CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA
(01) – PROÉMIO-Introdução do Concílio !
(01) - O Sagrado Concílio, ouvindo religiosamente a Palavra de Deus proclamando-a com confiança, faz suas as palavras de S. João :
-"Porque a vida manifestou-se, nós vímo-la, damos testemunho dela e vos anunciamos esta vida eterna que estava no Pai e que nos foi manifestada o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos para que também vós tenhais comunhão connosco".(1 Jo.1,2-3).
Por isso, segundo os Concílios Tridentino e Vaticano I, entende propor a genuina doutrina sobre a Revelação, para que o mundo inteiro, ouvindo acredite na mensagem de salvação, acreditando espere, e esperando ame.
A REVELAÇÃO EM SI MESMA-Natureza e objectivo da Reveleção
(02) - Aprouve a Deus, na sua bondade e sabedoria, revelar-se a Si mesmo e dar a conhecer o mistério da sua vontade, segundo o qual os homens, por meio de Cristo, Verbo encarnado, têm acesso ao Pai, no Espírito Santo e se tornam participantes da natureza divina :
-"Portanto, é por Ele que ambos temos acesso junto ao Pai, num mesmo Espírito".(Ef.2,18).
Em virtude desta revelação, Deus invisível, na riqueza do seu amor fala aos homens como amigos e convive com eles, para os convidar e admitir à comunhão com Ele.
Esta "economia" da Revelação realiza-se por meio de acções e palavras intimamente relacionados entre si, de tal maneira que as obras, realizadas por Deus na história da salvação, manifestam e confirmam a doutrina e as realidades significadas pelas palavras; e as palavras, por sua vez, declaram as obras e esclarecem o mistério nelas contido.
Porém, a verdade profundo tanto a respeito de Deus como a respeito da salvação dos homens, manifesta-se-nos, por esta revelação, em Cristo, que é, simultaneamente, o mediador e a plenitude de toda a Revelação.
PREPARAÇÃO DA REVELAÇÃO EVANGÉLICA
(03)-Deus, criando e conservando todas as coisas pelo Verbo oferece aos homens um testemunho perene de Si mesmo na criação :
-"Porquanto, o que de Deus se pode conhecer é para eles manifesto, pois Deus lho manifestou desde a criação do mundo. As suas perfeições invisíveis, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, tornam-se visíveis, quando as Suas obras são consideradas pela inteligência, de modo que não se podem desculpar".(Rom.2,19-20).
E, além disso, decidindo abrir caminho da salvação sobrenatural, manifestou-se a Si mesmo, desde o princípio, aos nossos primeiros pais.
Depois da sua queda, com a promessa de redenção, deu-lhes a esperança da salvação:
``` -"Farei reinar a inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela.
Esta esmagar-te-á a cabeça ao tentares mordê-la no calcanhar".(Gn.3,15).
````` E cuidou continuamente do género humano, para dar a vida eterna a todos aqueles que, perseverando na prática das boas obras, preocuram a salvação :
-"Àqueles que, com perseverança no bem procuram a glória, a honra e a incorrupção, dar-lhes-á a vida eterna".(Rom.2,7).
No devido tempo chamou Abraão, para fazer dele pai dum grande povo :
-"Farei de ti um grande povo, abençoar-te-ei, engrandecerei o teu nome, e serás um fonte de bênçãos".(Gn.12,2).
Povo que, depois dos patriarcas, ele instituiu, por meio de Moisés e dos profetas, para que o reconhecessem como único Deus vivo e verdadeiro, pai omnipotente e juiz justo, e para que esperassem o Salvador prometida; assim preparou Deus através dos tempos o caminho ao Evangelho.
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Para comemorar o 50o aniversário do Vaticano II, o Papa Bento XVI declarou – de 11 de Outubro de 2012 a 24 de Novembro de 2013 - o "Ano da Fé".
Na sua Carta Apostólica a anunciar este ano especial, o Santo Padre convida-nos a simultaneamente aprofundar-mos a nossa fé e a proclamar-mos a fé que o mundo espera como uma Boa-Nova para o nosso tempo.
Como a nossa fé assenta na Revelação de Deus à humanidade, nós vamos também tentar celebrar o Ano da Fé, apresentando a Constituição Dogmática do Vaticano II A REVELAÇÃO DIVINA (Dei Verbum).
Nascimento
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