Enc: [MUNDO CATÓLICO] TEOLOGIA MORAL - CONSCIÊNCIA E ACTO HUMANO Som !

 

Paz e bem!
AUGUSTO CÉSAR RIBEIRO VIEIRA
Teresópolis - RJ
"Verdadeiramente és admirável, ó Verbo de Deus, no Espírito Santo, fazendo com que ele se infunda de tal modo na alma, que ela se una a Deus, conheça a Deus, e em nada se alegre fora de Deus" (Sta. Maria Madalena de Pazzi)

----- Mensagem encaminhada -----
De: "nascimentoja@shaw.ca" <nascimentoja@shaw.ca>
Para: Undisclosed-Recipient@yahoo.com
Enviadas: Quarta-feira, 11 de Julho de 2012 20:37
Assunto: [MUNDO CATÓLICO] TEOLOGIA MORAL - CONSCIÊNCIA E ACTO HUMANO Som !

 

                    TEOLOGIA  MORAL !

               CONSCIÊNCIA E ACTO HUMANO

 

               CONSCIÊNCIA

A consciência é o julgamento da nossa razão em ordem à moralidade dos nossos actos.

Chama-se a este julgamento a Voz ou Ditame da consciência.

A consciência é a primeira regra da acção moral.

Assim o afirma o Concílio Vaticano II e o transcreve o Catecismo da Igreja Católica :

1776. - "No fundo da própria consciência, o homem descobre uma lei que não se impôs a si mesmo, mas à qual deve obedecer. Essa voz, que sempre o está a chamar ao amor do bem e à fuga do mal, faz-se ouvir, no momento oportuno, na intimidade do seu coração (...) O homem tem no coração uma lei escrita pelo próprio Deus. A consciência é o centro mais secreto e o santuário no qual o homem se encontra a sós com Deus, cuja voz se faz ouvir na intimidade do seu ser". (LG 16).

Presente no coração de cada um, a consciência moral obriga em cada momento a fazer o bem e a fugir do mal.

O homem prudente quando ouve a consciência moral, ouve a Deus que fala no seu íntimo.

Portanto ela é juíza das acções de cada um.

Temos assim uma necessidade de formar a nossa consciência para que ela proceda segundo a razão e nos oriente veridicamente no meio do tumulto das paixões.

Sejam quais forem as circunstâncias da nossa vida, nunca é permitido fazer o mal para que daí resulte qualquer bem.

S. Mateus dá-nos a regra de oiro do nosso bom comportamento segundo a nossa consciência :

 - "Portanto, o que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles, porque esta é a lei e os Profetas". (Mt. 7/12).

No Novo Testamento S. Paulo emprega 25 vezes a palavra synedesis que nós traduzimos por consciência .

           Para além de S. Paulo, ainda o Novo Testamento tem muitas outras referências como estas :

            - Com absoluta rectidão de consciência.                                            (Act.23/1).

            - Tende uma consciência recta...                                                       (1Pe.3/16).

  Finalmente o Catecismo da Igreja Católica, resumindo a doutrina da consciência moral, diz também :

1796. - A consciência moral é um juízo da razão pelo qual a pessoa humana reconhece a qualidade moral dum acto concreto.

1797. - Para um homem que procedeu mal, o veredicto da consciência é uma garantia de conversão e de esperança.

1798. - Uma consciência bem formada é recta e verídica. Formula os seus juízos segundo a razão e em conformidade com o verdadeiro bem, querido pela sabedoria do Criador. Cada qual deve procurar os meios para formar a sua consciência.

1802. - A Palavra de Deus é luz para os nossos passos. Devemos assimilá-la na fé e na oração e pô-la em prática. É assim que se forma a consciência moral.

 

            ACTO HUMANO

O acto que é praticado de livre vontade e com perfeito conhecimento, chama-se empiricamente Acto Humano.

Uma vez que o homem é uma criatura racional, com inteligência e vontade, as suas acções são consideradas como respostas morais as necessidades pessoais (autónomus) ou dirigidas à sociedade (heteronomus) .

Todavia nem todas as acções do homem são Actos Humanos, uma vez que há actos sobre os quais as faculdades do homem não têm controlo, tais como a digestão, a respiração e os actos reflexos, que são instintivos ou espontâneos.

Estes actos não são, portanto, considerados como Actos Humanos.

Através dos seus Actos Humanos, o homem caminha para o seu destino, desde que esses actos possam ser classificados como bons ou maus.

Embora o Acto Humano seja uma operação complexa que envolve a inteligência e a vontade e ainda a capacidade física de praticar um acto, existe uma qualidade transcendental para os Actos Humanos pela qual o homem conhece a norma da moralidade (Lei moral) e relaciona os seus actos com essa norma.

Existe assim uma finalidade ou meta a atingir em conformidade com a vontade de Deus, ainda que errónea algumas vezes por causa das limitações humanas, ou imperfeita por ser abstracta.

Todavia o processo da actividade humana, através dos Actos Humanos, encaminha o homem para o seu eterno destino de perfeita felicidade com Deus.

O Vaticano II fala do valor da actividade humana, dizendo :

 - Pois o homem, criado à Imagem de Deus, recebeu o mandato de sujeitar a si mesmo a terra e tudo o que nela existe, e de governar o mundo com justiça e santidade; o mandato de se relacionar a si mesmo e a totalidade das coisas a Ele, que deve ser conhecido como o Senhor e Criador de tudo. Assim, pela  sujeição de todas as coisas ao homem, o nome de Deus deveria ser admirável em toda a terra.

Este mandato encerra também, mesmo as mais vulgares actividades de cada dia.

 Enquanto providenciam a subsistência da vida para eles mesmos e para as suas famílias, os homens e as mulheres estão a praticar as suas actividades duma maneira que apropriadamente beneficia toda a sociedade. Eles podem justamente considerar que pelos seus actos eles estão a revelar o trabalho do Criador, a aceitar a colaboração dos outros homens seus irmãos, e a contribuir com os seus Actos Humanos para a realização do plano divino na história. (LG 34).

Diz o Catecismo da Igreja Católica :

1749. - A liberdade faz do homem um sujeito moral. Quando age de maneira deliberada, o homem é, por assim dizer, pai dos seus actos. Os Actos humanos, quer dizer, livremente escolhidos em consequência dum juízo de consciência, são moralmente qualificáveis. São bons ou maus.

Os Actos Humanos têms  ver com a  Culpabilidade. Pecado. Responsabilidade e Liberdade.

 

                                                John

                                                          Nascimento

 

 

 

 

 

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