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    domingo, 8 de setembro de 2013

    [ZP130908] O mundo visto de Roma


    ZENIT

    O mundo visto de Roma
    Serviço semanal - 08 de Setembro de 2013
    Pensamento do dia, domingo, 08 de setembro



    "Nada se perde com a paz, tudo se perde com a guerra". Papa Pio XII (1876 – 1958)


    Preparação para o matrimônio 
    Preparação remota - família como primeiro ambiente de preparação para a vida matrimonial 
    A preparação remota abraça a infância, a pré-adolescência e a adolescência, e desenrola-se sobretudo na família, e também na escola e nos grupos de formação. (PSM-22) 
    Papa Francisco 
    O mundo de Deus é um mundo onde cada um se sente responsável pelo outro 
    Homilia do Papa Francisco pronunciada na vigília de oração pela paz 
    O papa aos iniciadores do Caminho Neocatecumenal: "Obrigado pelo bem imenso feito à Igreja" 
    O Santo Padre recebeu em audiência Kiko Argüello, Carmen Hernández e o pe. Mario Pezzi para tratar da missio ad gentes e da evangelização da Ásia 
    Vaticano desmente conversa entre o Papa Francisco e Assad, mas confirma carta a Putin 
    Carta ao G20: Apelo para uma solução pacífica para a crise da Sí­ria 
    Papa Francisco: "Vocês se animam a ser essa força de amor e misericórdia que tem a coragem de transformar o mundo?" 
    Primeira audiência do Papa Francisco depois das férias de verão da Europa 
    A luz de Jesus é uma luz humilde, mansa, que não se impõe 
    Papa Francisco na homilia em Santa Marta convida a pedir discernimento para distinguir quando a luz vem de Deus ou quando é uma luz artificial, feita pelo inimigo 
    A língua e as fofocas: armas cotidianas que matam os irmãos 
    Na primeira missa em Santa Marta depois das férias, o papa Francisco adverte contra a inveja que o diabo semeia no coração para destruir comunidades e famílias 
    Santa Sé 
    Cardeal Bertone: balanço de sete anos é positivo 
    Sobre as acusações sofridas: um entrelaçar-se de corvos e serpentes 
    Pregação Sagrada 
    Como melhorar a nossa pregação sagrada: as técnicas de forma externa 
    Coluna do Pe. Antonio Rivero, L.C., Doutor e professor de Teologia e Oratória no seminário Mater Ecclesiae de São Paulo 
    Igreja e Religião 
    A Síria não é um mapa no Google Earth 
    Jesuita sírio revela a realidade do país à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre 
    Não coloquem grandes pratos à mesa, mas orações pelas famílias e crianças da Síria 
    Apelo de dom Vincenzo Paglia às famílias do mundo para participarem da jornada de jejum e oração que o papa Francisco propôs pela paz na Síria, no Oriente Médio e no mundo 
    CNBB e entidades lançam Coalizão Democrática pela Reforma Política e Eleições Limpas 
    A CNBB acolhe com satisfação os parceiros de sempre, disse, na abertura do evento, o presidente da entidade, cardeal Raymundo Damasceno Assis. 
    A Livraria Editora Vaticana publica livro sobre a Jornada Mundial da Juventude 
    "É bom estarmos aqui" recolhe os textos dos discursos, homilias e ângelus do papa Francisco no Brasil 
    Episcopo.net, a nova rede para bispos e episcopados da América Latina 
    Desenhada pela RIIAL, é um empreendimento do CELAM em parceria com o Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais. Permite vídeo conferência de até 25 pessoas e um auditório virtual de 500 ouvintes 
    Bento XVI celebra missa no Vaticano com seus ex-alunos 
    Seja qual for o lugar que a história vier a nos dar, o determinante é a responsabilidade perante Deus 
    Cultura e Sociedade 
    Os jovens e a internet 
    Análise do documento A Igreja e a Internet, que ainda não perdeu atualidade 
    Homens e Mulheres de Fé 
    Padre Matteo La Grua : a vida contra Satanás (Parte I) 
    Pouco antes da sua morte o conhecido exorcista escreveu um livro-entrevista no qual exorta a não se entregar na batalha contra as potências das trevas 
    Espiritualidade 
    Escolher Deus 
    Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo de Belém do Pará, reflete sobre a escolha a ser feita, como resposta de amor a concedeu-nos o presente da vida 
    Setembro é o mês da Bíblia, sendo que no último domingo comemora-se o Dia Nacional da Bíblia 
    Reflexões de Dom Orani João Tempesta,O.Cist., arcebispo do Rio de Janeiro 
    Análise 
    Imprecisões midiáticas sobre a suposta reabilitação da teologia da libertação 
    Fatores que contribuem para a confusão quanto a um livro publicado em 2004: é possível uma teologia da liberação católica? 
    Angelus 
    Papa Francisco no Angelus: O cristão desprende-se de tudo e reencontra tudo na lógica do Evangelho 
    Pontífice reforça pedido de oração pela paz e recorda a Natividade de Maria 



    Preparação para o matrimônio
    Preparação remota - família como primeiro ambiente de preparação para a vida matrimonial 
    A preparação remota abraça a infância, a pré-adolescência e a adolescência, e desenrola-se sobretudo na família, e também na escola e nos grupos de formação. (PSM-22)

    Por André Parreira


    SãO PAULO, 06 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - Os documentos da Igreja, em especial o "Preparação para o Sacramento do Matrimônio (PSM)", reconhecem a imensa importância da família como primeiro ambiente de preparação para a vida matrimonial.

    Na coluna anterior (Edição do Zenit de 23 de Agosto) nos dedicamos a comentar que a família é o semeadouro desta vocação através de estilo de vida que a favoreça. Comentamos que o exemplo dos pais de entusiasmo e comprometimento é o ponto de partida e, de outro lado, muitos comportamentos e comentários, até de famílias católicas, acabam desvalorizando o matrimônio e desencorajando seus filhos a comprometerem-se com este desafio. 

    Porém, ainda dentro da etapa denominada preparação remota, além de favorecer o desabrochar do interesse pelo matrimônio, a família é também responsável por desenvolver uma "hierarquia de valores" para que seus filhos possam sobreviver aos atentados que o matrimônio recebe constantemente da sociedade e para que tenham a maturidade "necessária para escolher o que de melhor oferece a sociedade, segundo o conselho de São Paulo: "Examinai tudo: abraçai o que é bom" (1 Tess 5,21)". (PSM-26).

    Tal responsabilidade é um grande desafio, pois almeja que os adolescentes adquiram, em confronto com o ambiente, uma capacidade crítica e tenham também a "coragem cristã de quem sabe estar no mundo sem ser do mundo" (PSM-27). Nosso objetivo não deve ser blindá-los de conhecerem os absurdos que acontecem na sociedade. O que podemos (e devemos) fazer é administrar esse choque de realidade para que não ocorra precocemente e para que, quando se vejam no meio de inúmeros convites, possam selecionar o que é bom, mas o "bom" de verdade pautado pelo Evangelho! Digo isto para não cairmos na armadilha do "bom" subjetivo. Os defensores e praticantes das novas teorias de gênero, do aborto e da fornicação como evolução social, entre outras, não agem assim por pensarem que tudo isso seja bom?

    Quem aceita o belo desafio de formar os filhos para "estarem no mundo sem serem do mundo" e de reconhecerem o que é "bom" precisa antes testemunhar pessoalmente a mesma luta. 

    A responsabilidade dos pais na preparação remota não é diferente daquela assumida na celebração do matrimônio, a de educar os filhos na fé católica.

    Quem educa na fé, procura viver com alegria seu matrimônio e cultivar nos filhos o despertar da vocação, seja religiosa ou matrimonial. Não deixa de destacar as virtudes evangélicas e procura vivê-las primeiramente. Se atenta para expressar, desde a infância de seus filhos, a beleza da fidelidade e a paz interior de viver a sexualidade de modo saudável e equilibrado.

    Quem reconhece o valor do matrimônio e quer ser estímulo para seus filhos não aceita assistir e deixar que eles assistam às novelas que induzem o pensamento de que é tudo normal e filmes em que o matrimônio não passa de uma aventura. Nem reproduz em seu lar músicas e danças maliciosas que nos reduzem a objetos e desvalorizam o dom da sexualidade. Se esforça para criar um ambiente propício para uma "leal e corajosa educação para a castidade, para o amor como dom de si".(PSM-24)

    Proponho um rápido exercício: se você fosse seu(sua) filho(a) adolescente, vivendo no ambiente que você cultiva hoje em seu lar, se sentiria encantado e motivado a se casar e a constituir um lar cristão?

    A tarefa parece pesada, mas a Igreja nos oferece grande ajuda através da vida paroquial. Pois, além do lar como ambiente de formação, na paróquia "é necessário "inventar" modalidades de formação permanente para os adolescentes no período que precede o noivado". (PSM-31). Os momentos de catequese, os movimentos e pastorais com jovens e os padres em suas homilias precisam "sublinhar e evidenciar os pontos que contribuem para uma preparação orientada a um possível matrimônio" (PSM-30)

    Aqui, proponho uns instantes de reflexão para identificar em sua paróquia as oportunidades que existem para essa formação, como encontros de adolescentes, de namorados etc. Se não consegue se lembrar de algum, procure se informar para conhecê-los e encaminhar seus filhos, conhecidos e até mesmo colaborar com o grupo. Mas se concluir que não existem mesmo, talvez seja a oportunidade de conversar sobre o assunto com seu pároco.

    Se a preparação remota for uma realidade nas famílias e paróquias, a etapa seguinte, denominada preparação próxima, será um rico momento de aprofundamento e não apenas um breve contato com as orientações da Igreja ou até mesmo um choque para muitos noivos.

    Paz e bem!

    André Parreira (alparreira@gmail.com), da diocese de São João del-Rei-MG, é autor de livros sobre a preparação para o matrimônio e responsável no Brasil pelo DVD "Sim, Aceito!", lançado em parceria com a Pastoral Familiar da CNBB. Empresário, casado e pai de 6 filhos, colabora na formação de jovens e casais.


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    Papa Francisco
    O mundo de Deus é um mundo onde cada um se sente responsável pelo outro 
    Homilia do Papa Francisco pronunciada na vigília de oração pela paz


    CIDADE DO VATICANO, 08 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - Apresentamos a seguir a homilia pronunciada pelo Papa Francisco neste sábado, 7 de setembro, durante a vigília de oraçãopela paz.

    «Deus viu que isso era bom» (Gn 1,12.18.21.25). A narração bíblica da origem do mundo e da humanidade nos fala de Deus que olha a criação, quase a contemplando, e repete uma e outra vez: isso é bom. Isso, queridos irmãos e irmãs, nos permite entrar no coração de Deus e recebermos a sua mensagem que procede precisamente do seu íntimo.

    Podemos nos perguntar: qual é o significado desta mensagem? O que diz esta mensagem para mim, para ti, para todos nós?

    1. Simplesmente nos diz que o nosso mundo, no coração e na mente de Deus, é "casa de harmonia e de paz" e espaço onde todos podem encontrar o seu lugar e sentir-se "em casa", porque é "isso é bom". Toda a criação constitui um conjunto harmonioso, bom, mas os seres humanos em particular, criados à imagem e semelhança de Deus, formam uma única família, em que as relações estão marcadas por uma fraternidade real e não simplesmente de palavra: o outro e a outra são o irmão e a irmã que devemos amar, e a relação com Deus, que é amor, fidelidade, bondade, se reflete em todas as relações humanas e dá harmonia para toda a criação. O mundo de Deus é um mundo onde cada um se sente responsável pelo outro, pelo bem do outro. Esta noite, na reflexão, no jejum, na oração, cada um de nós, todos nós pensamos no profundo de nós mesmos: não é este o mundo que eu desejo? Não é este o mundo que todos levamos no coração? O mundo que queremos não é um mundo de harmonia e de paz, em nós mesmos, nas relações com os outros, nas famílias, nas cidades, nas e entreas nações? E a verdadeira liberdade para escolher entre os caminhos a serem percorridos neste mundo, não é precisamente aquela que está orientada pelo bem de todos e guiada pelo amor?

    2. Mas perguntemo-nos agora: é este o mundo em que vivemos? A criação conserva a sua beleza que nos enche de admiração; ela continua a ser uma obra boa. Mas há também "violência, divisão, confronto, guerra". Isto acontece quando o homem, vértice da criação, perde de vista o horizonte da bondade e da beleza, e se fecha no seu próprio egoísmo.

    Quando o homem pensa só em si mesmo, nos seus próprios interesses e se coloca no centro, quando se deixa fascinar pelos ídolos do domínio e do poder, quando se coloca no lugar de Deus, então deteriora todas as relações, arruína tudo; e abre a porta à violência, à indiferença, ao conflito. É justamente isso o que nos quer explicar o trecho do Gênesis em que se narra o pecado do ser humano: o homem entra em conflito consigo mesmo, percebe que está nu e se esconde porque sente medo (Gn 3, 10); sente medo do olhar de Deus; acusa a mulher, aquela que é carne da sua carne (v. 12); quebra a harmonia com a criação, chega a levantar a mão contra o seu irmão para matá-lo. Podemos dizer que da harmonia se passa à desarmonia? Mas, podemos dizer isso: que da harmonia se passa à desarmonia? Não. Não existe a "desarmonia": ou existe harmonia ou se cai no caos, onde há violência, desavença, confronto, medo...

    È justamente nesse caos que Deus pergunta à consciência do homem: «Onde está o teu irmão Abel?». E Caim responde «Não sei. Acaso sou o guarda do meu irmão?» (Gn 4, 9). Esta pergunta também se dirige a nós, assim que também a nós fará bem perguntar: Acaso sou o guarda do meu irmão? Sim, tu és o guarda do teu irmão! Ser pessoa significa sermos guardas uns dos outros! Contudo, quando se quebra a harmonia, se produz uma metamorfose: o irmão que devíamos guardar e amar se transforma em adversário a combater, a suprimir. Quanta violência surge a partir deste momento, quantos conflitos, quantas guerras marcaram a nossa história! Basta ver o sofrimento de tantos irmãos e irmãs. Não se trata de algo conjuntural, mas a verdade é esta: em toda violência e em toda guerra fazemos Caim renascer. Todos nós! E ainda hoje prolongamos esta história de confronto entre os irmãos, ainda hoje levantamos a mão contra quem é nosso irmão. Ainda hoje nos deixamos guiar pelos ídolos, pelo egoísmo, pelos nossos interesses; e esta atitude se faz mais aguda: aperfeiçoamos nossas armas, nossa consciência adormeceu, tornamos mais sutis as nossas razões para nos justificar. Como fosse uma coisa normal, continuamos a semear destruição, dor, morte! A violência e a guerra trazem somente morte, falam de morte! A violência e a guerra têm a linguagem da morte!

    Depois do Dilúvio, cessou a chuva, surge o arco-íris e a pomba traz um ramo de oliveira. Penso também hoje naquela oliveira que os representantes das diversas religiões plantamos em Buenos Aires, na Praça de Maio, no ano 2000, pedindo que não haja mais caos, pedindo que não haja mais guerra, pedindo paz.

    3. E neste ponto, me pergunto: É possível percorrer o caminho da paz? Podemos sair desta espiral de dor e de morte? Podemos aprender de novo a caminhar e percorrer o caminho da paz? Invocando a ajuda de Deus, sob o olhar materno da Salus Populi romani, Rainha da paz, quero responder: Sim, é possível para todos! Esta noite queria que de todos os cantos da terra gritássemos: Sim, é possível para todos! E mais ainda, queria que cada um de nós, desde o menor até o maior, inclusive aqueles que estão chamados a governar as nações, respondesse: - Sim queremos! A minha fé cristã me leva a olhar para a Cruz. Como eu queria que, por um momento, todos os homens e mulheres de boa vontade olhassem para a Cruz! Na cruz podemos ver a resposta de Deus: ali à violência não se respondeu com violência, à morte não se respondeu com a linguagem da morte. No silêncio da Cruz se cala o fragor das armas e fala a linguagem da reconciliação, do perdão, do diálogo, da paz. Queria pedir ao Senhor, nesta noite, que nós cristãos e os irmãos de outras religiões, todos os homens e mulheres de boa vontade gritassem com força: a violência e a guerra nunca são o caminho da paz! Que cada um olhe dentro da própria consciência e escute a palavra que diz: sai dos teus interesses que atrofiam o teu coração, supera a indiferença para com o outro que torna o teu coração insensível, vence as tuas razões de morte e abre-te ao diálogo, à reconciliação: olha a dor do teu irmão – penso nas crianças: somente nelas... olha a dor do teu irmão, e não acrescentes mais dor, segura a tua mão, reconstrói a harmonia perdida; e isso não com o confronto, mas com o encontro! Que acabe o barulho das armas! A guerra sempre significa o fracasso da paz, é sempre uma derrota para a humanidade. Ressoem mais uma vez as palavras de Paulo VI: «Nunca mais uns contra os outros, não mais, nunca mais... Nunca mais a guerra, nunca mais a guerra! (Discurso às Nações Unidas, 4 de outubro de 1965: ASS 57 [1965], 881). «A paz se afirma somente com a paz; e a paz não separada dos deveres da justiça, mas alimentada pelo próprio sacrifício, pela clemência, pela misericórdia, pela caridade» (Mensagem para o Dia Mundial da Paz, de 1976: ASS 67 [1975], 671). Irmãos e irmãs, perdão, diálogo, reconciliação são as palavras da paz: na amada nação síria, no Oriente Médio, em todo o mundo! Rezemos, nesta noite, pela reconciliação e pela paz, e nos tornemos todos, em todos os ambientes, em homens e mulheres de reconciliação e de paz. Assim seja.

    © Copyright - Libreria Editrice Vaticana


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    O papa aos iniciadores do Caminho Neocatecumenal: "Obrigado pelo bem imenso feito à Igreja" 
    O Santo Padre recebeu em audiência Kiko Argüello, Carmen Hernández e o pe. Mario Pezzi para tratar da missio ad gentes e da evangelização da Ásia

    Por Redacao


    ROMA, 06 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - O papa Francisco recebeu nesta quinta-feira, em audiência privada no Palácio Apostólico, os iniciadores e líderes mundiais do Caminho Neocatecumenal, Kiko Argüello, Carmen Hernández e pe. Mario Pezzi. Na audiência, o Santo Padre expressou sua gratidão ao Caminho, dizendo: "Agradeço pelo imenso bem que vocês estão fazendo a toda a Igreja".

    Kiko se declarou impressionado com o "grande amor" com que o papa os recebeu durante a meia hora da reunião. Eles falaram, em particular, sobre a missio ad gentes, realizada no mundo por este processo de iniciação cristã, e sobre a necessidade urgente de uma nova evangelização na Ásia. Os iniciadores do Caminho expressaram ao papa Francisco o desejo de organizar encontros de formação profissional em diversos países, a fim de suscitar 20 mil sacerdotes que se coloquem a serviço da Nova Evangelização naquele continente, em que, como disse o beato João Paulo II, acontecerá a evangelização no terceiro milênio.

    Em 26 de junho, Kiko Argüello recebeu o doutorado honoris causa em Teologia, por parte da prestigiosa Universidade Católica João Paulo II de Lublin, Polônia, pela sua contribuição para a renovação da Igreja. De acordo com a universidade, o Caminho Neocatecumenal tem seguido "com atenção as indicações do Concílio Vaticano II, trazendo de volta às fontes da fé que vêm da Bíblia e da Liturgia os cristãos que haviam deixado a comunidade da Igreja". Entre as razões para a honraria, está "a preparação da missio ad gentes, a ativa contribuição do itinerário neocatecumenal para o encontro entre o cristianismo e o judaísmo e a defesa dos valores da vida, da dignidade humana, do casamento e da família cristã".


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    Vaticano desmente conversa entre o Papa Francisco e Assad, mas confirma carta a Putin 
    Carta ao G20: Apelo para uma solução pacífica para a crise da Sí­ria

    Por Rocio Lancho García


    ROMA, 05 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, desmentiu nesta manhã a notícia de que o Santo Padre teria falado com o presidente sírio, Bashar Al Assad, conforme publicado pelo jornal argentino Clarin que simplesmente citou "fontes do Vaticano", mas confirmou o envio de uma carta ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, por ocasião da reunião do G20 em São Petersburgo que começa hoje.

    O Grupo dos 20 (G -20) é umfórumde 19 países mais a União Europeia, existente desde 1999,eagrupao G -7 (Canadá, Alemanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) mais a Rússia, G -8, e com a entrada de onze países recém- industrializados compõem o G-20.

    Sobre a Síria, o papa Francisco comentou que "o encontro dos chefes de Estado e de Governo das vinte maiores economias [...] não tem a segurança internacional como principal objetivo". No entanto, continua o Santo Padre, não pode deixar de refletir sobre a situação no Oriente Médio e, particularmente, na Síria. "Infelizmente, dói ver que muitos interesses têm prevalecido desde o início do conflito sírio, impedindo uma solução que evite o massacredesnecessário que estamos presenciando".

    Novamente Francisco renovou o seu apelo, desta vezaos líderes do G20, para encontrar formas de ajudar a superar os diferentes contrastes e abandonar toda a vã pretensão de uma solução militar. Bem como " um novo compromissoparaprosseguir com coragem e determinação, uma solução pacífica através do diálogo e da negociação entre as partes interessadas, com o apoio unânime da comunidade internacional. Além disso, é um dever moral de todos os governosdomundo encorajartodas as iniciativaspara promover a assistência humanitária às pessoas que sofrem por causa de conflito dentro e fora do país".

    Na carta o Santo Padre recordaque "o contexto atual, altamente interdependente, requerajustefinanceiromundial, com regraspróprias,justas e claras para conseguir um mundo mais justo,queacabecom a fome,ofereçatrabalho dignopara todos, habitaçãodignae cuidados médicos necessários".

    Ele também fez referência ao compromisso da presidência do G20deste ano de "consolidação da reformadasorganizações financeiras internacionais edachegadaa um consenso sobrepadrõesfinanceirosadaptadosàs circunstâncias atuais". Ele acrescentou que a economia global pode realmentesedesenvolverna medida em que seja capaz de "consentiruma vida digna a todososirmãos, desde os maisidosos até ascrianças ainda no ventre materno, não apenasaos cidadãos dosmembros do G20, mas para cada pessoa na Terra, mesmo aqueles que estão em situações sociais difíceis ouem lugaresmais perdidos".

    Neste ponto,fezreferênciaaosconflitosarmados, lembrando que criam"divisões profundas e deixam feridas quenecessitammuitos anos para curar.". Por isso,recordou oSanto Padre "os muitos conflitos armados que ainda assolam o mundo nosmostra, a cada dia, umadramáticaimagemda miséria, da fome, da doença e da morte.De fato, sem paz não há qualquer tipo de desenvolvimento econômico.Aviolência não leva à paz nunca , nemàs condições necessárias para tal desenvolvimento".


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    Papa Francisco: "Vocês se animam a ser essa força de amor e misericórdia que tem a coragem de transformar o mundo?" 
    Primeira audiência do Papa Francisco depois das férias de verão da Europa

    Por Thácio Lincon Soares de Siqueira


    ROMA, 04 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - Os mais de 22 mil metros quadrados da Praça de São Pedro ficaram pequenos para acolher a multidão que hoje se reuniu para participar da primeira catequese das quartas-feiras, depois de dois meses de recesso, do Papa Francisco. Os peregrinos eram tantos que chegavam à Via della Conciliazione.

    No início da Audiência, até parecia que o Papa não queria chegar à sua Sede, enquanto dava voltas e mais voltas em toda a Praça para quase cumprimentar um por um todos os presentes. Incontáveis as crianças e deficientes beijados e abraçados ao longo do percurso. Sorrisos e bençãos não pararam de sair do Santo Padre Francisco enquanto a multidão gritava: Francisco, Francisco, Francisco...

    A leitura do Evangelho de Mateus foi ocasião para o Papa lembrar, nessa quarta-feira, a sua viagem à Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, no mês de Julho desse ano. Tudo resumido em três Keywords, como de costume: acolhida, festa e missão.

    Papa Francisco agradeceu à Nossa Senhora Aparecida a graça dessa viagem, e ressaltou a sua importância para a Igreja na América Latina. Aparecida é importante para a igreja do Brasil e da América Latina: lugar onde os bispos viveram uma Assembléia geral com o Papa Bento XVI, e continente onde se encontra a "maioria dos católicos do mundo", destacou o Papa.

    Acolhida

    "Brava gente, questi brasiliani!!! Brava gente!", Excelentes pessoas, estes brasileiros!!! Excelentes pessoas, disse o Papa, ao referir-se à primeira ideia da sua catequese de hoje: acolhida. A acolhida que as paróquias e o povo brasileiro deram aos peregrinos foi algo fantástico, disse o Papa, porque transformou os incômodos normais de uma peregrinação em ocasiões de amizade. "Assim cresce a Igreja em todo o mundo, como uma rede de grande amizade em Jesus Cristo".

    Festa

    A segunda ideia que a experiência da JMJ trouxe ao Papa foi a de festa. A JMJ é sempre uma festa. Quando um cidade está cheia de jovens cantando, juntos, é uma festa. "E a festa maior é a festa do Senhor", disse o Papa. Na JMJ essa festa acontece, principalmente, no momento central, na vigília da noite do sábado e na missa de envio no domingo. Só o Senhor dá a verdeira festa. "Sem o amor de Deus não há verdadeira festa para o homem", ressaltou.

    Missão

    Missão. Essa foi a terceira ideia que a JMJ trouxe ao Papa. A JMJ foi caracterizada por um tema missionário: "Ide e fazei discípulos a todos os povos". Escutamos a palavra de Jesus hoje, disse o Papa. É a missão que Ele nos dá a todos. Saiam de vocês mesmos para levar a luz e o amor do evangelho a todos. Até mesmo o local onde se pronunciou essa mensagem de Jesus lá no Rio de Janeiro, às margens do oceano e diante de uma multidão incontável na praia foi um lugar simbólico, "que lembrava as margens do mar da galileia".

    "Eu estou convosco todos os dias", destacou o Papa, dizendo que isso é fundamental. Só com Cristo podemos levar o Evangelho. Sem Ele não podemos nada. Ainda uma pessoa que aos olhos do mundo não é nada, aos olhos de Deus é muito.

    Nesse momento, o Papa levantou os olhos e interpelou os presentes na Praça de São Pedro: "Eu não sei se há jovens na Praça hoje... Há jovens na Praça? – e os peregrinos responderam com força: Sim!!! E continuou: "Vocês querem ser esperança para Deus? Vocês querem ser uma esperança para a Igreja?", ao que responderam: Sim! E disse o Papa: "um coração jovem que se transforma em Cristo... Vocês, jovens, devem se transformar em esperança, abrir as portas para um mundo novo de esperança... querem ser esperança para todos nós?"

    Então o Pontífice perguntou: "O que significa aquela multidão de jovens que encontraram Jesus no Rio de Janeiro?", esses jovens não terminaram nos jornais - disse o Papa - porque não são violentos, porque não fazem notícia..., mas – continuou - se permanecem unidos a Jesus são muito fortes.

    E Francisco, olhando novamente para todos reunidos na Praça de São Pedro, disse: "Vocês tem a coragem de aceitar esse desafio? Vocês tem essa coragem? Não escutei..." Ao que responderam: Sim!!!. E continuou o Papa: "Vocês se animam a ser essa força de amor e misericórdia que tem a coragem de transformar o mundo?"

    A verdadeira experiência da JMJ nos traz a boa notícia. "Somos amados por Deus, que é Nosso Pai, que enviou Jesus para salvar-nos, para perdoar-nos tudo. "Ele sempre perdoa porque é bom e misericordioso", disse Francisco.

    E concluiu o Papa: "Acolhida, festa e missão. Que essas palavras sejam alma da nossa vida e da nossa comunidade".

    Ao final da audiência o Papa recordou que próximo sábado todos viveremos uma jornada de oração e jejum pela paz na Síria, no Oriente Médio e no mundo inteiro. "Também pela paz nos nossos corações, porque a paz começa no coração!" O pontífice por fim exortou os fieis romanos e os peregrinos a participarem da vigília de oração, "aqui, na Praça de São Pedro às 19hs, para invocar ao Senhor o grande dom da paz. Que se levante forte, em toda a terra, o grito pela paz!".


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    A luz de Jesus é uma luz humilde, mansa, que não se impõe 
    Papa Francisco na homilia em Santa Marta convida a pedir discernimento para distinguir quando a luz vem de Deus ou quando é uma luz artificial, feita pelo inimigo

    Por Redacao


    CIDADE DO VATICANO, 03 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - A humildade, a mansidão, o amor, a experiência da cruz são os meios pelos quais o Senhor vence o mal. Estas foram as palavras do papa Francisco ao inicio da homilia pronunciada na Missa na Capela da Casa de Santa Marta nesta terça-Feira 3 de Setembro.

    Conforme publicado pela Rádio Vaticana o pontífice refletiu sobre a luz que Jesus trouxe ao mundo para vencer a cegueira do homem e destacou que muitas vezes essa é confundida pela luz oferecida pelo mundo. "A luz que nos oferece o mundo é uma luz artificial, talvez forte, até mais forte como aquela de Jesus, assim como um fogo de artifício, como um flash de uma fotografia. Ao contrário a luz de Jesus é uma luz mansa, uma luz tranquila, é uma luz de paz, é como a luz da noite de Natal: sem pretensões."

    A identidade cristã é uma identidade da luz e não das trevas – comentouo Papa referindo-se à primeira leiturade hoje,da carta de São Paulo aosTessalonicenses."Muitas vezes o demônio aparece travestido de anjo da luz - destaca a notícia publicada pela Rádio Vaticana. "Quantos acreditam de viver na luz e afinal vivem nas trevas, porque não querem ver a luz de Jesus que é uma luz humilde, mansa, que não se impõe, uma luz com a força da humildade e da mansidão que nos ajuda a olhar sem medo a Cruz de Cristo"- prosseguiu Francisco.

    "No entanto, se nos deixarmos enganar e aceitamos uma luz que nos faz ser orgulhosos e cheios de soberba essa é a luz do diabo. E para distinguir uma luz da outra? Basta saber aonde está a humildade, a mansidão, o amor e a cruz, é aí que está Jesus, a verdadeira luz - disse o papa. 

    "Jesus não precisa de um exército para expulsar os demônios, nem precisa da soberba, nem da força, nem do orgulho. Que palavra é esta que comanda com autoridade e potência aos espíritos impuros e esses desaparecem? Esta é uma palavra humilde, mansa, com tanto amor; é uma palavra que nos acompanha nos momentos de cruz. Peçamos ao Senhor que nos dê hoje a graça da sua luz e nos ensine a distinguir quando a luz é e vem Dele ou quando é uma luz artificial, feita pelo inimigo para nos enganar". 


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    A língua e as fofocas: armas cotidianas que matam os irmãos 
    Na primeira missa em Santa Marta depois das férias, o papa Francisco adverte contra a inveja que o diabo semeia no coração para destruir comunidades e famílias

    Por Salvatore Cernuzio


    ROMA, 02 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - O verão europeu termina e o papa Francisco volta a deliciar o mundo com as suas homilias matutinas na Casa Santa Marta. Hoje, na primeira missa após as férias de verão, o Santo Padre tratou de um tema que mais de uma vez já tinha proposto no altar da capela: as murmurações contra o próximo, o ódio, as invejas, tudo o que "mata" o outro e afasta de Deus.

    A reflexão do papa partiu do evangelho do dia, em que Lucas narra o encontro de Jesus com os habitantes de Nazaré, seus conterrâneos. Eles, disse o papa, escutam com admiração as palavras do Messias, mas não estão convencidos delas a fundo, porque esperam algo diferente dele: "Queriam um milagre, queriam ver o show" para acreditar. É por isso que Cristo os acusa de não terem fé. "E eles se irritam. Eles se levantam e empurram Jesus até a montanha para jogá-lo lá de cima, para matá-lo".

    "Vejam como a coisa mudou", observa Bergoglio. "Eles começaram com beleza, com admiração, e quase terminaram com um crime, querendo matar Jesus". Tudo por inveja. Esta "não é uma coisa que aconteceu há 2.000 anos", mas que "acontece todos os dias em nossos corações, em nossas comunidades. Quando dizem, numa comunidade, 'ah, que boa pessoa essa que veio para cá', falam bem dela no primeiro dia, no segundo nem tanto e no terceiro já começam a fofoca e no fim a expulsam".

    Portanto, "aqueles que numa comunidade falam mal dos irmãos, dos membros da comunidade", devem saber que "desejam matar" o seu irmão, do mesmo modo que os habitantes de Nazaré queriam matar Jesus, disse o Santo Padre. E, ecoando as palavras do apóstolo João, no capítulo III da sua primeira carta, Francisco prosseguiu: "Quem odeia o seu irmão no seu coração, é um assassino".

    "Estamos acostumados a falar, a fofocar", comentou Francisco, acrescentando: "Mas quantas vezes as nossas comunidades, a nossa família, são um inferno por causa desse crime de matar o irmão, a irmã, com a língua!". Toda uma comunidade, uma família, pode ser "destruída" por essa inveja "que semeia o diabo no coração e faz um falar mal do outro", advertiu Bergoglio. "A língua e a fofoca podem aniquilar o outro tanto quanto uma arma. Nestes dias, em que falamos tanto da paz e vemos as vítimas das armas, temos que nos preocupar também com essas armas de todos os dias".

    "Cada comunidade tem de viver com o Senhor e ser como o céu". Para isto, para que "a paz esteja numa comunidade, numa família, num país, no mundo, temos que estar com o Senhor". Porque "onde está o Senhor não há inveja, não há crime, ódio, ciúme. Há fraternidade".

    Como exortação final, o papa pediu que todos roguem a Deus a graça de "nunca matar o próximo com a língua, de estar com o Senhor como estaremos no céu".


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    Santa Sé
    Cardeal Bertone: balanço de sete anos é positivo 
    Sobre as acusações sofridas: um entrelaçar-se de corvos e serpentes

    Por Redacao


    ROMA, 02 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - O cardeal Tarcisio Bertone, durante visita à cidade de Siracusa na celebração dos 60 anos do prodígio da lacrimação de um quadro de Maria, considerou positivo o balanço do seu trabalho na Secretaria de Estado durante os últimos sete anos, de acordo com a agência de notícias Ansa. 

    "Naturalmente, houve muitos problemas, especialmente nos últimos dois anos, houve acusações contra mim... Um entrelaçar-se de corvos e serpentes... Mas isto não deveria ofuscar o que eu considero um balanço positivo", declarou, completando: "Sempre dei o máximo, mas é claro que tenho os meus defeitos, e, se tivesse que pensar agora, em certos momentos teria agido de outro modo".

    Os analistas consideram que o novo secretário de Estado, o arcebispo Pietro Parolin, que assumirá o cargo no dia 15 de outubro, terá um papel mais focado na dimensão internacional. Considera-se também que haverá mais colegialidade entre o papa e os dicastérios, sem que o secretário de Estado seja o principal vínculo de comunicação.

    Bento XVI não acolheu em 2009 a primeira renúncia apresentada pelo cardeal Bertone por motivos de idade e afirmou que não queria "renunciar à preciosa colaboração" do cardeal.

    Depois do vazamento de documentos sigilosos do Vaticano, o chamado caso Vatileaks, em cujos textos aparecia várias vezes o nome do secretário de Estado, o papa Ratzinger reiterou a sua confiança no secretário.


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    Pregação Sagrada
    Como melhorar a nossa pregação sagrada: as técnicas de forma externa 
    Coluna do Pe. Antonio Rivero, L.C., Doutor e professor de Teologia e Oratória no seminário Mater Ecclesiae de São Paulo

    Por Pe. Antonio Rivero, L.C.


    SãO PAULO, 06 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - Estamos explicando a forma da pregação a serviço do fundo de ideias. Já vimos as técnicas de forma interna: concretização, desenvolvimento, visualização, dramatização e comparação. Agora veremos as técnicas de forma externa, que são o grafismo ou estilo plástico e o ritmo ou movimento oratório ao expressar as ideias.

    Não nos esqueçamos de que a forma de expressar as nossas ideias é muito importante para que elas fiquem gravadas mais facilmente na mente do ouvinte, a fim de que ele acompanhe com atenção e com prazer o fio condutor do discurso ou da pregação, sem se sentir cansado nem entediado. 

    PRIMEIRO, O GRAFISMO OU ESTILO PLÁSTICO

    Dá vitalidade e expressividade à forma, o que se consegue com palavras vigorosas, criativas e cheias de cor.

    Consegue-se também substituindo uma frase ou palavra por outra mais plástica e vívida, através de um verbo-imagem, uma metáfora, um jogo de palavras, uma antítese, um contraste de termos, com expressões que chamem a atenção, com um slogan ou frase lapidária, etc... Com esses recursos, salpico a sensibilidade e a imaginação dos meus ouvintes.

    Uma frase sem grafismo nem estilo plástico não chama a atenção de ninguém, não penetra na mente nem na sensibilidade do ouvinte, nos faz bocejar e olhar para o relógio mil vezes durante a pregação. Já uma frase com estilo plástico incide e fica gravada a fundo; dá vontade de ouvir o pregador durante horas!

    Exemplo:

    Ideia sem grafismo: sua vida foi um contínuo sofrer. Ideia com grafismo: a vida dele foi uma perpétua sexta-feira santa. Ideia sem grafismo: passou a vida servindo aos doentes nos hospitais. Ideia com grafismo: queimou sua vida entre esparadrapos e soros de hospital.

    Ideia sem grafismo: quero participar do sofrimento de Cristo. Ideia com grafismo: quero descansar nas chagas abertas de Cristo.

    Ideia sem grafismo: alguns falam muito de Deus, mas não fazem oração. Ideia com grafismo: sem oração, a sua pregação sobre Deus tem cheiro de biblioteca, mas não convencerá ninguém, porque você não transmite no seu rosto o reflexo desse Deus. Ideia sem grafismo: temos que ter caridade em casa e justiça com os outros. Ideia com grafismo: a caridade começa dentro de casa, e a justiça, já na porta da rua.

    SEGUNDO, O RITMO E A TEMPERATURA ORATÓRIA

    Este recurso afeta o aspecto mais externo do estilo, a forma de expressar algo, modificando a ordem das palavras e o movimento das frases. E isto se consegue com interrogações, exclamações, frases curtas, contrastes nas frases, supressão de conjunções e partículas desnecessárias, diversos tons (ironia, nostalgia, despreocupação, tristeza, ansiedade, alegria…). Trata-se de um estilo coloquial ou conversacional, mas cheio de força e de vigor.

    Um exemplo de frase sem ritmo: Cristo morreu por nós gratuitamente e nós não somos gratos a Ele. Às vezes, o ofendemos.

    Vejamos várias formas de dizer a mesma frase com mais ritmo oratório:

    - Cristo morreu por nós, e morreu gratuitamente! E nós, agradecemos? Ah, que agradecimento! Ainda por cima o ofendemos!

    - Morreu, Cristo morreu por nós! E Ele ganhou algo que não fosse para nós? E nós? Nem lhe agradecemos! Agradecer… Nós ainda o ofendemos, isso sim!

    - Foi por nós que Cristo morreu! E nem sequer agradecemos! Morreu sem nenhum interesse próprio! E nós o ofendemos, ainda por cima!

    - Por acaso Cristo não morreu por nós? Não morreu gratuitamente? E nós, agradecemos, pelo menos? Ou o ofendemos, em vez disso?

    Ah, como a nossa pregação mudaria se a salpicássemos de ritmo e de temperatura oratória! Experimente e você vai ver. Para mim deu resultado, e quanto!

    Para ler o artigo anterior clique aqui

    Caso queira se comunicar com o Padre Antonio Rivero pode fazê-lo por este e-mail:arivero@legionaries.org


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    Igreja e Religião
    A Síria não é um mapa no Google Earth 
    Jesuita sírio revela a realidade do país à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre


    ROMA, 06 de Setembro de 2013 (Zenit.org, AIS) - "Uma intervenção militar não vai levar a lugar nenhum. Cada uma das partes envolvidas deve entender que a crise não será resolvida da maneira que deseja. Todos são perdedores e ninguém é vencedor, nem nunca será".

    Padre Nawras Sammour, responsável pelo Oriente Médio e África do Norte do Serviço Jesuíta para os Refugiados, condena uma possível ação militar na Síria. Ao telefone com Ajuda à Igreja que Sofre de Damasco, o clérigo nascido em Aleppo declara que "um ataque levaria, sem dúvida, a um aumento da violência: uma onda horrível que por força se estenderia aos países vizinhos, contagiando toda a região do Oriente Médio". Para o jesuíta a crise é muito complexa para ser resolvida por uma operação militar da qual ninguém pode prever os resultados a longo prazo.

    Enquanto isso, na capital síria, muitas vezes sem eletricidade", todo mundo vive em espera, embora a vida continue mais ou menos como antes da ameaça de guerra". Não há uma opinião unânime sobre a possibilidade de uma intervenção, mas muitos começaram a estocar alimentos e nas últimas duas semanas, aqueles que tiveram a chance, preferiram abandonar o país. "Quem, como eu, prefere permanecer na Síria, evita sair para o exterior por medo de ficar bloqueado por causa das hostilidades. Junto com alguns irmãos nós cancelamos uma viagem ao Líbano justamente por essa razão". Os jesuítas ajudam mais de 17 mil famílias Sírias, o 80% das quais são de muçulmanos.

    As palavras do Papa Francisco são de grande esperança para os cristãos. "O apelo do Santo Padre tem sido excelente", afirma padre Sammour, narrando como também na Síria serão muitos o que aderem à jornada de jejum pedida pelo Pontífice nesse 07 de Setembro. Na casa dos jesuítas de Damasco começará com as vésperas de amanhã à tarde. "Agora, mais do que nunca, precisamos de oração", acrescenta o religioso elogiando as muitas iniciativas da Igreja universal para promover a paz. Também a Semana de oração organizada por Ajuda à Igreja que Sofre, que aderirá também à jornada de jejum no próximo sábado.

    As palavras do Papa não foram apreciadas somente pela comunidade cristã. Também o grande Mufti da Síria, Ahmad Badreddin Hassou, manifestou o desejo de poder orar no próximo sábado na Praça de São Pedro. "A linguagem do Papa Francisco é entendida por qualquer pessoa que defenda os valores da paz e da integração - observa o jesuíta - e, felizmente, muitos sírios amam e respeitam os próprios concidadãos, independentemente de credo ou origem social. Embora as informações divulgadas pelos meios de comunicação tentem mostrar uma outra coisa". O religioso critica os meios de informação – "sempre à caça de extremistas" – e opõe à eles a preciosa obra da Igreja, que tenta dar voz ao desejo de unidade da "maioria silenciosa" da nação. Esperando saber o que vai acontecer nos próximos dias, padre Sammour pede à comunidade internacional para olhar para o seu país com menos superficialidade. "A Síria não é um mapa no Google Earth. Não é um território para ser invadido ou para ser liberto. Não é meramente um lugar, mas um mosaico maravilhoso. A Síria é antes de mais nada todo um conjunto de pessoas: os sírios. E espero que isso seja finalmente tomado em consideração".

    Roma, 05 de setembro de 2013

    "Ajuda à Igreja que Sofre" ( AIS ) , Fundação de direito pontifício fundada em 1947 pelo Padre Werenfried van Straaten , destaca-se como a única organização que realiza projetos para apoiar a pastoral da Igreja onde ela é perseguida ou privada de meios para cumprir a sua missão. Em 2012 recolheu mais de 90 milhões de euros nos 17 países onde tem Escritórios Nacionais e já realizou mais de 5.604 projetos em 140 países.

    Tradução do original italiano por Thácio Siqueira


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    Não coloquem grandes pratos à mesa, mas orações pelas famílias e crianças da Síria 
    Apelo de dom Vincenzo Paglia às famílias do mundo para participarem da jornada de jejum e oração que o papa Francisco propôs pela paz na Síria, no Oriente Médio e no mundo

    Por Redacao


    ROMA, 04 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - Publicamos a seguir o chamamento feito por dom Vincenzo Paglia, presidente do Pontifício Conselho para a Família, no qual ele convida as famílias do mundo todo a participar da jornada de jejum e de oração pela paz na Síria, uma iniciativa do papa Francisco. Paglia recorda também a próxima Peregrinação Mundial das Famílias no Ano da Fé, em Roma, nos dias 26 e 27 de outubro. Está prevista a participação de 150.000 a 200.000 pessoas.

    ***

    A todas as famílias

    Caríssimos,

    O convite do papa Francisco a uma jornada de oração e jejum pela paz na Síria e em todas as nações afetadas pela tragédia da guerra deve ser aceito com muita seriedade e compromisso por parte de todos nós.

    As imagens veiculadas por todo o mundo e as contínuas notícias trágicas interpelam o nosso coração, a nossa inteligência, a nossa fé. Por esta razão, eu os convido a aceitar a proposta do papa e a viver esse gesto de oração e jejum mesmo que seja de casa.

    Queridos pais, não tenha medo de propor aos seus filhos um almoço austero e mínimo; será uma oportunidade para explicar a eles o que está acontecendo no mundo e como esses fatos terríveis não podem nos deixar indiferentes. Junto com a dureza das notícias, não se esqueçam de comunicar a esperança da paz oferecida por Jesus ressuscitado, que reconciliou o mundo não através de gestos violentos e vingativos, mas através do dom de si mesmo.

    Não se esqueçam de convidar os avós e as pessoas mais velhas para esse almoço feito de pouca comida e de muita palavra; se algum deles tiver experimentado momentos de guerra, que compartilhe o que significa viver sob as bombas e na incerteza do amanhã; que relate qual era o sentido das suas preces naqueles dias.

    E vocês, queridas crianças e jovens, não se lamentem se, no sábado, não houver grandes pratos à mesa; agradeçam aos seus pais, em vez disto, pelo que estão lhes propondo. Mais ainda: exijam deles explicações e razões pelas quais vale a pena continuar a viver nesta terra marcada tantas vezes por luto e por violência.

    Juntos à mesa, rezem! Pelas famílias da Síria, pelas crianças que morrem todos os dias por causa da fome e do ódio, pelos governantes chamados a encontrar soluções para a paz e para a não-violência. Recitar um salmo, ler uma passagem do evangelho, rezar uma dezena do terço, fazer algumas orações espontâneas em voz alta, cantar... Cada família escolha o seu melhor modo de interceder ou de meditar sobre o mistério do mal que marca a nossa história e sobre o Deus da paz que a cura e a salva.

    Obrigado!

    + Vincenzo Paglia
    Presidente do Conselho Pontifício para a Família
    Cidade do Vaticano, 4 de setembro de 2013


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    CNBB e entidades lançam Coalizão Democrática pela Reforma Política e Eleições Limpas 
    A CNBB acolhe com satisfação os parceiros de sempre, disse, na abertura do evento, o presidente da entidade, cardeal Raymundo Damasceno Assis.


    BRASíLIA, 04 de Setembro de 2013 (Zenit.org, Cnbb.org) - Uma campanha cívica, unificada e solidária. Assim se define a Coalizão Democrática pela Reforma Política e Eleições Limpas, lançada na tarde de ontem, 03 de setembro, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em Brasília (DF). Na presença de representantes de mais de 100 entidades da sociedade civil, foi apresentada a proposta de projeto de lei de iniciativa popular em prol do fortalecimento dos mecanismos de democracia direta.

    "A CNBB acolhe com satisfação os parceiros de sempre", disse, na abertura do evento, o presidente da entidade, cardeal Raymundo Damasceno Assis. Ele destacou a presença dos participantes do seminário nacional da 5ª Semana Social Brasileira. "A união de todos os membros é essencial para enfrentar a luta e vencê-la. Estamos aqui para continuar fortalecendo esta nossa missão comum que, com as bênçãos de Deus, haverá de produzir bons frutos".

    No ato público, foram apresentados os principais pontos da proposta: 1) afastar a influência do poder econômico das eleições, proibindo a doação de empresas; (2) necessidade de reformular o sistema político, incluindo a questão de gênero e estimular a participação dos grupos sub-representados; (3) regulamentação do artigo 14 da Constituição, em favor da democracia direta; (4) melhorar o sistema político partidário, aumentando a participação de militantes e filiados em torno de um programa político; (5) fidelidade partidária programática.

    Os representantes dos diferentes organismos destacaram no evento a urgência para que a Reforma Política possa entrar na pauta do Congresso Nacional ainda este mês e valer já para as eleições de 2014. "Será preciso articular todas as entidades para envolver a sociedade nesse debate. A nossa luta nesse momento é a busca por mais de 1,5 milhão de assinaturas nesse projeto", explicou dom Joaquim Giovani Mol, que preside a Comissão da CNBB para a Reforma Política.

    "Precisamos explicar para a população os pontos de nossa proposta, já que há uma indignação com a forma como vivemos a política em nosso país", completou dom Mol. Ele destacou a força das entidades presentes, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), União Nacional dos Estudantes (UNE) e as diferentes igrejas cristãs em torno desse objetivo. "Esse mês será de grande trabalho para todas essa entidades".

    Após o ato público, os representantes das entidades assinaram um Manifesto: CNBB, OAB, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Plataforma dos Movimentos Sociais, Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, Central Única dos Trabalhadores, UNE, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, Conselho Nacional de Igrejas Cristãs e a Frente Parlamentar pela Reforma Política. Em seguida, os representantes se reuniram para detalhar como será feita a coleta de assinaturas em todo o país.

    Leia na íntegra o texto do manifesto.

    Fonte: CNBB


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    A Livraria Editora Vaticana publica livro sobre a Jornada Mundial da Juventude 
    "É bom estarmos aqui" recolhe os textos dos discursos, homilias e ângelus do papa Francisco no Brasil


    ROMA, 03 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - O livro "É bom estarmos aqui", quarto volume da série "As palavras do papa Francisco", chegou hoje, 2 de setembro, às livrarias da Itália, publicado pela Libreria Editrice Vaticana.

    Ressoando o sucesso da Jornada Mundial da Juventude realizada no Brasil, o volume oferece todos os textos dos discursos, homilias e ângelus do papa Francisco: da cerimônia de boas-vindas no jardim do Palácio da Guanabara, em 22 de julho, até a cerimônia de despedida no Aeroporto Internacional do Galeão.

    Momentos de grande compromisso pastoral para a primeira viagem internacional do papa, que trouxe alegria e entusiasmo religioso renovado para todos os participantes do evento. Antes de deixar o aeroporto no Rio, o papa afirmou: "Neste momento, eu já começo a sentir saudades... Estou certo de que Cristo vive e está realmente presente na ação de muitos, muitos jovens e muitas pessoas que eu conheci nesta semana inesquecível. Obrigado pelas boas-vindas e pelo calor da amizade que eu experimentei! Disso também eu já começo a sentir saudades!" (p. 113).

    Momentos de oração intensa e sincera marcaram este evento memorável. O papa não se cansa de pedir essas orações também para ele mesmo, pois "este papa precisa das orações de todos vocês" (p. 115). A Jornada Mundial da Juventude foi um momento desafiador para todos no fortalecimento da fé e no incentivo a construir uma nova comunidade na harmonia e na solidariedade.


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    Episcopo.net, a nova rede para bispos e episcopados da América Latina 
    Desenhada pela RIIAL, é um empreendimento do CELAM em parceria com o Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais. Permite vídeo conferência de até 25 pessoas e um auditório virtual de 500 ouvintes


    ROMA, 03 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - A um mês do encontro entre o papa Francisco e o Comitê de Coordenação do CELAM, o Conselho Episcopal Latino-Americano lança uma nova plataforma de comunicação digital, cujos destinatários privilegiados serão os bispos de toda a América Latina e do Caribe.

    A nova plataforma, de acordo com o Departamento de Comunicação do CELAM, está vinculada com o que o papa Francisco expressou no seu encontro com os bispos do CELAM: a proximidade que cria comunhão e senso de pertencimento e que abre espaço para o encontro.

    A episcopo.net nasce como resposta a uma necessidade e com um diagnóstico comunicativo realizado pelo CELAM, com base na sua vocação, tal como destacada pelo papa Francisco: "Faz 57 anos que o CELAM serve às 22 conferências episcopais, colaborando para promover, impulsionar e dinamizar a colegialidade episcopal e a comunhão entre as Igrejas da região e os seus pastores". A plataforma foi desenhada e implementada pela RIIAL, Rede Informática da Igreja na América Latina, através do Centro Guadalupe, e é um empreendimento do CELAM em parceria com o Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais (PCCS), que já desenvolveu diversos programas de comunicação, em comunhão efetiva e afetiva.

    Um ano e meio de projeto-piloto da plataforma, com toda a Igreja da América Latina e do Caribe, com o CELAM e com várias instâncias do Vaticano, certificam uma plataforma muito acessível, com tecnologia simples, com a possibilidade de ser usada de qualquer lugar com um computador e internet. Mas são também tecnologias que se adaptam bem à América Latina, com inclusão e alta segurança.

    Um dos grandes benefícios da plataforma é o seu valor bastante razoável, que permite economizar recursos evitando viagens e outros custos. Poupa-se dinheiro e tempo e melhora-se a capacidade de comunicação, facilitando, colaborativamente, a comunhão dos bens e a sua distribuição.

    Serviços múltiplos

    A plataforma inclui quatro importantes serviços:

    a) Dez salas virtuais de vídeo conferências para uso pessoal e grupal de até 25 pessoas.

    b) Um auditório virtual de 500 pessoas, para eventos, congressos e simpósios.

    c) Uma área de formação, informação e comunicação para os bispos.

    d) Contas de correio eletrônico @episcopo.net, com certificado de segurança e criptografia.

    O portal integrado oferecerá um único ponto de entrada aos usuários para encontrar serviços e informação, bem como a ajuda necessária para utilizá-los.

    Várias expressões de comunicação no período de testes impulsionaram o desenvolvimento da Episcopo.net. Apresentamos alguns exemplos:

    - O Pontifício Conselho para a Nova Evangelização e o CELAM desenvolveram o lançamento do Observatório da Nova Evangelização na América Latina e no Caribe em vínculo com universidades, imprensa e conferências episcopais.

    - O CELAM se reuniu durante 2012 com 18 dos 22 departamentos de comunicação das conferências episcopais.

    - Vários conventos de religiosas de clausura reuniram a congregação através da Episcopo.net.

    - No Caribe, as conferências episcopais também se reuniram através da Episcopo.net.

    A República Dominicana realizou um congresso de comunicação e houve cursos de catequese em

    Canelones, no Uruguai, por meio da plataforma. No Brasil, a apresentação e implementação da rede está começando.

    Os departamentos do CELAM, na Colômbia, realizam comunicações pela plataforma na preparação de congressos, reunindo assessores e especialistas em várias disciplinas. Na Argentina, a Comissão de Meios de Comunicação da Conferência Episcopal fortaleceu a rede regional com o uso constante da plataforma.

    A RIIAL realizou sua reunião continental virtual com a presença de todas as conferências episcopais da América Latina e do Caribe em novembro de 2012, compartilhando o estado dos projetos que a rede desenvolve como corpo e em cada país.

    O Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais utiliza a plataforma para realizar vídeo conferências temáticas, participação em reuniões conjuntas com o CELAM e em serviços do PCCS com as conferências ou dioceses do continente.

    Dioceses da Colômbia implementaram a rede para a comunicação interna diocesana. Do México, o presidente do CELAM participa de eventos por meio da plataforma, assim como os membros da presidência e da secretaria geral. O Chile integrou ao programa do congresso RIIAL continental os seus especialistas através da rede.

    A nova plataforma é uma contribuição para a austeridade de vida que a Igreja na América Latina e no Caribe deseja viver, além de uma possibilidade de interagir na comunhão entre bispos, conferências episcopais, CELAM, Vaticano e no interior das dioceses.

    Para solicitar o serviço Episcopo.net: acessar www.episcopo.net e clicar em "Solicitar conta". Consultas sobre a Episcopo.net: s.nuin@episcopo.net, d.cabana@episcopo.net , c.andrade@episcopo.net.

    Vídeo explicativo: www.celam.org


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    Bento XVI celebra missa no Vaticano com seus ex-alunos 
    Seja qual for o lugar que a história vier a nos dar, o determinante é a responsabilidade perante Deus

    Por Redacao


    ROMA, 02 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - Neste domingo, Bento XVI celebrou no Vaticano a santa missa na capela do governatorado com seus ex-alunos. Pela primeira vez, o papa emérito não participou com eles no encontro anual, mas os cumprimentou depois da celebração.

    O chamado Ratzinger Schulerkreis, que acontece há 38 anos para abordar temas teológicos, começou no dia 29 de agosto e terminou hoje, 2 de setembro, tratando da "Questão Deus no contexto da secularização".

    Desde a renúncia de Bento XVI, anunciada em 11 de fevereiro e efetivada em 28 do mesmo mês, o papa emérito se retirou da vida pública para se dedicar principalmente à oração e ao estudo, primeiro em Castel Gandolfo e agora no mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano.

    Cerca de cinquenta pessoas participaram da missa concelebrada com o papa emérito pelo cardeal Kurt Koch, pelos arcebispos Georg Gaenswein e Barthelemy Adoukonou e pelo bispo auxiliar de Hamburgo,dom Hans-Jochen Jaschke.

    Em sua homilia, Bento XVI comentou o evangelho do dia, sobre o lugar ocupado por um comensal em um banquete e sobre como será exaltado aquele que se humilha. "Cada um, na vida, quer encontrar o lugar justo", disse o papa emérito, para logo perguntar: "Mas qual é realmente o lugar justo?". E precisou: "Seja qual for o lugar que a história vier a nos dar, o determinante é a responsabilidade perante Ele".

    "Aquele que, neste mundo e nesta história, se empurra para frente e chega aos primeiros postos, deve saber que está em perigo. Ele tem que olhar ainda mais para o Senhor e medir-se com Ele e com a responsabilidade no tocante aos outros; tem que se tornar uma pessoa que serve, que está sentada aos pés dos outros e que assim abençoa e se torna abençoada".

    Ratzinger recordou que "Cristo, o filho de Deus, desce para nos servir e esta é a essência de Deus", que envolve um "inclinar-se para nós".

    O papa emérito evoca os discursos da Última Cena, quando os discípulos brigam pelos melhores lugares. Jesus se apresenta, porém, como aquele que serve. Ele, nascido na manjedoura, morre na cruz e nos indica que o melhor lugar é aquele mais próximo dele. E que o apóstolo, como enviado de Cristo, "é o último na opinião do mundo" e, por isso mesmo, está perto de Jesus.

    "Assim, mesmo na luta pela justiça no mundo, não devemos nunca nos esquecer da gratuidade de Deus, do contínuo dar e receber, e temos que refletir sobre o fato de que nosso Senhor se doa para nós, de que há pessoas boas que nos doam a sua bondade, que nos suportam a título gratuito, que nos amam e que são boas para conosco gratuitamente. E nós devemos doar esta gratuidade para aproximar assim o mundo de Deus, para sermos semelhantes a Ele, para nos abrirmos a Ele".

    Bento XVI abordou também o tema da liturgia, incomensuravelmente grande porque nos une às filas de anjos e santos na alegria do Senhor, mas que renova o sacrifício de Cristo, que se humilha derramando o seu sangue na eucaristia.


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    Cultura e Sociedade
    Os jovens e a internet 
    Análise do documento A Igreja e a Internet, que ainda não perdeu atualidade

    Por Santiago Casanova Miralles


    MADRI, 05 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - Não faz muito tempo que encontrei o documento "A Igreja e a Internet", publicado pelo Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais nada menos que em 2002! Eu o considero um documento imprescindível para se entender a postura da Igreja diante da realidade da rede mundial de computadores e das redes sociais. Depois, é verdade, o papa Bento XVI e agora Francisco deram uma continuidade intensa a este assunto.

    Não vou focar em muitos dos pontos do documento. Há muito ali que vale a pena! Mas quero dedicar hoje algumas linhas à sua parte final, às recomendações aos dirigentes eclesiais, aos agentes pastorais, aos catequistas e educadores, aos pais e, finalmente, aos jovens e crianças. É nestes últimos que eu quero concentrar a minha atenção.

    A Igreja é muito clara com os jovens e com os seus formadores quanto à internet e às redes sociais: "A internet põe ao alcance dos jovens, numa idade inusualmente precoce, uma imensa capacidade de fazer o bem ou o mal, a si mesmos e aos outros".

    A Igreja conclama os jovens a usar a internet adequadamente, a se enriquecerem com ela e a enriquecer a vida de outros, a se prepararem com responsabilidade para o seu futuro e a usá-la como meio privilegiado para fazer o bem. Não só isso: a Igreja chama os jovens a irem contra a corrente, a exercerem a contracultura e a se prepararem para ser perseguidos por defender o que é verdadeiro e bom também nesse meio de comunicação. A abordagem é forte.

    O que a Igreja pede não é automático. Precisa de discernimento, educação, formação e também da força do Espírito. Este último requisito só pode ser pedido incessantemente na oração e na prática de uma vida cristã plena, em comunidade e participando-se dos sacramentos. Os demais requisitos requerem apenas determinação e mãos à obra.

    Discernimento: nossos jovens devem saber discernir o que é bom e o que é mau, o que lhes convém e o que não convém. Discernir quais fotos compartilhar, que mensagens publicar. Discernir o que retuitar e a quem seguir. Discernir que sites visitar. Discernir quando falar e quando calar. Discernir a sua tarefa concreta como cristãos na rede, seu chamado particular, sua missão. Discernir o que Jesus Cristo faria em cada situação que surge. Essa tarefa exige aprendizagem, escuta e silêncio. Para discernir, é preciso ter aprendido previamente a fazê-lo. Por isso é necessária a nossa ajuda. Educadores, pais e catequistas precisam acompanhar os jovens, viver perto deles o ato de "estar" na internet e nas redes sociais, além de ajudá-los a fazer o mesmo fora da internet e a transformar o discernimento em uma constante na vida.

    Educação: antes, nossos pais nos ensinavam como nos comportar e agir na rua, no colégio, em casa… Não falar com estranhos, que situações evitar, como respeitar os mais velhos, a autoridade… Agora, tudo isto continua sendo feito (quando é feito), mas ainda não encaramos devidamente a questão da rede. Quem educa para estar na rede? Quem explica aos jovens e às crianças com quem relacionar-se? Quem fala da amizade nas redes e conhece os amigos dos nossos jovens nas redes? Quem ensina a eles como agir em caso de ataque, como defender o mais frágil, como levantar a mão quando necessário? Há uma lacuna a ser preenchida de forma urgente. E é imprescindível, para isso, que pais, educadores e catequistas se portem na rede com soltura, entendendo os seus recursos.

    Formação: a internet é um "lugar" com uma potencialidade enorme. É preciso conhecê-lo. Não basta estar: é preciso conhecer o seu funcionamento, suas regras, as leis que a regulam, as implicações de um deslize, os detalhes da privacidade, as marcas que são deixadas quando se navega pelos seus labirintos… Nossos jovens só serão boas testemunhas do evangelho se forem prudentes como serpentes e simples como as pombas. Não basta apenas a boa vontade, a ingenuidade. Quando um jovem quer dirigir, ele recorre à autoescola. Quando queremos trabalhar, passamos pela formação profissional. Não pode ser diferente aqui. E já que esta formação para a rede, por enquanto, não é abordada nos programas normais de estudo, é necessário sermos audazes e fazermos propostas criativas para formar os nossos.

    A internet é uma tarefa e uma missão para todos. A Igreja nos pede presença, e presença como católicos. Não basta compartilhar frases bonitas no Facebook ou tuitar versículos do salmo do dia. Não basta querer estar. Se não se sabe discernir e não se está formado, não se é um cristão útil. A rede nos devorará.

    Não podemos abandonar os jovens neste caminho difícil. Abandoná-los seria claudicar e não seguir as diretrizes da Igreja. Como disse um dia o papa Paulo VI, cada um deverá responder diante de Deus pelas suas ações também nos meios de comunicação. Sejamos valentes. Não temos desculpas.

    * Santiago Casanova Miralles é leigo esculápio e membro da equipe iMissão.


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    Homens e Mulheres de Fé
    Padre Matteo La Grua : a vida contra Satanás (Parte I) 
    Pouco antes da sua morte o conhecido exorcista escreveu um livro-entrevista no qual exorta a não se entregar na batalha contra as potências das trevas

    Por Luca Marcolivio


    ROMA, 04 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - O padre franciscano Matteo La Grua (1914-2012) foi um renomado exorcista de fama internacional. A sua longa vida foi marcada por muitas virtudes e carismas especiais, desde as capacidades taumatúrgicas até o dom de expulsar demônios.

    Os últimos 40 anos da sua vida, padre Matteo passou na direção dos grupos palermitanos da Renovação Carismática, onde existe a oração de libertação.

    Dele, padre Gabriele Amorth disse: "Nunca existiu exorcista mais poderoso".

    Poucos meses antes de morrer, muito velho e doente, mas lucidíssimo, padre La Grua confiou à jornalista Roberta Ruscica a tarefa de criar um livro-entrevista com ele. Uma espécie de testamento espiritual, fortemente desejado por ele, no qual o exorcista narra a sua atividade e exorta sacerdotes e leigos a nunca desistirem da batalha contra o maligno.

    Daí resultou o livro Contra Satanás. A minha luta para vencer as potências das trevas (Piemme, 2012 - ainda não traduzido para o português, ndt). Sobre o conteúdo do livro-entrevista, ZENIT entrevistou Roberta Ruscica .

    ZENIT: Padre Matteo La Grua faleceu quase com cem anos em janeiro de 2012. Por qual motivo, sentindo que o fim se aproximava, ele sentiu a necessidade de ser entrevistado não com um simples artigo, mas com um livro de mais de 200 páginas?

    Roberta Ruscica : Esta jornada começou na manhã em que bati na porta da sua secretaria. Ou melhor, no laboratório dos milagres, porque são inumeráveis as curas – não somente espirituais – que acontecem também hoje. Naquele dia eu me apresentei como uma jornalista que queria vencer mais um "desafio" porque o frei da Noce "expulsava" os repórteres curiosos e chatos ... Para mim, primeiro abriu a porta do seu cenáculo, depois aquela do seu coração. Padre Matteo não escolheu uma jornalista, mas uma filha que se deixa guiar por aquela Porta Estreita, que foi o seu ministério.

    Os frades conventuais e muitos sacerdotes disseram que o livro-entrevista publicado pela Piemme é o seu testamento. Ele me disse : "Com noventa e sete anos percebi que o tempo do silêncio tinha acabado. Só tenho um pouco de voz para falar da minha pobre vida de frade". Padre Matteo deixou um "instrumento" capaz de chegar ao coração daqueles que sofrem no corpo e no espírito.

    ZENIT: Fala-se muito de exorcismos e de exorcistas em chave espetacular e morbosa, esquecendo-se de que um exorcista é principalmente um homem de Deus, com a função de restaurar a Sua Graça e de desafiar o poder das trevas. Padre Matteo era esse tipo de homem?

    Roberta Ruscica: Padre Matteo não queria aparecer como um exorcista conhecido pelas suas libertações. Fugia diante dos refletores da mídia ou das reuniões sociais. Embora na porta do Convento aparecessem personagens famosos do mundo do espetáculo, da mais alta nobreza europeia ou juízes, homens das Forças armadas. Todos vinham em grande segredo.

    Como ele me explicou: "Primeiro acolhia o pobre. Depois o rico que ia para pedir uma benção, mas não queria a libertação. Muitos preferiam permanecer ao serviço de Satanás".

    Sem dúvida o cenáculo da Noce, um dos bairros mais pobres de Palermo, podia transformar-se em um lugar de grande peregrinação. Mas, padre Matteo colocou sempre em primeiro lugar três pérolas preciosas: pobreza, humildade e acolhida. Confiou-me um pedaço de papel, onde estava escrito: "Sou um humilde servo de Deus ao serviço da Igreja". Era sempre severo com os seus colegas: "Se se esforçassem por fazer verdadeiros exorcismos, seriam suficientes. Um exorcismo pode custar a vida. Além de Deus, não existe outro." A morbosidade e o espetáculo não podem caminhar juntos com uma missão tão delicada. Padre Matteo afirmava: "A libertação é um dom de Deus. Somente Deus pode libertar: quando e como quiser. Se Satanás é potente, Deus é onipotente. O Senhor pode libertar também sem intervenção de intermediários humanos ".

    (Sexta-feira, 06 de Setembro, será publicada a segunda parte dessa entrevista, ndt)

    Tradução do original italiano por Thácio Siqueira 


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    Espiritualidade
    Escolher Deus 
    Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo de Belém do Pará, reflete sobre a escolha a ser feita, como resposta de amor a concedeu-nos o presente da vida

    Por Dom Alberto Taveira Corrêa


    BELéM DO PARá, 05 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - Desde toda a eternidade, fomos amados e escolhidos por Deus para sermos felizes e santos (Cf. Ef 1,4). Seu plano de amor é descrito nas primeiras páginas do Livro do Gênesis (Cf. Gn 1,1-2,25) de forma magnífica, chegando à conclusão carregada de otimismo, de que "Deus viu tudo o que tinha feito, e era muito bom" (Gn 1,31). "Deus, infinitamente perfeito e bem-aventurado em si mesmo, num desígnio de pura bondade, criou livremente o homem para torná-lo participante da sua vida bem-aventurada. Por isso, sempre e em toda a parte, Ele está próximo do homem. Chama-o e ajuda-o a procurá-lo, a conhecê-lo e a amá-lo com todas as suas forças" (Catecismo da Igreja Católica, 1). Plano perfeito! E faz parte do projeto de Deus o desafiador presente da liberdade. Não foram pensados o homem e a mulher como autômatos, a serem controlados qualquer tipo de controle remoto, mas feitos para serem participantes e parceiros na construção da própria aventura de felicidade. 

    Certa feita, um jovem interno da Fazenda da Esperança mostrou-me a porteira aberta de par em par, dizendo estar ali o seu maior drama. É que, se assim decidisse, poderia abandonar todo o processo de recuperação em que se encontrava. O desafio é a liberdade, e ele escolheu percorrer a estrada mais exigente, tornando-se depois uma pessoa integrada na Igreja e na Sociedade. Da mesma forma, todos os discípulos e discípulas de Jesus Cristo, sem exceção, devem confrontar-se, mais cedo ou mais tarde, com o Senhor que lhes pergunta a respeito de suas opções mais profundas, cujas consequências condicionam as decisões cotidianas a serem tomadas. Já testemunhei desde as escolhas precoces, de crianças decididas à santidade, até as grandes crises de pessoas tocadas pela graça de Deus já às portas de sua partida desta terra. O melhor é decidir-se logo, aprender a usar o magnífico dom da liberdade para buscar o que é digno dos seres humanos, criados à imagem e semelhança de Deus.

    Chama atenção o fato de que o evangelista São Lucas mostre uma exigência de medida alta, dirigida a tanta gente: "Grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: Se alguém vem a mim, mas não me prefere a seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs, e até à sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega sua cruz e não caminha após mim, não pode ser meu discípulo... Qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!" (Lc 14,25-27.33). Não alguns privilegiados, ou mais corajosos e até heróis! Todos serão postos diante da escolha a ser feita, como resposta de amor a quem nos escolheu, concedeu-nos o presente da vida, da liberdade e do caminho de realização e felicidade. Mas é possível passar a vida inteira nesta terra sem fazer esta opção fundamental da existência, escolhendo migalhas, quando fomos feitos para a plenitude de Deus e com Deus, que não exclui a convivência com as outras pessoas e o valor a ser atribuído a tudo o que Deus fez. Afinal, ele viu que tudo era bom!

    Quando não se faz esta escolha, a vida parecerá uma construção mal planejada e realizada. "De fato, se algum de vós quer construir uma torre, não se senta primeiro para calcular os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, ele vai pôr o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a zombar: Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar (Lc 14,28-33)"! As frustrações não são necessariamente resultados das eventuais falhas no processo de edificação da existência, mas da falta de clareza nos objetivos a serem alcançados. A zombaria pode vir de dentro ou de fora! É que a nota baixa dada pela própria pessoa costuma tornar-se um espectro que acompanha anos e anos de uma vida.

    A "batalha" da vida pode ainda ser semelhante a "um rei que sai à guerra contra outro. Ele não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? Se ele vê que não pode, envia uma delegação, enquanto o outro ainda está longe, para negociar as condições de paz". Jesus entende de vida e propõe pequenas parábolas cuja atualidade atravessa os séculos. Escolher a Deus como tudo da existência é condição indispensável. Quem não o faz, escolhe os afetos passageiros, apega-se a pessoas, cargos, dinheiro, posições sociais, cria apenas grupelhos de apoio aos próprios caprichos. Qualquer crítica ou incompreensão, ou quem sabe, as dificuldades profissionais, tudo derruba o que milita na vida apenas por si mesmo. 

    Vem também de Nosso Senhor uma comparação oportuna "O sal é bom. Mas se até o sal perder o sabor, com que se há de salgar? Não serve nem para a terra, nem para o esterco, mas só para ser jogado fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça" (Lc 14,35). Volta-se para nós, cristãos, a exigente palavra de Jesus! Ou somos aquilo que corresponde à nossa vocação, ou então não serviremos para nada, nem para adubo! Que a pequena parábola nos ponha numa crise fecunda, para que não falte ao mundo a presença de quem foi chamado a ser sal, luz e fermento do Reino de Deus. 

    Se acontecer esta escolha de Deus, os afetos valerão sim, porém a meta e o coração serão castos, sem resquícios de antipatia ou simpatia. O esposo ou a esposa serão respeitados em seu mistério, pois ninguém é feito para ser propriedade de outra pessoa. A edificação da existência levará em conta as outras pessoas, mais ainda, levará a buscar o bem dos outros. Se Deus é amado acima de todas as coisas, estas terão sua importância, sem exageros! Os bens materiais serão buscados e ao mesmo tempo compartilhados. Quem fizer a opção por Deus não temerá os desafios, as crises ou perseguições. Sabendo o que escolheu, a pessoa assim amadurecida terá a necessária serenidade para buscar novos caminhos, procurará orientação e apoio em quem pode ouvir, aconselhar e acompanhar. Esta é uma forma para entender os chamados "conselhos evangélicos" da castidade, pobreza e obediência, proclamados por Jesus para todos os seus discípulos.

    Certamente as propostas aqui oferecidas perecerão utópicas para muitas pessoas. Mas é justamente a serviço do Reino de Deus que nos colocamos como cristãos. Quem tiver a coragem de refazer, à luz do Evangelho, suas opções de vida, experimentará que um mundo diferente e novo é possível. Só que precisa começar aqui, dentro do mais íntimo do coração e das escolhas de cada homem e cada mulher, discípulos de Jesus Cristo, que aguarda a todos como missionários do Reino de Deus.


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    Setembro é o mês da Bíblia, sendo que no último domingo comemora-se o Dia Nacional da Bíblia 
    Reflexões de Dom Orani João Tempesta,O.Cist., arcebispo do Rio de Janeiro

    Por Dom Orani Tempesta, O.Cist.


    RIO DE JANEIRO, 04 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - O mês de setembro chega trazendo a Primavera em nosso hemisfério e, junto com a beleza do tempo, o tema da Sagrada Escritura. O fato de celebrarmos, no dia 30 de setembro, o dia do patrono dos estudos bíblicos, São Jerônimo, fez com que pudéssemos aprofundar esse tema durante este mês. Setembro é o mês da Bíblia, sendo que no último domingo comemora-se o Dia Nacional da Bíblia.

    A cada ano, a Igreja do Brasil trabalha um tema. Estamos aprofundando o tema do discipulado e da missionariedade à luz do evangelho lido aos domingos, neste ano, São Lucas. Aqui em nossa Arquidiocese, o fato de a catequese apresentar nas paróquias e nos vicariatos a "feira bíblica" tem mais de 25 anos de tradição. Uma maneira renovada das crianças aprofundarem seus estudos e partilharem com os visitantes da feira.

    Outro belo momento é o que vivemos neste final de semana: a assembleia dos círculos bíblicos! Um dia feriado para marcar nossa vida arquidiocesana: partilharmos a experiências dos círculos bíblicos e aprofundar o tema anual por vicariatos. Os círculos bíblicos são sementes das comunidades que formam as paróquias como rede de comunidades.

    Este dia será também a oportunidade que o Papa Francisco pediu para vivermos em oração e jejum pela paz! É véspera da festa da Natividade de Nossa Senhora, que, neste ano, pelo fato de cair no domingo não será celebrada. Uma tradição antiga na vida monástica faz de cada véspera de uma festa mariana um tempo de oração, penitência e jejum. E neste ano com uma motivação a mais: a Paz!

    Sem dúvida que para tudo isso a leitura orante da bíblia ou a lectio divina aos poucos vai entrando na realidade de nosso povo, que passa a colocar a Palavra de Deus como início da reflexão que vai iluminar a realidade das pessoas. São passos que pouco a pouco os grupos e comunidades começam a dar. Sempre em torno da Sagrada Escritura. Ela nos traz a revelação de Deus para a nossa salvação.

    Na sua misericórdia e sabedoria, quis Deus nos revelar-se a si mesmo na pessoa de Cristo e pela unção do Espírito Santo, para que tivéssemos acesso a Ele e participássemos de sua glória.

    Deus se revela ao homem e o convida a partir para uma terra desconhecida que lhe seria mostrada. E nessa caminhada Deus vai se mostrando, vai se revelando aos que creem e, quando é chegado o tempo, a revelação se completa em Cristo, a Palavra de Deus: "No principio era a Palavra e a Palavra estava em Deus, e a Palavra era Deus... E esta Palavra se fez carne e veio morar entre nós" (Jo, 1)

    Por Cristo, somos glorificados! E todos que recebemos a Palavra, e nela acreditamos nos tornamos filhos de Deus. Este caminho Deus faz conosco. Respeita o nosso crescimento intelectual e volitivo, seja na nossa capacidade pessoal, seja na evolução cultural do grupamento humano, de tal forma que podemos sentir em nós mesmos a caminhada do povo de Deus.

    À medida que nos abrimos à fé, partimos com Ele nos momentos de contemplação, de glória e, também, como as Escrituras nos mostram, nas traições, quando renunciamos a seu amor e vamos atrás dos "baals" de todos os tempos. Ouvindo a voz penitencial dos profetas, retornamos da "Babilônia" do pecado, que existe em todos os tempos e, também, no íntimo de nós.

    Na bondade de Deus, como um resto, voltamos a "Sião", sempre aguardando a plena revelação de Deus no seu Filho, que nos salva por sua morte e nos dá o seu Espírito para que anunciemos em nós e em toda terra a sua ressurreição e nossa participação no mistério trinitário de Deus

    A Bíblia Sagrada, com toda a Tradição da Igreja, em seguimento à Palavra de Cristo revela ao nosso coração este plano divino para a humanidade – restaurar tudo em Cristo – e nos envia: "Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda a criatura. Aquele que crê e for batizado será salvo; o que não crer será condenado. (Mc. 16-15).

    A Bíblia é o relato da manifestação do amor de Deus que, gradativamente, nos leva por Cristo, em Cristo e com Cristo à intimidade da vida divina e, como consequência, a uma nova vida, fermento de um mundo novo.

    Somos o povo que se encontra com a Palavra Viva, o Verbo Eterno, Jesus Cristo! Ele é a nossa vida e o caminho que nos conduz ao Pai. Eis um tempo favorável para aprofundarmos a importância de ser discípulos missionários à luz do Evangelho de Lucas, procurando em nossos grupos de reflexão deixar a Palavra falar ao nosso coração e nos fazer renovados em Cristo.

    A Primavera está associada à Pascoa: a certeza da vida que vence a morte! Que o mês da Bíblia, recém-iniciado, seja uma nova primavera: a certeza da vida que renasce e se abre, vencendo a morte e o pecado.

    † Orani João Tempesta, O. Cist. 

    Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ


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    Análise
    Imprecisões midiáticas sobre a suposta reabilitação da teologia da libertação 
    Fatores que contribuem para a confusão quanto a um livro publicado em 2004: é possível uma teologia da liberação católica?

    Por Jorge Henrique Mújica


    ROMA, 06 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - O surgimento de um livro na Itália, cujo argumento central é a teologia da libertação (Dalla parte dei poveri. La teologia della liberazione), tem dado pé a manchetes equivocadas por parte de certo setor da imprensa que se ocupa de questões eclesiais (por exemplo, La Repubblica e La Stampa).

    Dois fatores contribuem para as tergiversações sobre uma suposta reabilitação ou caminho livre para a teologia da libertação por parte do Vaticano: 1) o nome dos autores (o atual prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e o sacerdote dominicano e "pai" da teologia da libertação, Gustavo Gutiérrez), e 2) o destaque dado ao livro no jornal da Santa Sé, L'Osservatore Romano. Tudo isso no contexto do pontificado de um papa latino-americano, sob o qual, de acordo com a mesma resenha, "a teologia da libertação não podia ficar na sombra durante muito tempo". A realidade, porém, é diferente.

    O livro resenhado foi publicado originalmente em 2004, em alemão, quando o arcebispo Gerhard Ludwin Müller ainda não tinha sido nomeado prefeito para a Congregação da Doutrina da Fé (a nomeação é de 2 de julho de 2012, oito anos depois da aparição do texto). O autor da resenha publicada em L'Osservatore Romano o apresenta como um livro escrito "a quatro mãos" entre Müller e Gutiérrez. A realidade por trás da expressão, que poderia ter sido mais feliz, não implica, porém, que um autor assuma as ideias de outro. A própria distribuição do livro faz notar que as ideias expressas (que, sendo pessoais, não são necessariamente as ideias do magistério da Igreja, embora tampouco pareçam contrapor-se) são opiniões a respeito de um tema que suscita algum interesse entre alguns teólogos: das 183 páginas do livro, 117 são de Gutiérrez e 76 do então bispo de Ratisbona. Em outras palavras, cada um tratou do assunto central de acordo com o seu próprio pensar.

    É compreensível também o esmero com que o autor da resenha apresenta a obra em italiano: trata-se do diretor de Il Messaggero di Sant´Antonio, Ugo Sartorio, publicação vinculada à editora Edizioni Messaggero Padova, que é, junto com a Editrice Missionaria Italiana, coeditora da tradução da obra agora apresentada na Itália.

    Sobre o tema central da obra, pode-se dizer, grosso modo, que são abordagens sobre o estatuto epistemológico da "teologia da liberação", em suposta consonância com o sentir da Igreja, com alguns dados históricos. Neste contexto, em alguns momentos, apresenta-se e alude-se a pronunciamentos pontifícios que mostrariam o "lado bom" e a justificativa para a existência da teologia da libertação. Mas é possível uma teologia da libertação autenticamente católica?

    O Magistério da Igreja foi muito claro nos seus dois pronunciamentos oficiais sobre este particular: a Instrução Libertatis nuntius sobre alguns aspectos da teologia da libertação (Congregação para a Doutrina da Fé, 6 de agosto de 1984) e a Instrução Libertatis conscientia sobre liberdade cristã e libertação (Congregação para a Doutrina da Fé, 22 de março de 1986), vinculantes para todo católico.

    Substancialmente, pode-se dizer que já naqueles documentos se apresenta uma visão efetivamente católica sobre a teologia da libertação: a que entende a liberdade humana não como política e, em consequência, não abraça a ideologia marxista, sua luta de classes, nem transforma a fé em política, mas entende a liberdade humana como liberdade do maior dos males, o pecado, e a Cristo como libertador. Ou, em palavras do documento de 1986: "A libertação, em sua significação primordial, que é salvífica, se prolonga deste modo em tarefa libertadora e exigência ética. É neste contexto que se situa a doutrina social da Igreja, que ilumina a práxis no âmbito da sociedade".

    Bastava reler a novidade daqueles documentos em 1984 e em 1986 para não apresentar como novo o que o foi há quase 30 anos.


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    Angelus
    Papa Francisco no Angelus: O cristão desprende-se de tudo e reencontra tudo na lógica do Evangelho 
    Pontífice reforça pedido de oração pela paz e recorda a Natividade de Maria


    CIDADE DO VATICANO, 08 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - Apresentamos as palavras do Papa Francisco pronunciadas neste domingo, 8 de setembro, diante de uma multidão de fieis reunidos na Praça de São Pedro para rezar o Angelus.

    No Evangelho de hoje, Jesus insiste sobre as condições para ser seus discípulos: nada antepor ao amor por Ele, carregar a própria cruz e segui-Lo. Muitas pessoas de fato se aproximavam de Jesus, queriam estar entre os seus seguidores, e isso acontecia especialmente depois de algum sinal milagroso que o convalidava como o Messias, o Rei de Israel. Mas Jesus não quer iludir ninguém. Ele sabe o que o espera em Jerusalém, qual é a estrada que o Pai lhe pede para percorrer: é o caminho da cruz, do sacrifício de si mesmo para a remissão dos nossos pecados. Seguir a Jesus não significa participar de uma procissão triunfal! Significa compartilhar o seu amor misericordioso, entrar em sua grande obra de misericórdia por cada homem e para todos os homens. A obra de Jesus é exatamente uma obra de misericórdia, de perdão, de amor! Jesus é tão misericordioso! E este perdão universal, esta misericórdia, passa pela cruz. Jesus não quer cumprir essa obra sozinho: Ele quer nos envolver na missão que o Pai lhe confiou. Depois da ressurreição dirá aos seus discípulos: Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós (…) Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados (João 20,21.22). O discípulo de Jesus renuncia a todos os bens porque encontrou Nele o Bem maior, no qual qualquer bem recebe valor pleno e significado: os laços familiares, outros relacionamentos, o trabalho, os bens culturais e econômicos e assim por diante... o cristão desprende-se de tudo e reencontra tudo na lógica do Evangelho: a lógica do amor e do serviço.

    Para explicar esta exigência, Jesus usa duas parábolas: a da torre a ser construída e a do rei que vai para a guerra. Esta segunda parábola diz: "qual é o rei que, estando para guerrear com outro rei, não se senta primeiro para considerar se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? De outra maneira, quando o outro ainda está longe, envia-lhe embaixadores para tratar da paz" (Lc 14,31-32). Aqui Jesus não quer lidar com o tema da guerra, é apenas uma parábola. Mas neste momento em que estamos fortemente rezando pela paz, esta Palavra do Senhor nos toca, e nos diz que há uma guerra mais profunda que devemos combater, todos! É a decisão forte e corajosa de renunciar ao mal e suas seduções e escolher o bem, pronto para pagar em pessoa: eis o seguir a Cristo, eis o tomar a própria cruz! Esta guerra profunda contra o mal! Para que serve a guerra, tantas guerras, se você não é capaz de fazer esta guerra profunda contra o mal? Não serve para nada! Não dá... Isso envolve, entre outras coisas, esta guerra contra o mal comporta dizer não ao ódio fratricida e as mentiras de que se serve; dizer não à violência em todas as suas formas; dizer não à proliferação de armas e seu comércio ilegal. Exige muito! Exige muito! E sempre fica a dúvida: essa guerra lá, essa outra ali - porque há guerras por toda parte - é realmente uma guerra por problemas ou é uma guerra comercial para vender armas no comércio ilegal? Estes são os inimigos a serem combatidos, unidos e com coerência, não seguindo outros interesses senão o da paz e do bem comum.

    Queridos irmãos e irmãs, hoje também recordamos a Natividade da Virgem Maria, Festa particularmente cara para as Igrejas Orientais. E todos nós, agora, podemos enviar uma saudação a todos os nossos irmãos, irmãs, bispos, monges, freiras das Igrejas Orientais, Ortodoxas e Católicas: uma bela saudação! Jesus é o sol, Maria é a aurora que anuncia o seu nascer. Na noite passada, fizemos vigília confiando à sua intercessão a nossa oração pela paz no mundo, especialmente na Síria e em todo o Oriente Médio. Nós A invocamos agora como Rainha da Paz. Rainha da Paz, rogai por nós! Rainha da Paz, rogai por nós!

    (Depois do Angelus)

    Queria agradecer a todos aqueles que, de vários modos, aderiram à vigília de oração e de jejum de ontem de noite. Agradeço as várias pessoas que ofereceram os seus sofrimentos por esta intenção. Agradeço as autoridades civis, bem como os membros de outras comunidades cristãs e de outras religiões e os homens e mulheres de boa vontade que viveram, nessa circunstância, momentos de oração, jejum e reflexão.

    Mas o compromisso deve seguir adiante: continuemos com a oração e com as obras de paz! Convido-vos a continuar a rezar para que cesse imediatamente a violência e a devastação na Síria e se trabalhe com um esforço renovado por uma justa solução do conflito fratricida. Rezemos também pelos outros países do Oriente Médio, particularmente pelo Líbano, para que encontre a desejada estabilidade e continue a ser um modelo de convivência; pelo Iraque, para que a violência sectária dê lugar à reconciliação; pelo processo de paz entre israelenses e palestinos, para que possa avançar com decisão e coragem. E rezemos pelo Egito, para que todos os egípcios, muçulmanos e cristãos, se comprometam em construir juntos uma sociedade para o bem de toda a população. A busca pela paz é um longo caminho que exige paciência e perseverança! Continuemos com a oração!

    Com alegria recordo que ontem, em Rovigo, foi proclamada Beata Maria Bolognesi, fiel leiga, nascida em 1924 e morta em 1980. Passou toda a sua vida a serviço dos outros, especialmente dos pobres e doentes, suportando grande sofrimento em profunda união com a paixão de Cristo. Demos graças a Deus por este testemunho do Evangelho!

    Saúdo com afeto os peregrinos presentes, todos! Em particular, os fiéis do Patriarcado de Veneza, liderados pelo Patriarca; os alunos e ex-alunos das Filhas de Maria Auxiliadora; e os participantes da "Campanha Mãe Peregrina de Schoenstatt".

    Saúdo os fiéis de Carcare, Bitonto, Sciacca, Nocera Superiore e das dioceses de Acerra; a Sociedade das Irmãs do Santo Rosário de Villa Pitignano; os jovens de Torano Nuovo, Martignano, Tencarola e Carmignano, e aqueles que vieram com as Irmãs da Misericórdia de Verona.

    Saúdo o Coro de San Giovanni Ilarione, as associações " Paz e Alegria " de Santa Vittoria d' Alba e "Calima" de Orzinuovi e os doadores de sangue de Cimolais.

    Desejo a todos um bom domingo. Bom almoço e adeus!


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    Immaculata mea

    In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.


    Cubra-me

    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

    Ave-Maria

    A Paixão de Cristo