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    sábado, 4 de janeiro de 2014

    Embaixador de Israel responde na Folha de S. Paulo




    Embaixador de Israel responde na Folha de S. Paulo




    Posted: 04 Jan 2014 04:29 AM PST




    Embaixador de Israel responde na Folha de S. Paulo


    Rafael Eldad, embaixador de Israel no Brasil, pôde responder a uma matéria de Natal da Falha de S. Paulo que insinuava que Maria era palestina e estaria ameaçada pelo muro de Israel. O embaixador deixa claro que o muro é para proteger os judeus contra ataques terroristas muçulmanos. Como se sabe, a vasta maioria dos palestinos são muçulmanos.





    Rafael Eldad, embaixador de Israel


    Se Maria estivesse viva hoje, o que ela diria do muro? Ela só elogiaria, pois o muro é para proteger judeus, que são o seu povo. Isto é, o muro é para proteger exatamente judeus como Maria. 


    O lamentável é que a Falha tenha colocado o artigo do embaixador num espaço público do jornal, sem nenhum destaque, explicando ainda que as opiniões dele não refletem as opiniões do jornal. E com relação à matéria mentirosa que insinuou que Maria era palestina e que Israel, não um suposto Estado palestino, seria uma ameaça para Maria? Ficou em lugar de destaque, refletindo as opiniões da Falha— que pelo visto não têm apreço nenhum pela verdade.


    Em momento algum, a Falha pediu perdão, e acha que a mera resposta do embaixador publicada num canto público pode acalmar os leitores e amantes do verdadeiro jornalismo.


    Eis o artigo do embaixador na Folha tentando fazer um acerto dentro da Falha incorrigível:

    Rafael Eldad: Preservar vidas



    Foi com muita surpresa e apreensão que lemos a reportagem "Um muro no caminho de Maria", publicada na edição da Folha do dia 25 de dezembro, no caderno "Mundo". 


    O texto, estranhamente, mesclou relatos da Bíblia com questões políticas contemporâneas. E, como se não bastasse tal mistura explosiva, pecou por não ouvir o outro lado, pilar básico do jornalismo praticado por esta empresa de comunicação. 


    A reportagem, superficial e baseada em comparações sem sentido, não explicou ao leitor o motivo da existência de barreiras e de bloqueios na conflagrada região. Optou por criticar Israel, sem dar o devido direito à defesa, exatamente em um dos dias mais sagrados para o cristianismo, o Natal. 


    Passado o impacto inicial, tentamos entender tal iniciativa num jornal que aprendi a respeitar e admirar desde o primeiro dia em que cheguei ao Brasil. Com o espaço agora oferecido, reforço meu respeito por um diário que apresenta a admirável qualidade de acolher as críticas. 


    Como é amplamente sabido, liberdade –seja de expressão, seja de religião– é um bem escasso no Oriente Médio. Israel, apesar da constante beligerância de vizinhos empenhados em destruí-lo, jamais abriu mão de construir uma sociedade democrática. 


    Vejamos, por exemplo, a situação dos cristãos. Representavam 20% da população do Oriente Médio até o início do século 20. Hoje, porém, representam apenas 5%. Fogem da repressão e da violência. 


    O único país na região onde a população cristã cresce regularmente é o Estado de Israel. Em 1980, lá viviam 90 mil cristãos. Atualmente, eles são mais de 155 mil. 


    Lembremos também que mais de 1,6 milhão de turistas visitaram em 2013 a cidade de Belém, na Cisjordânia, marcando um recorde para a cidade, e dezenas de milhares chegaram especificamente para comemorar o Natal. 


    Deve ser lembrado, ainda, que a construção de uma barreira defensiva (o chamado muro) entre Israel e a Cisjordânia foi decorrência dos múltiplos ataques terroristas perpetrados por facções palestinas contra a população civil de Israel e tiveram origem na margem ocidental do rio Jordão. 


    Entre 2000 e 2005, mais de mil israelenses foram assassinados durante a chamada Segunda Intifada, iniciativa tristemente baseada no terrorismo e na figura dos homens-bomba que se seguiu à recusa palestina em assinar um acordo de paz após as negociações de Camp David. 


    Depois da construção do muro, os atentados foram reduzidos em 100%, preservando o mais importante para todos os amantes da paz: as vidas humanas. 


    O governo de Israel cumpre a missão de proteger seus habitantes. Sem terrorismo, não precisaremos mais de muros e barreiras. 


    No próximo ano, desejamos que o voto do papa Francisco, proferido em seu discurso natalino, se torne uma realidade ao pedir a "conversão do coração dos violentos por um desfecho feliz das negociações de paz entre israelenses e palestinos". 


    Feliz ano novo para o Oriente Médio e para todo o povo brasileiro. 


    RAFAEL ELDAD, 64, é embaixador de Israel no Brasil 




    Divulgação: www.juliosevero.com


    Leitura recomendada:












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    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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