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    domingo, 22 de abril de 2012

    [ZP120422] O mundo visto de Roma

    Campanha de doações 2012: Necessita-se de AÇÃO URGENTE!

    Pedimos à generosidade de todos os leitores que ainda não puderam responder com sua contribuição.

    ZENIT verdadeiramente é uma agência conduzida por seus leitores. Não tem nenhuma outra fonte substancial de recursos para cobrir os gastos anuais: o único meio com que contamos é a generosidade dos leitores que possam nos apoiar.
    Se não conseguirmos nos aproximar da meta de 90.000 dólares, ou seja, 160.000 Reais aproximadamente (70.000 Euros) para a edição em português, não poderemos garantir a continuidade do serviço.

    Por favor, se você tem condições, não deixe de participar desta campanha de doações!
    Se está pensando ou em algum momento pensou em sustentar ZENIT, este é o momento: envie sua doação agora mesmo!

    É possível enviar sua doação com cartão de crédito, cheque ou transferência bancária.
    Todas as informações para enviar uma doação se encontram em: http://zenit.org/portuguese/doacao.html
    Agradecemos de coração pela ajuda que cada um possa nos dar!


    ZENIT

    O mundo visto de Roma

    Portugues semanal - 22 de abril de 2012

    Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

    Comunicar a fé hoje

    Familia e Vida

    Santa Sé

    Espírito da Liturgia

    Mundo

    «Regina Caeli»

    Audiência de quarta-feira

    Documentação

    • Estamos vivendo tempos de jubileu
      Discurso de Dom Raymundo Damasceno na cerimonia de homenagem aos 60 anos de fundação da CNBB e de 50ª edição da Assembleia Geral

    Conferência Nacional dos Bispos do Brasil


    Assembleia Geral dos Bispos do Brasil
    Coletiva de imprensa do terceiro dia

    BRASILIA, sexta-feira, 20 de Abril de 2012 (ZENIT.org) – Na Coletiva de Imprensa deste terceiro dia de trabalhos da Assembléia Geral dos Bispos do Brasil (AG) reunidos em Aparecida, SP – segundo informa a página oficial da CNBB – tocaram-se principalmente 4 temas: a Jornada Mundial da Juventude, o Ano da Fé, o Ecumenismo, e o Número de Católicos no Brasil.

    Coordenados pelo Porta-Voz da 50ª AG, Dom Dimas Lara, foram convidados para responder à coletiva de imprensa hoje Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro; Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília; e o bispo de Volta-Redonda/Barra do Piraí (RJ), Dom Francesco Biasin.

    Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, anunciou que a organização da JMJ abrirá as inscrições em Julho desse ano. Lembrou o arcebispo que só uma terceira parte dos participantes é que se inscrevem na JMJ e que não é obrigatória a inscrição para a participação. Se prevê como aconteceu em Madri, que teve 500 mil inscritos e 2 milhões de participantes.

    Dom Sérgio da Rocha, da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé lembrou a importância da Convocação do Ano da Fé e a preparação para o Sínodo dos Bispos, em outubro próximo.

    Dom Biasin, da Comissão para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso testemunhou “como a Igreja procura consolidar o diálogo com as outras igrejas cristãs e as outras religiões”.

    A respeito da queda do número de católicos, apresentada em pesquisa recente, Dom Dimas esclareceu que os dados apresentados não são conclusivos. “Os números completos ainda não estão disponíveis. Se o número dos sem religião cresce, não quer dizer que o de ateus está crescendo”, afirmou.

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    Comunicar a fé hoje


    Facebook e Twitter fariam tesouro da experiência de Jesus
    Rafaelle Barbeiro no Master em Comunicação e New Media da UPRA

    Por Maria Emília Marega

    ROMA, sábado, 21 de abril de 2012(ZENIT.org) – “Jesus Cristo fazia comunicação point- to- multipoint”. Primeira manifestação de comunicação de massa, afirmou Barberio na aula inaugural do Master emComunicação e New Media do Ateneo Pontifício Regina Apostolorum em Roma.

    Rafaelle Barberio é sociólogo, jornalista e fundador da revista eletrônica Key 4 Biz (http://www.key4biz.it/), especializada em telecomunicação, mídia, internet e games, projeto editorial da Pegaso Uno – Cooperativa Sociale – ONG.

    O jornalista fez uma leitura sobre o papel da comunicação na história mostrando que a preocupação em deixar marcas sempre existiu e a chamada cultura de rede, internet, é também uma “questão de cultura e não apenas de engenharia”, que nasceu como instrumento militar.

    “Quando Jesus encontrava os interlocutores da época, Ele estava fazendo comunicação point- to- multipoint”. A primeira manifestação de comunicação de massa, onde a limitação era o alcance da voz que chegava apenas a um certo ponto, afirmou Barberio.

    Em resposta à ZENIT Rafaelle explicou que, considerando a experiência de Jesus na Jerusalém da época, a primeira coisa que vem em mente é a capacidade de comunicar à pessoas não acostumadas a um contato direto e a uma sequência de circunstancias, ou seja, podemos reconstruir um fenômeno de comunicação , pela primeira vez, de massa. Com uma relação direta com o público e contemporaneamente, uma sequência de circunstancias como se fossem vários compromissos. Tudo isso, desenvolveu uma relação entre Jesus e a Jerusalém daquela época. Uma relação onde também a Jerusalém esperava estas intervenções.

    “O velho e o novo não são sempre indistintos”, a idéia de fazer a comunicação chegar até as pessoas de maneira veloz sempre existiu - e prosseguiu -“A internet torna a comunicação mais acessível, mais justa, a um baixo custo”.

    Barberio recordou que sendo um meio democrático, podemos encontrar de tudo. Não existe um “meio de defesa”, por isso, é necessário “conhecimento e espírito critico” e não simplesmente “vetar as coisas”.

    Ao final da aula Rafaello respondeu a seguinte pergunta:

    ZENIT:O senhor falou que Jesus foi o primeiro “comunicador de massa”. Hoje, Ele utilizaria Facebook, Twitter e outros meios para comunicar?

    Barberio: Se Jesus estivasse em nosso tempo seria um usuário de Facebook? Pode até ser um pouco excessivo, mas acredito que se Jesus estivesse em nosso tempo, Facebook e Twitter falariam de Jesus. Facebook e Twitter fariam tesouro de uma experiência assim tão desconcertante como aquela da Jerusalém de dois mil anos atrás, pois seria objeto de atenção da opinião publica. Então, a diferença que existe entre a Jerusalém de dois mil anos atrás e o ambiente da comunicação eletrônica de hoje, no mundo em que vivemos, em minha opinião, seria que a participação do grande público e os comentários teriam sido diferentes. O focus das atividades de Jesus e o contato entre Jesus e a Jerusalém daquela época seria a própria atração por parte do grande público.

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    Familia e Vida


    A propósito da Anencefalia
    Artigo de refutação do ex- Sub Procurador Geral da República, Dr. Claudio Fonteles

    BRASILIA, sábado, 21 de março de 2012 (ZENIT.org) - Nesta quinta-feira, dia 19 de março, recebemos mais um artigo do nosso colaborador habitual, Dr. Claudio Fonteles, ex-sub procurador Geral da República, sobre o tema votado no STF, sobre o aborto dos bebês anencéfalos.

    Neste artigo o Dr. Claudio refuta toda a fundamentação jurídica dos que se posicionam pelo aborto dos fetos anencéfalos. Publicamos o artigo a seguir:

    ***

    Por Dr. Claudio Fonteles

    Motiva-me ao presente escrito, o parecer da Dra. Deborah Macedo Duprat de Britto Pereira sobre o tema encaminhado ao Supremo Tribunal Federal.

    A idéia central está em que: “A maior parte dos fetos anencéfalos morre durante a gestação. Aqueles que não falecem durante a gravidez têm curtíssima sobrevida, de natureza meramente vegetativa, em geral de poucos minutos, ou horas.” ( parecer: item 22 ).

    Eis raciocínio totalmente inconciliável com o princípio constitucional da inviolabilidade da vida humana ( art. 5º,caput ).

    Com efeito, ser a vida humana inviolável, direito pessoal individualmente garantido, conduz-nos à necessária conclusão de que o tempo de duração da vida humana – se 3 segundos, 3 minutos, 3 horas, 3 dias, 3 semanas, 3 meses, 3 anos... – não é fator decisivo para a sua eliminação consentida.

    À vida humana, gestada ou nascida, garante-se sua inviolabilidade, impedindo-se sua morte, insisto, por simples projeção do decurso temporal.

    O juízo, sempre temerário, sobre o tempo de duração da vida humana não chancela seja liquidada. Assim viola-se, arbitrariamente, o que a Constituição federal quer inviolável.

    Diz, passo adiante, a Dra. Deborah: “34. O reconhecimento da dignidade da pessoa humana pressupõe que se respeite a esfera de autodeterminação de cada mulher ou homem, que tem o poder de tomar decisões fundamentais sobre suas próprias vidas e de se comportarem de acordo com elas, sem interferências do Estado ou de terceiros.”

    Est modus in rebus.

    O princípio constitucional da dignidade da pessoa humana não é o apanágio do individualismo, do egocentrismo, da absoluta supremacia do eu, como o texto reproduzido indica.

    O princípio constitucional da dignidade da pessoa humana se resguarda a autodeterminação de cada mulher e de cada homem, até porque nós todos, mulheres e homens, desde a concepção somos em contínuo e incessante auto-movimento nos ciclos que compõem a nossa vida, necessariamente embrionário, a que se inicie, e depois fetal, recém-nascido, criança, jovem, adulto e velho, se nos é dado viver todos os ciclos, tanto resguarda não para que nos enclausuremos, repito, na solidão egocêntrica, eis que somos seres vocacionados, porque também ínsita em nossa dimensão, a sociabilidade, portanto o princípio da dignidade da pessoa humana promove-a como ser social, e disso é expressão eloqüente o artigo 3º, inciso I, da Constituição Federal a preceituar que: Art. 3º - “Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I – construir uma sociedade justa, livre e solidária”.

    Portanto, se vida há que se auto-movimenta no corpo materno, com ou sem deformações, mas se auto-movimenta, e vive, então como matá-la, por perspectiva meramente cronológica de sua existência?

    Tal morte conduz-nos ao primado do egocentrismo, entortando a compreensão jurídica do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, que não se compraz com a absolutização do arbítrio.

    Diz, ainda, a Dra. Deborah: “É dentro do corpo das mulheres que os fetos são gestados, e, mesmo com todas as mudanças que o mundo contemporâneo tem vivenciado, é ainda sobre as mães que recai o maior peso na criação dos filhos,” ( item 36 do parecer ).

    O argumento não deixa de estampar discriminação.

    O homem, o pai, não mencionado, não conta.

    Decisão sobre a manutenção da gestação não envolve, tout court, a idéia de autonomia reprodutiva só pertinente à mulher-mãe, como expressão, no dizer da Dra. Deborah, dos “direitos fundamentais à liberdade e à privacidade”.

    Pelo fato, óbvio, dos fetos serem gestados “dentro do corpo da mulher” não se pode absolutizar, na mulher, o juízo, único e exclusivo, sobre a permanência da gestação, descartada a manifestação de vontade do homem-pai.

    Tal ilação é tão absurda quanto o é a idéia de Ronald Dworkin, que a Dra. Deborah reproduz nesses termos: “... uma mulher que seja forçada pela sua comunidade a carregar um feto que ela não deseja não tem mais o controle sobre seu próprio corpo. Ele lhe foi retirado para objetivos que ela não compartilha. Isto é uma escravidão parcial, uma privação de liberdade.” ( transcrição no parecer, no item 38 ).

    “Escravidão parcial” é tão inapropriada, porque ou se é escravo, ou se é livre, não existe o meio-escravo, quanto inapropriado é matar a vida que se auto-movimenta e se auto-desenvolve no ventre materno, que a acolhe, pela liberdade pontual e arbitrária da mulher-mãe em desacolhê-la.

    Afirma a Dra. Deborah: “Entendo que a ordem constitucional também proporciona proteção à vida potencial do feto – embora não tão intensa quanto a tutela da vida após o nascimento – que deve ser ponderada com os direitos humanos das gestantes para o correto equacionamento das questões complexas que envolvem o aborto.” ( item 41 do parecer ).

    Com todo o respeito, o princípio da dignidade da pessoa humana, assim como o da inviolabilidade da vida humana, ambos contemplam a vida e a pessoa humanas em todos os seus ciclos, desde o momento-embrião até o momento-ancião, se os ciclos cumprem-se normalmente, como já o disse antes, não fazendo o menor sentido atribuir-se  a tal, ou qual, ciclo maior, ou menor, proteção constitucional.

    Não existe meia-vida como não existe meia-gravidez...

    Portanto, falar-se em “tutela progressiva” da vida humana é percorrer argumentação cabalmente despropositada.

    A Dra. Deborah conforta-se, nessa linha de argumentação, a dizer que: “Contudo, quando não há qualquer possibilidade de vida extra-uterina, como ocorre na anencefalia, nada justifica do ponto de vista dos interesses constitucionais envolvidos, uma restrição tão intensa ao direito à liberdade e à autonomia reprodutiva da mulher.” ( item 42 do parecer ).

    Aqui, tem-se diante petição de princípio, inadequada ao debate jurídico, que pede a exposição concatenada de concretos fundamentos ao amplo exame da controvérsia, do mesmo modo que em nova petição de princípio a Dra. Deborah sentencia que: “Nas audiências públicas realizadas nesta ação foi devidamente esclarecido o fato de que a menina Marcela de Jesus, que teria supostamente sobrevivido por um ano e oito meses com anencefalia não tinha na verdade esta patologia, ao contrário do que afirmaram os opositores da interrupção voluntária da gravidez, mas outra má-formação cerebral menos severa, ainda que também de caráter fatal” ( item 23 do parecer ).

    Ora, e com todo o respeito à Dra. Deborah, Marcela de Jesus, é fato certo, inequívoco, e não “supostamente”. Viveu mesmo 1 ano e 8 meses, e sua morte não decorreu da anencefalia. Quais as razões apresentadas na audiência pública a dizer que o quadro de Marcela não era de anencefalia? O parecer da Dra. Deborah é omisso, e nada demonstra, como deveria, no tópico. E, como mesmo diz a Dra. Deborah, se essa “má-formação cerebral menos severa, ainda que também de caráter fatal” acontece, então havemos de concluir que o aborto, ou a antecipação terapêutica do parto, como se queira eufemisticamente chamar, também, assim, é chancelado em homenagem à dignidade da pessoa da mulher-mãe...

    Por derradeiro, a Dra. Deborah afirma que: “Por outro lado, também ficou patenteado nos autos que inexiste possibilidade real de transplante dos órgãos dos fetos anencéfalos para terceiros, uma vez que há, com grande freqüência, outras malformações associadas à anencefalia” ( item 24 do parecer ).

    Todavia, a Portaria nº 487, de 2 de março de 2007, do Ministério da Saúde, dispõe exclusivamente “sobre a remoção de órgãos e/ou tecidos do neonato anencéfalo para fins de transplante ou tratamento” e, em seu artigo 1º é textual no assentar que: “A retirada de órgãos e/ou tecidos de neonato anencéfalo para fins de transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de parada cardíaca.”

    Como manter-se a afirmação da Dra. Deborah de que “inexiste possibilidade real de transplante de órgãos dos fetos anencéfalos”?

    Na verdade, e sempre com o respeito merecido, a argumentação da Dra. Deborah, e de todos os que querem legalizar a morte do feto, ou do bebê, anencéfalo não tem base jurídica.

    A Constituição brasileira de 1988, significando a resposta democrática ao sombrio período do arbítrio e do menosprezo à vida humana, foi enfática e textual – e assim aqui torno a mencionar o artigo 1º, inciso III – no marcar para todas e todos, brasileiras e brasileiros, estrangeiras e estrangeiros, que aqui vivam, como objetivo fundamental da República federativa, a diuturna construção de sociedade justa, livre e solidária.

    Aqui, tenho por caracterizado o que o professor associado de instituições de direito público da Universidade de Milão-Biccoca, Filippo Pizzolato, denomina de personalismo constitucional, que nada tem a ver com o protagonismo do ser individual. Conheçamos o que diz o professor Pizzolato:

    “Do modelo individualista, que nossos constituintes refutam numa versão ideal-típica, parece se contestar a própria matriz, cuja origem pode facilmente ser encontrada no direito natural iluminista e no contratualismo liberal a ele correlacionado ( de Hobbes, Locke, Rousseau, entre outros). O pressuposto cultural e antropológico dessa tradição iluminista pode remontar, porém, ao cogito cartesiano, quer dizer, à idéia de autopercepção do sujeito como indivíduo, alguém que constrói para si uma identidade prescindindo dos outros e de um tecido de relações. Por trás de tudo isso, portanto, está a idéia de indivíduo, anteriormente desconhecida, como entidade originária, enquanto tal titular de um feixe de direitos naturais cuja consistência precede a própria idéia de sociedade. Nessa perspectiva, a sociedade é apenas o fruto posterior e eventual de um livre ato de vontade ( um contrato ) estipulado entre indivíduos, todos livres, independentes e iguais. Os direitos naturais gozam, assim, de uma fundamentação autônoma, completamente racionalista e abstrata e, enquanto tal, logicamente anterior ao próprio fenômeno jurídico, que, por sua vez, é propriamente social e, por conseguinte, voluntarista. Por mais paradoxal que possa parecer, na teoria do direito natural individualista, os direitos ( naturais ) vêm antes da sociedade e, assim, assumem uma vocação absolutista, com pequena tolerância para as necessárias limitações ou mediações que as relações sociais tornam inevitáveis.” ( in – O Princípio Esquecido – coletânea de artigos organizada por  Antônio Maria Baggio – editora Cidade Nova – pg. 116-17- no artigo: A fraternidade no ordenamento jurídico italiano de autoria do citado Prof. Filippo Pizzolato).

    O personalismo constitucional, por sua vez, sustenta que: “  Pertencer a uma comunidade é constitutivo e estrutural da identidade humana, não um dado acessório ou opção eventual voluntarista” ( artigo citado – pg. 118 ) porque “ ... antes do indivíduo existe necessariamente uma comunidade, entendida como rede de relacionamentos, tecido de relações, quadro de solidariedade que sustenta o próprio indivíduo e permite o seu desenvolvimento,” ( ainda: pg. 118 ).

    E arremata o prof. Pizzolato:

    “Essa dimensão horizontal da solidariedade, já reconhecida, em que a fraternidade encontra um espaço destacado, não pode ser reduzida ao cânon, tipicamente liberal, do não prejudicar aos outros, mas encaminha e orienta o próprio exercício da liberdade, seguindo o mandato bem mais vinculativo do faça o bem ao outro ( ... porque é também o seu).”

    ( pg. 120 ).

    Nessas colocações, reconhecido fica o pensamento do filósofo Emmanuel Mounier, assim tão eloqüente:

     “Trato o outro como um objeto quando o trato como ausente, como um repertório de informações, que me podem ser úteis  (G. Marcel ) ou como instrumento à minha disposição; quando o classifico definitivamente, isto é, para empregarmos exata expressão, quando desespero dele. Tratá-lo como sujeito, como ser presente, é reconhecer que não o posso definir, nem classificar, que ele é inesgotável, pleno de esperanças, esperanças de que só ele dispõe; é acreditar. Desesperar de alguém é desesperá-lo... O ato de amor é a mais forte certeza do homem, ocogito existencial irrefutável: amo, logo o ser é, e a vida vale ( a pena ser vivida).

    ( in- O Personalismo, pg. 48-9 , Centauro editora.).

    O bebê anencéfalo ser é.

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    Santa Sé


    Freiras americanas contrárias ao magistério da Igreja sofrem intervenção vaticana
    Cardeal Levada: "Situação doutrinal e pastoral muito grave"

    Salvatore Cernuzio

    ROMA, sexta-feira, 20 de abril de 2012 (ZENIT.org) – A Leadership Conference of Women Religious (LCWR), ou Conferência das Liderenças Religiosas Femininas, grupo que reúne 80% das religiosas nos Estados Unidos, precisa de uma profunda reforma. É o parecer da Congregação para a Doutrina da Fé, chefiada pelo cardeal William Levada, ex-arcebispo de San Francisco, que nomeou o arcebispo de Seattle, Peter Sartain, para supervisionar o trabalho de reorganização do grupo.

    A iniciativa é fruto de uma investigação secreta feita pelo Vaticano desde 2008, encerrada nesta quarta-feira com a declaração do cardeal: "A situação doutrinal e pastoral é grave e nos causa séria preocupação".

    De acordo com o Washington Post, o grupo que agora sofre a intervenção vaticana "já se declarou a favor do casamento gay, do aborto e de temáticas feministas". O problema fundamental, segundo Levada, é que a LCWR "se afastou do centro cristológico fundamental e do foco da consagração religiosa", tornando-se promotora de ensinamentos sobre a sexualidade que discordam da Igreja e se fundamentam em ideias "radicalmente feministas, incompatíveis com a fé católica".

    As declarações são resultado da visita apostólica feita pelo bispo Leonardo Blaire, de Toledo, Ohio, que identificou sérios problemas doutrinais em muitas pessoas do grupo de consagradas. A investigação revelou reuniões regulares da LCWR que “ignoravam o ensinamento magisterial” em temas como o sacerdócio feminino e a homossexualidade. Alguns programas promovidos pela LCWR promovem ainda um feminismo radical.

    O grupo já tinha deixado a situação muito delicada ao declarar: “Não promovam o ensinamento da Igreja sobre os problemas da sexualidade humana”. Além disso, é acusado de “silêncio sobre o direito à vida desde a concepção até o fim natural”, no acalorado debate público sobre aborto e eutanásia. A LCWR apoiou com firmeza a reforma de Obama na saúde pública, inclusive quanto às controversas normas sobre aborto e contracepção.

    O arcebispo Sartain, delegado vaticano, deverá “revisar, orientar e aprovar o trabalho da LCWR onde for necessário”. Entre suas tarefas, ele ajudará as líderes da LCWR a revisar os estatutos do grupo, planejar os programas, rever os textos litúrgicos e reconsiderar as afiliações a outras organizações.

    O mandato do delegado “durará o período máximo de cinco anos, se necessários”. Como auxiliares, ele contará com os bispos Leonard Blair e John Thomas Paprocki, além de consultores adjuntos e especialistas religiosos, “para trabalhar com a LCWR e enfrentar os problemas que foram delineados nos informes”.

    O documento sobre o trabalho do delegado vaticano estabelece um vínculo formal entre ele e a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos.

    “Os resultados da avaliação doutrinal da LCWR, publicada pela Congregação para a Doutrina da Fé, pretendem renovar esta conferência para dar uma base doutrinal mais forte às suas muito louváveis iniciativas e atividades”, declarou o cardeal Levada.

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    É necessário interpretar as Sagradas Escrituras de acordo com a sua natureza
    Mensagem de Bento XVI para a Assembléia Plenária da Comissão Pontifícia Bíblica

    CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 20 de abril de 2012 (ZENIT.org) - Por ocasião da Assembléia Plenária anual da Comissão Pontifícia Bíblica, começada no dia 16 de abril e encerrada nesta sexta-feira, na Domus Sanctae Martae, no Vaticano, o papa Bento XVI enviou uma mensagem aos Cardeais William Levada e Prósper Grech, respectivamente presidente e secretário, e a todos os membros da mesma Comissão.

    O tema tratado neste ano ", Inspiração e Verdade da Bíblia" foi definida pelo Papa como "fundamental para uma correta hermenêutica da mensagem bíblica". Sendo o tema da inspiração "crucial para a abordagem adequada às Sagradas Escrituras," a "origem de Deus" destas últimas continua sendo a sua "característica mais importante e valiosa", observa o Santo Padre.

    O pontífice cita uma passagem da sua exortação pós-sinodal Verbum Domini, na qual afirmava que "os padres sinodais sublinharam que à questão da inspiração também está ligado a questão da verdade das Escrituras. Por isso, um aprofundamento da dinâmica da inspiração levará sem dúvida também a uma mairo compreensão da verdade contida nos livros sagrados "(n. 19).

    No entanto, a Palavra de Deus "não se reduz ao escrito, mas também após a morte do último apóstolo continua “sendo anunciada e interpretada pela vida Tradição da Igreja”. Por esta razão, a Palavra não fica como “um depósito inerte dentro da igreja, mas se torna regra suprema da sua fé e potência de vida.”

    A tradição que tem origem nos apóstolos – acrescenta o Papa – progride com a assistência do Espírito Santo e cresce com a reflexão e o estudo dos crentes, com a experiência pessoal de vida espiritual e a pregação dos bispos "(cf. Verbum Dei, 8,21).

    Além disso, os textos bíblicos devem "ser interpretados de acordo com a sua natureza": ou seja, é "essencial e fundamental para a vida e a missão da Igreja". Daí a exortação do Santo Padre para a Pontifícia Comissão Bíblica de se comprometer nesse sentido, oferecendo “sua específica e qualificada contribuição para este necessário aprofundamento".

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    A Santa Sé examina a segunda resposta da Fraternidade de São Pio X
    Posição sobre o "Preâmbulo doutrinal" de 2011

    Anita Bourdin

    CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 19 de abril de 2012 (ZENIT.org) - O Vaticano examinará a segunda resposta da Fraternidade São Pio X a propósito do "Preâmbulo doutrinal", enviado ao superior da fraternidade em setembro de 2011, acompanhado por uma "Nota preliminar", base fundamental para os discípulos de Marcel Lefebvre chegarem à plena reconciliação com a Sé Apostólica.

    Uma primeira resposta enviada em janeiro à Congregação para a Doutrina da Fé não satisfez à Santa Sé, que pediu, em março passado, "esclarecimentos".

    A resposta ao pedido de março chegou neste dia 17 de abril, segundo um comunicado da Comissão Pontifícia Ecclesia Dei. A Congregação para a Doutrina da Fé examinará agora a nova resposta e a submeterá a Bento XVI.

    "O texto da resposta de sua excelência, dom Bernard Fellay, superior geral da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, solicitado no encontro de 16 de março de 2012 na sede da Congregação para a Doutrina da Fé, chegou em 17 de abril de 2012. Ele será examinado pelo dicastério e submetido depois ao papa", informa o comunicado da Santa Sé.

    O Vaticano destacou em março a vontade de "evitar uma ruptura eclesial de consequências dolorosas e incalculáveis" com a Fraternidade Sacerdotal São Pio X, cujo superior, dom Fellay, fora recebido pelo cardeal William Levada, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

    O Vaticano convidou Fellay "a esclarecer a sua posição para se chegar à redução da fratura existente, conforme deseja o papa Bento XVI".

    O "Preâmbulo" enuncia as condições da plena comunhão com a Igreja católica, que são "alguns princípios doutrinais e critérios de interpretação da doutrina católica, necessários para garantir a fidelidade ao magistério da Igreja e o sentire cum Ecclesia".


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    Testemunhar juntos o Cristo ressuscitado
    Mensagem de Bento XVI às Igrejas Orientais que seguem o calendário juliano

    Anita Bourdin

    ROMA, quarta-feira, 18 de abril de 2012 (ZENIT.org) - O "testemunho comum" de Cristo pode fortalecer a fé de todos os cristãos e renovar a sua esperança, especialmente onde eles são vítimas da violência, disse Bento XVI.

    Em nome do papa, o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos enviou uma mensagem aos líderes das igrejas ortodoxas e orientais que seguem o calendário juliano e comemoraram a páscoa neste domingo, 15 de abril.

    Bento XVI faz votos de que, "renovado pelo testemunho comum na verdade e no amor", o anúncio da ressurreição de Cristo "possa fortalecer a fé de todos os cristãos e renovar a sua esperança, especialmente nas regiões onde eles são vítimas da violência, e trazer paz e consolo para aqueles que sofrem, para os doentes, para as vítimas da injustiça, da fome e da pobreza".

    O pontífice recordou em particular as palavras ditas pelo anjo às mulheres que foram até o sepulcro: "Não temais. Eu sei que buscais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui. Ressuscitou, como tinha dito. Vinde, vede o lugar onde tinha sido colocado"(Mt 28,5-6).

    "O anúncio da ressurreição de Jesus mostra que a última palavra na existência humana não é a morte, mas a vida, e revela a plenitude do amor de Deus".

    Para o papa Bento XVI, a unidade é essencial para o testemunho. "Hoje os cristãos são chamados a difundir esta mensagem de esperança aos homens e mulheres do nosso tempo" e "este anúncio repercutirá com mais força quando o proclamarmos juntos".

    "Os esforços para promover a unidade dos cristãos se baseiam principalmente nas palavras da oração de Jesus ao Pai: ‘que todos sejam um (...), de modo que o mundo creia que tu me enviaste’ (Jo 17,21)", concluiu o Santo Padre.

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    A túnica santa: um símbolo da unidade da Igreja
    Mensagem de Bento XVI ao bispo de Trier no quinto centenário da exposição da relíquia

    Lucas Marcolivio

    CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 16 de abril de 2012 (ZENIT.org) - No quinto centenário da exposição da Túnica Santa na Catedral de Trier, na Alemanha, o papa Bento XVI enviou uma mensagem ao bispo da cidade, dom Stephan Ackerman. A exposição da relíquia foi aberta na sexta-feira, 13 de abril, e vai até 13 de maio, esperando milhares de peregrinos de todo o mundo.

    "Nesta ocasião especial, eu também, em pensamento, me torno peregrino na antiga e venerável cidade episcopal de Trier, para me juntar às fileiras de fiéis que, nas próximas semanas, peregrinarão para ver a Túnica Santa".

    Bento XVI recorda que esta importante relíquia evoca "um dos momentos mais dramáticos da vida terrena de Jesus, a morte na cruz". Embora a divisão das vestes de Jesus (cf. Jo 19,23) pareça um "episódio secundário" da Paixão de Nosso Senhor, esta relíquia nos ajuda "a olhar com fé para o mistério da salvação".

    Como narra o evangelista João, os soldados "não queriam rasgar a túnica" de Cristo, mas a sortearam, e assim ela permaneceu inteira. Nesta passagem, diz Bento XVI, os Padres da Igreja vislumbraram a unidade da própria igreja, "fundada como comunidade única e indivisa do amor de Cristo".

    O amor do Salvador "reúne o dividido", e Cristo, sem dissolver a "pluralidade dos homens", os une "para se tornarem, eles próprios, de várias maneiras, mediadores uns dos outros para Deus". A Túnica Santa é ainda "uma advertência para a Igreja permanecer fiel às suas origens, ser ciente de que a sua unidade, consenso, eficácia, testemunho, podem ser criados apenas de cima, por Deus".

    Historicamente, a túnica não era uma peça "elegante", nem expressava qualquer "papel social". Era modesta, com a única finalidade de cobrir o corpo, que nos lembra "a dignidade da Igreja". A integridade da Igreja, Corpo de Cristo, é um bem muitas vezes ferido pelo "nosso egoísmo, fraquezas e erros". A "especial dignidade e integridade da Igreja", por sua vez, "não pode ser exposta e entregue a um julgamento da opinião pública".

    A peregrinação jubilar à Túnica Santa tem o lema "Reúna o dividido": o papa explica que é uma exortação a não "ficarmos em isolamento", mas a "pedirmos que o Senhor nos guie no caminho comum da fé e faça reviver em nós o seu conteúdo".

    Antes de dar a bênção apostólica ao bispo de Trier e a todos os peregrinos, Bento XVI expressou a esperança de que "ao crescermos juntos na fé, na oração e no testemunho, reconheceremos, nas provações do nosso tempo, a grandeza e a bondade do Senhor".

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    Espírito da Liturgia


    Como celebrar?/2: Canto e Música (CIC 1156-1158)
    Rubrica de teologia litúrgica aos cuidados do Pe. Mauro Gagliardi

    Por Paul Gunter, O.S.B.*

    CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 18 de abril de 2012 (ZENIT.org) – De um tempo remoto, o canto e a bela música ofereceram uma interface às sublimidades e profundidades das emoções humanas. No entanto, se foram formativas na liturgia, o seu objetivo mais elevado é aquele de dar glória a Deus no culto que, inevitavelmente, eclipsa o seu nobre mas limitado destino, para ir satisfazer um desejo primário de um ótimo serviço. Sobretudo a partir do momento que é dirigida a Deus, «A tradição musical da Igreja universal criou um tesouro de inestimável valor, que excede todas as outras expressões de arte, sobretudo porque o canto sagrado, intimamente unido com o texto, constitui parte necessária ou integrante da liturgia solene» (Catecismo da Igreja Católica [CIC] 1156 e Sacrosanctum Concilium [SC] 112. Segundo a tradição da Antiga Aliança, não somente os salmos e hinos são centrais na liturgia hebraica e cristã, mas também a diversidade musical e dos registros simbólicos dos vários instrumentos musicais (CIC 1156). Do ponto de vista moderno, é difícil estabelecer quais sejam todos os instrumentos, ainda que um senso da sua sinfonia pode ser captado graças à nossa apreciação pela versatilidade de um órgão de tubos que anuncia, de uma forma tão amável, as atmosferas distintivas do ano litúrgico. Nunca se deveria perder de vista o apelo de SC 120 sobre a particular estima que deveria ser garantida ao órgão de tubos, ainda quando outros instrumentos sejam consentidos na liturgia sobre a base do fato de que são aptos para o uso sagrado.

    Os variados estados de ânimo expressos pelos diversos gêneros de instrumentos musicais na liturgia do Antigo Testamento são indicados pela sua extensão. Entre os instrumentos de corda, a lira, cítara ou kinnōr  eram ouvidos no Templo durante as festas e os banquetes, como indicado em 1 Crônacas 15, 16 e em Isaías 5, 12. E é o mesmo instrumento usado por Davi para informar a Saul como indicado em 1 Samuel 16, 23. O nebel ou harpa muitas vezes era tocado junto com a cítara como sugerido no Salmo 108 (107). Enquanto que o nebel com dez cordas como se encontra no Salmo 144 (143) pode ser comparado a uma cítara e é semelhante a um alaúde. Entre os instrumentos de sopro estavam as trombetas em Números 10 utilizada para festas e outras cerimônias importantes; a flauta, elencada no grupo de instrumentos de Daniel 3,5 e o l'halīl ou flauta de tubo que foi usada para simbolizar a dor em Jeremias 48, 36 e para proclamar a alegria em 1 Re 1, 40. E também estavam presentes instrumentos de percussão como os Símbalos do Salmo 150 e as campainhas sobre as vestes de Arão em Êxodo 28, 33-35

    Os tesouros da liturgia palpitam vida quando são celebrados e enobrecem o canto e a música de culto. O ato mesmo da troca entre nós e Deus faz presente um lugar onde Deus habita e no qual os seres humanos são tocados pela vida única de Deus. Esta morada de Deus encontra-se na liturgia. A liturgia não é um mero símbolo do mistério divino ou um mero símbolo da verdade da revelação católica. Nos faz presentes a nós mesmos na e por meio da celebração litúrgica. Estes componentes essenciais da liturgia nos mostram que as nossas celebrações não podem ser limitadas pelos nossos sentimentos ou por um imperativo emotivo pelo qual devemos nos sentir bem quando e como celebramos, não importa o quanto sejam importantes estes aspectos no modo em que dirigimos uma mensagem a Deus. A liturgia deve comunicar o significado da Igreja e, ao mesmo tempo, o seu significado entre os participantes que, à sua vez, são alimentados no Espírito e na Verdade. Fidelidade àquilo que parece uma relação a longa distância, na liturgia se tornará uma sensação transitória se as pessoas se adequam à língua sacra da Missa. Não precisa subestimar as pessoas envolvidas que devem reconhecê-la e, com o tempo, crescerá o amor pelos textos que serão conhecidos sempre mais. Três critérios devem ser tidos em conta no canto e a música para realizar o seu potencial: “a beleza expressiva da oração, a participação unânime da assembleia nos momentos previstos e o carácter solene da celebração” (CIC 1157).

    A liturgia descreve e forma relações. As relações têm necessidade de perseverança, com e dentro dessas podem nascer equívocos. A liturgia é o lugar de encontro onde Deus mostra a profundidade do pacto do seu amor, de modo que “os homens caídos possam levantar-se sobre as asas da oração” (Stanbrook Abbey Hymnal, "Senhor Deus, a Tua luz que ofusca as estrelas" (Lord God, your light which dims the stars), versículo 2, publicado em 1974). Na liturgia, Deus encontra o anthropos (o homem) sobre uma terra santa. Portanto “promova-se com esforço o canto popular religioso, de modo que nos piedosos e sagrados exercícios, e nas mesmas  ações litúrgicas”, conforme com as normas da Igreja, “possam ressoar as vozes dos fiéis (SC 118, CIC 1158). Portanto, o nosso serviço à liturgia na celebração litúrgica não prevê colocar os nossos gostos pessoais e as nossas escolhas particulares diante daquilo que a Igreja transmitiu até nós. A autêntica participação litúrgica celebrará verdades transcendentes do tempo e do espaço, porque “o Espírito Santo guia os fiéis à verdade integral e neles faz habitar abundantemente a palavra de Cristo, e a Igreja perpetua e transmite tudo o que ela é e tudo o que ela crê, também quando oferece as orações de todos os fiéis a Deus, por meio de Cristo e na potência do Espírito Santo” (SC 33; Liturgiam authenticam 19, tradução nossa).

    *Padre Paul Gunter, O.S.B., é Professor no Pontifício Instituto Litúrgico de Roma, Consultor do Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice e Secretário do Departamento pela Vida cristã e o Culto da Conferência dos Bispos Católicos da Inglaterra e Galles.

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    Quem quiser enviar perguntas ou expressar opiniões sobre os temas tocados pela rubrica organizada pelo Padre Mauro Gagliardi pode escrever para: liturgia.zenit@zenit.org

    [Tradução Thácio Siqueira]

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    Mundo


    EUA: A Igreja convida o governo a eliminar o embargo a Cuba
    A carta do Presidente da Comissão para a Justiça Internacional e a Paz ao Secretário de Estado Hillary Clinton

    CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 20 de abril de 2012 (ZENIT.org) - A Igreja Católica nos Estados Unidos pediu, numa carta enviada ao Secretário de Estado Hillary Clinton, para revogar o embargo a Cuba e restabelecer as relações diplomáticas entre Washington e a Havana.

    Numa carta enviada ao Secretário de Estado Hillary Clinton, monsenhor Richard E. Pates, bispo de Des Moines (Estado de Iowa) e presidente da Comissão para a Justiça Internacional e Paz da Conferência Episcopal, disse que com estas duas medidas, os EUA vai apoiar o povo cubano para conseguir mais liberdade, direitos humanos e liberdade religiosa.

    Na carta, enviada terça-feira e divulgada ontem pela Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB), mons. Pates elogia um possível relaxamento das restrições de viagens impostas no ano passado pela administração Obama. O prelado declara na carta que após participar da visita do Papa Bento XVI na ilha, do 26 ao 28 de março deste ano, testemunhou em primeira mão como continuar esta tendência de abertura "irá melhorar a vida das pessoas em ambos os países."

    As organizações beneficentes, incluindo aquelas da Igreja Católica, prestam serviços essenciais aos cubanos mais pobres e marginalizados, escreveu Pates na carta. O prelado acrescenta que durante a sua visita à ilha, sejam os membros das organizações em causa que os membros da Igreja Católica em Cuba disseram-lhe "repetidamente" que o seu trabalho é prejudicado pela incapacidade de obter produtos dos Estados Unidos por causa do embargo.

    Mons Pates reiterou a posição da Igreja Católica, segundo a qual só uma aproximação com Cuba levará a uma mudança positiva no país caribenho. "Esperamos e rezamos por medidas rápidas e adequadas para estabelecer plenas relações diplomáticas com Cuba e levantar todas as restrições de viagens para Cuba e para dar mais assistência interpessoal ao povo cubano", escreve Mons. Pates.

    "Desta forma, vamos apoiar o povo cubano, os nossos vizinhos com apenas 90 milhas de distância, a atingir uma maior liberdade, direitos humanos e liberdade religiosa, bem como envolver um parceiro comercial que irá beneficiar o comércio americano", concluiu o bispo.

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    Uruguai: a Igreja expressa a sua preocupação por algumas condições laborais
    Saudação dos bispos no Dia dos Trabalhadores

    MONTEVIDÉU, sexta-feira, 20 de abril de 2012 (ZENIT.org) - Os bispos do Uruguai, por ocasião do Dia dos Trabalhadores, que se celebra no próximo dia 1 de maio, dirigiram uma saudação aos trabalhadores do país.

    Em primeiro lugar, os bispos cumprimentaram "os trabalhadores do campo e da cidade que, com sua fadiga diária e responsável, proporcionam um serviço indispensável à sociedade."

    "O trabalho de cada dia se desenvolve em todas as áreas da vida social: fábricas, escritórios, casas, campos e salas de aula; na investigação, na comunicação e nos diversos serviços que se complementam entre si", acrescentam.

    Os prelados valorizam “a função que cumprem os sindicatos e associações procurando dignificar o trabalho" e os incentiva “a continuar colaborando com o resto dos protagonistas sociais, para fomentar as condições de uma sociedade equitativa e solidária".

    Dessa forma, expressam a sua preocupação por "algumas condições de trabalho, particularmente os largos horários que afetam a vida familiar. É importante recuperar o equilíbrio do descanso semanal - especialmente no Domingo - mesmo nos ritmos da sociedade de hoje, seguindo a milenária tradição bíblica".

    Olhando para os novos empreendimentos no país, julgam que "deve ser prioridade do governo, dos legisladores e das populações envolvidas, reforçar o acompanhamento e supervisão sobre os grandes projetos de investimento do agronegócio e da mineração, pensando no cuidado dos nossos recursos naturais e nas relações laborais que se estabelecem com os trabalhadores. Só uma autêntica "ecologia humana" permitirá um desenvolvimento sustentável. "

    E concluem elevando sua oração "para que as fadigas de cada dia alcancem a quota de realização, alegria e solidariedade para cada um e para as suas famílias".

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    Médicos católicos apóiam bispo espanhol na polêmica sobre a homossexualidade
    Comunicado da Federação Internacional de Associações de Médicos Católicos

    ROMA, quarta-feira, 18 de abril de 2012 (ZENIT.org) - A Federação Internacional de Associações de Médicos Católicos (FIAMC), com sede na Cidade do Vaticano, publicou um comunicado sobre as palavras de dom Juan Antonio Reig Pla, bispo de Alcalá de Henares, na Espanha, que se manifestou contrário à homossexualidade em homilia transmitida na sexta-feira santa pelo canal TVE (Televisión Española).

    O comunicado é assinado pelo presidente da FIAMC, doutor José María Simón Castellví, e diz que a federação deseja “comunicar à opinião pública de boa vontade” os seus seguintes pontos de vista:

    1. Que os médicos católicos respeitam profundamente as pessoas com orientação homossexual, assim como todas as pessoas de qualquer outra condição.

    2. Que os médicos católicos não aprovam a prática da homossexualidade por não achá-la em conformidade com a sã antropologia nem com a santa bíblia. A homossexualidade, segundo eles, não é pro natura.

    3. Que a posição científica dos médicos católicos se encontra no documento Homossexualidade e esperança, da Associação Médica Católica Norte-Americana, adotado pela FIAMC como um dos seus textos oficiais. O texto, em várias línguas, encontra-se no site www.fiamc.org.

    4. Que os médicos católicos, assim como dom Reig, lamentam o conteúdo de alguns livros de texto, especialmente os da matéria escolar espanhola Cidadania, e os "ensinamentos" que incentivam crianças a “explorar” todas as possibilidades sexuais. “Temos toda a razão para considerar perversos estes ensinamentos”, dizem os médicos no comunicado. “E dom Reig tem toda a razão ao condenar estes e outros abusos contra o ser humano”.

    5. Que os médicos católicos lamentam profundamente o fracasso dos estados modernos e das instituições públicas supranacionais no combate ao turismo sexual, com maiores ou menores de idade, em países que eles chamam de “exóticos”.

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    A Virgem da Caridade: Evangelizadora por natureza
    O testemunho do arcebispo de Santiago de Cuba à AIS

    ROMA, terça-feira, 17 abril de 2012 (ZENIT.org). – “A Igreja em Cuba, hoje, pede uma mudança interior. E o Papa trouxe uma mensagem de reconciliação e de retorno às raízes da fé em Cristo, capazes de promover a compreensão que torna possível qualquer mudança”. Afirmou Dom Dionisio Guillermo García Ibanez, arcebispo de Santiago de Cuba e presidente da Conferência Episcopal local.


    Agora que o Papa partiu continua a festa de comemoração dos 400 anos desde a primeira aparição da Virgem da Caridade. Um aniversário que a Ajuda à Igreja que Sofre quis compartilhar com a comunidade cubana doando 250 mil rosários, enriquecidos por uma medalha triangular com a Virgem.Comentando sobre o grande valor do projeto da AIS "250 mil rosários para Cuba," Dom Garcia Ibanez destacou o relacionamento intenso dos moradores da ilha com a padroeira.

    A Virgen dela Caridad é o coração espiritual de todos os cubanos e mesmo "nesses anos difíceis" tem sido capaz de manter a ligação entre os católicos com Deus e com a Igreja. "Em El Cobre se vai para buscar a vida", disse o prelado, certo de que neste ano jubilar muitos peregrinos vão visitar o Santuário Nacional de Nossa Senhora da Caridade, que pertence à Arquidiocese de Santiago de Cuba. Como muitos cubanos que em 2011 esperavam "el paso dela Virgen": uma procissão com a cópia da estátua mariana, que atravessou as 11 dioceses cubanas.

    "Cachita é um veículo imediato de evangelização", diz Dom Garcia Ibanez, que descreve o ícone encontrado no mar há 400 anos como "um pequeno Evangelho em miniatura”. Com a mão esquerda a Virgem segura o Menino Jesus e com a mão direita segura forte a cruz. "Basta olhar para ela. É uma evangelizadora por natureza”.

    A devoção mariana do povo cubano é evidenciada pelo conhecimento difuso da Ave Maria, transmitido de geração em geração pelo povo, apesar de anos de ateísmo forçado. A “nova primavera da fé” vivida hoje na ilha, no entanto, precisa de bases sólidas. "Os cubanos têm no coração um forte desejo de rezar com entendimento. Nossa tarefa, como Igreja, é a de acompanhá-los no desejo de se aproximarem de Deus. E o rosário é a oração mais fácil e mais popular”.

    (Tradução:MEM)

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    Comemorávamos a páscoa em paz e tranquilidade
    Dom Matthew Man-oso Ndagoso fala da tentativa de assassinato sofrida no domingo

    ROMA, segunda-feira, 16 de abril de 2012 (ZENIT.org). - "Nós tínhamos sido avisados ​​da possibilidade de novos ataques. Mas ninguém sabia como e quando seria. Por isso, celebrávamos a páscoa em paz e tranquilidade".

    Por telefone, dom Matthew Man-oso Ndagoso, arcebispo de Kaduna, Nigéria, conta para Ajuda à Igreja que Sofre que, durante a missa de páscoa, a polícia parou um carro que se dirigia à igreja evangélica da cidade. O homem ao volante tentou escapar, mas "o carro explodiu de repente" muito perto de outra igreja. Fontes locais falam de 38 mortos, mas o arcebispo diz que "ainda é impossível fornecer uma estimativa precisa". Entre as vítimas, numerosos mototaxistas, que iriam levar os fiéis para casa, e alguns mendigos que pediam esmolas.

    A comunidade está apavorada, mas dom Ndagoso garante que "não pretende deixar Kaduna". Nestes tempos difíceis, o prelado refez à comunidade o mesmo convite de sempre: "Continuem vindo à igreja e rezem pela paz. E perdoem, mais uma vez".

    As atividades normais ainda não foram retomadas. O arcebispo não pôde ainda encontrar as famílias das vítimas, entre as quais há muitos muçulmanos. "Não foi decretado toque de recolher, mas é mais seguro ficar em casa", diz ele.

    O ataque não foi reivindicado, mas é fácil pensar na seita islâmica Boko Haram. "Esse grupo já se manchou com massacres muito parecidos. Mas não temos certezas". Na noite de domingo, outra bomba explodiu em Jos, ferindo algumas pessoas.

    Dom Ndagoso está convencido de que a única esperança para a Nigéria ("para todos, não apenas para os cristãos") é o diálogo entre as comunidades religiosas e com as autoridades civis. Mas antes é preciso receber ajuda externa. "Se ninguém investe na Nigéria, nunca haverá trabalho para os nossos jovens. E o diálogo nunca terá bases sólidas".

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    «Regina Caeli»


    A Primeira Comunhão é a "Festa da fé"
    Bento XVI exorta os sacerdotes, catequistas e famílias a "prepararem bem" as crianças para o sacramento

    Lucas Marcolivio


    CIDADE 'DO VATICANO, domingo, 22 de abril, 2012 (ZENIT.org) - No terceiro domingo da Páscoa, no Regina Caeli, o Papa Bento XVI deu uma breve catequese sobre a realidade de Jesus ressuscitado e verdadeiramente presente entre os homens.


    Referindo-se ao Evangelho do dia, em que os discípulos, primeiramente confundem o Ressuscitado com um fantasma (cf. Lc 24,36), o Papa citou Romano Guardini, que definiu a ressurreição como uma realidade "não compreensível", mas ao mesmo tempo real enquanto "corpórea”. "O Senhor mudou", escreveu o teólogo ítalo-alemão.


    Em face de uma ressurreição que não apagou as marcas da crucificação, Jesus está vivo e encarnado, ao ponto de comer normalmente o peixe assado oferecido a ele (cf. Lc 24,42-43). O peixe assado, de acordo com São Gregório Magno, não é nada mais que o símbolo ardente da "paixão de Jesus, Mediador entre Deus e os homens".


    São esses "sinais muito realistas", que ajudam os discípulos a superarem a "dúvida inicial" sobre a Ressurreição, assim, finalmente, compreendem as profecias do Antigo Testamento (cf. Lc 24,44).


    Cristo está presente entre nós, também na Eucaristia, como foi testemunhado pelos discípulos de Emaús que o reconhecem "no partir do pão" (cf. Lc 24:35). Como afirma São Tomás de Aquino, citado pelo Papa, "deve ser reconhecido de acordo com a fé católica, que Cristo está presente neste Sacramento ... porque a divindade nunca deixou o corpo que assumiu”.

    Pouco antes da oração mariana, Bento XVI exortou os párocos, pais e catequistas a "prepararem bem" os filhos para o sacramento da Primeira Comunhão, que geralmente é realizada durante a época da Páscoa.


    A Primeira Comunhão é, de fato, uma "festa da fé “que deve ser preparada “com grande fervor, mas também com sobriedade”. Trata-se de um dia que "permanece na memória como o primeiro momento em que... você entende a importância do encontro pessoal com Jesus (Sacramentum Caritatis, 19)”.


    Após o Regina Caeli, o Santo Padre recordou o dia da Universidade do Sagrado Coração, que é comemorado hoje, e cujo tema é o futuro do país no coração da juventude. "É importante que os jovens sejam formados nos valores, bem como no conhecimento científico e técnico - disse o Papa -. Por isso o padre Gemelli fundou a Universidade Católica, a qual espero estar a par com os tempos, mas sempre fiel às suas origens”.

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    "As mulheres viveram uma experiência de ligação especial com o Senhor"
    As palavras de Bento XVI durante o Regina Caelis na segunda-feira depois da Páscoa

    ROMA, domingo, 15 de abril de 2012 (ZENIT.org) - Apresentamos a seguir as palavras de Bento XVI pronunciadas na segunda-feira do Anjo, 09 de abril, em Castel Gandolfo durante o tradicional Regina Caeli.

    Queridos irmãos e irmãs!

    Bom dia a todos! A segunda-feira depois da Páscoa é em muitos países um dia de feriado, no qual se faz um passeio em meio à natureza, ou mesmo se visita os parentes mais distantes para se reecontrar em família. Masgostarei que estivesse presente na mente e no coração dos cristãos o motivo deste feriado, isto é, a Ressurreição de Jesus, o mistério decisivo da nossa fé. De fato, como escreve são Paulo aos Coríntios, “se Cristo não ressuscitou, vã é a nossa fé” (1 Cor 15,14). Por isso, nestes dias é importante reler as narrações da ressurreição de Cristo que encontramos nos quatro Evangelhos e reler com o coração. Trata-se de narrações que, de maneiras diversas, apresentam os encontros dos discípulos com Jesus ressuscitado, e nos permite assim meditar sobre este evento estupendo que transformou a história e dá sentido a existência de cada homem, de cada um de nós.

    O evento da ressurreição, enquanto tal, não vem descrito pelos Evangelistas: esse permanece misterioso, não no sentido de menos real, mas em segredo, além do alcance de nosso conhecimento: como uma luz tão brilhante que não se pode observar com os olhos, pois cegaria. As narrações começam, em vez, ao amanhecer do dia após o sábado, as mulheres foram até o sepulcro e o encontraram aberto e vazio.  São Mateus fala também de um terremoto e de um anjo brilhante que girou a grande pedra da tumba e estava sentado sobre ela (cfr Mt 28,2). Recebido do anjo o anúncio da ressurreição, as mulheres, cheias de temor e de alegria, correram para dar a notícias aos discípulos, e justamente naquele momento encontraram Jesus, se prostraram aos seus pés e o adoraram, e Ele disse: “Não temais! Ide dizer aos meus irmãos que se dirijam à Galiléia, pois é lá que eles me verão” (Mt 28,10).  Em todos os Evangelhos, as mulheres têm um grande lugar nas narrações das aparições de Jesus ressuscitado, como também naquelas sobre a paixão e a morte de Jesus.Naqueles tempos, em Israel, o testemunho das mulheres não podia ter valor oficial, jurídico, mas as mulheres viveram uma experiência de ligação especial com o Senhor, que é fundamental para a vida concreta das comunidades cristãs, e isso sempre, em cada época, não apenas no início do caminho da Igreja.

    Modelo sublime e exemplar deste relacionamento com Jesus, de maneira particular no seu Mistério Pascoal, é naturalmente Maria, a Mãe do Senhor. Justamente por meio da experiência transformadora da Páscoa de seu Filho, a Virgem Maria se torna também Mãe da Igreja, isto é de cada um daqueles que crêem e de toda a comunidade.A ela nos dirigimos agora e a invocamos como Regina Caeli, com a oração que tradicionalmente se faz no lugar do Angelus durante todo o tempo pascoal. Maria nos ajude a experimentar a presença viva do Senhor ressuscitado, fonte de esperança e de paz.

    (Tradução:MEM)

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    Audiência de quarta-feira


    Diante da hostilidade ou adversidade: a unidade na oração
    A catequese de Bento XVI desta quarta-feira sobre a 'pequena Pentecostes'

    Por Luca Marcolivio

    CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 18 de abril de 2012(ZENIT.org) – Com cerca de um mês de antecedência da solenidade litúrgica, Bento XVI sinalizou a Pentecostes durante a Audiência Geral de hoje, retomando sua catequese sobre os Atos dos Apóstolos, iniciada antes da Semana Santa.

    A Pentecostes, explicou o Santo Padre, não é um “episódio isolado”, e o Espírito Santo não age exclusivamente sobre os apóstolos no 50° dia após a ressurreição. É legítimo falar de uma “pequena Pentecostes” que marca o ponto culminante de uma “difícil fase da Igreja nascente”.

    Nos Atos dos Apóstolos é narrada a prisão de Pedro e João (cfr At4, 1) por terem anunciado a Ressurreição de Jesus. Liberados, unânimes elevaram a voz a Deus (At4, 24). Trata-se, afirmou o Papa, da “mais ampla oração da Igreja que encontramos no Novo Testamento após a qual ficaram repletos do Espírito Santo” (At4, 31).

    Do mesmo modo, observou o Pontífice, a comunidade cristã, diante das dificuldades e dos perigos, mais do que “reagir”, “defender-se” ou “encontrar estratégias”, deve rezar, entrando em “contato com Deus”.

    Traço marcante deste tipo de oração é a sua natureza “unânime e em concordância”, porque diz respeito a toda a Igreja. Diante da hostilidade ou adversidade, a comunidade “não teme e não se divide”, mas é “unida pela oração”.

    Em momentos de perseguição, como o descrito nos Atos dos Apóstolos, os cristãos não solicitam a “salvaguarda das vidas”, mas somente que o Senhor os conceda de proclamar a Palavra de Deus “com toda a intrepidez” (At,4, 29). Mesmo as adversidades vêm interpretadas “à luz da fé” e “através da Palavra de Deus, que nos faz decifrar a realidade do mundo”.

    A oração, todavia, é também o reconhecimento da “grandeza e imensidão de Deus” e entendimento de que “tudo vem Dele, tudo está em suas mãos”.

    A perseguição anti-cristã não é simplesmente uma analogia ao destino de Cristo, mas a própria essência de uma comunidade que vive Nele. “Na oração- acrescentou Bento XVI- a meditação da Sagrada Escritura à luz do mistério de Cristo ajuda a ler a realidade presente dentro da história de salvação que Deus executa no mundo, sempre ao seu modo”.

    A primeira comunidade cristã, não pede para ser poupada da prova, do sofrimento ou da morte, nem para “ter sucesso”, mas para poder proclamar com “parresia”, ou seja, “com franqueza, com liberdade, com coragem, a palavra de Deus”. Pede para que Deus “transforme a realidade”, mudando o coração e a mente dos homens, e “leve a radicalidade do Evangelho”.

    Isto é possível graças à Efusão do Espírito Santo, “dom do Ressuscitado que sustenta e guia o anuncio livre e corajoso da Palavra de Deus, que impulsiona os discípulos do Senhor a sair sem medo para levar a boa nova até os confins do mundo”.

    Assim, nós cristãos de hoje, não diversamente dos cristãos das origens, meditando a Sagrada Escritura, “podemos aprender a ver que Deus é presente na nossa vida, presente também, e, exatamente nos momentos difíceis, e que tudo - também as coisas incompreensíveis -  fazem parte de um designo superior de amor no qual a vitória final sobre o mal, sobre o pecado e sobre a morte é verdadeiramente aquela do bem, da graça, da vida, de Deus”, prosseguiu o Papa.

    Invocar o Espírito Santo, então, nos permitirá sempre “reconhecer que o Senhor compreende as nossas invocações segundo a Sua vontade de amor e não segundo as nossas idéias”, acrescentou.  

    Ao final da Audiência o Santo Padre agradeceu as saudações pelo VII aniversário de sua eleição e 85° de vida.

    “Peço-vos que me sustentem sempre com vossas orações, assim, com a ajuda do Espírito Santo, persevere em meu serviço a Cristo e à Igreja”, concluiu.

    Após a catequese o Papa dirigiu aos fiéis e peregrinos de língua portuguesa a seguinte saudação:

    Aos peregrinos de língua portuguesa, especialmente aos grupos vindos de Minas Gerais, as minhas boas-vindas a todos vós, com votos de que esta peregrinação a Roma seja ocasião para uma maior consciência e escuta do Espírito Santo, que vos fará fortes na fé e corajosos no testemunho cristão. Sobre vós e sobre a vossa casa e comunidade cristã, desça a minha Bênção.

    (Tradução:MEM)

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    Documentação


    Estamos vivendo tempos de jubileu
    Discurso de Dom Raymundo Damasceno na cerimonia de homenagem aos 60 anos de fundação da CNBB e de 50ª edição da Assembleia Geral

    APARECIDA, sábado, 21 de abril de 2012(ZENIT.org) - O Cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno Assis, discursou na cerimônia em homenagem aos 60 anos de fundação da CNBB e de 50ª edição da Assembleia Geral dos Bispos da CNBB, ocorrida na última quinta-feira. Leia abaixo a íntegra do discurso divulgado pela A12.

    60º Aniversário e 50ª Assembleia Geral da CNBB: Memória, Ação de Graças e Compromisso

    Saúdo a todas as pessoas presentes a esta sessão: os senhores cardeais, arcebispos, bispos e o Mons. Piergiorgio, Encarregado de Negócios da Nunciatura Apostólica, e administradores diocesanos; os assessores e assessoras da CNBB; os subsecretários dos Regionais; os presidentes de organismos; os representantes das pastorais; os convidados para a Assembleia; os profissionais da imprensa. Saúdo, igualmente, a todos os que nos acompanham pelos meios de comunicação - televisão, rádio e Internet.

    Esta sessão de que temos a graça de participar dá-nos o ensejo de comemorarmos festivamente alguns acontecimentos de grande significado para a Igreja no Brasil: o marco da realização da 50ª Assembleia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e os sessenta anos da criação de nossa Conferência Episcopal.

    Estamos vivendo, pois, tempos de jubileu. Tempo de alegria e de agradecimento a Deus e a todas as pessoas que se empenharam, durante a caminhada, na busca de fidelidade ao Senhor, realizando a história colegial da nossa Conferência.

    Celebramos a 50ª Assembleia da CNBB, criada dez anos antes do Concílio Vaticano II, que lhe deu maioridade eclesiológica, oferecendo-lhe maior fundamentação bíblico-teológica, motivando-a para a evangelização do Povo de Deus.

    A 50ª Assembleia Geral tem como tema central “A Palavra de Deus na Vida e Missão da Igreja”, temática central no Concílio Vaticano II, da 12ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos.

    A colegialidade episcopal foi, sem dúvida, um eixo central na eclesiologia do Concílio Vaticano II, através da Constituição Lumen Gentium e do decreto Christus Dominus, sobre o múnus pastoral dos Bispos na Igreja, que institucionalizou as conferências episcopais.

    Essa realidade do novo Pentecostes, o Concílio Vaticano II, iluminou os fundamentos da caminhada da nossa Conferência que, neste ano, se torna sexagenária, revelando o início da terceira idade, um signo de maturidade no pastoreio.


    Para assinalar o 60ª aniversário de nossa Conferência e a realização de sua 50ª Assembleia Geral, a CNBB editou pequena porém importante obra – “CNBB: 60 anos e 50 Assembleias Gerais – memória, ação de graças e compromisso” –, em que se apresentam alguns dados e documentos historicamente relevantes para a instituição.

    O percurso da nossa Igreja Católica no Brasil, de modo especial nos últimos sessenta anos, tem uma história rica para contar, desde a experiência eclesial em busca da fidelidade ao Espírito na missão evangelizadora até a contribuição para a Igreja Universal que levamos ao Concílio, para as diversas Assembleias do Sínodo dos Bispos, e para as Conferências Gerais do Episcopado Latino-Americano e do Caribe.

    Em tempos de especiais de graças recebidas de Deus (Kairós), recebemos fortes apelos de reavivamento da missão. Desde a sua primeira Assembleia, a CNBB tentou conjugar a atenção aos desafios da vivência eclesial com os compromissos proféticos.

    Conforme nosso Estatuto, aprovado no ano de 2002, no artigo 2º, cabe à CNBB, como expressão peculiar:

    a) “fomentar uma sólida comunhão entre os Bispos que a compõem, na riqueza de seu número e diversidade, e promover sempre a maior participação deles na Conferência;


    b) “ser espaço de encontro e de diálogo para os Bispos do País, com vistas ao apoio mútuo, orientação e encorajamento recíproco;


    c) “concretizar e aprofundar o afeto colegial, facilitando o relacionamento de seus membros, o conhecimento e a confiança recíprocos, o intercâmbio de opinião e experiências, a superação das divergências, a aceitação e a integração das diferenças, contribuindo assim eficazmente para a unidade eclesial;


    d) “estudar assuntos de interesse comum, estimulando a ação concorde e a solidariedade entre os Pastores e entre suas Igrejas;


    e) “facilitar a convergência da ação evangelizadora, graças ao planejamento e à Pastoral Orgânica, em âmbito nacional e regional, oferecendo diretrizes e subsídios às igrejas locais;


    f) “exercer o magistério doutrinal e a atividade legislativa, segundo as normas do direito;


    g) “representar o Episcopado brasileiro junto a outras instâncias, inclusive a civil;


    h) “promover, atenta aos sinais dos tempos, a permanente formação e atualização dos seus membros, para melhor cumprirem o múnus pastoral;


    i) “Favorecer a comunhão e participação na vida e nas atividades da Igreja, das diversas parcelas do Povo de Deus: ministros ordenados, membros de institutos de vida consagrada e leigos, discernindo e valorizando seus carismas e ministérios”.

    Os artigos subsequentes tratam do relacionamento com a Igreja e sua missão universal, favorecendo e articulando as relações entre as Igrejas particulares do Brasil e a Santa Sé, bem como com as outras Igrejas Episcopais.

    O mesmo Estatuto dispõe a respeito das ações da CNBB relativamente à sociedade civil.

    O artigo 4º. reza: “A CNBB, animada pela caridade apostólica, relaciona-se com os diversos segmentos da realidade cultural, econômica, social e política do Brasil, buscando uma colaboração construtiva para a promoção integral do povo e o bem maior do País e, quando solicitada, ajudando os Pastores das Igrejas locais”;

    E o artigo 5º estabelece: “A CNBB trata com as autoridades públicas as questões que interessam ao bem comum e à missão salvífica da Igreja, mantendo o conveniente entendimento com a Nunciatura Apostólica”.

    Em tempos de comemoração, é mister apelar para a memória a fim de recordarmos os caminhos andados, com mais luzes ou menos luzes, mas sempre “esperança que não engana” (Rm 5,5).

    O Concílio Vaticano II mereceu grande destaque porque a Igreja vivia, nas décadas que o antecederam, um clima de criatividade e de liberdade para novas experiências. Legitimadas pelo Concílio, essas experiências alcançaram dimensão universal.

    O Brasil, desde os anos 50, passava por grande ebulição política, uma fase que desembocou numa ditadura militar, a partir de 1964, com consequências complexas.No entanto, a Igreja Católica no Brasil, no mesmo período, experimentava forte dinâmica evangelizadora. Ela levou ao Concílio Vaticano II experiências significativas nos campos da Bíblia, da catequese, da liturgia, do social, do laicato.

    Durante o período conciliar e nos anos subsequentes, a Igreja Católica no Brasil, como em quase toda a América Latina, tinha um duplo desafio missionário: ser fiel aos ditames da Igreja em Concílio, marcando a renovação eclesial, e ser fiel à missão profética ao denunciar abusos contra os direitos humanos.

    A evangélica opção preferencial pelos pobres, integrante do Objetivo Geral da nossa Igreja, desde seus primeiros planos pastorais, exigiu, nesses anos cruciais, uma mística ainda mais evangélica, uma maturidade maior na sua ação apostólica.

    Contávamos com a Constituição Lumen Gentium, que registrara: “...assim como Cristo consumou a obra da redenção na pobreza e na perseguição, assim a Igreja é chamada a seguir o mesmo caminho, a fim de comunicar aos homens os frutos da salvação...” (nº 8). Nesse contexto, nossas Igrejas acolheram com o maior entusiasmo a Constituição Pastoral Gaudium et Spes, em 1965, e a concretização da promessa do Papa Paulo VI, na Exortação Apostólica Populorum Progresso, em 1967, que ofereceu elementos novos para a doutrina social da Igreja,com o conceito de “desenvolvimento integral – do homem todo e de todos os homens”.

    A Populorum Progressio iluminou a prática dos cristãos e deu novo alento em épocas tão desafiantes para a nossa Igreja; perpassou também o Documento de Medellín (1968), intitulado “A Igreja na atual transformação da América Latina à luz do Concilio, que visava a proporcionar uma evangelização latino-americana inculturada, levando em consideração os desafios sociopolíticos, a religiosidade profunda do nosso povo, sua espiritualidade e sede de Deus.

    Alguns eventos marcantes estiveram presentes à Igreja Católica no Continente no período pré-conciliar. Destacamos o apelo do Papa João XXIII aos bispos da América Latina por uma pastoral planejada.

    O Santo Padre João XXIII explicitou uma preocupação com o conjunto do Continente diante da situação de Cuba, tão católica quanto os outros países, e que passava por momentos desafiadores para a Igreja.

    Daí nasceu entre nós, em 1962, o primeiro Plano de Pastoral, denominado Plano de Emergência para a Igreja do Brasil.

    A recepção do Concílio Vaticano II propunha, no entanto, um passo adiante ao Plano de Emergência (1962-1965). O passo seguinte foi o Plano de Pastoral de Conjunto (PPC), relativo ao período 1966-1970.

    O Objetivo Geral do Plano estava assim formulado: “Criar meios e condições para que a Igreja no Brasil se ajuste o mais rápida e plenamente possível, à imagem de Igreja do Vaticano II”.O Brasil foi um dos primeiros países a formular propostas de renovação eclesial à luz do Concílio, por meio de um Plano de Pastoral de Conjunto (PPC). Nossos bispos, reunidos em assembleia, em Roma, trouxeram, na bagagem e no coração, as orientações básicas para a renovação conciliar em nosso país. Tínhamos terreno adubado para que as sementes conciliares caíssem em solo bom.

    As linhas fundamentais do Plano, depois chamadas dimensões da evangelização, procuravam aplicar os documentos principais do Vaticano II numa perspectiva pastoral.

    Essas linhas perduraram por longos anos, com variações ou complementações, numa tentativa de integrá-las entre si, procurando fidelidade aos novos apelos do Espírito, iluminadas pelos documentos do Vaticano II.

    Vejamo-las:
    a) “promover uma sempre mais plena unidade visível no seio da Igreja Católica; 
    b) “promover a ação missionária;
    c) “promover a ação catequética e o aprofundamento doutrinal e a reflexão teológica; 
    d) “promover a ação litúrgica;
    e) “promover o ecumenismo e diálogo inter-religioso;
    f) “promover a melhor inserção do povo de Deus, como fermento na construção de um mundo segundo os desígnios de Deus”.

    Para melhor aplicação do Plano de Pastoral de Conjunto (PPC) foram criados ou animados os Regionais da CNBB, que assumiram com afã a missão de recepção do Concílio, numa mística latino-americana.

    Entretanto, as assembleias seguintes da CNBB julgaram que um Plano Nacional de Pastoral, num país extenso e diversificado como o Brasil, seria de difícil concretização.

    Daí, a decisão de adotar diretrizes para a ação evangelizadora, revisadas a cada quatro anos, como orientação de unidade para elaboração de planos específicos. É o que vem acontecendo ultimamente como dinâmica da evangelização.

    A Conferência de Aparecida, no ano de 2007, despertou, no conjunto dos cristãos, um novo entusiasmo, oferecendo horizontes para a ação eclesial.

    Nas atuais Diretrizes (2011-2015), à luz da Conferência de Aparecida, podemos caracterizar ganhos significativos. Seu Objetivo Geral está assim formulado: “Evangelizar, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção pelos pobres, para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo”.

    Trata-se de um texto leve e claro, na busca de unidade pastoral, com uma metodologia acessível para o conjunto dos cristãos.

    Estes são seus aspectos mais marcantes:
    - insiste em que vivemos em mudança de época com desafios específicos;
    - coloca a Igreja em estado de missão;
    - valoriza a centralidade de Jesus Cristo;
    - coloca as Diretrizes da Ação Evangelizadora à luz da Palavra de Deus, nas pegadas da Assembleia do Sínodo sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja; 
    - faz um retorno explícito à importância do Planejamento Pastoral e ao método “Ver, Julgar e Agir”.

    De fato, temos muito a comemorar, muito a celebrar.

    Por tudo isso, damos graças a Deus.

    Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis
    Arcebispo de Aparecida-SP
    Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

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