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    sexta-feira, 13 de julho de 2012

    Tesouro Carmelitano pouco conhecido do Brasil




    "O encanto grandioso e delicado da Cristandade não provém tanto do que ela realizou, como da harmonia profunda e da veracidade cintilante dos princípios sobre os quais ela construiu". Graças a Igreja Católica a mulher foi elevada a uma dignidade nunca antes atingida. Essas mulheres virtuosas também contribuíram para a grandeza da Cristandade. Aquelas glorificadas pela Igreja, o foram para que as mulheres de todos os tempos as tomassem como exemplo.

    quinta-feira, 12 de julho de 2012




    Irmã Francisca de Jesus Maria, infelizmente pouco conhecida mesmo nos ambientes católicos do Brasil, é irmã da Madre Jacinta de São José, fundadora do Carmelo Descalço no Brasil.
    Nasceu Francisca no Rio de Janeiro, em 1719, sendo a última dos quatro filhos de José Rodrigues Ayres e Da. Maria Lemos Pereira, ambos pertencentes a famílias católicas e abastadas. O virtuoso casal proporcionou a seus filhos, dos quais três abraçaram o estado religioso, sólida formação.
    Francisca, reconhecendo desde logo o modo extraordinário pelo qual a Providência divina dirigia sua irmã Jacinta, deixou-se docilmente guiar por ela, apesar da diferença de apenas quatro anos na idade. Obedecia-a como sua superiora e, desde a infância, empregavam ambas o tempo que lhes sobrava, após as ocupações domésticas, em leitura espiritual, meditação, silêncio, mortificação e penitências rigorosíssimas.

    • Cilícios como presentes

    Um fato surpreendente para nossa época ocorreu nessa família: José Ayres, compreendendo que um desígnio especial pairava sobre suas filhas, não só não proibia, mas incentivava as santas inclinações de ambas, chegando a dar-lhes cilícios como presente de Natal, certo de agradá-las com este gesto, como também a Deus.
    Francisca ainda não atingira os 12 anos de idade quando Jacinta expôs-lhe as vantagens do estado religioso, resolvendo ambas, então, abandonar o mundo para se encerrar no claustro.
    Embora recebessem do pai todo apoio, encontraram por parte da mãe uma oposição peremptória. A morte repentina do pai submeteu-as por completo à vontade materna, sem contudo deixarem as duas irmãs de viver em casa como se estivessem num convento, ao mesmo tempo que cumpriam fielmente seus deveres filiais. As duas irmãs compraram uma chácara, em local deserto do Morro do Desterro, adaptando as toscas habitações nela existentes, onde as duas irmãs iniciaram a vida em comum.

    • O prêmio da obediência

    Um dia, Jacinta, na qualidade de superiora, dirigiu-se a Francisca e mandou-lhe plantar alguns pedregulhos, por estarem precisando de coentro, planta medicinal da família das umbelíferas.
    Francisca obedeceu incontinenti, regando todos os dias o que plantara, como se se tratasse de preciosas sementes. Deus Nosso Senhor abençoou aquele ato de obediência operando o milagre: daqueles pedregulhos nasceram magníficos coentros.

    • Obediência após a morte

    Em consequência do excessivo trabalho e das austeridades, Francisca foi atacada de congestão pulmonar. Durante os grandes sofrimentos da última doença, guardou sempre o mesmo semblante sereno e alegre. No dia 13 de julho de 1748, entregou a alma a Deus, aos 30 anos de idade.

    Madre Jacinta de S.José
    Quando Madre Jacinta a foi amortalhar com algumas outras jovens, que a elas se tinham associado na mesma vida de austeridade, era tal a flexibilidade do corpo de Francisca, que sua irmã não conseguia colocar nele as meias. Disse-lhe, então, Madre Jacinta: "Francisca, não estareis quieta com essas pernas?" Imediatamente o cadáver suspendeu-as, de maneira a facilitar o trabalho da irmã.
    Entretanto, a notícia da morte da serva de Deus e do estado de seu corpo percorreu a cidade. Inúmeras autoridades vieram presenciar o milagre. O corpo foi depositado provisoriamente num sepulcro, mas o povo, acorrendo em massa para ver a "bem-aventurada" - como a chamavam - abriu a sepultura e o caixão. Uns moviam-lhe os braços, outros lhe abriam os olhos, admirados e louvando a Deus.
    Dias depois, os Irmãos Terceiros Franciscanos, querendo para si aquele tesouro, apesar do desejo contrário da Madre Jacinta, que desejava ter o corpo junto a si - com insistência e quase com violência - começaram a transportar os santos despojos para sepultá-los em sua igreja. Jacinta, no entanto, ordenou ao cadáver: "Francisca, veste-te de corrupção!". Imediatamente desapareceram todos os vestígios gloriosos e o corpo se corrompeu. Os Irmãos Terceiros, admirados, retiraram-se. Apenas tinham eles se afastado, o corpo recuperou sua incorruptibilidade anterior, sendo em seguida revestido com o hábito do Carmo e sepultado na capela do convento, onde se encontra até hoje.

    Fontes: Notícias históricas pelas religiosas do Convento de Sta. Teresa, Rio de Janeiro; Frei Nicolau de São José OCD, "Vida da Serva de Deus Madre Jacinta de São José", Est de Artes Graf C Mendes Jr., Rio de Janeiro, 1933.


    • Origens do Convento de Santa Teresa, Rio de Janeiro

    No começo do século XVII foi construída por Antônio Gomes do Desterro, no Morro de Santa Teresa, uma ermida consagrada à Sagrada Família. Esta, sob invocação a Nossa Senhora do Desterro, era muito frequentada por romeiros e devotos e nela eram celebradas cerimônias do culto com regularidade. Assim formou-se o Caminho do Desterro, depois chamado Rua dos Barbonos e, a partir de 1870, Rua Evaristo da Veiga, na Lapa, centro do Rio de Janeiro.
    No tempo em que ainda permaneciam os capuchinhos na ermida do Morro do Desterro, havia no Rio de Janeiro uma moça de destacada família, Jacinta Rodrigues Aires, de acentuado espírito religioso e filha de João Batista Aires e D. Maria de Lemos Pereira. Em sua devoção, que incluíam visões e chamados de vozes que lhe determinavam uma missão a cumprir, subia ao Morro do Desterro para assistir aos atos religiosos celebrados pelos capuchos.
    No trajeto que percorria, chamou-lhe a atenção, o terreno semiabandonado da Chácara da Bica, no Caminho de Mata-Cavalos (atual Rua Riachuelo). A tranquilidade do local inspirou-lhe o desejo de ali construir um recolhimento consagrado à vida religiosa. Com a ajuda de seu tio, Capitão-Mor Manuel Pereira Ramos, tornou-se Jacinta Aires proprietária da velha chácara. Jacinta e sua irmã Francisca mudaram-se para lá, decididas a seguir a vida religiosa e adotaram nomes claustrais: Jacinta de São José e Francisca de Jesus Maria.
    Entusiasmado com a sua devoção, Gomes Freire de Andrade, o Conde de Bobadela, confiou a Jacinta a aspiração que ela tanto nutria: a construção de um convento de carmelitas sob a regra de Santa Teresa de Jesus, a Ordem das Carmelitas Descalças, da qual estava sendo a fundadora no Brasil. O local escolhido foi justamente a Ermida do Desterro e o autor do projeto foi o Brig. José Fernandes Alpoim (1700-1765), um dos principais nomes da arquitetura do século XVIII no Brasil colonial, como o Aqueduto da Carioca e o claustro do Mosteiro de São Bento, todos no Rio de Janeiro.
    Em 24 de junho de 1750, em grande solenidade, foi lançada a pedra fundamental da igreja e convento "debaixo da invocação e Título de Nossa Senhora do Desterro, para religiosas que hão de professar a regra de Santa Teresa", por Provisão do Bispo, de 15 de junho do mesmo ano.
    O Bispo D. Frei Antônio do Desterro, embora vendo com bons olhos a devoção das religiosas e o estabelecimento de mais um convento em sua diocese, não aprovava o exagero místico de Jacinta de São José e as regras demasiado severas de Santa Teresa, sendo estas ordenadas a professar, no novo convento, as regras de Santa Clara. Somente após a morte de D. Antônio do Desterro (1774) e sob ordem de D. Maria I, em 1777, realizou-se a profissão das monjas (em 1781), que se recolheram ao claustro do Convento que colocou sob a proteção de Santa Teresa o morro e o bairro.
    Sobre o Convento, Mons. Pizarro, em sua obra Memórias Históricas do Rio de Janeiro (ed.1825), assim o descreve: "O local do convento é mui agradável por se desfrutarem dali as vistas do mar, desde a barra até o interior da enseada e da terra, pelo centro da cidade e suas circunvizinhanças. O edifício, fabricado com prospecto regular, e majestoso, contem acomodações mui suficientes, e dentro dos seus muros um terreno sofrível, que as próprias habitantes fazem cultivar para seu recreio".
    No Brasil Pitoresco ( ed. 1859), Charles Ribeyrolles, achando encantador o sítio onde o construíram, escreve: " Castelo senhorial, que vale bem o castelo da Alma, ao qual se chega pelo caminho da perfeição ".

    Fonte: www.rio.rj.gov.br/patrimonio
    Postado por Zeni às 07:43

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    Um comentário:

    Casa dos Santos Anjos12 de julho de 2012 09:04
    Que bom que existe um blog assim. Era o que estava faltando na internet. Passo horas lendo seus escritos.

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