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    terça-feira, 2 de julho de 2013

    Rodrigo Constantino

    Por que dou meu apoio ao Partido Novo




    Rodrigo Constantino


    Por que dou meu apoio ao Partido Novo
    O inverno brasileiro
    Imagina se fosse com Bush...


    Por que dou meu apoio ao Partido Novo

    Posted: 01 Jul 2013 06:56 PM PDT


    Palestra que fiz na PUC-RJ sobre o Partido Novo, explicando porque essa iniciativa conta com o meu apoio.


    O inverno brasileiro

    Posted: 01 Jul 2013 10:50 AM PDT


    Carta Mensal da MP Advisors


    "É o homem previamente esvaziado de sua própria história, sem entranhas de passado e, por isso mesmo, dócil a todas as disciplinas chamadas "internacionais" (…) só tem apetites, pensa que só tem direitos e não acha que tem obrigações: é um homem sem obrigações de nobreza."






    O Homem-Massa, segundo José Ortega Y Gasset






    Usualmente, os estudantes escolhem o mês de outubro para a semana do saco cheio, para dar um tempo. Este ano, não só os estudantes mas também toda sorte de gente escolheu junho para dar o seu grito de basta. Todos foram para a rua protestar contra 'tudo isso que está aí'. Nossos leitores sabem que motivos não faltam para tanta indignação. Afinal, a conta dos 10 anos de PT está chegando, e garanto que não vai ser baratinha não. Mas o que exatamente está em curso? Esse movimento nas ruas é algo positivo ou negativo? Quais as implicações políticas do despertar do 'gigante'? E a economia? Qual a visibilidade para os investimentos?






    Não se trata de uma carta mensal trivial e muito menos fácil. Quisera eu ter as certezas que as massas (reais e das redes sociais) demonstram com tanta propriedade, após descobriremo que afinal era essa tal de PEC 37. O que me move, neste texto, é um certo assombro com o nosso tempo e mais dúvidas do que certezas em relação ao nosso futuro. De qualquer forma, pode-se inferir do processo em curso:






    - As redes sociais, a exemplo do que já ocorre em outros países, agilizam e potencializam esse movimento que os especialistas chamam de swarming (comportamento migratório de manada). A democracia tradicional representativa, onde o eleitor esperava pacientemente quatro anos por um recall (reelege ou não) do seu candidato parece obsoleta no mundo em rede, onde as demandas são instantâneas. A geração predominante (Y) é mimada e deseja tudo para ontem. O grande risco é a volta dos governos populistas, agradando a qualquer custo o seu eleitor.






    - O filósofo Raymond Aron definiu os protestos de Paris em 68 como um 'psicodrama coletivo'. Pela variedade difusa de demandas (algumas contraditórias entre si) e pela falta de lideranças, o movimento tem componentes de um certo desconforto existencial de uma geração, onde a crença em Deus (presente nas gerações passadas) foi substituída pela crença no estado babá. Quando o provedor não atende suas expectativas, a revolta e a angústia tomam conta do indivíduo. Eles diagnosticam corretamente o problema (o estado é corrupto e ineficiente), mas pedem, como solução, justamente 'mais estado'. De positivo pode-se ressaltar que o brasileiro se descobre como um 'pagador de impostos'.






    - Falta de conexão entre causa e efeito. Não é de se espantar saber que quem está nas ruas agora foi justamente quem elegeu PT & aliados nos últimos 10 anos? A massa se comporta como se os marcianos tivessem instalado o PT na direção do país, contra a nossa vontade.






    - A resposta do governo nos levará mais e mais para a esquerda. Afinal, quando se pede para um pagodeiro tocar uma música, ele responderá tocando mais um pagode. Assim é com a Dilma, não importa o problema. Ela responderá sempre da mesma forma. Aliás, é bom frisar que gosto muito da Dilma e do Mantega, quando estão dormindo. Os dois acordados, e sendo pressionados pela turba, só responderão com mais e mais gastos públicos, já em curso com o passe livre para os estudantes, a suspensão de reajustes nas concessionárias elétricas e de rodovias e um não solicitado plebiscito de custo estimado em R$ 500 milhões.



















    - Muito da 'resposta' do governo e do congresso é apenas cortina de fumaça, e sabemos que educação e saúde não irão melhorar com esse nível de competência presente no governo, vide o atraso presente em praticamente todas as obras do PAC. No curto prazo, as ruas devem se acalmar (os protestos já reúnem menos e menos pessoas), porém no médio prazo (Copa de 2014?), essa multidão poderá voltar para as ruas, ensandecida e não mais disposta a dar um crédito de confiança para as autoridades. O resultado pode ser catastrófico.






    É claro que não desejamos fazer a defesa das autoridades no poder, apenas questionamos se esse método das ruas é o mais eficaz. Acreditamos na legalidade e nas regras do jogo. O mais importante agora é termos certeza que o jogo eleitoral é limpo (porque não uma auditoria nas urnas eletrônicas?) e lutarmos por uma mudança dos rumos do país nas urnas e dentro das regras democráticas. A baderna nas ruas só interessa aos que não tem nenhum apreço pela democracia, que fique claro. E imaginar que colocar centenas de milhares nas ruas sem qualquer tipo de baderna é ingenuidade.






    Para adicionar insulto à injúria, o ataque de nervos brasileiro ocorre bem no momento em que o banco central americano, o FED, anuncia que considera o início da redução do programa de compra de títulos (algo como USD 85 bilhões por mês) para o final de 2013 e se estendendo até meados de 2014. Embora isso não signifique aumento das taxas de juros (que viriam em um momento posterior), o mercado global se assustou e o impacto nos ativos financeiros foi generalizado. Títulos de renda fixa, ações, ouro e moedas tiveram oscilações negativas significativas. O resumo é que desde 2008 o Brasil teve 5 anos para arrumar a casa, fazer as reformas e pavimentar o caminho de crescimento sustentável. Mas qual foi a opção de Dilma? Tal qual a cigarra preguiçosa da fábula, ela optou por mais e mais gastos e estímulo ao endividamento e ao consumismo exagerado da nova classe C. Pois bem, o inverno está chegando e a cigarra não se preparou.






    Na renda fixa a nossa visão mudou um pouco. Após um tempo de tutela, o Banco Central parece que ganhou da Dilma liberdade para agir. Afinal, ela viu que aumento dos preços pode tirar voto. Esperamos um banco central um pouco mais ativo e imaginamos, no final do ciclo de aumento dos juros, uma taxa SELIC na casa de 10% ao ano. No atual nível de preços dos títulos pré-fixados, não vemos um prêmio razoável para estas posições, bem como no mercado de papéis de curto prazo indexados à inflação. O melhor é ficar pós-fixado e aproveitar a elevação das taxas. No mercado internacional os preços dos títulos de renda fixa, após a correção, estão atrativos. Teremos um longo chão até o aumento de juros nos EUA.






    Temos alertado nossos amigos e clientes a se manter longe da bolsa. A recente onda de populismo de Alckmin e Beto Richa, impedindo os reajustes dos pedágios e de energia (Copel), mostra que não existe setor seguro num país com governo socialista e oposição medrosa, que tenta agradar às ruas de qualquer maneira. E um ambiente de aumento de juros e estagflação não é propício para aventuras com as ações brasileiras.






    O dólar teve um mês nervoso, chegando a bater em R$ 2,28 e fechando o mês na casa dos R$ 2,22. Aqui há dois fatores remando na mesma direção (desvalorização do real): a tendência do dólar se valorizar frente a todas as moedas (crescimento nos EUA ) somada aos nossos problemas intrínsecos. Mesmo com toda a munição do governo, a tendência do real é de uma lenta, porém constante, desvalorização.







    O momento é de calma, liquidez, pouco risco e comedimento nos gastos. O futuro nunca esteve tão incerto.




    Imagina se fosse com Bush...

    Posted: 01 Jul 2013 10:39 AM PDT




    Rodrigo Constantino


    A crise gerada pelo vazamento de informações sigilosas de espionagem do governo americano se internacionalizou. O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha convocou o embaixador norte-americano no país, Philip Murphy, para pedir esclarecimentos sobre alegações de que a Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) dos EUA espionou instituições da União Europeia.


    Abro aqui um parêntese: não vejo Edward Snowden, o ex-técnico da CIA responsável pelos vazamentos, como um herói libertário, ao contrário de muitos colegas. Claro que há efeitos positivos no que ele fez, mas nem por isso seus atos são defensáveis, já que, para liberais como eu, os fins nobres não justificam quaisquer meios. Isso sem falar que não costumo ter muita simpatia por "heróis da liberdade" cujo alvo prioritário é sempre o governo americano, e que depois ainda buscam refúgio nas piores ditaduras mundo afora. Fecho o parêntese.


    O que eu queria falar aqui pode ser resumido em uma perguntinha básica: alguém consegue imaginar qual seria a reação em geral caso essas denúncias todas ocorressem durante o governo Bush? O governo americano usando os drones de forma compulsiva e sem controle ou transparência, a Associated Press sendo monitorada pelo governo, a Receita Federal (IRS) investigando opositores políticos com mais afinco, e espionagem envolvendo até a Europa? Sério, qual seria a reação das pessoas, da grande imprensa?


    Posso imaginar Michael Moore com sua corpulenta presença diária na imprensa, alegando que vive sob a pior ditadura do mundo. Noam Chomsky diria que nem Hitler chegou tão longe. A CNN não falaria de outra coisa. Sean Penn viajaria até Cuba para abraçar Fidel Castro e apontar como deveria ser um regime verdadeiramente livre. Oliver Stone diria que a América tinha que ter perdido a Guerra Fria para o mundo poder viver com liberdade sob a União Soviética.


    E não só por lá. Aqui, Arnaldo Jabor daria ataques histéricos semanalmente em suas colunas de jornal, e faria acusações terríveis na televisão. Todos ficariam chocados e não falariam de outra coisa: o governo americano sob Bush com esse histórico seria visto como a mais cruel e nefasta ditadura que o mundo já viu! Ninguém pode duvidar disso...


    O fato de não ser nada parecida a reação quando é Obama no poder diz muito sobre a esquerda. Mostra como ela parte de um duplo padrão de julgamento, como ela apela para um salvo-conduto quando quem abusa do poder é "um dos seus". Sim, há críticas aqui e acolá, sem dúvida. Até porque Obama não pode mais ser reeleito, e a esquerda já prepara o terreno para outro - ou outra - messias, que virá "salvar a Pátria" e quiçá a humanidade.


    A esquerda monopoliza os fins nobres, as virtudes, e quando alguém se mostra autoritário, corrupto, vendido ou incompetente, então ela ou fecha os olhos, ou pior!, diz que o governante em questão "aderiu à direita". A esquerda precisa permanecer pura. É uma tática pérfida, nojenta, asquerosa, mas que infelizmente ainda engana muitos inocentes úteis.


    Observar a reação dessa gente diante dos escândalos do governo Obama é bastante instrutivo. Trata-se de um silêncio constrangedor se comparado ao que seriam os ataques raivosos no caso de um governo Republicano. Um peso, duas medidas. Essa é a marca registrada da esquerda. É lamentável...



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    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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