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    segunda-feira, 27 de agosto de 2012

    [catolicos_respondem] LITURGIA DA PALAVRA - 22o DOMINGO COMUM - B - Som !

     

     

           

                             É de aconselhar que se leia primeiro toda a Liturgia da Palavra.

                        22º DOMINGO  COMUM - ANO  B !

     

     

            Eles tomam alimento com as mãos por lavar !

     

                 A Liturgia da Palavra deste 22º Domingo Comum – B, coloca-nos perante a Lei e convida-nos ao seu cumprimento para que não fiquemos apenas nas palavras.

                Todo o empreendimento humano, pequeno ou grande, supõe, habitualmente, uma entrega e uma doação total, para se realizar alguma coisa útil.

                Ao aceitar a Palavra de Deus o homem, no mais íntimo do seu ser, estabelece uma aliança com a pessoa de Jesus Cristo e não apenas com uma ideologia.

                O preço da fidelidade a esta aliança é a renúncia a si mesmo.

                 A Lei de Deus não subjuga o homem, mas liberta-o na medida em que o ajuda a tomar as suas decisões mais correctas.

                A 1ª Leitura do Livro do Deuteronómio, diz-nos que Moisés fala ao povo de Israel, dizendo-lhe que a obediência aos preceitos do Senhor fará a sua grandeza e glória.

                - «Escutai agora, Israelitas, as leis e os preceitos que hoje vos ensino, a fim de os pordes em prática. Assim podereis viver e entrar na posse da terra que vos dá o Senhor».(1ª Leitura).

                 Deus, revelando-Se ao povo eleito, aproxima-Se do homem e torna-o conhecedor e participante dos Seus planos de salvação para toda a humanidade.

                Daí a necessidade de o homem  viver segundo a lei de Deus, como nos sugere o Salmo Responsorial :

                - "Quem viverá, Senhor, em Vossa casa !"

                Na 2ª Leitura de hoje é S. Tiago que diz aos judeus convertidos ao cristianismo e dispersos pelo vasto império romano, e hoje a todo o povo cristão,  que os livros santos, tão religiosamente guardados pelo povo judeu, têm a sua expressão final no Evangelho, que é a Palavra de Cristo Salvador.

                - "Tudo o que de bom nos é dado e todo o dom perfeito vêm do alto, descem do Pai, Criador das estrelas".(2ª Leitura).

                 Por esta razão e, segundo este Evangelho, o homem não pode limitar-se a ouvir, mas deve também acreditar e pôr em prática.

                O Evangelho é de S. Marcos, e diz-nos que Jesus, perante a actuação dos seus discípulos e a acusação dos fariseus, aproveita para se referir aos costumes judaicos  que não passam de práticas hipócritas, de meras formalidades sem valor porque não correspondem aos seus sentimentos interiores.

                - «Bem profetizou  Isaías a respeito de vós, os hipócritas : Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração  está bem longe de Mim».(Evangelho).

                A distinção entre puro e impuro só existe na medida em que o homem se deixa conduzir por inspirações que, brotando do íntimo do coração, o afastam dos caminhos de Deus.

                O apego à Lei, que deu grande destaque ao judaísmo, e que, em mais de um caso, foi motivo de salvação de Israel, comportava, porém, graves perigos.

                Ao colocar no mesmo plano todos os preceitos, religiosos e morais, civis e culturais, entregando-se às subtilezas  casuísticas, o culto da Lei terminava por impor um jugo impossível de carregar.

                Uma maneira de pensar farisaica tentou bloquear o dinamismo misssionário da Igreja primitiva.

                Foi necessária uma rude energia de Paulo e a convocação do Primeiro Concílio de Jerusalém, para que a comunidade primitiva se pudesse libertar das normas que os judaizantes queriam impor.

                Ainda hoje pode haver, no seio da Igreja,  uma maneira de agir farisaica, ao exagerar e absolutizar a legalidade, o preceito e a exterioridade.

                Também se pode viver ainda hoje um cristianismo legalista, exterior, superficial, mais preocupado em obedecer  pasivamente às normas recebidas, sem fazder ondas, do que em dar uma resposta pessoal e responsável aos chamamentos de Deus e aos apelos dos nossos irmãos.

                Corremos o risco de sermos fariseus também quando não distinguimos o essencial dos factos da história e nos apegamos a aspectos meramente secundários e sem uma interpelação evangelizadora, ao nível do nosso tempo.

                Caem sob esta acusação algumas resitências à renovação conciliar, especialmente no campo da Pastoral e nos abusos das práticas litúrgicas.

                Uma mal entendida fidelidade à tradição, que se manifesta em oposição a toda a forma de renovação, é índice de esterilidade espiritual.

                Pelo contrário, a fidelidade ao Espírito é de um carácter dinâmico, não passiva mas conquistadora, não apologética mas missionária, e não fechada em si  mesma.

                Os jovens são um elemento activo dessa dinâmica de transformação, de estruturas  e de tradições antiquadas.

                Eles percebem, em geral, consciente e naturalmente,  a possibilidade de abdicação do passado e de abertura razoável para um futuro mais humano; isto é uma profecia para uma sociedade farta e satisfeita consigo mesma; a sua crítica construtiva tem por função libertar continuamente, de um modo evidente, os valores,  para aderir em profundidade a eles,  sem nunca absolutizar o que já passou.

                Eles possuem também fantasia e utopia suficientes para acelerar bastante as mudanças, ou a revisão de inovações precipitadas, de costumes e relações de dependência e de modos de  conduzir a comunidade.

                A força dos jovens impele uma comunidade para o futro, em busca dos  caminhos de Deus que nos conduzem aos planos da História da Salvação.

                 .............................................................

                O Catecismo da Igreja Católica, toma este texto do Evangelho de S. Marcos para nos dizer :

                582. – Indo mais longe, Jesus cumpriu a lei sobre  a pureza dos alimentos, tão importante na vida quotidiana judaica, explicando o seu sentido «pedagógico» por uma interpretação divina : «Não há nada fora do homem que, ao entrar nele, o possa tornar impuro(...)- e assim declara puros todos os alimentos(...) O que sai do homem é que o torna impuro. Pois, do interior do coração dos homens, é que saem os pensamentos perversos»(Mc.7,18-219). Proporcionando, com autoridade divina, a interpretação definitiva da Lei, Jesus colocou-Se numa situação de confronto com certos doutores da Lei, que não aceitavam a sua interpretação, muito embora garantida pelos sinais divinos que a acompanhavam. Isto vale sobretudo para a questão do sábado : Jesus lembra, e muitas vezes com argumentos rabínicos, que o repouso sabático não é violado pelo serviço de Deus ou do próximo, que as suas curas realizam.

     

                                              

                                                   Este povo Honra-Me com os lábios   mas o seu coração está bem longe de Mim

     

     

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    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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