Banner

Jesus Início

Início


Visitas



addthis

Addrhis

Canal de Videos



    •  


    • http://deiustitia-etfides.blogspot.com.br/


    • -


    Rio de Janeiro

    Santa Sé






    domingo, 7 de abril de 2013

    [ZP130407] O mundo visto de Roma

















    Augusto d… · Correspondências · Enviar ·
    Publicidade:



    Augusto de Piabetá: [ZP130407] O mundo visto de Roma




    Campanha anual de doações
    Dezenas de milhares de missionários de todo o mundo contam com as notícias de ZENIT como fonte direta e primeira de informação sobre a mensagem

    do Papa, a vida da Igreja e os acontecimentos mundiais de interesse para os cristãos, para sua missão e seu trabalho pastoral.
    Como já sabe, ZENIT vive graças aos donativos de seus leitores.
    Ajude-nos nesta campanha - Envie sua doação hoje mesmo!
    Para enviar sua doação:http://www.zenit.org/portuguese/doacao.html
    Muito obrigado!
    ZENIT
    O mundo visto de Roma
    Serviço semanal - 07 de Abril de 2013

    PAPA FRANCISCO
    A paz não é uma saudação, e nem um simples desejo: é um dom de Cristo
    Durante o Regina Caeli, o Papa Francisco convida a não ter medo de ser cristãos
    Abusos sexuais: Papa Francisco pede para agir com decisão
    Tema foi tratado durante um encontro entre o Santo Padre e o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Monsenhor Müller
    Não são os magos que nos salvam, nem os tarôs ou nós mesmos, somente Jesus salva
    Homilia do Papa Francisco na missa presidida nesta manhã em Santa Marta
    Não devemos ter medo de amá-lo
    Tweet do Papa Francisco enviado hoje
    "Não devemos ter medo de amar a Deus"
    Décimo 'tweet' do Papa Francisco
    Pêsames do Papa pelas vítimas das inundações na Argentina
    O Santo Padre exorta a mobilização para os esforços de ajuda após a inundação, que causou pelo menos 54 mortes
    Lamentar faz mal ao coração
    Papa Francisco celebrou missa, hoje pela manhã, para funcionários da Domus Sacerdotalis Romana
    Deus não escolhe de acordo com os critérios humanos
    Catequese do Papa Francisco
    O Papa visita o túmulo do Papa João Paulo II
    O Santo Padre Francisco rezou por muito tempo diante do túmulo do beato que hoje celebramos o 8º aniversário da morte.
    "Às vezes, o óculos para ver a Jesus são as lágrimas"
    Durante a missa celebrada em Santa Marta para os agentes da Gendarmaria vaticana, papa Francisco reflete sobre a dor de Maria Madalena na crucificação de Jesus
    SANTA SÉ
    Celebrações presididas pelo Papa Francisco em abril e maio
    Santo Padre presidirá a Vigília de Pentecostes com os movimentos eclesiais
    PREGAÇÃO SAGRADA
    Pregação ou discurso persuasivo
    Como melhorar a pregação sagrada: coluna do Pe. Antonio Rivero, L.C., professor de Teologia e Oratória no seminário Mater Ecclesiae de São Paulo
    Pregação ou palestra explicativa
    Como melhorar a pregação sagrada: coluna do Pe. Antonio Rivero, L.C., professor de Teologia e Oratória no seminário Mater Ecclesiae de São Paulo
    IGREJA E RELIGIÃO
    Missão Ano da fé
    Caminho Neocatecumenal sairá às ruas e praças do Brasil para evangelizar
    PEQUENINOS DO SENHOR
    Jesus fez o essencial com um copo de vinho e um pedaço de pão
    Coluna de orientação catequética aos cuidados de Rachel Lemos Abdalla
    OBSERVATÓRIO JURÍDICO
    As principais causas de nulidade de um casamento
    Se o casamento for inválido, a autoridade eclesiástica, vale dizer, a justiça canônica poderá declarar a nulidade
    FAMILIA E VIDA
    O aborto e a ameaça à soberania nacional (Parte V)
    Análise do professor Ivanaldo Santos, autor do livro "Aborto: discursos filosóficos"
    O aborto e a ameaça à soberania nacional (Parte IV)
    Análise do professor Ivanaldo Santos, autor do livro "Aborto: discursos filosóficos"
    O aborto e a ameaça à soberania nacional (Parte III)
    Análise do professor Ivanaldo Santos, autor do livro "Aborto: discursos filosóficos"
    O aborto e a ameaça à soberania nacional (Parte II)
    Análise do professor Ivanaldo Santos, autor do livro "Aborto: discursos filosóficos"
    Foi um erro grave a postura tomada pelo Conselho Federal de Medicina
    Entrevista com especialista em bioética, Pe. Helio Luciano
    ESPÍRITO DA LITURGIA
    Após o ofertório quando a assembleia deve se levantar?
    Responde padre Edward McNamara, L.C, professor de teologia e diretor espiritual
    MUNDO
    51ª Assembleia da CNBB tem página no facebook
    Conteúdo será postado diariamente com vídeos das coletivas de imprensa, boletim em áudio, entre outros
    Homenagem do Santo Padre ao cardeal Phan Minh Mân
    Por duas vezes o Papa Francisco beijou o anel do único cardeal vietnamita do Conclave
    ENTREVISTAS
    O papa Francisco na Cátedra do bispo de Roma
    Monsenhor Brandolini, vigário capitular de São João de Latrão, explica o significado antigo do rito do assentamento romano
    ESPIRITUALIDADE
    O nono dos Dez Mandamentos da Lei de Deus
    Catequese do Pe. Reginaldo Manzotti
    ANÁLISE
    Mentira e verdade
    Da mentira do relativismo, temos de expor a verdade clarividente do evangelho de nosso Salvador
    AUDIÊNCIA DE QUARTA-FEIRA
    O coração da nossa esperança é a morte e a ressurreição de Jesus
    Catequese do Papa Francisco na segunda Audiência Geral do pontificado

    PAPA FRANCISCO
    A paz não é uma saudação, e nem um simples desejo: é um dom de Cristo
    Durante o Regina Caeli, o Papa Francisco convida a não ter medo de ser cristãos
    ROMA, 07 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Às 12 horas de hoje, o Papa Francisco apareceu na janela do escritório no Palácio Apostólico Vaticano para rezar o Regina Coeli com os fiéis e os peregrinos reunidos na Praça de São Pedro. Apresentamos aqui a tradução em português das palavras do Papa antes da oração mariana do tempo pascal.
    ***
    Queridos irmãos e irmãs!
    Neste domingo que conclui a oitava da Páscoa, renovo a todos os votos pascais com as mesmas palavras do Jesus Ressuscitado: "A paz esteja convosco" (Jo 20,19.21.26). Não é uma saudação, e nem sequer um simples voto: é um dom, mais ainda, um dom precioso que Cristo oferece aos seus discípulos depois de ter atravessado a morte e os infernos. Dá a paz como tinha prometido: "Deixo-vos a paz, minha paz vos dou. Não vo-la dou como o mundo a dá". (Jo 14, 27). Essa paz é o fruto da vitória do amor de Deus sobre o mal, é o fruto do perdão. E assim é: a verdadeira paz, aquela profunda, vem de fazer a experiência da misericóridia de Deus. Hoje é o Domingo da Divina Misericórdia por vontade do beato João Paulo II, que fechou os olhos a este mundo, justamente na vigília desta data.
    O Evangelho de João nos diz que Jesus apareceu duas vezes aos Apóstolos fechados no Cenáculo: a primeira, na tarde mesma da Ressurreição, e naquela vez não estava Tomé, que disse: se eu não vejo e não toco, não acredito. Na segunda vez, oito dias depois, também estava Tomé. E Jesus se dirigiu a ele, convidou-o a olhar as feridas, a tocá-lo; e Tomé exclamou: "Meu Senhor e meu Deus" (Jo 20, 28). Jesus então disse: "Porque viste, creste. Felizes os que não viram e creram!" (v. 29). E quem eram aqueles que acreditaram ser ver? Outros discípulos, outros homens e mulheres de Jerusalém que, apesar de não terem encontrado Jesus ressuscitado, creram no testemunho dos Apóstolos e das mulheres. Esta é uma palavra muito importante sobre a fé, podemos chamá-la de bem-aventurança da fé. E assim é: a verdadeira paz, aquela profunda, vem do fazer a experiência da misericórdia de Deus. Em cada tempo e em cada lugar são bem-aventurados aqueles que, por meio da Palavra de Deus, proclamada na Igreja e testemunhada pelos cristãos, creem que Jesus Cristo é o amor de Deus encarnado, a Misericórdia encarnada. E isso vale para todos nós!
    Jesus deu aos Apóstolos, juntamente com a sua paz, o Espírito Santo, para que pudessem difundir no mundo o perdão dos pecados, aquele perdão que somente Deus pode dar, e que custou o Sangue do Filho (cf. Jo 20, 21-23). A Igreja é enviada por Cristo ressuscitado para transmitir aos homens a remissão dos pecados, e assim fazer crescer o Reino do amor, semear a paz nos corações, para que se afirme também nas relações, nas sociedades, nas instituições. E o Espírito de Cristo Ressuscitado joga fora o medo dos corações dos Apóstolos e os empurra a sair do Cenáculo para levar o Evangelho. Também nós temos mais coragem para testemunhar a fé no Cristo Ressuscitado! Não devemos ter medo de ser cristãos e de viver como cristãos! Devemos ter a coragem de ir e anunciar a Cristo Ressuscitado porque Ele é a nossa paz. Ele fez a paz com seu amor, com o seu perdão, com o seu sangue e com a sua misericórdia.
    Caros amigos, hoje à tarde celebrarei a Eucaristia na Basílica de São João de Latrão, que é a Catedral do Bispo de Roma. Rezemos juntos à Virgem Maria, para que nos ajude, Bispos e Povo, a caminhar na fé e na caridade.
    [Depois do Regina Caeli]
    Saúdo cordialmente os peregrinos que participaram da Santa Missa presidida pelo Cardeal Vigário de Roma na igreja de Santo Spirito in Sassia, centro da devoção à Divina Misericórdia. Caros irmãos e irmãs, sejam mensageiros e testemunhas da misericórdia de Deus!
    Também estou feliz por cumprimentar os muitos membros dos Movimentos e Associações presentes nesse nosso momento de oração, especialmente as comunidades neocatecumenais de Roma, que começam a partir de hoje uma missão especial nas praças da Cidade. Convido a todos a levar a Boa Notícia, em cada ambiente de vida, "com doçura e respeito" (1 Pe 3:16)!
    Vão às praças e anunciem Jesus Cristo o nosso salvador!
    Tradução TS
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top
    Abusos sexuais: Papa Francisco pede para agir com decisão
    Tema foi tratado durante um encontro entre o Santo Padre e o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Monsenhor Müller
    CIDADE DO VATICANO, 05 de Abril de 2013 (Zenit.org) - O Papa Francisco recebeu hoje no Vaticano o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Gerhard Ludwig Müller , ao qual pediu que se siga a "linha" de ação delineada por Bento XVI para que a Congregação "aja com decisão no que diz respeito aos casos de abusos sexuais" – de acordo com nota divulgada hoje pelo Serviço de Informação do Vaticano.
    A linha sugerida por Francisco é aquela de promover "medidas de proteção dos menores" e ajudar "aqueles que no passado sofreram tais violências", dando seguimento aos "procedimentos devidos na relação com os culpados".
    O compromisso das conferências episcopais na formulação e implementação das diretivas necessárias num campo tão importante para o testemunho da Igreja e a sua credibilidade".
    O Santo Padre assegurou que "na sua atenção e na sua oração pelos que sofrem estão presentes de modo particular as vítimas de abusos", conclui a nota.
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top
    Não são os magos que nos salvam, nem os tarôs ou nós mesmos, somente Jesus salva
    Homilia do Papa Francisco na missa presidida nesta manhã em Santa Marta
    Por Sergio Mora
    CIDADE DO VATICANO, 05 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Somente o nome de Jesus salva. Destacou o Papa Francisco na homilia de hoje na missa cotidiana presidida na capela da Residência Santa Marta. Entre os presentes estavam alguns colaboradores da Cúria Romana e um grupo de trabalhadores da farmácia do Vaticano.
    Papa Francisco comentou as leituras desta sexta-feira da Oitava de Pascoa, recordou com São Pedro que somente em nome de Jesus seremos salvos.
    O evangelho recorda Pedro que negou Jesus, e que na prisão deu testemunho diante dos chefes judeus, explicando que graças a invocação do nome de Jesus um paralítico foi curado.
    Papa Francisco contou a história de um homem humilde da Cúria de Buenos Aires, que trabalha há 30 anos; pai de oito filhos, que sempre antes de sair, antes de fazer as coisas, sempre diz: 'Jesus!' E eu, uma vez, perguntei-lhe: 'Por que você sempre diz 'Jesus'?' Quando eu digo 'Jesus' – disse-me este homem humilde – me sinto forte, sinto poder trabalhar, e sei que Ele está a meu lado, que Ele me protege".
    "Este homem – continuou o Papa – não estudou Teologia, tem somente a graça do Batismo e a força do Espírito. E esse testemunho – afirmou o Papa Francisco – me fez um grande bem": porque nos recorda que "neste mundo que nos oferece tantos salvadores" somente o nome de Jesus salva.
    Para resolver seus problemas, muitos recorrem aos magos ou aos tarôs. Mas somente Jesus salva "e devemos dar testemunho disso! Ele é o único".
    E ao final recordou aos presentes que "Nossa Senhora nos conduz sempre a Jesus", como fez em Caná quando disse: "Fazei aquilo que Ele vos disser!" Assim, confiemo-nos ao nome de Jesus, invoquemos o nome de Jesus, deixando que o Espírito Santo nos impulsione "a fazer esta oração confiante no nome de Jesus... nos fará bem!".
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top
    Não devemos ter medo de amá-lo
    Tweet do Papa Francisco enviado hoje
    ROMA, 04 de Abril de 2013 (Zenit.org) - O Papa Francisco enviou hoje o seu décimo "tweet". A mensagem foi:
    "Deus nos ama. Não devemos ter medo de amá-lo. A fé se professa com a boca e com o coração, com a palavra e com o amor".
    O número de "followers" do seu perfil em italiano ( @pontefix_it) superou 556 mil.
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top
    "Não devemos ter medo de amar a Deus"
    Décimo 'tweet' do Papa Francisco
    ROMA, 04 de Abril de 2013 (Zenit.org) - O Papa Francisco publicou hoje o seu décimo pensamento na sua conta de Twitter.
    Eis o texto:
    "Deus nos ama. Não devemos ter medo de amá-lo. A fé se professa com a boca e com o coração, com a palavra e com o amor".
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top
    Pêsames do Papa pelas vítimas das inundações na Argentina
    O Santo Padre exorta a mobilização para os esforços de ajuda após a inundação, que causou pelo menos 54 mortes
    ROMA, 04 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Depois das inundações que atingiram La Plata, na Argentina, causando pelo menos 54 mortes, o Papa Francisco manifestou o seu pesar aos seus compatriotas.
    Em um telegrama dirigido ao arcebispo de Buenos Aires, monsenhor Mario Aurelio Poli, o cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, expressou a solidariedade com as dioceses afetadas, em nome do Santo Padre.
    "Papa Francisco – lê-se na mensagem - profundamente entristecido com a notícia dos graves danos provocados pelas chuvas torrenciais dos últimos dias, oferece sufrágios ao Senhor pelo eterno descanso das vítimas e, ao mesmo tempo, deseja expressar a sua paterna proximidade espiritual a todas as pessoas afetadas e aos seus familiares".
    O Santo Padre também encorajou "as instituições civis e eclesiais, bem como as pessoas de boa vontade, a dar com caridade e espírito de solidariedade cristã a ajuda necessária para aqueles que perderam suas casas ou seus bens pessoais."
    No final do telegrama, o papa Francisco transmitiu para as pessoas afetadas pela enchente, a sua bênção apostólica, "como um sinal de proximidade ao querido povo argentino"
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top
    Lamentar faz mal ao coração
    Papa Francisco celebrou missa, hoje pela manhã, para funcionários da Domus Sacerdotalis Romana
    Por Luca Marcolivio
    ROMA, 03 de Abril de 2013 (Zenit.org) - "Eles lamentavam". E por força das lamentações, a vida deles que, pouco tempo antes, tinha sido iluminada pelo encontro com Jesus Cristo, mergulhava na amargura, na incerteza e no pesar.
    Durante a Santa Missa em Santa Marta, na manhã desta quarta-feira, 03 de abril, para funcionários da Domus Sacerdotalis Romana, o Papa Francisco aprofundou a história dos discípulos de Emaús, protagonistas do Evangelho de hoje (Lc 24,13-35).
    Esses discípulos, particularmente abalados com a morte violenta do Mestre, "estavam com medo", mais do que os outros. Não paravam de falar da tragédia apenas ocorrida, mas, não mais vendo perspectivas futuras, se lamentavam, e assim se fechavam cada vez mais em si mesmos.
    "E cozinhavam a vida deles - por assim dizer - no caldo de suas lamentações, e assim continuavam caminhando", disse o Santo Padre, comparando a atitude dos discípulos de Emaús à de muitos homens e cristãos de todos os tempos.
    Na dificuldade, quando "a Cruz nos visita", o risco imediato que corremos é o de "nos fecharmos em nossas lamentações", disse o Papa. Embora, o Senhor esteja ao nosso lado e caminhando conosco, "não o reconhecemos".
    E ainda, quando Jesus nos fala e nos transmite a beleza da sua vida e da sua ressurreição "dentro de nós, no fundo, continuamos com medo" e o lamento se torna um tipo de "segurança": a segurança da "minha verdade, o fracasso ", a ausência de esperança.
    No entanto, Jesus, mesmo diante do nosso desespero, manteve uma extraordinária "paciência", bem como para com os discípulos de Emaús, também conosco, nos ouve e, pouco a pouco, se revela. "Mesmo nos momentos mais sombrios: Ele está sempre conosco, caminha conosco. E, no fim, nos faz ver a sua presença ", disse o Santo Padre.
    As queixas, portanto, são "ruins", sempre estéreis, porque " tiram a esperança." Quando chega o momento da prova, não devemos cair na armadilha da lamentação. "Mas se algo não vai bem, refugiemo-nos no Senhor, confiemos Nele".
    Só Ele é capaz de nos fazer sair das paredes em que nos fecha a nossa amargura. "Confiemos no Senhor - insistiu o Papa -. Ele sempre nos acompanha em nosso caminho, mesmo nas horas mais sombrias".
    Concluindo, o Santo Padre disse ainda: "Não busquemos refúgio em nossas lamentações: fazem mal ao coração".
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top
    Deus não escolhe de acordo com os critérios humanos
    Catequese do Papa Francisco
    Por Thácio Lincon Soares de Siqueira
    BRASíLIA, 03 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Com a Praça de São Pedro cheia de jovens, o Papa Francisco disse nessa manhã, no final da sua catequese de hoje: "Vi que a praça está cheia de jovens. Eis aí! Digo a vocês: Levem adiante esta certeza: o Senhor está vivo e caminha ao nosso lado na vida."
    Na sua segunda Audiência Geral do Pontificado, Papa Francisco quis retomar as catequeses começadas pelo seu predecessor sobre o Ano da Fé.
    O núcleo da nossa esperança é a morte e a Ressurreição de Jesus, disse o Papa. Destacou o artigo do credo onde dizemos: "ressuscitou no terceiro dia segundo as Escrituras". "Sem essa fé, nem sequer teremos esperança".
    Sem a fé na Ressurreição de Jesus a nossa fé será "aquela fé 'água com açucar'", disse o Papa. Não é a "fé forte". Porém, é essa fé que "nos abre à esperança maior", à certeza da "felicidade plena, à certeza de que o mal, o pecado, a morte podem ser vencidos."
    O Santo Padre destacou os dois tipos de testemunhos no Novo Testamento: a profissão de fé, que são "fórmulas sintéticas que mostram o núcleo da fé", e a narração do evento da Ressurreição.
    Francisco fixou-se no segundo tipo de testemunho, na narração da Ressurreição. As mulheres foram as primeiras a receber esse anúncio, e "movidas pelo amor sabem acolher este anúncio com fé: crêem, e rapidamente o transmitem, não o guardam para si, transmitem-no".
    A favor da historicidade do fato da ressurreição, destacou o Papa que "de acordo com a lei judaica da época, as mulheres e as crianças não podiam dar um testemunho confiável, credível", e "se fosse um fato inventado, no contexto daquela época não teria sido ligado – pelos evangelistas - ao testemunho das mulheres".
    Isso mostra como "Deus não escolhe de acordo com os critérios humanos: as primeiras testemunhas do nascimento de Jesus são os pastores, gente simples e humilde; as primeiras testemunhas da Ressurreição são as mulheres", disse o Papa.
    "Os Apóstolos e os discípulos têm mais dificuldades para crer. As mulheres não". O pontífice refletiu sobre como as mulheres "tenham tido e também hoje o tenham, um papel especial no abrir as portas para o Senhor, no seguí-lo e no comunicar o seu Rosto, porque o olhar de fé tem sempre necessidade do olhar simples e profundo do amor".
    No final da audiência, o Papa se dirigiu aos jovens reunidos em grande quantidade na Praça de São Pedro e disse-lhes: "Levar adiante esta esperança. Estejam ancorados nessa esperança: esta âncora que está no céu; segurem forte a corda, estejam ancorados e levem adiante a esperança."
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top
    O Papa visita o túmulo do Papa João Paulo II
    O Santo Padre Francisco rezou por muito tempo diante do túmulo do beato que hoje celebramos o 8º aniversário da morte.
    ROMA, 02 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Esta tarde, por volta das 19 (em Roma), depois de fechada a Basílica Vaticana, o Santo Padre Francisco fez uma visita ao túmulo do Beato Papa João Paulo II, no oitavo aniversário da sua morte. O Papa estava acompanhado pelo Cardeal Comastri, Arcebispo da Basílica Vaticana, e pelo secretário pessoal, Mons. Alfred Xuereb.
    O Papa passou um longo tempo ajoelhado em oração silenciosa diante do túmulo do Beato João Paulo II na Capela de São Sebastião, mas também fez uma breve parada de oração no túmulo do Beato João XIII e de São Pio X.
    Como a visita de ontem ao túmulo de São Pedro e às Grutas do Vaticano, também a visita desta tarde na Basílica expressa a profunda continuidade espiritual do ministério petrino dos Papas, que o Papa Francisco vive e sente intensamente, como demonstrou também no encontro e com as diversas conversas telefônicas com o seu Antecessor Bento XVI.
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top
    "Às vezes, o óculos para ver a Jesus são as lágrimas"
    Durante a missa celebrada em Santa Marta para os agentes da Gendarmaria vaticana, papa Francisco reflete sobre a dor de Maria Madalena na crucificação de Jesus
    Por Luca Marcolivio
    ROMA, 02 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Retomando as suas missas em Santa Marta, celebradas para as pessos comuns, papa Francisco presidiu a celebração desta manhã na presença de um grupo de agentes da da Gendarmaria vaticana.
    Na homilia, o Santo Padre fez referência ao Evangelho de hoje, que fala do encontro de Maria Madalena com o ressuscitado. O Papa lembrou a anterior condição de "mulher pecadora" da Madalena, que é redimida ungindo os pés de Jesus e secando-os com os seus cabelos.
    Maria Madalena é o símbolo de uma "mulher explorada e também desprezada por aqueles que se achavam justos", antes de que Jesus perdoe os seus muitos pecados, uma vez que ela "muito amou".
    O novo objeto do amor da pecadora arrependida é Cristo, cuja morte a consterna e deve enfrentar "o fracasso de todas as suas esperanças". Desaba em lágrimas, como é normal em quem enfrenta um luto, porém, observou o Pontífice, a Madalena não fala: "Falhei nesta estrada" mas se limita a derramar as suas lágrimas.
    "Às vezes, em nossas vidas - disse o Papa Francisco - o óculos para ver a Jesus são as lágrimas." É com suas lágrimas, portanto, que Maria Madalena envia esta mensagem: "Eu vi o Senhor".
    A dor desta mulher, que mudou de vida graças ao encontro pessoal com Jesus, é a dor de todos nós, nos nossos "momentos mais sombrios".
    É razoável, então, disse o Papa, perguntar-nos: "Temos tido aquela bondade das lágrimas que preparam os olhos para olhar, para ver o Senhor?".
    Pode-se chorar por muitos motivos: "pelo bem, pelos nossos pecados, pelas graças, por alegria" e também nós, como a Madalena, podemos pedir ao Senhor a "bela graça" das lágrimas para preparar-nos à vê-lo.
    Ver o Senhor não significa percebê-lo com a mesma vista mas "dentro do coração", disse o Santo Padre. Somente assim poderemos oferecer o testemunho da nossa vida: "Vivo assim porque vi o Senhor", concluiu o Pontífice.
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top

    SANTA SÉ
    Celebrações presididas pelo Papa Francisco em abril e maio
    Santo Padre presidirá a Vigília de Pentecostes com os movimentos eclesiais
    CIDADE DO VATICANO, 03 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Depois dos numerosos empenhos do tempo pascal, a agenda do Papa Francisco se enriquece com importantes compromissos nos meses de abril e maio.
    Antes de tudo, o Papa presidirá a celebração eucarística de tomada de posse da Cátedra do Bispo de Roma, na Basílica de São João de Latrão no próximo domingo, 7 de abril, às 17h30.
    No III Domingo de Páscoa, dia 14 de abril, o Santo Padre presidirá a santa missa às 17h30 na Basílica de São Paulo Fora dos Muros. No domingo sucessivo, dia 21, IV Domingo de Páscoa, presidirá às 9h30 a missa com a ordenação sacerdotal, na Basílica de São Pedro. Já no V Domingo de Páscoa, 28 de abril, o Papa Francisco celebrará a missa com o Sacramento do Crisma, na Praça de São Pedro, às 10h.
    De acordo com o calendário divulgado hoje, o primeiro compromisso para o mês de maio será no sábado (4), quando o Papa Francisco conduzirá a oração do Rosário na Basílica de Santa Maria Maior, às 18h. No dia 5 de maio, VI Domingo de Páscoa, o Papa presidirá a missa para as Confrarias às 10h na Praça São Pedro.
    No dia 12 de maio, VII Domingo de Páscoa, o Papa Francisco celebrará a missa de canonização dos Beatos Antonio Primaldo e Companheiros, Laura de Santa Catarina de Sena e Maria Guadalupe García Zavala, às 9h30 na Praça de São Pedro.
    O calendário do mês de maio termina no sábado (18), quando o Santo Padre presidirá a Vigília de Pentecostes com os movimentos eclesiais às 18h locais, na Praça de São Pedro. No dia seguinte, 19 de maio, às 10h , o Papa Francisco presidirá na Praça de São Pedro, a missa do Domingo de Pentecostes.
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top

    PREGAÇÃO SAGRADA
    Pregação ou discurso persuasivo
    Como melhorar a pregação sagrada: coluna do Pe. Antonio Rivero, L.C., professor de Teologia e Oratória no seminário Mater Ecclesiae de São Paulo
    Por Pe. Antonio Rivero, L.C.
    SãO PAULO, 05 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Continuaremos a explicar os vários tipos de pregação sagrada. Anteriormente, vimos a palestra ou discurso explicativo. Hoje, veremos a pregação ou discurso persuasivo.
    Qualquer conversa ou discurso persuasivo é dirigido particularmente à vontade dos ouvintes para decidir ou fazer o que eu estou propondo, porque é um bem que os realiza como homens, como cristãos, como profissionais. Lembre-se que a palestra ou o discurso explicativo foi direcionado principalmente à mente. Este será direcionado à vontade.
    Primeiramente, vamos às características do discurso persuasivo:
    Um único tema persuasivo e convincente: "Deixe as drogas... Confesse uma vez ao mês... Vá a missa todos os domingos ... Obedeça a vossos pais ... Estude com responsabilidade e seriedade ... Faça apostolado ... Apoie financeiramente sua paróquia ... Faça esporte todos os dias durante meia hora, etc ... ".
    Devo apresentar esse tema com duas ou três razões fortes e convincentes tiradas da Sagrada Escritura, da história, da experiência própria ou de terceiros. A vontade só vai se mover se encontrar razões fortes para fazer ou deixar de fazer aquilo que o pregador propõe.
    Devo dar peso e valor a estas razões com a força do sentimento, desvendando alguns tópicos do famoso filósofo grego Aristóteles: quem, o quê, quando, onde, por que, o que, como, muitas vezes, como (quis, quid, quando, ubi, cur, ad quid, quotiens, quomodo). O homem não é só cabeça ou vontade, mas também emoção e coração; por isso temos que tocar a sensibilidade do ouvinte para que sinta a verdade que estou propondo.
    Devo pronunciá-lo com força persuasiva, variação no tom de voz, com perguntas aos ouvintes, fina ironia, momentos de silêncio e sempre enfatizando os aspectos positivos.
    Devo dar exemplos de santos ou pessoas exemplares no tema que estou dando.
    E, no final, é sempre aconselhável fazer uma citação do Santo Padre sobre o assunto, pois citar um Santo Padre é como andar sobre os ombros de gigantes.
    Segundo, vamos agora ao esboço do discurso persuasivo:
    Uma introdução atraente com estatísticas, exemplos, notícias, fatos históricos, comparações. Desde o início, lançar algumas objeções que os ouvintes têm sobre o assunto a ser discutido, e depois o pregador vai dando as respostas.
    Desenvolver um parágrafo estruturado e vigoroso (na oratória é chamado de "proposta"), onde termino com os motivos que irei provar e valorizar. Por exemplo: jovem, se você estudar com responsabilidade (o meu fim), você poderá ter um futuro melhor e conseguirá um ótimo trabalho (primeiro motivo), amadurecerá como ser humano (segundo motivo) e certamente irá ajudar a humanidade com o resultado de seus estudos ( terceiro motivo), você não acha?
    Desenvolvimento dos três motivos que formulei nesse parágrafo ou frase: motivos que devem ser provados, avaliados e pronunciados com força, vigor, variação de tom, ênfase ... como indicado anteriormente.
    Uma conclusão ou peroração em que se resume brevemente o discurso. Procure deixar uma frase curta ou "chave", como um slogan.
    Terceiro, ofereço um possível esquema para os jovens sobre as drogas. Objetivo: jovem, deixe a droga o quanto antes. Motivos: primeiro, deixe as drogas, porque as drogas destroem o seu corpo físico (dar estatísticas médicas e científicas para provar esse primeiro motivo) .... Eu conheço o caso de um jovem (comprovação de experiência) ... por que se drogava, quando usou drogas , quando experimentou ....? Em segundo lugar, deixe as drogas porque a droga destrói sua psique ... Dr. X tem um estudo muito interessante sobre isso. Em terceiro lugar, deixe a droga porque a droga destrói a sua família. Deus na Sagrada Escritura nos diz ... A Beata Madre Teresa de Calcutá tem este maravilhoso texto sobre este assunto.
    O artigo anterior pode ser lido clicando aqui.
    Padre Antonio Rivero tem licenciatura e doutorado em Teologia Espiritual pelo Ateneu Pontifício Regina Apostolorum em Roma. Atualmente exerce seu ministério sacerdotal como professor de teologia e oratória, e diretor espiritual no Seminário Maria Mater Ecclesiae do Brasil.
    Caso você queira se comunicar diretamente com o Pe. Antonio Rivero escreva para arivero@legionaries.org e envie as suas dúvidas e comentários.
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top
    Pregação ou palestra explicativa
    Como melhorar a pregação sagrada: coluna do Pe. Antonio Rivero, L.C., professor de Teologia e Oratória no seminário Mater Ecclesiae de São Paulo
    Por Pe. Antonio Rivero, L.C.
    SãO PAULO, 02 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Estamos explicando os vários tipos de pregação sagrada. Na semana passada vimos a homilia. Hoje veremos a pregação ou palestra explicativa.
    Pregação ou palestra explicativa
    Gostaria de explicar uma verdade da fé, da liturgia ou da moral, para que os ouvintes a entendam bem. Aqui o pregador lança mão da explicação clara, ordenada e estruturada para que a inteligência do ouvinte entenda. Trata-se de uma palestra explicativa ou discurso explicativo, dirigido principalmente à mente dos ouvintes para que entendam esse tema.
    Esta pregação tem a sua importância: hoje mais do que nunca precisamos de discursos explicativos por causa da ignorância religiosa que se espalha por toda parte. Não suponhamos que as pessoas sabem estas verdades.
    Também esta pregação exige umas qualidades: Somente um tema. Desenvolvido em três ou quatro aspectos claros, interessantes, estruturados, lógicos e com certa originalidade na abordagem.
    Proponho este esquema para um discurso explicativo:
    Uma introdução atraente: com alguma estatística, um exemplo, uma notícia, um fato histórico sobre essa questão.
    Um proposta breve que resume em duas linhas o que será desenvolvido posteriormente.
    Um desenvolvimento do tema estruturado, claro, progressivo e com exemplos e ritmo oratório. A clareza se consegue explicando alguns destes pontos: importância do tema, definição, classes ou tipos, obstáculos, meios e frutos. Ajuda também aqui trazer à tona um exemplo, uma imagem, uma anedota que faça esse tema agradável e fique gravado na mente. Usar uma linguagem clara, simples e sempre expressiva, nunca monótona.
    E uma breve conclusão que resume o que foi dito e exorta a vivê-lo.
    Exemplo de um esquema de discurso explicativo sobre o matrimônio que dei em Los Ángeles e as pessoas que me escutaram não esqueceram esta imagem que usei: Queridas famílias, convido-lhes a construir seu edifíciomatrimonial tijolo a tijolo. (1) Em primeiro lugar, vejamos os fundamentos desse edifício matrimonial: oração, sacramentos, piedade... (2) As paredes deste edifício têm que ser sólidas para suportar os ventos e os terremotos das dificuldades: amor, diálogo, compreensão, perdão... (3) Este edifício tem que ter algumasjanelas grandes que tragam luz ao nosso matrimônio: sinceridade, transparência e fidelidade. (4) Não se esquecer de colocar umaantena parabólica que saiba captar as ondas: vigilância para que não entrem ladrões. No dia da morte vocês estão colocando o último tijolo...
    Outro exemplo de esquema explicativo mais simples sobre o tema da humildade: (1) Vejamos a importância da humildade. (2)Definamos a humildade: virtude que surge da temperança e nos coloca no nosso justo lugar. (3) Classes de humildade: falsa humildade e verdadeira humildade. (4) Inimigos da humildade: soberba, vaidade... (5) Campos para ser humildes: com Deus, com os outros, conosco mesmos. (7) Meios para alcançar a humildade: meditar nos atributos de Deus, meditar em suas próprias misérias. (8) Frutosda humildade em nossa vida: Deus me abençoará, os outros me aceitarão com mais facilidade e sentirei uma grande paz interior. Terminemos com o exemplo de algum santo que viveu de modo especial da humildade. Esta palestra pode ser desenvolvida em dois dias.
    O artigo anterior pode ser lido clicando aqui.
    Padre Antonio Rivero tem licenciatura e doutorado em Teologia Espiritual pelo Ateneu Pontifício Regina Apostolorum em Roma. Atualmente exerce seu ministério sacerdotal como professor de teologia e oratória, e diretor espiritual no Seminário Maria Mater Ecclesiae do Brasil.
    Caso você queira se comunicar diretamente com o Pe. Antonio Rivero escreva para arivero@legionaries.org e envie as suas dúvidas e comentários.
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top

    IGREJA E RELIGIÃO
    Missão Ano da fé
    Caminho Neocatecumenal sairá às ruas e praças do Brasil para evangelizar
    BRASíLIA, 05 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Com motivo do Ano da Fé inaugurado pelo papa Bento XVI no último 11 de outubro, o Caminho Neocatecumenal organiza a grande missão «Ano da Fé», que consiste em sair à rua para evangelizar em mais de 10.000 praças disseminadas pelo mundo inteiro. Informou a Assessoria de Comunicação.
    Seguindo a proposta do Ano da Fé de "intensificar o testemunho da caridade", o Caminho Neocatecumenal evangelizará nas ruas e praças durante os domingos de Páscoa (7, 14, 21 e 28 abril, e 5 maio). No Brasil, grupos de fiéis de diversas paróquias, junto aos seus sacerdotes e com o respaldo dos bispos, evangelizarão em mais de 350 praças de setenta e quatro dioceses.
    Desse modo, o Caminho oferece o seu contributo para o anúncio do querigma neste Ano da Fé. Nos locais já demarcados para os encontros pascais, um grupo de 150 irmãos das comunidades neocatecumenais se reunirá nos domingos citados sempre no mesmo local e horário.
    Alguns cantos prepararão o ambiente para chamar as pessoas que estejam passando naquele local. Depois terá alguns testemunhos de jovens dando a experiência da fé em suas vidas. Imediatamente depois um catequista dará uma catequese e o anúncio do querigma para todos aqueles que estiverem presentes, finalizando com uma oração e um canto à Virgem Maria.
    Após estes encontros, se algumas pessoas quiserem continuar, serão encaminhadas às paróquias onde continuarão as catequeses para jovens e adultos que selarão o querigma recebido.
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top

    PEQUENINOS DO SENHOR
    Jesus fez o essencial com um copo de vinho e um pedaço de pão
    Coluna de orientação catequética aos cuidados de Rachel Lemos Abdalla
    Por Rachel Abdalla
    CAMPINAS, 05 de Abril de 2013 (Zenit.org) - O homem precisa do alimento que sacia o corpo e o espírito.
    Jesus, ao chamar seus discípulos e preparar com eles uma ceia, estava oferecendo-lhes aquilo que o homem precisa para viver: o alimento, juntamente com a comunhão e o amor entre os irmãos. Um copo de vinho e um pedaço de pão são a essência da subsistência da vida, por isso, Ele se fez Pão para a vida eterna, e o vinho, já nas Bodas de Caná, Ele ofereceu como o sinal do Seu amor gratuito por todos, concretizado ao derramar o Seu sangue na Cruz.
    Santo Agostinho imagina ouvir Cristo dizer: "Eu Sou o pão dos fortes; cresce e comer-Me-ás. Não Me transformarás em ti como ao alimento da tua carne, mas mudar-te-ás em Mim"[1]. Com efeito, não é o alimento eucarístico que se transforma em nós, mas somos nós que acabamos misteriosamente mudados por ele. Cristo alimenta-nos, unindo-nos a Si;[2] "atrai-nos para dentro de Si".[3]
    Assim como Santo Agostinho, as crianças também precisam crescer para receber o Pão vivo, o Pão dos fortes! Mas, antes, é preciso que elas valorizem a importância e respeitem o alimento do corpo, que também é sagrado, aquele que recupera as forças para a caminhada neste mundo. Sentar-se à mesa para uma refeição é um sinal de comunhão e partilha, um costume que precisa ser praticado principalmente dentro da família, pois é um momento sublime de ação de graças a Deus pela criação, pela natureza, pela terra e pelas mãos do homem que propiciaram o plantio, a colheita e o preparo do alimento que está ali à frente para ser servido. Assim, aprendendo a riqueza de valores que existe por trás do alimento, elas estarão se preparando para quando tiverem a fome e o entendimento da Verdade que está presente no Pão eterno, a Eucaristia, 'o pão verdadeiro que é comido e não consumido, que dá força sem perdê-la'[4], pois 'unidas a Jesus, serão o pão repartido para a vida do mundo'.[5]
    Cristo, ao Se fazer alimento, oferece o Seu Amor aos homens para que, unidos a Ele, sejam saciados e 'anunciem aos outros a verdade das palavras com que Se despediu dos seus discípulos: "Eu estou sempre convosco, até ao fim dos tempos" (Mt28, 20)'.[6]
    Será que as crianças sabem que o alimento é um sinal do amor? Deus, ao criar o mundo, pensou em tudo que o homem iria precisar para sobreviver e deu-lhe de presente a natureza para que ele cultivasse a terra e tirasse dela a sua subsistência. Por isso, é preciso ensinar os pequenos esse detalhe que é tão importante e vital para a vida de todos, principalmente por ser um presente e um sinal do amor de Deus. Da mesma forma, Cristo, por amor a nós, Se faz alimento para a nossa salvação, na Eucaristia, que é o Pão dos céus que fortalece a nossa fé e o nosso espírito.
    *Rachel Lemos Abdalla é Fundadora e Presidente da Associação Católica Pequeninos do Senhor; Coordenadora da Catequese da Família da Paróquia Nossa Senhora das Dores em Campinas; e é membro da 'Equipe de Trabalho' do 'Ambiente Virtual de Formação' da Arquidiocese de Campinas, São Paulo – Brasil.
    Site: www.pequeninosdosenhor.org
    Se desejar enviar perguntas ou expressar opiniões sobre os temas tocados pela coluna organizada por Rachel Lemos Abdalla, enviar email para: contato@pequeninosdosenhor.org
    Para ler o artigo anterior clique aqui.
    [1] Confissões 7, 10, 16: PL 32, 742.
    [2] Exortação Apostólica Pós SinodalSacramentum Caritatis, 70
    [3] Bento XVI,Homilia na Esplanada de Marienfeld(21 de Agosto de 2005):AAS 97 (2005), 892; cf.Homilia nas primeiras Vésperas de Pentecostes (3 de Junho de 2006):AAS98 (2006), 505.
    [4] Santo Tomás de Aquino – Summa Theologiae IIIa. Pars Qs. 79-80 - Sermão sobre o Corpo do Senhor - 28
    [5] Exortação Apostólica Pós SinodalSacramentum Caritatis, 88
    [6] Exortação Apostólica Pós SinodalSacramentum Caritatis, 97
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top

    OBSERVATÓRIO JURÍDICO
    As principais causas de nulidade de um casamento
    Se o casamento for inválido, a autoridade eclesiástica, vale dizer, a justiça canônica poderá declarar a nulidade
    Por Edson Sampel
    SãO PAULO, 04 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Neste momento, gostaria de apresentar ao leitor um resumo de todas as principais causas de nulidade.
    Sabemos que, por princípio, o casamento é indissolúvel (cf. Mc 10, 1-12). Sendo assim, nenhum poder humano, nem a Igreja, nem o papa, podem anular um matrimônio válido. Friso o adjetivo válido. Com efeito, se o casamento forinválido, a autoridade eclesiástica, vale dizer, a justiça canônica poderá declarar a nulidade.
    Eis as causas mais comuns de nulidade de um casamento celebrado na Igreja:
    1) Exclusão do bem da prole: um dos nubentes, ou ambos, não querem ter filhos.
    2) Exclusão do bem da fidelidade: não se admite a exclusividade de um único parceiro sexual.
    3) Exclusão total do matrimônio: não se deseja o casamento em si; quer-se apenas uma aparência de casamento, para que se possa atingir outro objetivo, como, por exemplo, o status social próspero.
    4) Exclusão da indissolubilidade: os parceiros, ou um deles, se casam, mas admitem a possibilidade de separação e rompimento do vínculo, se o casamento não der certo.
    5) Erro de qualidade direta e principalmente desejada: exemplo: o fato de a parceira ser uma exímia costureira é tudo para o nubente; casa-se com ela, visando à referida qualidade. Se esta qualidade não se implementa, o casamento é nulo.
    6) Violência ou medo: alguém constrange a outra pessoa a convolar o casamento, ou, então, surge o denominado temor reverencial (respeito excessivo pela vontade dos pais; ex.: uma gravidez inesperada faz com que o pai moralmente obrigue a filha a se casar, para não ficar desonrada).
    7) Falta de discrição de juízo: os cônjuges, ou um deles, não dispõem da maturidade mínima necessária para assumirem e porem em prática os encargos do matrimônio.
    8) Falta de forma canônica: não houve o devido respeito ao rito estabelecido pela Igreja na celebração do casamento. Ex.: o padre não solicitou a manifestação de vontade dos noivos.
    Não nos esqueçamos de que as anomalias ou vícios acima mencionados têm de estar presentes no exato momento em que ocorre o casamento, isto é, na celebração, diante da testemunha qualificada (geralmente um padre). Esta circunstância será adequadamente aferida num processo judicial eclesiástico.
    Todo católico tem o direito líquido e certo de recorrer a um tribunal eclesiástico, mesmo que seja apenas para espancar dúvidas. Portanto, se você, querido leitor, percebeu que houve algum problema sério no seu primeiro casamento, procure o tribunal eclesiástico da sua região. Com certeza, você será muito bem atendido.
    Para o casamento católico, a vontade é preponderante. Os noivos são os ministros do sacramento do matrimônio. Desta feita, se houver alguma deturpação do consentimento, máxime pelos oito motivos declinados neste artigo, o casamento é inválido.
    Gostaria, também, de ressaltar que hoje em dia, infelizmente, as pessoas se casam totalmente despreparadas, do ponto de vista da maturidade e, muita vez, da afetividade. Por conseguinte, há bastantes sentenças que declaram a nulidade com embasamento no cânon 1095, n.º 2, ou seja, imaturidade grave de um ou dos dois cônjuges. Trata-se de pessoas que, embora queiram, não conseguem, não são capazes de viver a dois, de conviver sob o mesmo teto. Neste cânon igualmente se encaixa o casamento em virtude da gravidez. Os que querem resolver o problema da gravidez com o casamento nem sempre estão devidamente preparados para a vida a dois. O matrimônio não pode funcionar como tábua de salvação para a gravidez indesejada. Esta ocorrência é muito frequente nos processos canônicos.
    O importante é que num tribunal eclesiástico, você abra seu coração. Sinta-se como se estivesse diante de um confessor. Os processos canônicos deste tipo correm em segredo de justiça. É igualmente oportuno levar ao tribunal, depois de iniciado o processo, testemunhas que viram cenas pertinentes ao pedido de nulidade, ou ouviram confidências, reclamações etc. Este material todo será idoneamente analisado pelos juízes eclesiásticos, de maneira séria e justa.
    Edson Luiz Sampel é Doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense, do Vaticano e autor do livro "Quando é possível declarar a nulidade de um matrimônio?" (Editora Paulus).
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top

    FAMILIA E VIDA
    O aborto e a ameaça à soberania nacional (Parte V)
    Análise do professor Ivanaldo Santos, autor do livro "Aborto: discursos filosóficos"
    Por Ivanaldo Santos
    SãO PAULO, 04 de Abril de 2013 (Zenit.org) -Situando o problema...
    Dentro desse projeto de interferência na soberania das nações o aborto emerge como uma arma geopolítica estratégica. Por isso, na América Latina as fundações multimilionárias financiam projetos de controle populacional, como o aborto, do Foro de São Paulo e, por sua vez, essa organização continental apoia e faz propaganda das fundações.
    Todo esse movimento representa, na prática, um grave atentado contra a soberania e a autonomia das nações. É por causa disso que Márcia Xavier de Brito[1] afirma que esses grupos de pressão possuem um discurso de vanguarda cultural, de modernidade e de liberdade, mas representam, em sua essência, uma espécie de vanguarda do retrocesso. Isso acontece porque por trás desse discurso de vanguarda e progresso existem interesses neoimperialistas, colonizadores, que negam o valor da vida e da dignidade da pessoa humana.
    Um bom exemplo de como agem os grupos de pressão pró-aborto em escala planetária foi a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, promovida pela ONU, mais conhecida como Rio+20, que foi realizada de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Oficialmente a Rio+20 tinha dois objetivos, sendo eles: 1) A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e 2) A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.
    Nos objetivos propostos para o debate entre as diversas comitivas de diplomatas, vindos de todos os continentes para participarem do evento, não constavam a legalização do aborto e outras formas de controle da natalidade e populacional. O surpreendente, de acordo com Timothy Herrmann[2], é que nos seis meses anteriores a realização da Rio+20, o Fundo Populacional da ONU (FNUAP) junto com a Noruega e Islândia, Catholics for Choice(Católicas pela Escolha) e a Planned Parenthood(Federação Internacional de Planejamento Familiar), trabalharam febrilmente juntos para tirar vantagem da conferência Rio+20 sobre desenvolvimento sustentável a fim de promoverem tanto um direito internacional ao aborto quanto o controle populacional. A organização Catholics for Choice distribuiu várias publicações e declarações fazendo de alvo a influência única do Vaticano dentro da ONU como Observador Permanente. Em um informe, esse grupo chegou a afirmar que a "tendência da Santa Sé de insistir em posições periféricas que a colocam longe dos que estão no consenso predominante" mina "o consenso internacional sobre direitos humanos e provoca um retrocesso nas normas e princípios que são igualmente valorizados pelos países membros da ONU". Apesar da Rio+20 ser uma conferência sobre desenvolvimento sustentável desejava-se aprovar algum documento dizendo ser favorável ao aborto e outras técnicas de controle populacional em nome dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. Vale salientar que a expressão direitos sexuais e reprodutivos é mais uma expressão bonita para substituir a palavra aborto.
    Ainda de acordo com Timothy Herrmann no começo das discussões na Rio+20, deixou-se clara a ligação polêmica entre direitos reprodutivos e desenvolvimento sustentável quando a Nova Zelândia junto com a Noruega, a Islândia, os Estados Unidos, o Canadá, a Suíça, a União Europeia (EU) e a Austrália pediram a inclusão do termo "dinâmica populacional" do FNUAP no mesmo parágrafo de saúde sexual e reprodutiva. A Rússia e a Santa Sé, junto com os países do G77[3] não perderam tempo em apontar que o termo, particularmente quando colocado no mesmo parágrafo de planejamento familiar, era uma tentativa de "promover o controle populacional" como meio de alcançar o desenvolvimento sustentável. Essa frase também foi tirada do documento. Durante a conferência tanto a UE quanto as delegações da África permaneceram a maior parte do tempo em silêncio sobre o termo "direitos reprodutivos" e "controle populacional", mas por razões diferentes. As delegações africanas, por exemplo, ficaram com medo de que se fizessem algum questionamento a tentativa de impor o aborto por meio da Rio+20 os financiamentos de que dependem desesperadamente serão cortados por organizações como o FNUAP. A UE, por outro lado, não disse nada para não quebrar o consenso dentro de seu próprio grupo, considerando que três países, inclusive a Irlanda, permanecem solidamente pró-vidas.
    Foi por causa da tentativa de forçadamente se legalizar o aborto por meio da Rio+20, passando por cima dos congressos nacionais, da soberania das nações e da vontade dos diversos povos envolvidos, que o Cardeal Dom Odilo Scherer[4], arcebispo de São Paulo, no Brasil, afirmou, em sua conferência durante a Rio+20, que a "centralidade da pessoa humana no Princípio 1º da Conferência de 1992[5] é um lembrete de que o desenvolvimento sustentável não é alcançado através do desenvolvimento medido pela sua capacidade de promover e salvaguardar a dignidade da pessoa humana". E que por causa disso "não se pode tirar a dignidade humana e nem deixar de lado o direito a vida".
    O fato concreto é que o Vaticano corajosamente liderou uma coalisão de países que, com muito esforço diplomático, conseguiram impedir que a Rio+20 se transformasse em uma conferência para legalizar o aborto em escala global. É preciso notar que essa tentativa foi realizada sem consultar os congressos nacionais e a população dos diversos países envolvidos. Trata-se, por conseguinte, de uma tentativa feita distante do povo, nas sombras do poder, dentro dos gabinetes dos políticos e diplomatas. Logo é uma proposta antiética e antidemocrática, que coloca em perigo a soberania das nações.
    É por causa disso que Dom Eusébio Scheid[6], num artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, no ano de 2005, que naquele momento era o arcebispo do Rio de Janeiro, no Brasil, afirma que diante das propostas de legalização do aborto e outros questões ligadas ao controle populacional "ninguém sabe o que está acontecendo". Sobre essa mesma questão Dom Antonio Rossi Keller[7], bispo da Diocese deFrederico Westphalen, também no Brasil, afirma que "apesar de todas as negativas e desculpas, o que se vê, concretamente, é um encaminhamento por baixo dos panos de medidas que visam pura e simplesmente, a prática livre do aborto". Diante disso, afirma-se que, por parte da população, justamente a grande vítima das políticas de controle da natalidade e populacional, existe um grande desconhecimento das ações e políticas de bastidores, dos lobbys dos grupos de pressão pró-aborto com o intuito de legalizar essa prática. Esse desconhecimento termina conduzindo a uma crise da democracia e a um esvaziamento da soberania nacional.
    [1] BRITO, Márcia Xavier. A vanguarda do retrocesso e a retaguarda do avanço. In: Vila Nova, Campina Grande, Brasil, ano 1, n. 2, maio de 2012, p. 74-75.
    [2] HERRMANN, Timothy. Abortistas admitem derrota na Rio+20. In Mídia Sem Máscaras, 23 de junho de 2012.
    [3] O G77 é um bloco formado pelos países em desenvolvimento, abrangendo países com alto grau de diferenças, como, por exemplo, Brasil, Arábia Saudita e muitos outros.
    [4] SCHERER, Cardeal Dom Odilo. Agricultura & Sociedades Sustentáveis: Segurança Alimentar, Terra e Solidariedade. In: Blog do Dom Anuar Battiste. São Paulo, 21/06/2012, p. 1.
    [5] O Cardeal Dom Odilo Scherer faz uma referência a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), conhecida também como ECO-92,Rio-92, Cúpula ou Cúpula da Terra, realizada entre 3 e 14 de junho de 1992 no Rio de Janeiro, no Brasil, e que reuniu mais de cem chefes de Estado que buscavam meios de conciliar o desenvolvimento socio-econômico com a conservação e proteção dos ecossistemas da Terra.
    [6] SCHEID, Dom Eusébio. Lula e o aborto. In: O Estado de São Paulo, 10/08/05.
    [7] KELLER, Dom Antonio Rossi. Mais uma vez a questão do Aborto. Diocese de Frederico Westphalen, 13 de Junho de 2012, n. 15.
    Para ler a quarta parte clique aqui.
    Ivanaldo Santos é filósofo e professor do departamento de filosofia e da Pós-Graduação em Letras (PPGL) da UERN. Livros publicados: Nietzsche: discurso introdutória (Editora Ideia, 2007), Aborto: discursos filosóficos (Editora, Ideia, 2008). ivanaldosantos@yahoo.com.br.

    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top
    O aborto e a ameaça à soberania nacional (Parte IV)
    Análise do professor Ivanaldo Santos, autor do livro "Aborto: discursos filosóficos"
    Por Ivanaldo Santos
    SãO PAULO, 03 de Abril de 2013 (Zenit.org) -Situando o problema...
    O Memorando 200 ainda dá sugestões de como a política imperialista dos EUA em controlar a população de outros países e, com isso, interferir na soberania nacional, deve ser disfarçada. De acordo com esse documento: "Os EUA podem ajudar a diminuir as acusações de motivação imperialista por trás do seu apoio aos programas populacionais declarando reiteradamente que tal apoio vem da preocupação que os EUA têm com: a) o direito de cada casal escolher com liberdade e responsabilidade o número e o espaçamento de seus filhos e o direito de eles terem informações, educações e meios para realizar isso; e b) o desenvolvimento social e econômico fundamental dos países pobres nos quais o rápido crescimento populacional é uma das causas e consequência da pobreza generalizada"[1]. E ainda por cima aponta a utilização das mulheres, como massa de manobra, para colocar em prática as políticas de controle da natalidade. Sobre esse assunto o documento afirma: "a condição e a utilização das mulheres nas sociedades dos países subdesenvolvidos são de extrema importância na redução do tamanho da família. Para as mulheres, o emprego fora do lar oferece uma alternativa para o casamento e maternidade precoces, e incentiva a mulher a ter menos filhos após o casamento. [...] As pesquisas mostram que a redução da fertilidade está relacionada com o trabalho da mulher fora do lar"[2].
    Como se pode ver pelo conteúdo do Memorando 200, uma espécie de Bíblia do controle da natalidade, os países centrais do capitalismo, especialmente os EUA, tem uma agressiva política de controle populacional. Essa política, de cunha neoimperialista, pressupõe a interferência na soberania dos países.
    É preciso esclarecer que desde o final da década de 1970, quando o Memorando 200 já tinha sido publicado e suas políticas estavam sendo implementadas ao redor do mundo, que existe um pacto de cooperação e trabalho mútuo entre o governo dos EUA e as organizações que representam a ideologia liberal, especificamente as fundações que patrocinam o aborto e outras formas de controle populacional. Trata-se de um pacto que, de um lado, possibilita maior agilidade nas políticas e ações de controle populacional ao redor do mundo e, do outro lado, abre as portas para que essas fundações possam trabalhar em áreas estratégicas dos países (tribunais de justiça, congressos nacionais, conferências episcopais e outras) para impor o controle populacional e especialmente o aborto. Com isso, a soberania nacional é enfraquecida, pois quem decide o que a população nacional vai fazer ou experimentar não é a própria população, mas um conjunto de especialistas estrangeiros em controle populacional.
    A terceira e última categoria é a esquerda internacional e especialmente o projeto de recriar o socialismo ou mais precisamente o neosocialismo ou socialismo do século XXI[3]. Nos últimos 20 anos os diversos movimentos e partidos políticos que compõem a esquerda internacional tem se esforçado para recriar o socialismo. E essa recriação deverá acontecer na América Latina. Esse continente é visto, pelas lideranças esquerdistas, como sendo o espaço de reconstrução do socialismo após o fracasso das experiências esquerdistas nos países do Leste Europeu, especialmente na Rússia. Isso fica bem claro na Declaração Final por ocasião da fundação do Foro de São Paulo (FSP)[4], em 1990, uma entidade que age dentro da América Latina e que tem por missão a implantação de governos esquerdistas-marxistas e neossocialistas nesse continente. Na Declaração Final[5], por ocasião da conclusão do Primeiro Encontro do Foro de São Paulo, afirma-se que "avaliamos a crise da Europa Oriental [o Leste Europeu] e do modelo de transição ao socialismo ali imposto. Revisamos as estratégias revolucionárias da esquerda desta parte do planeta e dos objetivos que o quadro internacional coloca"[6]. Com isso, a meta do Foro de São Paulo passa a ser a criação do neossocialismo. Sendo que dessa vez na América Latina. Isso representa, na prática, outra agressão à soberania nacional, pois o objetivo do Foro de São Paulo não leva em conta as necessidades e a opinião dos governos e das populações latino-americanas.
    Para a implantação do neossocialismo nos países latino-americanos o Foro de São Paulo conta com ampla rede de entidades e organizações, como, por exemplo, partidos políticos de esquerda, sindicatos e Organizações Não Governamentais (ONGs). Além disso, o Foro de São Paulo fez um pacto estratégico com grupos feministas e pró-aborto com o intuito, de um lado, esses grupos apoiarem a causa ideológica do neossocialismo e, de outro lado, as organizações e partidos políticos de esquerda do continente apoiarem e incentivarem o aborto. Isso ficou bem claro durante o XIII Encontro do Foro de São Paulo, realizado em 2007, quando a declaração emitida pelas mulheres que participaram do encontro faz referência direta a "responsabilidade reprodutiva" e aos "direitos sexuais e reprodutivos". É preciso esclarecer que essas duas expressões são códigos e neologismo para identificar o aborto e outras técnicas de controle da natalidade. Além disso, a declaração final[7] do encontro faz referência direta ao fato da Rede de Mulheres Latino-Americanas e Caribenhas, um das redes que dão sustentação ao Foro de São Paulo, que, entre outros itens, deseja lutar pela implantação, a nível latino-americano, da saúde sexual e reprodutiva das mulheres, ou seja, deseja implantar o aborto em todo o continente.
    A política de criação e implantação do neossocialismo na América Latina é mais um capítulo tanto da perca de autonomia das nações como da implantação do aborto. Sem contar que, no continente latino-americano, o Foro de São Paulo (FSP) mantem um pacto estratégico com a ideologia liberal, especialmente com as fundações multimilionárias que financiam o aborto em escala planetária. Apesar das duas vertentes terem ideologias diferentes, o FSP é socialista-marxista e as fundações são liberais-capitalista, ambos tem em comum o projeto de interferir na soberania das nações e, com isso, imporem suas visões sobre a sociedade e o ser humano.
    Continua...
    [1] NATIONAL SECURITY STUDY MEMORANDUM 200: Implications of Worldwide Population Growth For U.S. Security and Overseas Interests, op. cit., p. 155.
    [2] NATIONAL SECURITY STUDY MEMORANDUM 200: Implications of Worldwide Population Growth For U.S. Security and Overseas Interests, op. cit., p. 151.
    [3] BORON, Atílio. O socialismo do século XXI: notas para discussão. In: CEB, Centro de Estudos Bíblicos, Domingo, 7 de setembro de 2008.
    [4] Não existe ainda um estudo aprofundado sobre os perigos representados pelos planos estratégicos do Foro de São Paulo (FSP). Esses perigos abarcam alvos como, por exemplo, a soberania das nações latino-americanas, a vida da Igreja e a liberdade dos cristãos. O Foro de São Paulo é uma das entidades mais organizadas e com ampla penetração no tecido social da América Latina. Ele está presente em pelo menos 22 países do continente e conta com mais de 69 organizações filiadas. Entre essas organizações consta até mesmo o grupo narco-terrorista da Colômbia, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbias (FARC). Apresentamos uma pequena lista de países e suas respectivas organizações que compõem o Foro de São Paulo. Na Argentina: Frente Grande, Frente Transversal Nacional e Popular, Movimento Libres del Sur, Partido Comunista, Congreso Extraordinario del Partido Comunista, Partido Comunista Revolucionario, Partido Humanista, Partido Intransigente, Partido Obrero Revolucionario-Posadista, Partido Socialista, Partido Solidario, Unión de Militantes por el Socialismo. Na Bolívia: Moviemnto al Socialismo, Movimiento Bolivia Libre, Partido Comunista de Bolívia. No Brasil: Partido Democrático Trabalhista (PDT), Partido Comunista do Brasil (PCdo B), Partido Comunista Brasileiro (PCB), Partido Socialista Brasileiro (PSB), Partido dos Trabalhadores (PT). No Chile: Izquierda Critiana, Partido Comunista, Partido Humanista, Partido Socialista. Na Colômbia: Polo Democrático Alternativo, Presentes por el Socialismo, Partido Comunista Colombiano, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbias (FARC). Em Cuba: Cuba, Partido Comunista de Cuba (PCC). No Equador: Equador, Movimento de Unidad Plurinacional Pachakutik – Nuevo Pais, Movimento PAIS, Movimento Popular Democrático, Partido Comunista de Ecuador, Partido Comunista Marxista-Leninista del Ecuador, Partido Socialista – Frente Amplio. Em El Salvador: Frente Farabundo Martin para la Liberación Nacional. Na Guatemala: Alianza Nueva Nación, Unidad Revolicionaria Nacional Guatemalteca. Na Martinica: Pati Kominis pou Lendépandans eh Sosyalizm, Conseil National des Comitês Populaires. No México: Partido de los Comunistas Mexicanos, Partido Comunista de México, Partido de la Revolución Democrática, Partido del Trabajo. Na Nicarágua: Frente Sandinista de Liberação Nacional. No Panamá: Partido del Pueblo de Panamá. No Paraguai: Partido Popular Tekojoja, Partido Convergencia Popular Socialista, Partido Comunista Paraguayo, Partido del Movimento al Socialismo, Partido País Solidario. No Peru: Partido Comunista del Perú – Patria Roja, Partido Comunista Peruano, Partido Nacionalista del Perú, Partido Socialista. Em Porto Rico: Frente Socialista, Movimiento Independentista Nacional Hostosiano, Partido Nacionalista del Puerto Rico. Na República Dominicana: Alianza por la Democracia, Fuerza de la Revolución, Movimiento Izquierda Unida, Partido Comunista del Trabajo, Partido de la Liberación Dominicana, Partido de los Trabajadores Dominicanos, Partigo Revolucionario Dominicano. No Uruguai: Frente Amplio, Asamblea Uruguay, Corriente de Unidad Frenteamplista, Movimento de Participación Popular, Movimento de Liberación Nacional Tupamaros, Partido Comunista de Uruguay, Partido Obrero Revolucionario Troskista-Posadista, Partido por la Victoria del Pueblo, Partido Socialista de los Trabajadores, Partido Socialista de Uruguay, Vertiente Antiguista, Movimento 26 de Marzo. Na Venezuela: Liga Socialista, Movimento Electoral del Pueblo, Movimento Bolivariano, Partido Comunista da Venezuela, Partido Socialsita Unido de Venezuela, Patria Para Todos.
    [5] O conjunto de todas as Atas e demais declarações oficiais do Foro de São Paulo (FSP) foi disponibilizado gratuitamente pelo jornal virtual Mídia Sem Mascara (http://www.midiasemmascara.org/) por meio do endereço:http://www.midiasemmascara.org/attachments/007_atas_foro_sao_paulo.pdf.
    [6] FORO DE SÃO PAULO. Declaração Final. São Paulo, Brasil, 1990.
    [7] XIII ENCUENTRO DEL FORO DE SÃO PAULO.Resoluciones de las Mujeres Participantes del Primer Foro Preparatorio en el Marco del XIII Encuentro del Foro de São Paulo. San Salvador, Nicarágua, 11 de enero de 2007.
    Para ler a terceira parte clique aqui.
    Ivanaldo Santos é filósofo e professor do departamento de filosofia e da Pós-Graduação em Letras (PPGL) da UERN. Livros publicados: Nietzsche: discurso introdutória (Editora Ideia, 2007), Aborto: discursos filosóficos (Editora, Ideia, 2008). ivanaldosantos@yahoo.com.br.

    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top
    O aborto e a ameaça à soberania nacional (Parte III)
    Análise do professor Ivanaldo Santos, autor do livro "Aborto: discursos filosóficos"
    Por Ivanaldo Santos
    SãO PAULO, 02 de Abril de 2013 (Zenit.org) -Situando o problema...
    A primeira categoria é a ideologia liberal que prega um individualismo radical e muitas vezes antiético. Trata-se de um individualismo que afirma que a felicidade é um bem puramente individual e que, por isso, tudo pode ser feito e tudo é justificável. É dentro dessa linha de raciocínio que se fala, por exemplo, em legalização das drogas, da prostituição, da eutanásia e do aborto. No tocante ao aborto a ideologia liberal formula a seguinte proposição: por que um indivíduo tem que ter um filho se pode usar seu tempo e dinheiro para outros fins?
    Foi baseado nessa ideologia que foram criadas, por milionários ou empresas privadas, fundações de incentivo, entre outras coisas, ao controle da natalidade e, por conseguinte, o incentivo ao aborto. Entre essas fundações é possível citar: Fundação Rockefeller, Fundação Ford, Fundação MacArthur, Fundação Carnegie, Fundação Bill & Mellinda Gates e a Federação Internacional de Planejamento Familiar, conhecida pela sigla IPPF. Vale salientar que a Federação Internacional de Planejamento Familiar (IPPF) devido a sua política agressiva de execução da prática do aborto, ficou conhecida como a multinacional da morte[1].
    A segunda categoria são os governos das potenciais econômicas e militares do Ocidente, especialmente os EUA. Esses governos desejam impor o aborto e outras técnicas de controle da natalidade, como a esterilização de mulheres, aos países pobres e em desenvolvimento, como uma das possibilidades de manutenção de sua hegemonia política e econômica sobre esses países. Não se trata de teoria da conspiração, mas de um projeto bem documentado. Os limites de um estudo acadêmico não permitem que sejam apresentados todos os documentos que tratam dessa questão. Mais a título de ilustração será realizada a apresentação das posições do famoso Memorando 200[2]também conhecido como Relatório Kissinger, por ter sido produzido na gestão do secretário de Estado americano Henry Kissinger. Vale salientar que esse documento serviu e continua servindo de parâmetro para o governo dos EUA financiar políticas de controle da natalidade ao redor do mundo.
    Esse documento produzido pelo governo americano em 1974 defende que os EUA e outros países desenvolvidos do Ocidente (Inglaterra, França e outros) devem, de um lado, aprimorar as técnicas de controle da natalidade, também conhecidas como controle populacional, planejamento familiar, reengenharia populacional, política de planejamento populacional, controle demográfico, direito sexual e reprodutivo e outros nomes semelhantes. E, do outro lado, incentivar e até mesmo impor aos países pobres e em desenvolvimento essas técnicas. O objetivo dessa política agressiva de controla da natalidade é garantir a hegemonia política dos países centrais do capitalismo. Nas palavras do Memorando 200: "a assistência para o controle populacional deve ser empregada principalmente nos países em desenvolvimento de maior e mais rápido crescimento onde os EUA têm interesses políticos e estratégicos especiais. Estes países são: Índia, Bangladesh, Paquistão, Nigéria, México, Indonésia, Brasil, Filipinas, Tailândia, Egito, Turquia, Etiópia e Colômbia"[3]. Entre essas técnicas é altamente recomendado o aborto, pois, segundo o próprio documento, "certos fatos sobre o aborto precisam ser entendidos: nenhum país já reduziu o crescimento de sua população sem recorrer ao aborto"[4].
    A América Latina aparece no Memorando 200como sendo a região de maior preocupação dos EUA. Nas palavras do documento: "Na América Latina. Prevê-se que haverá rápido crescimento populacional nos seguintes países tropicais: Brasil, Peru, Venezuela, Equador e Bolívia. É fácil ver que, com uma população atual [ano de 1974] de mais de 100 milhões, o Brasil domina demograficamente o continente; lá pelo fim deste século [o século XX], prevê-se que a população do Brasil chegará aos 212 milhões de pessoas, o mesmo nível populacional dos EUA em 1974. A perspectiva de um rápido crescimento econômico - se não for enfraquecida pelo excesso de crescimento demográfico - indica que o Brasil terá cada vez maior influência na América Latina nos próximos 25 anos"[5].
    Continua...
    [1] [1] SCALA, Jorge. IPPF (Federação Internacional de Planejamento Familiar). A multinacional da morte. 2 ed. Anápolis, Brasil: Múltipla, 2004.
    [2] NATIONAL SECURITY STUDY MEMORANDUM 200: Implications of Worldwide Population Growth For U.S. Security and Overseas Interests. National Security Council of the United States: Washington, December 10, 1974.
    [3] NATIONAL SECURITY STUDY MEMORANDUM 200: Implications of Worldwide Population Growth For U.S. Security and Overseas Interests, op. cit., p. 13-14; 30.
    [4] NATIONAL SECURITY STUDY MEMORANDUM 200: Implications of Worldwide Population Growth For U.S. Security and Overseas Interests, op. cit., p. 182.
    [5] NATIONAL SECURITY STUDY MEMORANDUM 200: Implications of Worldwide Population Growth For U.S. Security and Overseas Interests, op. cit., p. 22.
    Para ler a segunda parte clique aqui.
    Ivanaldo Santos é filósofo e professor do departamento de filosofia e da Pós-Graduação em Letras (PPGL) da UERN. Livros publicados: Nietzsche: discurso introdutória (Editora Ideia, 2007), Aborto: discursos filosóficos (Editora, Ideia, 2008). ivanaldosantos@yahoo.com.br.
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top
    O aborto e a ameaça à soberania nacional (Parte II)
    Análise do professor Ivanaldo Santos, autor do livro "Aborto: discursos filosóficos"
    Por Ivanaldo Santos
    SãO PAULO, 01 de Abril de 2013 (Zenit.org) -Situando o problema
    A prática do aborto é uma forma severa e radical de eliminar a liberdade de um ser humano. A questão é simples: só é possível se pensar em democracia, em liberdade e em outros valores fundamentais do Ocidente se, a princípio, o indivíduo tiver nascido. Sem o nascimento toda e qualquer outra ação referente a vida humana é simplesmente impossível.
    Apesar disso sua prática vem crescendo na sociedade Ocidental. Não há registros oficiais sobre quantos abortos foram realizados no Ocidente no século XX, no entanto, apenas para se ter uma dimensão do volume de abortos que foram e são realizados no mundo, nos EUA, desde que o aborto foi legalizado, em 1973, foram realizados 54 milhões de abortos[1]. Trata-se de um número espantoso. Muitos países do mundo, como, por exemplo, Portugal e Argentina, não possuem uma população de 54 milhões de cidadãos, mas nos EUA foi morta, por meio do aborto, essa gigantesca quantidade de indivíduos.
    Na contramão dos direitos humanos, o crescimento da prática abortiva é incentivada por governos ao redor do mundo, especialmente os governos das grandes potências econômicas e militares ocidentais (EUA, Inglaterra, França, Japão, etc), por fundações privadas multimilionárias, que gastam grande parte dos seus vultosos recursos financeiras para incentivar e patrocinar a prática abortiva, por Organizações Não Governamentais (ONGs), por grupos de feministas, pela grande mídia, por astros do cinema e da TV e até mesmo por setores ligados a Igreja, que se auto intitulam de libertários, progressistas e modernos[2].
    No Brasil, por exemplo, existe ampla difusão do aborto. Neste país o aborto é apresentado como um ato de liberdade, de esclarecimento, de rebeldia e até mesmo como um direito das mulheres. Só para se ter uma pequena dimensão de como o aborto é incentivado no Brasil, a atual presidente da república, a Sra. Dilma Rousseff[3], antes de tomar posse no cargo, comparou o feto a um dente e, com isso, tentou justificar a prática do aborto. Já a líder feminista e pró-aborto, Eleonora Menicucci[4], que atualmente é a titular da Secretaria de Políticas para as Mulheres, mais conhecida como Ministério das Mulheres, chegou a comparar a gravidez a uma doença infectocontagiosa e, com isso, também tentou justificar o aborto.
    É possível sintetizar os grupos de pressão que lutam, em escala planetária, para implantar o aborto em três categorias. No entanto, observa-se que essa pequena síntese não esgota a lista completa desses grupos. Um exemplo disso é que a presente lista não abordará o papel da Organização das Nações Unidas (ONU) na promoção, difusão e instalação do aborto na América Latina e em outros continentes. Vale salientar que a ONU não é o organismo democrático e promotor da igualdade entre os povos que diz ser. Pelo contrário, a ONU tem tido um papel decisivo na difusão da cultura da morte, do aborto e nas diversas ameaças a soberania nacional. Ameaças que recaem principalmente sobre os países pobres. Para se ter uma ideia do papel do ONU nesse problema, a própria ONU[5] publicou recentemente um manual que dá orientações, aos sistemas de saúde dos países membros, sobre como fazer um aborto "seguro".
    continua...
    [1] 54 MILHÕES DE ABORTOS NOS EUA. In:Lançar as Redes. Disponível emhttp://lancarasredes.blogspot.com/2012/02/54-milhoes-de-abortos-nos-eua.html. Acessado em 03/03/2012. DOM GOMÉS PRESIDE MISSA POR 54 MILHÕES DE BEBÊS MORTOS PELO ABORTO NOS EUA. In: ACI Digital. Disponível emhttp://www.acidigital.com/noticia.php?id=23079. Acessado em 03/03/2010.
    [2] Com relação à defesa do aborto realizada por líderes e fiéis pertencentes a Igreja Católica, ligados especialmente a Teologia da Libertação, conhecida pela sigla TL, recomenda-se consultar: SANTOS, Ivanaldo. A teologia da libertação e o aborto. In: SANTOS, I. Teologia da libertação: ensaios e reflexões. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2010, p. 165-193.
    [3] Nas palavras de Dilma Rousseff: "Não é uma questão se eu sou contra ou a favor, é o que eu acho que tem que ser feito. Não acredito que mulher alguma queira abortar. Não acho que ninguém quer arrancar um dente, e ninguém tampouco quer tirar a vida de dentro de si".REINALDO, A. Dilma "a católica", compara o aborto a arrancar um dente. In: Blog do Reinaldo Azevedo, 14/05/2010. Disponível emhttp://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/dilma-a-catolica-compara-o-aborto-a-arrancar-um-dente/. Acessado em 02/03/2012.
    [4] Nas palavras de Eleonora Menicucci: "[O aborto] não é uma questão ideológica, é uma questão de saúde pública, como o crack e outras drogas, a dengue, o HIV e todas as doenças infectocontagiosas". ELEONORA MENICUCCI DIZ QUE ABORTO É QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA. In: DCI digital. Disponível emhttp://www.dci.com.br/Eleonora-Menicucci-diz-que-aborto-e-questao-de-saude-publica-5-409642.html. Acessado em 02/03/2012.
    [5] WORLD HEALTH ORGANIZATION. Safe abortion: technical and policy guidance for health systems. 2nd ed. Washington: EUA, 2012.
    Para ler a primeira parte clique aqui.
    Ivanaldo Santos é filósofo e professor do departamento de filosofia e da Pós-Graduação em Letras (PPGL) da UERN. Livros publicados: Nietzsche: discurso introdutória (Editora Ideia, 2007), Aborto: discursos filosóficos (Editora, Ideia, 2008). ivanaldosantos@yahoo.com.br.
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top
    Foi um erro grave a postura tomada pelo Conselho Federal de Medicina
    Entrevista com especialista em bioética, Pe. Helio Luciano
    Por Thácio Lincon Soares de Siqueira
    BRASíLIA, 01 de Abril de 2013 (Zenit.org) - O Conselho Federal de Medicina, órgão que representa os mais de 400 mil médicos brasileiros, em nota do dia 21 de março (pode ser lida clicando aqui) posicionou-se a favor da "liberdade e autonomia da mulher", ou seja, do aborto.
    "Para chegar a esse posicionamento, os Conselhos de Medicina se debruçaram sobre o tema durante vários meses", afirma a nota, dizendo que diversos segmentos foram ouvidos e analisados vários "estudos e contribuições". E, por fim que "Representantes de grupos religiosos também foram chamados a colaborar, apresentando seu ponto de vista".
    "Por que não foi chamado ninguém do movimento "Brasil sem aborto", entidade supraconfessional que representa a maioria dos segmentos sociais contrários ao aborto? Por que não foi consultada a Comissão Família e Vida da CNBB, que representa a Igreja no Brasil nesta temática?", se pergunta – em entrevista à ZENIT - Pe. Hélio Luciano, especialista em bioética e membro da comissão de bioética da CNBB. E responde: "Será que estas pessoas e instituições poderiam ter argumentos fortes contra o aborto, que deslocaria a decisão dos membros do CFM em uma posição contrária ao mesmo?".
    Nesse posicionamento explora-se amplamente o princípio da "autonomia da mulher", afirmou Pe. Hélio, mas "De nenhum modo negamos tal princípio, importantíssimo e uma grande conquista das últimas décadas. O problema é passar de uma autonomia a um autonomismo, no qual a liberdade real de um indivíduo deveria ser considerada sobre a liberdade dos demais.
    Acompanhemos a entrevista que Pe. Hélio concedeu a ZENIT:
    ZENIT: O Conselho Federal de Medicina tomou uma decisão correta, eticamente falando?
    Pe. Hélio: Há algumas semanas, antes da última reunião do CFM em Belém - reunião que decidiu pelo apoio à defesa do aborto em qualquer situação até a décima segunda semana de gestação – tivemos acesso ao documento composto por uma equipe de trabalho do CFM. Tal documento apresenta-se como imparcial, mas a parcialidade em relação à defesa do aborto é bastante aberta em toda a parte geral do texto, deixando apenas, no final, um pequeno documento de alguém contrário ao aborto.
    O mais surpreendente, sob o nosso prisma, é que o tema é tratado a partir de uma contraposição entre a fé e a razão, ou seja, o aborto é defendido a partir de uma postura racional, com argumentos e dados científicos, enquanto a posição contrária ao aborto é colocada como uma posição meramente baseada na religião. Aqui não entramos no mérito da fiabilidade dos dados fornecidos – apesar das cifras de mulheres que morrem anualmente em decorrência do aborto, segundo os números citados, serem superiores ao número de mulheres em idade fértil que morrem por ano (contando todas as causas de morte) – mas na falta de dados científicos e racionais para contrapor o aborto. É fato que a partir da concepção temos um organismo humano, com DNA humano, diferente daquele dos seus pais e pertencente à espécie homo sapiens sapiens. Este novo ser humano tem capacidade de desenvolver-se como um organismo individual, sem nenhuma solução de continuidade no seu desenvolvimento orgânico, que poderá durar mais de cem anos. Colocar que o início da atividade orgânica deste novo indivíduo está na formação de alguma estrutura específica é desconhecer a embriologia humana e perigosa, pois torna-se sempre aleatória - na Europa já começa a defender-se o infanticídio por uma coerência com a postura abortista (a argumentação seria "se a capacidade de ser humano se alcança, por que deveríamos afirmar que a criança recém nascida já alcançou esta capacidade?").
    O princípio da autonomia da mulher foi o principal argumento apresentado para a defesa do aborto. De nenhum modo negamos tal princípio, importantíssimo e uma grande conquista das últimas décadas. O problema é passar de uma autonomia a um autonomismo, no qual a liberdade real de um indivíduo deveria ser considerada sobre a liberdade dos demais. Aautonomia do ser humano presente no ventre da mãe também deve ser considerada. Ainda que talautonomia não possa ser exercida por ele mesmo, deve ser defendida - o próprio nascimento do Direito foi exatamente para defender aqueles que não poderiam fazer por si mesmos. Os dois valores em jogo – liberdade da mãe e vida do filho – devem ser colocados na balança e deve-se respeitar aquele com maior peso. Considerando que a liberdade é um valor que depende da vida, parece claro que o respeito à vida deste ser humano deve ser superior ao respeito da liberdade da mulher.
    Considerando tudo que foi dito até o momento, podemos dizer que foi um erro grave a postura tomada pelo Conselho Federal de Medicina. Repito que foi um erro não só do ponto de vista moral-religioso, mas também de um ponto de vista ético-racional, desrespeitando o próprio ser humano.
    ZENIT: Estar de acordo com a liberdade da mulher, de resolver ou não abortar, é o mesmo que apoiar o aborto?
    Pe. Hélio: O que está em jogo aqui não é estar de acordo com a liberdade de ninguém - toda pessoa de bom senso está de acordo com a liberdade dos demais. Porém, é necessário entender que a liberdade tem limite e que atos que não respeitem estes limites não são atos livres, mas violência contra outro ser. Deste modo o ladrão quando rouba não está exercendo propriamente a sua liberdade, mas está agredindo um terceiro.
    Sendo assim, estar de acordo com um ato de violência implica também uma culpa. E a culpa será maior quanto maior a responsabilidade da pessoa ou instituição que expressa a sua opinião. No caso do aborto, entendemos que a maioria das mulheres se encontra em uma situação delicada que não encontram outra saída - ainda que sempre exista. Essas mulheres, devido à gravidade de cada situação, podem ter a culpa diminuída.
    Pelo contrário, as instituições como o Conselho Federal de Medicina (nas pessoas que o representam), terão uma culpabilidade grande se, pelo seu posicionamento em relação ao aborto, este procedimento for aprovado no Brasil. Neste posicionamento não estão envolvidas questões sentimentais e econômicas graves – que poderiam diminuir sua culpabilidade – mas está envolvida a simples ideologia e o desconhecimento do valor da vida humana, colocado debaixo de um pretenso ato de liberdade.
    ZENIT: O CFM chama em si o direito da democracia, de que cada um tenha a sua própria opinião, e a possa expressar.
    Pe. Hélio: Nos últimos anos estamos vivendo o que o Beato João Paulo II e o Papa Bento XVI chamavam de "ditadura do relativismo". Somos todos obrigados a não ter opinião própria, mas considerar que todas as opiniões possuem igual conteúdo de verdade. Tal posição, além de excluir e acusar de fundamentalismo todas as posturas que defendam uma verdade – de modo especial a Igreja – é em si mesma falha e contraditória: se todas as afirmações são relativas, o próprio relativismo é relativo. Se colocarmos um exemplo, talvez possamos entender melhor: uma cadeira é sempre uma cadeira. Podemos encontrar diversas verdades sobre a cadeira – que tem "pés", que tem um lugar para sentar, que serve para descansar – mas nenhuma dessas verdades pode ser contraditória com outra, senão, por questão de lógica, alguma dessas verdades (ou todas) seria falsam.
    Do mesmo modo podemos ter várias considerações em relação ao aborto – quais sejam, do ponto de vista sociológico, epidemiológico, moral, ético, religioso, etc. – porém, nenhuma das mesmas pode ser contraditória entre si. Se dissermos que um embrião é um ser humano e que todo ser humano inocente tem direito à vida, não podemos simplesmente nos contradizer aceitando também uma verdade que a autonomia da mãe tem direito sobre a vida do seu filho.
    Mas estas argumentações racionais, atualmente, são diluídas e esvaziadas com a alegação de que são argumentação religiosa. Não importa o grau de racionalidade das mesmas – se vem de alguém que tem fé, simplesmente não é mais uma das tantas "verdades" válidas. A democraciaamplamente defendida pela sociedade atual é válida somente para alguns – as pessoas com fé não tem direito a participar da mesma, ainda que seus argumentos sejam racionais.
    ZENIT: O CFM não terá passado por cima do conceito de democracia ao tomar uma posição sem respeitar realmente a opinião dos médicos que ele representa?
    Pe. Hélio: Defender a violação da vida de um ser inocente é muito mais que passar por cima da democracia. Um simples documento de trabalho feito por poucas pessoas e discutido em um congresso com membros dos Conselhos Regionais de Medicina não pode ser decisivo para questões tão complexas como o aborto.
    O ideal seria uma ampla consulta aos médicos – a quem o Conselho representa – para saber a opinião dos mesmos.
    ZENIT: Diz a nota do CFM que foi consultado uma ampla parte da sociedade, até mesmo os setores religiosos, mas parece ser que isso não foi feito, porque a notícia pegou a todos de surpresa. A mesma CNBB, por meio de Dom Petrini, lançou uma nota de repúdio a essa decisão do CFM.
    Pe. Hélio: Quando tratamos questões sérias, como é o caso do aborto, temos o dever de fazer uma consulta a todos os setores da sociedade, como o CFM afirmou ter feito. Não se pode dizer que esta consulta foi feita simplesmente porque falamos com algumas pessoas (sem considerar que as pessoas procuradas, em sua maioria eram favoráveis ao aborto). O fato de terem colocado no documento de trabalho um texto contrário ao aborto – sendo que todo o demais eram favoráveis a esta prática – e terem chamado um sacerdote para falar ao público, não implica uma ampla consulta àqueles que são contrários ao aborto e nem uma consulta real à Igreja.
    Por que não foi chamado ninguém do movimento "Brasil sem aborto", entidade supraconfessional que representa a maioria dos segmentos sociais contrários ao aborto? Por que não foi consultada a Comissão Família e Vida da CNBB, que representa a Igreja no Brasil nesta temática? Será que estas pessoas e instituições poderiam ter argumentos fortes contra o aborto, que deslocaria a decisão dos membros do CFM em uma posição contrária ao mesmo?
    Quando se quer aprovar alguma postura de forma arbitrária, não se faz consulta ampla à sociedade e a seus diversos segmentos – dos quais a Igreja é um deles – mas simplesmente se tenta maquiar aquilo que já tinha sido decidido com tintas de democracia.
    Esperamos que o Conselho Federal de Medicina, na seriedade e competência que sempre o caracterizou, possa voltar atrás na sua decisão e abrir de fato o diálogo amplo com a sociedade, com os médicos que representa, e também com os setores favoráveis e contrários ao aborto. Deste diálogo poderemos todos sair mais maduros e com uma decisão que de fato represente o respeito à vida – os médicos foram chamados para cuidar da vida e não para suprimi-la.
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top

    ESPÍRITO DA LITURGIA
    Após o ofertório quando a assembleia deve se levantar?
    Responde padre Edward McNamara, L.C, professor de teologia e diretor espiritual
    Por Pe. Edward McNamara, L.C.
    ROMA, 05 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Um leitor italiano fez a seguinte pergunta:
    Após o ofertório e a lavagem das mãos, o sacerdote volta-se para a assembleia com as palavras "Orai irmãos e irmãs, para que o nosso sacrifício ...". Minha pergunta é: neste momento da liturgia devemos permanecer sentados ou de pé? Alguns se levantam logo na palavra "Orai" outros se levantam no prefácio. Há uma confusão porque nas missas em dias de semana o incenso não é usado. - D.GJ.S., Itália
    Apresentamos a resposta dada pelo Padre Edward McNamara:
    No n º 43 da Instrução Geral do Missal Romano diz:
    "Os fiéis permaneçam de pé, do início do canto da entrada, ou enquanto o sacerdote se aproxima do altar, até a oração do dia inclusive; ao canto do Aleluia antes do Evangelho; durante a proclamação do Evangelho; durante a profissão de fé e a oração universal; e do convite Orai, irmãos antes da oração sobre as oferendas até o fim da Missa, exceto nas partes citadas em seguida".
    "Sentem-se durante as leituras antes do Evangelho e durante o salmo responsorial; durante a homilia e durante a preparação das oferendas; e, se for conveniente, enquanto se observa o silêncio sagrado após a Comunhão".
    "Ajoelhem-se, porém, durante da consagração, a não ser que, por motivo de saúde ou falta de espaço ou o grande número de presentes ou outras causas razoáveis não o permitam. Contudo, aqueles que não se ajoelham na consagração, façam inclinação profunda enquanto o sacerdote faz genuflexão após a consagração".
    "Compete, porém, à Conferência dos Bispos adaptar, segundo as normas do direito, à índole e às legitimas tradições dos povos, os gestos e posições do corpo descritos no Ordinário da Missa53. Cuide-se, contudo, que correspondam ao sentido e à índole de cada parte da celebração. Onde for costume o povo permanecer de joelhos do fim da aclamação do Santo até ao final da Oração eucarística e antes da Comunhão quando o sacerdote diz Eis o Cordeiro de Deus, é louvável que ele seja mantido".
    "Para se obter a uniformidade nos gestos e posições do corpo numa mesma celebração, obedeçam os fiéis aos avisos dados pelo diácono, por um ministro leigo ou pelo sacerdote, de acordo com o que vem estabelecido no Missal".
    Essa regra geral está especificada no n º 146, que diz:
    "Outra vez no centro do altar, o sacerdote, de pé e voltado para o povo, estendendo e unindo as mãos, convida o povo a rezar, dizendo: Orai, irmãos e irmãs etc. O povo põe-se de pé e responde, dizendo: Receba o Senhor. Em seguida, o sacerdote, de mãos estendidas, diz a Oração sobre as oferendas. No fim o povo aclama: Amém".
    Esta norma não especifica se a assembleia tem de levantar-se logo que o sacerdote pronuncia a palavra "Orai ..." ou em vez ,deve esperar até que ele tenha concluído o convite, para em seguida, levantar-se e responder.
    No entanto, o fato de que a seção do Missal a proponha entre o "orai irmãos" e a resposta dos fiéis significa que a assembleia deve esperar até que o padre tenha terminado para levantar ou responder quando se levanta imediatamente depois que ele concluiu.
    É preciso entender que isso exige uma comunidade bem-disciplinada para agir em uníssono perfeito na conclusão do sacerdote e que momentos de silêncio ou de confusão, mais do que uma resposta imediata, podem acontecer.
    Portanto, não considero um problema se em alguns lugares, a comunidade se levanta enquanto o padre ainda está recitando "Orai irmãos". Tanto o convite como a resposta dos fiéis são tão curtas que isso não deveria causar qualquer dificuldade.
    Não é previsto que os fiéis se levantem após a resposta, ainda que, a Conferência Episcopal possa, legitimamente, propor essa mudança no Missal.
    Não corresponde à tradução litúrgica que a assembleia permaneça sentada durante a oração sobre as oferendas. Normalmente, os fiéis estão de pé ou, ocasionalmente, se ajoelham quando o sacerdote recita uma oração na sua qualidade de presidente.
    * Os leitores podem enviar perguntas paraliturgia.zenit@zenit.org. Pedimos a gentileza de mencionar a palavra "liturgia" no campo assunto. O texto deve incluir suas iniciais, o nome da cidade e estado, província ou país. Padre McNamara só poderá responder algumas das muitas que recebemos.
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top

    MUNDO
    51ª Assembleia da CNBB tem página no facebook
    Conteúdo será postado diariamente com vídeos das coletivas de imprensa, boletim em áudio, entre outros
    BRASíLIA, 04 de Abril de 2013 (Zenit.org,Cnbb.org) - Com o objetivo de ampliar os canais de comunicação da 51ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, a Equipe de Assessoria de Imprensa da CNBB criou uma página oficial no facebook que já está no ar. Durante a realização da Assembleia, em Aparecida, de 10 a 19 de abril, serão postados, diariamente, conteúdos na página como vídeos das coletivas de imprensa, boletim em áudio, galeria de fotos, entre outros.
    Assim, os veículos de comunicação que desejarem reproduzir os materiais, poderão utilizá-los livremente, com o devido crédito. Além disso, no site da CNBB serão postadas matérias, realeses e outras publicações sobre a 51ª Assembleia Geral. Conheça e curta a página:www.facebook.com/pages/Assembleia
    -Geral-da-CNBB/632779040068974?fref=ts

    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top
    Homenagem do Santo Padre ao cardeal Phan Minh Mân
    Por duas vezes o Papa Francisco beijou o anel do único cardeal vietnamita do Conclave
    ROMA, 02 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Por duas vezes (no 13 e no 15 de março) depois da eleição, o novo Papa ajoelhou-se para beijar o anel episcopal do cardeal Jean-Baptiste Pham Minh Mân, arcebispo de Saigón. Esta atenção especial, que não escapou dos grandes meios de comunicação internacionais, surpreendeu e intrigou. O cardeal Jean-Baptiste Pham Minh Mân falou de tal gesto particular do papa Francisco numa entrevista em língua vietnamita, traduzida ao francês por Eglises d'Asie, a agência das Missões Exteriores de Paris.
    O cardeal vietnamita confidenciou as suas primeiras impressões sobre o novo Papa Francisco, afirmando tê-lo conhecido "durante os dias antes do Conclave, através das suas intervenções" durante as congregações gerais, onde os cardeais "tiveram a oportunidade de conhecer-se melhor, de conversar e simpatizar".
    "Depois da sua eleição, a calorosa saudação que me foi dirigida, o gesto de respeito comigo (duas vezes ajoelhou-se para beijar o anel que trazia no dedo, a primeira vez imediatamente depois da sua eleição, na tarde da quarta-feira, 15 de março, a segunda vez durante a audiência concedida aos cardeais, sexta-feira, 15 de março), tive a sensação de que o nosso pontífice seja um homem de coração sincero e humilde, cheio de bondade e de mente aberta", afirmou o cardeal.
    Voltando ao conclave, o cardeal vietnamita narrou que viveu "num clima sereno, calmo e de amizade, na comunhão fraterna", graças "ao período preliminar, que durou uma semana, durante o qual os cardeais se prepararam escrupulosamente para o evento". Para o cardeal Pham Minh Mân, o desafio mais ardente do momento atual é a "secularização que transforma a vida espiritual de vários católicos num verdadeiro deserto, secando-lhes o fervor religioso, atraindo-os para o modo de ser deste mundo e tornando-os vulneváreis às tentações do demônio".
    Neste contexto, o Santo Padre convida "ao serviço da vida humana no diálogo, no confronto e na colaboração, e a rejeitar a recíproca exclusão"; a coisa mais importante é "deixar-se guiar pelo Espírito Santo, no seguimento do Senhor Jesus".
    Neste espírito, o cardeal ficou feliz pela carta da Conferência Episcopal para a revisão da Constituição do Vietnam, e desejou que os bispos vietnamitas avancem "na luz da verdade e do amor de Cristo, no caminho do diálogo e da colaboração", permanecendo distantes do "caminho da luta política, da polêmica e da exclusão recíproca".
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top

    ENTREVISTAS
    O papa Francisco na Cátedra do bispo de Roma
    Monsenhor Brandolini, vigário capitular de São João de Latrão, explica o significado antigo do rito do assentamento romano
    Por Salvatore Cernuzio
    ROMA, 04 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Na Oitava de Páscoa, domingo 7 de abril, o Santo Padre Francisco presidirá a celebração da Eucaristia por ocasião da toma de posse da Cátedra Romana. O rito será às 17h30, na "mãe de todas as Igrejas", a basílica de São João de Latrão e o acesso será livre para todos os fieis que queiram participar. O assentamento ou "toma de posse" desta sede, está prevista pela Constituição apostólica de João Paulo II Universi Dominici Gregis, sobre a eleição do pontífice, e tem raízes históricas muito antigas.
    Zenit entrevistou o bispo Luca Brandolini, vigário capitular de São João de Latrão, que como liturgista expressa a sua opinião sobre os "primeiros passos" do novo sucessor de Pedro.
    ZENIT: Excelência, qual é o significado desta festa?
    - Mons. Brandolini: A celebração do domingo é o antigo rito do "sentar-se na Cátedra romana" e não de "toma de posse", porque não toma posse de nada. Enquanto que os ritos da entrega do Pálio e do anel do Pescador colocavam em evidencia a dimensão universal do ministério do pontífice eleito, o do domingo ilumina a raiz totalmente eclesial, colocada pela providência de Deus na Igreja de Roma, da qual brota justamente o ministério petrino. Acontece na basílica de São Salvador (mais conhecida como São João de Latrão), porque, por costume antigo, é identificada como Igreja "mãe e cabeça" de todas as igrejas de Roma e de todo o mundo, como está escrito nos umbrais das colunas da fachada. Como todas as catedrais, além do mais, faz referência à cátedra, a sede episcopal da qual o bispo exerce o seu serviço doutrinário e litúrgico, "símbolo do poder do ensinamento, que não é um poder mas um serviço e uma obediência à palavra educação, que não é um poder, mas serviço e obediência à palavra de Deus, e é parte essencial do mandato de "ligar e desligar", confiado pelo Senhor a Pedro, como disse Bento XVI, quando se sentou na cátedra no dia 5 de maio de 2005. A celebração tem, por tanto, uma dimensão marcadamente pneumatológica, porque exalta o Espírito como origem do carisma e do ministério de Pedro, que dá começo e cumpre todas as coisas.
    ZENIT: Como será a celebração do domingo?
    - Mons. Brandolini: O papa Francisco será acolhido na porta principal da Basílica pelo cardeal Arcipreste, o cardeal vigário Agostino Vallini, o Cardeal Camillo Ruini, vigário emérito, pelo Conselho Episcopal da diocese e pelo Conselho dos párocos prefeitos. Depois beijará o Crucifixo, fará a aspersão e em procissão será acompanhado ao Palácio do Vicariato onde se revestirá. Assim começará a celebração com uma saudação do cardeal arcipreste, inspirado por uma tradição patrístico-litúrgica muito antiga, depois da qual o papa Francisco subirá à Cátedra para ser aclamado como bispo de Roma. Num segundo momento, doze pessoas cumprirão o rito da obediência: o cardeal vigário e o vice-gerente; dois sacerdotes, um pároco e um vice-pároco; dois diáconos, um permamente e um que se prepara para o ministério presbiteral; dois religiosos ao serviço da diocese de Roma; dois adultos, normalmente um homem e uma mulher, e dois adolescentes que receberam a Confirmação. Ao término disso começará a eucaristia.
    ZENIT: De acordo com a Lenda Maior de São Francisco, o Papa Inocêncio III sonhou com um pobre frade que sustentava nos seus ombros a basílica de Latrão, símbolo da Igreja universal. À luz desta lenda, qual é o significado da volta de um novo Francisco a São João de Latrão pela primeira vez?
    - Mons. Brandolini: Acho que é preciso rejuvenescer a Igreja, porque ela é semper reformanda, como repetidamente enfatizou o Concílio Vaticano II. Assim, o papa Francisco fará seu discernimento em torno desta reforma da Igreja adaptada aos nossos tempos, também baseado na sensibilidade que amadureceu com a sua experiência como bispo. Temos visto qual é o estilo do novo pontífice, muito simples, humilde, de atenção prioritária para todo o mundo da pobreza. Acho que continuará o seu caminho sobre estes mesmos trilhos sobre os quais já deus os primeiros passos.
    ZENIT: O que você acha, pessoalmente, desse pontífice?
    - Mons. Brandolini: Acho que é como todo bispo deveria ser, ou seja - usando as palavras de Santo Agostinho – Pastor bonus in populo, o bom pastor no meio do seu povo. Isso é, na minha opinião, a primeira tarefa que todo bispo deve cumprir, sem tirar nada à dimensão teológica, doutrinal, que também forma parte do seu ministério. O papa já demonstrou ser um "bom pastor" neste sentido, com muita simplicidade, mas também com grande profundidade e riqueza de conteúdos. Em especial, me emocionou muito a argumentação da Missa Crismal da Quinta-feira santa sobre a figura do sacerdote: as imágens do óleo que desce sobre a casula e inunda a todos, ou do "pastor com cheiro de ovelha", são expressões realmente significativas.
    ZENIT: O Santo Padre definiu-se a si mesmo até agora como bispo de Roma e não como papa...
    - Mons. Brandolini: E espero que seja o Bispo de Roma! João Paulo II, por exemplo, visitou quase todas as paróquias da capital e também muitos hospitais. Quando fui bispo auxiliar para a Saúde de Roma, o beato João Paulo II, a cada ano, na Quaresma e Advento, visitava hospitais, escolas, realidades eclesiásticas e assim por diante. Espero que o papa Francisco faça o mesmo, sempre tendo em conta as forças físicas. Wojtyla tinha 58 anos quando foi eleito, Bergoglio tem quase 77.
    ZENIT: O que se espera do primeiro discurso que o bispo de Roma fará na sua catedral?
    - Mons. Brandolini: Que fale sobre a cidade de Roma. Mais especificamente, vem à mente o que destaca o cardeal Vallini nas suas homilias: que Roma é uma cidade muito rica de recursos, não só do ponto de vista humano, mas também cristão. É uma cidade multicultural, multiétnica, mas que precisa de um novo e mais forte anúncio do Evangelho e uma comunicação aberta com todas as realidades ao serviço da promoção do homem, da vida social, do ecumenismo e do diálogo inter-religioso.
    ZENIT: Nas primeiras celebrações do Papa Francisco temos visto uma "simplificação" dos ritos. Qual é a sua impressão como liturgista?
    - Mons. Brandolini: Estamos plenamente de acordo com o que diz a Constituição conciliar sobre a Liturgia, a Sacrosanctum Concilium, ou uma "nobre simplicidade". Talvez em tempos recentes tornou-se um pouco mais pesado este aspecto do ponto de vista exterior. Então, estou convencido de que, através desta "simplificação", o mistério celebrado é revelado e se torna presente mais diretamente. O aspecto exterior, de fato, corre o risco de chamar a atenção mais sobre a dimensão estética do que sobre o mistério, que precisa contudo do silêncio, do clima de oração e da escuta, fundamentais na experiência litúrgica.
    ZENIT: Quanto à "redução" que o Papa fez das leituras da missa da Páscoa, o que você acha?
    - Mons. Brandolini: Está tudo previsto no Missal. Acho que o Santo Padre usou uma indicação que permite a escolha das leituras e diminuir com base nas circunstâncias, tais como quem preside ou a assembleia que participa. Há fragmentos que não devem faltar nunca como o Gênesis, o Êxodo e a Carta de São Paulo aos Romanos. As leituras proféticas, por exemplo, de quatro podem ser convertidas em uma. Não acho que o Papa tenha querido reduzir para diminuir o sentido de uma celebração que, na Liturgia da Palavra, oferece um quadro geral da história da salvação. E mais, parece-me que tudo foi conservado na Vigília Pascal em São Pedro, sobretudo os sacramentos de iniciação cristã que qualificam esta celebração.
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top

    ESPIRITUALIDADE
    O nono dos Dez Mandamentos da Lei de Deus
    Catequese do Pe. Reginaldo Manzotti
    Por Pe. Reginaldo Manzotti
    CAMPINAS, 02 de Abril de 2013 (Zenit.org) - "Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu boi, nem seu jumento, nem nada do que lhe pertence". (Ex 20, 17). Este é o nono dos Dez Mandamentos da Lei de Deus e Jesus, no Evangelho de Mateus, também se refere a ele com a seguinte citação: "Eu, porém, vos digo: todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher, já adulterou com ela em seu coração". (Mt 5, 28)
    Este mandamento proíbe a cobiça da carne, seja do homem ou da mulher. O ser humano é um ser completo composto de espírito e corpo e a própria Palavra de Deus coloca certa tensão entre o espírito e a carne.
    São João nos explica três espécies de cobiça ou de concupiscência, como também é conhecida: a da carne; dos olhos; e a soberba da vida. "Não ameis o mundo nem as coisas do mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. Porque tudo o que há no mundo – a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida – não procede do Pai, mas do mundo. O mundo passa com as suas concupiscências, mas quem cumpre a vontade de Deus permanece eternamente". (1Jo 2, 15-17)
    O coração é um órgão, mas na teologia espiritual é como o centro da personalidade moral da pessoa humana.
    Disse Jesus: "Porque é do coração que provêm os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as impurezas, os furtos, os falsos testemunhos, as calúnias". (Mt 15, 19)
    É um erro e exagero achar que o mal vem de fora, pois ele age dentro de nós. Não esqueçamos que o inimigo perdeu tudo, menos a inteligência angelical. Ele é um camaleão, astuto e se apresenta a nós de uma forma sedutora e ele entra em nosso interior e descobre o que mais nos fascina e se mascara com aquela fascinação para nos atrair.
    Mas como trabalhar esse desejo da carne? Lembremos o que disse Jesus: bem aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Por isso, se o coração é a fonte do mal, temos que purificá-lo, de preferência em três níveis: na caridade, na castidade ou retidão sexual e no amor à verdade e à ortodoxia da fé.
    A pureza do coração é uma luta, pois todo ser humano vive a sexualidade. Mas como lutar? Primeiro pela virtude do dom da castidade, que permite amar com o coração reto.
    Segundo pela pureza de intenções. Pureza no olhar, interior e exterior. Disciplinar os sentimentos e a imaginação. Por exemplo, o belo tem que ser olhado, mas entre olhar e alimentar o desejo tem uma grande diferença. É preciso ter domínio, disciplina nos sentimentos e na imaginação. No Livro da Sabedoria encontramos o texto: "A vista excita os desejos dos insensatos, fantasma inanimado de uma imagem sem vida que provoca a paixão!" (Sb 15, 5).
    O pudor também preserva a intimidade da pessoa. É a temperança, é orientar o olhar, os gestos em conformidade com a dignidade da pessoa. O pudor é o respeito à pessoa.
    Mas como dominar essas paixões desorientadas? Através de muita oração e do pensamento em Deus. Não é negar a sexualidade, pois a Igreja não é contra a sexualidade. E Deus não quer que nos castremos. É fazer da castidade uma virtude, o que pode ser difícil, mas não impossível.
    Padre Reginaldo Manzotti é coordenador da Associação Evangelizar é Preciso – obra que objetiva a evangelização pelos meios de comunicação – e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR). Apresenta diariamente programas de rádio e TV que são retransmitidos e exibidos por milhares de emissoras do país e exterior. Site:www.padrereginaldomanzotti.org.br.
    Para ler as catequeses anteriores:
    Primeira catequese: http://www.zenit.org/article-30044?l=portuguese
    Segunda catequese:http://www.zenit.org/article-30528?l=portuguese
    Terceira catequese: http://www.zenit.org/article-30727?l=portuguese
    Quarta catequese: http://www.zenit.org/article-30972?l=portuguese
    Quinta catequese: http://www.zenit.org/article-31827?l=portuguese
    Sexta catequese (parte I):http://www.zenit.org/article-31446?l=portuguese
    Sexta catequese (parte II):http://www.zenit.org/article-31897?l=portuguese
    Sétima catequese:http://www.zenit.org/pt/articles/o-setimo-dos-dez-mandamentos-da-lei-de-deus
    Oitava catequese (parte I):http://www.zenit.org/pt/articles/o-oitavo-dos-dez-mandamentos-da-lei-de-deus-parte-i
    Oitava catequese (parte II):http://www.zenit.org/pt/articles/o-oitavo-dos-dez-mandamentos-da-lei-de-deus-parte-ii
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top

    ANÁLISE
    Mentira e verdade
    Da mentira do relativismo, temos de expor a verdade clarividente do evangelho de nosso Salvador
    Por Edson Sampel
    SãO PAULO, 01 de Abril de 2013 (Zenit.org) - No Dia Internacional da Mentira, 1.º de abril, professamos a maior verdade de todos os tempos: a ressurreição de Jesus Cristo, a Páscoa. Um modernismo destruidor, baseado no agnosticismo, propugna uma visão de mundo sem Deus. A partir desta falácia mentirosa, ou "segunda realidade", para empregar uma expressão a gosto dalguns filósofos cristãos, tudo o mais na vida se baseia na mentira ou nas meias-verdades, que também são mentiras.
    Jesus é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14, 6). Temos de acatar obsequiosamente a doutrina de Jesus tal como ela é, sem impregná-la de inverdades. Assim, da mentira da salvação independentemente da Igreja católica, temos de reiterar a verdade de que fora da Igreja católica, ou sem alguma relação com ela, não há salvação; da mentira das heresias, temos de reforçar a verdade da fé correta, salvaguardada principalmente pelo papa; da mentira da inexistência do diabo, temos de blasonar a verdade da atuação maléfica dos demônios no mundo; da mentira do homossexualismo, temos de apresentar de modo indefesso a verdade do amor heterossexual, entre um homem e uma mulher; da mentira do direito da mulher de dispor de seu corpo, temos de inculcar a verdade da autonomia biológica e existencial do nascituro; da mentira do prazer pornográfico, temos de reintroduzir a verdade de que o sexo deve ser praticado somente no matrimônio; enfim, da mentira do relativismo, temos de expor a verdade clarividente do evangelho de nosso Salvador.
    Talvez todo dia 1.º de abril seja mesmo uma oportunidade para identificarmos as mentiras ao nosso redor e cambiá-las pelas verdades que, às vezes doem, mas libertam, conforme nos ensinou Jesus: "A verdade vos libertará" ( Jo 8,32 ).
    Edson Luiz Sampel é doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense, do Vaticano e professor da Escola Dominicana de Teologia (EDT).
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top

    AUDIÊNCIA DE QUARTA-FEIRA
    O coração da nossa esperança é a morte e a ressurreição de Jesus
    Catequese do Papa Francisco na segunda Audiência Geral do pontificado
    ROMA, 03 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Na sua segunda Audiência geral, com uma Praça de São Pedro abarrotada de fieis, o santo padre Francisco retomou as catequeses do Ano da Fé, começadas pelo seu predecessor Bento XVI. A ocasião foi propícia para explicar a força da mensagem que contém o artigo de fé sobre a ressurreição de Cristo. Oferecemos aos nossos leitores a tradução de ZENIT do original italiano do Papa.
    ***
    Queridos irmãos e irmãs,
    Bom dia,
    hoje voltamos às catequeses sobre o Ano da fé. No Credo repetimos esta expressão: "ressuscitou no terceiro dia segundo as Escrituras". E é este o evento que estamos celebrando: a Ressurreição de Jesus, centro da mensagem cristã, ecoado desde o princípio e transmitido para que chegasse até nós. São Paulo escreve aos cristãos de Corinto: "Transmiti-vos, em primeiro lugar, aquilo que eu mesmo recebi; Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras. Foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Apareceu a Cefas e depois aos Doze" (1 Cor 15, 3-5). Esta breve confissão de fé anuncia justamente o Mistério Pascal, com as primeiras aparições do Ressuscitado a Pedro e aos Doze: a Morte e a Ressurreição de Jesus são o coração da nossa esperança. Sem esta fé na morte e na ressurreição de Jesus a nossa esperança será fraca, mas não será nem sequer esperança, e o coração da nossa esperança é a morte e a ressurreição de Jesus. O Apóstolo afirma: "Se Cristo não ressuscitou, vã é vossa fé; ainda estais nos vossos pecados" (v. 17). Infelizmente, muitas vezes procurou-se obscurecer a fé na Ressurreição de Jesus, e também entre os mesmos crentes insinuaram-se dúvidas. Um pouco aquela fé "água com açucar", como dizemos; não é a fé forte. E isso por superficialidade, às vezes por indiferença, ocupados por várias coisas que são consideradas mais importantes do que a fé, ou também por uma visão só horizontal da vida. Mas, é justamente a Ressurreição que nos abre à esperança maior, porque abre a nossa vida e a vida do mundo ao futuro eterno de Deus, à felicidade plena, à certeza de que o mal, o pecado, a morte podem ser vencidos. E isto leva a viver com mais confiança as realidades cotidianas, enfrentá-las com coragem e com compromisso. A Ressurreição de Cristo ilumina com uma nova luz estas realidades cotidianas. A Ressurreição de Cristo é a nossa força!
    Mas como é que nos foi transmitida a verdade de fé da Ressurreição de Cristo? Há dois tipos de testemunhos no Novo Testamento: alguns estão na forma de profissão de fé, ou seja, de fórmulas sintéticas que mostram o núcleo da fé; outros, pelo contrário, estão na forma de narração do evento da Ressurreição e dos fatos ligados a ela. A primeira: a forma da profissão de fé, por exemplo, é aquela que acabamos de escutar, como também aquela da Carta aos Romanos na qual São Paulo escreve: "Porque, se confessares com tua boca que Jesus é Senhor e creres em teu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo" (10, 9). Desde os primeiros passos da Igreja é bem sólida e clara a fé no Mistério da Morte e Ressurreição de Jesus. Hoje, porém, gostaria de deter-me na segunda, nos testemunhos como forma de narração, que encontramos nos Evangelhos. Em primeiro lugar notemos que as primeiros testemunhas deste evento foram as mulheres. Na aurora, elas vão até o sepulcro para ungir o corpo de Jesus, e encontram o primeiro sinal: o túmulo vazio (Mc 16,1). Depois continua o encontro com um Mensageiro de Deus que anuncia: Jesus de Nazaré, o Crucificado, não está aqui, ressuscitou (cf. vv 5-6.). As mulheres são movidas pelo amor e sabem acolher este anúncio com fé: crêem, e rapidamente o transmitem, não o guardam para si, transmitem-no. A alegria de saber que Jesus está vivo, a esperança que enche o coração, não pode ser contida. Isto também deveria acontecer na nossa vida. Sentimos a alegria de ser cristãos! Nós cremos num Ressuscitado que venceu o mal e a morte! Temos a coragem de "sair" para levar essa alegria e essa luz a todos os lugares da nossa vida". A Ressurreição de Cristo é a nossa maior certeza; é o tesouro mais precioso! Como não compartilhar com os outros esse tesouro, essa certeza? Não é só para nós, é para transmití-la, para dar aos outros, compartilhar com os outros. É é o nosso testemunho.
    Um outro elemento. Nas profissões de fé do Novo Testamento, como testemunhas da Ressurreição são lembrados somente homens, os Apóstolos, mas não as mulheres. Isto porque, de acordo com a lei judaica da época, as mulheres e as crianças não podiam dar um testemunho confiável, credível. Nos Evangelhos, no entanto, as mulheres têm um papel primordial, fundamental. Aqui podemos captar um elemento a favor da historicidade da Ressurreição: se fosse um fato inventado, no contexto daquela época não teria sido ligado ao testemunho das mulheres. Os evangelistas pelo contrário narram simplesmente o que aconteceu: as mulheres são as primeiras testemunhas. Isso diz que Deus não escolhe de acordo com os critério humanos: as primeiras testemunhas do nascimento de Jesus são os pastores, gente simples e humilde; as primeiras testemunhas da Ressurreição são as mulheres. E isso é bonito. E essa é um pouco a missão das mulheres: das mães, das mulheres! Dar testemunho aos filhos, aos netos, que Jesus está vivo, é o vivente, ressuscitou.
    Mães e mulheres, adiante com este testemunho! Para Deus o que conta é o coração, o quanto estamos abertos à Ele, se somos como as crianças que confiam. Mas isso nos faz refletir também sobre como as mulheres, na Igreja e no caminho de fé, tenham tido e também hoje o tenham, um papel especial no abrir as portas para o Senhor, no seguí-lo e no comunicar o seu Rosto, porque o olhar de fé tem sempre necessidade do olhar simples e profundo do amor. Os Apóstolos e os discípulos têm mais dificuldades para crer. As mulheres não. Pedro corre ao sepulcuro, mas fica parado diante do túmulo vazio; Tomé tem que tocar com as suas mãos as feridas do corpo de Jesus. Também no nosso caminho de fé é importante saber e sentir que Deus nos ama, não ter medo de amá-lo: a fé se professa com a boca e com o coração, com a palavra e com o amor.
    Depois das aparições às mulheres, acontecem outras: Jesus se faz presente de um modo novo: é o Crucificado, mas o seu corpo é glorioso; não voltou à vida terrena, mas numa nova condição. No começo não o reconhecem, e somente por meio das suas palavras e dos seus gestos que os olhos se abrem: o encontro com o Ressuscitado transforma, dá uma nova força à fé, um fundamento inabalável. Também para nós há tantos sinais em que o Ressuscitado se deixa reconhecer: a Sagrada Escritura, a Eucaristia, os outros sacramentos, a caridade, aqueles gestos de amor que trazem um raio do Ressuscitado. Deixemo-nos iluminar pela Ressurreição de Cristo, deixemo-nos transformar pela sua força, para que também através de nós os sinais de morte no mundo cedam o lugar aos sinais de vida. Vi que a praça está cheia de jovens. Eis aí! Digo a vocês: Levem adiante esta certeza: o Senhor está vivo e caminha ao nosso lado na vida. Esta é a missão de vocês! Levar adiante esta esperança. Estejam ancorados nessa esperança: esta âncora que está no céu; segurem forte a corda, estejam ancorados e levem adiante a esperança. Vocês, testemunhas de Jesus, levem adiante o testemunho de que Jesus está vivo e isto lhes dará esperança, dará esperança a este mundo um pouco envelhecido pelas guerras, pelo mal, pelo pecado. Avante jovens!
    Read it online | Envie a um amigo | Comenta online
    Go to top
    ZENIT é uma agência internacional de informação
    Visite nossa página: http://www.zenit.org
    Para assinatura / cancelar assinatura visite:http://www.zenit.org/portuguese/subscribe.html
    To make a donation to support ZENIT:http://www.zenit.org/portuguese/doacaos.html
    Para presentear ZENIT, sem nenhum custo:http://www.zenit.org/portuguese/presente.html
    Please send press releases using:http://www.zenit.org/portuguese/noticias.html
    * * * * * * * * * * * * * * * *
    This edition is protected by U.S. copyright Laws and by international copyright laws
    A reprodução dos serviço de ZENIT necessitam da permissão expressa do editor:http://www.zenit.org/portuguese/permissao.html
    (c) Innovative Media Inc.07/04/2013 22:16:08


    Share Save
    0 avaliação(ões)





    Papa Francisco: Não tenhamos medo de ser cristãos nem de …

    JESUS CRISTO É UMA PONTE : DEUS PAI A SANTA CATARINA DE …

    Segundo domingo da Páscoa - Festa da Divina Misericórdia

    A hora do beijo

    vatican acabou de enviar um vídeo

    acrvcatolico: "Decapitando o Papa" - PUC/SP

    Vícios do século XXI

    Augusto de Piabetá - Blog Católico

    A Marca da Besta: A Educação do Futuro

    Pais serão obrigados por lei a matricular filhos de 4 anos …

    Código Eucaristia

    Papa Francisco e o Milagre Eucarístico em Buenos Aires

    Catholic Apologetics · News · Pope/Vatican · Interviews · Homilies ·Reportage · Talks · Catechesis · Mission · Pilgrimage · Liturgy ·Prayer · Vocations · Testimony · Pro Life · Mary · Saints · Family ·Youth · Kids · Music · Fun

    RSS Feed · Atom Feed · Contato · Publicidade · Expediente ·Termos e Condições

    Nenhum comentário:




    _


    Immaculata mea

    In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.


    Cubra-me

    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

    Ave-Maria

    A Paixão de Cristo