Bento XVI: Aceitar o chamado de Deus faz da vida uma história de amor VATICANO, 29 Abr. 12 (ACI/EWTN Noticias) .- Em seu discurso prévio à oração do Regina Caeli, e com motivo da Jornada Mundial de Oração pela Vocações celebrada em toda a Igreja neste domingo, o Papa Bento XVI animou os fiéis do mundo inteiro a não terem medo de responder ao chamado de Deus porque é na Igreja onde se descobre que a vida de cada homem uma história de amor. Diante dos milhares de peregrinos que encheram a Praça de São Pedro, Bento XVI recordou que os jovens que acabava de ordenar sacerdotes na Basílica Vaticana "não são diferentes dos outros jovens, mas foram tocados profundamente pela beleza do amor de Deus, e não puderam fazer outra coisa se não responder com toda vida". "Como encontraram o amor de Deus? Encontraram-no em Jesus Cristo: no Seu Evangelho, na Eucaristia e na comunhão da Igreja", disse o Papa. O Papa assinalou que esta realidade é mostrada claramente na Sagrada Escritura e na vida dos Santos. "Exemplar é a expressão de Santo Agostinho, que na sua Confissão se volta a Deus e diz: "Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova! Tarde demais eu te amei! Eis que habitavas dentro de mim e eu te procurava do lado de fora! Estavas comigo, mas eu não estava contigo... Tu me chamaste, e teu grito rompeu a minha surdez" (X, 27.38)". O Santo Padre também pediu orações pela Igreja e por todas as comunidades locais para que sejam "como um jardim irrigado no qual possam germinar e amadurecer todas as sementes de vocação que Deus espalha em abundância. Oremos para que em todo lado seja cultivado este jardim, na alegria de sentirem-se todos chamados, na variedade dos dons". Bento XVI também pediu que as famílias, de forma especial, sejam "o primeiro ambiente no qual se "respira" o amor de Deus, que dá a força interior também em meio às dificuldades e as provações da vida. Quem vive em família a experiência do amor de Deus, recebe um dom inestimável, que dá fruto em seu tempo". "De fato, o Senhor chama sempre, mas muitas vezes nós não escutamos. Estamos distraídos com tantas coisas, às vezes vozes mais superficiais; e depois temos medo de escutar a voz do Senhor, porque pensamos que pode tirar nossa liberdade". O Santo Padre sublinhou que "cada um de nós é fruto do amor: certamente, o amor dos pais, mas, mais profundamente, o amor de Deus". "Diz a Bíblia: mesmo que tua mãe não te quisesse, eu te quero, porque te conheço e te amo (Is 49,15). No momento em que me dou conta disso, a minha vida muda: torna-se uma resposta a esse amor, maior que qualquer outro, e assim se realiza plenamente minha liberdade", acrescentou. Ao recordar os nove presbíteros ordenados na Basílica de São Pedro, horas antes, o Papa pediu aos fiéis unir-se "espiritualmente em torno desses novos sacerdotes e oremos para que acolham plenamente a graça deste Sacramento a ser cumprido conforme Jesus Cristo Sacerdote e Pastor". "E oremos para que todos os jovens sejam atentos à voz de Deus que interiormente fala em seus corações e os chamam a desligar-se de tudo e servir Ele", pediu também Bento XVI. Ao finalizar a reza Mariano, o Papa dedicou uma saudação especial aos peregrinos de língua espanhola, e animou a pedir a Cristo, o Bom Pastor, que dá a vida pelas ovelhas, que "conceda a sua Igreja abundantes vocações sacerdotais, religiosas e missionárias, que ajudem a seus irmãos a acolher sua mensagem de salvação". Entre os milhares de fiéis também se encontravam os participantes do encontro europeu de estudantes universitários organizado pela Diocese de Roma com ocasião do primeiro aniversário da Beatificação do Papa João Paulo II, a quem Bento XVI prometeu unir-se em oração para a Vigília que a ser realizada em Tor Vergata, ante a grande Cruz da Jornada Mundial da Juventude do ano 2000. voltar ao início | comentar a notícia | arquivo Bento XVI: A Missa é mais que um ritual, é missão VATICANO, 29 Abr. 12 (ACI/EWTN Noticias) .- Ao celebrar esta manhã a Santa Missa do Domingo do Bom Pastor na Basílica de São Pedro, o Papa Bento XVI ordenou nove presbíteros e recordou que a celebração da Missa muito mais que um ritual, uma missão. Na celebração da cerimônia também participaram o Vigário Geral de Roma, Cardeal Agostino Vallini; o Bispo Auxiliar de Roma, Dom Filippo Iannone, assim como outros Bispos Auxiliares e os Superiores dos diferentes seminários. Os nove sacerdotes, provenientes de diversos seminários de Roma, passarão a formar parte da Diocese de Roma, e um deles à Diocese de Bui Chu, no Vietnã. Durante a homilia, Bento XVI assinalou que "para o sacerdote, celebrar cada dia a Santa Missa não significa desenvolver uma função ritual, mas compete uma missão que envolve inteiramente e profundamente a existência, em comunhão com Cristo ressuscitado que, em Sua Igreja, continua a atuar o Sacrifício redentor". "Esta dimensão eucarística-sacrificadora é inseparável daquela pastoral e também constitui o núcleo de verdade e de força salvadora, na qual depende a eficácia de cada atividade. Naturalmente, não falamos da eficácia somente sobre o plano psicológico ou social, mas da fecundidade vital da presença de Deus a nível humano profundo". Bento XVI sublinhou que o sacerdote "o presbítero é chamado a viver em si mesmo o que experimentou Jesus em primeira pessoa, isto é, dando-se plenamente à pregação e a cura do homem sobre todo mal do corpo e do espírito. E, depois, em fim, reassumir tudo no gesto supremo de "dar a vida" pelos homens, gesto que encontra sua expressão sacramental na Eucaristia, memorial perpétuo da Páscoa de Jesus". O Papa indicou que este gesto "encontra sua expressão sacramental na Eucaristia, memorial perpétuo da Páscoa de Jesus". O Santo Padre ressaltou também que a figura do pastor é de grande relevância nas Sagradas Escrituras e muito importante para a definição do sacerdote, já que é onde "adquire sua plena verdade e clareza sobre o vulto de Cristo, na luz do Mistério de sua morte e ressurreição". Ao recordar o Evangelho segundo São João, o Papa indicou que o bom pastor deve imitar Jesus e seu sacrifício, porque "dá sua própria vida pelas ovelhas", e "isto o cume da revelação de Deus como pastor de seu povo". "Este centro e clímax é Jesus, precisamente Jesus que morre sobre a cruz e deixa o sepulcro no terceiro dia, ressurge com toda sua humanidade e, deste modo, nos envolve, cada homem, na sua passagem da morte para a vida". O Santo Padre assinalou que "Jesus é a pedra, que foi rejeitada por vós, construtores, e que se tornou a pedra angular". "Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devemos ser salvos". Bento XVI recordou ademais que "não somente somos chamados filhos de Deus, mas agora "somos realmente". Em efeito, a condição final de homem é fruto da obra santificadora de Jesus: com a encarnação, com sua morte e ressurreição e com o dom do Espírito Santo, Ele inseriu o homem dentro de uma relação nova com Deus, sua própria relação com o Pai". "Por isso, Jesus ressuscitado diz: "Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus" (Jo 20,17)". "É uma relação já plenamente real, mas que não é ainda plenamente manifestada: assim será no fim, quando se Deus quiser poderemos ver Seu rosto sem véus". Bento XVI também insistiu em recordar aos novos sacerdotes que a característica do bom pastor é dar a vida pelos que ama. Ao final de sua homilia, o Santo Padre desejou aos novos presbíteros que a palavra de Deus ilumine suas vidas, e "o peso da cruz se tornar pesado, saibam que esta é a hora mais preciosa, para vocês e para as pessoas a vocês confiadas: renovando com fé e com amor o vosso "sim, com a ajuda de Deus eu quero", vocês cooperaram com Cristo, Sumo Sacerdote e Bom Pastor, no apascentamento de suas ovelhas talvez a única coisa que lhes foi pedido, mas para o qual se faz grande festa no Céu!". "É somente através desta "porta" de Sacrifício pascal que os homens e as mulheres de todos os tempos e lugares podem entrar na vida eterna; é através desta "via santa" que podemos cumprir com êxodo o caminho para a "terra prometida" da verdadeira liberdade, aos "pastos verdejantes" da paz e da alegria sem fim", conclui o Papa. voltar ao início | comentar a notícia | arquivo |
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