Portal da Família
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Falácias
dos Slogans Pró-aborto
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- Pobres e deficientes
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Uma outra idéia vulgar: "E nos casos em
que o bebê é deficiente ou a mãe é demasiado
pobre para o sustentar?"
Sobre isto diga-se o seguinte:
1. Imagine-se que um bebê nasce deficiente.
Pode-se matar? Se sim, então não se está a discutir
o aborto: está-se a discutir a eliminação dos deficientes.
E se é esta que está em jogo, então o melhor é
defender que se deixem nascer todas as crianças e, se se apurar
que são deficientes, matam-se nessa altura. Claro está que
algumas deficiências só são detectadas ao fim de alguns
dias, de alguns meses ou até de anos. Por isso, há que legalizar
a eliminação de deficientes em todos esses casos. Há
também que não esquecer as pessoas que nascem normais mas
que em dada altura, por acidente, ficam deficientes. Também a morte
dessas deveria ser legalizada. Se, pelo contrário, parece óbvio
que um bebê, ainda que profundamente deficiente, não pode
ser morto depois de nascer, então tudo se resume a provar porque
pode o mesmo ser humano, com a mesma deficiência, ser morto quando
está escondido no útero da mãe. Como já vimos,
para distinguir os dois casos, começa-se pelas linhas de desenvolvimento,
passa-se ao não se sabe, ao gradualismo, ao funcionalismo e ao
infanticídio. Ou seja: a forma de justificar o aborto de deficientes
e rejeitar o infanticídio é acabar por aceitar o infanticídio.
2. Além disso, o argumento, se fosse bom, permitiria
justificar o aborto de qualquer deficiente até aos nove meses,
posto que não apresenta nenhuma exceção que permita
o aborto até certo ponto e não depois.
3. Para mais, ninguém sabe o que é ser
deficiente. Se se descobrisse que um bebê é cego ou surdo,
poderíamos abortá-lo? E se descobríssemos que pé-chato?
Naturalmente, as pessoas dirão que quando se fala de deficiências
estão-se a referir deficiências graves. Simplesmente, ninguém
sabe o que isso é, porque grave não tem o mesmo sentido
para todas as pessoas.
4. O problema do aborto de deficientes é que
as deficiências de uma pessoa formam um contínuo: do bebê
cego, surdo, paralítico, sem membros e retardado, até ao
bebê com pé-chato, vai um contínuo de casos intermédios.
Legislar a morte de deficientes é querer associar uma solução
discreta (ou vida ou morte, ou branco ou preto) a uma situação
contínua, a uma situação cheia de cinzentos. E como
nunca haverá acordo sobre quais são as deficiências
executáveis e as que não o são, acabaremos a deixar
isso ao critério da mãe... permitindo-lhe que aborte qualquer
bebê, por qualquer razão e em qualquer altura. Além
do mais, convém recordar que o infanticídio legal, nos EUA,
começou pelos deficientes. Convém ainda recordar que o massacre
dos deficientes na Alemanha Nazista (que acabou por matar crianças
com pé-chato e os estropiados da Primeira Guerra Mundial) começou
com um bebê profundamente deficiente: o bebê Knauer.
5. Mas a questão de fundo continua por esclarecer:
porque podem uns seres humanos matar outros? Será que um ser humano
é tanto mais pessoa quanto mais perfeito for? Quem não vê
é menos pessoa que quem vê? Quem não ouve tem menos
direito à vida do que quem ouve? Se assim é, porque será
que os defensores do aborto não explicam esta teoria? E se assim
não é, se o deficiente e o perfeito têm igual direito
á vida, porque pode o bebê deficiente ser abortado e o normal
não? E se todos podem ser abortados por igual, porque se trás
a questão das deficiências à discussão? E se
podem ser abortados por igual, porque existem prazos de aborto diferentes?
Será que a personalização dos deficientes é
mais lenta que a dos bebês normais?
6. A questão é muito simples: o bebê
de 24 semanas é pessoa ou não? Se não é, então
nenhum bebê de 24 semanas é pessoa pelo que a questão
das deficiências é despicienda: todos podem ser abortados
por igual até ás 24 semanas. Se, por outro lado, o bebê
de 24 semanas já é pessoa, então permitir o aborto
de deficientes às 24 semanas é discriminar e matar pessoas
por causa da sua deficiência. E como pode isto ser justificado?
A verdade é que se não podemos justificar o aborto de deficientes,
também o não podemos aceitar.
7. Alguém gosta de ter filhos deficientes?
É claro que não. Nisto concordam os pais que aceitam o aborto
e os pais que o rejeitam. Simplesmente, uma pessoa não tem o seu
direito à vida indexado aos gostos alheios. Também ninguém
gosta de ter um filho drogado ou louco e não obstante muitos pais
os têm sem que os filhos percam o direito à vida. E a verdade
é que muitos deficientes contam-se entre as pessoas mais felizes
do mundo. Em qualquer caso a realidade é esta: "Vós,
legisladores, pretendeis falar por nós e legalizar o aborto de
deficientes. Mas nós que somos pais dessas crianças e que
cuidamos delas, vimos aqui pedir-vos que antes de legislar, "para
nosso beneficio", ouçam o que temos a dizer. Nunca houve uma
única organização de pais de crianças mentalmente
retardadas que tenha aceitado ou apoiado o aborto." (Mrs. Rosalie
Craig, Testimony before Ohio Legislature, 1971). Qualquer pessoa que cuida
habitualmente de deficientes, de crianças tão deficientes
que a maioria das pessoas nem sonha que existem, sabe que o problema de
muitos dos que pedem o aborto de deficientes não está numa
má experiência mas sim na mais completa falta de experiência.
8. De qualquer modo convém saber que o aborto
de deficientes é dos tipos de aborto que mais problemas psicológicos
causa: "Descobriu-se que 95% das mulheres que abortam por causa de
deficiência do feto sofrem de depressões fortíssimas".
(Dale O´Leary, AFP mass screening panics pregnant women and targets
babies for abortion, All About Issues, Aug-Sept 86). "Os pacientes
e os especialistas em testes genéticos concordam que o luto pelo
bebê deficiente abortado é idêntico ao luto pela morte
do bebê recém-nascido." (Psychology today, May 1983).
A diferença é que num caso a mãe não teve
culpa enquanto no outro foi a mãe que pediu (ou autorizou) a morte
do filho.
9. O aborto dos pobres é em tudo semelhante
ao anterior. Se a morte é a solução para a pobreza,
então matem-se todos os pobres. Será que são se pode
porque se estariam a matar seres humanos pessoas? Então, basta
provar que os filhos dos pobres, enquanto estiverem no útero da
mãe, não são pessoas. Como já se viu, para
provar isso começa-se nas linhas de desenvolvimento para acabar
no funcionalismo a justificar o infanticídio dos pobres: Exatamente
aquilo que se queria evitar.
10. Da mesma forma, o argumento da pobreza permitiria
abortar em qualquer altura da gravidez. De fato, na alegação
de que a mulher pobre deve poder abortar, nada depende da idade do feto;
logo, o aborto por razões econômicas seria legítimo
em qualquer ponto dos nove meses.
11. A pobreza (ou a riqueza) é um contínuo:
há pessoas com todo o tipo de situações econômicas.
Associar o aborto a uma situação contínua é
querer reduzir todas as cores a duas: ou preto ou branco. Não é
possível. O resultado de ser impossível dizer quando começa
a pobreza será deixar o aborto ao critério da mãe.
Logo, pode-se tirar já a referência às dificuldades
econômicas e passar a defender qualquer aborto.
12. Uma mulher que aborta por ser pobre não
vai ficar rica depois do aborto. O problema da mulher é a sua pobreza
e não a sua gravidez. A falta de dinheiro resolve-se com dinheiro:
não se resolve com morte.
13. Está em causa saber se o ser humano é
pessoa ou não. Dizer que o aborto por razões econômicas
tem de ser legal, é dizer que os filhos dos pobres ficam pessoas
mais tarde que os filhos dos ricos.
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