Beja, 23 abr 2012 (Ecclesia) – O bispo de Beja anunciou hoje que vai ordenar um padre e cinco diáconos permanentes a 1 de maio, dia em que a Igreja Católica evoca São José Operário, padroeiro da diocese alentejana.
Na nota semanal, enviada à Agência ECCLESIA, D. António Vitalino sublinha que os 60 padres ao serviço da diocese, alguns com mais de 80 anos, são “poucos” para a “grandeza do território”, pelo que “a maioria” dos sacerdotes “está sobrecarregada com várias paróquias e múltiplas tarefas”.
“Nota-se cansaço e falta de criatividade”, aponta o responsável, salientando que é preciso “corresponsabilizar os cristãos na vida e na missão da Igreja”: “Todos temos de reaprender o exercício colegial e participativo de todos os ministérios ou serviços na comunhão eclesial”.
O prelado lembra que as ordenações diaconais ocorrem 16 anos após as primeiras quatro realizadas na diocese pelo seu antecessor, D. Manuel Falcão, que tinha a intenção de “dar continuidade à formação e ordenação de mais diáconos permanentes”.
“Infelizmente isso não aconteceu, para além de um ordenado já por mim, em 2005”, escreve D. António Vitalino, que se escusa a analisar as causas desta “morosidade”, embora manifeste a esperança de que essa tendência se venha a alterar.
Os “planos pastorais e o Sínodo diocesano anunciado deverão dar um forte incremento na formação, no discernimento das vocações e na corresponsabilização de todos os cristãos na missão da Igreja”, salienta.
A diocese espera dos futuros diáconos o “testemunho de família unida e de serviço à comunidade, sobretudo aos membros mais débeis, de modo a aliviar os presbíteros de alguns encargos e contribuir para a riqueza e beleza das múltiplas facetas do ministério ordenado na vida da Igreja”, indica a nota.
D. António Vitalino quer que as ordenações constituam “um forte estímulo” às outras paróquias e movimentos, “para que também nelas apareçam outros candidatos para os diferentes ministérios ordenados”.
O responsável pede aos párocos, catequistas e professores de Educação Moral e Religiosa Católica para estarem atentos aos “sinais de vocação entre as pessoas com quem vivem e trabalham” e “tenham a coragem de fazer o chamamento explícito aos possíveis candidatos”.
O diácono, palavra de origem grega que pode traduzir-se por servidor, é especialmente destinado na Igreja Católica às atividades caritativas, a anunciar a Bíblia e a exercer funções litúrgicas, como assistir o bispo e o padre nas missas, administrar o Batismo, presidir a casamentos e exéquias, entre outras funções.
O diaconado exercido por candidatos ao sacerdócio só é concedido a homens solteiros, enquanto que os diáconos permanentes, também do sexo masculino, podem ser casados e devem ter mais de 35 anos.
A Igreja Católica em Portugal está a assinalar a Semana das Vocações, que termina este domingo, 49.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações.
RJM
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