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    sexta-feira, 25 de maio de 2012

    O salto triplo carpado hermenêutico-dialético para defender Mino Carta


    Blogs e Colunistas
    Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)
    25/05/2012
    às 19:33

    O salto triplo carpado hermenêutico-dialético para defender Mino Carta

    Eu fico sinceramente comovido com a bondade de muitas pessoas (sem cinismo!) ou com o salto triplo carpado hermenêutico-dialético de outros tantos (aí com algum cinismo) que me pedem para considerar a hipótese de que o servilismo de Mino Carta ao governo militar, naqueles tempos em que ele era o ditador da VEJA, era uma forma oblíqua, disfarçada e inteligente de denunciar o regime… Talvez ele próprio acredite nisso porque não se é Mino Carta sem uma dose cavalar de autoengano. Mas é falso! Era mesmo gosto de servir, conforme demonstrarei em outros posts. Há coisas ainda mais eloquentes. É que dá algum trabalho selecionar a imagem e coisa e tal. Aguardem.
    Eu não ligo que recuperem as coisas que escrevi, mesmo quando estive errado. Reitero: a censura impunha severas restrições às críticas, mas não prendia ninguém por não elogiar, entenderam? E não! Ele não é o único que tentou apagar a biografia de colaboracionista com a adesão a teses de esquerda quando isso rende patrocínio estatal. Ele é apenas a menor distância entre o pensamento independente e o seu oposto.
    Por Reinaldo Azevedo
    25/05/2012
    às 18:28

    BC atua de novo e dólar volta a fechar abaixo de R$ 2. Ué, como assim, Mantega?

    No Estadão Online. Volto em seguida.
    O dólar voltou a fechar abaixo do patamar de R$ 2 nesta sexta-feira, após cinco sessões sendo negociado acima deste nível. A moeda encerrou em queda de 1,87%, cotada a R$ 1,9980, após uma nova atuação do Banco Central (BC). Com a queda de hoje, a divisa norte-americana reduziu as altas acumuladas em maio e em 2012 para 4,83% e 6,90%, respectivamente. Na semana, o moeda perdeu 1,089%.
    Com a retomada da aversão ao risco e alta do dólar ante o euro no exterior, o BC nem esperou o mercado à vista de câmbio abrir e realizou nesta manhã, das 10h às 10h15, uma oferta de US$ 2 bilhões em contratos de swap cambial - que equivale à venda da moeda no mercado futuro. Com o aumento das incertezas na Europa, os investidores têm procurado segurança na moeda americana, o que provoca a sua valorização ante as outras divisas.
    Para o Brasil, o agravemento da crise e a alta do dólar significam fuga de investimentos estrangeiros no País. Dados preliminares de maio mostram queda na entrada de investimento produtivo, saída de estrangeiros da Bolsa e a redução da oferta de crédito para as empresas no exterior.O Banco Central afirma que são movimentos pontuais e não há motivos para preocupação. Analistas, porém, dizem que é preciso ter cuidado.
    Projeção do BC aponta para entrada de US$ 3 bilhões em maio, redução de 36% ante abril e valor 24% menor que em maio do ano passado. Confirmado, será o menor valor desde janeiro de 2011.
    Comento
    Como assim, ministro Guido Mantega? Faz uma semana, e Vossa Excelência parecia exultante com a disparada do dólar, que considerou positiva para a indústria nacional e as exportações. Até o censurei aqui, afirmando que a fala era um tantinho irresponsável, já que uma coisa é ter uma política evite a sobrevalorização do real; outra, muito distinta, é aplaudir esses solavancos, como fez o ministro.
    Pelo visto eu estava certo, não é? Ou o BC deixaria o dólar ir para as alturas, já que isso seria bom “para a indústria e para as exportações”, certo?
    Por Reinaldo Azevedo
    25/05/2012
    às 18:10

    Ultrarreacionários do ecologismo perderam. Vamos ver agora de quanto será a perda na produção. Ou: Dados errados do Incra prevalecem sobre os dados certos do IBGE

    Bem, vamos lá. Não sei ainda — e ninguém sabe — qual seria o Código Florestal ideal para o Palácio do Planalto. Para tanto, seria preciso ter todos os detalhes do veto e o texto da MP. Ainda não há. A questão principal, parece, diz respeito à recuperação de áreas às margens dos rios. Uma coisa, no entanto, é certa: Dilma não atendeu aos reclamos dos pilotos de pterodáctilos, que cobravam que o código fosse para o lixo. A presidente fez 12 vetos e introduziu 32 alterações de texto. As lacunas legais que se abrem serão preenchidas com a Medida Provisória. Tudo isso terá de ser negociado no Congresso, que conserva o poder de veto, é bom que fique claro — embora eu ache que não será usado.
    De saída, uma questão relevante. O governo, por ingenuidade ou truque - alguém ali tem o direito de ser ingênuo? - trabalhou com uma área de produção falsa, que é aquela endossada pelo Incra. Segundo o instituto, haveria 599 milhões de hectares no Brasil dedicados à produção. Quem dera! Não teríamos mais onde estocar alimentos! É um número estupidamente falso. O próprio IBGE — o governo reconhece o IBGE, não? — trabalha com outro número. A agropecuária ocupa, no Brasil, 329.941.393 de hectares; desse total, 98.479.628 são áreas de preservação dentro das propriedades. Sim, vocês entenderam direito: os proprietários rurais brasileiros preservam 29,84% das terras que constam, oficialmente, como destinadas à agropecuária. Como o Brasil tem 851 milhões de hectares, isso significa que agricultura e pecuária ocupam apenas 27,2% do território brasileiro (231.431.765 milhões de hectares). Estudos mais recentes falam em 27,7%. Essa é a verdade.
    Assim, há um erro essencial nessa história. Por que falsear a realidade, eu me pergunto? Porque tomar determinadas decisões fica parecendo coisa menos absurda. Adiante.
    Que Dilma vetaria trechos do texto, isso era certo como a luz do dia. Tem de piscar para a turma do “Rio+20″ que vem por aí. Sim, haverá — e isto é o fim da picada — redução da área de produção no país. Será inferior àquela que haveria se o texto tivesse saído conforme pediam os ecologistas reacionários, que dizem gostar do planeta e que, inequivocamente, detestam gente. Mas haverá, por exemplo, uma escala para a recomposição as margens de rios, conforme se lê no post anterior. A decisão, em relação ao que queriam os aloprados, protege os pequenos proprietários.
    É preciso conhecer o conteúdo da MP para ter clareza sobre a medida. Os ultrarreacionários da ecologismo perderam. O texto não foi vetado. Vamos ver agora de quanto será a perda da produção.
    Por Reinaldo Azevedo
    25/05/2012
    às 18:04

    Dilma não faz o que querem os reacionários e aprova Código Florestal, mas com 12 vetos

    Por Fabiano Costa e Priscilla Mendes, do Portal G1. Comento no próximo post.
    A presidente Dilma Rousseff fez 12 vetos e 32 modificações ao novo Código Florestal, informaram nesta sexta-feira (25) os ministros da Advocacia Geral da União (AGU), do Meio Ambiente, da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário.
    O objetivo dos cortes e mudanças no texto aprovado no Congresso, de acordo com o governo, é inviabilizar anistia a desmatadores, beneficiar o pequeno produtor e favorecer a preservação ambiental. Os vetos ainda serão analisados pelo Congresso, que tem a prerrogativa de derrubá-los.
    O veto é parcial em respeito ao Congresso Nacional, à democracia e ao diálogo com a sociedade. Foi motivado, em alguns casos, pela segurança jurídica. Em outros, pela inconstitucionalidade” Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente
    O prazo para sanção do texto, que trata sobre a preservação ambiental em propriedades rurais, vencia nesta sexta. Para suprir os vácuos jurídicos deixados com os vetos, a presidente Dilma Rousseff vai assinar uma medida provisória que será publicada na segunda-feira (28) no “Diário Oficial da União” juntamente com o Código Florestal, informou o ministro da AGU, Luís Inácio Adams.
    “São 12 vetos, são 32 modificações, das quais 14 recuperam o texto do Senado Federal, cinco respondem a dispositivos novos incluídos e 13 são adequações ao conteúdo do projeto de lei. Uma medida provisória deverá ser publicada em conjunto com a publicação dos vetos na segunda-feira”, afirmou Adams.
    No Congresso, ministros de Dilma participaram das discussões para o texto aprovado no Senado. No entanto, o projeto foi modificado na Câmara em uma derrota imposta ao governo pela bancada ruralista.
    Artigo vetado
    Entre os artigos vetados está o que aborda a recuperação de matas em Áreas de Preservação Permanente (APPs), que são os locais vulneráveis, como beira de rios, topo de morros e encostas. O tema foi um dos mais polêmicos durante a discussão no Congresso.
    O primeiro texto aprovado na Câmara previa redução dos atuais 30 metros para 15 metros de recuperação de mata para propriedades com rios de largura de até 10 metros, mas deixava a cargo dos estados a possibilidade do que poderia ser plantado em APPs. Depois, o Senado voltou a alterar para obrigar a recomposição em pequenas propriedades em até 20% da propriedade e estabeleceu recuperação de 30 metros e no máximo de 100 metros para propriedades maiores do que quatro módulos fiscais - o módulo varia entre estados de 20 a 440 hectares.
    Quando o texto voltou à Câmara, o relator do projeto de reforma do Código Florestal, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), retirou os percentuais mínimos de recuperação das APPs e deixou a cargo dos estados a faixa de recomposição. Isso era interpretado como uma possível anistia a desmatadores, porque poderia liberar quem suprimiu vegetação de recuperar as matas. Em razão disso, o artigo foi vetado pela presidente Dilma.
    Pela proposta nova do governo, voltam as faixas de recuperação, sendo que cada tamanho de propriedade terá uma faixa diferente. Para propriedades de até 1 módulo, serão 5 metros de recomposição, não ultrapassando 10% da propriedade. Para propriedades de um a dois módulos, a recomposição é de 8 metros, até 10% da propriedade. Os imóveis de dois a quatro módulos terão de recompor 15 metros, não ultrapassando 20% da propriedade. Acima de quatro módulos, a recuperação deve ser entre 30 metros e 100 metros.
    “Os grandes têm grande extensão de propriedade e têm condição de recuperar todas as áreas de preservação permanente”, destacou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
    Segundo a ministra do Meio Ambiente, 65% do total de imóveis rurais no Brasil têm até 1 módulo fiscal e ocupam apenas 9% da área agrícola do país. As propriedades com mais de 10 módulos rurais, por sua vez, representam 4% do total de imóveis do país, e ocupam 63% do área produtiva agrícola.
    O Código não é dos ruralistas nem dos ambientalistas, é o código dos que têm bom senso” Mendes Ribeiro, ministro da Agricultura
    Motivos dos vetos
    Izabella Teixeira destacou que a insegurança jurídica e a inconstitucionalidade levaram aos 12 vetos. Ela falou que o objetivo foi também “não anistiar o desmatador, preservar os pequenos e responsabilizar todos pela recuperação ambiental”.
    “O veto é parcial em respeito ao Congresso Nacional, à democracia e ao diálogo com a sociedade. Foi motivado, em alguns casos, pela segurança jurídica, em outros pela inconstitucionalidade.”
    “O Código não é dos ruralistas nem dos ambientalistas, é o código dos que têm bom senso”, completou o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro.
    Para o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, “não vai haver anistia” com o novo Código Florestal.
    “Estamos dizendo que não vai haver anistia para ninguém, todos terão que contribuir para a recomposição de áreas de preservação permanente que foram utilizadas ao longo dos anos, mas estamos dizendo que essa recomposição vai levar em consideração proporcionalmente o tamanho da propriedade. Estamos estabelecendo um princípio de justiça.”
    (…)
    Por Reinaldo Azevedo
    25/05/2012
    às 16:59

    Funcionário de Maria do Rosário resolve me agredir. Eu respondo. Ou: O caso do kit gay e dos travestis em sala de aula

    Alexandre Vidal Porto é um diplomata atualmente lotado, é assim que se diz?, na Secretaria Nacional de Direitos Humanos. É aquela pasta de Maria do Rosário. Maria do Rosário é aquela ministra que considera descabido debater direitos humanos em Cuba. A sua frase, que entra para o lixo da história, é esta:
    “A marca de Cuba não é a violação de direitos humanos, e sim ter sofrido uma violação histórica, o embargo americano”.
    Vidal Porto é, portanto, um funcionário público, que exerce um cargo de governo — o que, entendo, lhe impõe algumas restrições ditadas pelo decoro quando participa do debate público. Também é militante gay — mas contra “a caricatura”. Sei. E isso, claro!, é um direito seu. Pois bem. Esse senhor me envia o seguinte comentário:
    “Quanto mais leio o que você escreve, mais apelativo e oportunista o acho. Seus raciocínios são distorcidos e simplórios. Como não quero crer que você seja burro, acho que se trata mesmo de má-fé, que você utiliza para manipular a cambada de — estes sim — ignorantes que elogiam em comentário as tolices virulentas que você escreve.”
    Volto
    Alexandre, Alexandre, quae te dementia cepit?, para repetir aquele pastor que resolveu se engraçar com um efebo… Comigo, não, violão!
    Nesse tipo de coisa, rapaz, é preciso ter a vara mais longa na hora de cutucar. Pois eu acho que você, apesar da pose de pensador alternativo, é burro e de má-fé. Logo, o meu juízo a seu respeito é pior do que o seu a meu. Entendeu?
    Vamos ver por que ele está bravo comigo. Reproduzi no clipping, anteontem, trecho de reportagem da Folha que trata do encontro do petista Fernando Haddad, candidato à Prefeitura de São Paulo, com a militância gay do PT.  A reportagem informa:
    “o grupo propõe uma campanha de incentivo a professores transgêneros nas salas de aula, além da adoção do kit gay (…)”
    Dei o seguinte título para o post:
    “Haddad se encontra hoje com militância gay do PT: ela quer ‘kit gay’ nas escolas e travestis dando aula”
    Vidal Porto resolveu saltar das tamancas. Ele poderia dizer o que há de errado com o título, mas não diz. O texto, por óbvio e como se informa, não é meu. Mas, suponho, ele acha que eu deveria aderir à mesma linguagem militante a que ele aderiu e chamar “travesti” de “transgênero”. Não vou! A palavra não foi incluída na mais recente edição do “Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa”.
    Ele ficou irritado porque puxei para o título o que é a essência da notícia. Desde que Haddad se fez candidato, tenta driblar esse tema. Autorizou o kit gay quando ministro, começou a distribuí-lo e agora nega a responsabilidade. A dita “comunidade gay”, da qual Vidal faz parte, nunca se conformou com isso. O que este senhor não suporta é a clareza.
    Mas volto a seu comentário malcriado. “Quanto mais leio o que você escreve…” Então me lê? É uma obsessão? Fá-lo por algum prazer mórbido? Procure o texto de um outro já que a obra deste escriba não o satisfaz, ora essa! Como naquele bolero de Jair Amorim e Evaldo Gouveia, cantarolo pra você, Vidal:
    Que queres tu de mim
    Que fazes junto a mim
    Se tudo está perdido amor
    Que mais me podes dar
    Se nada tens a dar
    Que a marca de uma nova dor

    Eu nunca o li, por exemplo. A gente pode manter uma relação que, no Itamaraty, chamariam de “reciprocidade”. Que tal, hein? Você faz comigo o que eu faço com você. Huuummm? Eu não o leio, você não me lê?
    Meus raciocínios são “distorcidos e simplórios”? É mesmo? E os seus são os de um militante, que acredita que os que não comungam de suas teses ou não pensaram o suficiente ou são movidos a má-fé — o que é um juízo tipicamente totalitário.
    Quanto a chamar os leitores deste blog de “cambada”… Eles terão com você a elegância que você não teve com eles.
    Deixe que lhe diga algumas coisas, rapaz: eu e meus leitores, pouco importa o que pensemos (e cada um pensa por si mesmo), não o fazemos patrocinados pelo dinheiro público. Faltam-lhe, para ser um servidor do estado, moderação, isenção, equilíbrio e vergonha na cara. Eu sou um dos milhões de brasileiros que pagam o seu salário, seu bobalhão! Dobre a sua língua! Na sua função, é uma obrigação respeitar o ponto de vista de todos os brasileiros, guardados os parâmetros da legalidade. Numa república verdadeiramente democrática, esse seu comentário deveria lhe render demissão sumária. Mas não na Repúbica dos Companheiros, que abriga a boçalidade militante, a sua inclusive.
    De fato, não sou burro. Mas você é. Por que não usa a sua fúria contra a sua chefe, essa grande defensora de Cuba, aquele país que perseguiu e persegue os homossexuais, como você? Esqueça este Reinaldo e vá ler outro, o Arenas.
    Eu vou lhe dizer por que você não o faz: porque é covarde; porque não tem coragem de ir à luta; porque prefere ser um militante de uma causa abrigado no conforto que lhe confere o estado.
    Sei bem qual é a sua. Você tem uma agenda. E prefere que ela vá sendo aplicada à socapa, na base de eufemismos. O fato é que um grupo do partido ao qual você presta vassalagem quer o kit gay nas escolas — com todos os seus absurdos, dos morais aos pedagógicos, passando pelos matemáticos — e travestis (sim!) dando aula. É a palavra que está disponível no “Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa”. Ou, em breve, assistiremos a uma edição extra, revisada por Vidal Porto?
    Não posso obrigá-lo a não me ler, é claro! Mas fica aqui o convite, com sugestão de trilha sonora. E convido-o também a ler o Código de Conduta dos servidores públicos. Aprenda a ser mais decoroso com o dinheiro público, rapaz! E melhor fará se me tirar do seu radar. Até porque nem me assusto nem me intimido com militância organizada. Na verdade, isso até me anima.
    Comentários — Atenção, minha querida “cambada”. Nada de chutar os países baixos de Vidal Porto. Vamos incentivá-lo a procurar páginas na Internet que satisfaçam seus anseios.
    Por Reinaldo Azevedo
    25/05/2012
    às 15:37

    Daqui a pouco…

    … resposta a um funcionário público, militante de uma causa, que se acha no direito de ofender cidadãos que pagam seu salário. Ele está lotado lá na Secretaria Nacional de Direitos Humanos.
    Por Reinaldo Azevedo
    25/05/2012
    às 13:01

    O racha do PT de Pernambuco – Como sempre acontece no partido, para chegar às causas, siga o lixo!

    A direção nacional do PT anulou as prévias do partido feitas para decidir quem será o candidato à Prefeitura de Recife. O atual prefeito, João da Costa, venceu Maurício Rands, que acusa irregularidades na composição do colégio eleitoral (ler posts abaixo). O comando do PT nega que tenha havido fraude, mas cancelou o processo mesmo assim, o que é fabuloso.
    Quem encostar o peito no coração do PT de Recife vai entender direitinho o PT nacional. De cabo a rabo. O ex-prefeito por dois mandatos João Paulo fez o seu sucessor em 2008, João da Costa, contra a vontade de lideranças graúdas do estado — o atual senador Humberto Costa entre eles. Poucos meses depois, criador e criatura estavam rompidos. Na origem, como é frequente no PT desde os primórdios, estava uma empresa de coleta de lixo. É incrível como petismo e lixo costumam se estreitar num abraço insano.
    Quando Costa assumiu, o contrato com a empresa Qualix, que fazia o serviço desde 1985, estava vencendo. Ele prorrogou emergencialmente o contrato para ter tempo de fazer nova licitação. O problema, e aí a convivência com o ex começou a desandar, é que resolveu dar uma xeretada nos valores. O que circulou nos meios políticos da cidade é que não gostou muito do que viu. Havia o que poderia se chamar, como direi?, sobrepreço… Depois de um barafunda legal,  a coleta terminou com a Queiroz Galvão. A partir daí, a cúpula do PT — João Paulo, o antecessor; Humberto Costa e Maurício Rands — começa o trabalho sistemático de desestabilização do “companheiro”.
    De fato, a popularidade de João da Costa não anda lá essas coisas. Não é exatamente o preferido do governador Eduardo Campos (PSB) e enfrenta a oposição interna aberta dos petistas graúdos, embora todos eles tenham aliados e cupinchas pendurados na Prefeitura. Há até rancores que nascem de assuntos mais subalternos, como a negativa do prefeito de demitir uma certa funcionária que havia sido contratada em razão de talentos extracurriculares de que desfrutava um figurão do partido. Quando o casal rompeu, o gajo pediu a cabeça da moça. O prefeito não entregou. Por que não dou nomes? Porque sei que é verdade, mas não posso provar. Por que conto mesmo assim? Porque envolve dinheiro público. Sigamos.
    É evidente que João da Costa tinha o direito natural de disputar a reeleição, a exemplo do que acontece com todos os que estão em primeiro mandato. A justificativa oficial para haver a troca é a sua impopularidade, que não é maior do que era a de João Paulo ao fim do primeiro mandato, e ninguém tentou defenestrá-lo por isso. A briga, que começou no lixo, se estendeu a outros interesses envolvendo os grupos petistas na cidade.
    Rands ganhou uma pasta no governo de Eduardo Campos, que não esconde a simpatia por seu nome e dá a entender que a frente que mantém com o PT pode se desfazer na cidade caso o candidato seja mesmo João da Costa. Rands tentou impugnar alguns delegados na votação das prévias, que obtiveram na Justiça o direito de votar. Ele acusa, então, o adversário interno de ter “judicializado” a disputa, atropelando a instância partidária. Vocês sabem, né? Para o PT, o partido está acima do Poder Judiciário…
    Então se chegou a esta situação esdrúxula: queimado desde sempre muito cedo com os caciques do partido em razão do… lixo!, João da Costa passou a ser hostilizado. Tentaram convencê-lo a desistir da disputa e entregar de mão beijada da vaga a Rands, candidato da cúpula do PT de Pernambuco, do PT Nacional e de Campos. Ele se negou a ir para o sacrifício e decidiu disputar as prévias. Venceu. A direção do PT nega que tenha havido fraude, mas cancelou o processo mesmo assim. Se for legal, cancelou por quê?
    Desde as primeiras administrações municipais petistas, uma pista continua válida para chegar ao coração do partido: siga o lixo!
    PS: No debate das prévias, sobrou baixaria para todo lado. A única coisa que os petistas deixaram de debater foram os problemas de Recife.
    Por Reinaldo Azevedo
    25/05/2012
    às 6:19

    LEIAM ABAIXO

    Comissão da Verdade — Os arquivos demonstram o que Mino Carta fez em verões passados. Ou: O entusiasta da ditadura e da Oban;
    Lula, ora vejam, deixa claro ser ele o único líder do mundo mundial. E isso é pouco!!!;
    O Rio assiste ao renascimento da esquerda festiva e do miolo mole. O queridinho da vez é Marcelo Freixo, do mesmo partido que liderou o caos em São Paulo;
    Dilma deve frustrar os pilotos de pterodáctilos e vetar apenas pontos do Código Florestal; vamos ver quais. Ou: “Veta, Dilma” é sinônimo de “Fome, Dilma!” Ou: Os pobres que se danem! Vamos salvar o planeta!;
    PT e PMDB fazem pressão, e relator revê quebra de sigilo da Delta nacional;
    Rede de laranjas da Delta atuava também no Rio de Janeiro;
    Receita do PT com empresas em 2011 soma R$ 51 milhões;
    STF nega pedido para impedir que Barbosa julgue mensalão;
    Direção Nacional do PT manda democracia interna às favas e cancela prévias em Recife; afinal, candidato preferido da cúpula perdeu a disputa…;
    Greve no Metrô — A direção do Sindicato dos Metroviários e quem pertence a qual partido. Ou: O PT dançando na boquinha do caos;
    De volta;
    A imprensa e a qualidade dos heróis de ontem e de hoje;
    O silêncio dos arapongas — “Foi a primeira vez que vi um silêncio absoluto dado pela voz de comando da quadrilha”, afirma Kátia Abreu;
    Delegado da PF que investigou o mensalão em mensagem a este blog: “Reinaldo, a PF é um órgão do Estado, não do governo; pode confiar”;
    Eis as universidades federais criadas pelo ApeDELTA, que ganha títulos de “Doutor Honoris Causa” a baciadas. Chegou a hora de fazer um raio-x do grande milagre. Ou: Acorda para a realidade, oposição!;
    Greve no metrô — Esquerdas não têm a menor vergonha de levar a cidade ao caos e de punir os trabalhadores. Enquanto milhões sofriam nas ruas, elas comemoravam;
    Haddad se encontra com militância gay do PT: ela quer “kit gay” nas escolas e travestis dando aula;
    Ameaça põe em alerta Consulado de Israel em SP; Hezbollah teria planejado um atentado com apoio do Irã

    Por Reinaldo Azevedo
    25/05/2012
    às 5:05

    Comissão da Verdade — Os arquivos demonstram o que Mino Carta fez em verões passados. Ou: O entusiasta da ditadura e da Oban

    Paulo Henrique Amorim, o notório, de braços dados com Mino Carta, da mesma estatura, escreveu ao menos uma verdade na vida para exaltar o seu amigo, a saber:
    “Como é de conhecimento do mundo mineral, quem fez a VEJA, quando podia ser lida, foi o Mino Carta. O Robert(o) lia a Veja na segunda feira, depois de impressa, porque o Mino não deixava ele dar palpite ANTES de a revista rodar.”
    De fato, nunca houve dúvidas de que era Mino quem mandava. Era Mino quem decidia. A função de patrão, para ele, era pagar as contas de seu brilho incomparável.
    Hoje Mino é um “progressista”, um verdadeiro guia a orientar o jornalismo de esquerda. E odeia VEJA, como é sabido. Cumpre, então, deixar claro quais eram as escolhas do chefe inconteste enquanto esteve no comando da revista — aquela na qual ele não deixava Roberto Civita dar palpite. Enquanto escrevo, assobio mentalmente: “Esses moços, pobres moços, ah, se soubessem o que eu sei…”.
    Na edição de 4 de fevereiro de 1970, a revista publicava uma reportagem, exaltada pelo diretor de Redação na Carta ao Leitor, devidamente assinada, sobre o famoso “roubo do cofre do Adhemar”. Na mesma edição, sob o pulso firme de Mino Carta, um outro texto detalhava os bastidores do desmantelamento dos grupos de esquerda.
    Com o seu conhecido porte imperial e a notória intolerância com os que pensam de modo diferente — tanto é assim que não deixava nem mesmo o patrão dar pitaco na revista —, Mino cantou as glórias da Operação Bandeirantes, conhecida por torturar prisioneiros. Seguem alguns trechos verdadeiramente encantadores da obra deste que é hoje um oráculo do jornalismo que se quer “progressista” e de esquerda — desde que devidamente recompensado pelo estado, é claro.
    Peço que vocês leiam atentamente estes dois trechos, um sequência do outro, em que Mino Carta exalta a eficiência da Oban. Volto em seguida:
    mino-1-exaltando-a-oban
    mino-2-exaltando-a-oban
    Voltei
    Como este mundo pode ser pateticamente engraçado! Duas das organizações que estão no radar deste Colosso de Rhodes do jornalismo no texto acima são  o Colina e a VAR-Palmares, justamente os grupos a que pertenceu Dilma Rousseff, que havia sido presa 20 dias antes da publicação da reportagem — 16 de janeiro. Em 1970, com Dilma na cadeia, Mino vestia uniforme e batia continência para “tranquilizar a nação”. Quarenta e dois anos depois, com Dilma na cadeira presidencial, Mino põe no peito a estrela do PT e…, bem, continua a bater continência para o poder. Que talento inigualável para servir!
    Grave
    Não deve lhes escapar um detalhe: Mino elogia a decisão da Oban, conhecida por torturar prisioneiros, de esperar algum tempo para anunciar as detenções. Será que ele não se perguntava por quê? Enquanto as prisões eram mantidas na surdina, o que será que ofereciam aos detidos? Sorvete Chicabon? Vocês merecem ler mais algumas coisas, tudo absolutamente disponível no arquivo digital de VEJA. Era o tempo em que Mino mandava!
    Mino ironiza os presos
    Leiam estes dois fragmentos na sequência. Na legenda da segunda imagem, explico as circunstâncias.
    mino-3-sole-mio-ironia-com-presos

    Como vocês leram, trata-se do relato de prisão por engano de um tenor. Teve de cantar para provar que falava a verdade. Mino achou a situação espirituosa e a usou como metáfora: afirmou que os presos pela Oban tiveram de “cantar música completamente diferente”. Como ele se acha dono de um humor sutilíssimo, deve ter achado um chiste engraçado. Está na edição de 17 de abril de 1969
    Como vocês leram, trata-se do relato de prisão por engano de um tenor. Teve de cantar para provar que falava a verdade. Mino achou a situação espirituosa e a usou como metáfora: afirmou que os presos pela Oban tiveram de “cantar música completamente diferente”. Como ele se acha dono de um humor sutilíssimo, deve ter achado um chiste engraçado. Está na edição de 17 de abril de 1969

    Mino faz o elogio da Junta Militar
    Sempre sem consultar ninguém, na mesma edição de abril de 1969, o hoje principal representante do “progressismo” elogia a Junta Militar e suas graves responsabilidades, inclusive a adoção da pena de morte.
    Sempre sem consultar ninguém, na mesma edição de abril de 1969, o hoje principal representante do “progressismo” elogia a Junta Militar e suas graves responsabilidades, inclusive a adoção da pena de morte.
    Mino faz a apologia da democradura
    Leiam os três textos em sequência. Na legenda do terceiro, explico as circunstâncias. Volto em seguida para encerrar.
    mino-6-a-democradura-1mino-7-democradura-2

    Notem que todo o encadeamento dado pelo maior gigante do jornalismo de todos os tempos flerta abertamente com a ideia de que a democracia, nos moldes tradicionais, não é muito adequada à realidade brasileira. Até porque o país tinha outra urgência: combater a subversão. Mino nunca foi partidário da ditamole. Ele gostava mesmo era de uma democradura.
    Notem que todo o encadeamento dado pelo maior gigante do jornalismo de todos os tempos flerta abertamente com a ideia de que a democracia, nos moldes tradicionais, não é muito adequada à realidade brasileira. Até porque o país tinha outra urgência: combater a subversão. Mino nunca foi partidário da ditamole. Ele gostava mesmo era de uma democradura.
    Voltei
    A alguns desses trechos, o jornalista Fábio Pannunzio já deu destaque em seu blogue. A ditadura de Mino Carta em VEJA, felizmente, chegou ao fim nos primórdios de 1976, quando a revista, apesar da censura ainda vigente, inicia seu esforço para exercer a sua vocação original, penosamente distorcida pelo cesarismo cartiano. Refiro-me à defesa dos valores que a transformaram na maior revista do país e numa das maiores do mundo: a defesa da democracia e do estado democrático e de direito.
    Algumas pantomimas só prosperam hoje em dia porque o passado de certos gigantes morais fica debaixo do tapete. O arquivo digital de VEJA já está há tempos no ar. O Estadão acaba de lançar o seu. É chegada a hora de revermos o passado de certos “progressistas” que andam por aí. Vocês nem imaginam quantas são as supostas “referências morais do jornalismo” que serviram de escribas entusiasmados do golpe militar de 1964. Alguns deles, ora, ora, pediriam mais tarde indenização ao estado porque supostamente “perseguidos”. E hoje, curiosamente, tentam esconder esse passado defendedo a revisão da Lei da Anistia. Eu, por exemplo, sou diferente: levei borrachada, fui fichado e sou contra a revisão. Mundo engraçado, né?
    E para que não reste a menor dúvida: a censura impedia, sim, a publicação de muita coisa, mas não obrigava a publicar elogios. Os feitos por Mino Carta eram coisa de coração, de vocação, de gosto, de adesão a uma causa. E, como ele sempre fez questão de deixar claro, nunca deixou ninguém “dar palpite”. Foi obra de autor, como não cansa de se autoelogiar.
    Acho que vou tomar gosto por esse negócio de “Comissão da Verdade”…
    PS:  Como sou um homem justo, noto que Mino tinha uma qualidade naquele tempo: chamava terroristas de “terroristas” e terrorismo de “terrorismo”.
     
     

    Por Reinaldo Azevedo
    25/05/2012
    às 4:45

    Lula, ora vejam, deixa claro ser ele o único líder do mundo mundial. E isso é pouco!!!

    As palavras fazem sentido, certo? Mesmo quando, na boca de Lula, não fazem o mínimo sentido — em outro sentido, se é que me entendem. Não? Leiam o que informa o Estadão Online.  Explico em seguida:
    Por Elizabeth Lopes:
    Em meio ao acirramento da crise econômica europeia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva revela preocupação com a ausência de liderança hoje no mundo. “(Barack) Obama (presidente dos EUA) pensa nos americanos, (Angela) Merkel (chanceler alemã) nos alemães, cada um no seu mandato. O mundo não está pensando de forma globalizada”, advertiu o petista, em entrevista exclusiva, concedida nesta semana, à documentarista portuguesa Graça Castanheira e reproduzida nesta quinta-feira, 24, no site do jornal português O Público.
    Na entrevista, Lula diz que “o pobre do povo grego” está pagando para bancos franceses e alemães e que a Europa não pode destruir a União Europeia. E destacou o fato de os países europeus terem ficado muito na dependência da Alemanha, que teve importância nessa unificação, “mas também foi a grande ganhadora desse mercado porque 70% de suas exportações são para a Europa”. Na sua avaliação, a crise da Grécia poderia ter sido resolvida há um ano “com poucos bilhões”. E frisou: “Eu gosto de fazer política. Temos de trabalhar para interferir na política mundial.”
    Lula falou da China, que tem um papel importante, mas não pode viver uma crise, e dos Estados Unidos, que têm um papel igualmente importante, “só não podem é achar que fazem com o dólar o que querem”. E alfinetou: “O mundo fica à disposição do tesouro americano. Não é justo que a gente dependa do dólar.” Não faltou crítica também ao FMI: “O FMI é muito bom quando a crise é na Bolívia, mas quando a crise é nos EUA, o FMI não vale nada.”
    Apesar de estar se recuperando do tratamento de combate a um câncer na laringe, Lula diz que não consegue descansar mais do que três dias seguidos: “Faz parte da minha genética, sempre fui habituado a trabalhar.” E falou do seu compromisso moral com o continente africano. “Não é possível que o século XXI não seja o século do continente africano e da América Latina.”
    (…)
    Voltei
    Se tiverem paciência, leiam o resto. Eu disse que as palavras fazem sentido, certo? Lula estabelece um silogismo muito cultivado num país chamado Lulolândia, de que Lula é monarca, que tem como religião o culto ao deus Lula e como herói nacional um vulto histórico chamado Lula. E que silogismo é esse?
    Um líder mundial precisa pensar em todo o mundo.
    Obama só pensa nos Estados Unidos.
    Logo, Obama não é líder mundial.
    Dá para variar.
    Um líder mundial precisa pensar em todo o mundo.
    Merkel só pensa na Alemanha.
    Logo, Merkel não é líder mundial.
    Há a variação que está na raiz de todas as outras possibilidades:
    Um líder mundial precisa pensar em todo o mundo.
    Lula pensa em todo o mundo.
    Logo, Lula é um líder mundial.
    Mas ainda não é perfeito porque outros também poderiam se dedicar a esse exercício modesto. Então falta complementar a constatação aí com uma sentença: Lula é o único líder que pensa no mundo inteiro, o que faz dele o único líder verdadeiramente mundial.
    Começou como diretor de sindicato. Era pouco.
    Atropelou companheiros para presidir o sindicato. Era pouco.
    Criou um partido. Era pouco.
    Foi eleito presidente da República. Era pouco.
    Quer-se agora o único líder mundial. E isso é pouco.
    Lula ainda vai depor o Altíssimo.
    Na entrevista, ele diz que trabalhar faz parte da sua genética.
    Lula não tem culpa se nem todo mundo tem o seu senso de humor.
    Texto publicado originalmente às 22h49 desta quinta
    Por Reinaldo Azevedo
    25/05/2012
    às 4:43

    O Rio assiste ao renascimento da esquerda festiva e do miolo mole. O queridinho da vez é Marcelo Freixo, do mesmo partido que liderou o caos em São Paulo

    Lá vou eu parafrasear o ex-presidente mexicano Porfirio Díaz, que afirmou sobre seu país: “Pobre México! Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos”. Na reta das eleições municipais, digo cá com os meus botões: “Pobre Rio, tão perto do Cristo Redentor e tão longe de uma solução!”. Por que isso?
    Prêmio Jabuti do Miolo Mole: candidato do PSOL é o novo queridinho dos descolados
    Prêmio Jabuti do Miolo Mole: candidato do PSOL é o novo queridinho dos descolados
    Os descolados, descoletes, intelectuais alternativos, celebridades e “pessoas boas no geral” — incluindo cineastas, claro!, que sempre têm na ponta da língua um “projeto” para o Brasil — têm um novo queridinho: o deputado Marcelo Freixo, do PSOL, caracterizado como herói no filme “Tropa de Elite 2″. Sim, claro!, Freixo travou uma batalha meritória contra as chamadas milícias. “Meritória”, diria eu, na ponta, mas não nos fundamentos. As suas considerações sobre as razões do crime organizado no Rio não fogem à triste ladainha das esquerdas que acabaram contribuindo para que o Rio fosse sitiado pela marginalidade. Ainda voltarei a esse tema, estejam certos.
    Muito bem! Chico Buarque — desta vez em companhia de Caetano Veloso — acaba de adotar a candidatura de Freixo à Prefeitura do Rio. Principal propagandista do PT — e, obviamente, de seus métodos —, o sambista agora adota um outro bibelô da esquerda. No Rio, continuar no petismo significa se jogar na cachoeira da Delta, de Sérgio Cabral. Não pega bem em certos endereços de Leblon, Copacabana e Ipanema. Nesses locais, geralmente de um por andar, há que se endurecer, ser socialista, mas sem perder jamais a ternura pela propriedade privada — ainda que com dor no coração.
    Leiam o que informa Marcelo Gomes, no Estadão Online. Volto em seguida:
    Eleitor tradicional do PT, o cantor e compositor Chico Buarque declarou, na noite da última terça-feira, 22, apoio à candidatura do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) à Prefeitura do Rio. A confirmação foi feita na casa do artista, no Leblon, Zona Sul da cidade, durante um encontro, organizado pelo também cantor e compositor Caetano Veloso, que já havia aderido à candidatura do PSOL. O PT não terá candidato próprio nas eleições de outubro. Porém, terá a vaga de vice na chapa do atual prefeito Eduardo Paes (PMDB) à reeleição. O vice de Paes será o vereador Adilson Pires, ex-sindicalista e atual líder do governo na Câmara Municipal.
    Segundo Freixo, Chico entrou “de cabeça” na campanha e aparecerá no horário eleitoral na televisão. “É esse tipo de aliança, com pessoas comprometidas com o futuro do Rio e do País, que eu busco. É melhor que fazer alianças espúrias para aumentar meu tempo no horário eleitoral na TV em troca de cargos públicos. Vamos ter pouco tempo de TV, mas temos as redes sociais e, sobretudo, a militância”, disse Freixo.
    Além de Freixo e Paes, já lançaram suas pré-candidaturas à Prefeitura do Rio a deputada estadual Aspásia Camargo (PV), o deputado federal Otávio Leite (PSDB) e o deputado federal Rodrigo Maia (DEM). A vice de Maia, filho do ex-prefeito César Maia, será a deputada estadual Clarissa Garotinho (PR), filha dos ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho.
    (…)
    Voltei
    O PSOL, partido ao qual pertence Freixo — e do qual até Heloísa Helena teve de pular fora — é a legenda que comandou, ao lado do PSTU, a greve do Metrô em São Paulo. Atenção! O reajuste obtido pela categoria acabou sendo inferior àquele que a Justiça havia proposto. Mas a greve, que fez a cidade mergulhar no caos, era uma questão de honra para a legenda — embora seja um fato universalmente conhecido que o Metrô oferece uma das melhores estruturas de trabalho do país a seus funcionários. Ocorre que o PSOL é socialista, entendem?…
    O partido lidera ainda — também ao lado do PSTU — uma campanha bucéfala contra o reitor João Grandino Rodas, da USP, única universidade da América Latina a integrar o ranking das 100 melhores do mundo. Há dias, o senador Randolfe Rodrigues, do PSOL do Amapá — destacado membro da CPI do Cachoeira e insuspeito de desvio direitista — reclamava da patrulha que passou a sofrer na legenda porque resolveu integrar um grupo de personalidades que tentam levar investimentos para o Amapá. Os psolistas consideram que isso é desvio burguês.
    A luta de Freixo contra as milícias, sua cara de bom moço e aquele ar de coroinha que ele faz às vezes servem para disfarçar a natureza truculenta de seu partido quando envolvido nos tais movimentos sociais. Uma coisa é distinguir a sua atuação contra os trogloditas do crime organizado que se disfarçam de agentes da lei, outra, distinta, é ter respostas para a cidade.
    A adesão a Freixo é uma espécie de reedição da esquerda festiva e do miolo mole, que não tem a menor noção do que está fazendo. De pronto, tenho uma pergunta a Chico Buarque e a Caetano Veloso, que, mais falastrão, poderia responder: se Freixo for eleito prefeito, deve ser ele a liderar uma greve nos transportes do Rio, nos moldes daquela que seu partido liderou em São Paulo, com todas as suas dramáticas consequências para os pobres?
    E que ninguém me venha com a história de que o apoio ao indivíduo não implica apoio ao partido. Isso não existe na esquerda. Ele terá de governar com os seus. E o PSOL é justamente um pedaço que se descolou do PT porque acusou a nave-mãe de não aplicar, na prática, as palavras que tinha como princípio.
    Encerro
    “Ah, é assim, Reinaldo? E votar em quem?” Queridos, graças a Deus, não voto no Rio! E sei que a expressão do meu alívio não responde grande coisa. Os cariocas façam suas devidas ponderações. PSOL como resposta? No Rio ou em qualquer lugar, esse partido está mais para um problema, ainda que Freixo, pessoalmente, consiga lavar o caráter da legenda.
    “Como a gente faz, Reinaldo, quando nenhuma solução é exatamente boa?” Vou lhes dizer o que eu faria: escolher o mal menor. Sabendo o que sei do PSOL e vendo o que o partido fez ontem na cidade de São Paulo, digo sem medo de errar: não é o mal menor! O resto é com os cariocas.
    Texto publicado originalmente às 22h07 desta quinta
    Por Reinaldo Azevedo
    25/05/2012
    às 4:41

    Dilma deve frustrar os pilotos de pterodáctilos e vetar apenas pontos do Código Florestal; vamos ver quais. Ou: “Veta, Dilma” é sinônimo de “Fome, Dilma!” Ou: Os pobres que se danem! Vamos salvar o planeta!

    Não há, e eu vou repetir isso quantas vezes se fizer necessário porque é verdade, nada de “ambientalmente incorreto” no novo Código Florestal. A afirmação é coisa dos cavaleiros do apocalipse de Marina Silva e de ongueiros em geral, financiados por um setor muito atuante do novo capitalismo: o das chamadas energias alternativas. Não obstante, a pressão política é grande, e os petistas vivem com os ditos movimentos sociais uma relação, digamos, dialética: deve-lhes uma espécie de vassalagem moral e os instrumentaliza contra adversários quando necessário. É bem verdade que chamar os ecologistas pançudos — que imaginam que comida nasce nas gôndolas do Pão de Açúcar — de “movimento social” é uma licença e tanto…
    Muito bem! Não há nada de errado com o código. Pra começo de conversa, é mentira que haja lá anistia para desmatadores. Se a presidente Dilma Rousseff fizer o que eles pedem — e é bom lembrar que ela não pode fazer tudo sozinha nessa área —, 33 milhões de hectares hoje destinados à produção vão virar mato. Em artigo recente na Folha, a senador Kátia Abreu (PSD-TO), também presidente da CNA, escreveu:
    “Será que é racional abrir mão de 33 milhões de hectares da área de produção de alimentos, que representam quase 14% da área plantada, para aumentar em somente 3,8 pontos percentuais a área de vegetação nativa do país? Essa troca não me parece justa com os brasileiros, pois corremos um alto risco de aumento no preço dos alimentos sem um ganho equivalente na preservação ambiental. Reduzir 33 milhões de hectares nas áreas de produção agropecuária significa anular, todos os anos, cerca de R$ 130 bilhões do PIB (Produto Interno Bruto) do setor. Para que se tenha uma noção do que representam 33 milhões de hectares, toda a produção de grãos do país ocupa 49 milhões de hectares.”
    “Como? Você recorre a dados levantados por uma liderança do setor agrícola?” Sim!!!  Sabem o que é fabuloso? Ninguém se atreve a contestar os números. Faz-se de conta que eles não existem. Até parece que o novo código não manterá o país no primeiro lugar no ranking da conservação da vegetação original.  61% do território brasileiro segue e seguirá intocado. Que outro país do mundo oferece tanto à conservação?
    “Veta, Dilma!”; “Fome, Dilma!”
    A turma que hoje grita “Veta, Dilma” está pedindo, na prática, “Fome, Dilma!”, “Comida mais cara, Dilma”, “Menos produção, Dilma!”. Ora, vamos ver como anda o mundo — e espero que a presidente não acredite na fantasia de palanque de que o país está “300% preparado para a crise”. Não está.
    Vamos ver. A economia chinesa está em desaceleração clara — o que significa um tombo em boa parte das commodities brasileiras. A Europa está em transe. Não se conhecem os efeitos exatos do desastre da Grécia, mas, se o país realmente abandonar a Zona do Euro, a turbulência não será pequena. Os EUA já receberam sinal de alerta de uma possível recessão em 2013. “300% preparados para a crise?” Não! 300% envolvidos na crise — 100% para cada um desses fatores…
    A economia já está emperrada. O pacote incentivando o consumo, considerado temerário e irresponsável por 11 entre 10 economistas (o próximo a se inteirar do assunto endossará os outros 10), tenta criar mais uma bolha de consumo para atravessar dias difíceis… A equação está desandando. Há gente influente a afirmar que o Brasil já viveu o seu auge; teria iniciado a trajetória de declínio — sem que tenha aproveitado a bonança para fazer as reformas necessárias…
    É nesse cenário que esses irresponsáveis vêm propor um tombo na produção agropecuária brasileira para que o país possa fazer bonito na “Rio+20″, dando provas de bom comportamento no tribunal dos países industrializados? Ah, tenham a santa paciência! Fosse o Código Florestal um vale-tudo em favor da produção, vá lá! Mas essa é uma mentira escandalosa.
    Dilma vai vetar, sim
    Dilma vai vetar, sim, pontos do Código Florestal. Vamos ver quais. Segundo apurou este blog, e espero que as fontes estejam certas, não deixará as coisas como estão porque seu partido, afinal, deve vassalagem moral ao onguismo nacional e internacional. Mas também ficará distante do que pedem os malucos financiados.  O país fatalmente perderá área de produção para “as florestas” — o que é de um absurdo sem-par! —, mas não será o desastre que aquela turma do miolo mole e os pilantras cheios da grana reivindicam.
    A presidente está tomando o cuidado, ao menos, de ouvir todos os setores envolvidos, também os da produção. Informações não lhe faltam. Se fará ou não a coisa certa, aí vamos ver. Michel Temer, vice-presidente, confirmou nesta quinta que, conforme o esperado, haverá vetos. Mas, tudo indica, a expectativa dos pilotos de pterodáctilos — “veta tudo” — não se cumprirá.
    Texto publicado originalmente às 16h40 desta quinta
    Por Reinaldo Azevedo
    25/05/2012
    às 3:45

    PT e PMDB fazem pressão, e relator revê quebra de sigilo da Delta nacional

    No Estadão:
    Em sessão tumultuada, em que dois dos três depoentes optaram por ficar calados e em alguns momentos beirou a baixaria, o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), deu sinais ontem de que desistiu de defender a imediata quebra de sigilo da Delta Construções em nível nacional.
     Acordo entre PT, PMDB e PSDB adiou para próxima terça-feira, dia 29, a votação de requerimentos com a abertura das contas da Delta e a convocação de três governadores supostamente envolvidos com o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
    Cunha está sendo pressionado por PMDB e PT para poupar a empreiteira nas investigações e evitar a aprovação de requerimento a favor do fim do sigilo. Para voltar atrás, o relator argumentou que a Operação Saint-Michel, cujas apurações deverão chegar nos próximos dias à CPI, já abriu as contas da Delta nacional.
    A Saint-Michel foi deflagrada pelo Ministério Público do DF, como continuidade da Operação Monte Carlo. “A Saint-Michel já fez a quebra de sigilo. Quero ver o que existe nessa operação”, disse Odair. “O papel da Delta deve ser investigado, mas com método e análise para fazer a quebra de sigilo.” Ele disse que analisará os autos da operação até terça-feira, dia da sessão administrativa da CPI. Só então decidirá se pedirá a quebra do sigilo.
    Acordo entre lideranças do PT, PMDB e PSDB evitou a votação ontem de requerimento com a quebra de sigilo da Delta e de convocação de três governadores: o tucano Marconi Perillo, de Goiás; o petista Agnelo Queiroz, do Distrito Federal, e do Rio, o peemedebista Sérgio Cabral.
    A estratégia dos governistas é tentar aprovar na terça apenas a convocação de Perillo. Requerimento de autoria do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), apoiado pela maioria da CPI, pede preferência para a votação da convocação de Perillo. Os aliados, sobretudo petistas, alegam que as provas de envolvimento de Perillo com Cachoeira são incontestáveis, daí a urgência para convocar o tucano. Agnelo e Cabral também são alvo de pedidos de convocação, mas estão sendo blindados porque a maioria da comissão é de partidos aliados.
    (…)
    Por Reinaldo Azevedo
    25/05/2012
    às 3:41

    Rede de laranjas da Delta atuava também no Rio de Janeiro

    Por Cássio Bruno e Maiá Menezes, no Globo:
    A rede de laranjas que alimentava, com o dinheiro da Delta Construções, o esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira não é exclusiva de Goiás e se estendeu ao Rio, sede da empreiteira. Os sócios de duas empresas que sacaram dinheiro da Brava Construções — apontada como fantasma pela investigação da operação Monte Carlo, da Polícia Federal —, são moradores de áreas pobres da cidade e dizem desconhecer por que aparecem como donos das firmas. A Zuk Assessoria Empresarial e a Flexa Factoring Fomento Mercantil, de acordo com a Federal, têm o mesmo endereço, no Centro do Rio, onde há apenas um escritório. As duas empresas eram sediadas lá entre 2008 e 2011, mas nunca funcionaram de fato. Sacaram, juntas, R$ 521 mil.
    A auxiliar de serviço gerais Cristina Lacerda de Almeida, de 41 anos, aparece como sócia da Flexa Factoring, que recebeu da Brava Construções R$ 119.442,27. Moradora do Encantado, Zona Norte, Cristina disse ao GLOBO nunca ter ouvido falar da Flexa nem dos recursos. Desempregada há um ano, mora com a mãe e os quatro filhos num casebre alugado por R$ 150 por mês. Ela conta que perdeu identidade e CPF há cinco anos, mas não registrou o fato na delegacia. “Fiquei surpresa. Nem sei o que falar. Minha ficha não caiu. Acompanho pouco o caso (Cachoeira). Para ser sincera, nem quero ver mais isto na televisão. Sei que tudo vai acabar em pizza”, disse Cristina.
    Sócios tiveram sigilo bancário quebrado
    Outra que figura como sócia da Flexa Factoring é Tatiana Correia Rodrigues, de 26 anos. Moradora do Encantado, ela vive numa vila. O aluguel, segundo o pai dela, que não se identificou, está atrasado há cinco meses. Tatiana está desempregada há três. Com medo, não deu entrevista. “Ela está abalada. Estamos desorientados. Minha filha perdeu os documentos há quatro anos e assinou documentos que não lembra o que eram. Tenho certeza que não tem nada a ver com isso”, afirmou o pai de Tatiana.
    Já Maria Aparecida Corrêa, de 40 anos, moradora de um conjunto habitacional na Piedade, Zona Norte, é sócia da Zuk Assessoria Empresarial, que recebeu da Brava Construções R$ 401.887,04. Ela disse ter assinado procuração e reconhecido firma há quatro anos, quando trabalhava em uma padaria. O documento foi dado a uma pessoa que prometeu conseguir um financiamento - a que nunca mais viu. “Fui burra e idiota. Eu queria sair do aluguel e dar uma vida melhor para a minha filha. Fui na confiança porque ele era cliente da padaria e, depois disso, ele desapareceu.” Aparecida é auxiliar de serviços gerais e recebe R$ 640. O marido, autônomo, não tem salário fixo. ” Nem sei quem é Cachoeira. Nunca ouvi falar de empresa. É horrível. Minha conta está no vermelho.”
    O outro sócio da Zuk é Edivaldo Ferreira Lopes, que mora em Leopoldina (MG). Parentes dele, que vivem no Rio, negam participação. “Ele é ajudante de caminhão e pobre. Devem ter usado os documentos para ele ser laranja”, afirmou a cunhada Germana Ramos.
    (…)
    Por Reinaldo Azevedo
    25/05/2012
    às 3:35

    Receita do PT com empresas em 2011 soma R$ 51 milhões

    Por Catia Seabra e Breno Costa, na Folha:
    Vitaminada após a eleição da presidente Dilma Rousseff, a arrecadação do PT com doações cresceu no ano passado 353% em comparação a 2009, ano não eleitoral. Em 2011, a receita do partido com contribuições chegou a R$ 50,7 milhões. Dois anos antes, foi de R$ 11,2 milhões, segundo prestações de contas à Justiça Eleitoral. Em 2007, o PT havia arrecadado apenas R$ 4,2 milhões. A Folha não comparou os dados com os de anos eleitorais pois neles as doações e gastos vão além da manutenção da máquina partidária.
    A lista de doadores de 2011 apresentada pelo PT inclui diversas empresas com interesses no governo federal. Principal empresa da holding J&F, a alimentícia JBS destinou R$ 2,9 milhões à sigla, a quarta no ranking de doadoras. A JBS tem como sócio o banco público BNDES e sua holding tem parcerias com fundos de pensão públicos na área de celulose. Hoje, a J&F é gestora das ações e potencial compradora da empreiteira Delta, alvo da CPI do Cachoeira.
    Procurada, a empresa disse que, apesar de registrado no dia 3 de março do ano passado, R$ 2 milhões do total correspondem à colaboração para a campanha eleitoral de 2010, encerrada em outubro. O grupo também doou cerca de R$ 1 milhão ao PMDB, que, segundo a prestação, arrecadou R$ 2,8 milhões. Segundo o TSE, a Andrade Gutierrez foi a maior doadora do PT, com R$ 4,7 milhões. Também doaram ao menos R$ 1 mi cada o grupo WTorre, a Estre Ambiental e a Minerva SA. Todos dizem que as doações são legais.
    O PSDB recebeu doação de seis empresas, de R$ 2,4 milhões.
    Por Reinaldo Azevedo
    24/05/2012
    às 20:58

    STF nega pedido para impedir que Barbosa julgue mensalão

    Por Felipe Seligman, na Folha Online:
    O STF (Supremo Tribunal Federal) negou por unanimidade um pedido feito pela defesa do publicitário Marcos Valério para impedir o ministro Joaquim Barbosa, relator da ação, de julgar o mensalão. Foi a segunda vez que os advogados de Valério, apontado como o operador financeiro do esquema, tentaram inviabilizar a participação de Barbosa no julgamento. A primeira foi negada monocraticamente por Cezar Peluso, quando ainda era presidente do tribunal.
    Nesta quinta-feira, o tribunal analisou um recurso contra aquela decisão de Peluso e, em julgamento que durou menos de dez minutos, entendeu que não há motivos para declarar o impedimento de Barbosa. Valério argumentava que o ministro adiantou posição sobre ele, quando o Supremo julgou o recebimento da denúncia do mensalão mineiro, em 2009, no qual o publicitário também é acusado de ter participação.
    (…)
    Por Reinaldo Azevedo
    24/05/2012
    às 20:42

    Direção Nacional do PT manda democracia interna às favas e cancela prévias em Recife; afinal, candidato preferido da cúpula perdeu a disputa…

    Que coisa!
    Se o PT não existisse, jamais deveria ser inventado… Na madrugada, escreverei a respeito do PT de Recife. Quem conseguir mexer e depurar aquele lodaçal entenderá um pouco mais do PT nacional. Leiam o que informa Bernardo Mello Franco, na Folha Online. Na madrugada, conto os bastidores da tentativa de golpe.
    A Executiva Nacional do PT anulou nesta quinta-feira (24) o resultado das prévias realizadas para escolher o candidato que concorrerá à Prefeitura de Recife (PE). A nova votação será realizada no dia 3 de junho com os mesmos candidatos: Maurício Rands, deputado federal licenciado, e João da Costa, atual prefeito da cidade. A primeira votação foi marcada por acusações de irregularidades de ambas as partes. A realização de uma nova prévia foi proposta por Paulo Frateschi e aprovada por dez a três. A cúpula do PT mandará uma comissão de cinco integrantes para supervisionar o processo em Recife. “Queremos chegar a um ambiente mais tranquilo e realizar a nova votação sem apelo ao judiciário”, disse o presidente estadual do PT em Pernambuco Pedro Eugênio.
    No último domingo (20), Costa venceu a disputa interna no partido para ser lançado como candidato pela sigla. A diferença entre os dois foi 513 votos. Rands então recorreu da decisão ao diretório nacional e acusou Costa de ter usado a máquina da prefeitura e de “judicializar” a disputa. O atual prefeito da capital pernambucana obteve na Justiça o direito de cerca de 13 mil militantes –que tinham pendências com o partido– de participarem das prévias. “Foi violada a democracia interna dos trabalhadores. Isso o PT não aceita”, afirmou Rands à Folha ontem.
    Por Reinaldo Azevedo
    24/05/2012
    às 19:31

    Greve no Metrô — A direção do Sindicato dos Metroviários e quem pertence a qual partido. Ou: O PT dançando na boquinha do caos

    Publiquei ontem um post afirmando que a direção do Sindicato dos Metroviários é comandada por uma parceria entre o PSTU e o PSOL. Aí começaram a chover protestos e desmentidos, com ofensas várias, como de hábito. Eu estaria mentindo. É? Vamos ver!
    Antes que avance, uma observação. Eu não afirmei que é ilegal ser sindicalista e ter filiação partidária. Eu afirmei, e sustento, que é asqueroso atrapalhar a vida de milhões de pessoas só para impor uma pauta partidária em ano eleitoral.
    Ah, então eu estaria mentindo quantas às filiações? Bem, resta pegar a lista pública dos partidos e confrontar com a direção do sindicato. O resultado é este:
    1. Altino de Melo Prazeres Júnior - Presidente - PSTU
    2. Sérgio Renato da Silva Magalhães (Carioca) - Vice-presidente: PSOL
    3. Paulo Roberto Veneziani Pasin - Secretário Geral - PSTU/PSOL (aparece nas duas listas)
    4. Alexandre Carvalho Leme - Secretaria de Relações Intersindicais - PSTU
    5. Ciro Moraes dos Santos - Secretaria de Imprensa e Comunicação - PSOL
    6. Marisa dos Santos Mendes - Secretaria de Assuntos da situação da Mulher - PSTU
    7. Raimundo Borges Cordeiro de Almeida Filho - Secretaria de Organização - PC do B
    8. Ronaldo Campos de Oliveira (Pezão) - Secretaria de Formação Sindical - PSOL
    9. Vânia Maria Gonçalves - Secretaria de Assuntos da Discriminação Racial - PSOL
    10. José Carlos dos Santos - Secretaria de Finanças - (como é um nome muito comum, aparecem vários nas listas de filiados do PSTU, PCdoB, PSOL e PT). Não dá para saber se um deles é o do sindicato.
    Não foram encontrados nas listas de filiação:
    1. Antonio Takahashi - Secretaria de Assuntos Jurídicos
    2. Carlos Estevam Santa Cruz (Chacal) - Secretaria de Assuntos Previdenciários
    3. Fernanda Valeska Barbosa Cavalcante - Secretaria de Assuntos Socioeconômicos e Tecnológicos
    4. José Alexandre Roldan Rodrigues - Secretaria de Esporte, Lazer e Cultura
    5. José Ivan Spinardi - Secretaria de Assuntos de Saúde e Condições de Trabalho
    6. Messias Justino dos Santos - Secretaria de Administração, Patrimônio e Pessoal
    7. Narciso Fernandes Soares - Secretaria de Políticas Sociais
    Voltei
    É isso aí. Não resta dúvida sobre quem está no comando. Ontem, Altino de Melo Prazeres Júnior concedeu entrevistas afirmando que não era filiado a partido nenhum. Seria um homônimo seu o da lista do PSTU, mesmo com esse nome nem tão comum assim?
    Reitero: ter filiação política não é crime. Parar a cidade para atender aos ditames do partido, entendo, é crime moral, quando menos. Desrespeitar decisão da justiça, aí já é crime em sentido literal.
    PT na boquinha do caos
    O PT já tinha marcado para hoje, na esperança de que a greve durasse mais tempo, um encontro setorial para debater justamente a suposta falta de investimento em Metrô. Funciona assim: a extrema esquerda faz o serviço sujo, e os petistas entram faturando com a “reflexão”…
    Petista fazendo digressões sobre Metrô é piada de cínicos. À frente da cidade, Marta não investiu um centavo na área — zero! As administrações petistas ou da base aliada Brasil afora ignoraram a questão. Tanto é assim que investimentos em metrô são feitos, e de maneira muito pouco ousada, pelo governo federal. No momento, o serviço está em greve em cinco capitais.
    Por Reinaldo Azevedo
    24/05/2012
    às 19:11

    De volta

    Demorei um pouco para voltar porque estava cuidando aqui de algumas coisas, à sua maneira, deliciosas, que ajudam a botar certas histórias e certas reputações em seu devido lugar. Amanhã cedo, vocês vão se esbaldar. Verão que agora colaboro com a “Comissão da Verdade”, hehe. A madrugada será longa e produtiva. Ao próximo post, em instantes.
    Por Reinaldo Azevedo
    24/05/2012
    às 16:56

    A imprensa e a qualidade dos heróis de ontem e de hoje

    O sociólogo Demétrio Magnoli escreve no Estadão e no Globo de hoje um artigo que merece ser lido, pensado, debatido. Fez a síntese perfeita destes dias — e de dias passados.
    Os bons companheirosDe “caçador de marajás” Fernando Collor transfigurou-se em caçador de jornalistas. Na CPI do Cachoeira seu alvo é Policarpo Jr., da revista Veja, a quem acusa de se associar ao contraventor “para obter informações e lhe prestar favores de toda ordem”. Collor calunia, covardemente protegido pela cápsula da imunidade parlamentar. Os áudios das investigações policiais circulam entre políticos e jornalistas — e quase tudo se encontra na internet. Eles atestam que o jornalista não intercambiou favores com Cachoeira. A relação entre os dois era, exclusivamente, de jornalista e fonte —algo, aliás, registrado pelo delegado que conduziu as investigações.

    Jornalistas obtêm informações de inúmeras fontes, inclusive de criminosos. Seu dever é publicar as notícias verdadeiras de interesse público. Criminosos passam informações — verdadeiras ou falsas — com a finalidade de atingir inimigos, que muitas vezes também são bandidos. O jornalismo não tem o direito de oferecer nada às fontes, exceto o sigilo, assegurado pela lei. Mas não tem, também, o direito de sonegar ao público notícias relevantes, mesmo que sua divulgação seja do interesse circunstancial de uma facção criminosa.
    Os áudios em circulação comprovam que Policarpo Jr. seguiu rigorosamente os critérios da ética jornalística. Informações vazadas por fontes diversas, até mesmo pela quadrilha de Cachoeira, expuseram escândalos reais de corrupção na esfera federal. Dilma Rousseff demitiu ministros com base nessas notícias, atendendo ao interesse público. A revista em que trabalha o jornalista foi a primeira a publicar as notícias sobre a associação criminosa entre Demóstenes Torres e a quadrilha de Cachoeira — uma prova suplementar de que não havia conluio com a fonte. Quando Collor calunia Policarpo Jr., age sob o impulso da mola da vingança: duas décadas depois da renúncia desonrosa, pretende ferir a imprensa que revelou à sociedade a podridão de seu governo.
    A vingança, porém, não é tudo. O senador almeja concluir sua reinvenção política inscrevendo-se no sistema de poder do lulopetismo. Na CPI opera como porta-voz de José Dirceu, cujo blog difunde a calúnia contra o jornalista. Às vésperas do julgamento do caso do mensalão, o réu principal, definido pelo procurador-geral da República como “chefe da quadrilha”, engaja-se na tentativa de desqualificar a imprensa — e, com ela, as informações que o incriminam.
    O mensalão, porém, não é tudo. A sujeição da imprensa ao poder político entrou no radar de Lula justamente após a crise que abalou seu primeiro mandato. Franklin Martins foi alçado à chefia do Ministério das Comunicações para articular a criação de uma imprensa chapa-branca e, paralelamente, erguer o edifício do “controle social da mídia”. A sucessão, contudo, representou uma descontinuidade parcial, que se traduziu pelo afastamento de Martins e pela renúncia ao ensaio de cerceamento da imprensa. Dirceu não admitiu a derrota, persistindo numa campanha que encontra eco em correntes do PT e mobiliza jornalistas financiados por empresas estatais. Policarpo Jr. ocupa, no momento, o lugar de alvo casual da artilharia dirigida contra a liberdade de informar.
    No jogo da calúnia, um papel instrumental é desempenhado pela revista Carta Capital. A publicação noticiou falsamente que Policarpo Jr. teria feito “200 ligações” telefônicas para Cachoeira. Em princípio, nada haveria de errado nisso, pois a ética nas relações de jornalistas com fontes não pode ser medida pela quantidade de contatos. Entretanto, por si mesmo, o número cumpria a função de arar o terreno da suspeita, preparando a etapa do plantio da acusação, a ser realizado pela palavra sem freios de Collor. Os áudios, entretanto, evidenciaram a magnitude da mentira: o jornalista trocou duas — não 200 — ligações com sua fonte.
    A revista não se circunscreveu à mentira factual. Um editorial, assinado por Mino Carta, classificou a suposta “parceria Cachoeira-Policarpo Jr.” como “bandidagem em comum”. Editoriais de Mino Carta formam um capítulo sombrio do jornalismo brasileiro. Nos anos seguintes ao AI-5, o atual diretor de redação da Carta Capital ocupava o cargo de editor de Veja, a publicação em que hoje trabalha o alvo de suas falsas denúncias. Os editoriais com a sua assinatura eram peças de louvação da ditadura militar e da guerra suja conduzida nos calabouços. Um deles, de 4 de fevereiro de 1970, consagrava-se ao elogio da “eficiência” da Operação Bandeirante (Oban), braço paramilitar do aparelho de inteligência e tortura do regime, cuja atuação “tranquilizava o povo”. O material documental está disponível no blog do jornalista Fábio Pannunzio (http://www.pannunzio.com.br/), sob a rubrica Quem foi quem na ditadura.
    Na Veja de então, sob a orientação de Carta, trabalhava o editor de Economia Paulo Henrique Amorim. A cooperação entre os cortesãos do regime militar renovou-se, décadas depois, pela adesão de ambos ao lulismo. Hoje Amorim faz de seu blog uma caixa de ressonância da calúnia de Carta dirigida a Policarpo Jr. O fato teria apenas relevância jurídica se o blog não fosse financiado por empresas estatais: nos últimos três anos, tais fontes públicas transferiram bem mais de R$ 1 milhão para a página eletrônica, distribuídos entre a Caixa Econômica Federal (R$ 833 mil), o Banco do Brasil (R$ 147 mil), os Correios (R$ 120 mil) e a Petrobrás (que, violando a Lei da Transparência, se recusa a prestar a informação).
    Dilma não deu curso à estratégia de ataque à liberdade de imprensa organizada no segundo mandato de Lula. Mas, como se evidencia pelo patrocínio estatal da calúnia contra Policarpo Jr., a presidente não controla as rédeas de seu governo — ao menos no que concerne aos interesses vitais de Dirceu. A trama dos bons companheiros revela a existência de um governo paralelo, que ninguém elegeu.
    Por Reinaldo Azevedo

    
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    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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