais. Só que isso é cada vez mais difícil, pois o governo não permite. Quando as empresas são obrigadas a tratar todos iguais, e ainda por cima oferecer inúmeros itens por obrigação estatal, claro que elas vão cortar por cima, ou seja, vão cobrir os piores perfis como se fossem a média. Se alguém quiser fazer um plano específico mais barato, sem tantas coberturas, e tiver um perfil menos arriscado, ele simplesmente não será capaz disso! O governo obriga as empresas a colocá-lo em um pacote mais amplo, que abrange muito mais coisa e um perfil mais arriscado. Resultado: o plano não atenderá sua demanda específica.

    Em resumo, esse é um setor que sofre demasiada intervenção estatal. Aquilo que era para ser um produto como outro qualquer no mercado, passou a ser ultra-regulado. Imaginem se a venda de alimentos fosse feita dessa forma, tendo que atender a um enorme grupo geral, sem nichos específicos, sem demanda e oferta caso a caso. Como seria? Sem dúvida não haveria a mesma quantidade enorme de produtos, para todos os gostos e bolsos. Pois é. E ainda reclamam que praticamente não há mais planos de saúde individuais. Por que será?


    O marciano aristotélico

    Posted: 15 Jul 2013 06:14 AM PDT



    Rodrigo Constantino


    Denis Rosenfield escreve um bem-humorado artigo hoje no Estadão, imaginando um marciano que chegou ao Brasil após uma aula de filosofia grega, mais especificamente aristotélica, sobre o princípio da não-contradição. Pobre marciano! Veio parar justo no país das contradições lógicas. Por exemplo:


    Pois nosso amigo marciano ficou surpreso com o que estava acontecendo em nosso país, porque tudo o que via ele percebia como uma infração das regras mais elementares da lógica e, nesse sentido, de como entendia a política. Nas manifestações da última quinta-feira, anunciadas como "greve geral" ou como Dia Nacional de Lutas, ele não conseguia compreender o que poderia significar uma greve de movimentos sociais "organizados", como CUT e MST, aparelhados pelo PT e financiados pelos governos petistas, contra o próprio governo petista. Trocando em miúdos, isso significava uma greve do PT contra o PT. O princípio de não contradição estaria sendo infringido!






    Como podia ser que, no 13.º ano de um governo petista, o PT se sentisse tão incomodado com seu próprio governo? Cansado de si mesmo? Desorientado consigo? O que diriam, então, os cidadãos confrontados com tal confusão? Como pode alguém fazer auto-oposição?






    Como eu já disse aqui, eis o enorme desafio do marqueteiro João Santana agora: criar a imagem de que Dilma e o PT representam a oposição ao próprio governo! A vida dos sindicatos que mamam nas tetas estatais também não é nada fácil, quando precisam protestar contra o patrão. Haja constrangimento. Voltemos ao marciano:





    Perseguindo ainda a clareza e a distinção das ideias, terminou por se compadecer da presidente Dilma, pois ela se viu numa sinuca de bico. Do ponto de vista moral, teve uma atitude digna ao qualificar a herança de seu próprio antecessor como "bendita", quando, na verdade, é "maldita". Está agora recolhendo seus frutos, que crescem nas ruas em manifestações autônomas. Seu discurso está, nesse sentido, impregnado de contradições, apesar de no início de seu mandato ter mantido a coerência ao reconhecer o legado de Fernando Henrique Cardoso. Aliás, de sua própria iniciativa, fez uma "faxina ética", mas depois recuou ao seguir novamente o seu antecessor.






    Quem cobra coerência lógica no Brasil sofre, não resta dúvida. É como andar com um relógio suíço que marca a hora certa em uma praça pública cujo relógio central registra um horário totalmente distinto. Você se sente meio maluco, quando a maioria dos vizinhos parece não se importar tanto assim com a falta de sentido à sua volta. O marciano, naturalmente, resolveu ir embora e retornar para o mundo da lógica:





    Numa manobra de grande inabilidade, o governo federal e o PT, em vez de procurar atender à indignação generalizada dos cidadãos brasileiros, partiram para uma tentativa de cooptar e burocratizar movimentos autônomos. Puseram em pauta a heteronomia. Sindicatos financiados com recursos públicos e movimentos sociais organizados também custeados pelo governo, como o MST, usurparam a bandeira da liberdade e da moralidade. O resultado foi um fiasco total: ruas comparativamente vazias, burocratização das marchas, uniformização dos discursos e indignação fingida.

    A presidente, com humildade, deveria ter reconhecido desde o início os seus erros e os de seu antecessor, resgatando o princípio de não contradição e a clareza e a distinção de ideias. Poderia ter aberto um novo caminho. Nosso amigo marciano, por sua vez, confuso, preferiu voltar ao seu planeta. Pelo menos lá reinam a coerência e a racionalidade.


    O Brasil precisa de menos intervencionismo

    Posted: 15 Jul 2013 05:42 AM PDT


    Rodrigo Constantino


    É ótimo ver que a mensagem liberal ganha cada vez mais adeptos, mais vozes renomadas em sua defesa. É o caso de Pérsio Arida, respeitado economista que, se tinha um viés mais liberalizante entre os social-democratas, nem por isso pode ser "acusado" de liberal. Mas a ficha está caindo para muita gente, e o caminho que o país precisa trilhar para sair desses voos de galinha e embarcar em um projeto de crescimento realmente sustentável vai ficando mais claro: chama-se liberalismo!


    Em entrevista para o Estadão, Pérsio Arida defende importantes bandeiras liberais. Sua proposta, de forma resumida, é antagônica ao modelo desenvolvimentista atual: "Uma política mais decididamente liberal e menos intervencionista, mais pró-mercado". É muito positivo ver cada vez mais economistas sem medo de usar a receita liberal de forma aberta, sem medo da patrulha esquerdista, que conseguiu vender a imagem mentirosa de que "liberalismo" é o culpado por nossos males.


    A receita de Arida prega que o governo faça tudo ao contrário do que fez até agora: corte seus gastos, acabe com os subsídios a empresas privadas, segure os bancos públicos na concessão de crédito, procure acordos comerciais com os Estados Unidos, Europa e Ásia e esqueça o Mercosul.






    E pode haver proposta mais razoável? Os gastos públicos só fizeram aumentar nos últimos anos, os subsídios estatais via BNDES explodiram, os bancos públicos expandiram o crédito a taxas absurdamente elevadas, e o Mercosul virou uma camisa-de-força ideológica que nos impede de fechar acordos comerciais mais favoráveis. Desfazer essas lambanças todas é imperativo para resgatar o sonho da prosperidade nacional. Pérsio diz:





    O potencial de crescimento reflete a situação do País, mas também as políticas macroeconômicas. Acho que o Brasil teria muito a se beneficiar de uma menor intervenção estatal na economia, de uma redução dramática do volume de subsídios às empresas, de uma contração fiscal. Ou seja, da redução do tamanho do Estado, tirando menos impostos da sociedade e gastando menos. A abertura comercial também ajudaria muito. Claro que há entraves diplomáticos, tem Mercosul etc. Mas acho que fazer acordos de livre comércio com os parceiros comerciais que importam, que são Estados Unidos, Europa e Ásia, seria mais produtivo do que insistir no caminho do Mercosul.






    Pérsio Arida, como sabemos, é sócio de André Esteves no BTG Pactual, banco que se aproximou bastante do governo e do ministro Mantega nos últimos anos. Se um de seus principais sócios veio a público com esse recado, é porque estão preocupados mesmo com o cenário à frente. O BTG Pactual investiu pesado, apostou muito no sucesso brasileiro. O desenvolvimentismo pode criar ilusões de curto prazo, mas cobra um alto preço depois. Essa fatura chegou, e está na hora de consertar o telhado, de colocar a casa em ordem. Isso só será possível com uma agenda de reformas liberais. Ou isso, ou um caminho trágico nos moldes argentinos...





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    In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.


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    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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