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Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil
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Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)
14/06/2013 às 7:11
LEIAM ABAIXO
— Como a metafísica petista criou a violência dos Remelentos e das Mafaldinhas incendiários. Ou: O casamento do estado-babá com o estado prevaricador;
— Como o Brasil não tem uma lei antiterrorismo, que se aplique contra os desordeiros a Lei de Segurança Nacional, que está em vigência, sim!;
— Haddad, com muita coragem, critica a Polícia!;
— Fernando Haddad, cadê você, seus ex-aliados…;
— Vagabundos roubam quase três horas do meu dia. Estão com a vida ganha! Ou: Mal-estar da civilização é uma pinoia!;
— Debate;
— Terroristas nas ruas – Atenção, leitor! Um promotor de SP tenta provar que trouxa é você, que segue a lei. O papel dele, pelo visto, é ser babá de criminoso;
— Agora Cardozo diz que PF investigará violência e vandalismo em SP e no Rio; até ontem, PT dava piscadelas aos fascistas;
— O fascismo nas ruas – O protesto analfabeto de seis deslumbrados em Paris;
— ONG que é dona do registro “Passe Livre” responde ao blog, não explica nada e silencia sobre violência fascistoide;
— Índios – Comissão da Câmara convoca Carvalho, a mão que balança o berço do Mal…dos! Por Reinaldo Azevedo
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14/06/2013 às 7:10
Como a metafísica petista criou a violência dos Remelentos e das Mafaldinhas incendiários. Ou: O casamento do estado-babá com o estado prevaricador
A Avenida Paulista não é a Praça Tahrir, no Cairo. Também não é a Praça Taksim, em Istambul. Embora eu não reconheça, como todo mundo sabe, a existência de uma “Primavera Árabe”, não dá para ignorar que os egípcios que foram às ruas enfrentavam uma ditadura feroz. Na Turquia, o que está em curso é a construção de um regime autoritário, ancorado, como é evidente, na religião. Os que rejeitam a ditadura religiosa e o governo autoritário — embora eleito — estão nas ruas. A resistência à reforma de uma praça é, de fato, rejeição à progressiva islamização do país, promovida pelo primeiro-ministro, Recep Erdogan. A Europa em desalento, especialmente a Espanha, com um desemprego brutal, também tem sido palco de protestos. ATENÇÃO! No Cairo, em Istambul ou em qualquer país europeu, não se viu nada parecido com a violência liderada pelo tal Movimento Passe Livre em São Paulo. Muito bem! Os que foram à luta nos países árabes (com uma agenda ruim, insisto!) enfrentavam tiranias. Os que resistem em Istambul estão dizendo “não” à progressiva islamização do país.
Mas e os nossos “revolucionários”, saídos dos setores mais abastados da sociedade? O que quer essa gente? O Brasil passa, por acaso, por algum déficit democrático? A resposta até pode ser afirmativa, mas não é isso que está a levar os baderneiros para as ruas. O Brasil passa por alguma crise econômica grave? Há sinais importantes de deterioração da economia, mas também não é isso que mobiliza os incendiários. Tenho uma desconfiança: estamos assistindo ao desdobramento mais perverso deste misto que temos visto de estado-babá com estado prevaricador. Já chego lá. Antes, algumas outras considerações.
Nesta quinta, enquanto os delinquentes babavam a sua pauta aloprada nas ruas de São Paulo — e de diversas capitais —, em Brasília, aconteciam algumas coisas importantes. No STF, decidia-se o destino da liminar que suspendeu a tramitação do projeto de lei que impõe dificuldades à criação de novos partidos. Já escrevi muito a respeito (e voltarei ao assunto nesta sexta). A liminar vai cair — embora haja pistas importantes de que a lei, se aprovada, será considerada inconstitucional. Trata-se de um movimento da maioria de ocasião esmagando a minoria. Com o texto, se aplicado, Dilma consolidaria um verdadeiro latifúndio no horário eleitoral gratuito. Trata-se de uma patuscada autoritária, nascida, sim, no Legislativo, mas patrocinada pelo Planalto, com o intuito claro de impedir a criação da Rede, partido de Marina Silva, e a consolidação da Mobilização Democrática. Não há um só banana protestando. Esses cretinos nem sabem direito do que estou a falar. Não sabem PORQUE A DEMOCRACIA NÃO É UM VALOR PARA ELES.
Mas esse não era o único debate importante. Uma comissão se formou para tentar encontrar algum consenso para a PEC 37, aquela que impede o Ministério Público de conduzir investigações. Quer-se que essa tarefa seja monopólio da Polícia Federal e das Polícias Civis. Não se chegou a lutar nenhum. Qualquer coisa pode acontecer. O ânimo, no Congresso, é cortar a prerrogativa do MP. Eis outra questão fulcral para a democracia. E, como é notório, o Movimento Passe Livre, o PSOL, o PCO e outras minoridades políticas sem voto também deram de ombros para a questão. Aqueles babacas mascarados, que saem chutando ônibus, pichando, com suas mochilinhas caras nos ombros, seus tênis importados e suas roupas de grife, se lessem o que escrevo, não distinguiriam este texto de um tratado em grego clássico.
O país começa a assistir a um alinhamento que aponta para um mau futuro: inflação acima da meta, baixo crescimento, juros elevados (vão subir mais), baixo investimento, déficits gêmeos… Isso, então, está em outra galáxia, muito distante daquele em que orbita a turma do quebra-quebra. Ontem, assisti na TV à entrevista de alguns deles — os que falavam, dava para perceber, comem sucrilho ainda hoje, tomam Toddynho, vivem confortavelmente… Às vezes, é preciso ser profundo o bastante para acreditar na primeira impressão: a pobreza tem cara específica, dentes específicos, pele específica, cabelo específico… O consumo das boas proteínas no tempo adequado não mente jamais. Ali estavam filhos, como vou dizer?, dos abastados. E muitos nem se ocupam em esconder: admitem que o reajuste de 20 centavos na tarifa é uma bobagem; admitem que não são afetados pelo problema; sabem que os transportes públicos foram reajustados abaixo da inflação em São Paulo… Mas anunciam que estão a falar em defesa do povo!
Era patético ver os Remelentos & as Mafaldinhas do sucrilho a gritar, com sua boca cheia de dentes, em direção ao povaréu que assistia àquilo tudo, incrédulo, estupefato: “Você aí parado/ também é explorado”. Não entendi o “também”? Quem mais é “explorado”? Certamente não são aqueles que gritam. Mas sabem como é: parte dessa meninada aprendeu na escola, com seus professores hipomarxistas (o “hipomarxismo” é o marxismo dos idiotas que não leram Marx, que é mais bisonho do que o marxismo idiota dos que leram), que, se o oprimido não luta, a gente deve lutar por ele…
Qual é a luta?
Qual é a luta dessa turma? Como é que eles pretendem mudar o mundo? Numa primeira etapa, a redução da passagem de R$ 3,20 para R$ 3. Uau!!! Mas eles deixam claro que a pauta verdadeira é outra: a gratuidade do transporte público. Sim, caro leitor: eles querem que o Brasil seja o único país do mundo com a gratuidade total dos transportes e que tudo comece por São Paulo. Uma frase estúpida, verdadeiramente “jumêntica”, como diria Odorico Paragauaçu, indaga: “Se é público, por que é pago?”. Notaram? Toma-se o público como sinônimo de gratuidade, como se os recursos para isso caíssem do céu. Ora, aquilo que for publico e gratuito será pago por alguém: por quem?
Como é que essa pauta prospera e chega a conquistar a simpatia de setores da imprensa — desde sempre — e, segundo informa o Datafolha, de parcela considerável dos entrevistados? Segundo o instituto, 55% apoiam o protesto, contra 41%, que o rejeitam. Dizem, no entanto, que há excesso de violência 78%. Atenção! O Movimento Passe Livre quer a gratuidade do transporte; a maioria, diz a pesquisa, apoia, mas se opõe a que se cortem recursos de outra área para desviar para o transporte. Confuso, então, esse o paulistano, nesse particular, quer a quadratura do círculo.
De novo: qual é a luta?
Noto alguns esforços de sociologização barata do episódio, tentando identificar um certo mal-estar difuso, que andaria por aí, querendo significar alguma coisa… A resposta me parece até bastante simples, embora ela aponte para uma realidade nada alvissareira. Estamos assistindo ao desdobramento virulento da associação entre o estado-babá e o estado prevaricador.
Por babá, entende-se, então, que esse estado é obrigado a financiar o indivíduo até nas questões mais pessoais, mais íntimas. Já há no país uma verdadeira Bolsa Orgasmo: o ente público fornece camisinha, pílula comum, pílula do dia seguinte… Se depender da militância, logo vai oferecer também o aborto, que é para fechar o círculo. O sujeito não precisa se responsabilizar nem pelo que faz com o seu baixo ventre. Nada! “Ah, Reinaldo, antes isso do que ver crescer o números de contaminados pela AIDS…” Até pode ser. Mas isso não anula o fato de que temos uma sociedade — SOCIEDADE MESMO! — que vai se tornando, a cada dia, mais estado-dependente. Num extremo, é Bolsa Família; no outro extremo, é Bolsa BNDES.
Generaliza-se a convicção de que o estado tem, sim, o dever de sustentar o indivíduo do nascimento à morte. E pouco importa quanto isso possa custar. A pesquisa Datafolha é eloquente a respeito. A maioria apoia os protestos, mas é contra dar mais dinheiro público para os transportes. Bem, então resta tirar um coelho da cartola. Aquela pergunta estúpida é emblemática: “Se é público, por que é pago?”. Depender do estado, esperar a benesse, não querer arcar com o custo, isso está se tornando a nossa segunda natureza.
Patrocinando a ilegalidade
E há, é evidente, um patrocínio escancarado da ilegalidade, operado pelo estado brasileiro. Ora, o MST é uma excelente inspiração para os radicaloides do Movimento Passe Livre. Afinal de contas, o que esse “movimento” faz no Brasil há quase 30 anos? Move-se na mais escancarada, arreganhada e vergonhosa ilegalidade. Qual foi a consequência, para aqueles valentes, da primeira invasão da fazenda da Cutrale? Nenhuma! Qual foi a consequência da segunda invasão? Nenhuma também! E da próxima? A resposta é a mesma.
Vejam o caso escandaloso do Mato Grosso do Sul, aí envolvendo os índios. Proprietários legais de terra, com títulos centenários, estão sendo expulsos de suas propriedades, que são depredadas, queimadas. Esse movimento é insuflado, atenção!, de dentro do Palácio do Planalto, por intermédio da Secretaria-Geral da Presidência, cujo titular é Gilberto Carvalho. É, amiguinhos, a prática terrorista passou do campo para a cidade — mais dia, menos dia, isso iria acontecer. E estejam certos: se essa gente não for reprimida, segundo o rigor da lei, as cidades brasileiras vão se transformar num inferno. Já está claro que para criar uma grande confusão não é preciso muita coisa. O PSOL e o PCO não têm votos, como a gente sabe. Mas eles não precisam disso. Voto é coisa da democracia representativa, que os baderneiros desprezam. Hoje em dia, eles lidam com o conceito fascistoide de “democracia líquida”.
Começando a encerrar
Sim, existem os esquerdopatas no meio da turma, mas a ideologia, nesse ambiente, nem tem tanta importância porque essa gente é mal informada, malformada, desinformada. Na raiz de uma mobilização estúpida como essa — gratuidade dos transportes — estão a convicção deformada de que o estado deve ser o provedor dos indivíduos (Dilma acaba de lançar um programa de crédito pra comprar sofá e geladeira, certo?) e a certeza de que, na “luta política”, o crime compensa.
“Ah, o Reinaldo agora é contra mobilização popular. Democracia é assim mesmo: também vale para causas ruins.” Eu sei e já escrevi isso umas 500 vezes. O ponto é outro: as formas de luta em curso são aceitáveis num regime democrático? Acho que não são. Aí, então, essa gente precisa sentir o peso da democracia quando fardada — porque ela resgata e preserva direitos. Se houve excessos, que sejam punidos. Ocorre que, com alguma frequência, se está a chamar de excesso a reação normal de uma força militar que foi agredida.
Não há mal-estar secreto nenhum na “civilização brasileira” que explique o vandalismo. Há, isto sim, o casamento de dois atrasos: o estado-dependentismo e a impunidade. Grupos radicais resolveram adotar os métodos do MST, na certeza de que nada vai lhes acontecer. É MSNV: o Movimento dos Sem-Noção e Sem-Vergonha. Por Reinaldo Azevedo
Tags: democracia representativa, São Paulo, tarifa de ônibus
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45 COMENTÁRIOS
14/06/2013 às 7:05
Como o Brasil não tem uma lei antiterrorismo, que se aplique contra os desordeiros a Lei de Segurança Nacional, que está em vigência, sim!
As autoridades brasileiras têm como botar um fim na baderna e fazer com que esses radicaloides sem causa enfiem o rabo entre as pernas: apelar à Lei de Segurança Nacional, que está em vigência. Já volto a esse ponto. Antes, algumas considerações.
O Brasil NÃO TEM uma lei que puna atos terroristas e assemelhados, sejam eles praticados por nativos ou por estrangeiros. O PT não permite que seja votada. A razão é simples: houvesse uma, o MST e a Via Campesina certamente seriam enquadrados. Aquela comissão que elaborou a proposta de um novo Código Penal, que está no Senado, até chegou a pensar no assunto. Tratou do crime de terrorismo nos artigos Artigos 239 a 242 (já escrevi a respeito). Leiam o que vai lá. Reproduzo trecho:
Art. 239. Causar terror na população mediante as condutas descritas nos parágrafos deste artigo, quando:
§ 3º Incendiar, depredar, saquear, explodir ou invadir qualquer bem público ou privado;
§ 5º Sabotar o funcionamento ou apoderar-se, com grave ameaça ou violência a pessoas, do controle, total ou parcial, ainda que de modo temporário, de meios de comunicação ou de transporte, de portos, aeroportos, estações ferroviárias ou rodoviárias, hospitais, casas de saúde, escolas, estádios esportivos, instalações públicas ou locais onde funcionem serviços públicos essenciais, instalações de geração ou transmissão de energia e instalações militares.
Pena - prisão, de oito a quinze anos, além das sanções correspondentes à ameaça, violência, dano, lesão corporal ou morte, tentadas ou consumadas.
Poderia até ser uma boa lei… Só que a comissão, no parágrafo 7º desse mesmo artigo, escreveu isto:
Exclusão de crime
§ 7º Não constitui crime de terrorismo a conduta individual ou coletiva de pessoas movidas por propósitos sociais ou reivindicatórios, desde que os objetivos e meios sejam compatíveis e adequados à sua finalidade.
Vale dizer: a lei não valeria para os ditos “movimentos sociais”, como o MST ou Passe Livre. Estes poderiam continuar a cometer crime à vontade.
Não dá para esperar
De todo modo, o Brasil não precisa de lei nova nenhuma para pôr os delinquentes em seu devido lugar. Basta recorrer à 7.170, de abril de 1983. Sim, é a Lei de Segurança Nacional! O que está escrito nessa lei? Reproduzo trechos:
Art. 15 – Praticar sabotagem contra instalações militares, meios de comunicações, meios e vias de transporte, estaleiros, portos, aeroportos, fábricas, usinas, barragem, depósitos e outras instalações congêneres.
Pena: reclusão, de 3 a 10 anos.
(…)
§ 1º – Se do fato resulta:
a) lesão corporal grave, a pena aumenta-se até a metade;
b) dano, destruição ou neutralização de meios de defesa ou de segurança; paralisação, total ou parcial, de atividade ou serviços públicos reputados essenciais para a defesa, a segurança ou a economia do País, a pena aumenta-se até o dobro;
Art. 19 – Apoderar-se ou exercer o controle de aeronave, embarcação ou veículo de transporte coletivo, com emprego de violência ou grave ameaça à tripulação ou a passageiros.
Pena: reclusão, de 2 a 10 anos.
A Lei de Segurança Nacional foi aprovada durante o regime militar, mas não é “do” regime militar. Deixou de sê-lo quando, na ordem democrática, foi mantida sem se chocar com a Constituição e com os demais códigos vigentes. Se ela pode contribuir para punir com a devida gravidade os crimes cometidos por essa súcia, que seja acionada em defesa da sociedade, ora essa! Ou um país deve agora se envergonhar de recorrer a seu estoque legal para manter a paz social e enquadrar os agressores? Por Reinaldo Azevedo
Tags: lei antiterrorismo, Lei de Segurança Nacional
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9 COMENTÁRIOS
14/06/2013 às 7:03
Haddad, com muita coragem, critica a polícia!
O PT estava doido para mudar de lado, fazer de conta que nada tem a ver com o reajuste da tarifa de ônibus e sair atacando a Polícia Miliar e o governo Geraldo Alckmin. Mas estava difícil. Os baderneiros não colaboravam. A delinquência explícita desaconselhava o alinhamento. Nesta quinta-feira, na quarta jornada de confrontos, abriu-se a janela da oportunidade: o confronto violento entre a PM e os manifestantes permite aos bandidos passar por mocinhos. Pior — e melhor para os petistas: há jornalistas feridos, o que tende a gerar uma reação corporativista da imprensa, como se, naquele inferno, policiais tivessem como saber quem é quem. Um vídeo postado no YouTube mostra o que seria uma agressão de policiais contra jornalistas do… PSTU! Não me digam que o PSTU está num evento como esse apenas em busca da informação isenta!
Pois bem. Já com o balanço do dia e advertido por seus sábios de comunicação sobre o tom da cobertura de boa parte da imprensa, o prefeito Fernando Haddad não teve dúvida: afirmou que o quarto dia de manifestações foi marcado pela violência policial. Pronto! É o PT em seu elemento. Deveria agora complementar o seu ato de coragem política fazendo a tarifa voltar a R$ 3.
Haddad sabe que tem uma dívida de gratidão com os baderneiros. O grupo que coordena essa pantomima violenta se consolidou em 2011, contra o reajuste de passagens determinado pelo então prefeito Gilberto Kassab. À época, o ex e o atual prefeitos ainda não atuavam em parceria.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo determinou que se apurem eventuais excessos. Uma autoridade, como é Haddad, deveria esperar, no mínimo, o resultado da sindicância. Acusar a polícia, de saída, faz supor que, sem a sua intervenção, a manifestação teria sido pacífica. As três anteriores falam por si. Por Reinaldo Azevedo
Tags: Fernando Haddad, tarifa de ônibus
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27 COMENTÁRIOS
13/06/2013 às 23:03
Fernando Haddad, cadê você, seus ex-aliados…
…estão na rua só pra te ver!!! ”Ah, Reinaldo, ele está em viagem!” Desde quando isso impede uma declaração? Os petistas estão doidos para jogar a batata quente no colo de Geraldo Alckmin. Tanto é assim que José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça e pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, já se ofereceu até para… fazer campanha eleitoral antecipada!!! Por Reinaldo Azevedo
Tags: Fernando Haddad, ônibus
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40 COMENTÁRIOS
13/06/2013 às 22:58
Vagabundos roubam quase três horas do meu dia. Estão com a vida ganha! Ou: Mal-estar da civilização é uma pinoia!
É impressionante!
O debate de que participei no Rio (ver nota anterior) começou às 15h30 e terminou pouco depois das 17h. O avião pousou em Congonhas às 19h20. Com folga, poderia estar em casa às 20h. Acabo de chegar: 22h45. Os delinquentes roubaram duas horas e meia do meu dia — e, certamente, do de milhões de outros paulistanos.
Na madrugada, volto ao assunto. Andei acompanhando a coisa pelo celular. Boa parte da imprensa aplaude surdamente — às vezes, nem tão surdamente — gente que sai por aí incendiando e depredando. Há jornalistas feridos. É claro que é lamentável e é claro que eventuais excessos têm sempre de ser coibidos. Comprovados, têm de ser punidos. Mas policial não é obrigado a saber quem é quem não é jornalista. No meio de um confronto, também não me parece prudente enfiar a câmera na cara de um soldado.
Há cretinismos de todos os tipos. Já se especula até sobre, sei lá, um certo mal-estar da civilização, que também empurraria os delinquentes para as ruas. Mal-estar de quê? Por quê? O caso é bem outro. Na madrugada, volto ao assunto.
O nome do atual mal-estar no Brasil é impunidade e estímulo permanente ao desrespeito à lei. Ou não ouvimos um ministro de estado, Gilberto Carvalho, a dizer que a presidente Dilma Rousseff dera uma ordem para que não se cumprisse determinação da Justiça?
Ah, sim: a predição daquele tal promotor do Ministério Público Estadual de São Paulo se cumpriu, não é? Não foi ele quem disse que, sem baixar os preços, o “protagonismo voltaria para os manifestantes”? Ele chama o que aconteceu de protagonismo. Os incendiários não estão só nas ruas. Também os há nos gabinetes. José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, sabe disso. Ele ofereceu “ajuda” ao governo de São Paulo…
Ajuda, é? De José Eduardo Cardozo? Então tá. Por Reinaldo Azevedo
Tags: protesto, tarifa de ônibus
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73 COMENTÁRIOS
13/06/2013 às 14:01
Debate
Caros,
a produção será um tanto irregular nesta quinta. Participo hoje, a partir das 14h30, de um debate sobre “Corrupção e Ética” na política com a ministra Eliana Calmon e o professor Marcus Fabiano, da Universidade Federal Fluminense (UFF). O mediador é o economista Rodrigo Constantino. O debate é promovido pelo Clube Militar, em parceria com a UFF.
Depois escrevo mais a respeito.
Por Reinaldo Azevedo
Tags: corrupção, debates
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109 COMENTÁRIOS
13/06/2013 às 4:19
LEIAM ABAIXO
— Terroristas nas ruas – Atenção, leitor! Um promotor de SP tenta provar que trouxa é você, que segue a lei. O papel dele, pelo visto, é ser babá de criminoso;
— Haddad, a voz fina e esganiçada da covardia política;
— Nesta quinta, o Supremo entre Dilma e a Constituição. Com quem ficará? Ou: STF decide se vai ou não cassar o direito dos eleitores de Marina;
— Agora Cardozo diz que PF investigará violência e vandalismo em SP e no Rio; até ontem, PT dava piscadelas aos fascistas;
— O fascismo nas ruas – O protesto analfabeto de seis deslumbrados em Paris;
— ONG que é dona do registro “Passe Livre” responde ao blog, não explica nada e silencia sobre violência fascistoide;
— Índios – Comissão da Câmara convoca Carvalho, a mão que balança o berço do Mal…dos!;
— Supremo começa a votar destino da liminar que suspende projeto que coíbe novos partidos; Mendes demonstra por que ela é constitucional e segue jurisprudência;
— Se transporte fosse gratuito, como reivindicam os terroristas, isso beneficiaria os mais endinheirados. Ou: Nem o maná era de graça: Deus cobrava, ao menos, bom comportamento;
— Risco-país sobe, e culpa não é só dos Estados Unidos;
— Alckmin: manifestantes são baderneiros e vândalos;
— IRRESPONSABILIDADE, SEU NOME É FERNANDO HADDAD, UMA RIMA SEM SOLUÇÃO! OU: TENHA AO MENOS A CORAGEM DE VESTIR O CAPUZ, PREFEITO, E SAIR BOTANDO FOGO NA CIDADE!!!;
— Vagabundos tentam linchar um policial. Ou: Fascistas arrancam sangue do verdadeiro homem do povo;
— VERGONHA! Ministério Público propõe negociação com terroristas, é isso? Ou: Eles vão levar coquetel molotov, paus, pedras e spray para a conversa?;
— Vejam isto: tucanos “privatizam”; já os petistas “repassam à iniciativa privada”;
— Entidade que é dona de domínio do “Movimento Passe Livre” recebe dinheiro da Petrobras e do Ministério da Cultura e tem incentivo da Lei Rouanet Por Reinaldo Azevedo
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13/06/2013 às 3:01
Terroristas nas ruas – Atenção, leitor! Um promotor de SP tenta provar que trouxa é você, que segue a lei. O papel dele, pelo visto, é ser babá de criminoso
É, meus caros leitores… Nunca se esqueçam de que eu conheço aquela gente. Ontem de manhã, escrevi aqui um post cujo título era este: “VERGONHA! Ministério Público propõe negociação com terroristas, é isso? Ou: Eles vão levar coquetel molotov, paus, pedras e spray para a conversa?”. Até leitores que gostam do blog acharam que eu estava exagerando: “Pô, Reinaldo, não tem nada de errado em conversar…”. Pois é. Em primeiro lugar, nem toda conversa é boa ou desejável. Eu não acho que as forças de segurança devam, por exemplo, dialogar com Marcola ou com Fernandinho Beira-Mar. Por quê? Porque são criminosos, e tentar negociar concessões com eles implica legitimar o crime. O Movimento Passe Livre também é a face visível de uma cadeia de delinquências que se espalhou pela cidade. Essa gente não representa ninguém, a não ser os vândalos. Chamá-los para uma conversa com representantes da Prefeitura e do governo de São Paulo, como fez o Ministério Público Estadual, já é um verdadeiro despropósito. Tanto pior quando o representante do MPE é o promotor de Justiça de Habitação e Urbanismo Maurício Ribeiro Lopes, um fanático amante do absurdo, um homem obcecado pelos holofotes, atraído pela polêmica irresponsável, vocacionado para a subcelebridade e, como direi?, pouco rigoroso intelectualmente, para ser delicado.
Lopes fez o encontro e teve uma ideia: quer que o Estado e a Prefeitura cedam à pressão das ações terroristas e adiem o reajuste por 45 dias. Fez, ainda, uma das mais estúpidas afirmações de que se tem notícia em muitos anos. Já chego lá.
Prefeitura e Estado mandaram representantes para o encontro, que contou com militantes ligados ao Passe Livre, PSOL, PCdoB, Sindicato dos Metroviários. Até os pelegos da UNE estavam lá. Pelo tal Passe Livre, falou um certo Lucas Monteiro. Seria ele um estudante pobrezinho? Não! É professor de história da rede privada de ensino. Leiam este trecho do UOL (em vermelho):
Monteiro defendeu que a redução é “decisão política do prefeito e do governador”, e que apenas a medida colocaria fim, em definitivo, às manifestações de rua. “Isso [a decisão política pelo recuo no reajuste] fica claro quando se lembra que eles adiaram o decreto de reajuste por seis meses, ou mesmo que reajustaram abaixo da inflação”, citou.
Voltei
Há pais que estão pagando para que seus filhos tenham aula com alguém capaz de dizer essas enormidades. Em primeiro lugar, o Estado não interfere na tarifa de ônibus, que é assunto municipal; só participa da conversa por causa da integração com o metrô. Em segundo lugar, observem que ele reconhece que:
a) o reajuste foi adiado;
b) ficou abaixo da inflação.
Não está bom para o “professor da rede particular de ensino”.
Declaração absurda
Muito bem! O promotor Maurício Ribeiro Lopes se comprometeu a levar para a Prefeitura e para o governo (que não regula preço de passagem de ônibus) a proposta de adiar por 45 dias o reajuste, fazendo a tarifa voltar dos atuais R$ 3,20 para R$ 3. E disse esta pérola da estupidez:
“Caso os governos não queiram transigir na questão, estarão devolvendo a estes movimentos um protagonismo. Hoje assistimos a um gesto de boa vontade deles em devolver essa questão [sobre a redefinição tarifária] ao Estado. Mas não há nenhum compromisso de que efetivamente a tarifa baixará”.
Como é que é?
Segundo o promotor, então, a única forma de a Prefeitura passar a ser a protagonista é cedendo à chantagem dos terroristas, que estariam demonstrando “boa vontade”. E em que consistiria essa boa vontade? Ora, eles se comprometem em parar de promover quebra-quebras, entenderam? A concessão dos vagabundos estaria em parar de cometer crimes. Na cabeça deste senhor, negociação é assim: o lado que está dentro da lei cede às exigências dos fora da lei. É estupendo!
Mais: esses caras são protagonistas de quê? Quem os elegeu? Eu sei de onde deriva a legitimidade de Fernando Haddad, por mais que eu repudie tudo o que ele pensa e o considere politicamente covarde – deu mostras disso, de novo, em Paris. Parecia um moleque assustado. O Rio Grande do Sul tem uma expressão melhor para isso… Mas foi eleito pelo povo. Eu sei de onde deriva a legitimidade do governador Geraldo Alckmin. Também vem das urnas. E a dos “Lucas” e afins? Vem de onde? Da depredação? Das bombas? Dos coquetéis molotov? Representantes do PSOL na reunião? Do PCdoB? Essa gente disputa eleições. Quantos votos costuma ter?
Este senhor é um irresponsável em se pronunciar nesses termos. Ele acabou de comprar a causa de quem sai espalhando o terror pela cidade. Desmoraliza o Ministério Público Estadual. Ele também se comprometeu em mobilizar a Defensoria Pública em favor dos baderneiros presos. Não duvido. Essa gente integra as carreiras de estado mais bem remuneradas, regiamente pagas pelos desdentados, para defender seus “companheiros” de ideologia. O pagador de impostos, impedido de ir e vir, que se dane.
Não me surpreende
Este promotor não me surpreende. Adora a ribalta. É o cara que tentou impedir a posse de Tiririca tentando provar que ele era analfabeto. Ele o fez por amor à lei? A fala acima prova que não. Queria ser notícia. Já escrevi alguns posts sobre seus absurdos.
Foi ele que, certa feita, ao receber uma petição de moradores contrários à instalação de um albergue nas imediações de suas respectivas casas – e enviar petição ao Poder Público é um direito constitucional –, denunciou os pobres coitados à delegacia de crimes raciais, acusando-os de neonazistas.
Lembram-se daquela história da estação de metrô de Higienópolis? Inventou-se a mentira de que teriam mudado o lugar da dita-cuja por pressão dos endinheirados. Era mentira. O novo local escolhido era ainda mais nobre. Mas lá estava o promotor, o amostrado. Decidiu pedir esclarecimentos a Jurandir Fernandes, então secretário estadual dos Transportes Metropolitanos: “Quero saber se ele cedeu a uma pressão da elite ou se a questão foi técnica. Se a questão foi de quem pode mais chora menos, é um absurdo para a cidade”. Nota: quem deu início à campanha contra o bairro foi o Movimento Passe Livre.
Maurício Ribeiro Lopes não chega a ser um exemplo de rigor intelectual. Meteu-se num caso vexaminoso de plágio descarado. Nada menos de 38 páginas de sua tese de livre docência da Faculdade de Direito da USP foram, como posso dizer?, chupadas do trabalho de um colega seu.
Este senhor não cansa de se superar. Agora, ele sugere que os que seguem a lei cedam à pressão de criminosos. Por Reinaldo Azevedo
Tags: São Paulo, tarifa de ônibus
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366 COMENTÁRIOS
13/06/2013 às 2:57
Haddad, a voz fina e esganiçada da covardia política
O reajuste de ônibus é uma questão municipal, não estadual. Ao governo do estado, compete manter a segurança pública e tentar coibir os atos terroristas. O governador Geraldo Alckmin se pronunciou muito duramente ontem contra a violência. Chamou as coisas pelo nome que elas têm.
E Haddad? Com a voz distorcida pelo medo, pela covardia política, limitou-se a dizer que cumpriu o seu compromisso de campanha, que era ajustar a tarifa abaixo da inflação. Parecia pouco se lixar para o rastro de destruição DEIXADO POR ALIADOS SEUS. Sim, os que promovem o caos em São Paulo – e prometem voltar à carga nesta quinta – contaram com o apoio explícito dos petistas em 2011 e engrossaram a campanha de Haddad em 2012.
São Paulo vítima de uma súcia, e seu prefeito a esganiçar: “Eu cumpri a promessa, eu cumpri a promessa. Medalha pra mim”.
Supercoxinha! Por Reinaldo Azevedo
Tags: Fernando Haddad, tarifa de ônibus
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13/06/2013 às 2:55
Nesta quinta, o Supremo entre Dilma e a Constituição. Com quem ficará? Ou: STF decide se vai ou não cassar o direito dos eleitores de Marina
O voto que o ministro Gilmar Mendes, do STF, deu ontem sobre a liminar por ele concedida, que suspendeu a tramitação do projeto que coíbe a formação de novos partidos, vai entrar para a história do Supremo. Opero fora da minha base (estou no Rio) e encontro alguns problemas técnicos para publicá-lo na íntegra, mas ainda o farei, pouco importa o resultado da votação desta quinta. Vamos ver se ele entrará como exemplo de uma boa história ou contraponto de um vexame. Andará bem o tribunal se suspender definitivamente a tramitação daquela vergonha. Escolherá, no entanto, o opróbrio se a derrubar. Que as senhoras ministras e os senhores ministros reflitam a respeito.
Ontem, vi no tribunal a ex-senadora Marina Silva, que tenta criar o tal Rede. Todos os meus leitores e detratores (às vezes, leitores e detratores ao mesmo tempo; o ódio é sempre muito fiel…) sabem o que penso de Marina. Considero sua visão de mundo reacionária, milenarista, confusa etc. Não entendo boa parte do que ela fala – e acho engraçado conversar com quem julga entender. Mas e daí? A democracia não existe para fazer o meu gosto. Ela teve 20 milhões de eleitores em 2010, e há milhões de pessoas que querem votar nela em 2014.
Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello vão decidir nesta quinta se cassam ou não o direito que têm os eleitores de Marina de votar em Marina. É simples assim.
Aliás, há mais do que isso: Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello vão decidir se Gilberto Kassab tem mais legitimidade para criar um partido do que Marina Silva.
Simplifico?
Atenho-me só à questão política, não à jurídica?
Uma ova!
Já tratei da questão jurídica aqui dezenas de vezes. Não houve um só argumento técnico que parasse de pé. O mandado de segurança era um instrumento legítimo? Está demonstrado que sim. Cabe o controle prévio de constitucionalidade num caso como esse? A jurisprudência do próprio Supremo diz que sim – afinal, estamos a falar de um projeto de lei que fere cláusula pétrea da Constituição. Mais ainda: quando o STF decidiu que o PSD de Kassab teria acesso ao Fundo Partidário e ao tempo de TV levando em conta os parlamentares que migraram para a sigla, estava fazendo numa interpretação conforme a Constituição. SERÁ QUE O SUPREMO VAI AGORA INTERPRETAR A CONSTITUIÇÃO CONFORME UM PROJETO DE LEI OBVIAMENTE DISCRICIONÁRIO?
Não estou cobrando que as senhoras e os senhores do Supremo façam uma interpretação ad hoc da Constituição, só para permitir a formação do partido de Marina. Ao contrário: estou cobrando que sigam a jurisprudência do Supremo para conter aqueles que querem recorrer a atos discricionários para impedir uma candidatura. Por mim, esse partido de Marina não sairia do papel por falta de adeptos, não porque um grupo de brucutus decidiu manobrar para impedi-la de criá-lo. Entenderam a diferença? Acho que o eleitor de Marina pensa torto. Mas o eleitor de Marina tem o direito de… votar em Marina! Os ministros do Supremo permitirão?
O tribunal dirá nesta quinta se vai se subordinar à Constituição e à sua jurisprudência ou se vai se submeter ao rolo compressor do Executivo, que mobilizou os seus para apoiar a toque de caixa o projeto no Congresso.
Não! Não acho que o Supremo vá decidir entre Dilma e Marina. Ele vai decidir entre Dilma e a Constituição. Vamos ver diante de qual altar cada um deles fará a genuflexão. Por Reinaldo Azevedo
Tags: Marina Silva, novos partidos, STF
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12/06/2013 às 18:30
Agora Cardozo diz que PF investigará violência e vandalismo em SP e no Rio; até ontem, PT dava piscadelas aos fascistas
Que foi?
O PT não vai mais flertar com os fascistas que estão nas ruas, incendiando, depredando, quebrando cabeças, espancando policiais? Achou que, desta feita, a coisa passou um pouco das medidas, é isto? Leiam o que vai no Globo. Volto em seguida.
*
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, criticou nesta quarta-feira as manifestações seguidas de atos de vandalismo em São Paulo nos últimos dias contra o aumento da tarifa do transporte coletivo. Além de classificá-las como “um absurdo”, Cardozo garantiu que foi pedido uma investigação sobre os atos em São Paulo e também no Rio à Polícia Federal. “Já pedimos que a Polícia Federal fizesse uma análise dessa situação e evidentemente as medidas solicitadas serão tomadas — disse o ministro, antes de entrar para uma reunião com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).”
Antes, ele comentou a terceira manifestação na capital paulista, que deixou um rastro de destruição na região da Avenida Paulista e centro. “Vivemos numa democracia. É legítimo que as pessoas expressem suas opiniões, mas nunca com violência, nunca com atos de vandalismo. Num estado democrático de direito temos que aprender a conviver dentro desse espaço. Não é com vandalismo que vamos conseguir chegar a resultados positivos dentro daquilo que queremos”, defendeu Cardozo.
(…)
Voltei
Esse tal “Passe Livre” só cresceu porque contou com o apoio objetivo do PT em 2011. A sua “militância” foi usada para minar ainda mais a credibilidade do então prefeito Gilberto Kassab, que hoje anda de braços dados com o PT.
Mesmo nessa jornada, quando as manifestações já começavam a cheirar mal, o petismo custou a reprová-las. Ainda ontem, o senhor Fernando Haddad concedia uma entrevista flertando abertamente com a redução do valor das passagens ou mesmo com a sua gratuidade. A censura à violência era discreta.
Depois do caos promovido nesta terça, o tom mudou um pouquinho. Viu o risco de a coisa fugir do controle. Por Reinaldo Azevedo
Tags: José Eduardo Cardozo, tarifa de ônibus
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12/06/2013 às 18:10
O fascismo nas ruas – O protesto analfabeto de seis deslumbrados em Paris
Agora é assim: basta que seis analfabetos universitários — uma categoria que cresceu muito (há números a respeito) na era petista resolvam fazer um protesto contra autoridades brasileiras em Paris e pronto! Isso vira manchete no Estadão Online. Se for contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB), então, aí é mel na sopa. Abro o Estadão Online e encontro lá os seguintes título e texto:
Alckmin e PT são alvo de protesto em Paris
“O governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o PT foram alvo de um protesto de estudantes brasileiros em Paris. Com cartazes nos quais se lia (sic) frases como “Alckmin, o vândalo é você” e “PT de mãos dadas com o facismo (sic) tucano”, os jovens pediam a libertação dos presos no protesto de terça-feira à noite, entre os quais um jornalista detido entre os manifestantes.
(…)”
Já falo sobre o jornalista. Mais adiante, a gente lê:
“A manifestação em Paris reuniu menos de dez brasileiros que se concentraram em frente ao Hôtel de Matignon, a sede do primeiro-ministro da França, Jean-Marc Ayrault, com quem Alckmin se encontrou às 18h.”
Menos de dez?
Quanto é menos de dez?
Informo: SEIS!
Já contei aqui que a minha primeira providência quando fui chefe de jornal foi proibir a palavra “esposa”. A segunda foi exigir o uso adequado do “cerca de”. Havia textos que diziam coisas como “cerca de 37 pessoas…” Pois é: “menos de dez” se insere entre as coisas contáveis, não?
Personalizando ou não?
Outra coisa notável no texto e na edição do Estadão é que, no caso do tucano, há a personalização: “Alckmin” foi alvo do protesto. Já Fernando Haddad — que é, afinal, quem reajustou a passagem — é poupado. Nesse caso, o protesto foi contra o… PT!
Quem são os espancadores da língua?
Vejam esta foto.
Informa ainda o texto do Estadão:
“A ideia [do protesto] foi da jornalista Jaqueline Nikiforos, mestranda em Literatura da Sorbonne. ‘Foi em solidariedade às pessoas presas, às manifestações e às reivindicações contra o aumento da tarifa de transporte em São Paulo’, justificou. ‘Nós somos contra todas essas prisões. O esforço de se manifestar dessas pessoas não pode ser reduzido a vandalismo.’
Bia Barbosa, mestranda e jornalista que colabora com o portal de esquerda Carta Maior, também participou da manifestação e protestou contra a prisão do também jornalista Pedro Ribeiro Nogueira, detido entre os manifestantes. ‘Ele defendeu uma menina e está sendo acusado de formação de quadrilha, para você ter uma ideia’, argumentou.
(…)”
Retomo
Ah, bom! A “Carta Maior” é aquele site de esquerda financiado pela Petrobras, onde brilham a sabedoria e a destreza ortográfica e sintática de Emir Sader. Olhando um dos cartazes do protesto, faz sentido…
Quanto à tal Jaqueline Nikiforos… Fiz uma pesquisa rápida e descobri que a moça tinha sido assessora do ex-deputado Raul Marcelo, do PSOL. Seria filiada? Recorri ao site de consulta do TSE e batata! Trata-se de uma militante do PSOL em… Paris! Convenham! Ninguém é de ferro! Socialismo com liberdade é o tipo de casamento só possível às margens do Sena. Duro é encarar esse troço na periferia de Diadema.
Analfabetismo
Vejam a foto. Uma das moças segura um cartaz que diz: “PT de mãos dadas com o facismo tucano”. Sim, “fascismo” está escrito sem “s”. Alguém diria: “Pô, Reinaldo, é que eles já estão confundindo a sua língua de origem com a do país estrangeiro”. Bem, só para lembrar, também o idioma de Voltaire inclui o “s” em “fascisme”. É claro que ainda não existia tal vocábulo no tempo de Voltaire, mas estupidez já havia… Sim, resta a hipótese do analfabetismo nos dois idiomas — além do analfabetismo político.
É impressionante que a selvageria a que se assistiu nas ruas de São Paulo seja chamada de direito de manifestação pela elite deslumbrada que estuda em Paris.
É impressionante que essa elite deslumbrada não saiba escrever “fascismo”, embora o pratique com grande destreza.
É impressionante que uma manifestação de seis — SEIS — militantes políticos ganhe destaque na imprensa brasileira.
Eis o estado geral das artes. Por Reinaldo Azevedo
Tags: tarifa de ônibus
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12/06/2013 às 17:14
ONG que é dona do registro “Passe Livre” responde ao blog, não explica nada e silencia sobre violência fascistoide
O tal Movimento Passe Livre promove o caos em São Paulo, no Rio e em outras cidades. Os valentes têm um domínio na Internet. Esse domínio está em nome de uma ONG — a Alquimídia —, e essa ONG tem um responsável: Thiago Skárnio. Expliquei tudo isso aqui. Todo mundo sabe que não é preciso precondição nenhuma para registrar um domínio. Qualquer pessoa física ou entidade pode fazê-lo. Não é necessário apelar a uma ONG para isso. Muito bem. Contei tudo aqui. A tal ONG resolveu dar a sua versão dos fatos, apelando a uma certa linguagem militante, afirmando que iria apelar à Editora Abril para pedir direito de resposta…
Tsc, tsc, tsc… Podem descer do palanque! Eu publico o texto aqui. Segue abaixo, na íntegra, como veio, sem alterar ou corrigir nada. Leiam a resposta da Alquimídia. Volto em seguida.
Nossa Resposta
A Alquimídia.org possui mais de 10 anos de comprovada e registrada atuação no Terceiro Setor, fornecendo vários tipos de apoio tanto à sociedade civil organizada quanto aos movimentos sociais, principalmente em ações de comunicação e cultura digital. Nosso trabalho abrange desde a produção de documentários complexos até o registro de domínios na internet para coletivos não formalizados e de cultura popular e tradicional, ou seja, sem CNPJ. Foi o que aconteceu, por exemplo, com o Movimento Passe Livre (MPL) anos atrás, quando integrantes do grupo nos contactaram para registrar o domínio ‘mpl.org.br’, um movimento que milita por um transporte público gratuito e de qualidade para a toda a população.
Para manter estas e outras atividades sócio-culturais, a Alquimídia.org, assim como outras associações, desenvolve projetos para fundos e leis de incentivo, projetos estes com escopo definido, rígida aplicação dos recursos e detalhada prestação de contas.
A diretoria da Alquimídia.org registra sua perplexidade diante da atitude do colunista da revista Veja, Reinaldo Azevedo, que no post publicado às 19 horas do dia 11/06/2013 -Entidade que é dona de domínio do “Movimento Passe Livre” recebe dinheiro da Petrobras e do Ministério da Cultura e tem incentivo da Lei Rouanet” -, relacionou de forma irresponsável e caluniosa o registro de um domínio ao apoio de empresas e governos via projetos aprovados em editais públicos.
É importante destacar que as citações do colunista não são resultado de uma “investigação”, pois tudo o que Reinaldo Azevedo faz é reproduzir informações de conhecimento público e de fácil acesso, todas disponibilizadas no site da Alquimidia.org. Em nenhum momento o colunista entrou em contato com a Alquimídia antes de publicá-las, iniciativa essencial quando se busca, realmente, informar. O único tratamento que dispensou aos dados que nosso site fornece foi comentá-los à luz de teses excêntricas e resultantes de um pré-conceito, relacionado tanto a partidos políticos quanto a iniciativas da sociedade civil organizada.
Como Alquimidia.org, associação totalmente visível e não camuflada sob a assinatura de seu diretor, Thiago Skárnio, como insinua o colunista, lamentamos profundamente o ocorrido, que consideramos um total descomprometimento com verdade e descompasso com a cultura contemporanea. Por isso, estamos entrando em contato com a Editora Abril S/A para a publicação do direito de resposta, e analisando a adoção de outras medidas judiciais, caso sejam necessárias.
Comento
Que medidas judiciais o quê! A própria ONG deixa claro que só divulguei o que já é público. Em primeiro lugar, sugiro à Alquimídia que, dispondo de dinheiro do Ministério da Cultura e da Petrobras e de incentivo da Lei Rouanet, contrate um revisor para seus textos. Não fica bem receber dinheiro dos desdentados para espancar a Inculta & Bela.
Em segundo lugar, desafio os valentes a demonstrar que trecho do meu texto é “calunioso”. Se há calúnia, certamente os advogados da ONG vão me processar, não é? Releiam o meu texto. Não atribuí crime nenhum à Alquimídia. Aos bandoleiros que saem por aí depredando coisas, sim!
O que escrevi no meu texto e reitero aqui?
1: O Movimento Passe Livre é o principal responsável pelos protestos que degeneraram em violência.
2: O domínio está registrado em nome da Alquimídia, cujo chefão é Thiago Skárnio.
3: A Alquimídia recebe dinheiro do Ministério da Cultura e da Petrobras e apela à Lei Rouanet.
Escreve a ONG:
“É importante destacar que as citações do colunista não são resultado de uma “investigação”, pois tudo o que Reinaldo Azevedo faz é reproduzir informações de conhecimento público e de fácil acesso, todas disponibilizadas no site da Alquimidia.org.”
CERTÍSSIMO!!! ENTÃO QUAL É A RAZÃO DO CHORORÔ??? Então o que há de calunioso no meu texto? Vocês queriam dar “o outro lado” para reafirmar o que já está no site? Uma das minhas virtudes está precisamente em revelar o óbvio.
Para encerrar
O domínio do Passe Livre está com a ONG oficialista chamada “Alquimídia”. Revelo isso aos leitores, e a tal entidade divulga uma nota com 2.152 toques e 381 palavras. E NÃO DIZ UM “A” CONTRA A VIOLÊNCIA E O VANDALISMO. Ao contrário!
Para a “Alquimídia”, o Movimento Passe Livre apenas “milita por um transporte público gratuito e de qualidade para a toda a população.” Então tá! Para tanto, destroem ônibus, depredam prédios públicos e estações do metrô, recorrem a bombas, espancam policiais… Por Reinaldo Azevedo
Tags: tarifa de ônibus, violência
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12/06/2013 às 16:36
Índios – Comissão da Câmara convoca Carvalho, a mão que balança o berço do Mal…dos!
Os conflitos indígenas no Brasil têm um epicentro: a secretaria-geral da Presidência, cujo titular é Gilberto Carvalho. Informa Laryssa Borges na VEJA.com que o a Comissão de Agricultura da Câmara aprovou nesta quarta-feira a sua convocação para explicar os conflitos e a dificuldade do governo em solucionar demarcações de terras indígenas no país. Como se trata de uma convocação — e não de um convite —, o ministro não pode se recusar a prestar esclarecimentos aos parlamentares. A data da audiência ainda não foi agendada. Na Mosca! Carvalho tanto é “o” homem como é o chefe do homem. Já chego lá.
Dilma delegou à Secretaria-Geral da Presidência o chamado “diálogo” com os movimento sociais. Juntou a fome com a vontade comer. Carvalho é o segundo homem mais importante do PT. Só perde para Lula. Sim, no partido, ele manda mais do que Dirceu — e tem, assim, uma vocação mais missionária. Quando Dilma lhe atribuiu esse papel, formalizou a entrega dos ditos movimentos sociais ao PT. O partido passou a fazer a sua “política” com recursos do estado. E isso vale também para os índios.
Há quase um mês, no dia 15 de maio, demonstrei aqui por que é na Secretaria-Geral que mora o perigo. O homem que lida diretamente com as lideranças dos movimentos sociais, especialmente aos índios, é Paulo Maldos, secretário nacional de Articulação Social e ex-marido de Marta Azevedo, demitida do comando da Funai na semana passada.
Os proprietários rurais podem se preparar para uma longa jornada. Estão lidando com profissionais do conflito. Maldos é braço-direito de Carvalho. A ele cabe conversar com os movimentos sociais. Essa “conversa” assume um sentido muito particular: na prática, o governo os organiza e os financia. Maldos foi, por exemplo, o coordenador-geral do grupo de trabalho criado pelo governo federal para promover a desocupação de uma região chamada Marãiwatséde, em Mato Grosso.
Como ele trabalha? Nessa área, havia uma fazenda chamada Suiá-Missú, que abrigava, atenção, um povoado chamado Posto da Mata, distrito de São Félix do Araguaia. Moravam lá 4 mil pessoas. O POVOADO FOI DESTRUÍDO. Nada ficou de pé, exceto uma igreja — o “católico” Gilberto Carvalho é um homem respeitoso… Nem mesmo deixaram, então, as benfeitorias para os xavantes, que já são índios aculturados. Uma escola que atendia a 600 crianças também foi demolida. Quem se encarregou da destruição? A Força Nacional de Segurança. Carvalho e Maldos foram, depois, para a região para comemorar o feito. Republico este vídeo que mostra o que restou daquela comunidade.
Maldos tem dito a interlocutores que não descansa enquanto 25% do território brasileiro não forem destinados a reservas indígenas. Tem dito também que a violência dos índios é compreensível porque isso é uma espécie de direito à rebelião. De novo: o Brasil já destina hoje aos pouco mais de 500 mil índios que moram em reservas (de um total de pouco mais de 800 mil) uma área correspondente a 26,6 Holandas, 11 Portugais ou duas Franças. Maldos quer 40 Holandas, 17 Portugais e 3,1 Franças para… 500 mil índios. Agora o Pinheirinho.
Pinheirinho
Paulo Maldos não é um qualquer. Trata-se, reitero, de um profissional do conflito — e não da resolução de conflitos. Vocês devem se lembrar da desocupação do Pinheirinho, no interior de São Paulo. A Justiça determinou — e não cabia contestação à ordem — a desocupação de uma propriedade. Carvalho e Maldos acompanhavam tudo de perto. A Polícia Militar não podia mandar a Justiça às favas. Tinha de cumprir a ordem. O governo federal poderia ter resolvido tudo com uma assinatura: bastava desapropriar o terreno. Não o fez. Ficou esperando o conflito. Esperando? Não! Fez um pouco mais do que isso.
No dia da desocupação, adivinhem quem estava lá, ajudando a organizar a “resistência” dos invasores? Acertou quem chutou “Paulo Maldos”. Depois ele veio a público, com grande estardalhaço, anunciar que tinha sido atingido por uma bala de borracha. ATENÇÃO: ELE SE NEGOU A FAZER EXAME DE CORPO DELITO. Saiu a exibir uma bala de borracha por aí, dizendo ter sido atingido por um artefato daquele e posando de herói. Sim, uma tragédia poderia ter acontecido. Não aconteceu. Forças do oficialismo chegaram a denunciar ao mundo a existência de mortos e desaparecidos. Era tudo mentira.
Trabalho organizado
Os proprietários rurais estão sendo vítimas do trabalho organizado de agitadores profissionais que hoje estão aboletados no estado. O que aconteceu em Posto da Mata será o destino de centenas de propriedades rurais e vilarejos se os celerados não forem contidos.
Um dia a presidente Dilma será lembrada pela história como aquela em cujo governo uma vila de 4 mil habitantes, tamanho, quero crer, de centenas (quem sabe, mais de milhar) de cidades brasileiras, foi destruída por ordem do estado brasileiro. Dito de outro modo: o governo que se orgulha de distribuir casas no Programa Minha Casa Minha Vida destrói a moradia daqueles que conseguiram prover seu próprio sustento e erguer seu próprio teto sem ajuda oficial.
O modelo exige um povo grato, sorridente, humilde, de joelhos. Se estiver de pé, o governo chega para humilhá-lo com a marreta e o trator. Ao volante, Gilberto Carvalho e Paulo Maldos. Por Reinaldo Azevedo
Tags: Gilberto Carvalho, índios
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12/06/2013 às 15:23
Supremo começa a votar destino da liminar que suspende projeto que coíbe novos partidos; Mendes demonstra por que ela é constitucional e segue jurisprudência
Já começou a sessão do Supremo que vai decidir o destino da liminar do ministro Gilmar Mendes que suspendeu a tramitação do projeto de lei que cria dificuldades para a criação de novos partidos. Neste momento, Mendes lê o seu voto. Responde, de modo que me parece inequívoco, que, se cabe mandado se segurança — e cabe — contra Proposta de Emenda Constitucional que viole cláusula pétrea da Constituição, igualmente vale para projetos de lei que incidam no mesmo pecado. Mendes lembra o óbvio: aprovar um projeto de lei é ainda mais fácil e requer menos solenidade do que aprovar uma PEC. E observa, argumentando no limite do absurdo — para deixar clara a natureza do debate — que se poderiam aprovar por projeto de lei, sabe-se, lá, a legalização da pena de morte, da censura à imprensa e até da pedofilia.
Além do mérito, há a jurisprudência do Supremo. Mendes demonstra que o Tribunal, em outras situações, deixou claro que o Supremo tem o controle prévio de constitucionalidade de matéria votada no Congresso que diga respeito à Constituição. E cita José Gomes Canotilho. Um tribunal constitucional cumpre o seu papel quando interpreta uma lei conforme a Constituição. E comete um grave erro quando interpreta a Constituição conforme a lei de ocasião. Por Reinaldo Azevedo
Tags: novos partidos
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12/06/2013 às 15:07
Se transporte fosse gratuito, como reivindicam os terroristas, isso beneficiaria os mais endinheirados. Ou: Nem o maná era de graça: Deus cobrava, ao menos, bom comportamento
É espantoso que estejamos fazendo no Brasil o debate sobre a “gratuidade” do transporte público. Na verdade, é absurdo até mesmo que se empregue essa palavra. Nem o maná que Deus fez despencar do céu era de graça. O Senhor cobrava, ao menos, bom comportamento. Atenção! É reduzidíssima a parcela de pessoas que pagam a tarifa cheia de transporte — deve ser uma minoria extrema. Por que digo isso? Vamos ver.
Os estudantes, como todos sabem, têm direito à meia passagem, em qualquer fase da vida escolar, incluindo a universidade. É uma das barbaridades vigentes no Brasil. Assim, tenham ou não os indivíduos recursos para arcar com a essa despesa, a categoria “estudantes” goza do benefício. Uma privilégio econômico, pecuniário, que atende tanto a pobres como ricos é socialmente injusto por definição. Mas os radicaloides, claro!, não vão se incomodar com isso. Não sei o número, mas deve chegar perto de milhão os usuários que já pagam meia só em São Paulo.
Penso agora em outra categoria: as empregadas domésticas. Qualquer empregador sabe que elas cobram, vamos dizer assim, “por fora” o valor da condução. No passado, buscaram se proteger das elevações de tarifa e transformaram a prática num “direito”. Se o transporte passasse a ser gratuito, seus patrões é que se beneficiariam, não elas próprias. Porteiros e faxineiros também costumam combinar com os respectivos condomínios o pagamento integral do transporte.
Para os demais trabalhadores com carteira assinada, existe o vale-transporte. O beneficiário arcará com, no máximo, 6% de seu salário-base com essa despesa; o que exceder esse valor será responsabilidade do empregador. Alguém que ganhe R$ 1.200 por mês, por exemplo, gastará com deslocamento, no máximo, R$ 72. É o patrão que paga a o excedente.
Assim, o que parece ser uma reivindicação realmente radical, coisa que vai beneficiar o povo pobre, é, na prática, uma falácia. Se o transporte for gratuito, os maiores beneficiados serão os mais endinheirados. E a conta, claro!, cairá nos ombros do próprio povo. Ou alguém me diga de onde o Estado tira os recursos para arcar com esse custo. Estado gere, mas não gera dinheiro. Por Reinaldo Azevedo
Tags: tarifa de ônibus, transporte público
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12/06/2013 às 14:36
Risco-país sobe, e culpa não é só dos Estados Unidos
Por Naiara Infante Bertão, na VEJA.com:
O decepcionante desempenho da economia brasileira neste ano e a falta de clareza da política fiscal do governo Dilma Rousseff contribuíram diretamente para a piora do perfil da dívida soberana do Brasil. Como resultado disso, não só a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) rebaixou a perspectiva da nota de crédito da dívida pública do país, como o “risco-Brasil”, também chamado de risco-país, saltou 25% em apenas um mês.
Usado para medir o risco a que os investidores estrangeiros se submetem quando investem no Brasil – trata-se de uma espécie de termômetro da economia brasileira no exterior -, o indicador acumulou alta de 8%, passando de 173 pontos-base em 30 de abril para 202 em 31 de maio, segundo o Embi+Br, principal índice calculado pelo banco JP Morgan. Em pouco mais de seis meses, a alta é de 47%. Apesar de haver um aumento generalizado no risco-país dos emergentes devido à saída de dólares do mercado em direção aos Estados Unidos, é inegável a preocupação dos investidores internacionais com a evolução da situação fiscal do Brasil.
As contas públicas têm mostrado piora desde o início do ano devido às políticas expansionistas executadas pelo governo, que incluem um rosário de estímulos fiscais e medidas protecionistas. Resultado disso é que o superávit primário (a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida) em 12 meses terminando em abril está em 1,89% do Produto Interno Bruto (PIB), longe da meta de 2,3% do PIB que o governo anunciou que pretende cumprir este ano – e menos ainda que os 3,1% anunciados nos anos anteriores. Com isso, a trajetória da relação dívida/PIB, que mede o peso da dívida total do país, passou a subir. Estava em 35,2% em janeiro e foi para 35,4% em maio.
Não bastasse o fracasso dos números das contas públicas, o PIB do primeiro trimestre subiu apenas 0,6%, abaixo das estimativas mais pessimistas. Para completar o quadro, a inflação não dá sinais de retorno ao centro da meta de 4,5% ao ano. Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,37% – e 6,5% no acumulado de 12 meses. “O descontentamento de investidores com o Brasil se baseia na falta de medidas estruturais que reforcem as fontes fundamentais de crescimento. Em vez disso, o governo tentar estimular a economia com políticas expansionistas transitórias”, afirma Alfredo Coutiño, diretor para América Latina da Moody’s Analytics.
Peso americano
O anúncio de diminuição de compra de títulos pelo Federal Reserve (Fed, o BC americano) também pesou em alguns aspectos da piora do cenário brasileiro – sobretudo em relação à alta do dólar. Enquanto o Fed efetuava compras na casa dos trilhões em títulos da dívida, a economia americana era inundada por dólares que acabavam escapando para os mercados emergentes. Tal situação chegou a incitar declarações agressivas do governo brasileiro, que culpava os Estados Unidos pela entrada de dólares no Brasil – cenário que, por sua vez, ajudava na valorização do real.
Agora, diante de perspectivas de uma recuperação mais consistente, apesar de lenta, o Fed deu indícios de que diminuirá a compra de títulos. Esse movimento fez com que os juros pagos como prêmio pelos títulos americanos de longo prazo (10 anos) subissem, atraindo o capital para os Estados Unidos. “O aumento dos juros americanos deixa os outros investimentos menos atrativos e o investidor automaticamente exige um prêmio maior dos outros papéis”, diz Rodolfo Oliveira, economista da Tendências Consultoria.
Contudo, o cenário americano está longe de ser o único culpado pelo ponto em que se encontra o Brasil. Ele apenas serve como agravante para uma situação construída pelo próprio governo ao longo dos últimos três anos, período em que os pilares que sustentam a estabilidade da economia do país foram, pouco a pouco, sendo derrubados. Trata-se da popular máxima: “só se sabe quem está nu quando a maré baixa”. E, diante das mudanças de ventos trazidas pelos Estados Unidos, o Brasil, ao que parece, está nu. “O aumento do risco Brasil é uma resposta à mudança americana, mas também à piora da percepção sobre o Brasil”, diz Sérgio Vale, economista da MB Associados. Para ele, a perda de credibilidade leva naturalmente ao aumento do risco-país. “Ninguém acredita que a postura do governo Dilma vá mudar da água para o vinho”, afirma.
Segundo Vale, a situação brasileira é piorada pelo aumento do déficit em conta corrente, que é o resultado entre todas as entradas e saídas de recursos do país – produtos, serviços ou divisas. As contas externas ficaram 33 bilhões de dólares no vermelho nos quatro primeiros meses do ano, ante déficit de 17 bilhões de dólares registrado no mesmo período do ano passado. Em 12 meses, o déficit nas contas externas soma 3% do PIB – número que não se via há dez anos.”Esse ponto, especificamente, vai levar a um aumento definitivo do patamar da taxa de câmbio, com consequentes pressões inflacionárias”, diz o economista. Ele prevê o dólar no patamar de 2,20 reais no ano que vem e 2,30 reais em 2015. Por Reinaldo Azevedo
Tags: Governo Dilma, risco-país
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12/06/2013 às 13:55
Alckmin: manifestantes são baderneiros e vândalos
Na VEJA.com:
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quarta-feira que os manifestantes que depredaram novamente a capital paulista são “baderneiros e vândalos” e serão responsabilizados pelos danos ao patrimônio público. Nesta terça, dezenove pessoas foram detidas no terceiro dia de protestos em menos de uma semana em São Paulo. “É intolerável a ação de baderneiros e vândalos”, disse o governador.
Os protestos em São Paulo são organizados pelo Movimento Passe Livre, formado por radicais de movimentos e partidos de esquerda, que reclamam do reajuste das tarifas de ônibus e metrô na cidade de 3 reais para 3,20 reais. Nas três manifestações, o grupo reuniu em média cerca de 5.000 pessoas, travou o trânsito das principais vias da capital e deixou um rastro de destruição e vandalismo – nesta terça, além de pichações e estações de metrô depredadas, ônibus foram queimados.
“A polícia vai responsabilizar e exigir o ressarcimento do patrimônio, seja público, seja privado, que foi destruído”, afirmou Alckmin. “Isso extrapola o direito de expressão. É absoluta violência, vandalismo, baderna, e é inaceitável”, completou. As declarações foram feitas em Paris, onde uma delegação brasileira, que inclui o vice-presidente da República, Michel Temer, e o prefeito da capital, Fernando Haddad, defende a candidatura de São Paulo à sede da Exposição Universal de 2020 (Expo 2020).
Haddad também criticou os protestos: “A liberdade de expressão está sendo garantida, mas as pessoas não estão fazendo uso adequado dessa liberdade de expressão. Os métodos não são aprovados pela própria sociedade”, disse. “São pessoas inconformadas com o estado democrático de direito que passam a adotar outro tipo de postura de provocação, intimidação, agressão e depredação”, completou.
Vandalismo
Entre os dezenove manifestantes detidos na noite desta terça-feira durante o protesto contra o reajuste no valor das passagens de ônibus e metrô em São Paulo, treze seguem sob custódia da Polícia Civil e aguardam transferência para um Centro de Detenção Provisória da capital. Segundo a polícia, dez pessoas foram presas por formação de quadrilha e vandalismo, sem direito a fiança, e duas por lesão corporal – com fiança estipulada em 3 000 reais.
Responsabilizado por danos ao patrimônio, outro manifestante teve fiança estipulada em 20 000 reais. Os demais envolvidos no protesto detidos pela PM, entre eles menores de idade, foram liberados na madrugada após terem assinado termos de ocorrência por pichação e desacato.
Após bloquear importantes vias de São Paulo, prejudicando o trânsito, os manifestantes protagonizaram cenas de depredação na região central – primeiro no Parque Dom Pedro, depois na Praça da Sé. O confronto com a Polícia Militar ocorreu na região do Terminal Parque Dom Pedro II, depois da manifestação iniciada na Avenida Paulista percorrer cinco quilômetros. Além de apedrejar e pichar ônibus, um grupo chegou a lançar um coquetel molotov dentro do terminal. A PM respondeu com bombas de gás lacrimogênio para conter o vandalismo.
Encapuzados, alguns integrantes picharam paredes, destruíram placas e vidraças. O grupo também atacou diversos ônibus, numa demonstração clara da incongruência dos protestos promovidos por um movimento que pleiteia tarifas mais baratas de transporte público. Um grupo chegou a tentar incendiar um coletivo.
Passe Livre
A manifestação foi comandada pelo Movimento Passe Livre. O grupo montou barricadas nas ruas e incendiou sacos de lixo. Na Radial, uma importante via que liga a região central à Zona Leste, pedras foram jogadas em policiais depois que um homem foi preso.
A PM teve afirma que teve que usar a Tropa de Choque por temer que alguns dos manifestantes queimassem ônibus. “Enquanto eu negociava com alguns, outros jogaram pedras e paus. Esse é o problema de um movimento disperso, querem protestar e quebram a cidade toda”, disse o tenente-coronel Marcelo Pignatari, responsável pela ação. O policial afirma que ele mesmo chegou levar uma paulada na perna.
Lojistas tiveram de fechar as portas e a situação só se normalizou na região central por volta das 20h30, quando a PM entrou na Praça da Sé, local para onde os manifestantes correram quando ocorreu o confronto no terminal. Por volta de 21 horas, um grupo menor, com cerca de 200 manifestantes, retornou para a região da Avenida Paulista e bloqueou algumas faixas no sentido Paraíso. Houve novo confronto com a PM em frente ao Parque Trianon.
Trânsito
Foi a terceira vez em menos de uma semana que uma manifestação organizada pelo Movimento Passe Livre prejudica o trânsito em horários de pico, além de promover cenas de vandalismo pelas ruas. O protesto bloqueou faixas da Rua da Consolação e travaram a Radial Leste. Manifestantes também atearam fogo em pneus e o estrago só não foi pior porque chovia forte em diversos pontos da cidade.
Na semana passada, o Movimento Passe Livre já havia causado transtornos em duas ocasiões. Na quinta-feira, o grupo se reuniu na Praça Ramos de Azevedo, no centro, e seguiu caminhando para a Avenida Paulista. No percurso, deixaram um rastro de vandalismo e entraram em choque com a Polícia Militar. Na sexta-feira, as cenas se repetiram em um protesto semelhante na Zona Oeste, quando os manifestantes voltaram a bloquear vias como a Avenida Faria Lima e a Marginal Pinheiros, causando enormes congestionamentos.
Nesta terça-feira, o Ministério Público de São Paulo afirmou que pretende responsabilizar os manifestantes que depredaram estações de metrô e lojas nos protestos ocorridos na semana passada. Somente nestas estações, o prejuízo chegou a 73 000 reais. Quinze pessoas foram detidas, entre elas o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres Júnior. Por Reinaldo Azevedo
Tags: democracia, tarifa de ônibus
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52 COMENTÁRIOS
12/06/2013 às 6:21
LEIAM ABAIXO
— IRRESPONSABILIDADE, SEU NOME É FERNANDO HADDAD, UMA RIMA SEM SOLUÇÃO! OU: TENHA AO MENOS A CORAGEM DE VESTIR O CAPUZ, PREFEITO, E SAIR BOTANDO FOGO NA CIDADE!!!;
— Vagabundos tentam linchar um policial. Ou: Fascistas arrancam sangue do verdadeiro homem do povo;
— VERGONHA! Ministério Público propõe negociação com terroristas, é isso? Ou: Eles vão levar coquetel molotov, paus, pedras e spray para a conversa?;
— Vejam isto: tucanos “privatizam”; já os petistas “repassam à iniciativa privada”;
— Delinquentes voltam a promover quebra-quebra em SP e atacam a polícia com pedras, paus e coquetel molotov;
— Gurgel desautoriza absurdo pronunciamento de vice-procuradora contra liminar que suspende tramitação de projetos que coíbe a formação de novos partidos;
— Entidade que é dona de domínio do “Movimento Passe Livre” recebe dinheiro da Petrobras e do Ministério da Cultura e tem incentivo da Lei Rouanet;
— Os fascistoides, claro!, hostilizam também a imprensa, apesar do apoio que recebem do jornalismo “militonto”;
— Relator pede abertura de processo contra Afif;
— As fotos e os fatos: os sequestradores, os reféns, a elite e o povo;
— No país em que muitos intelectuais se comportam como prostitutas, seria fatal que prostitutas se comportassem como intelectuais. Ou: O declínio do que não chegou ao esplendor;
— Existe um novo saber nas esquinas;
— Passe Livre: Milhões de trabalhadores e estudantes são reféns da truculência de meia dúzia de bandidos fascistoides; entes do estado brasileiro, patrulhados por militantes da imprensa, se mostram fracos e hesitantes na manutenção da ordem;
— O tempo e o mensalão – Logo vai ter ministro do Supremo “cutucando” no Facebook, dando “like”, “dislike”;
— Comissão da Verdade – Ex-advogada de Dilma volta a defender revanchismo;
— “Mamãe, cadê a saia tubinho preta do papai?” Por Reinaldo Azevedo
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