03/04/2012
às 12:00 \ Tema Livre Dá para acreditar em Deus usando apenas a razão? Esse filósofo e teólogo diz que sim. E vocês, o que acham?
“É POSSÍVEL ACREDITAR EM DEUS USANDO A RAZÃO”, AFIRMA WILLIAM LANE CRAIG
O filósofo e teólogo defende o cristianismo, a ressurreição de Jesus e a veracidade da Bíblia a partir de construção lógica e racional, e se destaca em debates com pensadores ateus.
Quando o escritor britânico Christopher Hitchens, um dos maiores defensores do ateísmo, travou um longo debate nos Estados Unidos, em abril de 2009, com o filósofo e teólogo William Lane Craig sobre a existência de Deus, seus colegas ateus ficaram tensos. Momentos antes de subir ao palco, Hitchens — que morreu em dezembro de 2011, aos 62 anos — falou a jornalistas sobre a expectativa de enfrentar Craig.
“Posso dizer que meus colegas ateus o levam bem a sério”, disse. “Ele é considerado um adversário muito duro, rigoroso, culto e formidável”, continuou. “Normalmente as pessoas não me dizem ‘boa sorte’ ou ‘não nos decepcione’ antes de um debate — mas hoje, é o tipo de coisa que estão me dizendo”.
Difícil saber se houve um vencedor do debate. O certo é que Craig se destaca pela elegância com que apresenta seus argumentos, mesmo quando submetido a fogo cerrado.
O teólogo evangélico é considerado um dos maiores defensores da doutrina cristã na atualidade. Craig, que vive com a esposa em Atlanta, no Estado norte-americano da Geórgia, sustenta que a existência de Deus e a ressurreição de Jesus, por exemplo, não são apenas questões de fé, mas passíveis de prova lógica e racional.
Em seu currículo de debates estão o famoso químico e autor britânico Peter Atkins e o neurocientista americano Sam Harris (veja lista com vídeos legendados de Craig). Basta uma rápida procura no Youtube para encontrar uma vastidão de debates travados entre Craig e diversos estudiosos. Richard Dawkins, um dos maiores críticos do teísmo, ainda se recusa a discutir com Craig sobre a existência de Deus.
Em artigo publicado no jornal inglês The Guardian, Dawkins afirma que Craig faz apologia ao genocídio, por defender passagens da Bíblia que justificam a morte de homens, mulheres e crianças por meio de ordens divinas. “Vocês apertariam a mão de um homem que escreve esse tipo de coisa? Vocês compartilhariam o mesmo palco que ele? Eu não, eu me recuso”, escreveu. Na entrevista abaixo, Craig fala sobre o assunto.
Autor de diversos livros — entre eles Em Guarda – Defenda a fé cristã com razão e precisão (Ed. Vida Nova), lançado no fim de 2011 no Brasil, — Craig é doutor em filosofia pela Universidade de Birmingham, na Inglaterra, e em teologia pela Universidade de Munique, Alemanha. O filósofo esteve no Brasil para o 8º Congresso de Teologia da Editora Vida Nova, em Águas de Lindoia, entre 13 e 16 de março. Durante o simpósio, Craig deu palestras e dedicou a última apresentação a atacar, ponto a ponto, os argumentos de Richard Dawkins sobre a inexistência de Deus.
- Por que deveríamos acreditar em Deus?
Vários argumentos dão força à ideia de que Deus existe.
Ele é a melhor explicação para a existência de tudo a partir de um momento no passado finito, e também a para o ajuste preciso do universo, levando ao surgimento de vida inteligente. Deus também é a melhor explicação para a existência de deveres e valores morais objetivos no mundo. Com isso, quero dizer valores e deveres que existem independentemente da opinião humana.
- Se Deus é bondade e justiça, por que ele não criou um universo perfeito onde todas as pessoas vivem felizes?
O fato de que o desejo de Deus não é realizado implica que os seres humanos possuem livre-arbítrio. Não concordo com os teólogos que dizem que Deus determina quem é salvo ou não.
Parece-me que os próprios humanos determinam isso. A única razão pela qual algumas pessoas não são salvas é porque elas próprias rejeitam livremente a vontade de Deus de salvá-las.
- Alguns cientistas argumentam que o livre-arbítrio não existe. Se esse for o caso, as pessoas poderiam ser julgadas por Deus?
Nesse contexto, não se chega a essa conclusão por reflexão racional. Ela seria tão natural e inevitável como um dente que nasce ou uma árvore que dá galhos. Penso que o determinismo, racionalmente, não passa de absurdo. Não é possível acreditar racionalmente nele. Portanto, a atitude racional é negá-lo e acreditar que existe o livre-arbítrio.
- O senhor defende em seu site uma passagem do Velho Testamento em que Deus ordena a destruição da cidade de Canaã, inclusive autorizando o genocídio, argumentando que os inocentes mortos nesse massacre seriam salvos pela graça divina. Esse não é um argumento perigosamente próximo daqueles usados por terroristas motivados pela religião?
- Se o terrorista é cristão o ato terrorista motivado pela religião é justificável, por ele acreditar no Deus ‘certo’?
- O sr. está querendo dizer que Deus também está sujeito a variações de humor? Não é plausível esperar que pelo menos Ele seja consistente?
Essa foi uma das razões que o levou a ordenar a destruição das nações pagãs ao redor de Israel. Elas estavam sacrificando crianças aos seus deuses. E, no entanto, Deus dá essa ordem extraordinária a Abraão: sacrificar o próprio filho Isaac. Isso serviu para verificar a obediência e fé dele. Mas isso é a exceção que prova a regra.
Não é a forma normal com que Deus conduz os assuntos humanos. Mas porque Deus é Deus, Ele tem a possibilidade de abrir exceções em alguns casos extremos, como esse.
- O sr. disse que não é suficiente ter o deus certo, é preciso fazer a interpretação correta dos comandos divinos. Como garantir que a sua interpretação é objetivamente correta?
Refiro-me a determinações sobre a vida humana, como “não matarás”. Deus condena o sacrifício de crianças, Seu desejo é que amemos uns ao outros. Essa é a Sua moral geral. Seria apenas em casos excepcionalmente extremos, como o de Abraão e Isaac, que Deus mudaria isso.
Se eu achar que Deus me comandou a fazer algo que é contra o Seu desejo moral geral, revelado na escritura, o mais provável é que eu tenha entendido errado. Temos a revelação do desejo moral de Deus e é assim que devemos nos comportar.
- O sr. deposita grande parte da sua argumentação no conteúdo da Bíblia. Contudo, ela foi escrita por homens em um período restrito, em uma área restrita do mundo, em uma língua restrita, para um grupo específico de pessoas. Que evidência se tem de que a Bíblia é a palavra de um ser sobrenatural?
Ele considerava as escrituras hebraicas como a palavra de Deus. Seus ensinamentos são extensões do que é ensinado no Velho Testamento. Os ensinamentos de Jesus são direcionados à era da Igreja, que o sucederia.
A questão, então, se torna a seguinte: temos boas razões para acreditar em Jesus? Ele é quem ele diz ser, a revelação de Deus? Acredito que sim. A ressurreição dos mortos, por exemplo, mostra que ele era quem afirmava.
- Existem provas que confirmem a ressurreição de Jesus?
Não temos provas, nesse sentido, de que Júlio César foi assassinado no Senado romano, por exemplo, mas temos boas bases históricas para isso. Meu argumento é que se você considera os documentos do Novo Testamento como fontes da história antiga, — como os historiadores gregos Tácito, Heródoto ou Tucídides — o Evangelho aparece como uma fonte histórica muito confiável para a vida de Jesus de Nazaré.
A maioria dos historiadores do Novo Testamento concorda com os fatos fundamentais que balizam a inferência sobre a ressurreição de Cristo. Coisas como a sua execução sob autoridade romana, a descoberta das tumbas vazias por um grupo de mulheres no domingo depois da crucificação e o relato de vários indivíduos e grupos sobre os aparecimentos de Jesus vivo após sua execução.
Com isso, nos resta a seguinte pergunta: qual é a melhor explicação para essa sequência de acontecimentos? Penso que a melhor explicação é aquela que os discípulos originais deram — Deus fez Jesus renascer dos mortos.
Não podemos falar de uma prova, mas podemos levantar boas bases históricas para dizer que a ressurreição é a melhor explicação para os fatos. E como temos boas razões para acreditar que Cristo era quem dizia ser, portanto temos boas razões para acreditar que seus ensinamentos eram verdade. Sendo assim, podemos ver que a Bíblia não foi criação contingente de um tempo, de um lugar e de certas pessoas, mas é a palavra de Deus para a humanidade.
- O textos da Bíblia passaram por diversas revisões ao longo do tempo. Como podemos ter certeza de que as informações às quais temos acesso hoje são as mesmas escritas há 2.000 anos? Além disso, como lidar com o fato de que informações podem ser perdidas durante a tradução?
Hoje, os críticos textuais comparam diferentes manuscritos antigos de modo a reconstruir o que os originais diziam.
O Novo Testamento é o livro mais atestado da história antiga, seja em termos de manuscritos encontrados ou em termos de quão próximos eles estão da data original de escrita. Os textos já foram reconstruídos com 99% de precisão em relação aos originais. As incertezas que restam são trivialidades.
Por exemplo, na Primeira Epístola de João, ele diz: “Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra”. Mas alguns manuscritos dizem: “Estas coisas vos escrevemos, para que o nosso gozo se cumpra”. Não temos certeza se o texto original diz ‘vosso’ ou ‘nosso’.
Isso ilustra como esse 1% de incerteza é trivial. Alguém que realmente queira entender os textos deverá aprender grego, a língua original em que o Novo Testamento foi escrito. Contudo, as pessoas também podem comprar diferentes traduções e compará-las para perceber como o texto se comporta em diferentes versões.
- É possível explicar a existência de Deus apenas com a razão? Qual o papel da ciência na explicação das causas do universo?
A razão, por outro lado, inclui elementos como a lógica, a matemática, a metafísica, a ética, a psicologia e assim por diante.
Parte da cegueira de cientistas naturalistas, como Richard Dawkins, é que eles são culpados de algo chamado ‘cientismo’. Como se a ciência fosse a única fonte da verdade.
Não acho que podemos explicar Deus em sua plenitude, mas a razão é suficiente para justificar a conclusão de que um criador transcendente do universo existe e é a fonte absoluta de bondade moral.
- Por que o cristianismo deveria ser mais importante do que outras religiões que ensinam as mesmas questões fundamentais, como o amor e a caridade?
Elas pensam que ser cristão é seguir os ensinamentos éticos de Jesus, como amar ao próximo como a si mesmo. É claro que não é preciso acreditar em Jesus para se fazer isso. Isso não é o cristianismo.
O Evangelho diz que somos moralmente culpados perante Deus. Espiritualmente, somos separados d’Ele. É por isso que precisamos experimentar Seu perdão e graça. Para isso, é preciso ter um substituto que pague a pena dos nossos pecados. Jesus ofereceu a própria vida como sacrifício por nós.
Ao aceitar o que ele fez em nosso nome, podemos ter o perdão de Deus e a limpeza moral. A partir disso, nossa relação com Deus pode ser restaurada. Isso evidencia por que acreditar em Cristo é tão importante.
Repudiá-lo é rejeitar a graça de Deus e permanecer espiritualmente separado d’Ele. Se você morre nessa condição você ficará eternamente separado de Deus. Outras religiões não ensinam a mesma coisa.
- A crença em Deus é necessária para trazer qualidade de vida e felicidade?
Em última análise, o ateísmo prega que não existem valores morais objetivos, que tudo é uma ilusão, que não há propósito e significado para a vida e que somos um subproduto do acaso.
- Por que importa se acreditamos no deus do cristianismo ou na ‘mãe natureza’ se na prática as pessoas podem seguir, fundamentalmente, os mesmos ensinamentos? Deveríamos acreditar em uma mentira se isso for bom para a sociedade? As pessoas devem acreditar em uma falsa teoria, só por causa dos benefícios sociais?
Se você acha que a religião é um conto de fadas, não acredite. Mas se o cristianismo é a verdade — como penso que é — temos que acreditar nele independente das consequências. É o que as pessoas racionais fazem, elas acreditam na verdade.
A via contrária é o pragmatismo. “Isso funciona?”, perguntam elas. “Não importa se é verdade, quero saber se funciona”. Não estou preocupado se na Suécia alguns são felizes sem acreditar em Deus ou se há alguma vantagem em acreditar n’Ele.
Como filósofo, estou interessado no que é verdade e me parece que a existência desse ser transcendente que criou e projetou o universo, fonte dos valores morais, é a verdade.
PERFIL
Nome: William Lane Craig
Profissão: Filósofo, teólogo e professor universitário na Universidade de Biola, Califórnia
Nascimento: 23 de agosto de 1949
Livros destacados: Apologética Contemporânea – A veracidade da Fé Cristã; Em Guarda, Defenda a fé cristã com razão e precisão, ambos publicados no Brasil pela editora Vida Nova
Principal contribuição para a filosofia: Craig foi responsável por reformular o Argumento Cosmológico Kalam (variação do argumento cosmológico que defende a existência de uma primeira causa para o universo) nos seguintes termos: 1) Tudo que começa a existir tem uma causa de existência. 2) O universo começou a existir. 3) Portanto, o universo tem uma causa para sua existência.
Informações pessoais: William Lane Craig é conhecido pelo trabalho na filosofia do tempo e na filosofia da religião, especificamente sobre a existência de Deus e na defesa do teísmo cristão.
Escreveu e editou mais de 30 livros, é doutor em filosofia e teologia em universidades inglesa e alemã e desde 1996 é pesquisador e professor de filosofia na Universidade de Biola, na Califórnia.
Atualmente vive em Atlanta, nos EUA, com a esposa. Craig pratica exercícios regularmente como forma de combater a APM (Atrofia Peronial Muscular) uma doença degenerativa do sistema nervoso que lhe afetou nervos das mãos e pernas. Especialista em debates desde o ensino médio, o filósofo passa a maior parte do tempo estudando.
(Reportagem publicada em VEJA.com , por Marco Túlio Pires, om colaboração de Gabriel Castro)
William Lane Craig em ação
Se Deus existe, por que ele permite que exista sofrimento no mundo? Neste vídeo, Craig fala sobre o tema.
Craig fala sobre o que considera os melhores argumentos para a existência de Deus
Craig fala sobre um dos principais questionamentos da filosofia: o Universo tem um propósito?
Craig explica o Argumento Cosmológico Kalam, aperfeiçoado por ele.
Trecho de debate sobre moral com o ateísta Sam Harris, filósofo e neurocientista que acredita que a ciência pode substituir a religião como definidora do que é certo e errado
Tags: ateísmo, Bíblia, Christopher Hitchens, determinismo, Deus, genocídio, Heródoto, Jesus, livre-arbítrio, Peter Atkins, Sam Harris, Tácito, teologia, terrorismo, Tucídides, William Lane Craig
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50 Comentários
Legal essa sua teoria de redes neurais… bela crença. Quando ela for comprovada, aí você me procura. Você acredita no que você quiser, eu acredito no que eu quiser.
Fé e ciência podem caminhar juntas sim, como comprovado pelos maiores.
Falsus in uno falsus in omnibus!
A fé não te dá as respostas, apenas faz você parar de fazer as perguntas (Frater Ravus).
Fé é equivalente a uma gazua que os ladrões utilizam para abrir portas, e roubar, naturalmente. É a ferramenta das imposturas religiosas.
Não existe nenhum tipo de deus … Isto é uma invenção dos primórdio da espécie humana, quando tínhamos medo do fogo, de trovões, de terremotos, etc. SIMPLES !!! Depois os descendentes ficaram nais espertos e criaram as religiões para AMORDAÇAR e MANIPULAR os ignorantes. Assim construiram-se os impérios religiosos.
Leia os livros “O Erro de Descartes” e o recente “O Homem Faz O Cérebro”, ambos do mundialmente renomado Neurocientista Antonio R. Damásio, e você VAI ENTENDER que a CONSCIÊNCIA é ORGÂNICA, ou seja, acontece na interação de MILHÕES de mapas e redes neurais. A consciência NÃO é um espírito, uma alma, mas sim um processo que vem sendo formado na espécie humana lentamente durante os últimos MILHÕES de anos.
Tudo o que ouvimos, vemos, sentimos,aprendemos, é ARMAZENADO nos circuitos neurais de um modo químico-elétrico e quando PENSAMOS (uso este termo para simplificar) o nosso cérebro está CONFRONTANDO, COMPARANDO, em um tempo velocíssimo, estas informações acumuladas e “decidindo” quais atitudes vai tomar.
Estude e seu mundo vai melhorar!!!
Você saberia então que mapas e redes neurais não explicam a consciência certo ? Que até hoje não existe explicação para a consciência. Até acho bem raso sua explicação de que o faz só por que seus pais assim o ensinaram… devem tê-lo ensinado então com base em quê ? No que seus avós ensinaram à eles ? Baseado na neurociência também, que no fim não consegue explicar a ética, a moral e a consciência (e praticamente nem existia nesta época) ?
Acho que quem precisa estudar mais um pouquinho – e mais do que a neurociência – saberia que ela não é comprovável pelo simples fato de não poder ser replicada. Assim como a física ainda não consegue explicar a energia escura.
–
P.S. Detalhe, não é necessário acreditar em punição para ser ético, longe disso – basta acreditar na melhoria contínua do espírito. Contrapor fé e ciência simplesmente mostra o quão pobres de moral e ética são alguns cientistas, e alguns religiosos. Qualquer um aí sabe que Hitler fez o que fez por que acreditava ser cientificamente superior às outras “raças”.
Pobre do homem que se acha um mero acontecimento do acaso, pois nada mais pode esperar de sua vida a não ser que ela termine, num outro acaso.
Direto no Fubá!!!
Carolina – 07/04/2012 às 9:19 …
Prezados amigos, NÃO preciso de um deus para ser honesto. Tenho vários propósitos na vida, estudar, ler, trabalhar, ser honesto e respeitar as pessoas. Não faço as coisas certas para NÃO ser punido, mas SIM porque assim meus pais me ensinaram. E tudo o que eles me ensinaram foi sendo ARMAZENADO nos meus neurônios através de mapas e redes neurais. São estas conexões que meu cérebro usa para reger meus atos, em todos os sentidos.
Estudem um pouco de Neurociências e suas vidas vão mudar!!!
É como solfejar uma sinfonia completa, com todas as nuances instrumentais. Impossível. No entanto, podemos ouví-la, até mesmo guardá-la na memória. Igualmente, muitos de nós intuimos “coisas” que não podem ser explicadas por simples palavras, escritas ou pronunciadas. Outros não intuem, e negam, por vários motivos que não cabem aqui. Não tem importância.
De qualquer forma, o fundamental nisso tudo é, ao longo de nossa vidinhas, ser corerente, ter moral, retidão, honradez – ‘acredite-se’ em Deus ou não. Típico caso do Objeto do assunto estar muitíssimo acima do que acham dele.
Sempre que a moralidade baseia-se na teologia, sempre que o correto torna-se dependente da autoridade divina, as coisas mais imorais, injustas e infames podem ser justificadas e estabelecidas. (Ludwig Feuerbach. E finalmente que: O jeito de ver pela fé é fechar os olhos da razão. (Benjamin Franklin) Deixemos de morder e assoprar.
Eu leio, penso, estudo, trabalho. E acredito em Deus. Não vejo lógica em pensar que não existe um. Fico pensando como alguém consegue viver sem pensar em um… e qual seriam seus parâmetros de moral e ética, afinal, se não há uma expectativa de punição espiritual, qual o motivo de seguir leis e ser bom para com o próximo ?
Tendo as grandes populações sido privadas de quais as nossas origens e como funcionamos,ou seja, sem um deus criador e sem alma ou espírito – isto é o PRINCIPAL!, ficaram os conflitos entre comunidades cada vez mais exacerbados. Olhem o que pretende o islamismo mais radical. Acabei de ler um livro FANTÁSTICO, “O Mundo Muçulmano” do Peter Damet. Uma aula de HISTÓRIA, indispensável para enterder-mos o mundo atual.
Tudo o que somos, fazemos e pensamos são resultados de atividades biológicas, químicas e físicas do nosso corpo(cérebro incluso).
Mas estamos em lenta e constante evolução, mas sem nenhum plano, nenhum destino traçado, ou seja, sem NENHUM deus a nos controlar.
Vamos ler, estudar e pensar!
No século XVI, Copérnico refutou o heliocentrismo de Ptolomeu. Foi corroborado por Galileu no século seguinte, e, como todos sabem, teve de voltar atrás se não teria o mesmo destino de Giordano Bruno. Pouco mais tarde, Kepler aperfeiçoou a cosmologia provando que as órbitas planetárias eram elípticas, baseado nas observações do astrônomo Tycho Brae. No século XVIII, Newton, no que é considerado até hoje como o maior feito científico individual da espécie humana, apresentou ao mundo suas leis da dinâmica e sua Teoria da Gravitação. No início do século XX, Einstein aperfeiçoou Newton e assombrou o mundo com sua Teoria da Relatividade, em vigor até hoje.
Ciência é isso. É o eterno questionamento que leva a novas formulações. É a eterna busca por conhecimento baseado em fatos ou em teorias que são julgadas, democraticamente, por toda a comunidade científica e filosófica.
A força propulsora do desenvolvimento humano é esse eterno questionamento.
A religião tem o seu lugar na sociedade moderna? Lógico. Só que não acho que se deva colocar ciência contra religião, pois nenhuma das duas consegue, isoladamente, responder a todas as questões que o espírito humano é capaz de formular. É fato que todo o arcabouço moral e ético das sociedades ocidental e do oriente médio surgiu e se desenvolveu a partir das escrituras, da Bíblia, da Torá, do Talmude, do Alcorão. Não se pode simplesmente ignorar a sua importância para a estruturação de nossa sociedade, por mais laica que ela queira parecer.
No entanto, não vejo nenhum problema em se acreditar em Deus e partir para a busca do conhecimento cada vez mais apurado da natureza. O próprio Einstein disse uma vez:
“A ciência sem a religião é coxa, a religião sem a ciência é cega.”
Mas isso não quer dizer que todos têm de crer em algum Deus, ou que por não crer esses indivíduos não tenham valores morais, éticos e não encontrem um sentido para suas vidas. O Dalai Lama já disse uma vez:
“Se tiveres uma fé ou religião em particular, isso é bom. Mas também sobrevives sem isso.”
Abraços a todos e Boa Páscoa.
O presente é tão pequeno que você não lhe dá nenhum valor,mas é só ele que esta em seu poder e sua vida é apenas peça por peça – A soma dos instantes presentes.
A finalidade em si da religião não é explicar os fenomenos da natureza,mas encontrar o verdadeiro sentido da vida.
A vida humana,de fato é uma aventura que parte da segurança confiante e agradavél do seio materno para o confronto com um mundo de tensões e lutas no qual se forja a liberdade e se faz o homem.
Sem a fé amorosa a Religião não passa de um conjunto de gestos sem vida ; por outro lado sem expressão das manifestações espírituais.A fé se perdem e desvirtua.
Por Deus ser Amor,fé é mais intimo para mim do que eu mesmo,é mais alto do que o mais alto que eu posso pensar,pois Deus é o ar em que respiramos.Além do véu.
Como tudo começou?
Como o cérebro pode ser tão maravilhoso?
Por que somos mortais?
Para onde iremos?
A vida é apenas essa breve passagem?
Depois,nada mais ???
Se eu estiver errada, aproveitei minha vida e fui feliz ao meu modo.
Mas, e se eu estiver certa? Pense nisso!
Abraços
Vendo a beleza e a harmonia do universo, que pouco conhecemos; vendo a beleza da vida, a perfeição do corpo humano, a harmonia da natureza, o átomo um universo em miniatura… Sinceramente, não dá achar que tudo isso é fruto do acaso!
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Prezado Vitor, você já estudou, só para pegar um exemplo, sobre as formações rochosas do planeta Terra?
Você sabe por que, nas formações rochosas que citei, existe o elemento Ferro e no sangue dos animais existe o MESMO elemento Ferro nas hemoglobinas??? Leia livros do Biólogo Richard Dawkins e está lá a ÓBVIA resposta!!!
E a filosofia da religião foi pensada, criada apenas pelos nossos neurônios, que foram se formando lentamente durante MILHÕES de anos!
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Alexandre – 03/04/2012 às 15:45 …
Perfeito Alexandre!
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Para concluir, a verdade é que as pessoas NÃO tem uma base de conhecimento científico para realmente entender o que é o Universo.
E as religiões IMPUSERAM durante séculos, às massas amedrontadas perante à vida, a “existência de um ser superior, divino” para poder MANIPULÁ-LAS através do MEDO (céu-inferno)!
Me conscientizei que realmente sou um Ateu há poucos anos, e, sinceramente, tenho agora uma vida mais leve e racional, ENTENDENDO de onde viemos e como funcionamos, o que tem me permitido entender de uma maneira mais lúcida os comportamentos das pessoas que me cercam. Ou seja, estou MUITO MAIS …HUMANO!!!
Sem deuses, sem almas, sem espíritos, sem invencionices religiosas que SÓ geram conflitos e guerras.
Somos apenas maravilhosos ANIMAIS da espécie humana que atingiram um estágio (MOMENTÂNEO !!!) diferenciado de outras espécies.
Sugiro a quem quer se iniciar neste DESCOBRIMENTO individual, que leia o livro “A Ilusão da Alma” do Eduardo Gianetti. Só para começar, depois tem Antonio R. Damásio, Steven Pinker, Richard Dawkins e outros grandes cientistas.
Esta foi a questão posta pelo titular da coluna baseada nos argumentos do filósofo Craig. Não acho adequado polemizar aqui com ninguém. Dei minha opinião sobre o que li e ouvi, considerando que ouvi muita falácia e incoerência. Obviamente isso não é xingamento e não tenho nada que demonstrar onde está o erro, ora quem sou eu…
O filósofo é eloquente, tem discurso elegante, lista de modo didático os tópicos sobre que discorre de modo superficial, mas sua tese se justifica apenas por não enxergar explicações melhores. Ora, isso não tem nada de justificativa racional para a crença em Deus. É, tão somente, fé.
Não desmereço a fé religiosa de ninguém nem acho que Deus precisa ser justificado de modo racional. Para quê? Legitimá-lo?
Mas se se quer fazê-lo, justificar Deus pela Razão, é preciso lógica e método que inclua crítica e, convenhamos, é difícil isso quando se trata de discutir argumentos da bíblia.
O problema aqui é que não se discute Deus e sua justificativa racional, mas se o Craig está certo ou não.
Eu o achei fraco.
A questão na verdade é: De onde parte a moral de Deus? Do próprio Deus? Aquele que vê todos os futuros possíveis e sabe tudo o que cada homem ja pensou? Se você estiver trabalhando com uma pespectiva que admita uma passagem bíblica, deve aceitar, como Deus é mostrado nela. Logo, onisciente, onipresente e moralmente perfeito. Logo, mesmo que você não saiba, ou não aceite, o criador da moral estaria certo :/
Simples assim, Jorge-G, não precisa ficar xingando, mas DEMONSTRAR onde está o erro.
Falacioso e incoerente. Admite para Deus um relativismo moral temporal. Fico imaginando o que Deus pensaria de argumentos assim…
Eloquência e cultura impressionam. Mas quando se tem tempo para ler, quem tem massa crítica e avalia sem preconceitos, se decepciona.
Porém, sempre esteve em análise. Desde Xenofonte (para quem os deuses eram criados à imagem dos povos que neles acreditavam), a Pirro (com o ceticismo, negando ao ser humano a capacidade de ter certezas).
Toda a filosofia procura buscar um uma razão – seja pelo ordenamento lógico e mesmo empírico – a prova da existência de Deus. Até pela negativa. São famosos os argumentos (e defesas de posições filosóficas) acerca do início de tudo, do relógio do Universo e da ideia de perfeição em um mundo absolutamente imperfeito. Só Deus explicaria estes mistérios. Não se afirma. Busca-se na negativa de postulados a antítese do discurso ateísta ou agnóstico.
O agnosticismo dito clássico (de Durkeheim, Kant, Sartre e recentemente de André Comtè- Sponville, por exemplo) definem – a meu ver acertadamente – que não nos é possível entender a metafísica (a existência de Deus) por qualquer método de análise, mesmo empírico. A certeza da existência nos é impossível. (Nisto se aproximam de Pirro).
O teísmo agnóstico difere quase que de modo imperceptível, mas extremamente diverso. Resume-se (grosso modo) em: não conheço Deus, mas quero crer que exista. Pois que acredita na crença como uma forma de conhecimento.
O ateísmo de divide em diversas posturas, todas com a certeza do não conhecimento de Deus. Vai desde a apatia (filosoficamente falando, ou seja, não me importo) ao ateísmo cético (não creio, mas não preciso provar a não existência).
Argumentos racionais são bastante mais presentes no ateísmo que na crença. A origem do mal, o demiurgo (o deus mal do gnosticismo), a não existência de fatores tangíveis que não sejam explicados pela ciência, etc.
Bem, no fundo o que isto importa para quem, como o ser humano, sabe-se mortal e finito? Que é o único animal a almejar a transcendência?
O que importa?
A ideia de deuses das religiões politeístas estava fortemente subordinada a cada um dos comportamentos humanos. Acreditava-se em um deus para cada fenômeno até então não explicado pela ciência, seja trovões ou a luz.
O monoteísmo concentrou todas as esperanças em um único início. E fim.
O cristianismo, islamismo e judaísmo têm raízes comuns: são derivadas de Abrahão. O hinduísmo somente naquilo que se chame de fase final é que passou a ser monoteísta em confronto com toda a tradição cultural de séculos.
Enfim, não creio que um dia a razão consiga substituir a crença. Ou a fé, que é a certeza naquilo que não se vê. Ou não se pode comprovar.
Assim, sou um agnóstico. Teísta, na tentativa de crer. Não me anima a defesa de posições que provem – ou tentem provar – a não existência de Deus. Só não O conheço.
A dita Graça da Fé não me foi dada. Aquela centelha que faz com que haja cristãos, islamitas, judeus (como religião) e hinduístas não me foi dada. E não consigo – por mais que me esforce – alcançar.
E não é confortável. A certeza do conhecimento ou a certeza do não conhecimento suprem o ser humano da angústia. Derivada da ansiedade e da dúvida. O agnóstico não consegue ter esta paz.
O que não se pode aceitar é a afirmação – absurda – da não obediência a valores morais e éticos por quem não crê. Este radicalismo (que não se coaduna com a ciência) é somente desprezível.
Ao acreditar em um Jesus histórico – personagem real que existiu, mesmo que eu duvide da Ressureição – entendo que seus ensinamentos são eternos, plenos de justiça e revolucionários para a época. E para hoje. Ao seguir estes valores, sigo uma filosofia social inigualável. Sem comparações com qualquer outro pensador/filósofo que se tenha notícia.
Ao não crer (de novo a crença FILOSÓFICA) diminui meu direito de abraçar estes exemplos? E – pior – combate-los?
O religare com Deus (ligar de novo), ou seja, as religiões, não expressam a verdade una e definitiva. Por mais que algumas desejem.
Não dá direito ao crente (o que crê) de posicionar o não –crente como um eterno errante que prega a apostasia.
Não advogado – ao contrário – que alguém creia na minha não-crença. Incentivo a crerem. E espero que a FÉ me seja apresentada. Como crença.
A razão jamais irá explicar Deus. Seria a negação do próprio conceito. Ao ser explicado, Deus não é mais.
Que estes “novos cruzados” não usem o discurso científico para separar ainda mais os seres humanos. Se um dia foi a imposição da Cruz, hoje é a imposição de teses pseudo-científicas. Estas não provam a existência e menos ainda, a não-existência.
Usar a “razão” (sem sequer definir claramente o que seja isto) é uma licença científica que não se sustenta.
Eu espero que Deus esteja acima disto.
O grande problema de ter uma visão, é que você não consegue relatá-la em detalhes, e o que você tentar contar apenas levará as pessoas a acreditar que você é um tolo. E muitas vezes, nós cristãos, somos considerados gente ignorante e supersticiosa.
Fé, crença e convicção não se empresta e não se dá. Só posso dizer uma coisa: precisamos estar preparados para ajudar o próximo. De nada adianta uma fé fervorosa, se nem olhamos para a pessoa que varre a nossa calçada.
Ele existe, sim! Felizmente.
Eu acho que quem opta pelo ateismo o faz só por agressividade, só para ser do contra, diferente.
Nesse sentido, certo estava Sartre. A propósito, fica claro que não sou ateu. Acredito que o universo tenha um propósito, mesmo que ele com certeza se extingua no longo prazo, e ponha longo prazo nisso.
Esse é o Grande RSetti!
Adora ver o circo pegando
fogo – depois esmera-se pra
apagar os incêndios!
Vamos lá: WLCraig não só não
tem juízo como não tem… razão!
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Comecei a ler a entrevista com muita animação, curioso de como alguém poderia propor a crença em Deus em termos racionais.
Confesso que ao final da entrevista fiquei frustrado. Mais frustrado ainda quando Willian Craig diz que o “ateísmo prega que não existem valores morais objetivos, que tudo é uma ilusão, que não há propósito e significado para a vida e que somos um subproduto do acaso.” De onde ele pode ter tirado isso? As pessoas não precisam acreditar num ser supremo para terem seus valores morais, para terem um propósito na vida, para querer ver o bem de seu semelhante.
O entrevistado aproveita a sua poderosa cultura e erudição forçando a mão para aceitação de sua visão de mundo, de cultura e religião. Chega a ser risível quando ele comenta, e tenta explicar, a alteração do humor de Deus ao lembrar a passagem sobre o sacrifício de Isaac.
Embora ache exagerados alguns argumentos de Richard Dawkins sobre a inexistência de Deus, concordo com ele em não querer debater com Willian Craig. Dawkins é um homem de ciência, que racionaliza suas opiniões ao extremo, coisa que Craig, apesar de todo o seu conhecimento e oratória caprichada, está longe de conseguir, ao menos nessa entrevista.
Vou procurar na internet seu debate com Christopher Hitchens, de quem leio a autobiografia no momento. Pelo que conheço do autor de “Deus não é Grande”, Craig deve ter suado um bocado durante o debate de ambos.
Ricardo, se você tiver o link desse debate poderia nos fornecer?
Parabéns ao Marco Túlio e ao Gabriel. As perguntas foram instigantes.
Abraços
Caro Ismael, os valores e deveres morais não devem ser praticados por medo de castigo divino, mas por respeito aos outros seres vivos. Isso não tem nada a ver com deus, mas com caráter.
Acompanho ele a um tempo já, indico bastante ouvir o podcast do site dele e os questionários e não só os debates, e claro, as obras que aos poucos estão vindo no Brasil.
Embora possa parecer anacrônico, eu digo que sim, pode-se argumentar racionalmente em defesa da existência de Deus. É o que os filósofos analíticos têm feito desde a publicação de God and Other Minds, do brilhante Alvin Plantinga, grande responsável pelo ressurgimento do teísmo filosófico. Quem duvida disso, que dê uma olhadinha na esplêndida obra “The Blackwell Companion to Natural Theology”.
O comentarista Geneuronios, infelizmente, nada sabe sobre filosofia da religião, daí a vacuidade de seus comentários. É seu desconhecimento filosófico que faz que descarte tão facilmente o livre-arbítrio. Todos os filósofos/teólogos que defendem tal conceito sabem muito bem que há fatores mil que influenciam nas escolhas humanas, no entanto, isso não implica dizer que não há livre-arbítrio.
Bom, se alguém quiser conhecer mais do William L. Craig sugiro a obra Apologética Contemporânea. Outros nomes da Teologia Natural são Richard Swinburne, Alvin Plantinga, Charles Taliaferro, William Alston, etc…
“Há um provérbio que diz: Pela obra se conhece o autor! Vede a obra, e procurai o autor (….). O homem orgulhoso nada admite acima de si.Procurando a obra primária do Universo, reconhece-se no seu autor uma inteligência suprema, uma inteligência superior à humanidade. Seja qual for o nome que lhe dêem, essa inteligência superior é a causa primária de todas as coisas. Para crer-se em Deus basta lançar o olhar para as obras da criação. O Universo existe, logo tem uma causa. Duvidar da existência de Deus é negar que todo o efeito tem uma causa, e adiantar que o nada pode fazer alguma coisa.” http://migre.me/8x2yw
O Sistema Solar, que é um “grão de areia” no vasto Universo, a inclinação da Terra em relação ao Sol (que se fosse um pouco diferente, nos congelaria ou nos exterminaria pelo calor), a flora, a fauna, o ser humano, não podem ter surgido pelo simples acaso.
Quer pensemos no aspecto macro, ou micro, não consigo imaginar tudo isso surgindo do nada.
Imagine um simples relógio ou um lindo automóvel, sem que alguém tenha “criado” esses objetos.
Convenhamos, o ser humano, o cérebro, a Terra, o Sistema Solar, o Universo, são muito mais complexos que um simples relógio ou automóvel..
Abs.
Inacreditável que ainda tem gente que faça este tipo de sermão transformado em entrevista.
1 – “…O problema é a crença deles no deus errado…”
O entrevistado acredita em deus, mas no deus DELE!
2 – “…o ateísmo prega que não existem valores morais objetivos, que tudo é uma ilusão…”
O entrevistado NÃO sabe o que ser um Ateu, simplesmente Ateus estudam e acreditam na Biologia pura e simples.
3 – ” …livre arbítrio…”
Os neurocientistas já COMPROVARAM através de estudos em pacientes com lesões ou alterações no sistema nervoso que estes pacientes MUDAM as suas atitudes, seus comportamentos, ou seja, o tal “livre-arbítrio” se ALTERA, portanto, livre-arbítrio, assim como TODOS os nossos sentimentos e ações são APENAS mas MARAVILHOSAS reações e configurações químico elétricas.
É só ESTUDAR para compreender. Coisa que as religiões NÃO admitem!