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    quarta-feira, 22 de maio de 2013

    Sakamoto: ensaio sobre a violência invertida














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    22 de maio de 2013

    Sakamoto: ensaio sobre a violência invertida

    Culpa-se a desigualdade pela violência, sem se perceber que a maior parte das vítimas da violência são justamente os pobres.
    por Flávio Morgenstern


    As diversas correntes que se agremiam sob a tônica da esquerda, compartilhando certos valores, objetivos, vocabulário, postura e método, costumam bradar claramente quais são suas diferenças (de Pol-Pot a Marina Silva, de alguém que acha que jazz é decadência musical como Adorno a, bem… Lula).

    Raramente, todavia, percebem algumas semelhanças em seu próprio pensamento com as coisas que mais desprezam – o que um vocabulário erudito, mascarador de conseqüências concretas, trata de esconder.

    É fácil, por exemplo, afirmar que a violência é culpa da “desigualdade social” (o que nem sabem direito o que é), sem perceber que, quando a violência aumenta, também aumenta o número de estupros pela óbvia sensação de insegura – um crime que não possui “transferência de renda” nenhuma. Tampouco se costuma lembrar que provavelmente 9 em cada 10 vítimas da violência são pobres – moradores, afinal, de bairros violentos, que bem por isso estão muito mais preocupados com segurança do que a alta elite moradora dos Jardins ou Leblon.

    Fácil é dizer que a violência é efeito da desigualdade social. Difícil é vir aqui na periferia e afirmar uma estultice dessas.

    Porém, mantidas radicalmente puras no reino das idéias platônicas, expressões com alto apelo sentimental travestido de racionalidade como “desigualdade social” são repetidas ad nauseam nos tratados de sociologia de botequim que povoam a academia, a imprensa e o imaginário coletivo do país. Repetidos tais termos apenas sentimentalmente, parecem uma conclusão quase científica – um fato da realidade, que apenas um louco seria capaz de não enxergar.

    Já no duro contato com a vida vivida, mesmo o mais empedernido ideólogo da esquerda age contrariamente a tal logorréia. Assim que pára o carro num semáforo em lugar ermo, trata de fechar o vidro mesmo que tenha um trocado no bolso – simplesmente porque seus instintos sabem muito bem a verdade óbvia: fazer a “transferência de renda” num assalto não vai melhorar em nada a vida dos pobres trabalhadores (e provavelmente sequer a daquele assaltante), além de recompensar muito mais o comportamento de um assaltante com um carro do que de um trabalhador que passa a vida sem conseguir comprar um (o que Robert Nozick já demonstrou com maestria cabal).

    Poucos defensores dos “pobres” dão com a língua nos dentes para demonstrar quão grande é, de fato, o vazio entre as boas intenções dos atos e os atos em si – e, ainda mais, a imagem desses atos. Como dizem os britânicos, show in true colours.

    O blogueiro do UOL e doutor em ciência política Leonardo Sakamoto é uma dessas figuras que resolve dizer o que muitos pensam, mas ninguém se mete a exteriorizar ou perceber entre o discurso e o ato. Ninguém consola um amigo assaltado violentamente dizendo que é culpa da desigualdade social. Mas Sakamoto está lá, escrevendo textos após assaltos, dizendo exatamente isso.

    Sakamoto, então, funciona como um paradigma. Alguém que só é lido por ser a opinião extremada, que serve a dois fins: fazer com que pessoas de esquerda se sintam tanto representadas, sem precisar se darem ao vexame de terem de exteriorizar elas próprias algumas idéias francamente ridículas (terceirizando, assim, a função de saco de pancada) e, “dialeticamente”, às vezes se sentirem mais lúcidas e menos radicais, ao verem alguém muito mais aferrado a noções pouco inteligentes da realidade.

    Serve também a um terceiro objetivo, ao ganhar muita audiência simplesmente proferindo caquinhas – mas se tornando conhecido mesmo assim, e rendendo um bom lucro a quem o contrata (esse paradoxo econômico-moral tampouco é percebido por seus leitores).
    Sakamoto na teoria

    A Virada Cultural em São Paulo é um evento em que a cidade é tomada por diversos palcos com atrações noite adentro. Mesmo andar nas espremidas ruas do Centro durante a alta noite costumava ser algo tranqüilo para os paulistanos, com tanta gente passando e um policiamento ostensivo na área. A Virada Cultural deste último fim de semana, entretanto, foi marcada por arrastões, 2 latrocínios, várias pessoas baleadas e muitos roubos (que chegaram a vitimar Eduardo Suplicy e Gilberto Dilmenstein, sem falar até em músicos que não tiveram seu caríssimo equipamento de trabalho roubado por pouco) e um grau de violência que apenas consubstanciou o estado de guerra civil em que vivemos: a violência brasileira, com seus 50 mil assassinatos por ano, mata mais do que qualquer guerra no mundo – para se ter idéia, dados da esquerda dão conta de 174 mil mortes em uma década na guerra do Iraque – montante de mortes violentas que atingimos em menos de 4 anos.

    Sakamoto, aproveitando-se do discurso de ódio contra a abstrata “classe média”, atendendo ao dog whistle que Marilena Chaui apitou ao declarar seu ódio vulcânico a pessoas que cometeram o crime de trabalhar de janeiro a 5 maio apenas para financiar o Estado que ela tanto adora, resolveu fazer uma “análise” sobre o caso. Obviamente, não em termos concretos (o que seria algo como “está difícil escrever culpar os preconceitos da classe média aqui da Virada, pois corro o risco de ter meu iPhone furtado a qualquer momento”), e sim pelas abstrações e palavras de ordem completamente vazias de sentido. O que podemos chamar de discurso oficial da rebeldia a favor.

    Escrevendo em tom de “ficção” uma espécie de “sátira” sobre os reclames que, supostamente, seriam “da classe média” contra a violência na Virada Cultural (como se os pobres tivessem adorado passar por arrastões), Sakamoto diz que “os nobres” do “reino” (de São Paulo) acharam que o número de saques tinha ido além da conta:


    Os nobres resmungavam que isso era a gota d’ água, que tinha ficado insustentável abrir os portões da cidade para a plebe rude e pediram para as fogueiras serem movidas para outros locais.

    Estranho, visto que essa foi a Virada Cultural com menos atrações na periferia, apesar do maior orçamento. E que o prefeito do tal “reino” seja o mais esquerdista e progressista dos 3 candidatos que arriscavam disputar o segundo turno, o petista Fernando Haddad.

    Sakamoto chama a cidade de “burgo”, comparando-a com um reino antigo em que “os moradores da área protegida pelas muralhas viviam em relativo conforto e segurança”. Será realmente um grande alívio para a História o dia em que o discurso oficial da rebeldia a favor da esquerda finalmente descobrir que um burgo é uma feira comercial, e como tal, é o inimigo número 1 dos antigos reinos murados, que protegiam as cidades antigas e medievais dos saqueadores, antes da ascensão do Estado moderno.

    Um burgo é o oposto do feudo. O feudalismo é a economia de servidão, em que se trabalha para o nobre justamente em troca da proteção dos muros (as terras férteis existiam fora dos muros, pois ninguém gastou tanto murando um país inteiro – o difícil era ter seu trabalho roubado à noite, como se fez na Virada Cultural). A burguesia é o livre comércio, a descoberta de rotas comerciais, as grandes navegações, o Renascimento, a troca livre sem precisar nem do nobre, nem do Estado (ou do clero). O burgo foi o que fez com que as cidades deixassem de ser muradas, sem falar nas caravanas comerciais itinerantes (origem do circo e dos bancos, que protegiam as riquezas durante as viagens). Quem precisaria assaltar vilarejos camponeses e viajantes que viviam de subsistência, se a troca livre das feiras enriquecia tanto quem vendia quanto quem comprava? Foi o comércio do burgo que derrubou os muros, de Carlos Magno ao Muro de Berlim. Mas seria extrema crueldade exigir conhecimentos históricos de alguém como Sakamoto.

    Nosso japonês preferido, cuja perícia em fazer ensinança histórica aos seus cupinchas permite que o reconheçamos como o Simplicissimus, prossegue na sua tentativa de “sátira”, garatujando que alguns ladrões pegos durante os saques no “reino” foram dar seu testemunho perante a nobreza. Com o perdão do texto abestalhadamente ridículo, Sakamoto tenta humanizar o roubo, quando conversam com um mensageiro “do burgo”:


    Os jovens eram aprendizes de ofício em uma casa de ferreiro. Perguntou, intrigado, sob juras de anonimato, a razão de terem feito aquilo com a cidade deles, pois – apesar de não terem posses – não precisavam da tunga para sobreviver. Como resposta, ouviu apenas “a cidade é de vocês, não nossa”.

    Percebeu que, para aqueles meninos, aquilo não foi apenas um assalto, mas uma tomada simbólica de um território que, nem de perto, eles conseguiam ver como seu – porque, de fato, não era. Usavam dos instrumentos covardes do roubo e da intimidação sem pudor porque não se viam como cidadãos. Eram invasores estrangeiros e, mais do que pilhar, queriam mostrar que eram capazes de pilhar diante do olhar impotente dos demais.

    Não seria preciso falar em “tomada simbólica de um território”, e sim de “tomada de um território”, já que não há nada “simbólico” em se adentrar no território do bolso alheio – como, ademais, não há nada de simbólico, psicológico ou sociológico em um estupro que o justifique.

    Mas Sakamoto, que inverte carrasco e vítima, inverte burgo e feudo, não deixa de se estabanar completamente ao falar em dominação territorial.

    Murray Rothbard, no imprescindível Anatomia do Estado, livrinho de umas 50 páginas (ou uma hora de áudio) que salvaria mentes para sempre antes de se prenderem na gaiolinha de conceitos da qual nem um professor como Sakamoto consegue escapar, como o próprio nome sugere, é cirúrgico em determinar o que, afinal, o Estado é:


    Devemos, portanto, enfatizar a ideia de que “nós” não somos o estado; o governo não somos “nós”. O estado não “representa” de nenhuma forma concreta a maioria das pessoas. Mas, mesmo que o fizesse, mesmo que 70 porcento das pessoas decidissem assassinar os 30 porcento restantes, isso seria ainda assim um assassinato e não o suicídio voluntário por parte da minoria chacinada.

    Não deve ser permitido que nenhuma metáfora organicista, nenhuma banalidade irrelevante, obscureça este fato essencial. Se, então, o estado não somos “nós”, se não é um encontro da “família humana” para decidir sobre os problemas mútuos, se não é uma reunião fraterna ou clube social, o que é afinal? Em poucas palavras, o estado é a organização na sociedade que visa manter o monopólio do uso da força e da violência numa determinada área territorial; em específico, é a única organização na sociedade que obtém a sua receita não pela contribuição voluntária ou pelo pagamento de serviços fornecidos mas através da coerção.

    Enquanto os outros indivíduos ou instituições obtêm o seu rendimento através da produção de bens e serviços e da venda voluntária e pacífica desses bens e serviços ao próximo, o estado obtém o seu rendimento através do uso da compulsão; isto é, pelo uso e a ameaça de prisão e uso das armas. Depois de usar a força e a violência para obter a sua receita, o estado passa geralmente a regular e a ditar as outras ações dos seus súditos.

    Será que isso é suficiente para deixar claro que é o Estado tão amado pelas esquerdas que age dessa forma que Sakamoto atribui a quem vive fora do Estado, sem coação, sem monopólio de violência (na verdade, até sem violência)? Rothbard não tinha certeza, e por isso escreveu tal livro há meio século (como se vê, ele estava certo).

    O erro de Sakamoto é o erro paradigmático de toda a esquerda: inverter o conceito de exploração (e, por conseguinte, de violência), modinha tão “científica” desde sua sistematização por Karl Marx. A riqueza do mundo (a comida, as roupas, as casas, o iPhone e o livro da Marilena Chaui) não está “pronta”, e muito menos em número fixo no mundo. Ela precisa ser criada. Quem olha para um matagal e planta soja ali cria uma riqueza que antes não existia. Sabendo-se que a mais importante lição de economia é que o estado natural do homem é a pobreza, não a riqueza, se alguém não teve esse primeiro ato criativo e quer soja, nada mais justo que trabalhe para quem criou essa riqueza e pode dispor dela por ser fruto de seu próprio trabalho – ou seja, não há “exploração” nenhuma em trabalhar para um produtor, pois do contrário viveria-se na miséria, sem soja.

    Por outro lado, o Estado tomar sob impostos a produção alheia é um ato de violência e exploração: alguém trabalha sem ficar com os frutos do seu trabalho. O que a esquerda faz é, justamente, defender tal exploração (de forma semelhante ao que o fascismo fez) e violência, e afirmar que quem produz sem ferir ninguém está praticando uma “violência simbólica”, pois quem está de fora dessa produção “não pertence” à comunidade produtora. Prefere-se institucionalizar o monopólio da violência estatal para atingir seus fins (de Max Weber a Mao Zedong, de Jouvenel a Hannah Arendt, todos sabem que só o Estado pode ser violento e criar um “pertencimento” dividido entre nós e eles como Sakamoto quer fazer crer que a “classe média” o faz).

    Ou seja, para essa mentalidade, se alguém produz algo, ele imediatamente deve essa produção a todos aqueles que não produziram, simplesmente para evitar a inveja alheia.



    Mas há uma lição ainda mais sutil. Sakamoto crê ser “violência simbólica” ou uma tentativa de se ver como “cidadão” o roubo, a tomada violenta do fruto do trabalho de alguém que produziu aquilo. Ensina Rothbard:


    O grande sociólogo alemão Franz Oppenheimer apontou para o fato de que existem duas formas mutuamente excludentes de adquirir riqueza; a uma, a forma referida acima, de produção e troca, ele chamou de “meio econômico”. A outra forma é mais simples na medida em que não requer produtividade; é a forma em que se confisca os bens e serviços do outro através do uso da força e da violência. É o método do confisco unilateral, do roubo da propriedade dos outros. A este método Oppenheimer designou “o meio político” de aquisição de riqueza. Deve ficar claro que o uso pacífico da razão e da energia na produção é o caminho “natural” para o homem: são os meios próprios ao ser humano para a sua sobrevivência e prosperidade nesta terra. Deve ficar igualmente claro que o meio coercivo, explorador, é contrário à lei natural; é parasítico, pois em vez de adicionar à produção, apenas subtrai. (grifos nossos)

    Fazer as contas convence? Talvez ainda se queira crer que produzir riqueza não é suficiente, pois criar riqueza e trocar com a riqueza do outro, tornando ambos mais ricos, ainda não torne os pobres muito mais ricos, exigindo uma subtração de riqueza pelo Estado para dar aos pobres – é a superstição da esquerda. Quem mostra o embuste agora é o maior economista da atualidade, Thomas Sowell:


    Você gostaria de ver mais coisas tornam-se mais acessíveis a mais pessoas? Então descubra formas mais eficientes de produzir coisas ou formas mais eficientes de distribuir as coisas dos produtores para os consumidores a um custo menor. (…)

    No início do século 20, apenas 15% das famílias americanas tinha uma descarga em casa. Nem bem um quarto tinha água corrente. Apenas 3% tinha eletricidade, e 1% tinha aquecimento central. Apenas uma família americana em uma centena tinha a propriedade de um automóvel.

    Em 1970, a grande maioria das famílias americanas que viviam em situação de pobreza tinha banheiros com descarga, água encanada e eletricidade. Até ao final do século XX, mais americanos estavam ligados à Internet do que estiveram ligados à água encanada ou a uma linha de esgoto no início do século.

    Mais famílias têm ar condicionado hoje do que tinham eletricidade antes. Hoje, mais da metade de todas as famílias com renda abaixo da linha de pobreza oficial possuem um carro ou caminhão e tem um forno de microondas.

    Isso não aconteceu por causa dos políticos, burocratas, ativistas ou outros defensores do “serviço público” que supostamente deve-se admirar. Nenhuma nação jamais palmilhou o seu caminho da pobreza à prosperidade ou chegou lá através de retórica ou burocratas. (…)

    Aqueles que mais têm ajudado os pobres não foram aqueles que saem por aí berrando por “compaixão” aos pobres, mas aqueles que encontraram maneiras de tornar a indústria mais produtiva e de distribuição mais eficiente, para que os pobres de hoje possam pagar as coisas que os ricos de ontem só podiam sonhar.
    Sakamoto na prática

    Contas feitas, é óbvio que o “burgo”, sendo comércio, está preocupado em conseguir vender coisas aos pobres (capitalismo é o comércio para as massas), e portanto lhes dar algo que antes não possuíam e lhes seja vantajoso. É a própria definição de lucro, em oposição a espoliação Mas, para os defensores do meio político de se adquirir bens, resta a retórica de “pertencimento” de Sakamoto, Marilena Chaui e outras pessoas que dividem as pessoas por “classes”.

    Trata-se de trabalhar com sentimentos e ânimos (é disso que se trata a esquerda desde o marxismo). As pessoas querem coisas e querem se esforçar o mínimo possível pela máxima aquisição. Podem, então, entrar para a política ou a tomada de trabalho alheio pelo crime (na prática econômica, uma divisão entre setor público e privado).

    Um criminoso famélico, que roube pão por fome, tem compaixão da sua vítima (e, se pudesse, não roubaria). Não precisa de uma teoria “classista” de justificativa. As galimatias teóricas que dividem as pessoas por “classes” distintas numa justa “luta” servem não ao criminoso famélico, mas para justificar os atos de vandalismo de saqueadores que não são famélicos e poderiam também produzir riqueza, mas precisam se “identificar” com os criminosos famélicos numa mesma classe em luta contra outra. Dividindo as pessoas por classes some-se a compaixão por seres humanos, ou alguém tem compaixão por “um membro da classe média”?
    Quem pratica roubo é porque curte dinheiro e bens materiais. Não curtisse, não roubaria. Apenas através do discurso oficlal da rebeldia a favor alguém aceita a teoria de que roubam apenas para agredir a burguesia.

    Não à toa que Sakamoto, atendendo ao apito que determina que a esquerda toda deva repetir “classe média” como “ridícula” e um antro de estupidez (sem nem saber determinar bem o que é classe média) como discurso oficial da rebeldia a favor, e sendo ele próprio de classe média, trate de usar uma retórica que, sob uma roupagem de ciência social, apenas cheire, como um cachorro, os órgãos genitais alheios para tentar reconhecer se ele “pertence” ao “nosso” grupo ou não. Não pertencendo, perde-se qualquer sentido de humanidade pelos “outros”: seu texto trata com desdém que alguém perca uma aliança de casamento num assalto (investimento de uma vida, já que a tal classe média não pode negociar em ouro toda vez que sai de casa), como se esse meio de destruir meses (ou anos) de trabalho de um inocente fosse ajudar o saqueador em muita coisa. Seu texto é uma legitimação do ódio gratuito.

    É por isso que a esquerda não precisa mais de revolução: sabendo amestrar os ânimos de pessoas economicamente de todos os matizes, juntas contra uma “classe média” (que, contraditoriamente, é a própria reunião de todas elas) com aparência de ser a origem de todos os seus males, ela sempre ganhará o poder eleitoral com ares de democrática. No que o monopólio da violência estatal não for eficiente para a tão sonhada “distribuição de renda” forçada, sobra o discurso oficial da rebeldia a favor como o de Sakamoto para legitimar a violência privada.

    Sakamoto é um paradigma da teoria e prática da esquerda, que nem sempre os próprios esquerdistas conseguem enxergar.

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    Tópicos criminalidade, desigualdade, economia, Leonardo Sakamoto, Murray Rothbard, Thomas Sowell, violência, Virada Cultural


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