Ecclesia Una
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Os togados e as cotas
30/04/2012 por Everth Queiroz Oliveira
Semana passada – como é do conhecimento de todos – o Supremo Tribunal Federal julgou pela constitucionalidade das cotas raciais nas universidades públicas do país. O órgão máximo do Poder Judiciário nacional está estrelando um efetivo show de palhaçadas: começou pela legalização do dito “casamento gay”, a abominável equiparação de uma união intrinsecamente estéril ao Matrimônio; depois, veio a despenalização do aborto de fetos anencefálicos, como se estes seres humanos fossem menos dignos de viver que outros; agora, é a vez da política de cotas ganhar a defesa de todos os ministros de nossa Corte – isto mesmo, todos os togados defenderam as cotas, sem exceção.
E tudo isto sendo protagonizado por senhores que não foram sequer eleitos pelo voto da população brasileira! Como lembrou o ministro Ricardo Lewandowski, no julgamento da ADPF 54, que descriminalizou o aborto de anencéfalos, “não é dado aos integrantes do Poder Judiciário, que carecem da unção legitimadora do voto popular, promover inovações no ordenamento normativo, como se parlamentares eleitos fossem”. Mas, mesmo assim, mesmo tendo consciência disto, eles seguem outorgando para si o papel de legislar… Triste.
Os argumentos apresentados pelos senhores ministros para a defesa da política de cotas raciais giram em torno de uma certa “dívida” que toda a sociedade brasileira deveria à raça negra. Como refutação a esta ideia non sense, sugiro que leiam um artigo publicado semana passada no site do Francisco Razzo. Destaco:
“Acabar com o racismo passa por não admitir a ideia de raça, e não por fazer uma raça prevalecer sobre outras. Se os negros querem porque querem afirmar o orgulho pela sua raça, nada mais justo que todos os outros – de índios a caucasianos – assumam o orgulho pelas suas. E daí prevalecerá o mais forte.”“Belo trabalho do supremo (me recuso, motivos óbvios, à maiúscula): em uma semana o estado considera que os mais desprotegidos dos seus cidadãos não devem receber amparo e segurança jurídica precisamente por não serem aptos ao exercício pleno de suas faculdades e, em contrapartida, cerca de proteções outros membros crescidinhos, organizados e fortes o suficiente para fazer valer seus valores de cultura e raça. Sinal dos tempos.”
É deprimente ver como caminham as decisões políticas em nosso país – nas mãos de uns poucos, detentores de um pensamento que simplesmente não condiz com o do povo brasileiro. Começaram desnaturando a família; depois, defenderam sorrateiramente a eugenia; agora, se colocam – novamente de modo velado – ao lado do racismo. É bom nem pensar qual vai ser a próxima decisão de nossa Corte. Evita dores de cabeça.
3 Respostas
- em 30/04/2012 às 1:32 | Pe. Marcelo Gabert MasiAo contrário da jornalista do vídeo, entendo que o Brasil não deve nada aos gays.
- em 30/04/2012 às 9:42 | LUIS GONZALONUMA CAIXA DE FRUTAS,,SÓ,,UMA DELAS APODRECER AS OUTRAS SEGUEM O MESMO PROSCESSO,,BRASIL É ISSO AHI,,OS SINAIS SÃO FORTES DEMAIS..
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