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    terça-feira, 4 de dezembro de 2012

    Dize-me o que fazer com o Estado sionista que te direi quem és

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    Dize-me o que fazer com o Estado sionista que te direi quem és



    FÁBIO JOSÉ C. DE QUEIROZ
    de Fortaleza (CE)
    Outros textos deste(a) autor(a)


    • Fechou-se um ciclo, mas não o processo de enfrentamento dos
    palestinos contra o Estado sionista, racista e terrorista de Israel. O
    PSTU se orgulha de se posicionar frontalmente pela destruição de um
    Estado gendarme cuja vocação histórica tem sido a de servir aos
    interesses imperialistas, ainda que à custa de uma política genocida
    que atinge principalmente crianças, mulheres e idosos, como vimos nos
    acontecimentos sangrentos de fins de dezembro último e mais da metade
    do primeiro mês de 2009. Assim como não havia meio termo no embate
    frente ao nazi-fascismo, não há possibilidade de posição
    contemporizadora no que toca esse problema que não é do Oriente Médio,
    mas diz respeito a toda humanidade.

    Isso pareceria um ponto pacífico, em particular depois da última
    investida criminosa do Estado de Israel. O fato produziu mobilizações
    no mundo inteiro, inclusive com manifestações em diversas cidades do
    Brasil. Não é, contudo, bem assim. Vimos nas praças e ruas, militantes
    do PCdoB, PT, PSOL, PCB, PSTU, dentre outros, em atividades unitárias
    contra os massacres levados a cabo pelas tropas do exército
    israelense. A unidade decorrente da condenação uníssona da política de
    terra arrasada dos sionistas não representou, decerto, um acordo
    estratégico sobre questão, mas um compromisso tático, quer dizer, um
    acerto concreto e bem delimitado. Isso se deu assim por uma questão
    bem simples: há diferentes apreciações das quais decorrem programas e
    estratégias fundamentalmente distintos.

    Um estado que surgiu expelindo sangue e lama por todos os poros
    O falecido intelectual palestino, Edward Said, sempre insistiu na
    necessidade de se examinar a origem do Estado sionista, quando "os
    palestinos nativos foram expulsos à força, suas vilas destruídas, sua
    terra, roubada; sua sociedade, erradicada". Nessa mesma direção, Ralph
    Schoenman desmontou os mitos que servem de arrimo para os ideólogos do
    Estado racista, em especial o primeiro desses mitos, "o de uma terra
    sem povo para um povo sem terra". Havia um povo e sua terra foi
    expropriada.

    Na raiz das disputas atuais, há um crime original: a violenta
    expropriação dos palestinos que foi sendo ampliada ao longo do tempo.
    Reconhecer o Estado de Israel é reconhecer a usurpação do território
    da Palestina. De fato, a população roubada nunca aceitou o saque das
    suas terras, casas e demais riquezas. Por isso, depois da criação do
    Estado de Israel, por política dos EUA e das potências européias, sob
    o beneplácito de Stálin, no final dos anos 1940, diversos ciclos de
    luta colocaram em trincheiras opostas um povo expropriado e um enclave
    imperialista armado até os dentes.

    Esse elemento está, portanto, assentado num aspecto histórico: a
    formação de uma máquina estatal artificial, militarista e
    confessadamente racista. Imaginar que é possível solucionar a grave
    questão palestina ignorando esse aspecto essencial é atirar às
    calendas gregas uma real solução para um drama que se arrasta deixando
    finíssimas partículas de sangue coaguladas pelo chão.


    Nunca é demasiado lembrar: os sionistas que estiveram na base do banho
    de sangue com que se adubou a terra roubada dos palestinos não são os
    herdeiros das vítimas dos fornos crematórios nazistas, mas,
    inversamente, não deixaram de colaborar com os carrascos hitleristas,
    como enfatizou Schoenman (vide A história oculta do sionismo). Nesse
    sentido, não nos parece de todo correta a bela expressão de Said de
    que os palestinos são as "vítimas das vítimas". Assim sendo, derrotar
    os sionistas é a única condição para se alcançar uma solução justa e
    adequada para a problemática palestina. Isso é assim, inclusive,
    porque o programa de massacres não terminou com a formação do Estado
    de Israel, como nos lembra Schoenman, mas se manteve e se aprofundou
    como testemunham as mais de 1.300 vítimas dos recentes morticínios.

    Desse modo, há probabilidade de um desfecho favorável aos expropriados
    de ontem e de hoje sem desbaratar o Estado militarista, racista e
    assassino encravado no coração do Oriente Médio? A história tem
    demonstrado, em última análise, que essa probabilidade é de zero para
    um milhão. Essa é a base para definição programática de qualquer
    corrente política cuja linha de ação para região se proponha a ser
    consequentemente revolucionária. Eis o cerne da polêmica, que não é
    tática, mas estratégica, programática.

    Dize-me o que fazer...
    O PT saiu com uma nota, assinada pelo presidente nacional e o
    secretário de relações internacionais, condenando o ataque do Estado
    judeu e se solidarizando com os palestinos. De pronto, a nota foi
    atacada por uma nata de dirigentes petistas, como Mercadante, Marta
    Suplicy, Paul Singer e outros, numa lista de 36 cardeais. O centro dos
    postulados do "grupo dos 36" estava num pleito que os imperialismos
    europeus, em especial, sempre reivindicaram: a defesa da "coexistência
    pacífica de um Estado Palestino viável e próspero e de um Estado de
    Israel definitivamente seguro". Esse pleito é, antes de tudo, dos
    sionistas, que querem a sua segurança que, a preço de ontem e de hoje,
    significa a multiplicação de cadáveres palestinos ou a paz silenciosa
    de escravos natimortos. Significa igualmente o reconhecimento da
    expropriação palestina, isto é, admitir a legitimidade das
    carnificinas do passado e do presente.

    Valter Pomar, o secretário de relações internacionais do PT, responde
    ao grupo reacionário petista por meio de uma nova nota intitulada A
    nota certa. No texto, ele assinala que a nota de repúdio aos massacres
    de Gaza não implicava na negação do programa petista que, não custa
    lembrar, parte do pressuposto da política de dois Estados, política
    que, queiram ou não, leva água ao moinho da declaração de legitimidade
    da expropriação palestina.

    Já o PCdoB adotou uma retórica de entono mais radical em relação ao
    aniquilamento da população civil de Gaza. Mas no sítio Vermelho, uma
    das suas principais lideranças, José Reinaldo Carvalho, secretário de
    relações internacionais do partido, se recusa a defender como centro
    do programa a luta pela destruição do Estado sionista, embora admita
    que este surgiu da usurpação do território Palestino. Toca no
    fundamento principal do problema, mas renuncia a retirar daí às
    conclusões fundamentais, notadamente à necessidade de restituir aos
    palestinos aquilo que lhes foi confiscado, objetivo que não será
    alcançado sem ações revolucionárias que levem à demolição da máquina
    de sacrifícios humanos do sionismo.

    Por fim, o PSOL. Em discursos e textos, os militantes do partido de
    Heloísa Helena levantaram a bandeira de uma Palestina Laica,
    Democrática e Não Racista, fato que saudamos e com o qual comungamos
    ardorosamente. Chamou-nos atenção, todavia, um pequeno, mas decisivo
    detalhe. Novamente, a origem do deslize vem de um secretário de
    relações exteriores, no caso, Pedro Fuentes. Para ele, o "massacre
    sionista questionou globalmente a política de Israel. Mostrou o papel
    ineficaz e cúmplice da ONU. Atualizou a demanda da retirada de Israel
    dos territórios ocupados em 1967 e, estrategicamente, a consigna de
    uma Palestina laica, livre e democrática, sobretudo no território
    palestino".

    Toda formulação parece-nos, em princípio, lapidarmente justa, salvo
    por um pormenor: qual o significado essencial do termo "sobretudo no
    território palestino"? Tem o sentido de acolher a possibilidade de
    dois Estados, com uma Palestina "laica, livre e democrática" em Gaza e
    Cisjordânia, mantendo-se o Estado de Israel no "território histórico"
    usurpado aos palestinos no pós-guerra? Ou seja, uma Palestina
    circunscrita aos territórios arrebentados por Israel na Guerra dos
    Seis Dias, uma espécie de "miniestado"? Seria isso ou tudo não
    passaria, afinal, de um mal-entendido? Se tudo se resume a um
    mal-entendido, é hora, então, de elucidá-lo!

    Que fazer?
    A esquerda majoritária está frente uma encruzilhada: ou supera as suas
    cartas programáticas ou ignora a realidade. A Organização para a
    Libertação da Palestina (OLP) surgiu sem reconhecer o Estado de
    Israel. No seu ato de criação, a OLP adotou uma Carta em que
    proclamava a luta armada contra o Estado judaico, não reconhecido por
    Arafat e seus correligionários. A capitulação dos anos 1990 marcou a
    crise da direção histórica dos palestinos, especialmente de Iasser
    Arafat. À época, Said se manifestou profeticamente: "A dificuldade
    adicional é que todos os seus possíveis sucessores são figuras
    menores, que provavelmente tornarão as coisas piores". Sem dúvida, o
    papel nefasto e cúmplice cumprido por Mahmoud Abbas, líder do Fatah,
    herdeiro político de Arafat, ratifica o prognóstico do intelectual
    palestino.

    Na base dessa capitulação, encontra-se exatamente a adoção pelas
    lideranças históricas do povo expropriado de um programa cujo eixo
    ordenador é a política dos dois Estados, ou seja, a consideração ou
    legitimação do Estado racista, militarista e teocrático de Israel. O
    caráter progressista do Hamas decorre da sua validação do ideário
    programático que serviu de suporte ao surgimento e fortalecimento da
    antiga OLP. Nada que implique em convalidar o seu projeto estratégico
    de permutar um Estado teocrático por outro. Mais do que nunca, é
    preciso levantar o velho e insubstituível programa fundado na defesa
    de um Estado Palestino laico, democrático e não-racista.

    Isso tem um sentido: não corroborar com a expropriação histórica, com
    a invasão e a conquista sangrenta levada a termo pelos sionistas
    contra os palestinenses. Tem, no entanto, outra acepção: a convivência
    de diversos povos, independente das suas crenças e origens énticas.
    Obviamente, isso não está separado anos-luz da estratégia socialista,
    mas é parte dela, uma parte indissociável.

    Assim, para a pergunta "o que fazer com o Estado colonial sionista",
    só há uma resposta: a sua destruição. Os atalhos apenas nos levam a um
    ponto mais longínquo de uma sociedade definitivamente pós-sionista,
    portanto, laica, democrática e não-racista.

    Isso não seria somente miragem? Ilusão? A matança em Gaza não é prova
    da impossibilidade de pensarmos estrategicamente a questão, exceto
    integrando a existência de Israel ao projeto do Estado Palestino?
    Pensamos precisamente o oposto. Apesar da máquina bélica israelense, a
    resistência palestina se revelou heróica, capaz de se projetar ainda
    que sob o cerco de um dos mais poderosos exércitos do planeta.

    Num primeiro balanço, é possível rememorar Schoenman: "Apesar da
    repressão brutal, a moral palestina nunca esteve tão alta". Quer
    dizer, a história ainda não deu a sua última palavra. Preparemo-nos
    para os próximos ciclos, afinados na tática, no programa e na
    estratégia. Essa é a base para uma política principista ao redor da
    Questão Palestina.


    [ 5/2/2009 11:42:00 ]

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    1. Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus
    discípulos aproximaram-se dele.
    2. Então abriu a boca e lhes ensinava, dizendo:
    3. Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino
    dos céus!
    4. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!
    5. Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!
    6. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão
    saciados!
    7. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!
    8. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!
    9. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!
    10. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque
    deles é o Reino dos céus!
    11. Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem
    e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim.
    12. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos
    céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.

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    Immaculata mea

    In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.


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    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

    Ave-Maria

    A Paixão de Cristo