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    domingo, 1 de julho de 2012

    [ZP120701] O mundo visto de Roma

    ZENIT

    O mundo visto de Roma

    Portugues semanal - 1 de julho de 2012

    Santa Sé

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    Santa Sé


    Entre tantos dominadores, Deus é o único Senhor
    Durante a Audiência Geral, Bento XVI centra-se na alegria de São Paulo antes do martírio iminente

    Por Luca Marcolivio

    CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 27 de junho de 2012 (ZENIT.org) - Continuando a sua catequese sobre a oração em São Paulo, durante a Audiência Geral desta manhã, o Papa Bento XVI centrou-se na Epístola aos Filipenses, que destaca o sentido de gratidão a Deus do Apóstolo, também na iminência do martírio (Cf. Fil. 2,27).

    Na prisão em Roma, Paulo "expressa a alegria de ser discípulo de Cristo, de poder ir ao seu encontro, até o ponto de ver a morte não como perda, mas como lucro”. De onde podemos tirar a nossa alegria, também numa situação tão trágica?

    O segredo de Paulo é aquele de ter "os mesmos sentimentos de Cristo Jesus" (Fil 2,5), ou seja, a humildade, a generosidade, o amor, a obediência a Deus, o dom de si mesmo. É o seguimento total ao Filho de Deus, Caminho, Verdade e Vida.

    A música mencionada na Carta aos Filipenses, conhecida pela tradição como carmen Christo (canto por Cristo), "resume todo o percurso divino humano do Filho de Deus e abrange toda a história humana”, explicou o Papa: “do ser na condição de Deus, à encarnação, à morte na cruz e à exaltação na glória do Pai está também implícito o comportamento de Adão, do homem inicial”.

    Jesus, Deus feito homem, não vive a sua natureza divina "para triunfar ou para impor a sua supremacia, não o considera como uma posse, um privilégio, um tesouro que deve ser aproveitado". Ao mesmo tempo que assume a “forma de escravo” ("morphe doulos" no original grego da Epístola Paulina), ou seja assemelhou-se aos homens na pobreza, no sofrimento e na morte. Tudo por obediência ao Pai, “até a morte, e uma morte de cruz”, diz São Paulo.

    A Cruz ajuda a derrubar o pecado original de Adão, "criado à imagem e semelhança de Deus, pretendeu ser como Deus com as próprias forças, colocar-se no lugar de Deus, e assim perdeu a dignidade original que lhe tinha sido dada”. Jesus fez justamente o contrário: encontra-se na “condição de Deus” mas se abaixa à condição humana “para redimir Adão que está em nós e restaurar a dignidade que o homem havia perdido."

    Ao contrário, a lógica humana, também depois do sacrifício redentor de Cristo, "busca muitas vezes a realização de si mesma no poder, no domínio, nos meios poderosos” e o homem insiste “em querer construir com as próprias forças a torre de Babel para conseguir por si mesmo a altura de Deus, para ser como Deus”.

    A Encarnação e a Cruz, no entanto, mostram "que a plena realização está em conformar a própria vontade humana naquela do Pai, no esvaziar-se do próprio egoísmo, para preencher-se do amor, da caridade de Deus e assim se tornar realmente capaz de amar os outros”.

    Não é "permanecendo fechado em si mesmo" que o homem se realiza. Adão não errou tanto no imitar a Deus, mas na ideia de Deus que “não quer somente grandeza” mas é principalmente “amor que se doa já na Trindade e depois na criação”.

     A ascensão a Deus acontece portanto “na descida do humilde serviço”, essência de Deus que, em Jesus, se inclina para lavar os pés dos discípulos, exortando-os a fazer o mesmo entre eles (cf. Jo 13,12-14 ).

    O hino da Carta aos Filipenses, oferece duas direções importantes para a nossa oração: em primeiro lugar que Deus é "o único Senhor” da nossa vida, em meio a tantos “dominadores” que a querem conduzir e dirigir”, o único tesouro pelo qual “vale a pena gastar a própria existência”.

    A segunda indicação é dada pela prostração da genuflexão, também física, que deve ser realizada “não por hábito e rapidamente, mas com profunda consciência”, tratando-se de um modo no qual “confessamos a nossa fé nele”, disse o Papa.

    No final da catequese, o Santo Padre voltou ao dilema inicial, dando-lhe uma explicação adequada: São Paulo se alegra diante do risco iminente do martírio, porque “nunca tirou o seu olhar de Cristo até o ponto de transformar-se conforme na morte, “na esperança de alcançar a ressurreição dos mortos”  (Fp 3.11).

    (Trad. Italiano por Thácio Siqueira)

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    Ar de renovação na Santa Sé
    O Santo Padre Bento XVI fez sete novas nomeações na Cúria

    CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 26 de junho de 2012 (ZENIT.org) – Sete novas nomeações em vários departamentos da Cúria Romana, foram feitas pelo Santo Padre Bento XVI, de acordo com nota desta manhã da Sala de imprensa do Vaticano. Publicamos as notas abaixo:

    Nomeado Arquivista e Bibliotecário da Santa Romana Igreja S.E. Mons. Jean-Louis Bruguès, Arcebispo-Bispo emérito de Angers, até agora Secretário da Congregação para a Educação Católica.

    Nascido em Bagnères de Bigorre, em 1943, Mons. Bruguès realizou os estudos de Direito, Letras e Ciências Políticas, entre França e Espanha, no período 1960-1966. Entrou na Ordem dos Pregadores, e fez a primeira profissão religiosa em setembro de 1969, e a ordenação sacerdotal no dia 22 de junho de 1975 em Toulouse.

    Desde 1976, e por muitos anos, foi professor de Teologia Moral no Studium Dominicano e no Institut Catholique de Toulouse, e de 1997-2000 na Universidade Católica de Friburgo. Depois, foi prior do convento de Toulouse (1980-1986) e de Bordeaux (1987-1990) e Pregador das Confèrences de Carême em Notre Dame de Paris (1995-1997).

    Em 20 de Março de 2000, foi nomeado pelo Beato João Paulo II bispo de Angers (França), recebendo a consagração episcopal no 30 de abril próximo. Em 10 de novembro de 2007 Bento XVI o nomeou secretário da Congregação para a Educação Católica, ao mesmo tempo, elevando-o à dignidade de arcebispo.

    ***

    Sucede o cardeal Ennio Antonelli no cargo de presidente do Pontifício Conselho para a Família, S.E. Mons. Vincenzo Paglia, até agora Bispo de Terni-Narni-Amelia, nomeado pelo Papa cabeça do Dicastério, depois da renúncia por questão de idade do cardeal.

    Mons. Paglia nasceu em Boville Ernica (Frosinone) no dia 20 de abril de 1945. Depois de estudar no Seminário Romano, estudou na Universidade Lateranense, conquistando a graduação em teologia e a licenciatura em filosofia. Em seguida, formou-se em pedagogia na Universidade de Urbino.

    Ordenado sacerdote em 1970 esteve incardinado na diocese de Roma, onde exercitou a função de vice-pároco em Casal Palocco até 1973; reitor da Igreja de Santo Egídio no Trastevere; e, desde 1981 até 2000, pároco na Basílica de Santa Maria no Trastevere e Prefeito da terceira prefeitura de Roma.

    Por muito tempo secretário da Comissão Presbiteral Regional e membro da comissão italiana, Paglia também foi postulador da causa de beatificação do bispo de San Salvador, Oscar Arnulfo Romero.

    No dia 4 de março de 2000 João Paulo II nomeou bispo de Terni-Narni-Amelia. Recebeu a consagração episcopal em Roma na Catedral de São João de Latrão no dia 2 de abril. Do 2004 ao 2009 foi Presidente da Comissão Ecumenismo e Diálogo da Conferência Episcopal Italiana.

    É então Assistente Eclesiástico Geral da Comunidade de Santo Egídio que segue desde os começos dos anos 70, participando ativamente na Associação interna “Homens e Religiões” que organiza encontros ecumênicos e inter-religiosos.

    Membro da Ordem dos Jornalistas do Lazio, trabalha com revistas, jornais e programas de rádio e televisão. Colaborou também na Cadeira de História Contemporânea na Sapienza de Roma e publicou artigos sobre história social, religiosa e sobre a pobreza. Significativos são seus estudos sobre o diálogo entre crentes e leigos.

    Na Conferência Episcopal Umbra, que ele preside desde 2009, tem promovido, nos últimos anos, o Fundo de Solidariedade, iniciativa que arrecada dinheiro para famílias particularmente afetadas pela recente crise econômica.

    Como sucessor de São Valentim promoveu em toda a Itália a Festa da Promessa, celebração que ocorre em torno do 14 de fevereiro e dedicada aos casais jovens que celebrarão o casamento durante o ano.

    ****

    O eminente cargo de Regente da Penitenciaria Apostólica será preenchido pelo Rev. Mons. Krzysztof Jozef Nykiel, até agora Oficial da Congregação para a Doutrina da Fé.

    A nomeação foi feita após a renúncia apresentada ao Santo Padre, por S.E. Mons. Gianfranco Girotti, bispo titular de Meta, por ter chegado no limite da idade.

    Nascido em Osjaków (Polônia) no 28 de Fevereiro de 1965, o Rev.do Mons. Nykiel foi ordenado sacerdote no dia 9 de junho de 1990 pela Arquidiocese de Łódź. Conseguiu o doutorado em Direito Canônico na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (2001). Entre os cargos importantes realizados: Oficial do Pontifício Conselho para a Saúde (1995-2002); Capelão de Sua Santidade (2001) e Prelado de Honra de Sua Santidade (2010).

    Do 1º de Julho de 2002 é Oficial da Congregação para a Doutrina da Fé; de dezembro de 2009, Secretário adjunto da Comissão Internacional de investigação sobre Medjugorje, e do 2011, Consultor do Pontifício Conselho para a Pastoral da Saúde.

    Mons. Nykiel é, também,  postulador dos processos de Beatificação e Canonização da Venerável Serva de Deus Wanda N. Malczewska e da Irmã Maria Julitta Ritz. Conhece os idiomas polonês, latim, italiano, Inglês, alemão, espanhol e russo.

    ***

    A nomeação de Vice-Presidente da Pontifícia Comissão "Ecclesia Dei" foi para S.E. Mons. Joseph Augustine Di Noia, arcebispo titular de Oregon City, até agora Secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

    Mons. Di Noia, nascido em Nova York, em 1943, de pais de origem italiana, foi ordenado sacerdote na Ordem Dominicana no dia 4 de junho de 1970. Depois do Doutorado em Filosofia na Yale University, lecionou por 20 anos Teologia na Dominican House of the Studies e foi diretor da revista The Tomist. Por sete anos atuou como Secretário da Comissão Doutrinal da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, e de 2002 a 2009 como Sub-Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé.

    Em 16 junho de 2009 Bento XVI o nomeou Secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, ao mesmo tempo elevando-o para a sede titular de Oregon City, com dignidade de Arcebispo.

    ****

    Depois de Mons. Di Noia, o cargo de Secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos será de S.E. Mons. Arthur Roche, até agora bispo de Leeds.

    Mons. Roche, nascido em Batley Carr, em março de 1950, foi ordenado sacerdote no dia 19 de julho de 1975 para a diocese de Leeds. Coordenador da visita de João Paulo II em York em 1982, por seis anos trabalhou como vigário paroquial da catedral, para depois se tornar pároco da paróquia Santa Wilfrid em Leeds.

    Em 1991 foi enviado a Roma para continuar os seus estudos na Pontifícia Universidade Gregoriana, onde obteve a licenciatura em teologia espiritual, e por quatro anos foi diretor espiritual do Venerável Colégio Inglês. Desde 1996 foi Secretário Geral da Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales. Eleito bispo titular de Rusticiana e bispo auxiliar de Westminster em 2001, recebeu a ordenação episcopal em 10 de Maio. Em 16 de Julho de 2002, o Beato João Paulo II nomeou-o Bispo Coadjutor de Leeds (Inglaterra), e foi sucedido no dia 7 abril de 2004.

    ****

    O novo Secretário Adjunto da Congregação para a Evangelização dos Povos e Presidente das Pontifícias Obras Missionárias é S.E. Mons. Protase Rugambwa, Bispo de Kigoma, depois da renúncia, por ter alcançado o limite de idade, de S.E. Mons. Piergiuseppe Vacchelli, Arcebispo titular de Minturno. Nascido 31 de maio de 1960 em Bunena, na diocese de Bukoba, Mons. Rugambwa foi ordenado sacerdote no dia 2 de setembro de 1990, em Dar-es-Salaam, pelo Papa João Paulo II, durante a sua visita pastoral em Tanzânia.

    Incardinado na diocese de Rulenge esteve a cargo, no período 1994-1998, dos Estudos para o Doutorado em Teologia Pastoral na Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma. Desde o ano 2000 foi então Vigário Geral da Diocese de Rulenge; e até o 2008, Oficial da Congregação para a Evangelização dos Povos. No dia 18 de janeiro de 2008 Bento XVI o nomeou Bispo da diocese de Kigoma (Tanzânia), recebendo a consagração episcopal no 13 de abril do mesmo ano.

     ***

    O Santo Padre aceitou a renúncia ao governo pastoral da diocese de Merlo-Moreno (Argentina), apresentado por S.E Mons. Fernando María Bargalló, e nomeou Administrador Apostólico ad nutum Sanctae Sedis, Mons. Alcides Jorge Pedro Casaretto, até dezembro de 2011, Bispo emérito da diocese de San Isidro.

    Trad. TS

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    Papa às vítimas do terremoto: "Vocês não estão sozinhos!"
    Bento XVI cita o Salmo 46: "Deus é nosso refúgio e fortaleza"

    Lucas Marcolivio

    ROVERETO DI NOVI, terça-feira, 26 de junho de 2012 (ZENIT.org) - Durou poucas horas a visita do papa Bento XVI às vítimas do terremoto na região italiana da Emilia Romagna. Rovereto di Novi, na província de Módena, foi escolhida como destino do Santo Padre por ser uma das comunidades eclesiais mais feridas: debaixo dos escombros da paróquia, derrubada durante o segundo terremoto que atingiu a região, morreu o pároco Ivan Martini.

    No discurso de boas-vindas, o governador da Emilia Romagna, Vasco Errani, compartilhou com Bento XVI uma “comovida lembrança” das vítimas dos terremotos de 20 e 29 de maio. Entre elas, o governador citou o padre Martini, "testemunha de um compromisso da Igreja e de uma verdadeira proximidade espiritual dos mais pobres e dos que mais sofrem. Nestes dias, este exemplo ajuda a aliviar a dor de muitas feridas".

    Diante do desafio de reconstrução, Errani disse ao papa: "Nestes dias difíceis, Santo Padre, a sua oração, a sua solidariedade e a sua visita de hoje nos confortam e nos dizem que podemos e devemos vencer este desafio".

    O arcebispo de Bolonha, cardeal Carlo Caffarra, também se pronunciou: "Estamos certos, Santidade, de que a sua presença é um sinal de proximidade, que nos comove profundamente, e de que a sua palavra será de conforto e de esperança".

    Depois de mencionar os grandes e generosos esforços de autoridades civis e militares, sacerdotes e leigos de toda a população da Emilia, o cardeal citou palavras que ouviu de uma criança: "Há muitas rachaduras nas nossas casas, mas nenhuma em nossos corações".

    "Mesmo severamente flageladas, as pessoas estão descobrindo uma unidade mais verdadeira e profunda", continuou Caffarra, pedindo ao Santo Padre que, com a sua presença e suas palavras, ajude os afetados pelo desastre a "viverem este momento tão triste e difícil à luz da fé e da esperança, que nunca decepcionam".

    Bento XVI afirmou que está próximo das vítimas do terremoto "na oração e no interesse". Observado que "a provação se tornou mais dura", o Santo Padre ressaltou a necessidade "cada vez mais forte" de comparecer pessoalmente à região. "Eu sabia que, além de sofrer as consequências materiais, vocês foram testados na sua alma”.

    Bento XVI prestou tributo ao padre Martini com uma saudação especial a todos os sacerdotes locais: "Vocês estão mostrando, como já aconteceu em outros momentos difíceis na história desta terra, o seu amor generoso pelo povo de Deus".

    Nos últimos dias, rezando o breviário, o papa meditou em particular sobre o Salmo 46: "Deus é nosso refúgio e fortaleza / ajuda infalível nos apuros / Por isso não tememos, ainda que a terra trema / ainda que as montanhas se abalem no profundo do mar "(Sl 46,2-3). Versículos, disse ele, que "nos golpeiam fortemente, porque tocam a nossa realidade, dando voz a uma experiência que vocês estão vivendo agora e que é compartilhada por todos aqueles que rezam".

    As palavras do Salmo 46 são significativas "pelo que dizem sobre a nossa atitude interna diante da revolta da natureza: uma atitude de grande segurança, com base na rocha estável e irremovível que é Deus".

    Não é fácil superar os medos. “Mas”, explicou o papa, “o salmo não se refere a esse tipo de medo, e a segurança que ele reafirma não é a de super-homens que não são tocados pelos sentimentos normais". Mesmo em situações tão extremas, em que o medo e a ansiedade são abundantes, "permanece acima de tudo a certeza de que Deus está conosco; como o pequenino que sempre sabe que conta com a mãe e com o pai, porque se sente amado e querido, aconteça o que acontecer".

    Nós somos "pequenos" e "frágeis", mas "seguros nas mãos de Deus, confiados ao seu amor que é sólido como uma rocha. Este Amor nós vemos em Cristo crucificado, sinal ao mesmo tempo de tristeza e de amor. É a revelação de Deus Amor, solidário conosco até na extrema humilhação".

    A Itália do pós-guerra foi reconstruída "especialmente por causa da fé de muitas pessoas animadas por um espírito de verdadeira solidariedade, pela disposição de dar um futuro às famílias, um futuro de liberdade e de paz". Hoje também é possível a reconstrução, encorajou o papa.

    O terremoto na Emilia Romagna, disse o pontífice aos fiéis, "não deve e não pode abalar o que vocês são como povo, a sua história e a sua cultura". Bento XVI instou os emilianos a permanecerem "fiéis" à sua "vocação de solidariedade e de povo irmão", enfrentando "todas as coisas com paciência e determinação, resistindo às tentações que, infelizmente, estão associadas a estes momentos de fraqueza e de necessidade".

    "Vocês não estão nem estarão sozinhos! Ao olhar para a sua terra, senti uma emoção profunda diante de tantas feridas, mas também vi muitas mãos que querem tratá-las junto com vocês. Eu vi que a vida recomeça, quer recomeçar com força e coragem, e este é o sinal mais belo e brilhante".

    Um apelo final foi dirigido pelo Santo Padre às "instituições" e a "todos os cidadãos" para que se comportem "como o bom samaritano do Evangelho, que não passa indiferente pelos necessitados, mas, com amor, se inclina, socorre, permanece ao lado, cuidando até o fim das necessidades dos outros".

    O papa reiterou a proximidade da Igreja às vítimas do terremoto, especialmente através da Caritas, "que também se dedica à reconstrução do tecido social das paróquias".

    (Trad.ZENIT)

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    Pálio arquiepiscopal é entregue a 46 bispos
    O rito da bênção e da imposição do pálio é modificado

    CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 29 de junho de 2012 (ZENIT.org) - A assessoria de imprensa da Santa Sé detalhou o novo rito de bênção e imposição do pálio aos arcebispos metropolitanos, que acontece nesta solenidade de São Pedro e São Paulo.

    “O rito, substancialmente, não mudou. Mas a partir deste ano, seguindo a lógica de um avanço na continuidade, pensamos em um reposicionamento do rito em si, que agora acontece antes da celebração eucarística”.

    A modificação foi aprovada pelo Santo Padre e se deve aos seguintes motivos:

    1. Abreviar a duração do rito. A lista dos novos arcebispos metropolitanos será lida pouco antes da entrada da procissão inicial e do canto Tu es Petrus, fora da celebração como tal. Quando o Santo Padre chega ao altar, começa imediatamente o rito dos pálios.

    2. Evitar que a celebração eucarística seja “interrompida” por um rito excessivamente longo, já que os arcebispos metropolitanos são cerca de 45 todos os anos. Esta “interrupção” poderia dificultar o recolhimento na santa missa.

    3. Ater-se mais eficazmente ao desenvolvimento do rito de imposição do pálio, como previsto no Ceremoniale Episcoporum, evitando que pareça um rito sacramental devido à sua realização depois da homilia, como era antes. Os ritos realizados dentro da celebração eucarística depois da homilia são, normalmente, ritos sacramentais: batismo, confirmação, ordem, matrimônio e unção dos enfermos. A imposição do pálio não tem nenhum caráter sacramental.

    Os arcebispos que receberão o pálio nesta data são:

    Rainer Maria Woelki, arcebispo de Berlim (Alemanha).

    Francisco Robles Ortega, arcebispo de Guadalajara (México).

    Francesco Moraglia, Patriarca de Veneza (Itália).

    Alfredo Horacio Zecca, arcebispo de Tucumán (Argentina).

    Mario Alberto Molina Palma, OAR, arcebispo de Los Altos, Quetzaltenango-Totonicapán (Guatemala).

    Charles Joseph Chaput, OFMCap, arcebispo de Philadelphia (EUA).

    Luc Cyr, arcebispo di Sherbrooke (Canadá).

    Salvador Piñero García-Calderón, arcebispo de Ayacucho Huamanga (Peru).

    Francesco Panfilo, SDB, arcebispo de Rabaul (Papua Nova Guiné).

    Ulises Antonio Gutiérrez Reyes, arcebispo de Ciudad Bolívar (Venezuela).

    Stanislaw Budzik, arcebispo de Lublin (Polônia).

    Wilson Tadeu Jönck, SCI, arcebispo de Florianópolis (Brasil).

    Paul-André Durocher, arcebispo de Gatineau (Canadá).

    Luis Antonio G. Tagle, arcebispo de Manila (Filipinas).

    Patrick D’Rozario CSC, arcebispo de Daca (Bangladesh).

    Wiktor Pawel Skworc, arcebispo de Katowice (Polônia).

    José F. Advíncula, arcebispo de Capiz (Filipinas).

    Filippo Santoro, arcebispo de Taranto (Itália).

    José Francisco Rezende Dias, arcebispo de Niterói (Brasil).

    Esmeraldo Barreto de Farias, Inst. do Prado, arcebispo de Porto Velho (Brasil).

    Jaime Vieira Rocha, arcebispo de Natal (Brasil).

    Joseph Harris, CSSp, arcebispo de Porto Espanha (Antilhas).

    Waclaw Depo, arcebispo de Czestochowa (Polônia).

    Ignatius Chama, arcebispo de Kasama (Zâmbia).

    Pascal Wintzer, arcebispo de Poitiers (França).

    John Moolachira, arcebispo de Guwahati (Índia).

    William Charles Skurla, arcebispo de Pittsburgh dos Bizantinos (EUA).

    Joseph Coutts, arcebispo de Karachi (Paquistão).

    Rômulo Geolina Valles, arcebispo de Davao (Filipinas).

    Airton José dos Santos, arcebispo de Campinas (Brasil).

    Timothy Costelloe, SDB, arcebispo de Perth (Austrália).

    Jacinto Furtado de Brito Sobrinho, arcebispo de Teresina (Brasil).

    Thomas D’Souza, arcebispo de Calcutá (Índia).

    Arrigo Miglio, arcebispo de Cagliari (Itália).

    John F. Du, arcebispo de Palo (Filipinas).

    Paulo Mendes Peixoto, arcebispo de Uberaba (Brasil).

    Christian Lépine, arcebispo de Montreal (Canadá).

    William Edward Lori, arcebispo de Baltimore (EUA).

    Mark Benedict Coleridge, arcebispo de Brisbane (Austrália).

    Jesús Carlos Cabrero Romero, arcebispo de San Luis Potosí (México).

    Andrew Yeom Soo Jung, arcebispo de Seul (Coreia do Sul).

    Benedito Roberto, CSSp, arcebispo de Malanje (Angola).

    Alfred Adewale Martins, arcebispo de Lagos (Nigéria).

    Samuel Joseph Aquila, arcebispo de Denver (EUA).

    Receberão o pálio nas suas sedes metropolitanas:

    Gabriel Justice Yaw Anokye, arcebispo de Kumasi (Gana).

    Valéry Vienneau, arcebispo de Moncton (Canadá).

    (Trad. Zenit)

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    Acontecimento histórico: o coro da Abadia de Westminster cantou em São Pedro
    Um passo a mais no caminho ecumênico com anglicanos

    CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 29 de junho de 2012 (ZENIT.org) - No dia de São Pedro e Paulo, Bento XVI impôs o pálio a 43 novos arcebispos metropolitas, dos quais 12 latino- americanos. A cerimônia e a missa solene concluiu com a oração pelo Papa Bento XVI: "O Senhor cuidará dele, o fará viver abençoado na terra, não o abandonará nas mãos dos seus inimigos”; foi na basílica de São Pedro e contou com a presença do Coro da Abadia de Westminster que cantou junto com o Coro Pontifício da Capela Sistina.

    Na entrada do Santo Padre, o canto do Tu es Petrus, foi conduzido pelo diretor do coro anglicano, James O'Donnell. Foi seguido por outros cantos dirigidos pelo mestre do coro pontifício, Massimo Palombella alternadamente com o de Westminster.

    Os cantos foram de composições como Palestrina, com a sua Missa Papae Marcelli e outros da tradição coral inglesa, como o de Ave verum corpus et Laudibus in sanctis. Um evento histórico desde que Inglaterra se separou de Roma há cinco séculos atrás, e que ajuda no caminho ecumênico que se realiza com os anglicanos.

    A cerimônia de entrega do pálio e a missa, realizadas com grande beleza e solenidade, contou também em algumas oportunidades com a música de instrumentos de sopro.

    O Decano de Westminster, o Rev. John Hail declarou num comunicado: "Este evento é o fruto da viagem de Bento XVI à Abadia de Westminster, em setembro de 2012, em que ambos celebramos a rica liturgia que temos em comum". O coro da abadia foi convidado depois da viagem de Bento XVI e, no começo de maio deste ano, o coro da Capela Sistina esteve em Londres e realizou um concerto na Abadia de Westminster, fazendo mais amizade com o coro britânico.

    No mesmo dia de São Pedro e São Paulo no período da tarde, na igreja de Santa Maria Sopra Minerva, o Coro de Westminster realizou um concerto e no dia anterior o coro britânico cantou junto com o pontifício na Capela Sistina, com a presença do Secretário de Estado, o cardeal Tarcisio Bertone e no dia 26 realizou um concerto de música sacra coral em Santa Maria Maior.

    Sempre no caminho do ecumenismo, e no contexto da tradicional troca de visitas entre Roma e o Patriarcado Ecumênico de Constantinopla pelas respectivas festas patronais, sua santidade Bartolomeu I, enviou a Roma uma delegação. Foram sua Eminência Adamakis, metropolita da França; Sua graça Ilia Katre bispo de Philomelion, Estados Unidos, e o diácono Paisios Kokkinakis, do patriarcado ecumênico.

    A imposição do pálio foi feita antes da missa, para evitar que ao ser celebrada durante a mesma pudesse confundir-se com um rito sacramental, informou um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé.

    Na Praça de São Pedro, milhares de pessoas se reuniram para a oração do Ângelus no dia da festa, para reafirmar a sua proximidade com Bento XVI. O convite do cardeal Agostino Vallini, indicava: "Vamos pedir à Virgem para proteger o Santo Padre, que nos últimos tempos foi objeto de julgamentos desrespeitosos e falsos”.

    (Trad. TS)

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    Banco do vaticano prestes a eleger novo presidente
    Informações da Assessoria de Imprensa

    CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 28 de junho de 2012 (ZENIT.org) - Em comunicado de imprensa, o Vaticano informou que o Instituto para as Obras de Religião (IOR), popularmente conhecido como Banco do Vaticano, está promovendo reuniões do Conselho de Superintendência, atualmente composto por Ronaldo Hermann Schmitz, Carl Albert Anderson, Antonio Maria Marocco e Manuel Soto Serrano. As reuniões são reportadas à comissão cardinalícia de vigilância, presidida pelo cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado.

    Segundo a assessoria de imprensa, "foram dois encontros muito úteis para compartilhar informações e propostas, tanto para a gestão quanto para a definição de critérios de profissionalismo e experiência universalmente reconhecidos, com vistas à eleição do novo presidente do Conselho de Superintendência".

    "O Santo Padre Bento XVI acompanha de perto a atual situação do Instituto para as Obras de Religião e é constantemente informado pelo cardeal secretário de Estado", encerra o comunicado.

    (Trad.ZENIT)

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    Os direitos humanos no mundo


    Sudão: a vitória de Intisar contra o apedrejamento
    Anulada uma sentença de morte graças à mobilização familiar e internacional

    Por Valentina Colombo

    ROMA, quarta-feira, 27 de junho de 2012 (ZENIT.org) – Nomen omen,  diziam os latinos. O nome árabe Intisar significa "Vitória" e na verdade a sudanês Intisar Sharif Abdallah obteve uma vitória contra uma sentença de morte por apedrejamento.

    No dia 13 de Maio desse ano, o juiz Sami Ibrahim Shabo do tribunal penal de Omdurman, no Sudão, a tinha condenado segundo o artigo 146 do código penal, segundo o qual: "quem for culpado de adultério deverá ser punido da seguinte forma: a. apedrejamento, se a pessoa ofendida está casada; b. cem açoites, se a pessoa ofendida não está casada".

    A acusação contra Intisar era a de ter tido um relacionamento extraconjugal e de ter ficado grávida. Inicialmente, a mulher não foi considerada culpada, mas o tribunal admitiu a culpa da jovem de 20 anos sudanesa após intimidações verbais e físicas por parte do irmão.

    Obviamente, a acusação estava dirigida apenas contra Intisar e não contra o homem que tinha cometido adultério com ela, imediatamente absolvido. A jovem foi presa com o seu filho recém nascido. Como se tudo isso não bastasse, a mulher não gozou da assistência legal durante todo o processo judicial.

    Felizmente, alguns membros de sua família apresentaram um recurso no Tribunal de Apelações de Ombada e, graças também à mobilização internacional, no passado dia 21 de junho chegou-se à revogação da sentença que violava claramente os padrões internacionais.

    Intisar não foi a primeira mulher condenada ao apedrejamento em um país islâmico e, infelizmente, não será a última.

    Quais são as origens desta prescrição islâmica? O adultério é punido no Alcorão com cem açoites para o homem e para a mulher (XXIV, 2) e só então terá como sanção legal o apedrejamento.

    Se o Alcorão exige quatro testemunhas do ato de adultério, ainda mais para o ato de penetração, antes de autorizar a punição, a prática subseqüente será mais descuidada e consentirá a sentença de morte até mesmo se a mulher só for suspeita pelo seu marido ou irmão.

    Basta ler alguns artigos do código penal em vigor na República Islâmica do Irã para perceber a atrocidade do presente parecer. O artigo 63 define o adultério como "o relacionamento, inclusive anal, entre um homem e uma mulher que estão proibidos um para o outro, a menos que não seja um ato involuntário."

    De acordo com o artigo 64, "o adultério é punível quando o adúltero/a é um adulto/a e plenamente consciente e ciente da ilicitude da própria ação." As regras relativas à prova de adultério no tribunal mostram que as mulheres, como no caso de Intisar, são mais facilmente perseguidas do que os homens.

    Para piorar a situação, o artigo 74 estabelece que "o adultério só pode ser provado pelo testemunho de quatro homens honestos ou de três homens e duas mulheres”, conforme  a regra da lei islâmica, que o testemunho de um homem corresponde ao de duas mulheres.

    Infelizmente, o apedrejamento ainda é maneira punitiva legal no Afeganistão, Irã, Nigéria (em cerca de um terço dos 36 estados), Paquistão, Arábia Saudita, Sudão e Emirados Árabes Unidos. No Irã o apedrejamento está até mesmo previsto pelo código penal e executado pela justiça estadual, enquanto que no Paquistão e Iraque, a punição é realizada preferencialmente no âmbito familiar.

    Na Nigéria, é famoso o caso de Amina Lawal, e nos Emirados Árabes Unidos, depois de protestos e campanhas internacionais, alguns apedrejamentos foram, felizmente, suspensos. Sempre na Nigéria em 2005 foi condenado ao apedrejamento um homem por ter tido relações homossexuais.

    Alguns anos atrás a página Women Living under Muslim laws (www.wluml.org) lançou uma campanha global para deter a morte e apedrejamento das mulheres. No documento oficial está escrito: "a morte de mulheres, sob qualquer pretexto, é inaceitável. E é, entre outras coisas, uma violação grave da lei internacional sobre os direitos humanos "(www.stop-stoning.com).

    A essas vozes foram acrescentadas as de muitos intelectuais liberais, como por exemplo o da Tunísia Lafif Lakhdar, que lutam para obter a abolição dos castigos corporais islâmicos. Devemos prestar muita atenção para os que, por sua vez, no mundo islâmico, simplesmente pedem uma moratória dessas penas porque, de fato, a sua abolição significaria contrariar as opiniões dos doutores da lei islâmica.

    As mulheres como Intisar e Amina serão salvas só por uma mobilização interna e externa que busque a abolição sem meias tintas das penas corporais previstas pela Sharia.

    (Tradução do Espanhol por Thácio Siqueira)

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    Conferência Nacional dos Bispos do Brasil


    Penitenciaria Apostólica, um tribunal desconhecido
    As edições CNBB lançam dois livros sobre a Penitenciaria Apostólica em português

    BRASILIA, sexta-feira, 29 de junho de 2012 (ZENIT.org) –  As edições CNBB lançam mais dois volumes em português. Dessa vez é para dar a conhecer um tribunal ainda pouco conhecido pela maioria dos católicos, A Penitenciaria Apostólica.

    O primeiro volume tem como título: “Quando e como recorrer a Penitenciaria Apostólica” e visa dar uma visão, para sacerdotes e fiéis, sobre a competência, como recorrer e como fazê-lo de modo correto. Em linguagem simples, compreensível e acessível a todos esta obra apresenta o modo correto de se dirigir à Penitenciaria Apostólica, organismo da Cúria Romana a serviço dos confessores e dos penitentes.

    A segunda obra se intitula: “A Penitenciaria Apostólica, história de um Tribunal de misericórdia e piedade”. São muitas as perspectivas sob as quais é possível colocar a Penitenciaria Apostólica, para se entender a índole jurídica e se indicar as funções pastoral-eclesiológicas, jurídicas e antropológicas. Esta nova publicação, baseando-se em estudos mais representativos, tem a pretensão de fazer conhecer, também àqueles que não são verdadeiros "pesquisadores" ou apaixonados de História da Igreja, a vida e a atividade de um Dicastério que, no decurso dos séculos, por seu amplo raio de ação e por suas competências, adquiriu crescente prestígio na Cúria Romana na sua função de um Tribunal de Misericórdia e Piedade.

    Contatos de venda: (61) 2193 3019 ou www.edicoescnbb.com.br

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    Comunicar a fé hoje


    Pastoral da visitação
    Um excelente subsídio sobre a atividade missionária nas paróquias

    Por Thácio Siqueira

    BRASILIA, segunda-feira, 25 de junho de 2012 (ZENIT.org) - “Se a paróquia não for missionária, dificilmente formará pessoas para a missão e existirá apenas para uma pastoral de manutenção”, diz o Pe. José Carlos Pereira na introdução do seu livro em lançamento pela editora Paulus, intitulado “Pastoral da Visitação”, disponível em língua portuguesa.

    O Pe. José Carlos Pereira é passionista, licenciado em Filosofia, bacharel em teologia, mestre em Ciências da Religião e doutor em Sociologia.

    Na sua citada obra, faz um estudo que pode ajudar a reflexão paroquial sobre o ser discípulos e missionários, conforme pedido pelo documento de Aparecida. “A pastoral da visitação pretende ser algo permanente, contínuo, fazendo com que a Igreja, representada nos agentes de pastoral da paróquia, vá até a as pessoas, e não apenas espere que as outras possam ir até ela”, afirma na sua obra.

    Todos sãos chamados a serem pastores do rebanho, já que “a pastoral da visitação nasce da necessidade de bons pastores, daqueles que deixam no redil as noventa e nove ovelhas que estão seguras e vão ao encontro daquela que se perdeu ou se desgarrou do rebanho”.

    “O padre, sozinho, não consegue visitar a todos da sua paróquia. E, mesmo que conseguisse, não é correto que ele faça tudo sozinho. A paróquia não é somente o padre.” A necessidade de dividir o trabalho nas comunidades é imprescindível. “É preciso dividir trabalho, repartir funções, partilhar a vida e as ações, somar forças”.

    O objetivo dessa pastoral é que seja algo além de uma “mera pastoral de visitação  e passe a ser uma pastoral decididamente missionária.

    Portanto, nessa obra, o Pe. José Carlos traça os objetivos específicos da pastoral da visitação e a pedagogia da visitação, pois “não dá mais para enxergar a missão apenas como algo além da paróquia. Se a Igreja começa na família, a missão da Igreja deve começar nas paróquias.” Como formar missionários, se na paróquia não têm missionários?

    Para ter em mãos um roteiro completo da pastoral da visitação, essa obra do Pe. José Carlos Pereira, é um excelente subsídio de formação.  

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    Brasil


    Grande Show da Rádio Catedral da arquidiocese do Rio de Janeiro
    Celebra seus 20 anos em benefício do seminário São José

    RIO DE JANEIRO, quarta-feira, 27 de junho de 2012 (ZENIT.org) – “A Rádio Catedral FM inova e faz show na Lapa”, é o título da nota enviada a ZENIT pela assessoria de imprensa da Rádio Catedral, da arquidiocese do Rio de Janeiro, divulgando o evento que acontecerá no dia 1 de Julho em em benefício do Seminário São José e em comemoração dos 20 anos da Rádio Catedral.

    Em entrevista concedida à ZENIT no dia 17 de maio de 2012 (clique aqui para ler na íntegra), o diretor executivo da Rádio, Pe. Leandro Cury, já tinha explicado para ZENIT o significado desses 20 anos de Rádio Catedral para a Arquidiocese do Rio de Janeiro e as diversas comemorações que se tinha programado durante o ano.

    Publicamos na íntegra a nota sobre o próximo evento comemorativo do 1 de Julho:

    ***

    Os 20 anos de fundação da Rádio Catedral FM será novamente celebrado com muita música e animação. Desta vez, com um grande show na Fundição Progresso, na Lapa. O atual centro de efervescência da cidade do Rio vai receber, no dia 1º de Julho, uma das maiores bandas católicas da atualidade, aRosa de Saron, que em 2010 foi indicada ao Grammy Latino e também ao 1º Prêmio da Música Digital. Apresentam-se também as bandas Canto Novo e Shekinah.

    Fundada em oito de dezembro de 1992, para ser a emissora oficial da Arquidiocese do Rio de Janeiro, a primeira rádio católica FM da cidade têm alcance em todo o Grande Rio, além de Nova Iguaçu, Itaboraí, Petrópolis, Friburgo, Niterói e também através da internet (www.radiocatedral.com.br).

    Em sua programação, músicas católicas, entrevistas, debates, programas de formação catequética e doutrinal, informação e entretenimento, além de variados momentos de oração. Noventa por cento dos recursos são advindos de contribuições espontâneas de ouvintes que colaboram com a obra missionária evangelizadora da rádio.

    De acordo com Padre Leandro Cury, diretor geral da Rádio Catedral FM, “é uma honra muito grande fazer parte dessa história bonita de evangelização que foi iniciada por dom Eugenio Sales, em 1992, teve a continuidade através de dom Eusébio e, hoje, tem um grande impulso sob a condução de dom Orani, o presidente da Fundação que administra a Rádio”.

    O evento “Catedral 20 anos é show” será em benefício do Seminário São José (RJ) localizado na Av. Paulo de Frontin, no Rio Comprido. Fundado em 1739, por Dom Frei Antônio Guadalupe, tem como objetivo proporcionar a formação, em todos os níveis, incluindo os cursos de Filosofia e Teologia, a jovens do sexo masculino em regime de internato. Uma comunidade de educação empenhada no crescimento espiritual, humano, intelectual e pastoral, que tem seu fim principal a preparação para o sacerdócio.

    O primeiro, da série de três shows comemorativos, aconteceu no dia 14 de abril, na Arena Carioca da Pavuna. O segundo com grande sucesso, dia 20 de maio, na famosa casa de shows Citibank Hall. E agora, fechando o semestre, no dia 1º de julho, o grande evento na Fundição Progresso, com a bandaRosa de Saron lançando a turnê “O Agora e o Eterno”.

    Serviço – Catedral 20 anos é show

    Dia: 1/07/2012 – Horário: 18h

    Local: Fundição Progresso

    Rua dos Arcos, 24 - Lapa

    Rio de Janeiro – RJ

    www.fundicaoprogresso.com.br

    *MEIA ENTRADA PARA TODOS que apresentarem carteira de estudante, maiores de 60 anos (com identidade), os que levarem 1kg de alimento não perecível ou 1 livro no dia do show, além de Assinantes de O Globo (apresentar carteira).

    TS

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    Homens e Mulheres de Fé


    A história de uma peruana católica assassinada pelos nazistas
    Madeleine Truel ajudou a salvar centenas de judeus

    Sergio Mora

    ROMA, quarta-feira, 27 de junho de 2012 (ZENIT.org) - Os peruanos que morreram em campos de concentração nazistas foram 22, até onde se sabe. Entre eles, está Madeleine Truel, nascida em Lima em 1904. Vivendo na França, ela se uniu à resistência contra os nazistas, motivada pelos valores cristãos herdados da família e do colégio em Lima, e assim ajudou a salvar muitas famílias judias.

    Um documentário recupera a memória deste caso que lembra "A Lista de Schindler". Narrado em 29 minutos, o filme se baseia no livro Estação Final, de Hugo Coya, e será apresentado no Congresso do Peru em 13 de julho. No dia seguinte, poderá ser visto também no YouTube. Em 27 de julho será transmitido pelo canal de televisão peruano RTV.

    “É um documentário que resgata uma personagem esquecida, uma cidadã peruana que nos dá uma grande lição”, observa o embaixador do Peru junto à Santa Sé, Cesar Castillo, presente no evento. Ele recorda que Truel “chegou à França com profundos valores éticos e cristãos obtidos em Lima no colégio religioso de São José de Cluny, que a motivaram a se unir à resistência quando as forças alemãs invadiram a França”.

    O filme, com roteiro e direção de Luis Cam, jovem professor da Universidade San Martín de Porres, foi apresentado à imprensa italiana na noite de ontem, 27, legendado em italiano.

    De pais franceses e família numerosa, Madeleine recebeu desde cedo os valores cristãos. Órfã de ambos os pais, mudou-se com os irmãos para a França aos 24 anos e estudou filosofia na Sorbonne. Frequentava em Paris a igreja de São Francisco de Sales, entre o Arco do Triunfo e Montmartre.

    Após a invasão alemã, intensifica-se a resistência na França. Começam as deportações de judeus para os campos de concentração. Madeleine ajuda a preparar documentos falsos para famílias judias, a fim de facilitar-lhes a fuga. Não se sabe exatamente quantos judeus foram salvos por ela. O que se sabe é que ela produziu documentos durante dois anos, até cair nas mãos da Gestapo.

    Os nazistas a torturaram porque Madeleine não revelava os nomes de judeus que conhecia. Levada para o campo de concentração de Sachsenhausen, na Alemanha, sua força se alicerçava na leitura de uma bíblia. No lager a 35 quilômetros de Berlim, ela viveu a caridade de maneira heroica: nunca perdeu a alegria, compartilhava a ração alimentar com quem precisava mais do que ela e encorajava os prisioneiros narrando histórias do Peru, o que lhe valeu o apelido de “Passarinho das Ilhas”.

    Madeleine morreu em 3 de maio de 1945, espancada pelos nazistas em um dos chamados "caminhos da morte", poucas horas antes da chegada das tropas russas.

    Antes de ser enterrada, uma de suas companheiras lhe pôs a sua pulseira judaica, para que ela fosse identificada como vítima do ódio nazista. Foram postos sobre seu peito gerânios vermelhos e brancos, em honra da sua cidadania peruana. Seu nome aparece no memorial dos deportados da França durante a Segunda Guerra Mundial, diante da catedral de Notre Dame de Paris.

    O documentário contém breves entrevistas com profissionais como Gustavo Gorrit, Hugo Coya e León Trahtemberg, além de Gonzalo Rosselló Truel, primo de Madeleine.

    O vídeo de divulgação do documentário pode ser acessado em:  http://www.youtube.com/watch?v=bmQHtCHXDxs.

    (Trad.ZENIT)

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    Familia e Vida


    O filme Bella, o aborto e a cultura da morte
    Ivanaldo Santos, doutor em filosofia, fala sobre o filme Bella

    Por Tarcisio Siqueira e edição de Thácio Siqueira

    BRASILIA, segunda-feira, 25 de junho de 2012 (ZENIT.org) –  ZENIT entrevistou o Dr. Ivanaldo Santos sobre o filme Bella, um filme que promove a vida e que venceu o Festival de Toronto, no Canadá.

    O Dr. Ivanaldo Santos é  filósofo, pesquisador e professor universitário. Publicou mais de 70 artigos em revistas científicas nacionais e internacionais e tem 8 livros publicados.

    Publicamos a entrevista na íntegra:

    ***

    ZENIT: Qual é a grande mensagem do filme Bella, vencedor do Festival de Filme de Toronto, no Canadá, em 2006?

    IVANALDO SANTOS: Numa primeira leitura trata-se de um filme que fala do fracasso. O filme apresenta o encontro de um jovem casal: José e Nina. José é representado pelo ator Eduardo Verástegui e trata-se de um astro internacional de futebol que, por lesões físicas, fica sem poder jogar e perde a fama e o dinheiro. Ele termina sendo o cozinheiro no restaurante de comida mexicana do seu irmão. Por sua vez, Nina, representada pela atriz Tammy Blanchard, é uma jovem pobre que trabalha de garçonete no restaurante em que José é o cozinheiro. Ela descobre que está grávida e que o pai da criança não deseja assumir a ambos, Nina e seu filho. Numa leitura que podemos dizer “contemporânea” poderia se dizer que Nina tem uma “gravidez indesejada”. Aparentemente são duas histórias de fracasso que se encontram. No entanto, numa segunda leitura, uma leitura analítica e crítica, é possível afirmar que o filme trata do valor e da importância da vida e da família. José poderia ter se entregado às drogas e ao álcool, Nina poderia ter feito um aborto, coisa que, no filme, é aconselhado. Vale salientar que drogas e aborto são apresentados, em vários ambientes sociais, como sendo elementos de libertação do ser humano. O casal José e Nina descobrem que acima das drogas, do aborto e de qualquer outra “facilidade” da sociedade atual estão a vida e a família. Trata-se de uma descoberta surpreendente que emociona o telespectador. Com isso, a grande mensagem do filme é que vale a pena investir na vida e na família. Mesmo que os valores sociais digam que a família está morta, que não tem mais valor, ela é o núcleo onde o indivíduo sempre encontrou o refúgio e a felicidade.

    ZENIT: é possível fazer uma relação entre o filme Bella e a cultura da morte?

    IVANALDO SANTOS: Sim é possível. O filme apresenta os valores da cultura da morte (aborto, negação da família, individualismo e outros) de forma bem natural, da mesma forma que um cidadão comum vê em seu cotidiano. O filme não faz apologia da cultura da morte. Pelo contrário é uma das maiores críticas que essa cultura sofreu nos últimos anos, mas apresenta como os cidadãos, no dia-a-dia, tem acesso aos contra valores da cultura da morte. Por exemplo, o filme apresenta o individualismo, a busca cega por dinheiro, e como as pessoas e especialmente as mulheres são induzidas e enganadas para realizarem o aborto. Na sociedade contemporânea poucos são os espaços onde se falam do valor da vida, da família, de ter filhos. Geralmente as pessoas são educadas para viverem uma vida selvagem, para ganharem muito dinheiro, qualquer gravidez é logo rotulada de “indesejada” e, por conseguinte, recomenda-se, como se fosse natural, a prática do aborto. Tudo isso o telespectador poderá ver no filme Bella. Nesse sentido o filme é realista. É uma espécie de “raio X” da sociedade contemporânea.

    ZENIT: O filme Bella tem recebido grandes elogios por parte da crítica especializada. Apesar disso nota-se certo boicote por parte da grande mídia. Por que isso acontece?

    IVANALDO SANTOS: É possível apontar quatro motivos para esse boicote. O primeiro é o fato do filme não ser de guerra e/ou de sexo. A grande mídia (TV e cinema) trabalha essencialmente com elementos que dão lucro fácil e audiência quase que automática. Um filme como Bella, que fala do valor da vida e da família, que não tem nudez, que não tem longas séries de tiroteios e mortes sangrentas, não atrai a atenção da grande mídia.

    O segundo motivo é que o filme não faz apologia do aborto e de outros contra valores que atualmente são apresentados como libertários e terapêuticos. É preciso ver que a grande mídia, em certo sentido, está dominada e é controlada, se não em sua totalidade, pelo menos em sua maioria, pela cultura da morte. A luta pelo lucro e pela audiência torna a grande mídia susceptível ao dinheiro rápido e fácil que vem da “indústria da morte”, ou seja, a “indústria” que oferece a morte como produto a ser consumido. Entre esses produtos estão a violência, o abandono da família, o aborto, a eutanásia, as drogas e o infanticídio.

    O terceiro é a teoria neomalthusiana. No século XIX o malthusianismo pregava que o crescimento populacional se daria em progressão geométrica, enquanto os recursos humanos cresceriam em progressão aritmética. Deste modo, em poucas décadas, haveria uma completa escassez de recursos no planeta. A solução apontada foi a do controle da natalidade. No início do século XXI essa mesma teoria malthusiana volta a estar de moda. É o neomalthusianismo. Desta vez ela vem disfarçada com uma nova roupa, a do “ecologismo”, e com traços apocalípticos – como se o homem fosse o único mal da terra e esta estivesse a ponto de ser destruída. Como esclarece o Padre Helio Luciano, em recente entrevista concedida a agência de informação Zenit, chegamos à geração “Avatar” –que exalta a ecologia ao mesmo tempo em que mata seus próprios filhos. O problema é que neomalthusianismo faz muito sucesso na grande mídia. Criou-se uma espécie de lugar comum que diz que repórter “moderno” e “esclarecido” prega abertamente o discurso apocalítico do neomalthusianismo. Um discurso de controle da natalidade. Só para se ter uma ideia do problema, recentemente uma grande rede de TV no Brasil fez uma série de matérias alarmistas dizendo que o planeta Terra está lotada que não cabe mais ninguém. Essa série de matérias chegou ao ponto de elogiar o rígido controle da natalidade realizado na China. Um controle que pune os indivíduos com pesadas multas, com a prisão, tortura e até mesmo a morte. Num contexto como esse, um filme como Bella não atrai a atenção da grande mídia.

    O quarto e último motivo é a falta de mobilização, de cobrança por parte dos movimentos pró-vidas e pró-família. É comum os movimentos pró-vidas e pró-família criticarem a programação alienante e favorável a cultura da morte que é exibida na TV e nos cinemas. Essa é uma cobrança importante que precisa ser aprofundada. No entanto, não se pode apenas ficar criticando a grande mídia. É preciso trabalhar junto com ela. É preciso conquistar a confiança da grande mídia. Uma das formas é lutar, até mesmo com aporte financeiro, para que canais de TVs passem a exibir, em sua programação normal, filmes e programas com conteúdo pró-vida e pró-família. O filme Bella é um ótimo produto midiático para ser oferecido às redes de TVs. É preciso ter coragem, ser audacioso. É preciso aproveitar o grande sucesso do filme Bella para negociar com as redes de cinema e TV uma programação mais voltada para a vida e a família.

    ZENIT: Qual a relação entre o filme Bella e a cultura da vida, de valorização da família?

    IVANALDO SANTOS: Pode-se dizer que há uma relação de 100% de proximidade. O filme não segue o esquema proposto pela cultura da morte, ou seja, moça pobre, trabalha de garçonete em um restaurante, descobre que está grávida e, por causa desses fatores, faz um aborto. É preciso recordar que atualmente, devido à grande influência do neomalthusianismo, tenta-se criar um lugar comum que diz que toda moça pobre tem que abortar. É como se os pobres não tivessem responsabilidade e condições morais de ter e criarem seus próprios filhos. Esse tipo de discurso é altamente discriminador e concede grandes benefícios aos ricos e à classe média. Em um mundo onde se fala tanto em inclusão social o filme Bella é um exemplo de inclusão, pois promove a inclusão do feto, do nascituro, justamente o grande excluído da propaganda midiática, das políticas do governo e da agenda das Organizações Não Governamentais (ONGs). Além disso, o filme inclui a família, berço de toda a dignidade humana. Logo a família tão desprestigiada em nossos dias. Trata-se de um filme que não pode ser colocado na categoria de “conto de fadas”, mas é um filme que valoriza a família, a vida e a natalidade. São valores eternos e que precisam estar no centro dos debates da mídia, do governo e da Igreja.

    ZENIT: O que dizer para alguém que não assistiu ao filme Bella?

    IVANALDO SANTOS: Inicialmente é preciso ter convicção que dificilmente o filme vai passar na TV em horário nobre. A não ser que algum milionário, algum mecenas, pague a exibição. Partindo desse pressuposto, afirma-se que o filme Bella precisa ser visto por todas as pessoas. Sejam elas jovens, velhos, solteiros, casados, pessoas que abortaram ou que pensam em abortar. É um filme muito realista. As cenas e diálogos do filme podem ser encontradas, de forma real, na maioria de nossas cidades. Por isso, é preciso que todo mundo se esforce para ver e divulgar o filme. As pessoas devem adquirir o DVD com o filme e assisti-lo em casa ou no trabalho com os parentes e amigos. A Igreja deve fazer todo o esforço possível para difundir o filme Bella. Vamos exibir o filme nas paróquias, capelas, nas escolas e demais lugares que estejam sob administração da Igreja. O filme Bella trata-se de um dos melhores presentes que o cinema deu à cultura da vida e à valorização da dignidade da pessoa humana. Temos que lutar para que ele seja assistido pelo maior número de pessoas possíveis.

    Para contatos email: ivaanldosantos@yahoo.com.br

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    Especial


    Pedro morou em Roma e foi enterrado em Roma
    Testemunhos literários e prova arqueológica

    Mons. Vitaliano Mattioli*

    CRATO, sexta-feira, 29 de junho de 2012 (ZENIT.org) - A festa de S. Pedro nos coloca uma questão: Pedro morou em Roma, foi enterrado em Roma?

    Resolver essa pergunta é importante porque este “morrer de Pedro em Roma e ser enterrado em Roma”, capital do Império Romano, sempre foi interpretado pela Igreja como uma vontade implícita de Cristo, fundador de Cristo, fundador da Igreja, que o Bispo de Roma deve ser considerado o sucessor de Pedro e o seu Vigário na terra.

    Temos testemunhos literários que confirmam tudo isso: 

    1- A carta do Papa Clemente de Roma aos Coríntios (ano 96). Falando da perseguição de Nero, ano 64, escreve: "Lancemos os olhos sobre os excelentes apóstolos: Pedro foi para a glória que lhe era devida... A esses homens ... juntou-se grande multidão de eleitos que, em consequência da inveja, padeceram muitos ultrajes e torturas, deixando entre nós magnífico exemplo" (5,3-7; 6,1).

    2- Ireneu (140-203),  Bispo de Lião-França, escreveu uma obra importante “Contra as Heresias”. Nesta nos confirma a chegada de Pedro a Roma: “À maior e mais antiga e conhecida por todos, à Igreja  fundada e constituída em Roma, pelos dois gloriosíssimos apóstolos  Pedro e Paulo” (III, 3, 2); “Os bem-aventurados apóstolos que fundaram e edificaram a Igreja romana transmitiram o governo episcopal a Lino” (III, 3, 3).

    3- Tertuliano (160-250), no escrito “Sobre o Batimo”: Não há nenhuma diferença entre aqueles que João batizou no Jordão e aqueles que Pedro batizou no Tibre” (IV, 3).  O Tibre é o rio que atravessa Roma; de tal forma que Tertuliano confirma a presença de Pedro em Roma.

    4- Eusébio de Cesaréia  (260-340), na sua “História Eclesiástica": “O  apostolo Pedro  na Judéia, empreendeu uma longa viagem além-mar... para o Ocidente, veio para Roma” (História , II, 14, 4-5).  “Nero foi também o primeiro de todos os inimigos de Deus, que teve a presunção  de matar os apóstolos. Com efeito conta-se  que sob o seu reinado Paulo foi decapitado em Roma.  E ali igualmente Pedro  foi crucificado. Confirmam tal asserção os nomes de Pedro e  de Paulo, até hoje atribuidos aos cemitérios da cidade” (História, II, 25, 5).

    5- Ainda Eusébio  refere o testemunho do Presbítero Gaio (ano 199)  que viveu durante o pontificado do Papa Zefirino (199-217), no seu escrito contra Proclo, chefe da seita dos Montanistas: "Nós aqui em Roma temos algo melhor do que o túmulo de São Filipe. Possuímos os troféus dos apóstolos fundadores desta Igreja local. Vai à via Óstia e lá encontrareis o troféu de Paulo; vai ao Vaticano e lá vereis o troféu de Pedro" (História, II, 25, 6).

    6- O mesmo Eusébio nos refere outros testemunhos. No livro II refere o testemunho de Dionísio bispo de Corinto (ano 170): "Tendo vindo ambos a Corinto, os dois apóstolos Pedro e Paulo nos formaram na doutrina evangélica. A seguir, indo para a Itália, eles vos transmitiram os mesmos ensinamentos e, por fim, sofreram o martírio na mesma ocasião" (História, II,25,8).

    7- Orígenes, (185-253),  na obra Comentários ao Gênesis, terceiro livro  (conservado na História  de Eusébio, III,1, 2):  "Pedro, finalmente tendo ido para Roma, lá foi crucificado de cabeça para baixo, conforme ele mesmo desejara sofrer".

    Além desses testemunhos, foram encontrados e decifrados grafites anônimos dos séculos II e III escritos sobre o túmulo de São Pedro localizado durante as escavações arqueológicas realizada debaixo da Basílica do Vaticano nas décadas de 50 e 60 (do séc. XX) que confirmam a sepultura do Apóstolo Pedro em Roma: "Pedro está aqui." (=Petros Eni) , "Pedro, pede a Cristo Jesus pelas almas dos santos cristãos sepultados junto do teu corpo", "Salve, Apóstolo!",  "Cristo e Pedro" , "Viva em Cristo e em Pedro",  "Vitória a Cristo, a Maria e a Pedro".

    Em 1953 foi achado um antigo túmulo hebraico com a inscrição “Simão filho de Jonas”.

    Provas arqueológicas.

    Em 1939, o Papa Pio XII iniciou uma série de escavações debaixo da basílica de São Pedro. Nessas buscas descobriu-se, entre outros restos, o que se julga ser o túmulo de São Pedro.   A descoberta foi anunciada pelo Papa Pio XII no Ano Santo,  Radiomensagem de natal, 23 de dezembro de 1950:

    "As escavações debaixo da  Confissão mesma, pelo menos enquanto se relacionam com a tumba do Apóstolo ... e seu exame científico, foram, durante este Ano jubilar, concluídas muito bem. Este resultado foi de suma riqueza e importância. Mas a questão essencial é esta: A tumba de São Pedro foi realmente achada? A tal pergunta a conclusão final dos trabalhos e dos estudos responde com um claríssimo Sim. A tumba do Príncipe dos Apóstolos foi encontrada. Uma segunda questão, subordinada à primeira, diz respeito às relíquias do Santo. Estas já foram descobertas? Na beira do túmulo foram encontrados restos de ossos humanos, que no entanto não é possível provar com certeza que pertencem aos restos mortais do Apóstolo. Isto deixa, portanto, intacta a realidade histórica da tumba. A cúpula gigantesca foi erguida justamente sobre o sepulcro do primeiro Bispo de Roma, do primeiro Papa; sepulcro originalmente muito humilde, mas sobre o qual a veneração dos séculos posteriores com maravilhosa sucessão de obras ergueu o maior templo do Cristandade".

    Paulo VI continuou as escavações. A resposta positiva a apresentou na Audiência Geral da Quarta-feira, 26 de junho de 1968: “Uma segunda questão, subordinada à primeira, diz respeito às relíquias do Santo. Elas foram encontradas? A resposta então dada pelo venerável Pontífice foi duvidosa. Novas investigações pacientíssimas e precisas foram feitas mais tarde com resultados que Nós, confortados pelo juízo de prudentes e valiosas pessoas competentes, acreditamos que seja positivo: também as relíquias de São Pedro foram identificadas... Temos razão para acreditar que foram encontrados os poucos, mas sacrosantos restos mortais do Príncipe dos Apóstolos, de Simão, filho de Jonas, do Pescador chamado Pedro por Cristo, daquele que foi eleito pelo Senhor como fundamento da sua Igreja, e ao qual o Senhor confiou  as chaves supremas do seu reino, com a missão de apascentar e de reunir o seu rebanho, a humanidade redimida, até a sua última vinda gloriosa".

    Os estudos continuaram. O mesmo Paulo VI, na Audiência Geral da quarta-feira, 28 de junho de 1978, voltou ao assunto: “Sim, a prova histórica, não somente da tumba, mas também dos seus veneradíssimos restos mortais, foi encontrada. Pedro está aqui, onde a análise documentária, arqueológica, cheia de indícios e lógica finalmente nos indica... Nós temos assim o consolo de ter um contato direto com a fonte da tradição apostólica romana mais segura, aquela que nos garante a presença física do Chefe do Colégio dos primeiros discípulos de Jesus Cristo em Roma”.

    * Mons. Vitaliano Mattioli, nasceu em Roma em 1938, realizou estudos clássicos, filosóficos e jurídicos. Foi professor na Universidade Urbaniana e na Escola Clássica Apollinaire de Roma e Redator da revista "Palestra del Clero". Atualmente é missionário Fidei Donum na diocese de Crato, no Brasil.

    (Tradução Thácio Siqueira)

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    Espírito da Liturgia


    Onde celebrar? (CIC 1179-1186)
    Rubrica de Teologia litúrgica aos cuidados do Pe. Mauro Gagliardi

    Uwe Michael Lang*

    ROMA, quarta-feira, 27 de junho de 2012 (ZENIT.org) - Com o artigo de hoje, conclui-se o quarto ano da rubrica “Espírito da Liturgia", que neste ano dedicamos ao ensinamento litúrgico do Catecismo da Igreja Católica, em preparação para o Ano da Fé. Ao despedir-nos dos nossos leitores, esperamos reencontrar-los no próximo mês de outubro (Pe. Mauro Gagliardi).

    *** 

    Na sua existência, o homem é identificado por duas coordenadas fundamentais: o espaço e o tempo, duas realidades que não se constroem, mas que lhe são dadas. O homem está ligado ao espaço e ao tempo, e também a sua oração a Deus está. Enquanto a oração como simples ato religioso pode ser feita em todos os lugares, a liturgia, no entanto, como um ato de culto público e ordenado, requer um lugar, geralmente um edifício, onde possa ser realizada como rito sagrado.

    O edifício de culto cristão não é o equivalente do templo pagão, onde a câmara com a imagem da divindade também era considerada, de alguma forma, a casa dela. Como diz São Paulo aos atenienses: "Deus não habita em templos construídos pelo homem" (Atos dos Apóstolos 17,24).

    Em vez disso, há um relacionamento mais próximo com a Tenda do Encontro, erguida no deserto de acordo com as instruções do próprio Deus, onde a glória do Senhor (shekinah) se manifestava (Êxodos 25,22; 40,34). No entanto, Salomão, depois de ter construído o Templo de Jerusalém, o prédio que toma o lugar da Tenda da reunião,  exclama: "Mas será que é verdade que Deus habita na terra? Eis os céus, e os céus dos céus não podem te conter, muito menos esta casa que eu edifiquei!" (1 Reis 8,27). Na história do povo de Israel há uma espiritualização, que leva à famosa passagem do profeta Isaías: "Toda a terra está cheia de sua glória" (Isaías 6,3; cf. Jeremias 23,24; Salmos 139,1-8; Sabedoria 1,7), texto passado depois para o Sanctus da Liturgia Eucarística. "Toda a terra é santa e confiada aos filhos dos homens" (Catecismo da Igreja Católica, n. 1179).

    Uma nova etapa está presente no Evangelho segundo João, quando Cristo declara, durante o seu encontro com a mulher Samaritana, que "chegou a hora, e agora é quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade" (João 4,23). Isso não significa que, à luz do Evangelho, não se deveria ter algum culto público ou edifício sagrado. O Senhor não disse que não deveriam ter lugares de culto na Nova Aliança;  ao mesmo tempo, na profecia sobre a destruição do Templo, Ele não afirma que nunca mais deva existir edifícios construídos em honra de Deus, mas sim que não deve existir somente um lugar exclusivo.

    O próprio Cristo, seu corpo vivo, ressuscitado e glorificado, é o novo templo onde Deus habita e onde acontece o seu culto universal "em espírito e verdade" (cf. J. Ratzinger, Introduzione allo spirito della liturgia, San Paolo, Cinisello Balsamo 2001, pgs. 39-40). Como São Paulo escreve: "É em Cristo que habita corporalmente toda a plenitude da divindade e vocês têm nele parte da sua plenitude” (Colossenses 2, 9-10). Por participação, por força do Batismo, também o corpo do cristão se torna templo de Deus (1 Coríntios 3, 16-17; 6,19; Efésios 2, 22). Usando uma frase muito querida por Santo Agostinho, Christus Totus, o Cristo inteiro é o verdadeiro lugar de culto cristão, isto é, Cristo como Cabeça e os cristãos como membros do seu Corpo Místico. Os fiéis que se reunem num mesmo lugar para o culto divino são as "pedras vivas", colocadas juntas “para a construção de um edifício espiritual” (1 Pedro 2,4-5). De fato, é significativo que a palabra que antes indicava a ação do reunir-se dos cristãos, ou seja ekklesia – Igreja –, tenha passado a indicar o mesmo lugar onde acontece a reunião. O Catecismo da Igreja Católica insiste no fato de que as igrejas (como edifícios) "não são simples lugares de reunião, mas significam e manifestam a Igreja que vive naquele lugar, lar de Deus com os homens reconciliados e unidos em Cristo” (n. 1180).

    Em época paleocristiana, forma típica do edifício igreja foi a basílica com grande nave central retangular, que termina num ábside semicircular. Tal tipo de edifício correspondia às exigência da liturgia cristã e, ao mesmo tempo, deixava grande liberdade aos contrutores, para a escolha dos elementos arquitetônicos e artísticos. A basílica exprime também uma orientação axial, que abre a assembléia para as dimensões transcendente e escatológica da ação litúrgica. Na tradição latina, a disposição do espaço litúrgico com a orientação axial permaneceu como norma e se acha que também hoje seja a melhor forma, porque exprime o dinamismo de uma comunidade a caminho do Senhor.

    Como afirma Bento XVI, "a natureza do templo cristão define-se pela mesma ação litúrgica” (Sacramentum Caritatis, n. 41). Por esta razão, também o projeto das alfaias sacras (altar, tabernáculo, sede, ambão, batistério, lugar da penitência) não pode apenas seguir critérios funcionais. A arquitetura e a arte não são elementos extrínsecos à liturgia e nem sequer têm uma função meramente decorativa. Por isso, o compromisso de construir ou adequar as igrejas deve estar permeado do Espírito e das normas da liturgia da Igreja, ou seja daquela lex orandi que exprime a lex credendi, e disso nasce a grande responsabilidade seja dos que projetam seja dos que encomendam.

    * Padre Uwe Michael Lang, C.O., é um Oficial da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos e Consultor do Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice.

    Quem quiser enviar perguntas ou expressar opiniões sobre os temas tocados pela rubrica organizada pelo Padre Mauro Gagliardi pode escrever para: liturgia.zenit@zenit.org

    [Tradução do Italiano por Thácio Siqueira]

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    Mundo


    Ano da Fé e JMJ do Rio: começa a mobilização dos jovens poloneses
    Conferência Episcopal da Polônia exorta os jovens a se prepararem

    Mariusz Frukacz

    VARSÓVIA, segunda-feira, 25 de junho de 2012 (ZENIT.org) - O Ano da Fé, a mensagem aos povos da Rússia e da Polônia, a situação da mídia católica, a rede televisiva católica Trwam e a catequese nas escolas foram os principais temas da 358ª reunião plenária da conferência episcopal polonesa, que aconteceu entre 21 e 23 de junho de 2012 em Wrocław.

    A reunião, presidida por dom Józef Michalik, presidente da Conferência dos Bispos da Polônia, teve participação do núncio papal no país, o arcebispo Celestino Migliore.

    No comunicado final, "os bispos incentivam os jovens a se comprometerem nas iniciativas de evangelização ligadas ao Ano da Fé e à Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro em 2013". Os bispos enfatizam a importância do Ano da Fé com as palavras de Bento XVI: "Que neste ano os fiéis redescubram os conteúdos da fé professada, celebrada, vivida e rezada, e reflitam sobre este ato" (Porta Fidei, 9).

    Um dos temas abordados no encontro foi a mensagem conjunta da Igreja Católica polonesa e do Patriarcado de Moscou aos povos da Rússia e da Polônia, que será assinada em 17 de agosto,em Varsóvia. Segundoa Agência de Informação Católica na Polônia (KAI), o documento será assinado pelo arcebispo Józef Michalik, presidente da conferência dos bispos católicos, e pelo patriarca Kirill, chefe da Igreja Ortodoxa Russa.

    O Patriarca de Moscou e de Todas as Rússias visitará a Polônia entre 16 e 19 de agosto. É a primeira vez na história do cristianismo na Polônia que o líder da Igreja Ortodoxa Russa visita o país. Ainda de acordo com a KAI, o arcebispo Michalik aguarda com grande esperança a mensagem católico-ortodoxa sobre a reconciliação dos povos. “Esta mensagem é crucial”, afirmou à KAI o porta-voz dos bispos poloneses, dom Józef Kloch.

    O comunicado da Conferência dos Bispos da Polônia ressalta que "ao longo de muitos anos foi mantido um bom diálogo entre a Igreja Ortodoxa Russa e a Igreja Católica na Polônia. Nosso objetivo é levar as nossas igrejas e nações à reconciliação".

    Na mesma reunião plenária, a conferência discutiu a instrução do Ministério da Educação para inserir a religião e a ética como matérias curriculares. Os bispos reafirmaram a necessidade da rápida implementação do regulamento.

    Foi abordada ainda a situação dos meios de comunicação na Polônia, especialmente a tentativa de excluir o canal católico Trwam da plataforma digital. Os bispos convidaram o governo "a desenvolver as soluções jurídicas que garantam a missão de serviço público da televisão e do rádio para o bem de todos os destinatários". Neste sentido, pediram "o tratamento da mídia católica em pé de igualdade com os outros meios no processo de concessão".

    Depois de avaliarem o relatório sobre o VII Encontro Mundial das Famílias, realizado recentemente em Milão, os bispos prestaram especial atenção ao apelo do papa sobre a presença na Igreja de pessoas que vivem em união não sacramental: "elas devem ver e sentir o amor da Igreja".

    Sobre a situação das famílias, os bispos se disseram particularmente preocupados com o colapso demográfico. No comunicado final, eles encorajam "os crentes e os não crentes, os parlamentares e as autoridades locais, os jovens e os adultos a defenderem a vida desde a concepção até a morte natural".

    As marchas em defesa da vida e a oração podem ser uma ajuda valiosa para os valores nacionais sobre os quais a tradição europeia construiu a família durante milhares de anos, observaram. De acordo com os bispos, "a família desperta para a vida, desenvolve o homem e amadurece a fé e o amor pela pátria. A família é o alicerce de uma sociedade saudável e demanda mais apoio, a fim de continuar a desempenhar as suas funções".

    Encerrando o comunicado, a Conferência dos Bispos da Polônia destacou a importância da visita do cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado vaticano.

    (Trad.ZENIT)

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    O Papa aceita a renúncia do polêmico bispo argentino Bargalló
    Fotografado na praia com uma mulher

    CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 26 de junho de 2012 (ZENIT.org) - O papa aceitou a renúncia ao governo pastoral da diocese de Merlo-Moreno, Argentina, apresentada por Mons Fernando María Bargalló, de acordo com o cânon 401 § 2 do Código de Direito Canônico e nomeou administrador apostólico ad nutum Sanctae Sedis da mesma diocese Mons. Alcides Jorge Pedro Casaretto, bispo emérito da diocese de San Isidro

    O § 2º do cânon 401 diz: "Pede-se encarecidamente ao bispo diocesano que apresente a renúncia do seu ofício se por doença ou outra causa grave diminuir a sua capacidade para desempenhá-lo.

    Na semana passada, a imprensa argentina publicou fotos de monsenhor Fernando María Bargalló numa praia do México com uma mulher.

    Mais tarde Bargalló disse para um canal de televisão argentino que a mulher era uma amiga da infância e que eram fotos de dois anos atrás e pediu “perdão” por se alguém se sentiu escandalizado, enquanto destacou o seu “compromisso com Deus e com a Igreja". No passado dia 23, Bargalló anunciou que havia apresentado sua renúncia na Nunciatura de Buenos Aires.

    A diocese de Merlo-Moreno foi erigida por João Paulo II em 13 de maio de 1997, e inclui os partidos bonaerenses de Merlo e Moreno, que foram desmembrados da Diocese de Morón. A Sede episcopal foi fixada na cidade de Moreno. A diocese abrange uma área de 350 quilômetros quadrados com uma população de cerca de 900.000 habitantes, dos quais cerca de 80% são católicos.

    Dom Bargalló foi seu primeiro bispo, nomeado por João Paulo II em 13 de maio de 1997. Ele tomou posse da sede e começou o seu ministério pastoral no dia 28 de junho de 1997. Antes tinha sido bispo auxiliar de Morón desde a sua ordenação episcopal no dia 31 de Maio de 1994.

    Monsenhor Alcides Jorge Casaretto, nomeado administrador apostólico de Merlo-Moreno, foi por 27 anos bispo diocesano de San Isidro, cujo governo pastoral renunciou por ter cumprido 75 anos, idade que indica a norma canônica. O Papa aceitou a renúncia no dia 30 de dezembro de 2011. No entanto conserva o "título" de San Isidro como emérito.

    O termo ad nutum Sanctae Sedis, incluindo a nomeação de Dom Casaretto, indica que permanecerá no cargo de Administrador Apostólico até que a Santa Sé tenha nomeado o novo bispo diocesano.

    Trad. TS

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    Meios de comunicação: portas da fé
    Encontro Ibérico das Comissões Episcopais de Comunicação Portugal-Espanha

    FÁTIMA, quinta-feira, 28 de junho de 2012 (ZENIT.org) - Os bispos das Comissões de Comunicação das Conferências Episcopais de Portugal e da Espanha, atendendo ao convite do papa Bento XVI à Nova Evangelização, se reuniram para uma sessão de trabalho em Fátima, de 25 a 27 de junho de 2012, sobre o tema Meios de Comunicação: Portas da Fé.

    Os bispos das Comissões de Comunicação das conferências episcopais portuguesa e espanhola afirmam que as conclusões do encontro 2012 pretendem “contribuir para uma renovada conversão ao Senhor Jesus e para o redescobrimento da fé, de maneira que todos os membros da Igreja sejam para o mundo atual testemunhas gozosas e convincentes do Cristo ressuscitado, capazes de indicar a porta da fé para tantos que estão em busca da verdade”.

    Em primeiro lugar, as comissões afirmam: "Os meios de comunicação são o cenário cultural em que atuam os homens e as mulheres do nosso tempo". Os bispos constatam que "a comunicação está caracterizada, entre outras, pelas seguintes circunstâncias: a atividade comunicativa continua notavelmente condicionada pela situação econômica, ideológica e política; a crise econômica está ocasionando, ainda, a precariedade e, com frequência, a perda de trabalho dos profissionais, com prejuízo para todo o processo comunicativo e a conseguinte limitação do direito do público de conhecer a verdade. Na atividade informativa, com frequência, é verificada uma supremacia da imagem, que pode desviar a atenção da realidade objetiva. Há ocasiões em que o uso inadequado das tecnologias dificulta a reflexão, a formação de opinião e as relações pessoais e familiares; em muitos casos, as demandas induzidas das audiências constituem um fator determinante na configuração dos conteúdos que os meios de comunicação oferecem. Consideramos, porém, que, a partir de uma adequada visão ética, este não pode ser o critério decisivo, já que é preciso atender as necessidades das pessoas sem sacrificar em nenhum caso a verdade e o bem comum".

    Em segundo lugar, sublinham que "os meios de comunicação, também para a Igreja, são o cenário cultural em que é necessário estar presente e desenvolver a missão. Não são meros instrumentos para a transmissão de uma mensagem. A Igreja deve estar presente neles com singeleza e clareza, em atitude dialogante".

    Em terceiro lugar: "A comunicação é um elemento transversal das diversas estruturas eclesiais. Por isso, toda a ação pastoral da Igreja tem que ser mais comunicativa. A serviço desta missão estão os departamentos ou gabinetes de comunicação de uma diocese ou de uma conferência episcopal".

    Além disso, os bispos afirmam que "a consideração eclesial da comunicação social tem uma dupla missão. Por um lado, a missão já tradicionalmente assentada, que se volta primordialmente à evangelização. Por outro, e ao mesmo tempo, a Igreja também deve projetar e trabalhar a própria imagem institucional e pública, que inclui as ações de governo dos seus pastores, para ser percebida de maneira adequada. Isto impõe uma consideração nova dos processos comunicativos da Igreja, que devem estar associados não só à missão evangelizadora, mas também à tarefa do governo pastoral".

    "Dada a importância da comunicação social na configuração da pessoa e dos seus comportamentos, encorajamos os pais e educadores a continuarem formando os mais jovens no uso adequado e responsável dos meios de comunicação".

    Por último, os bispos ibéricos incentivam "todos aqueles que trabalham na mídia a prosseguirem, empenhados em servir à dignidade da pessoa e à construção de uma sociedade mais livre, justa e solidária".

    Respondendo ao chamamento de Bento XVI a renovar e atualizar os ensinamentos do Concílio Vaticano II como instrumento valioso no Ano da Fé, os bispos "propõem uma leitura atualizada e uma conveniente prática do Decreto Conciliar Inter Mirifica, sobre as comunicações sociais, e dos documentos que o detalham".

    (Trad.ZENIT)

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    Informe Especial


    Participemos do Angelus dia 29 de junho para expressar gratidão ao Papa
    Apelo do cardeal vigário Agostino Vallini à Diocese de Roma

    ROMA, terça-feira, 26 de junho de 2012 (ZENIT.org) - Em uma carta dirigida aos párocos, sacerdotes, responsáveis por grupos leigos e todos os fiéis da diocese de Roma, o cardeal Vallini enfatizou que "a Solenidade dos Santos Pedro e Paulo , patronos da Cidade de Roma, convida-nos a lembrar as origens da nossa igreja e agradecer a Deus pelo ministério do Papa, o Sucessor do apóstolo Pedro e Bispo de nossa cidade”.

    "Nos últimos anos - continua o cardeal - o Santo Padre Bento XVI com cuidado paternal tem acompanhado a vida e a missão da nossa comunidade eclesial. As visitas às paróquias, aos lugares onde os homens sofrem e onde a caridade é testemunhada, os encontros anuais.em São Joãopara a abertura do Congresso Diocesano, como em 11 de junho, reforçam a ligação entre os habitantes de Roma e o seu Bispo”.

    "Roma ama profundamente o Papa – afirma Vallini - e foi graças à Providência que desejou que o Sucessor de Pedro tivesse aqui a sua própria Cátedra. Para expressar ao Papa Bento nossa filial e profunda gratidão pelo Seu ministério à nossa Igreja e. àquela universal, convido a todos a participarem no dia 29 de junho às 12h00min ao Angelus na Praça de São Pedro”.

     O Cardeal convida as paróquias, associações e movimentos a prepararem banners e faixas expressando seu afeto e seu "obrigado" ao Papa Bento XVI. Párocos e sacerdotes que seguem as diferentes realidades eclesiais são chamados a promover e incentivar a participação “neste momento de oração e de comunhão eclesial”.

    (Trad.MEM)

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    Entrevistas


    O maior direito de todos: a própria vida
    Marcha pela Vida no Brasil

    Por Maria Emília Marega

    ROMA, segunda-feira, 25 de junho de 2012(ZENIT.org) – Porque uma Marcha pela vida no Brasil?  Quem está organizando?

    Para responder a estas e outras perguntas ZENIT conversou novamente (leia primeira entrevista clicando aqui) com a Dra Lenise Garcia, professora do Instituto de Biologia da UnB, integrante da Comissão de Bioética da Arquidiocese de Brasília e da CNBB e presidente do Movimento Brasil sem Aborto.

    ZENIT:Porque uma Marcha pela vida no Brasil?

    Dra Lenise:Porque são muitas as ameaças concretas de implementação do aborto em nosso país, às quais precisamos reagir. E porque a população do Brasil é a favor da vida, mas nem sempre se mobiliza para manifestar isso, e é importante que as autoridades percebam os desejos e convicções do povo brasileiro.

    ZENIT:Quais são os objetivos que vocês pretendem alcançar?

    Dra Lenise: Acelerar a tramitação e chegar à aprovação do projeto de lei 478/2007, chamado Estatuto do Nascituro, que explicita os direitos da criança ainda não nascida. Além disso, colocar a nossa opinião contra outros projetos em tramitação ou que vão começar a tramitar e que vão contra a sua dignidade.

    ZENIT:Quais são as ameaças para as mulheres e quais os projetos legislativos que mais preocupam?

    Dra Lenise: Está sendo proposta uma reforma do Código Penal brasileiro. Para isso, uma comissão de juristas está concluindo uma pré-proposta que será apresentada ao Senado, e que traz mudanças significativas que liberam o aborto em diversas condições, e também a eutanásia. Por exemplo, autoriza o aborto até à 12ª semana caso o médico considere que a mulher não tem condições psicológicas de ser mãe.

    Além disso, o Ministério da Saúde está financiando estudos de uma política de “redução de danos” que passaria pelo aconselhamento à mulher, que a oriente sobre os melhores modos de abortar na ilegalidade. Como pode o Estado ser cúmplice de um crime? Para justificar a iniciativa, inflam-se os números de mortes maternas ligadas ao aborto clandestino, quando os próprios dados oficiais indicam que não passam de 100 por ano, e estão em declínio.

    ZENIT:Quem está organizando a Marcha?

    Dra Lenise: O Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem Aborto, que é um movimento suprapartidário e supra-religioso, que reúne as diversas entidades e iniciativas que lutam em favor da vida no Brasil. Esta já é a 5ª Marcha em Brasília, e tem havido também manifestaçõesem vários Estados, nos últimos anos.

    ZENIT:Quem irá participar? Outras associações, grupos...

    Dra Lenise:Como o Movimento Brasil sem Aborto não é propriamente uma associação ou entidade, podemos considerar que todos os participantes estão sob o mesmo guarda-chuva. De qualquer modo, temos representatividade das principais organizações religiosas, como a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Federação Espírita Brasileira (FEB), Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (FENASP), Legião da Boa Vontade (LBV) e também de entidades civis, como a Rede Brasileira do Terceiro Setor (REBRATES).

    ZENIT:Quantas pessoas vocês esperam?

    Dra Lenise: Acho difícil fazer previsões, mas em manifestações anteriores temos tido entre 10 e 20 mil pessoas.

    ZENIT:Vocês estão em contato e contam com o apoio ou a participação de representantes dos movimentos europeus e de outros lugares do mundo?

    Dra Lenise: Temos contato com vários movimentos internacionais, mas não propriamente uma participação deles. Trocamos informações pela internet, e já tivemos importantes contribuições técnicas, por exemplo nos debates sobre o uso de células-tronco embrionárias e sobre o aborto do anencéfalo, no Supremo Tribunal Federal.  Estamos prevendo intensificar essas interações.

    ZENIT:De que maneira os outros movimentos Pela Vida podem colaborar com o ‘Direito’, a ‘Justiça’ de vocês?

    Dra Lenise:Penso que podemos ter estudos conjuntos, e também aprender uns com a experiência dos outros. Compreender melhor, de forma conjunta, as implicações da política internacional e as pressões que sofremos de fora.

    ZENIT:A Rio +20 altera alguma coisa no cenário mundial em favor da vida?

    Dra Lenise: Há muito tempo os movimentos pró-vida denunciam a pressão internacional para que o aborto seja aprovado no Brasil e em outros países, contra as convicções de suas populações. Essa pressão ficou evidente durante a Conferência Rio+20. Ela não se reduz ao debate de idéias, mas se expressa no grande financiamento de entidades estrangeiras a grupos que defendem a legalização do aborto. Esses grupos dizem falar em nome das mulheres, mas o fato é que a mulher brasileira valoriza a vida desde o seu início, ama a maternidade, e não vê contradição entre defender os seus direitos e os dos seus filhos.

    Felizmente o termo “direitos reprodutivos”, eufemismo para significar o aborto, ficou fora do documento final. Se o grande objetivo do desenvolvimento sustentado é preservar o direito das gerações futuras, como incluir a possibilidade de tirar-lhes o maior dos direitos, a própria vida?

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    Espiritualidade


    Padres Casados?
    30 questões provocadoras sobre o celibato

    Por Thácio Siqueira

    BRASILIA, segunda-feira, 25 de junho de 2012 (ZENIT.org) - “Padres casados?”, é o nome do livro organizado por Arturo Cattaneo e publicado pelas Edições CNBB nesse ano de 2012. 

    "Com este livro queremos tornar compreensível ao grande público as razões pelas quais o celibato sacerdotal interessa tanto à Igreja", diz Arturo Cattaneo, que para facilitar a leitura fez com que as questões fossem voluntariamente sintéticas, trazendo ao final do volume uma bibliografia que permite um posterior aprofundamento.

    A obra procura responder a várias perguntas que hoje em dia são comuns até mesmo entre católicos, como  “Porque os padres não se casam? Como o celibato está assim tão presente no coração da Igreja, se Jesus não o havia pedido nem mesmo aos apóstolos? Não pode esta obrigação causar desvio da sexualidade, da vida afetiva e, até mesmo, casos de pedofilia?”.

    O prefácio, escrito pelo Cardeal Mauro Piacenza, Prefeito da Congregação para o Clero, afirma que “o celibato eclesiástico, apostolica vivendi forma, é enumerado exatamente entre os bens maiores e mais fortemente portadores de verdade, um dos dons maiores que o Senhor deixou e que continuamente confirma à sua Igreja”.

    Dom Mauro diz também que a reforma sem dúvida é necessária, mas, deve ser feita “em sentido autenticamente católico. Uma reforma autêntica “não deve olhar unicamente os aspectos psicoafetivos da vida do sacerdote, mas requer ter coragem de partir das raízes: uma correta cristologia, uma sã eclesiologia, uma forte espiritualidade, sobretudo, uma correta teologia sacramental e um profundo senso do sagrado, capazes de plasmar toda a vida sacerdotal, em torno daquele imprescindível centro que é a Celebração Eucarística”.  

    Não é o momento histórico de crise e dificuldade, momento de escândalo, que faz com que a Igreja abaixe o seu “nível moral e espiritual, ao contrário, o manteve alto e até exaltado, sobretudo no delicadíssimo dever de escolher, educar e instituir os próprios ministros”, continua o cardeal, concluindo o seu prefácio com as seguintes palavras:

    “Só posso desejar que este livro encontre a mais ampla difusão, contribuindo para tornar o celibato sacerdotal sempre mais apreciado como dom precioso do Espírito de Cristo à sua Igreja e acolhido por jovens, que como São Paulo e tantos santos, se deixaram “conquistar por Cristo” (Fl 3, 12).

    Arturo Cattaneo, nasceu em Lugano (Suiça), é sacerdote, Doutor em Direito Canônico e em Teologia e autor de diversas publicações no âmbito canônico, eclesiológico e da pastoral familiar.

    Para adquirir a obra: vendas@edicoescnbb.com.br ou pelo site: www.edicoescnbb.com.br

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    Tu és Pedro
    Reflexões espirituais de Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo de Belém do Pará

    BELEM, terça-feira, 26 de junho de 2012 (ZENIT.org) - Há dois anos, poucos meses depois de ter assumido a Arquidiocese de Belém, apresentei-me ao Papa Bento XVI, de quem recebi o Pálio, sinal de comunhão profunda com o seu ministério apostólico, para o exercício do episcopado à frente desta Igreja e para ser sinal de unidade na Província Eclesiástica de Belém, que compreende as circunscrições eclesiásticas dos Estados do Pará e Amapá. Naquela ocasião, junto com os outros Arcebispos nomeados no ano precedente, proferi o juramento de fidelidade estrita ao ministério petrino que se realiza pela presença, ação e testemunho do Santo Padre. De lá para cá, foram muito maiores as alegrias do que as eventuais tristezas. Os frutos do serviço pastoral dos presbíteros, diáconos, religiosos, religiosas, pessoas consagradas a Deus e de todo o Povo de Deus, têm sido abundantes, na formação de comunidades vivas de Igreja e na desafiadora tarefa de levar o Evangelho aos que estão ou se sentem mais distantes, os preferidos de Deus.

    A Solenidade de São Pedro e São Paulo oferece-nos a oportunidade para reconhecer publicamente o ministério exercido por Bento XVI, à frente da Igreja de Roma, “que preside a caridade” (Santo Inácio de Antioquia). Trata-se de um Pontífice privilegiado pelos dons de inteligência e sabedoria com que foi prodigalizado por Deus. Tanto os fiéis católicos como pessoas de outras confissões cristãs ou de outras religiões, e ainda homens e mulheres de convicções diferentes, inclusive ateus, reconhecem nele um sinal precioso para a Igreja e o mundo. Temos o direito de experimentar a santa vaidade de ter um Papa para o nosso tempo, decidido, corajoso e forte, objetivo em seus ensinamentos, que confirma os irmãos na fé. 

    Continua verdadeira a promessa de Jesus a Simão Pedro: “Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la” (Mt 16,18). A certeza da assistência do Espírito Santo ao Papa não o faz um super-homem, mas põe sua humanidade a serviço de Deus e de sua Igreja. O ministério que exerce pede força e ternura, aliadas para fazer o bem e orientar, com a verdade do Evangelho, o caminho da barca que lhe foi confiada pelos mares agitados.

    Há poucos dias, realizou-se em Milão, na Itália, o VIII Encontro Mundial das Famílias com o Papa. Num profundo diálogo com famílias de várias partes do mundo, respondeu a perguntas muito provocantes. Uma delas foi feita por um casal brasileiro, Maria Marta e Manoel Ângelo, que tocaram num assunto delicado e importante, com uma resposta forte e cheia de ternura.  “Santidade, em nosso Brasil, como, aliás, no resto do mundo, continuam a aumentar os fracassos no matrimônio. Encontramos muitas famílias, notando nos conflitos de casal uma dificuldade mais acentuada de perdoar e de aceitar o perdão, mas em vários casos constatamos o desejo e a vontade de construir uma nova união, algo duradouro, mesmo para os filhos que nascem da nova união. Alguns destes casais recasados teriam vontade de aproximar-se da Igreja, mas, quando lhes são negados os Sacramentos, sua decepção é grande. Sentem-se excluídos, marcados por um juízo sem apelo. Estas grandes penas magoam profundamente aqueles que nelas estão envolvidos; são feridas também nossas e da humanidade inteira. Santo Padre, nós sabemos que a Igreja leva no seu coração estas situações e estas pessoas. Que palavras e sinais de esperança  podemos dar-lhes?”

    As palavras do Papa podem chegar a muitos corações e manifestam o exercício de seu ministério: “Queridos amigos, obrigado pelo seu trabalho a favor das famílias, sem dúvida muito necessário. Obrigado por tudo o que fazem para ajudar estas pessoas que sofrem. Na verdade, este problema dos divorciados recasados ​​é um dos grandes sofrimentos da Igreja atual. E não temos receitas simples. O sofrimento é grande, podendo apenas animar as paróquias e as pessoas a ajudá-los a suportarem o sofrimento do divórcio. Digo que é muito importante, naturalmente, a prevenção, isto é, aprofundar desde o início o namoro e o noivado numa decisão profunda e amadurecida. Além disso, o acompanhamento durante o matrimônio, de modo que as famílias nunca se sintam sozinhas, mas sejam realmente acompanhadas no seu caminho. Depois, quanto a estas pessoas, devemos dizer que a Igreja as ama, mas elas devem ver e sentir este amor. Considero grande tarefa duma paróquia, duma comunidade católica, fazer todo o possível para que elas sintam que são amadas, acolhidas, que não estão “fora”, apesar de não poderem receber a absolvição nem a Comunhão: devem ver que mesmo assim vivem plenamente na Igreja. Mesmo se não é possível a absolvição na Confissão, não deixa de ser importante um contato permanente com o sacerdote, com um diretor espiritual, para que possam ver que são acompanhadas e guiadas. Além disso, é muito importante também que sintam que a Eucaristia é verdadeira e participam nela se realmente entram em comunhão com o Corpo de Cristo. Mesmo sem a recepção “corporal” do Sacramento, podemos estar, espiritualmente, unidos a Cristo no seu Corpo. É importante fazer compreender isto. Oxalá encontrem a possibilidade real de viver uma vida de fé, com a Palavra de Deus, com a comunhão da Igreja, e possam ver que o seu sofrimento é um dom para a Igreja, porque deste modo estão ao serviço de todos mesmo para defender a estabilidade do amor, do Matrimônio; e que este sofrimento não é só um tormento físico e psíquico, mas também um sofrer na comunidade da Igreja pelos grandes valores da nossa fé. Penso que o seu sofrimento, se é realmente aceito interiormente, torna-se um dom para a Igreja. Devem saber que precisamente assim servem a Igreja, estão no coração da Igreja. Obrigado pelo compromisso de vocês”. Dentre tantas outras manifestações da misericórdia e da verdade, esta palavra segura do Papa alcance tantos casais que clamam por uma resposta da Igreja e querem estar fundados na rocha que é Pedro.

    Nesta luz podemos pedir a Deus, que nos concede a alegria de festejar São Pedro e São Paulo, que a Igreja siga em tudo os ensinamentos dos apóstolos que nos deram as primícias da fé.

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    São Pedro e São Paulo
    Reflexões de Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro

    RIO DE JANEIRO, sexta-feira, 29 de junho de 2012 (ZENIT.org) - Por ocasião da festividade de São Pedro e São Paulo o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, enviou à ZENIT a sua reflexão espiritual-pastoral para essa festa.

    Publicamos o texto na sua íntegra:

    ***

    O dia 29 de junho é marcado por uma solenidade muito especial na vida da Igreja, que recorda os dois pilares da fé cristã que, com afinco e dignidade, trabalharam para que nossa fé crescesse e se consolidasse. A Solenidade de São Pedro e de São Paulo por razões pastorais, no Brasil, é transferida para o domingo seguinte. Estes apóstolos foram homens de pregação e de testemunho eloquentes, que ensinaram para toda a Igreja um ardor sempre crescente pelas coisas de Deus. A fé de Pedro e o ardor missionário de Paulo são motivos de bendição a Deus, que opera maravilhas na vida de seus santos em favor de todo o gênero humano. Ambos, por causa do Evangelho, ofereceram livremente suas vidas e foram martirizadosem Roma. Pedropor crucifixão e Paulo por decapitação.

    Pedro recebeu a missão especial de conduzir o rebanho de Cristo, a Igreja. Paulo anuncia a Boa-Nova e proclama às nações a Palavra, manifestando-lhes o Evangelho da Salvação. O anúncio e o pastoreio, em comunhão com os mais profundos ensinamentos de Jesus, fazem da Igreja um sustentáculo vivo de edificação de vidas comprometidas com o Reino de Deus aqui na Terra. A Igreja, como guardiã do "depósito da fé", vê em Pedro e em Paulo anunciadores ímpares e fundamentais para o crescimento da Palavra de Deus no mundo inteiro. Por esse motivo celebramos, neste dia, o Dia do Papa. O Papa é o sucessor do Apóstolo Pedro e tem a missão de conduzir a Igreja na Verdade, que é Cristo, firmada e alicerçada sempre mais na Palavra de Deus e no Testemunho dos apóstolos.

    Portanto, é um dia especial de oração pelo Santo Padre, o Papa Bento XVI, pedindo que Deus o conserve e o ilumine com todas as luzes para bem servir à Igreja e ser sinal para o mundo. Os sofrimentos vividos com serenidade e paz pelo Papa Bento XVI são sinais da fortaleza do Espírito Santo em sua vida. A Igreja recolhe hoje em todas as missas o “óbolo de São Pedro”, como presente ao Santo Padre, que ele utiliza para as obras caritativas pelo mundo.

     Pedro e Paulo são considerados "colunas mestras" da Igreja primitiva. Eles são responsáveis, sem dúvida, pelo desenvolvimento da Igreja tal qual aconteceu. Suas personalidades diferentes, mas colocadas a serviço da evangelização, celebradas no mesmo dia, são expressão da natureza da Igreja – comunhão na diversidade. Diversidade de carismas e ministérios e um único Senhor e mestre: Jesus Cristo. Com tudo e com todos, como diria São Paulo, tornar Cristo sempre mais conhecido e amado, seguido e testemunhado.

    Olhando para este contexto de comunhão na diversidade, é notável o testemunho de assistência do Espírito Santo à sua Igreja. Em cada época e situação ele suscita na Igreja um Pontífice, chamado a dar ênfase numa determinada questão de época enfrentada pela Igreja. Cada qual dá seu testemunho e sua colaboração segundo as inspirações do próprio Deus para nós.

    Esta solenidade nos ajuda a rezar por toda a Igreja e perceber a presença contínua do Senhor junto dela, ajudando-a a enfrentar as adversidades e as ondas gigantes que se lançaram no passado, e ainda hoje, sobre a barca de Pedro, conduzida agora por Bento XVI. A Igreja está edificada sobre a pedra angular, que é Cristo, e por isso mesmo nunca estará só.

    Os apóstolos Pedro e Paulo são modelos de discípulos de Jesus, missionários do Mestre, seguidores do Cristo. A pregação de Pedro, constante e convincente, mostra que Jesus constituiu a sua comunidade a partir de pessoas fracas e simples, pequeninas, revelando que Deus se utiliza dos fracos para confundir os fortes, e assim vai se realizando a história da salvação.   

    Olhando para o exemplo de Pedro e Paulo, rezemos por toda ação missionária da Igreja em nossos tempos, com seus muitos e complexos desafios para a evangelização. Que assim como Pedro e Paulo encontraram caminhos e posturas coerentes para superarem as situações próprias de seu tempo, Bento XVI também os encontre e possa, assim, continuar conduzindo a Igreja de Cristo pelos mares da Contemporaneidade. Que a Igreja leve Cristo a todos e em todas as situações.

    Rezemos juntos pelo Santo Padre o Papa: "Ó Deus, que na vossa providência quisestes edificar a vossa Igreja sobre São Pedro, chefe dos apóstolos, fazei que o nosso papa Bento XVI, que constituístes sucessor do apóstolo Pedro, seja para o vosso povo o princípio e o fundamento visível da unidade da fé e da comunhão na caridade. Concedei ao que faz às vezes do Cristo na Terra confirmar na fé seus irmãos para que toda a Igreja se mantenha em comunhão com ele no vínculo da unidade, do amor e da paz até que, em vós, pastor das almas, cheguemos todos à verdade e à vida eterna". Amém!

    Que São Pedro e São Paulo continuem assistindo, com a sua graça e exemplo, ao Papa e ao Colégio Universal dos Bispos para testemunhar Cristo Bom Pastor, que guia a Igreja pelo mundo!

    † Orani João Tempesta, O. Cist.

    Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

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    Angelus


    O que devemos pedir com insistência é uma fé sempre mais sólida
    Palavras de Bento XVI ao começar a oração do Ângelus

    ROMA, domingo, 1 de julho de 2012 (ZENIT.org) - Publicamos a seguir as palavras do Santo Padre Bento XVI dirigidas hoje aos fiéis peregrinos reunidos na Praça de São Pedro antes da oração do Ângelus.

    ***

    Queridos irmãos e irmãs,

    Neste domingo, o evangelista Marcos nos apresenta a narração de duas curas milagrosas que Jesus realiza em favor de duas mulheres: a filha de um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo, e uma mulher que sofria de hemorragia (cf. Mc 5 0,21-43). São dois episódios que têm dois níveis de interpretação; o puramente físico: Jesus se inclina sobre o sofrimento humano e cura o corpo; e aquele espiritual: Jesus veio para curar o coração do homem, para dar a salvação e pede a fé Nele.

    No primeiro episódio, de fato, com a notícia de que a filha de Jairo morreu, Jesus diz ao chefe da Sinagoga: "Não temas, somente tenha fé! (v. 36), vão juntos para onde estava a criança e exclama: "Menina, eu te digo: Levanta-te!" (v. 41). E ela se levantou e começou a andar. São Jerônimo comenta estas palavras, enfatizando o poder salvador de Jesus: "Menina, levanta-te por mim: não por mérito teu, mas pela minha graça. Levanta-te portanto por mim: o fato de ser curada não depende das tuas forças” (Homilias sobre o Evangelho de Marcos, 3). O segundo episódio, o da mulher que sofria de hemorragias, re-enfatiza como Jesus veio para libertar o ser humano em sua totalidade. De fato, o milagre acontece em duas fases: primeiro acontece a cura física, mas esta está intimamente ligada à cura mais profunda, aquela que doa a graça de Deus a quem se abre à Ele com fé. Jesus diz à mulher: "Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e seja curada da tua doença" (Mc 5,34).

    Essas duas histórias de cura são para nós um convite para vencermos uma visão puramente horizontal e materialista da vida. Pedimos para Deus muitas curas dos problemas, das necessidades concretas, e está bem, mas o que devemos pedir com insistência é uma fé sempre mais sólida, para que o Senhor renove a nossa vida, e uma firme confiança no seu amor, na sua providência que não nos abandona.

    Jesus, que está atento ao sofrimento humano nos faz pensar também em todos aqueles que ajudam os doentes a levarem as suas cruzes, especialmente os médicos, os profissionais da saúde e todos aqueles que prestam assistência pastoral nas caras de cura. Eles são "reservas de amor", que transmitem serenidade e esperança aos que sofrem. Na Encíclica Deus Caritas Est, observei que, neste precioso serviço, é necessário antes de mais nada a competência profissional -  é um requisito primário, fundamental – mas sozinha não é suficiente. Trata-se, de fato, de seres humanos, que têm necessidade de humanidade e de atenção do coração. “Por isso, além da preparação profissional, tais profissionais precisam também, e acima de tudo, da “formação do coração”: é necessário levá-los àquele encontro com Deus em Cristo que suscite neles o amor e abra o seu coração ao outro” (n. 31).

    Pedimos à Virgem Maria para acompanhar o nosso caminho de fé e o nosso compromisso de amor concreto especialmente para aqueles que estão precisando, enquanto invocamos a sua materna intercessão pelos nossos irmãos que vivem um sofrimento no corpo e no espírito.

    (Tradução Thácio Siqueira)

    Depois do Ângelus o Santo Padre dirigiu essas palavras em português:

    Saúdo cordialmente os fiéis brasileiros de Umuarama e Paranavaí e demais peregrinos de língua portuguesa, sobre cujos passos e compromissos cristãos imploro, pela intercessão da Virgem Mãe, as maiores bênçãos divinas. Deixai Cristo tomar posse da vossa vida, para serdes cada vez mais vida e presença de Cristo! Ide com Deus.

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    "A Santíssima Virgem conduza a todos os fiéis à meta da plena unidade!
    Palavras de Bento XVI ao começar a oração do Ângelus

    CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 29 de junho de 2011 (ZENIT.org) – No final da santa missa da solenidade dos santos apóstolos Pedro e Paulo, concelebrada na Basílica Vaticana com os 43 arcebispos metropolitanos que receberam o pálio, na qual participou uma delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, o Papa apareceu na janela do seu escritório no Palácio Apostólico vaticano e dirigiu a oração do Ângelus com os fiéis e peregrinos reunidos na praça de São Pedro. Oferecemos a seguir uma tradução nossa das palavras do Papa hoje.

    ***

    Queridos irmãos e irmãs:

    Celebramos com alegria a solenidade litúrgica dos Santos Pedro e Paulo, uma festa que acompanha a história bimilenária do Povo cristão. Eles são chamados colunas da Igreja nascente. Testemunhas ilustres da fé, dilataram o Reino de Deus com os seus vários dons, e seguindo o exemplo do divino mestre, selaram com sangue a sua pregação evangélica. Seu martírio é sinal de unidade da Igreja, como diz Santo Agostinho:.. "Um único dia é dedicado à celebração dos dois apóstolos. Mas também eles eram considerados uma só coisa. Ainda que martirizados em dias diferentes, eram uma só coisa. Pedro antecipou, Paulo seguiu”  (Sermão 295, 8: PL 38, 1352).

    Do sacrifício de Pedro são um sinal eloquente a Basílica Vaticana e esta Praça, tão importantes para o cristianismo. Também do martírio de Paulo ficam marcas significativas em nossa cidade, especialmente na Basílica dedicada a ele na Via Ostiense. Roma tem escrito na sua história os sinais da vida e da morte gloriosa do humilde pescador da Galiléia e do Apóstolo dos Gentios, que justamente elegeu como protetores. Fazendo menção ao seu luminoso testemunho lembramos o início da Igreja que em Roma crê, ora e anuncia a Cristo Redentor. Mas os santos Pedro e Paulo brilham não somente no céu de Roma, mas no coração de todos os crentes que, iluminados pelo seu ensinamento e seu exemplo, em todo o mundo caminham pelo caminho da fé, da esperança e da caridade.

    Neste caminho de salvação, a comunidade cristã, sustentada pela presença do Espírito do Deus vivo, sente-se animada a continuar forte e serena no caminho da fidelidade a Cristo e à proclamação do seu Evangelho aos homens de todos os tempos. Neste fecundo itinerário espiritual e missionário encontra-se também a entrega do pálio aos arcebispos metropolitanos, que realizei nesta manhã na Basília. Um rito sempre eloquente, que destaca a íntima comunhão dos pastores com o sucessor de Pedro e o profundo vínculo que nos liga à tradição apostólica. É um tesouro duplo de santidade, no qual se fundem a unidade e a catolicidade da Igreja: um tesouro valioso que deve ser redescoberto e vivido com renovado entusiasmo e compromisso inabalável.

    Queridos peregrinos, vindos de todas as partes do mundo! Neste dia de festa, oramos com as expressões da Liturgia oriental: “Louvados sejam Pedro e Paulo, estas duas grandes luminárias da Igreja; eles brilham no céu da fé”. Neste clima, desejo dirigir um pensamento especial à Delegação do Patriarcado de Constantinopla que, como a cada ano, veio participar nas nossas tradicionais celebrações. A Virgem Santa conduza todos os crentes em Cristo à meta da plena unidade!

    Mais tarde, o papa dirigiu-se aos diversos grupos linguísticos. Aos peregrinos de língua portuguesa disse: "Uma saudação especial para os Arcebispos do Brasil e da Angola que acabaram de receber o pálio, e também para os familiares e amigos que os acompanham: À Virgem Maria confio vossas vidas, famílias e dioceses, para todos implorando o dom do amor e da unidade sobre a rocha de Pedro".

    (Trad. TS)

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    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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