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    domingo, 20 de maio de 2012

    Uma decisão sobre aborto de anencéfalos ou o envio das religiões para o banco dos réus?


    Blogs e Colunistas
    11/04/2012
    às 15:41

    Uma decisão sobre aborto de anencéfalos ou o envio das religiões para o banco dos réus?


    No post anterior, vocês viram que, conforme o previsto, Marco Aurélio Mello votou em favor do aborto de anencéfalos. A essência de seu argumento está exposta ali, no texto da VEJA Online. Antes que prossiga, uma observação se faz necessária. Gosto, no geral, dos votos do ministro Marco Aurélio — e, às vezes, discordo dele radicalmente, como aconteceu no caso da permanência, no Brasil, do terrorista Cesare Battisti. Não é que Mello tenha votado em favor dessa permanência. Entendeu que cabia a Lula, e só a ele, como presidente da República então, decidir. Eu me alinhei com aqueles que consideravam que não é assim. Discordar dele não quer dizer satanizá-lo — como tem virado hábito no país: há um esforço deliberado de certos grupos de pressão para esmagar a divergência. O curioso é que os “divergentes” quase sempre estão com a maioria da população. Isso significa que, cada vez mais, usa-se o território da lei para impor a vontade de uma minoria supostamente mais esclarecida. É evidente que maioria, por si, não é critério de verdade. Mas também não é sinônimo de mentira. Sigamos.
    O que me incomoda do que leio — não assisti ao voto; depois vou ler o de cada ministro — sobre a exposição do ministro Marco Aurélio é uma certa tensão, quem sabe oposição, criada entre a dignidade humana e o que seria a perspectiva religiosa, para declarar, então, que, sendo leigo, o estado não tem de se ocupar dos óbices religiosos.
    Há aí, parece-me, algumas confusões. Em primeiro lugar, a perspectiva religiosa não é, por si, contrária à dignidade humana coisa nenhuma. Para saber se é ou não, forçoso se faz analisar seu conteúdo. Em que, por exemplo, os fundamentos do cristianismo se oporiam a essa dignidade? Alguém conseguiria demonstrar algo a respeito? Duvido! O moderno humanismo tem seus pilares no cristianismo. Ignorá-lo é fazer má história; é produzir apenas ideologia sem fundamento. Sendo laico, de fato, o estado não é um procurador de religiões, mas também não deve ser seu algoz, como se tudo o que adviesse dessa experiência militasse contra valores universais. A defesa que o cristianismo faz da vida humana — sem restrições ou precondições — é ou não “universal”? Interessa ou não ao conjunto e a cada um dos homens? Na China moderna, os valores do cristianismo tornariam a vida mais arriscada ou mais segura?
    Criou-se uma falsa questão quando o aborto é debatido — seja o de anencéfalos ou não. As religiões, invariavelmente, são mandadas para o banco dos réus, passam por um processo que eu chamaria de “ilegitimação civil”, como se professar uma crença fosse fruto de um exotismo qualquer, de um desvio, quem sabe de um subpensamento, de uma categoria inferior na ordem dos valores. O nome disso é preconceito.
    No caso  do aborto — de anencéfalos ou não —, os que, como eu, advogam contra a corrente majoritária (dos grupos de pressão, não necessariamente da população; desconheço pesquisa a respeito) não cuidam de determinar se a vida é divina ou não; se ela tem início na concepção ou não. Não estamos naquele terreno cinzento entre a ciência e a fé. Trata-se de saber se a sociedade deve, dado o consenso do momento, estabelecer que vida merece ser vivida e por quanto tempo.
    Não posso assegurar que pensamento eu teria se fosse outro, é evidente. Assim, não vou aqui cair naquele truque vigarista de afirmar que “enquanto cidadão, penso tal coisa, mas enquanto cristão, penso…” Não! Sou um! Dados os fundamentos que entendo civilizados, que protegem a vida humana, repudio que seja o estado a determinar que vida deva ser vivida. Acho que isso é um retrocesso das conquistas do humanismo.
    Assim, meu caro ministro Marco Aurélio, isso que o senhor poderia chamar “perspectiva religiosa” coincide, segundo o meu entendimento e o de milhões de pessoas, com a perspectiva laica. Essa contradição entre uma coisa é outra, seja ou não esta a intenção do meritíssimo (e eu acredito que não seja, deixo claro), corresponde a uma tentativa de alijar a experiência religiosa da vida das sociedades.
    Quando isso acontecer, boa parte do que se entende por humanismo vai para o lixo. Arremato lembrando que, com efeito, guerras religiosas já fizeram muitas vítimas, como lembram constantemente alguns militantes ateus meio furibundos. Mas ninguém matou tanto quanto os estados oficialmente ateus. Se não é lícito, e não é, atribuir os milhões de mortos do comunismo, por exemplo, ao ateísmo em si, não foi a fé, também em si, que fez as vítimas dos conflitos religiosos. Mas aqui já derivo um pouco. Retomo o ponto. Precisamos decidir se, a cada questão que debatermos relativa à moral, à ética e aos costumes, será preciso, antes, exorcizar a religião para, então, tomar uma decisão que estaria pautada pela pureza.
    Esse, pra mim, é o mundo do obscurantismo da razão.
    Por Reinaldo Azevedo

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    84 Comentários

    1. carmen Lucia da Rocha Xavier
      -
      14/04/2012 às 12:10
      Cláudio de SP resumiste tudo com uma clareza MAGISTRAL. Entendeste bem o foco distorcido, propositalmente, para se levar em conta o direito da mulher em fazer o que quiser com o corpo e se esquece que o ponto é O DIREITO À VIDA QUE TODOS TÊM, constitucionalmente.Se estamos agora aqui discutindo, é porque também nós tivemos esse direito!!!!Parabéns pela inteligente intervenção!
    2. carmen Lucia da Rocha Xavier
      -
      14/04/2012 às 11:59
      Sr. Reinaldo Azevedo: embora meu comentário anterior, considerado imoderado, enfatizo que o STF extrapolou legislando matéria como o ABORTO indo de encontro a sabida maioria do povo cristã que é contrária a sua adoção.Foste brilhante nas colocações, Parabéns a VEJA por contar com tão lúcido jornalista nesta revista corajosa e que nunca deixarei de assinar.
    3. carmen Lucia da Rocha Xavier
      -
      14/04/2012 às 11:37
      Reinaldo Azevedo , brilhante, pertinente e corajosa a sua coluna. Os digníssimos Ministros extrapolaram em decidir matéria que não lhes é pertinente, pois nenhum deles foi eleito pelo voto e sim por indicação “política”. Acredito que a maioria deles foi educado dentro dos valores cristãso e humanos e agora, acabrestados politicamente, legislam preconceituosamente, tendo a certeza que estão no lugar de Deus, desconsiderando a grande maioria religiosa deste país que é contra o ABORTO! Que democracia estamos vivendo!
    4. José Vieira
      -
      13/04/2012 às 16:21
      Lí a integra do voto do Ministro Relator Marco Aurelio. De fato, ela pareceu prevenido com a “questão religiosa”. Chegou a atravessar com o assunto da expressão “Deus Seja Louvado” nas cédulas nacionais. E sugerindo algo tenso na cabeça do Ministro, veja como ele encabeça o texto:
      A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL COMO ESTADO LAICO
      “Dai a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus”
      Evangelho de São Marcos, capítulo XII, versículos 13 a 17.
      Então, o Estado é laico, com base num princípio ensinado por Jesus…
      Os valores fundantes da civilização ocidental, expressos, por exemplo, na Declaração Universal dos Direitos do Homem, são resultado da dignidade humana, claramente pregada por Jesus. Enquanto isso, nações de outras origens mantem religiões oficiais e fundamentalismos estatais.
      O que proponho pensar é que a gente simplifica muito as coisas. A realidade é muito complexa!
    5. Renan
      -
      13/04/2012 às 11:32
      Quem votou em candidato e partido que apóia e legisla em favor do aborto e práticas semelhantes, se possuir consciência, deve estar lamentando; se não, oportunanamente receberá o devido prêmio em ser fratricida; o Juízo Final vai interpelá-lo e será implacável como esses comparsas homicidas.
    6. Luciana
      -
      12/04/2012 às 13:26
      Só nos resta acreditar que a sociedade evolua ao longo do tempo a ponto de não mais utilizar esse “direito” e assim, dar o exemplo da inviolabilidade da vida.
    7. Jackson
      -
      12/04/2012 às 12:09
      Não vejo nenhuma contradição entre religião e dignidade humana. Mais além das doutrinas, as religiões (falo das sérias) nos ensinam a relativizar nosso ego exagerado e a nos colocarmos no lugar do outro, tornando-nos mais responsáveis e tolerantes, enfim, humanos.
      Esta é uma característica do gênero humano e vem desde muito tempo, bem antes da história moderna, do cristianismo e do iluminismo.
      Será que a antiguidade só tinha barbaridades? E as barbaridades cometidas na era moderna, pela intolerância e pelas ditaduras, eram mais “humanas” que as de antigamente? Buda e Confúcio não podem ser considerados humanistas?
      Infelizmente, nossa pobreza no estudo da filosofia nos faz acreditar erroneamente que a civilização começou com os gregos, ignorando o fato de que há pontos de contato entre a filosofia grega e os sábios do passado da India, China etc.
      Quanto à questão do aborto de anencéfalos, invoca-se a “ciência” para fundamentar a decisão como se a ciência tivesse a última palavra para tudo, como se as “verdades” da ciência não fossem precárias, provisórias. Esquece-se que a ciência ainda não compreende o que é consciência, quando esta começa, quando se finda, ou mesmo se ela tem um começo e um fim. Da mesma forma, a ciência não pode garantir que o feto anencéfalo não é um ser senciente, que sofre e, portanto, merecedor de dignidade, de atenção, de amor.
      Pensa-se na dignidade da mãe, como se o sofrimento desta desapareceria automaticamente apenas com a realização do aborto. Quem garante? E as sequelas psicológicas? E por que este sofrimento não poderia ser convertido em aceitação? A vida é constituída apenas de prazeres e não de sofrimentos?
      Querem permitir o aborto e nem se preocupam em estabelecer penas administrativas como, por exemplo, a prestação de trabalho obrigatório com crianças com necessidades especiais. Por que tanta pressa em aprovar este assunto?
      Isto tudo me parece o resultado de um grande equívoco, de um fracasso da nossa civilização moderna, de uma visão equivocada de ciência e religião, de uma visão equivocada da vida como se esta se resumisse apenas ao consumo, ao desfrute, ao lazer. É a civilizalção do LEXOTAN.
    8. Petrucio Chalegre
      -
      12/04/2012 às 12:08
      Um enorme debate sobre o tema da interrupção da gravidez de crianças anencéfalas se estabeleceu e deve ter seu fim legal no dia de hoje. Vêzes sem conta se atribuiu à posições religiosas a oposição a esta intervenção que visa poupar mães de grandes sofrimentos físicos e morais. Como sempre se pensa que a visão religiosa é únicamente a de origem judaico-cristã. Não se perguntou, ou divulgou, qual poderia ser a visão budista à respeito. Como monge budista expresso aqui minha apreciação e ponho-me à disposição para defendê-la no forum que surgir baseado nas teses antigas do budismo.
      O primeiro erro é julgar que a vida é o foco único do pensamento ético budista, embora a vida deva ser protegida, o sofrimento dos seres vem em primeiro lugar. Não faz sentido manter uma gravidez de um feto que não tem cérebro e vai falecer logo após o nascimento. Forçar uma mãe a sofrer toda uma gravidez sabendo que tem um ser sem o órgão mais importante do corpo apenas por um princípio legal , não passa de crueldade, a interrupção da gravidez libera a mãe de registrar o nascimento e o óbito de uma criança no dia de seu nascimento, além da angústia de meses para ela e a família.
      O budismo não tem posições fechadas sobre nada, princípios legais que se sobreponham à compaixão, assim sendo, assumo a responsabilidade e todo o carma resultante, em recomendar e apoiar a interrupção da gravidez de um feto inviável que está tecnicamente morto, sobrevivendo apenas pela sua ligação ao corpo materno. E declaro esta como uma posição religiosa perfeitamente defensável dentro dos princípios compassivos do budismo.
      Monge Genshô
    9. Marcia Guedes
      -
      12/04/2012 às 11:23
      Parabéns Bruna…vc resumiu tudo!
      As pessoas esquecem q religião, cada um tem a sua…e tem os Ateus, que nem religião tem, e não acreditam na vida antes da 1ª respiração…então o Estado estaria desrespeitando suas crenças. Ou eles são menos dos que se dizem Cristão e não respeitam a opinião alheia?
      “…a religião é uma coisa eminentemente privada. As discussões políticas, sociais, jurídicas, por outro lado, são eminentemente públicas.”
    10. alvaro lopes de carvalho filho
      -
      12/04/2012 às 10:08
      Caro Rei..(sou seu fã)
      Começo enfatizando que (e não esqueçam)NÃO TENHO OPNIÃO FORMADA SOBRE O ASSUNTO NOS ASPECTOS RELIGIOSOS, ÉTICOS E MORAIS E ME SOLIDARIZO COM AS PESSOAS QUE PADECEM COM A TRAGÉDIA. Isto posto, me dou o direito de opnar tecnicamente, já que, pratico advocacia criminal há 17 anos:
      1 - Nada que possa ser dito pelos magistrados do STF, vai mudar o fato de eles estão tentando LEGISLAR (e vão conseguir).O resto,seus emocionantes votos, não passa de retórica argumentativa, visando enganar, desviar o foco, a verdade de que estão servindo ao EXECUTIVO para “driblar” as dificuldades de se aprovar essa matéria no Congresso, já que a mesma tramita há muito tempo;
      2 - Ora, vige no BRASIL a tripartição de poderes e a democracia representativa, que quer dizer, o povo elege seus representantes para que eles façam leis que atendam as aspirações da sociedade. Se a lei se mostra antiquada e não atende mais aos anceios do povo, o caminho democrático é os eleitos mudarem as leis (como de fato estão tentando) ou o povo muda os eleitos. Não pode é subverter a ordem;
      3 - Causa espécie a atuação esdrúxula de tão dignos magistrados,ou seja: quando têm de fazer o seu trabalho (caso BATISTI), repassam para o executivo (LULA), “lavando as suas mãos”, quando NÃO podem agir(legislar). Fazem-no, como agora, causando verdadeira bagunça na cabeça dos acadêmicos de direito e enganando o povo;
      3 - Acredite Reinaldo, até agora só temos coerência no voto do ministro que está ameaçando o povo com a prescrição do mensalão. Recomendo a leitura de seu voto , que é tecnicamente perfeito e democrático.
      Abraços!!!!
    11. Paulo
      -
      12/04/2012 às 9:07
      Olha essa que interessante:
      ?”Quando se chegou ao consenso de que uma criança, que se supõe nascerá com deficiências, deve ser abortada para poupar, a ele e às outras pessoas, o peso da sua existência, está-se a fazer um escárnio a todos os deficientes: está-se a dizer-lhes que só existem porque a ciência não tinha ainda alcançado o progresso atual”. (Joseph Ratzinger, Cristianismo y Democracia Pluralista, in Scripta Theologica 16, 1984/3)
    12. Paulo
      -
      12/04/2012 às 9:01
      Parabens, voce foi magistral. Quanto aos comentários discordantes, não leve em consideração, ainda mais quando tem o tom de xingamento.
    13. Décio
      -
      12/04/2012 às 8:58
      Então, de acordo com a Bruna, por não sermos todos cristãos, e sermos uma sociedade pluralista, vale a lógica supostamente lícita de decidir se um bebê deve ou não viver. Por ela, uma sociedade “pluralista” tem o direito de decidir quem vive ou quem morre. Aaahhh, vá….. O comunismo ganhou corpo justamente nesses pensamentozinhos bonzinhos, aparentemente democráticos, mas com cheiro de sangue.
    14. Enzo
      -
      12/04/2012 às 8:31
      Seguinte … O ministro Marco Aurelio foi desonesto no meu entender por simplesmente desconsiderar argumentadores contrários a liberação que NÂO utilizaram argumentos religiosos …. https://www.youtube.com/watch?v=YZIQ_GHAVfw&context=C49f0682ADvjVQa1PpcFNCHm0ZpGHOZIQRnu3hOezGZUZfB2BWssU= O que o magistrado fez foi atacar de graça as religiões. Especialmente a católica.
    15. andreromeo
      -
      12/04/2012 às 7:46
      André Barbosa, permita-me fazer minhas as suas palavras.
    16. Eurípedes
      -
      12/04/2012 às 7:41
      Fé, acreditar ou não em Deus e seguir as Leis de Cristo é direito de cada ser humano. Agora, querer obrigar um ser humano a passar por um trauma (em nome de uma religião) é voltarmos prá idade média. Cadê o Livre Arbitrio? cada um que sofra as consequencias por atos tomados por vaidade e egoismo.
    17. tito
      -
      12/04/2012 às 7:03
      Sr. Reinaldo, eu gostaria de saber:
      ONDE ESTAVA A CNBB
      ONDE ESTAVA OS DEFENSORES DOS DIREITOS DA CRIANÇA
      ONDE ESTAVA OS DEFENSORES DOS DDHH
      ONDE ESTAVA OS RABINOS
      ONDE ESTAVA A IGREJA CATÓLICA
      mas eu acho que estavam contando dinheiro dado pelos petralhas
      pobre crianças indefesas.
      tito
    18. ClaudioSP
      -
      12/04/2012 às 7:00
      É a última vez, Reinaldo, que comento outro comentarista, prometo.
      Ô Bruna - 12/04/2012 às 0:34, você caiu em outro sofisma dos aborteiros, o de querer resumir essa questão a uma disputa entre religiosos e não religiosos. Pergunto eu, Bruna, se só religiosos podem defender o direito inalienável e inviolável de viver dos seres humanos desde a concepção? Se a reposta for não, então você já percebeu a armadilha retórica que caiu, não é? A questão, Bruna, não é “religiosos x não-religiosos” ou “direito da mulher x religiosos” (essas são falsas discussões inventadas por aborteiros para criar confusão), mas “direito inviolável à vida humana x relativização desse direito” e “direito do bebê à vida x direito da mulher sobre seu corpo”.
    19. Douglas
      -
      12/04/2012 às 3:49
      Reinaldo.
      Meu comentário foi cortado e estou sinceramente desapontado. Não consigo entender o porque, visto que não sou petralha e disse e reitero agora nesse comentário que sou contrário ao aborto. Mas tem um argumento difícil de rebater que é o de que um anencéfalo é equivalente à morte cerebral e se se permite à família doar, e os médicos recolher órgãos de pessoas com morte cerebral para transplante. Se as pessoas acham que há lógica nesse procedimento o aborto de anencéfalos seria algo semelhante. E digo mais, uma espécie de eutanásia.
      Agora aspectos técnicos de quantidade de massa cerebral perdida eu sinceramente não tenho essa informação, mas aí, como no caso das doações de órgãos, os médicos devem ser chamados para resolverem aspectos técnicos.
    20. jeronimo
      -
      12/04/2012 às 2:31
      concordo plenamento com vc “ClaudioSP - 12/04/2012 às 0:13″ estao discutindo o direito da mulher, e a crianca, deveria ser ouvida????
    21. Claudius
      -
      12/04/2012 às 2:15
      Na minha treteza esqueci de elogiar a matéria do
      Reinaldo. Orientadora para a vida e livre da ressaca do cópia-cola de alguns Ministros do STF,copmo o Fux e a novél. Dá até para se lembrar o volume e o número da página.
    22. Claudius
      -
      12/04/2012 às 2:03
      Recomendo a Pedra da Gávea para o espetáculo do massacre dos inocentes.
    23. Claudius
      -
      12/04/2012 às 2:01
      Nas religões são enunciados valores eternos e Universais. Eles jamais são da esfera privada. Fazer o bem, por exemplo? Jamais é do âmbito privado. Nem vou falar dos Sete Pecados Capitais, um corpo de orientação para a vida. Um deles é a Gula que tem preocupado todos eminentemente públicos. No caso dos anencéfalos há uma luxúria e depois uma soberba. Depois vem o albino, o surdo, o mudo, o que falta algum membro, o de pais alcoólatas, os miseráveis e finalmente os coloridos que ofereçam perigo. O perigo amarelo, o perigo negro, o perigo vermelho. A ignição do STF não terá fim. Esta história não está começando. somente prosseguindo o seu desenrolar nefasto e nefando. Com a ajuda de um Tribunal encarregado de proteger a vida. Não proporcionando o massacre de inocentes. Foxman está certo: nunca mais?
    24. Bruna
      -
      12/04/2012 às 0:34
      Não se trata de “aijar a experiência religiosa da vida das sociedades”. Deve-se levar em consideração que a religião é uma coisa eminentemente privada. As discussões políticas, sociais, jurídicas, por outro lado, são eminentemente públicas. A religião é muito bem vinda na sociedade e deve ser respeitada sempre como um projeto de vida PRIVADO. O que não se pode é tentar impor uma perspectiva religiosa ou um pensamento ético religioso a uma população pluralista. Se todos fôssemos cristãos, acredito que não haveria problema algum nisso. No entanto, não somos.
    25. Rafael
      -
      12/04/2012 às 0:19
      O horror supremo é o inacreditável “aborto pós-natal”. Procurem na internet.
    26. ClaudioSP
      -
      12/04/2012 às 0:13
      Aqui também estão alegando que a mulher pode escolher entre abortar ou não abortar? Não entenderam ainda que não discutimos, nós, cristãos, o direito da mulher mas o do bebê? Nenhum de nós, cristãos, é contra a mulher ter todos os direitos sobre o seu corpo, vocês não entenderam isso ainda? Não entenderam que isso é um falso debate? Quando vão sair da armadilha retórica que armaram os abortistas, que alegam que estamos lidando com os direitos da mulher e não dos bebês? NÃO FALAMOS DOS DIREITOS DA MULHER, MAS DOS DIREITOS DO BEBÊS, DEU PRA ENTENDER? NÃO FALAMOS DOS DIREITOS DA MULHER SOBRE SEU CORPO, MAS DOS DIREITOS DA MÃE E DO BEBÊ SOBRE O CORPO !!!DO BEBÊ!!! TÁ DIFÍCIL DE ENTENDER?
    27. JaSoN
      -
      12/04/2012 às 0:00
      O mundo acabou faz tempo…
    28. Claudius
      -
      11/04/2012 às 23:22
      É o estáculo final dos darwinistas sociais, dos eugenistas e dos craneologistas que no final do século XIX e início do Século passado sedimentaram os massacres coloniais, o dos tasmanianos, os dos aborígenes do Sul da África na Ilha Shark o dos tasmanianos e o dos judeus e demais minorias no fascismo. O triunfo final e glorioso da vontade dos fascistas. Um massacre dos inocentes que nada deve a Herodes. Começa-se com anencéfalos, depois os sindromáticos, os albinos, os sem algum membro, os cegos, surdos e mudos e finalmente os de família economicamente inviáveis. Ganha a ignomínia. Os nazistas estão conseguindo a sua solução final.
    29. Kaos
      -
      11/04/2012 às 22:35
      M@theus - 11/04/2012 às 16:30 …
      Prezado M@theus, fiquei CURIOSÍSSIMO !
      Como é que o tal deus dá ou tira a vida? Ele tem um sistema informatizado e controla se o espermatozóide vai entrar no óvulo ou se alguém vai ter um cancer ou ser atropelado por um caminhão.
      Como é que isto funciona???
    30. FRANCISCONASCIDO
      -
      11/04/2012 às 22:22
      fala se muito que somos um pais democratico, mas pelo contrario o brasil e um pais de autoritarismo….
      hoje na porta do STF,tinha um grupo de pessoas fazendo uma vigilia pela vida, com faixas e cartases colocados em uma protecao muito distante do tribunal…..
      veio uma ordem para que o material fosse tirado, pelo motivo de estes cartazes estarem virados para o STF
      O LULISMO E SEUS INDICADOS QUEREM BAIXAR COISAS RUINS DE GUELA A BAIXO
    31. Sergio Santos
      -
      11/04/2012 às 21:58
      Prezado Reinaldo Azevedo boa noite.
      Ao que me parece, num contexto mais amplo, estamos vivendo a derrocada dos valores que tanto estimamos e que nos torna um povo diferente no geral EM COMPRARAÇÃO com outras nações. “aqui é o Brasil”, exclamou um ator americano em um filme em declarada decadência de tudo(conteúdo, produção, roteiro, etc.). O que mais me intriga é a falastrona da Presidente DILMA se posicionar a favor dessas mazelas (aborto, ateísmo, revogação da lei de anistia, pra citar esses exemplos) e mesmo assim se dizendo contra…Ela é contra o “escambáu”, pois seus pares e seus ministros vivem defendendo esses mesmos assuntos.
      Não acho que somos um país LAICO com o ela vive berrando na mídia, acho que não somos governados por fanáicos RELIGIOSOS, porém, somos governados por FANÁTICOS COMUNISTAS, que vivem querendo impor a força esse comunismo. aí nem por isso somos um país comunista, com todas as maluquices caracterÍsticas desses países: CHINA, CUBA, ENTRE OUTROS. muito embora seja essa a vontade de muito intelectual decadente comedor de pó de faculdade.
    32. Anônimo
      -
      11/04/2012 às 21:37
      Tio Rei,
      O “voto” (se é que pode-se chamar disso, aquela m****) do Sinistro Marcus Mello (o primo)
      .
      ANTI-CRISTO e ANTI-VIDA, numa tacada só!
      .
      sinistro…
    33. Aurélio Schommer
      -
      11/04/2012 às 20:54
      Parabéns pela postura e pelo brilhantismo do raciocínio, Reinaldo. A religião não é um bem em si nem um mal em si. É um caminho que, no caso do cristianismo, passa pelo humanismo, especialmente pelo humanismo de São Paulo e Santo Agostinho, esses incontestáveis defensores da vida e descrentes dos poderes da “cidade dos homens”, homens que se julgam iluminados por andarem distantes da religião. Quanta pretensão achar-se dono dos mistérios da vida. Quanta pretensão querer decidir sobre quem deve viver ou morrer. Sob o princípio humanista e cristão, deve viver quem vivo é, quem já na primeira divisão celular, nos primórdios da gestação, é um ser único, indivisível. Se é a imagem e semelhança de Deus, podem afirmar que sim ou não, mas ninguém, muito menos o Estado, deveria ter o poder de decretar que não o é.
    34. Naranon
      -
      11/04/2012 às 20:19
      Reinaldo, você diz que quer discutir se a sociedade pode definir qual vida merece ser vivida e por quanto tempo. Ora, a resposta a essa questão é claramente afirmativa. No Brasil, a vida é protegida desde a concepção, o que foi uma escolha do nosso legislador (basta comparar com a escolha da Suprema Corte americana). Por outro lado, escolhemos dar o direito à mãe de abortar a gestação advinda de estupro, mesmo que o embriãozinho não tenha nada a ver com a história. Mais uma escolha social arbitrária.
    35. André Barbosa
      -
      11/04/2012 às 20:04
      Reinaldo, apensar de concordar com suas posições sobre o aborto, incluindo o dos anencéfalos, e sobre a legitimidade da opinião religiosa no debate, discordo da comparação feita sobre as mortes causadas pelas guerras religiosas e pelos estados comunistas, a de não ser o ateísmo nem a fé, em si, os responsáveis pela matança. Acontece que as mortes religiosas se deram em NOME da fé, sim: em nome da fé em Jesus, Alah… Em nome de Jesus, Alah… Em contrapartida, NENHUMA VIDA HUMANA NA HISTÓRIA DO PLANETA foi retirada EM NOME do ateísmo ou do agnosticismo. A matança cometida pelos estados comunistas se deram em nome do comunismo, do partido, não do ateísmo. Já, por exemplo, a matança cometida pela Igreja Católica se deu, em muitos casos, EM NOME DE JESUS, sim. É fato. A fé dava a propulsão dos atos, e os assassinos justificavam as mortes pela fé. No caso dos estados comunistas, O PARTIDO, A CAUSA, A REVOLUÇÃO é que davam tal tônus e propulsão - não o ateísmo! Nesse ponto, não cabe fazer tal comparação. De qualquer forma, apoio e admiro sua posição sobre o aborto. Abraços de um leitor e admirador agnóstico.
    36. J Carvalho
      -
      11/04/2012 às 19:36
      Reinado como sempre, brilhante. Estamos como diria Francis Shaeffer vivendo na era da “morte da razão”.
    37. maria
      -
      11/04/2012 às 19:32
      que absurdo!!!
    38. Thiago - RJ
      -
      11/04/2012 às 19:28
      “Esse, pra mim, é o mundo do obscurantismo da razão.”
      _Pois são exatamente os tempos do obscurantismo da razão que estamos vivendo, Reinaldo.
      _Ou da pseudorrazão, não é? Ou talvez uma meia-razão. Digo isso porque a grande massa, que apoia essa e outras agendas da esquerda, são apenas funcionais, massa de manobra, “idiotas úteis” ou, no máximo, “companheiros de viagem”. São o exército. Mas os “generais”, os reais beneficiários do esquerdismo, que nada mais é que uma religião política, sem Deus, sem transcendência, esses dominam toda a razão. Mas são a ínfima minoria.
      _Nota à parte: Barroso, again. Sempre contratado, sempre atuando profissionalmente, sempre o “mero advogado”. Mas sempre na esquerda.
    39. Paulo Bruno
      -
      11/04/2012 às 19:26
      Quem vai obrigar uma Cristã a interromper sua gravidez de um feto anencéfalo? Ninguém! Assisti entrevista de um membro da União dos Juristas Católicos e não consigo entender como pode um jurista (Cristão ou não) querer ditar regras para toda a sociedade, usando os dogmas de sua religião. Se a bancada cristã no congresso continuar a crescer do jeito que cresce, vamos assistir tentativas de associar o estado as Igrejas. Voltaremos a Idade Média!
    40. Cônscio
      -
      11/04/2012 às 19:21
      Religiosidade é uma forma de conhecimento.
      Para esquerdopatia vigente, religião é ofensa.
      Para pessoas de bom senso, é um modalidade de conhecimento humano e uma possibilidade metafísica, inclusive não negada pela ciência.
    41. Cezar
      -
      11/04/2012 às 19:16
      Nisto tudo, há algo que me incomoda a alma. Sempre que se levanta questões de ordem legal, que chamam o pensamento religioso, o argumento central é o mesmo: o Estado é laico, portanto, não tem que considerar aspectos religiosos.
      Em função e em benefício de quem existem poderes constituídos (Executivo, Legislativo e Judiciário)? Da sociedade, dela, por ela e para ela. Certo? Acredito que sim. Ora, então, por que se despreza um fato importantíssimo neste contexto: cerca de 95% da sociedade são de pessoas crédulas, que acreditam em Deus e têm uma religião focada na Divindade. E a maioria absoluta desses 95% é de cristãos. Então, por que se despreza a fé em todos esses julgamentos, fazendo prevalecer a chamada laicidade do Estado. Costumo pensar e dizer que o Estado é laico, a sociedade que o estabelece, não. E mais, por que desprezam e escarnecem, inclusive os membros da nossa suprema corte, de uma das principais colunas de valores da nossa sociedade?
      O que nos parece é que, na grande campanha para a destruição dos valores religiosos da nossa sociedade, os ativistas desse desmoronamento ganharam um importante aliado: a nossa Suprema Corte.
    42. Lídia
      -
      11/04/2012 às 19:01
      Brilhante!Como é bom ler coisas inteligentes a favor do cristianismo. Obrigada!
    43. maxwell
      -
      11/04/2012 às 18:50
      Reinaldo, nao seja ingenuo, a ciencia nao diz nada disso. A ciencia diz que a vida humana tem inicio quando os 23 cromossomos do homem se unem aos 23 cromossomos da mulher, ou seja, na fecundacao.
      E agora? A ciencia vai ser descartada?
    44. Paulo Bento Bandarra
      -
      11/04/2012 às 18:31
      A bem da verdade, a idéia radical do comunismo assenta na idéia judaico-cristã da igualdade de todos. Por sinal, muito bem vista pelo clero progressista.
    45. francisco
      -
      11/04/2012 às 18:12
      Obrigado Reinaldo,por sua esclarecedoras palavras de todo os dias.
    46. DK
      -
      11/04/2012 às 18:11
      Seria interessante uma pesquisa para saber quantos brasileiros crêm em Deus.
      Êles não deviam ser nossos representantes, no que somos e em que pensamos?
      Está chegando a hora de ir para uma nação realmente democrética e livre (será que existiria alguma?).
      Por outro lado, se Deus existe, e se Êle é um Deus que intervém, ai de nós!
      “As Suas muitas misericórdias são a causa de não sermos consumidos”, já diz a Bíblia.
    47. José Maria
      -
      11/04/2012 às 18:09
      Nossos crianças (nascidas ou não) estão cada dia mais ameaçadas, e o Estado não tem feito nada para protegê-las. Pelo contrário. Até o STJ já entende que as crianças prostituídas não são vítimas do sistema.
    48. José Maria
      -
      11/04/2012 às 18:06
      Com os argumentos dos ministros do STF, formado em sua maioria pelo PT, o aborto é legalizado, e todos os inocentes indefesos, e principalmente os que tem alguma provável deficiência, serão mortos com autorização do Estado. Esse é um “entendimento” nazista, onde se procura eliminar todos que forem inconvenientes, como os deficientes, os moradores de rua, os fetos indesejáveis, etc.
    49. Carlos fc
      -
      11/04/2012 às 17:55
      70% de problemas de malformações congênitas podem ser resolvidos com uma política de saúde preventiva séria.O que eles querem é abrir caminho para a liberação geral do aborto.
    50. edir gomes xavier
      -
      11/04/2012 às 17:50
      Embora a complexidade do assunto, um bom resumo seria perguntar se quem nasce sem cérebro é “algo” ou “alguém”. Sem consciência ou discernimento, cada dia de sobrevivência é uma tortura para o ser e para sua família. Por que não evitar isso? Nesse caso, o aborto é prova de amor?
    51. CerradoemChamas
      -
      11/04/2012 às 17:50
      “Dados os fundamentos que entendo civilizados, que protegem a vida humana, repudio que seja o estado a determinar que vida deva ser vivida. Acho que isso é um retrocesso das conquistas do humanismo.” Síntese perfeita do amor á liberdade individual. Maravilha!
    52. Affonso Sampaio
      -
      11/04/2012 às 17:46
      Faltam-lhes -aos Ministros- uma visão religiosa propriamente dita para julgar essa questão e, por isso não se há de inculpá-los; a sacralidade da vida não entra em suas cogitações jurídicas; nesse caso, cabe o dito de Jesus:”Pai, perdoa-lhes por que não sabem o que fazem”
    53. Epamimondas
      -
      11/04/2012 às 17:39
      Ninguém está negando valores humanistas. O que não dá pra entender o cristianismo ter virado depositário exclusivo deles. Estes valores são anteriores à esta religião e em diversos períodos históricos, alheios a eles.
      Reinaldo não está incorreto em ver que a questão dos anencéfalos atinge a influência religiosa sobre o estado. Mas isto é apenas colateral, ninguém está transformando o Brasil numa nação ateia, como exageram os que agora se recusam que o cristianismo sofra crítica sobre suas posições.
    54. Marcos Pereira
      -
      11/04/2012 às 17:32
      Reinaldo,
      Hoje me deparei com uma reportagem fantástica na Newsweek - The Forgotten Jesus. Dentre os vários assuntos tratados destaca-se a preocupação de Thomas Jefferson, um dos pais da pátria norte-americana da “separação” da igreja dos assuntos de estado; ao contrário do que se prega por estas bandas: onde a religiosisade é tratada como fator de alienação política dos cidadãos. Através da religiosidade o ser humano, busca de forma sincera, para si e para os que lhe são próximos a inúmeras vias que conduzem à Salvação. Quanto aos politicos em particular, bem como à Política em particular, “o que não é senão uma tentação perigosas de controlar os outros em vez reformar-se a si próprio ( em inglês: What is politics if not a dangerous temptation toward controllint others rather than reforming oneself?).
      Diante desta realidade, o Supremo Tribunal Federal, um dos poderes da República, deve balizar seus julgamos, não só pelo aspectos políticos/filosóficos ou científicos ou religiosos. As decisões emanadas deste poder devem ser baseadas, em conjunção com os princípios científicos, filosóficos e religiosos aceitos pela maioria dos cidadãos que constituem a Nação. Para decisões que levem em conta apenas um dos pré-requisitos mencionados, não precisamos de um Supremo. É o caso absurdo da decisão política no caso batista: Uma excrecência jurídica. No caso do aborto, qualquer decisão ou sentença que não leve em conta os três pilares universais - volto a repetir: CIÊNCIA, FILOSOFIA e RELIGIÃO -é incompleta, imperfeita, polêmica e insuficiente para atender às demandas sociais requeridas para a solução do problema.
    55. Carlos
      -
      11/04/2012 às 17:16
      O diagnóstico de anencefalia é extremamente complexo, vários casos revelam isso. Só esta dificuldade de surpreender o problema já seria suficiente para sustar qualquer discussão tendente a descriminar o aborto em casos que há indícios de anencefalia. Cumpre notar que a palavra indício é pertinente, por não ser possível a uma pessoa apreender, de forma inequívoca, a verdade de um fenômeno biológico. É engraçado que a preocupação dos ministros voltam-se para os sentimentos da mãe e do pai. Há um descaso velado ao cerne da questão, a saber, estar-se-á, em homenagem aos sentimentos dos pais, aniquilando uma vida.
    56. ra
      -
      11/04/2012 às 17:13
      Reinaldo, mas o único religioso humanista que eu leio é você porque os demais se pudessem e o dinheiro desse…………
    57. Álvaro
      -
      11/04/2012 às 17:12
      Tenho a mesma posição que vc na questão do aborto. Porém, não posso deixar de apontar uma imprecisão no seu argumento, quando vc diz
      “repudio que seja o estado a determinar que vida deva ser vivida”
      O estado não está querendo determinar qual a vida “deve” ser vivida mas, isso sim, qual vida “pode” ser vivida.
    58. Carlos
      -
      11/04/2012 às 17:05
      O problema é que a anencefalia não é uma moléstia que se resolve num “tudo ou nada”, mas apresenta diversos graus, uns mais graves, outros não. De sorte que é extremamente inseguro relegar esta discussão, acerca da existência ou não de atividade cerebral, a magistrados ou a qualquer outro indivíduo. Na dúvida, a opção tem de ser em favor da vida.
    59. ozorio de aquino
      -
      11/04/2012 às 17:03
      O ABORTO JÁ HÁ. ELE É SOCIAL, ELE É ECONOMICO. MÃE QUE OUVE O CORAÇÃO DO FETO BATER DENTRO DA BARRIGA, A DECISÃO DO ABORTO SERÁ DELA? O SUPREMO SEM CORAÇÃO APROVOU NA VERDADE O ABORTO DE MÃES. É MUITO DIFICIL PARA UMA NAÇÃO RECONHECER QUE MAIOR E UNICA FONTE DE SABEDORIA E AMOR VEM DE DEUS.
    60. Rodrigo L.
      -
      11/04/2012 às 16:52
      Como excluir a opinião religiosa do debate? A civilização ocidental simplesmente não existiria sem o cristianismo, e, especificamente, o catolicismo. Os “grandes sábios” que procurem encontrar exemplos anteriores a ele. Não encontrarão nenhum, porque simplesmente não existem! Os mesmos fundamentos da causa abortista (inépcia da vida) eram usados pelos Gregos de Esparta para lançar crianças com problemas ao abismo. Ama ao próximo como a ti mesmo é essencialmente cristão. Hoje em dia, em nome de uma autoproclamada “superior” ciência, buscam ocultar as origens do que de melhor existe no mundo ocidental, uma obra de dois milênios, em favor de uma “sabedoria” nascida ontem e que, muitas vezes, amanhã mesmo, já é considerada ultrapassada, errada…
    61. Paulo
      -
      11/04/2012 às 16:52
      As pessoas não compreendem que esta estrada escolhida pelo Supremo é a estrada que também leva a outras decisões ruins.
      A grande maioria pensa em tese e de forma simplista, sem entender que esse caminho aumenta as chances de existir mais problemas no futuro.
      O caminho da eugenia é um só. Seríamos todos nós perfeitos? A ausência de 80% da massa cerebral seria motivo para o aborto? E 50%? E 40% e 10%? e 5%?
      E os casos funcionais? Seria então lícito que quem sofresse um acidente com perda de massa encefálica sofresse eutanásia? Será que podemos perguntar ao paciente se quer se livrar de seu sofrimento, porque perdeu um pouco da massa encefálica?
      As pessoas precisam compreender que suas escolhas fazem muita diferença para todas as outras pessoas. Não se pode puerilmente decidir agora e querer revogar depois.
      Quem defende em tese o aborto de anancefálicos - pode em tese - ter que lutar para manter a vida de um feto anancefálico no futuro. O caso concreto é mais difícil de se fazer valer.
      Conheço uma tetraplégica desde pouco depois do acidente. Foi só depois da tetraplegia que se deu seu desabrochar como ser humano. Quando vamos então decidir? Se ela não fosse tetraplégica seria deputada federal? Não sabemos. Nunca saberemos. Não importa. O que importa é que está viva e lutando por um mundo melhor para todos.
      O desengano da anencefalia será a contribuição para desenganar quem ainda está vivo.
      Ao abrir essa caixa de Pandora, estamos abrindo possibilidades de suspensão de tratamento de doentes sob cobertura de planos de saúde. Como arbitrar quem vive e quem morre agora? A vida ficou definida por uma zona cinzenta mais difícil de ser decidida. Será que vamos acordar de nosso coma depois de um acidente? Ou será que foi decidido que já não podemos ter vida autônoma?
      Escolhas implicam em renuncia.
      Todos, independente de motivação religiosa ou por questões financeiras e até de custo emocional, temos que apostar na vida. Ela vale cada aposta.
      A vida é um absoluto.
      A vida é absoluta.
    62. Fábio de Araujo Gomes
      -
      11/04/2012 às 16:51
      Bravo, Reinaldo! Texto esclarecedor. Há de se botar no centro da questão a verdadeira motivação da discussão da mesma. Escamotear o debate para o prisma religioso sempre será favorável aos que, com bravatas, dizem estar a religião tentando controlar a vontade da pessoa de optar por A ou B. O que é uma bobagem. Gostaria, caro Reinaldo, de uma palavra sua sobre uma opinião que li hoje, criticando “aqueles que dizem ser a favor da vida, mas não adotam crianças que estão ns ruas usando drogas e roubando.” Como se fosse mais prudente matá-las no nascimento ou após a concepção, do que cobrar do Estado que este dê condições e oportunidades à suas famílias e, fatalmente, a estas crianças. Não lhe parece um pensamento meio nazista? “Se tem condições aceitáveis e acesso à educação, saúde e tudo o mais, vai viver. Se não tem, é palpérrimo, vai morrer para que não se torne um problema social”. Nazismo puro, não? Seria demais pedir um post a respeito?
    63. medodissotudo
      -
      11/04/2012 às 16:43
      é um tema dificil.
    64. Silva
      -
      11/04/2012 às 16:43
      Não mandar matar, não tolerar matar, não permitir matar, não matar virou coisa de religião? Po?!rra! Estamos diante da maior morbidez cultural de toda a história da humanidade.
    65. Brasileiro Trouxa
      -
      11/04/2012 às 16:40
      É preciso que se destaque um fato, Reinaldo: o que a CNBB fez para defender os interesses católicos diante dessa decisão? Um punhado de cristãos fizeram uma manifestação em frente ao STF, mas, pelo que li nas notícias, foi uma iniciativa bem pontual. Se até a CNBB boicota a religião cristã, o que esperar do resto?
    66. M@theus
      -
      11/04/2012 às 16:30
      Boa tarde Rei.
      Só Deus pode dar ou tirar a vida. Seja a pessoa um assassino, maníaco, ou um bb encéfalo.
      (embora eu sinta pena da mãe q tenha um bb nesse caso, pq ficar carregando durante 9 meses, sofrer as dores do parto, para logo em seguida o bb morrer…)
    67. Puxinanã
      -
      11/04/2012 às 16:30
      Grande Reinaldo,
      Apesar de ter minhas dúvidas quanto à posição correta sobre a questão (sou agnóstico), não posso deixar de louvar sua argumentação (se fosse Manuel Bandeira faria aqui uma louvação em versos) e me alinhar com ela. Na imprensa brasileira, você é um dos poucos que merecem ser lidos, concorde-se ou não com o quê escreve (e eu concordo com quase tudo). Vá em frente, que o Brasil e todos nós precisamos muito de pessoas especiais como você. Um grande abraço, do Puxinanã.
    68. Osmar Neves
      -
      11/04/2012 às 16:29
      Só discordo de você na responsabilidade do ateísmo pelos crimes do comunismo. O ateísmo, a negação da transcendência, é um componente vital da cosmovisão comunista e desde que eu considere meu semelhante apenas um arranjo de átomos e não um ser criado à imagem do Absoluto, com dignidade igual à minha - conferida a nós por este Absoluto, e despreze o julgamento da eternidade, sinto-me sim estimulado a exterminá-lo caso me seja conveniente ou agradável e não haverá bases racionais para a minha condenação. Não há valores objetivos no ateísmo, há consensos temporários. Hoje permitimos o nascimento de crianças, amanhã as mataremo se isso for do agrado da megera-progenitora ou do Estado.
    69. Sherlock
      -
      11/04/2012 às 16:28
      Rei,
      Proponho o extermínio da humanidade. Mais cedo ou mais tarde todos morreremos, não é mesmo?, então por que não damos uma mãozinha à história? No fundo, acho que é isso que querem os fundamentalistas do bem, do belo, do justo e do ecologicamente correto.
    70. Yhel Esteves
      -
      11/04/2012 às 16:19
      Reinaldo, fantastico!!
    71. Sandra
      -
      11/04/2012 às 16:13
      Quem não é religioso pode roubar e matar? A Igreja só pode proibir essas práticas a seus fiéis?
    72. vone jones
      -
      11/04/2012 às 16:10
      Reinaldo,
      Eu acho que o moderno humanismo tem como base o cristiano… e também o budismo, judaismo e até o islamismo… há muita semelhança entre as coias boas de todas as religiões, com um simples detalhe: todas são mais antigas que o cristianismo!
    73. Os jornalistas
      -
      11/04/2012 às 16:09
      Seu texto, Reinaldo, é sempre uma delícia de ler. Você escreve muito bem. Por exemplo, eu só gosto de um poema do Machado, que é Carolina. Todos os outros que eu conheço, dele, não me agradam. Mas Carolina é um poema primoroso, está tudo no lugar certo. O sentimento que eu tenho quando leio os seus textos é o que tenho lendo Carolina. Tudo no lugar. Muito bom. Quanto ao tema em si, concordo com o que você disse. Mas mesmo que discordasse, continuaria sendo um texto muito bem escrito.
    74. Marcel
      -
      11/04/2012 às 16:07
      Bravo!
    75. Adriano
      -
      11/04/2012 às 16:07
      É o mau da TV Justiça. Ficam fazendo firula para as câmeras.
    76. Juca
      -
      11/04/2012 às 16:05
      Algo mais preocupante é a posição não laicista dele, com oa crítica à frase “Deus seja louvado” das notas de Real. São coisas que alegram aos socialistas do Petê, que pretende derrubar os valores cristãos que formaram a nossa sociedade e perseguir toda a igreja, ao máximo em cada passo rumando a isso que dão, vagarosamente.
    77. Ze Gomes
      -
      11/04/2012 às 16:03
      Não tem nada a ver com religião, mas com justiça humana e social:
      um feto anencefálo, como a propria proposição alega É UM CASO DE EXCEÇÃO!
      Sendo caso de exceção, não é um FATO NATURAL UM FETO SER ANENCEFÁLO: responsabilidades e culpas devem ser apuradas, E O ESTADO TEM QUE RERSPONDER POR ISTO!
      FOI A POLUIÇÃO AMBIENTAL E TÓXICA?
      FOI UM REMÉDIO ABORTIVO?
      QUAL Q CAUSA DA ANENCEFELIA? ATÉ QUE SE LIBERE O ABORTO, MAS O ESTADO NÃO SE SAFA DA RESPONSABILIDADE DE ARCAR COM ISTO: ALGUÉM DEVE INDENIZAR AS VÍTIMAS… QUEM SERÁ?
    78. Dezio Ricardo Legno
      -
      11/04/2012 às 16:01
      Prezado Reinaldo,
      creio que as questões religiosas valem para quem é crente.
      Como podem interdições religiosas afetar a vida de quem não professa tal religião?
      Assim sendo creio que o Sr. está fazendo um cavalo de batalha para defender suas crenças e submeter a seu credo todos os cidadãos brasileiros. Mal comparando, age como uma espécie de Aiatolá.
      Décio
    79. professor da Poli
      -
      11/04/2012 às 16:00
      Um ponto que me faria ser favorável ao aborto de anencéfalos seria o fato da mãe ter que passar por todo o processo da gravidez sabendo que não há esperanças para a criança. Algumas pessoas podem suportar e aceitar este fato, outras não. Haveria também os riscos normais de toda a gravidez. Entendo que abre-se a possibilidade de ampliar o aborto não penalizado e irmos na direção das práticas eugenistas. Certamente não é uma decisão fácil e é uma pena que o debate acabe virando um bate-boca que gera muito calor e pouca luz justamente por se mal informado.
      São absurdas as tentativas crescentes de marginalizar qualquer opinião que seja identificada com algo religioso. Realmente são preconceituosas e cinicamente apelam às Liberdades para calar quem pensa diferente das minorias influentes. Sei que não dever ser a causa única, mas muito deste quadro é devido a termos por décadas a educação submetida ao esquerdismo militante, sendo esta a formação de muita gente no Brasil.
    80. José Bessa Neto
      -
      11/04/2012 às 15:58
      ?Por que o Cristianismo, desde que contrário à interesses determinados, quando tornado movimento político e representante, em geral, da totalidade da população, é silenciado diante de latidos vociferantes de cães raivosos sob o argumento de “Estado laico”? Não são o povo, a soberania e o território os elementos fundamentais para a existência estatal? Querem silenciar o povo tendo por base um conceito que depende do próprio povo para a sua solidez.
    81. Ze Gomes
      -
      11/04/2012 às 15:57
      UM COMENTÁRIO SENSATO QUE NEM VOCÊ, REINALDO, NEM NINGUÉM ABORDOU!!!!
      EU E VOCE SOMOS DA MESMA GERAÇÃO!
      “MEMÓRIA”:
      SOU CONTRA O ABORTO, E NESTA COISA DOS ANENCEFALOS, SOU CONTRA PORQUE ESTÁ SE BUSCANDO UMA FORMA DE IRRESPONSABILIZAR OS VERDADEIROS CULPADOS!
      MEMÓRIA!!!!!!!
      OS CASOS MAIS ESCANDOLOSOS DE ANENCEFELIA SURGIRAM NOS ANOS 70 (DITADURA MILITAR?) SIM! EM CUBATÃO!!!!!
      MULHERES GERAVAM FETOS ANENCEFÁLOS DEVIDO À POLUIÇÃO AMBIENTAL CAUSADAS POR INDUSTRIAS PRIVADAS E ESTATAIS LOCALIZADAS NA CIDADE DE CUBATÃO.
      A LIBERAÇÃO DO ABORTO TAL COMO PROPÕE ISENTA A CULPA E O CRIME DOS RESPONSÁVEIS PELA GERAÇÃO DE UM FETO ANÉNCEFALO!!!! A SOLUÇÃO FICA: ABORTE E A GENTE NÃO LHE DEVE NADA!
      E ISTO ESTÁ ERRADO!!!!!
      UM FETO ANENCEFÁLO - AINDA QUE SEJA LIBERADO O ABORTO PARA DECISÃO DA MULHER E DO PAI - ISTO NÃO RESOLVE A CULPA E RESPONSABILIDADE PELA GERAÇÃO DA ABERRAÇÃO DO UMA CRIANÇA ANÉNCEFALA!
      É ISTO QUE VCS AINDA NÃO ABORDARAM!!!!
      VOCE, REINALDO, É DA MESMA GERAÇÃO QUE EU: TOMOU NOTÍCIA DE FETOS ANENCEFÁLOS QUE ESCANDALIZARAM CUBATÃO.
      SOUBE TAMBÉM QUE VÁRIOS REMÉDIOS LIBERADOS PELA ANVISA SEM RESPONSABILIDADE CAUSARAM MUTAÇÕES GENÉTICAS E SÃO OS CULPADOS POR MUTAÇÕES GENÉTICAS DE MALFORMAÇÃO.
      EU QUESTIONO: E SE O FETO ANENCEFALO TIVER SIDO CAUSADO PORQUE A MULHER TOMOU UM MEDICAMENTO PARA PROVOCAR O ABORTO, QUEM RESPONDERÁ POR ESTE CRIME? QUEM INDICOU O REMÉDIO? QUEM LIBEROU A VENDA E O CONSUMO?
      CREIO QUE A DECISÃO DE ABORTAR OU NÃO PERTENCE A GENITORA, NO ENTANTO, A RESPONSABILIDADE CRIMINAL PELA MUTAÇÃO TEM QUE SER APURADA!!!!!!!!
      NÃO PODE SER ASSIMM TÃO FÁCIL (ESTA MENSAGEM É PARA A DIREITA E PARA E ESQUERDA):
      AS GRANDES COORPORAÇÕES NÃO PODEM SAIR DE FININHO DE SUAS RESPONSABILIDADES E CULPAS APENAS LIBERANDO O ABORTO.
      TEM QUE INDENIZAR AS VÍTIMAS!!!! QUE SEJA A INDUTRIA TÓXICA, QUE SEJA O ESTADO PORQUE LIBEROU O MEDICAMENTO ABORTIVO E CAUSADOR DA MUTAÇÃO.
      ESPERO QUE ESTE PONTO DE VISTA CHEGUE A TEMPO AOS INSENSATOS DO SUPREMO!
    82. ARILSON SARTRATO
      -
      11/04/2012 às 15:56
      TODOS NÓS SABEMOS QUE SE UMA CRIANÇA NASCER ANENCÉFALO, DURARÁ POUCAS HORAS DE VIDA, ENTÃO POR QUE TORTURAR UMA MÃE DURANTE 09 MESES????
    83. Eduardo
      -
      11/04/2012 às 15:54
      Reinaldo, ao ler esta materia no dia de hoje no jornal Clarin, de Buenos Aires, me ocorreu que pode ter diversos pontos de contato com os assuntos discutidos no seu post.
      Se trata da historia de um sacerdote colombiano que hoje vive na Patagonia Argentina e cuja mãe foi vitima de estupro na Colombia tendo se recusado a praticar o aborto. Vale a pena ler.
      http://www.clarin.com/sociedad/Despues-abismo_0_680332126.html

    
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    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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