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    quarta-feira, 13 de junho de 2012

    “Renunciar à sedução do mal” - Desafiou Bento XVI na abertura do Encontro eclesial da Diocese de Roma






    “Renunciar à sedução do mal” - Desafiou Bento XVI na abertura do Encontro eclesial da Diocese de Roma



    (11/6/12) - Bento XVI criticou esta segunda-feira à noite a cultura em que a “mentira” se apresenta com “a veste da verdade e da informação” e desafiou os católicos a “renunciar à sedução do mal”. Na abertura do Encontro eclesial (anual) da Diocese de Roma, que se prolonga até quarta-feira, tendo como tema a pastoral do Batismo, o Papa – comentando o rito da renúncia ao mal - aludiu à necessidade de emancipação de “um modo de vida em que não conta a verdade, mas a aparência, o efeito, a sensação”.
    Falando de improviso, Bento XVI apontou o dedo a “uma cultura que não procura o bem, cujo moralismo é uma máscara para, na realidade, confundir, criar confusão e destruição”. “Contra esta cultura que procura apenas o bem-estar material e nega Deus, digamos ‘não’”, pediu aos pastores e fiéis de Roma.
    Numa reflexão toda ela dedicada ao Batismo, sublinhando que “viver na liberdade” não é, “como hoje se entende, emancipar-se da fé e, no fim de contas, emancipar-se de Deus”. “Deus ama-nos, fez-se vulnerável até à morte por nós e feri-lo com o pecado é viver contra nós mesmos e contra a nossa liberdade”, prosseguiu, alertando para “o poder do maligno, que se quer tornar Deus neste mundo”.
    Bento XVI, que se deslocou ao fim da tarde à basílica de São João de Latrão, a catedral de Roma, foi acolhido pelo cardeal Agostino Vallini, seu vigário para a diocese romana, que sublinhou com ênfase, muito aplaudido pela assembleia: “Roma ama o Papa e defende-o como um dom de Deus”.
    “Ide e fazei discípulos, batizando e ensinando. Redescubramos a beleza do Batismo”: este o do Encontro Eclesial deste ano, da diocese de Roma.
    Por que é que o Batismo é necessário para sermos discípulos de Cristo? Qual é a profundidade deste Sacramento? – questionou Bento XVI, respondendo: “Ao sermos batizados, imergimos na divindade trinitária, nos inserimos em nome de Deus, nos tornamos suas testemunhas”. “Ser batizado não é nunca um ato solitário, ‘para mim’, mas é sempre necessariamente um ser unido a todos os outros, um estar em unidade e solidariedade com todo o Corpo de Cristo”.
    O próprio rito sacramental - prosseguiu Bento XVI - ajuda a entender o que é o Batismo. Palavra e água, elementos que representam a vida nova, a Ressurreição, e ao mesmo tempo, as renúncias, promessas e invocações. Através destes dois elementos, o Batismo se revela e se transforma em caminho de vida: “Nelas, realiza-se uma decisão; faz-se presente todo o nosso caminho batismal, tanto pré-batismal como pós-batismal. Assim, com elas e com os símbolos, o Batismo expande-se em toda a nossa vida”.  
    A reflexão papal concluiu-se com algumas considerações sobre o batismo das crianças. Bento XVI observou que esta prática não é “contra a liberdade” mas “uma garantia do bem de Deus e da sua proteção sobre a vida”.
    O Encontro Eclesial da diocese de Roma prossegue nesta terça-feira, à noite, o Cardeal-vigário, Agostino Vallini, apresentará “Orientações para uma nova pastoral batismal”, indicando as linhas pastorais a adotar.
    Divulgação: brunowillian.com

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