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    domingo, 3 de junho de 2012

    [ZP120603] O mundo visto de Roma

    A campanha de arrecadação de fundos terminou.

    Falta ainda um pouco para chegar à meta que permitirá a ZENIT seguir adiante até o final de 2012. Você pode ver a situação atual dos fundos que recebemos graças à generosidade dos leitores em: http://www.zenit.org/portuguese/doacao.html.

    Ainda estão chegando alguns donativos, razão pela qual ainda não é possível comunicar o resultado final da campanha. Informaremos a todos quando o balanço final estiver pronto.

    Desejamos fazer chegar nosso profundo agradecimento a todos os leitores que enviaram sua doação, assim como a todos os que nos mandaram mensagens de solidariedade assegurando suas orações pelo êxito da campanha.
    Todo este apoio nos dá forças e nos anima enormemente para seguir adiante em nosso trabalho.

    Você pode encontrar o mapa dos donativos de 2012 em: http://donations.zenit.org/pt/map

    Ainda é possível enviar sua doação através de: http://www.zenit.org/portuguese/doacao.html.

    Muito obrigado!


    ZENIT

    O mundo visto de Roma

    Portugues semanal - 3 de junho de 2012

    VII Encontro Mundial das Famílias

    AFORISMO DO DIA

    Jornada Mundial da Juventude Rio 2013

    Cultura

    Observatório Jurídico

    Familia e Vida

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    Audiência de quarta-feira


    ANÙNCIOS


    VII Encontro Mundial das Famílias


    Família: uma escola para aprender o significado do trabalho
    Deve-se redescobrir e ensinar aos mais jovens a gratuidade e a disciplina

    MILÃO, sexta-feira, 1 de junho de 2012 (ZENIT.org) - Na segunda sessão da tarde do VII encontro Mundial das Famílias, no dia 30 de maio em Milão, Padre Ugo Sartorio, diretor do Mensageiro de S. Antonio e moderador da mesa-redonda sobre Ajudar os filhos a descobrir o sentido profundo do trabalho lembrou na abertura que, talvez, hoje, como alguém escreveu, "a educação não acabou", mas certamente se esgotou, dado o assédio à qual está submetida ...Em um período de baixa tensão educacional, avocacional , em que não há mais referência nem ao outro e nem ao Alto, hoje mais que nunca o educador é uma testemunha.

    Como diz o cardeal Scola no livro Famiglia, risorsa decisiva (Edizioni Messaggero Padova 2012), não é possível dizer sem dizer-se, nem dar sem dar-se, o primeiro a falar foi Gerardo Castillo Ceballos, professor de Pedagogia da Universidade de Navarra, que com a sua esposa Julia Albarrán criou 6 filhas e 22 netos. O premente convite foi o de superar a mentalidade utilitarista da sociedade de hoje, lembrando a totalidade da pessoa que dizia  João Paulo II e que também se aplica à família: uma escola onde se ajuda a cada filho a descobrir o sentido profundo do trabalho, que favorece a humanização do homem e das suas relações familiares e sociais.

    O trabalho é oportunidade e meio para desenvolver as próprias capacidades e crescer nas virtudes humanas e cristãs. Dos pais se espera que promovam nos filhos o hábito do trabalho, estimulando-os com o próprio exemplo e com o hábito do serviço.

    Portanto, é necessário promover situações e experiências de trabalho doméstico, com estudo e trabalhos ocasionais que ajudem a crescer. Da mesma forma, cabe aos pais ajudar seus filhos a descobrirem a própria vocação "de vida", em paralelo com a descoberta da vocação cristã.

    Em seguida correspondeu a Antoine Renard – presidente das Associations Familales Catholiques e da Fédération Familiales Catholiques en Europe – rebater junto com a mulher Anna Isabelle o quanto, na sociedade competitiva de hoje, a gratuidade e a disciplina devem ser redescobertas por todos e ensinadas aos mais jovens como valores positivos para viverem uma vida plena e libertadora.

    Concluiu as intervenções Eugenia Scabini, há tempo diretora do Centro di Ateneo Studi e Ricerche sulla Famiglia e até o ano passado presidente da Faculdade de Psicologia da Universidade Católica de Milão. Scabini observou que a inclusão do termo "trabalho" no título do Encontro Mundial das Famílias indica um desafio cultural que não devemos abaixar a guarda. Já na Encíclica Laborem Exercens (1981), João Paulo II descrevia a família como "primeira escola de trabalho" (n. 9), e é verdade: nas paredes da casa se aprende a levar adiante as tarefas, fazendo-as bem, e colaborando reconhecendo-se responsáveis pelo ambiente comum de vida.

    Em família se experimenta que não é possível realizar-se sozinho, mas que a relação com os outros é essencial para dar sentido e substância à própria vida: um modo de ver e de pensar que se transfere também na concepção da profissão, plenamente parte da própria vocação e elemento crucial na construção de uma identidade completa adulta.

    Uma segunda mesa redonda entre os relatores – no qual notou-se que mais que de “prazer”, é mais correto falar de “gosto” no próprio trabalho – por fim mostrou como o educar seja portanto bem mais que um “tirar fora” o projeto que cada um de nós tem dentro, mas é um “nutrir” e um “conduzir” que dá a direção para afrontar a realidade de modo positivo.

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    AFORISMO DO DIA


    Aforismo do Domingo 3 de Junho de 2012
    "A Família é a associação instituída pela natureza para prover as necessidades do homem"

    Aristóteles (384 ou 383 a.C.–322 a.C)

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    Jornada Mundial da Juventude Rio 2013


    A JMJ Rio 2013 será maior do que qualquer outro evento
    Divulgados os locais onde o Papa encontrará os jovens no Rio de Janeiro

    Por Maria Emília Marega

    RIO DE JANEIRO, sexta-feira, 01 de junho de 2012(ZENIT.org) – Dom
    Orani recebeu hoje os jornalistas para uma coletiva de imprensa sobre
    a escolha dos locais onde o Papa Bento XVI  encontrará os jovens de
    todo o mundo durante a Jornada Mundial da Juventude que acontecerá na
    cidade do Rio de Janeiro entre 23 e 28 julho de 2013. “Consultamos
    grupos e empresas especializadas para saber exatamente os melhores os
    locais para abrigar bem os Atos Centrais da Jornada. Recebemos também
    a autorização, tanto da prefeitura municipal, como também do governo
    federal”, afirmou o Arcebispo.

    O presidente do Comitê Organizador Local (COL) e arcebispo do Rio, Dom
    Orani João Tempesta, acompanhado dos vice-presidentes e bispos
    auxiliares do Rio, Dom Antonio Augusto Dias Duarte e Dom Paulo Cezar
    Costa, esteve em Roma entre os dias 30 e 31 de maio para se reunir com
    o Comitê Organizador Central, o Pontifício Conselho para os Leigos
    (PCL), para tratar dessa questão.

    “Iniciaremos os Atos Centrais sob a proteção de Maria – na Praia de
    Copacabana, que leva esse por causa de dela (Nossa Senhora de
    Copacabana) –nesse local que já tem tradição de grandes eventos para o
    Rio de Janeiro e terá o privilégio de abrigar esses momentos e acolher
    jovens do mundo inteiro”, destacou Dom Orani.

    No mesmo local será feita a cerimônia de acolhida do Santo Padre,
    Bento XVI, prevista para quinta-feira e a Via-Sacra, na sexta-feira

    Para a vigília e missa de envio com o Papa os jovens se reúnem desde a
    tarde de sábado até a manhã de domingo, quando se encerrará a Jornada
    (28 de julho de 2013) na Base Aérea de Santa Cruz.

    A Arquidiocese do Rio de Janeiro conta com a assessoria da Dream
    Factory, empresa especializada na produção de grandes eventos como o
    Rock in Rio que reuniu mais de 5 milhões de pessoas em nove edições,
    sendo três realizadas no Brasil, quatro em Portugal e duas na Espanha
    e o Carnaval de Rua da prefeitura do Rio de Janeiro com seus 425
    blocos. A empresa auxilia na estruturação da JMJ como evento e também
    na parte comercial, na captação de patrocínios.

    Duda Magalhães, diretor geral da Dream Factory, que acompanhou o
    Comitê Organizador Local da JMJ RIO 2013 durante a Conferência
    Internacional dos Delegados da JMJ, em Rocca de Papa, organizado pelo
    Pontifico Conselho para os Leigos, contou à ZENIT sobre o planejamento do evento.

    ZENIT:Existe diferença entre um evento religioso e um evento secular?
    A gente faz eventos esportivos, maratonas, campeonatos brasileiros,
    mundiais de kitesurf onde o protagonista é o atleta; fazemos eventos
    de entretenimento onde o protagonista é o artista, você contrata
    Bjork, U2. Mais do que contratar, você lida com estas pessoas. O
    evento religioso tem suas particularidades, você lida com a comunidade
    religiosa que tem uma linguagem própria, seu modo de pensar. Cabe não
    ao atleta, ao artista ou ao religioso, mas a nós adaptarmos. Se você
    consegue preservar este mindset na sua equipe, na forma de conduzir,
    não tem diferença.

    ZENIT:Como é este diálogo?
    Os contatos diretos que nós temos são pessoas, religiosos, religiosas,
    padres, muito abertos e dispostos a ouvir, a interagir, a aprender com
    a nossa experiência. Vamos nos deparar com problemas naturais como em
    qualquer outro evento. Os problemas que podem surgir não serão
    atribuídos ao diálogo do leigo com o religioso.

    ZENIT:Quer dizer que podemos esperar da JMJ RIO 2013 um grande evento
    como são os grandes Shows?
    Sem dúvidas! Obviamente, respeitando as devidas particularidades, mas
    eu diria que não é tão grande quanto, mas é muito maior do que
    qualquer outro evento somado até hoje.

    ZENIT:Quantas pessoas vocês estão esperando para este evento?
    Aprendemos que o público vai chegando, começa na terça-feira com um
    público menor e vai crescendo com o pico na Missa de Envio. A Jornada
    não tem limites de volume e nem de tempo, então, estabelecemos a
    premissa de 2,5 milhões.

    ZENIT: Alguém da sua equipe já participou da Jornada Mundial da Juventude?
    Não. Dentro do nosso time não, mas da equipe Artplan tem. Mas, agora!
    Quando o Papa anunciar a próxima Jornada, todo mundo já vai comprar a
    passagem.

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    Cultura


    O homem de hoje precisa da música
    Entrevista com o cardeal Ravasi no programa de rádio "Ecclesia in Urbe"por ocasião do encontro "Em Diálogo: Fé e Música" com o maestro Riccardo Muti

    ROMA, sábado, 2 de junho, 2012 (ZENIT.org) - "A criação é um evento sonoro. A criação é harmonia. E a harmonia se expressa através de uma forma musical".

    Esta é a maneira de expressar a importância da música, segundo o Cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, entrevistado no programa de rádio Ecclesia in Urbe, que vai ao ar toda quinta-feira na Rádio Vaticano.

    A música é uma linguagem universal que leva à descoberta da fé, disse o cardeal. A relação entre essas duas realidades está enraizada nas brumas do tempo, quando, como relatado no livro de Provérbios, "dançando e cantando Deus criou a harmonia do universo”.

    Exatamente nesta relação antiga, mas sempre nova, o cardeal Ravasi concentrará o diálogo com o maestro Riccardo Muti, de renome internacional, que será realizado segunda-feira, 4 de junho, na Basílica de Santa Mariaem Ara Coeli, em Roma, às 19:30, intitulado "Em Diálogo: Fé e música".

    Este é o evento final da série de encontros do projeto "Una porta verso L`infinito", organizado pelo departamento de comunicação social do Vicariato em colaboração com o Conselho Pontifício para a Cultura, que, desde dezembro, tem enriquecido a capital com iniciativas que realçam o esplêndido papel da arte como instrumento para levar o homem a Deus.

    “Sou ligado a Muti a partir de uma profunda amizade e conheço bem a sua sensibilidade – disse o cardeal em entrevista à rádio. Com ele, muitas vezes refletimos sobre a necessidade de tecer a busca musical contemporânea com as novas formas de expressão, as novas linguagens, as novas gramáticas musicais".

    Tomando como sugestão esta "simbiose", o diálogo entre a fé e a música pode e deve continuar ainda no mundo contemporâneo, exortou o cardeal. "Deve sempre ecoar as palavras do Salmo 47 que diz: "Cantai a Deus com a arte", afirmou. Uma expressão, difícil de decifrar, que significa adaptar-se para interceptar a evolução da música, do canto, da cultura em geral".

    Isto, disse Ravasi, é explicado pelo fato de que, por um lado, "a liturgia tem o seu sentido canônico, seu horizonte sagrado, sua numen”; por outro lado, liturgia significa "obra de um povo e o povo tem a sua linguagem, sua cultura que se desenvolve.

    Recordou, então, as palavras de Shakespeare, quando ele escreveu: "Cuidado com o homem que não ama a música. “Ele é como uma noite na caverna, onde as víboras se escondem”. O cardeal disse que “o homem de hoje precisa da música”.

    A música, acrescentou, "tem uma dimensão de harmonia, de redenção, de perfeição - é apolíneo, como dizia a grande cultura grega – e pode ao mesmo tempo inquietar, perturbar: o aspecto dionisíaco".

    É um "paradoxo que existe até hoje", afirmou Ravasi: a música, na verdade, é "uma das linguagens fundamentais de comunicação, especialmente para os jovens, mas às vezes tem uma dimensão interna de estupor o pensamento".

    Quando se torna "exasperado", explicou o cardeal, esta "pode representar também o drama da juventude de hoje e de todos aqueles que têm uma meta a alcançar." Neste sentido, concluiu, podemos dizer que a música é "necessária" porque "registra o bem e o mal, que são a massa da história da humanidade”. 

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    Cardeal Ravasi e maestro Muti em diálogo sobre fé e música
    Encontro encerra o projeto "Uma porta para o Infinito: o homem e o Absoluto na arte"

    ROMA, quinta-feira, 31 de maio de 2012 (ZENIT.org) – Na próxima segunda-feira, 4 de junho, às 19h30, a basílica romana de Santa Maria em Ara Coeli recebe o cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, e o maestro Riccardo Muti, que protagonizarão o encontro Em diálogo: fé e música.

    O evento, moderado pelo editor do jornal Il Messaggero, Mario Orfeo, completa o ciclo de conferências sobre a relação entre arte e espiritualidade, que teve a participação de personalidades ilustres da cena cultural e religiosa italiana.

    Trata-se do projeto Uma porta para o Infinito: o homem e o Absoluto na arte, promovido pelo setor de comunicação do vicariato, em parceria com o Pontifício Conselho para a Cultura. O dicastério já dedicou grande atenção à música ao promover uma série de concertos de música sacra nas paróquias da capital italiana, juntamente com a Ópera de Roma.

    "O diálogo entre a fé e a música sempre fez parte da história da cultura ocidental e esteve dentro de outras experiências religiosas. Há uma sonoridade entre fé e música, porque ambas adotam uma linguagem universal que não representa o barulho do mundo, mas a harmonia inefável da realidade. Isso também é tarefa da religião: atingir esse além e esse outro", explica Ravasi.

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    Observatório Jurídico


    Não se pode dar a César o que é de Deus
    Reflexões do Procurador Regional da República, Paulo Vasconcelos Jacobina

    BRASILIA, terça-feira, 29 de maio de 2012 (ZENIT.org) - Publicamos a seguir mais uma contribuição do Procurador Regional da República, Paulo Vasconcelos Jacobina, enviada para os leitores de ZENIT.

    ***

    Paulo Vasconcelos Jacobina

    Há uma fala de Jesus que é bastante utilizada em meios agnósticos para calar a voz dos cristãos nos grandes debates públicos. Trata-se da passagem de Mc 12, 17 (e paralelo em Mt 22, 21), em que Jesus ensina que se deve dar “a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. Assim, afirmam eles, nós cristãos deveríamos cuidar das coisas de Deus, e deixar as coisas estatais para os sem religião, dispostos a dar a César o que é de César. Obedecendo a esta fala de Jesus, segundo eles, deveríamos evitar colocar nossas posições em assuntos como aborto, eutanásia, suicídio assistido, casamento entre pessoas do mesmo sexo, uso de entorpecentes e outros do mesmo tipo; nossas “convicções religiosas” sobre tais assuntos deveriam limitar-se a que nós próprios, como indivíduos, não praticássemos tais coisas em nossas vidas, mas jamais que impuséssemos àqueles que nelas acreditam e desejam praticá-las, que não o pudessem fazer em nome de convicções religiosas que eles não compartilham.

    O curioso é ver, neste debate, a Bíblia sendo citada por quem nela não crê, para fundamentar um silenciamento de quem nela crê. E sendo citada, muitas vezes, por agentes estatais, mesmo por Ministros de Cortes judiciais elevadas, como a estabelecer uma espécie de “hermenêutica oficial” para este trecho bíblico. Poder-se-ia dizer que compreenderam de modo completamente errado esta passagem. Mas pouco adiantaria: em certos meios agnósticos, a Bíblia somente pode ser citada quando supostamente desmente os que nela creem.

    Note-se, porém, que qualquer leitura um pouco mais atenta deste trecho demonstra exatamente o contrário do que se quer fazer crer: Jesus determina que se devolvam as moedas a César, porque têm a imagem de César. Mas reclama que se dê a Deus aquilo que a Deus pertence: o ser humano, feito à imagem do Altíssimo. Vale dizer: se as moedas pertencem a César, porque têm a imagem de César, é justo que se deem moedas a César. Mas as pessoas têm em si a imagem de Deus. Pertencem, portanto, essencialmente a Deus, e não a César. Assim, se César tem a legitimidade para  exigir lealdade e obediência quanto às realidades econômicas e temporais, somente Deus pode reclamar a totalidade existencial do homem.

    Não é acidental, porém, que aqueles que desejam silenciar os cristãos citem exatamente este trecho. Trata-se de uma afirmação única na história das religiões: para os cristãos, a partir desta fala de Jesus, existe, de fato, um Deus pessoal e transcendente, para quem a pessoa está existencialmente orientada, e ao qual deve aquilo que ao poder estatal não é lícito exigir: o seu fim último.

    Uso, aqui, a palavra “fim” no sentido mais abrangente possível: como origem e destino, a interioridade e a integridade pessoal pertencem somente ao Deus pessoal, amoroso e criador, que transcende o ordenamento estatal e o relativiza, dando-lhe a dimensão adequada: cabe a tal ordenamento o regramento das coisas que passam, e apenas quanto a elas o Estado é legítimo.

    Somente no contexto cristão, portanto, foi possível construir uma doutrina de “separação” (melhor diríamos, de relativa autonomia) entre a esfera transcendente, que reclama as dimensões mais integrais da pessoa, e a esfera imanente, histórica, temporal, econômica e passageira, que as realidades estatais têm legitimidade própria para disciplinar – respeitando aquela. César não pode exigir que a pessoa deixe de trazer em si a imagem de Deus. Ainda que esta pessoa nem sequer saiba que a traz.

    Nenhuma outra religião, nenhuma outra filosofia, nenhuma outra doutrina desenvolveu esta intuição antes de Jesus a expressar. Ela é originariamente cristã. Ainda que hoje ela tenha sido distorcida e seja usada, muitas vezes, para calar o cristianismo e os cristãos, afastando-os do debate público.

    No entanto, fora do mundo cristão a autonomia das esferas é um problema que nem sequer se colocou. No oriente, ainda temos imperadores divinos e Estados totalitários que exigem da pessoa uma lealdade integral e finalística. No mundo muçulmano, embora haja uma história de tolerância e de convivência, sempre se teve muita dificuldade para articular o poder estatal com a onipotência e a submissão exigidas a partir da sua peculiar relação com Deus. No mundo judaico não é diferente: sua estrutura religiosa os conservou como estrangeiros em todas as ordens jurídicas pelas quais passaram, exatamente pela dificuldade de articular a organização temporal com a lealdade ao Deus nacional. Dos estados materialistas nem se precisa falar: são devoradores implacáveis de vidas humanas, demandadores de uma lealdade completamente idólatra. Os exemplos poderiam prosseguir, sem que alguém, fora ou antes do cristianismo, atinasse com a ideia de que a relação da pessoa com Deus e a pertença a seu povo pudesse articular-se com a cidadania num ordenamento estatal autônomo e não salvífico em si mesmo.

    Todos os temas polêmicos dos quais querem excluir os cristãos, inclusive mediante a citação distorcida da palavra de Jesus, são temas com forte conotação social e com graves argumentos de âmbito científico, filosófico e ético contra si. Sua rejeição não se encontra no plano das escolhas individuais, nem a sua regulamentação legal envolve apenas questões de fé. Não há situação mais claramente política do que a discussão sobre os limites e as condições em que, num determinado Estado, vidas inocentes podem ser suprimidas ou a sanidade física e mental pode ser descartada.

    No entanto, é preciso registrar: os cristãos têm feito a defesa tranquila e racional da vida e da liberdade da pessoa humana, contra a cultura da morte, do aborto, da eutanásia, do suicídio, da promiscuidade e da adição química, com base em argumentos éticos, naturais, filosóficos e científicos, guiados, é claro, por uma opção fundamental por Deus e pela plenitude da vida que Ele nos deu. Surpreende-nos, nos debates, ver os argumentos religiosos sendo utilizados – e mal utilizados - exatamente contra os de fé religiosa, e exatamente pelos que alegam não aceitá-los.

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    Familia e Vida


    O Matrimônio na história da humanidade (Parte II)
    Reflexões de Mons. Vitaliano Mattioli

    Mons. Vitaliano Mattioli*

    CRATO, sexta-feira, 1 de junho de 2012 (ZENIT.org) - Na sociedade romana, Roma é a pátria do direito. A legislação romana sobre  o casamento é muito importante porque  passou depois para o direito canônico. A mesma palavra “matrimônio” foi formada pelo direito romano. Matrimônio deriva do latim matris munus (ou munium)  para evidenciar o papel importante da mulher na família;  cônjuge (coniugium) “quia mulier com viro quasi uno iugo astringitur” (o homem e a mulher estão unidos no mesmo compromisso); connubio (connubium) da nubere, velar, pelo costume de pôr um véu (flammeum) sobre a cabeça da mulher.

    Para os romanos o matrimônio (sempre monogâmico; nunca foi admitida a poligamia, somente tolerada) era a convivência de um homem com uma mulher com a vontade de serem marido e mulher (affectio maritalis = carinho conjugal), que se devia manifestar com uma cerimônia pública. Este elemento distinguia o casamento da união livre. No período antigo não existia o divórcio. A intenção de viverem juntos devia ser permanente, isto é, no momento do casamento as pessoas tinham que exprimir a vontade de permanecerem juntas por toda a vida. Ainda que também podia ser que no tempo esta vontade acabasse. 

    A familia era natural. Para o historiador Musonio Rufo (I sec. d.C.) existia somente a família legítima (união de um homem com uma mulher) abençoada por Júpiter. O casamento homossexual nao era permitido. O imperador Nero casou-se por duas vezes na forma homossexual. Porém nunca o direito romano reconheceu o casamento homossexual. Assim se encontra em Tacito, Suetonio, Dione Cassio. Cicero definiu o matrimônio: “Prima societas in ipso coniugio est…; id autem est principium urbis et quasi seminarium rei publicae” (De Officiis, I, 17, 54; O casamento é a primeira sociedade…; por isso é o primeiro princípio da cidade e o viveiro do Estado). A definição clássica do matrimônio é aquela do jurista Erennio Modestino (m. 244 d.C.): “Nuptiae sunt coniunctio maris et feminae et consortium omnis vitae, divini et humani iuris communicatio”  (Dig. 23,2,1) (União de um homem com uma mulher, uma comunhão por toda a vida, com a aceitação de tudo o que é exigido pelo direito humano e divino). Com as palavras Coniunctio maris et feminae  Modestino entendia a união sexual.  Poucos anos antes, Ulpiano com esta  coniunctio entendia o matrimônio mesmo, conteúdo no direito natural.  Ele dizia que pela validade do matrimônio não precisa a união carnal,  mas o consentimento (Digesto, 35,1,15).  Segundo Ulpiano o consenso compreende a affectio maritalis, a vontade do marido de comportar-se  com carinho e com respeito com a sua esposa. 

    A outra está contida nas Institutiones de Justiniano: “Viri et mulieris coniunctio individuam consuetudinem vitae continens” (Inst., 1,9,1). Nestas palavras se encontram os elementos fundamentais. A vontade dos cônjuges  é indispensável e ao menos na intenção deve ser perpétua. O matrimônio é percebido como algo de permanente:  omnis vitae. O historiador Tacito escreve: Consortia rerum secundarum adversarumque (Anales, III, 34,8), no bom e no mau destino. Plutarco na obra Bruto pôe na boca de Porcia, esposa de  Bruto estas palavras: “Ó Bruto, eu me casei contigo para compartilhar a tua alegria e o teu sufrimento” (Bruto, 13). A diferença entre o casamento legítimo e a união livre era esta, portanto: a manifestação da vontade de viverem juntos por toda a vida. “Não é a união carnal mas o consentimento, a vontade, que faz o matrimônio” (Digesto, 35,1,15).  Por isso a autoridade  do pai não podia intervir sobre a vontade dos filhos, isto é, o pai não podia obrigar os filhos a casar-se se eles não quisessem: “Non cogitur filius familiae uxorem ducere” (Dig. 23,2,21).

    Contrariamente às outras culturas antigas, no direito romano o casamento não era celebrado por etapas, mas somente com uma cerimônia, na qual se exprimia o consentimento. Nos primeiros séculos da história romana o matrimônio era indissolúvel.  Somente depois, no período imperial foi admitido o divórcio. Já que a vontade é o elemento essencial para a validade do matrimônio, então, passou-se a pensar que este existe até o permanecer desta vontade. Se um dos dois não quiser mais viver com o outro, o casamento termina. 

    Então, depois do divorcio pode-se novamente casar. A procriação é importante mas o carinho (afeto) passa que é mais importante. Porém, a procriação é um elemento do matrimônio: se falta a capacidade física de procriar o casamento é inválido. Por isso é permitido somente depois da puberdade.  É tambem proibido pelas pessoas já casadas.  O matrimônio è monogâmico. A poligamia não tem lugar no direito romano. Pelos juristas não era possivel compreendê-la. Para casar-se novamente, a primeira união deve ser desligada: “Neque eodem duobus nuptia esse potest neque idem duabus uxores habere (Gaio, Inst. 1,63; não é lícito ser casado duas vezes ao mesmo tempo, nem ter contemporaneamente duas mulheres). Era proíbido o incesto, o casamento entre os primos, tio e sobrinha, tia e sobrinha. Tudo isto confirma que o matrimônio não era algo privado, mas uma realidade pública, social.  É importante notar que a definição  de Modestino nos fala do direito  divino (divini iuris). Isto evidência uma relação do matrimônio com a divindade. Na cerimônia nupcial havia uma invocação à deusa Juno Pronuba, divindade que protegia as núpcias. 

    Quando a Igreja se preocupa com a família, não age fora do seu campo de ação. A Igreja faz parte da estrutura social e por isso tem o direito de exprimi a sua palavra sobre esta fundamental instituição. De fato, se a família cair, tudo vai cair.

    O fato é que o matrimônio leigo e família leiga (no senso de laicista) não existe. Têm uma profunda conotação religiosa, já reconhecida seja pelos gregos seja pelos romanos.

    Os gregos e depois os romanos estavam convencidos de que o matrimônio foi querido pelos deuses.  Estes dois povos tiveram bem claro a existência da lei natural (lex naturalis) precedente às leis dos homens (lei positiva). Estavam convencidos de que existia um direito anterior, uma lei não escrita, precedente às leis formuladas pelos juristas. Pelos romanos já antes das doze Tábuas da Lei o matrimônio tinha uma conotação religiosa.

    A Igreja fez muitas intervenções sobre a família. Além do Concílio e muitos discursos dos Papas, as intervenções oficiais estão contidas nestes documentos: Leão XIII:  Arcanum Divinae Sapientiae (10-2-1880);   Pio  XI:   Casti  Connubii (31- 12- 1930);  João Paulo II:  Familiaris Consortio  (1981); Pontifício  Conselho  para a Familia:  Família,  Matrimônio e “uniões de fato” (2000).

    O Papa Bento XVI participará do Encontro de Milão e reapresentará ao Mundo o pensamento oficial da Igreja sobre o matrimônio e família no século XXI.

    * Mons. Vitaliano Mattioli, nasceu em Roma em 1938, realizou estudos clássicos, filosóficos e jurídicos. Foi professor na Universidade Urbaniana e no Pontificio Instituto São Apollinare de Roma e Redator da revista "Palestra del Clero". Atualmente é missionário Fidei Donum na diocese de Crato, no Brasil.

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    Ter mais filhos melhora as relações humanas e sociais
    Pesquisa do Conselho Pontifício para a Família foi coordenada pelo sociólogo Pierpaolo Donati

    Lucas Marcolivio

    MILÃO, quinta-feira, 31 de maio de 2012 (ZENIT.org) - A família "tradicional" é coisa do passado ou é um elemento-chave para a sobrevivência da sociedade e para o futuro das jovens gerações de todos os tempos?

    Para responder a esta questão nada trivial, o Conselho Pontifício para a Família articulou uma pesquisa sócio-antropológica própria, que culminou no livro Família: recurso para a sociedade (2011), organizado por Pierpaolo Donati, professor de sociologia na Universidade de Bolonha.

    O livro foi apresentado ontem à tarde no Congresso Internacional Teológico Pastoral, evento que está antecedendo o Encontro Mundial das Famílias em Milão.

    A mesa redonda foi aberta pelo subsecretário do Conselho Pontifício para a Família, dom Carlos Simon Vazquez, que destacou o vínculo indissolúvel entre a família e a felicidade que todo homem deseja. O prelado informou que a pesquisa coordenada pelo professor Donati revela a família como o principal objetivo e anseio entre as gerações mais jovens.

    Donati explicou que a pesquisa não teve o propósito de "fotografar" a crise da família, nem de confirmar a suposta diminuição da família constituída por um homem e por uma mulher, casados, com dois filhos pelo menos.

    A pesquisa mostrou que, ainda hoje, esta família tradicional tem um papel fundamental nas aspirações mais profundas dos italianos e é capaz de satisfazer o seu desejo de felicidade, particularmente em situações familiares diferentes (pais separados ou em coabitação, pais com um só filho, etc).

    Verificou-se que a família tradicional é a mais "satisfatória" e a mais produtiva em termos de "capital humano e social". Quando se afasta deste modelo, a família perde a capacidade de unir as pessoas e de criar solidariedade.

    A pesquisa identifica, como um primeiro grupo, as famílias monoparentais, que, devido aos seus problemas cotidianos, se aproxima da mesma situação das pessoas que vivem completamente sós. Nesta tipologia, podem manifestar-se dificuldades graves nas relações sociais.

    Um segundo grupo é o dos casais sem filhos, que sofrem certa “precariedade relacional”. "São os filhos que fazem um verdadeiro casal", explica Donati.

    Em melhor situação encontra-se o terceiro grupo, dos casais com um só filho, mas eles tendem a superproteger a criança e a se fechar mais, do ponto de vista da interação social.

    Finalmente, vêm as famílias consideradas tradicionais, compostas de marido e mulher e ao menos dois filhos: são as mais "pró-sociais" e abertas ao mundo exterior, bem como as mais idôneas para transmitir valores. Neste tipo de família, a qualidade de vida é geralmente a melhor: elas são "a principal fonte de capital social", ressalta Donati.

    Segundo a pesquisa, há, portanto, dois fatores que tornam uma família "virtuosa": o casamento e o número de filhos. "O casamento melhora a atitude para com a sociedade, não sendo simplesmente um acordo legal, mas um ritual que conecta o público com a esfera privada".

    "Quanto mais filhos, maior a riqueza de relações. Embora muitas vezes as relações entre irmãos não seja excelente, ainda é melhor ter relações difíceis com os próprios irmãos do que ser filho único".

    O presidente do Fórum Nacional das Famílias, Francesco Belletti, enfatizou o papel da família como baluarte contra o abuso de poder, um "poder dos sem-poder", partindo do caso de José e Maria, que mantiveram o filho Jesus a salvo da fúria assassina de Herodes.

    Muitas vezes, é justamente a família que leva a sociedade a se reforçar para proteger as reais necessidades dos cidadãos. É o caso das associações de famílias com crianças deficientes. Com frequência, aliás, as famílias se vêem obrigadas a exercer uma "subsidiariedade em sentido inverso", compensando as deficiências do Estado.

    Em prol da família há quem faz muito, mas, sem dúvida, pode-se fazer muito mais, disse Belletti. "Protestamos muito pouco contra os padrões negativos do cinema e da TV!".

    A última contribuição do evento foi de Giovanna Rossi, professora de sociologia da família na Universidade Católica do Sagrado Coração de Milão, que ilustrou uma pesquisa feita por ela própria sobre a conciliação trabalho-família.

    A pesquisa mostra que a demanda por esta conciliação é muito forte, mas, em geral, acaba se diluindo na opção exclusiva pelo trabalho, com a consequente renúncia à família.

    A escolha de um trabalho de tempo integral por parte de um dos pais e de tempo parcial por parte do outro é considerada ideal para os casais com filhos pequenos, mas, à medida que eles crescem, tende-se a preferir o trabalho de tempo completo para ambos.

    Diante das várias propostas construtivas para resolver este problema, o caminho a percorrer ainda é "longo e acidentado", avisa a pesquisadora.
     

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    O Matrimônio na história da humanidade (Parte I)
    Reflexões de Mons. Vitaliano Mattioli

    Mons. Vitaliano Mattioli*

    CRATO, quarta-feira, 30 de maio de 2012 (ZENIT.org) – De hoje, 30 de maio até o 3 de junho celebra-se em Milão (Itália) o VII Encontro Mundial das Famílias, que tem como tema: “A família, o trabalho, e a festa”.

    É inútil repetir o quanto a família esteja ameaçada hoje. Basta uma simples reflexão para dar-se conta de uma verdadeira conjura contra a instituição familiar.

    O encontro de Milão tem por objetivo sensibilizar a consciência social e colocar de novo a família no lugar que lhe corresponde, ou seja, no centro da sociedade.

    Nessa reflexão de hoje partimos do princípio de que o Estado vem depois da família. É o conjunto das famílias que constitui o Estado. Por isso o Estado não tem o poder de colocar as mãos em características fundamentais do instituto familiar, mas somente providenciar que a família sobreviva como instituição natural da sociedade.

    Vejamos, por exemplo, como em em todas as culturas encontramos disposições em defesa da família como sociedade natural fundada sobre o matrimônio. Façamos um percurso histórico.

    No Código de Hamurabe (1750, mais o menos, a.C.)  está escrito: “Se um homem  se casou com uma mulher, mas não concluiu o contrato com ela, esta mulher nao pode ser acreditada como esposa legítima” (n. 128);  Se uma mulher casada é  surpreendida na cama com um outro homem, todos os dois devem ser amarrados e afogados” (n. 129).

    Já no V sec. a.C. os textos confucianos  nos falam da família como fundamento do Estado. Se a família não  vive conforme as virtudes, também o Estado não pode está bem. Para formar uma família virtuosa, a pessoa  deve esforçar-se para ser perfeita antes de casar-se.

    Na sociedade da antiga India, conforme a descriçao do Kamasutra, o Tratado sobre o amor, descrito por Mallanaga Vatsyayana (III Sec. d.C.), o casamento é algo sagrado, é uma obrigação religiosa que envolve a comunidade. As famílias estão comprometidas no casamento dos filhos. Isto porque o casamento não é um fato privado. 

    As leis do Manu (não tem uma data certa; mais ou menos entre o sec. II a.C. e o sec. II d.C.). No cap  terceiro  faz a lista  de oito modalidades para casar uma mulher e dos impedimentos.

    Na antiga Grécia, já antes de Homero, o matrimônio era considerado o fundamento da sociedade. A familia por meio do  casamento, era a condição indispensável para a propagação da espécie humana. A família, nos antigos poemas, é apresentada com grande estima. Também nos tempos antigos, o casamento não tinha  uma legislação bem marcada, porém já aparece como um fato social; tem algumas cerimônias públicas e condições para que fosse um casamento reconhecido. Parece que a primeira forma legal específica foi introduzida pelo legislador Solon (Sec VI a.C.) que evidenciou as condições para que um casamento fosse reconhecido legitimo. Péricles (451 a.C.)  pusera outras condições. O casamento tinha um caráter sagrado. Terminada a festa do casamento, os casais agradeciam aos deuses, oferecendo um sacrifício, especialmente a Eros e Afrodite. O último ato consistia no registro do casamento no livro chamado fratria, junto a duas testemunhas. 

    Na segunda parte veremos como no Império Romano, pátria do Direito, o Matrimônio era uma instituição muito valorizada.

    * Mons. Vitaliano Mattioli, nasceu em Roma em 1938, realizou estudos clássicos, filosóficos e jurídicos. Foi professor na Universidade Urbaniana e no Pontifício Instituto S. Apollinare em Roma e Redator da revista "Palestra del Clero". Atualmente é missionário Fidei Donum na diocese de Crato, no Brasil.

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    Especial


    A fé de Maria nos convida a olhar para além das aparências
    Papa encerra o mês mariano nos jardins vaticanos

    Sergio Mora

    CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 1º de junho de 2012 (ZENIT.org) - “Aprender de Maria, cuja fé nos convida a olhar para além das aparências”: este foi o convite de Bento XVI na conclusão do mês mariano, ontem à noite, na gruta de Lourdes dos jardins do Vaticano.

    Ao entardecer de uma jornada de primavera romana, cerca de quatro mil pessoas partiram da praça de Santa Marta, atrás da basílica de São Pedro, em procissão rumo à gruta de Nossa Senhora de Lourdes, situada na parte posterior e mais alta dos jardins.

    Com velas nas mãos, a passos lentos, os fiéis rezaram o terço intercalado com cantos e ladainhas marianas, enquanto anoitecia sob um céu límpido entre as árvores do jardim. Já diante da gruta de Lourdes, a banda dos guardas vaticanos acompanhou as orações, e, depois das ladainhas marianas, o Santo Padre chegou ao local de carro.

    Com a amabilidade que o caracteriza, Bento XVI agradeceu aos presentes por rezarem pela sua viagem a Milão, onde participará no Encontro Mundial das Famílias, e se mostrou feliz de participar na vigília mariana, “momento que, mesmo com a presença de tantas pessoas, sempre conserva um caráter íntimo e familiar”.

    O papa afirmou que o mês de Maria se “encerra com a festa litúrgica em memória do segundo mistério gozoso” e mencionou o Magnificat como um “canto de louvor que se eleva da humanidade redimida pela divina misericórdia”, um “hino que denuncia a ilusão de quem se julga senhor da história e árbitro do próprio destino”.

    “Maria”, prosseguiu o papa, “colocou Deus no centro da sua vida e se abandonou confiante, em atitude humilde e dócil, ao seu desígnio de amor”, como mulher “eleita para ser o templo que guarda o Verbo, o Deus feito homem”.

    “Queridos amigos, nesta noite queremos voltar o nosso olhar para Maria com renovado afeto filial”, porque temos que “aprender da nossa Mãe celeste essa fé que nos convida a olhar para além das aparências e a crer firmemente que as dificuldades cotidianas preparam uma primavera que já começouem Cristo Ressuscitado”.

    Ao coração Imaculado de Maria, o papa se dirigiu “com renovada confiança” e, recordando São Paulo, exortou: “Sede felizes na esperança, constantes na tribulação , perseverantes na oração”. As palavras do apóstolo são “como um eco do Magnificat de Maria e nos chamam a reproduzir em nós mesmos, na vida de todos os dias, os sentimentos de alegria na fé, próprios do cântico mariano”.

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    Santa Sé


    Reconhecer na Eucaristia a presença viva do Ressuscitado
    As intenções confiadas ao Apostolado da Oração para o mês de Junho

    CIDADE DO VATICANO, domingo, 3 de junho de 2012 (ZENIT.org) - São duas as intenções de orações - uma geral e uma missionária - que o Santo Padre propõe a cada mês. Aquelas confiadas ao Apostolado da Oração para o mês de Junho, já começado, são as seguintes:

    "Para que os fiéis saibam reconhecer na Eucaristia a presença viva do Ressuscitado, que os acompanha na vida cotidiana", afirma a intenção geral.

    Aquela missionária diz assim: "Para que os cristãos na Europa redescubram a própria identidade e participem com mais entusiasmo do anúncio do Evangelho".

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    Cardeal Comastri é enviado ao Congresso Eucarístico Nacional da Ucrânia
    Evento acontece de 26 de maio a 3 de junho em Lviv

    CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 28 de maio de 2012 (ZENIT.org) – Apresentamos, em tradução do original em latim, a carta com que Bento XVI nomeia o cardeal Angelo Comastri, vigário geral de Sua Santidade para a Cidade do Vaticano, como seu enviado especial para as celebrações de encerramento do Congresso Eucarístico Nacional da Ucrânia, a ser realizado em Lviv (também chamada de Leópolis em português) neste próximo 3 de junho, no sexto centenário da sede arquiepiscopal de Lviv dos Latinos.

    Ao nosso Venerável Irmão
    Angelo S.R.E. Cardeal Comastri,
    Vigário Geral para a Cidade do Vaticano.

    "A Santa Eucaristia é o dom que Jesus Cristo faz de Si mesmo, revelando o amor infinito de Deus para com cada homem": assim nos pareceu oportuno escrever na primeira frase da exortação apostólica pós-sinodal Sacramentum Caritatis, exaltando o amor de Deus pelo gênero humano e exortando os fiéis a um culto eucarístico mais fervoroso e completo.

    Quando a devoção eucarística atinge um patamar privilegiado na vida e na jornada espiritual dos cristãos, nós nos alegramos completamente, enquanto os pastores cumprem diversas missões ao redor do mundo para que este dom especial de Jesus Cristo seja o alimento diário de cada crente e torne a sua vida mais parecida com a do próprio Salvador.

    Assim, com gratidão, verificamos que este ano, de 26 de maio a 3 de junho, os fiéis celebrarão o Congresso Eucarístico Nacional da Ucrânia, tempo de oração, meditação e renovação espiritual.

    Com a oportunidade deste Congresso, o Venerável Irmão Mieczysław Mokrzyck I, arcebispo metropolita de Leópolis dos Latinos, convidou-nos gentilmente a nomear um eminente homem de Igreja capaz de presidir em nosso nome este Congresso e proclamar palavras de encorajamento e apoio espiritual a todos os presentes.

    Ao Venerável Irmão, que zelosamente exerce as funções de arcipreste da Basílica de São Pedro e de nosso Vigário Geral para a Cidade do Vaticano, e que sem dúvida nos parece bem indicado para levar a termo tal atribuição, voltamos, pois, o nosso ânimo.

    Assim, mediante esta, vimos designá-lo nosso enviado extraordinário, confiando-lhe esta missão para que, ao terceiro dia de junho próximo, quando se encerra o Congresso Eucarístico Nacional da Ucrânia, presida em nosso nome os ritos religiosos em Leópolis e manifeste a nossa mensagem pastoral aos fiéis ali reunidos cortesmente.

    Falará da Eucaristia, a qual é fonte de todas as formas de santidade, e a todos exortará para a vida espiritual que se renova através dela.

    Nós mesmos, felizes no espírito, ainda de agora seguimos o Congresso e, a todos os seus participantes, especialmente aos fiéis da dileta grei dos habitantes de Leópolis, que celebram os 600 anos da fundação da sua sede, imploramos a graça de Deus.

    Através do Venerável Irmão, saudamos o arcebispo metropolitano de Leópolis dos Latinos e os outros bispos, os fiéis, as autoridades públicas que ali acorrerão para o Congresso, e rogamos a Deus Todo-Poderoso a fim de que todos quantos acreditam no Cristo, sustentados pela ajuda materna da Santíssima Virgem Maria, cuidem com diligência do preceito do amor na vida diária.

    Estimamos que o Venerável Irmão ponderará razoavelmente o seu cargo, prova da nossa particular benevolência, e lhe concedemos a Bênção Apostólica com muito afeto, transmitindo-a para todos os participantes do Congresso Eucarístico Nacional da Ucrânia.

    Vaticano, dia 17 do mês de abril do ano de 2012, o sétimo do Nosso Pontificado.

    Papa Bento XVI

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    Continuam as investigações
    O ajudante de quarto do Pontífice está disposto a colaborar

    Por Antonio Gaspari

    ROMA, segunda-feira, 28 de maio de 2012 (ZENIT.org) - Sobre os acontecimentos relacionados à prisão de Paolo Gabriele, o ajudante de quarto do Papa que teria roubado e copiado documentos reservados, Padre Federico Lombardi explicou que até o momento não existem outros suspeitos. O acusado disse que vai colaborar e a Santa Sé "não tem intenção de se deixar condicionar pela pressão da mídia".

    Durante uma entrevista que foi realizada na sala de imprensa do Vaticano nesta tarde, padre Lombardi explicou que o ajudante de quarto do Pontífice, Paolo Gabriele, foi preso “porque foi encontrado em posse de documentos confidenciais."

    Sobre novas possíveis prisões, o Padre Lombardi: "desmentiu, na forma mais radical," que exista um cardeal "italiano ou não italiano" que seja  "particularmente suspeito" pelos responsáveis do inquérito que investigam o vazamento de documentos confidenciais.

    No que diz respeito às hipóteses que circularam nesta manhã em Roma, o Diretor da Sala de Imprensa Vaticana acrescentou “desminto de que haja alguma mulher investigada”.

    Isso, porém, não significa que as investigações não continuarão. De fato, a comissão de cardeais, criada ad hoc pelo Papa, presidida pelo Cardeal Julian Herranz e composta pelos cardeais Jozef Tomko e Salvatore De Giorgi, está ouvindo “várias pessoas, incluindo cardeais responsáveis ​​por vários Departamentos da Cúria".

    Com relação aos artigos da mídia que indicavam o vazamento de documentos confidenciais como parte de uma luta de poder que estaria acontecendo dentro da Curia Vaticana, padre Lombardi afirmou: “Não tenho nenhuma razão para explicar as coisas dessa forma, na verdade, é exagerado e sem fundamento o modo de interpretar esses fatos”.

    A este respeito, o Diretor da Sala de Imprensa do Vaticano concluiu que "não há conexão alguma" entre a prisão do mordomo do Papa e a demissão do Presidente do Instituto Obras Religiosas (IOR), Ettore Gotti Tedeschi.

    São  "eventos claramente distintos", frisou.

    No que diz respeito às intenções de Paolo Gabriele, Padre Lombard leu a declaração escrita pelo advogado de confiança do acusado, Carlo Fusco, segundo o qual o ajudante de quarto do Pontífice “declarou ao juiz que oferecerá a mais ampla colaboração”.

    O advogado Carlo Fusco também afirmou que "a senhora Manuela Gabriele, ao contrário de como relatado por alguns meios de comunicação, nunca se afastou do lar conjugal, nunca deu qualquer entrevista, nem tenciona fazê-lo neste momento, confiada, como também eu, no trabalho do Judiciário."

    Existem ainda muitas perguntas sem respostas. No Vaticano, todas as pessoas que conheciam Paolo Gabriele estão revoltadas.

    Uma pessoa simples, que começou a trabalhar no Vaticando na parte da limpeza na Secretaria de Estado do Vaticano. Gabriele se juntou à "família" do Papa em 2006, depois de ter estado à serviço do prefeito da Casa Pontifícia, Mons. James Harvey.

    É inconcebível a idéia que "Paoletto" (Paulinho), como seus amigos o chamam, depois de muitos anos de lealdade absoluta tivesse podido realizar tal ação.

    As perguntas mais persistentes são sobre o porquê e para quem ele agiu?

    Enquanto isso, o Papa Bento XVI, que no início declarou-se impressionado, triste e surpreso, expressou sua firme determinação de ir em frente com coragem.

    Na frente de 50.000 da Renovação Carismáticaque enchiam a Praça de São Pedro no Sábado, 26 de maio, o pontífice lembrou “"desceu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, mas ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha "(Mt 7, 24-25).

    E ontem, domingo 27 de maio, disse: "Onde há divisão e divisão, Pentecostes traz unidade e entendimento."

    [Tradução Thácio Siqueira]

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    Espírito da Liturgia


    Quando Celebrar?/3: O ano Litúrgico (CIC 1168-1173)
    Rubrica de teologia litúrgica aos cuidados do Pe. Mauro Gagliardi

    Juan José Silvestre *

    ROMA, quarta-feira, 30 de maio de 2012 (ZENIT.org) - Na Páscoa – que significa inseparavelmente cruz e ressurreição –resume-se toda a história da salvação, está presente de forma concentrada toda a obra da redenção. “Poder-se-ia dizer que a Páscoa é a categoria central da teologia do Concílio” (J. Ratzinger, Opera omnia, 774). Neste contexto está também o ano litúrgico. De fato, “a partir do «Tríduo Pascal», como da sua fonte de luz, o tempo novo da ressurreição enche todo o ano litúrgico com o seu brilho” (Catecismo da Igreja Católica [CIC], 1168).

    Não poderia ser diferente já que a Paixão, morte e ressurreição do Senhor “é um acontecimento real, ocorrido na nossa história, mas único; todos os outros acontecimentos da história acontecem uma vez e passam, devorados pelo passado. Pelo contrário, o mistério pascal de Cristo não pode ficar somente no passado, já que pela sua morte, Ele destruiu a morte; e tudo o que Cristo é, tudo o que fez e sofreu por todos os homens, participa da eternidade divina, e assim transcende todos os tempos e em todos se torna presente. O acontecimento da cruz e da ressurreição permanece e atrai tudo para a Vida” (CIC, 1085). 

    É verdade que a crucificação de Cristo, sua morte na cruz e, de maneira diferente, sua ressurreição do sepulcro, são eventos históricos únicos que, como tal, permanecem no passado. Mas se fossem unicamente feitos do passado, não poderia existir uma real conexão com eles. Em última análise, não teriam nada a ver conosco. Por isso o CIC continua: “A economia da salvação realiza-se no quadro do tempo, mas a partir do seu cumprimento na Páscoa de Jesus e da efusão do Espírito Santo, o fim da história é antecipado, pregustado, e o Reino de Deus entra no nosso tempo” (CIC, 1168).

    Devemos reconhecer que a ressurreição está tão longe do nosso horizonte, é tão estranha a todas as nossas experiências, que é possível que nos perguntemos: Em que consiste propriamente isso de «ressuscitar»? O que significa para nós?

    Bento XVI se aproxima desse mistério e diz: “A ressurreição é – se podemos usar uma vez a linguagem da teoria da evolução – a maior «mutação», o salto mais decisivo para uma dimensão totalmente nova, que nunca se produziu ao longo da história da vida e dos seus desenvolvimentos: um salto de uma categoria completamente nova, que nos afeta e que diz respeito a toda a história. [...] Era um com o Deus vivo, tão intimamente unido com Ele que formava com Ele uma única pessoa [...]. A sua própria vida não era somente sua, era uma comunhão existencial com Deus e estar inserido em Deus, e, por isso não era possível realmente tirá-lo. Ele pôde deixar-se matar por amor, mas justamente assim destruiu o caráter definitivo da morte, porque Nele estava presente o caráter definitivo da vida. Ele era uma só coisa com a vida indestrutível, de modo que esta desabrochou de novo através da morte. Expressemos mais uma vez a mesma coisa de outro ponto de vista. A sua morte foi um ato de amor. Na última ceia, Ele antecipou a morte e a transformou no dom de si mesmo. A sua comunhão existencial com Deus era concretamente uma comunhão existencial com o amor de Deus, e este amor é a verdadeira potência contra a morte, é mais forte que a morte” (Homilia, 15.04.2006).

    Este é o verdadeiro núcleo e a verdadeira grandeza da Eucaristia, que sempre é mais do que um banquete, pois pela sua celebração se faz presente o Senhor, junto com os méritos da sua morte e ressurreição, acontecimento central da nossa salvação (cf. Ecclesia de Eucharistia, 11). Assim, “O mistério da ressurreição, em que Cristo aniquilou a morte, penetra no nosso velho tempo com a sua poderosa energia, até que tudo Lhe seja submetido” (CIC, 1169). Isso acontece porque Cristo, Deus e homem, mantém sempre atual, na sua dimensão pessoal de eternidade, o valor de fatos históricos do passado, como são sua morte e ressurreição.

    Por esta razão, a Igreja celebra a obra salvadora de Cristo, cada semana no dia do Senhor, em que a Celebração eucarística supõe um caminhar para o interior da contemporaneidade com o mistério da Páscoa de Cristo, e uma vez por ano, na máxima solenidade da Páscoa que não é simplesmente uma festa entre outras: é a “Festa das festas”, “Solenidade das solenidades” (CIC, 1169).

    Além disso, da mesma maneira que “durante a sua vida terrena, Jesus anunciava pelo seu ensino e antecipava pelos seus atos o seu mistério pascal” (CIC, 1085) agora durante o tempo da Igreja do ano litúrgico se apresenta como “o desenrolar dos diferentes aspectos do único mistério pascal. Isto vale particularmente para o ciclo das festas em torno do mistério da Encarnação, que comemoram o princípio da nossa salvação e nos comunicam as primícias do mistério da Páscoa” (CIC, 1171).

    Finalmente durante todo o ano litúrgico, a Igreja venera de forma especial a Santíssima Virgem, “indissoluvelmente unida à obra de salvação do seu Filho; nela vê e exalta o mais excelso fruto da redenção e contempla com alegria, como numa imagem puríssima, o que ela própria deseja e espera ser inteiramente” (CIC, 1172). E na memória dos santos “proclama o mistério pascal realizado naqueles homens e mulheres que sofreram com Cristo e com Ele foram glorificados, propõe aos fiéis os seus exemplos, que a todos atraem ao Pai por Cristo, e implora, pelos seus méritos, os benefícios de Deus” (CIC, 1173).

    * Juan José Silvestre é professor de Liturgia da Pontifícia Universidade da Santa Cruz e consultor da Congregação para o Culto Divino e a Displina dos Sacramentos e do Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice.

    Quem quiser enviar perguntas ou expressar opiniões sobre os temas tocados pela rubrica organizada pelo Padre Mauro Gagliardi pode escrever para: liturgia.zenit@zenit.org


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    Mundo


    Ex-anglicanos ordenados na Iglaterra
    17 novos diáconos para Ordinariato Pessoal

    Westminster, Inglaterra, 31 de maio de 2012 (Zenit.org) -. Dezessete homens foram ordenados diáconos dia 26 de maio na Catedral de Westminster. Os homens - todos antigos clérigos anglicanos - foram ordenados, a pedido de Monsenhor Keith Newton, o  do Ordinariato Pessoal de Nossa Senhora de Walsingham, a ordenação diaconal foi presidida pelo bispo auxiliar de Westminster e ex-anglicano, AlanHopes.


    A celebração marca o segundo ano de ordenações para o Ordinariato, que foi criada em 2011 e permitem os Anglicanos de entrar em plena comunhão com a Igreja Católica, mantendo os elementos essenciais do seu património litúrgico e espiritual.

    Entre os ordenados estavam ex-clérigos anglicanos da Escócia, Darlington, Portsmouth, Northampton e Oxford.

    A homilia foi feita pelo Dom Andrew Burnham, ex-bispo Anglicano de Ebbsfleet e agora um assistente para o Ordináriato. Ele conclamou os católicos a oferecer o seu apoio incondicionado ao Ordinariato, seguindo o exemplo do Santo Padre.

    Comentando sobre o fato de que com a criação do Ordinariato a Igreja Católica na Inglaterra em breve terá mais oitenta sacerdotes, ele disse: "Nós recebemos muito mais do que nós podemos levar”.

    Um outro grupo de ordenações diaconais é esperado durante o verão.

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    Futuro sem fome não é um sonho utópico
    Caritas: conferência internacional sobre a fome no mundo

    ROMA, terça-feira, 29 de maio de 2012 (ZENIT.org) - A Caritas lançou um congresso internacional sobre a fome no mundo e a segurança alimentar, para os dias 1º e 2 de junho, em Viena, Áustria. O objetivo é encontrar soluções globais para o fato de que 925 milhões de pessoas no mundo de hoje ainda sofrem a fome.

    “A cada doze segundos, uma criança morre de fome”, disse o presidente da Caritas Internationalis, cardeal Óscar Rodríguez Maradiaga. “A fome não é uma fatalidade. As causas são de ordem social, econômica e política”.

    O evento, organizado conjuntamente pela Caritas Áustria, Caritas Internationalis e Caritas Europa, reunirá autoridades públicas, políticos, acadêmicos, jornalistas e representantes da sociedade civil de todo o mundo.

    Os delegados discutirão as causas estruturais da fome e analisarão como as agências de ajuda podem intervir de forma eficiente para garantir o direito fundamental à alimentação.

    O congresso quer provar que a luta contra a fome está no centro do trabalho de serviço aos pobres feito pela Caritas, e que esta questão deve ser uma prioridade para os governos. A segurança alimentar é um tema fundamental às vésperas do encontro Rio+20 e tem plena relação com a agenda dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

    Em comunicado, a Caritas disse pretender "unir a comunidade internacional nesta luta para erradicar a fome e a desnutrição".

    O congresso será aberto pelo cardeal Maradiaga. Tesfai Tecle, assessor especial de Kofi Annan, apresentará uma palestra do ex-secretário geral das Nações Unidas sobre os efeitos da injustiça mundial na fome e na desnutrição, bem como os procedimentos necessários para que aconteça uma mudança real.

    Kristalina Georgieva, comissária europeia para a cooperação internacional e para a ajuda humanitária, falará do papel e das responsabilidades da União Europeia neste sentido.

    Christoph Schweifer, secretário geral dos Programas Internacionais da Caritas Áustria e coordenador da conferência, disse: "A Caritas acredita que um futuro sem fome não é um sonho utópico. É a nossa visão e nós vamos lutar por ela".

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    Entrevistas


    A Igreja luta ainda contra a miséria de crianças brasileiras e contra a desigualdade social
    Missionário Mexicano, Pe. Hector Ruiz, narra a sua experiência no Brasil

    Por Thácio Siqueira

    RECIFE, quarta-feira, 30 de maio de 2012 (ZENIT.org) - A Igreja luta ainda contra a miséria de crianças brasileiras e contra a desigualdade social. Uma prova disso ZENIT encontrou num sacerdote mexicano missionário em terras brasileiras, Padre Héctor Ruiz.

    Padre Héctor é sacerdote missionário há doze anos atuando na periferia da cidade de Recife, na paróquia São Lourenço da Mata.

    Publicamos a entrevista na íntegra:

    ZENIT: O Senhor como um dos idealizadores da Associação “TIA” pode explicar, aos leitores de Zenit, um pouco do por que desta associação?

    Padre Héctor: A nossa associação “TIA – Toda infância assistida” é uma resposta a uma das urgentes necessidades deste povo do Nordeste do Brasil, que é a pobreza extrema em vastos grupos sociais. Por essa pobreza as crianças crescem desnutridas, as mães, quando estão ainda grávidas, tem a forte tentação de abortar porque não teriam como alimentar a criança; a mortalidade infantil aumenta...  o futuro dessas crianças fica comprometido, assim como o futuro da sociedade em geral. A “TIA” tem o propósito de fornecer alimento, vestido e remédio a crianças de zero a seis anos”, para que pelo menos vivam os primeiros anos de sua vida com um pouco mais de dignidade.

    ZENIT: Em que paróquia o Senhor está servindo a Igreja?

    Padre Héctor: Há doze anos começou o meu ministério sacerdotal na periferia de Recife, na paróquia de São Lourenço da Mata, onde está sendo construído a Arena Pernambuco, um dos estádios para o mundial de 2014. Terra da cana de açúcar, onde o cortador de cana tem trabalho por seis meses e por outros seis vive ou “quase vive” com o pouco que ganhou nesse triste trabalho.  

    ZENIT: Se inspirou em alguma obra da Igreja?

    Padre Héctor: Os Legionários de Cristo me ensinaram a cultivar uma sensibilidade social. Até cheguei a ensinar Doutrina Social da Igreja no seminário de Brasília por um ano. Para mim não é novidade que a  Igreja se preocupe, com prioridade, dos mais fracos. Ela sempre tem sido a inspiradora da minha vida. Sempre tem incentivado a distribuição mais equitativa das riquezas. Como é possível, eu me perguntava, que um sacerdote, que quer servir à Igreja, vendo o desequilíbrio existente nesta área do Brasil, fique com os braços cruzados? A população que estamos atendendo está a somente 50 quilômetros de um rico centro urbano, que é Recife. É uma vergonha que, em quanto se podem ver luxuosíssimas residências nessa cidade, tenhamos crianças que, esqueléticas e desnutridas vivem vestindo só uma calça suja, brincando sobre o chão de terra batida das suas apertadas casas. Era para mim uma urgência criar ao menos uma associação que fosse canal entre ricos e pobres.

    ZENIT: Como a associação “TIA” consegue ser este canal?

    Padre Héctor:  A verdade é que até agora reunimos poucos desses “super-ricos” e “super-poderosos”. Conseguimos mais apoio da classe média. E por isso reforçamos nosso projeto de reunir o maior número de padrinhos que mensalmente contribuam com algo para uma das crianças da associação. A ideia é que funcione como um banco, em que o padrinho deposita dinheiro para o seu afilhado(a) e a associação entrega o equivalente em vestido, comida ou remédio, segundo as necessidades dele(a). Sendo o padrinho informado, periodicamente, pela associação sobre a situação de seu afilhado.

    ZENIT: Hoje quantas crianças são atendidas pelos programas da “TIA”?

    Padre Héctor: Neste momento estamos atendendo 78 crianças, que vão de zero aos seis anos. Evidenciando que esse “zero”, inclui também bebes no seio materno. Precisamente para evitar a tentação que poderia ter a mãe de abortar por não ter recursos e sentir-se desprotegida. Poderíamos ter centenas e milhares de crianças porque realmente a pobreza é muita, mas por falta de voluntários não podemos ampliar o círculo de ajuda.  

    ZENIT: Então a associação “TIA” é de voluntários?

    Padre Héctor: Exatamente. O corpo diretivo, composto por doze membros, não recebe nada. Tudo é por bondade de coração. Embora a associação tenha que ter alguns profissionais para realizar determinadas funções para o bom funcionamento da associação.

    ZENIT: Como assim?

    Padre Héctor: Às vezes é necessário contratar um psicólogo, para também dar atendimento aos pais e às crianças necessitadas desse tratamento, ou chamamos a um palestrante para dar formação aos pais... Essas coisas são, certamente, pagas.

    ZENIT: Qual o Ano de Criação da Associação? Após estes primeiros anos já é possível olhar para trás e contemplar que a associação têm feito à diferença na sociedade?

    Padre Héctor: Nós começamos faz nove anos. Temos atendido já muitas crianças, que saem do projeto quando cumprem os sete anos. Não temos dado, ainda, tudo o que gostaríamos dar. Mas a semente plantada está crescendo e estamos conseguindo  algumas coisas. A cada ano organizamos quatro festas com presentes, brinquedos, comida e muitas diversões... Também aproveitamos essa ocasião para dar formação familiar às mães. Nos falta ainda exigir dos pais destas crianças, que dêem uma hora de trabalho semanal gratuito a alguma associação beneficente, reconhecida pela “TIA”, para que não seja tudo assistencialismo, que pode alimentar, por outro lado, preguiça e irresponsabilidade com outros males.

    ZENIT: Como os leitores de Zenit podem conhecer melhor o Projeto? E caso queiram adotar uma criança é possivel? quais os contatos?

    Padre Héctor: Podem enviar um email para:  paroquiaslm@hotmail.com . Ou ainda, ligar por telefone: 55-81-35250277      .

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    Espiritualidade


    A Igreja orienta
    Artigo de Espiritualidade de Dom Walmor Oliveira de Azevedo

    Dom Walmor Oliveira de Azevedo*

    BELO HORIZONTE, sexta-feira, 1 de Junho de 2012 (ZENIT.org) - A Igreja Católica, ao anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, é chamada a escutar os clamores do povo e a se envolver com os desafios que interpelam a sociedade. Em razão da questão central de valores e princípios perenes, ela tem o dever profético de ser orientadora e capaz de ajudar no desenho de horizontes humanitários, éticos e marcados pela espiritualidade que aponta o sentido autêntico da vida. 

    Nesta missão, a Igreja compreende a exigência de atuar sabendo que a evangelização está unida à promoção humana e ao autêntico sentido cristão. A secularidade da sociedade contemporânea não pode impedir a ação da força insubstituível dos valores do Evangelho. Essa é uma batalha grande. Os rumos adotados podem comprometer alicerces sustentadores de uma sociedade marcada pelo sentido de solidariedade, fecundada pela ética e capaz de respeitar in totum o sentido nobre e intocável da dignidade humana. 

    Assim, o fenômeno da globalização não deve dispensar a necessária orientação advinda de fontes insubstituíveis como o Evangelho de Jesus Cristo. Seu anúncio e testemunho são tarefas da mais alta significação na sociedade, respondendo por horizontes e perspectivas humanísticas para edificar uma sociedade mais justa, fraterna e solidária. 

    E, ante o risco e real deterioração ética, está a Igreja Católica na sua missão de orientar. Esta orientação compreende a indicação de dinâmicas e parâmetros para que cada pessoa qualifique sua existência e assente o sentido de sua individualidade numa espiritualidade que a leve ao desabrochamento humano e ao compromisso com tudo o que diz respeito à cidadania. A iluminação própria do Evangelho precisa incidir sobre a realidade que configura a vida. Essa perspectiva indica a razão pela qual a Igreja Católica convoca seus membros e todos os segmentos da sociedade, em diálogo e cooperação, para protagonizar ações de maior impacto, por exemplo, na área da saúde. Estão ecoando, como é o propósito da Campanha da Fraternidade 2012, “Fraternidade e Saúde Pública”, as contribuições recentes da Igreja nesta área tão importante para a população. 

    Também, neste ano eleitoral, por meio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, nas dioceses e paróquias, em uma importante rede de grande capilaridade, à luz dos princípios éticos do Evangelho, a Igreja orienta suas comunidades eclesiais e as pessoas para que estejam atentos e se preparem para uma participação cidadã.  A Igreja sublinha que é imprescindível refletir bem e construir novas práticas e posturas para que passos decisivos sejam dados na consolidação da democracia. O primeiro passo será sempre a busca de uma construção da consciência coletiva que leve o povo a se constituir como sujeito do processo político. Orienta-se que esta preocupação e empenho sejam assumidos por grupos comunitários, organismos ou pastorais da Igreja, por serem considerados espaços de aglutinação e coordenação desse processo, em busca da construção da cidadania. Observa-se que é fundamental a formação da consciência de que o novo Brasil e o novo município virão com a participação cidadã e comprometida de todos. 

    É importante ponderar que as eleições municipais têm, acentua a CNBB, um distintivo em relação às demais, por colocar em disputa os projetos que discutem sobre os problemas mais próximos do cidadão: educação, saúde, segurança, trabalho, transporte, moradia, lazer e ecologia. Ora, os candidatos são mais visíveis e a proximidade deve contribuir para que a escolha seja a mais acertada. É preciso verificar quem tem condições, entendimento e compromisso para a execução de políticas públicas adequadas. Mais uma vez é preciso  que fique claro para o eleitor que seu voto, embora seja um gesto pessoal e intransferível, tem consequências para a sua vida e o futuro do Brasil. A eleição não é uma loteria. Não se pode arriscar inconscientemente. Instrumentos e conquistas do povo, como as Leis 9840/1999, contra corrupção e manipulações eleitorais, e 135/2010, a conhecida Ficha Limpa, são usados nesta tarefa cidadã de votar e escolher bem. 

    O exercício da cidadania não se esgota no voto. Os desdobramentos influenciarão na construção de uma nova civilização pela competência, credibilidade e ética dos escolhidos para o exercício dos cargos públicos. É hora de articular grupos de fé e política, estudar e estimular os jovens no seu direito de votar. Oportuno é recordar a palavra sábia e de perene significação do Papa Paulo VI quando disse: “A política é uma maneira exigente de viver o compromisso cristão a serviço dos outros”. 

    *Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte

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    Bioética


    Biotecnologia: entre riscos e benefícios
    O doutor Alberto Carrara, LC, fala dos desafios bioéticos da biotecnologia médica

    Marcello Tedeschi

    ROMA, sexta-feira, 1º de junho de 2012 (ZENIT.org) – Ainda há muita confusão sobre a pesquisa e o uso das biotecnologias. As finalidades utilitárias confundem riscos e benefícios. O tema é particularmente relevante por suas implicações bioéticas, e, para tentar esclarecer alguns de seus aspectos, ZENIT entrevistou o Dr. Alberto Carrara, LC, relator da conferência "Biotecnologias médicas e desafios bioéticos contemporâneos", realizada no Ateneu Pontifício Regina Apostolorum, de Roma, em 29 de maio. A conferência foi a última do ano letivo no mestrado em Ciência e Fé.

    Carrara é doutorem Biotecnologias Médicaspela Faculdade de Medicina da Universidade de Pádua e assistente na Faculdade de Filosofia do Regina Apostolorum. É membro do Grupo de Neurobioética (GdN) desde 2009 e da Sociedade de Neuroética desde 2010.

    Dr. Carrara, pode nos explicar a diferença entre a biotecnologia moderna e a biotecnologia tradicional?

    Dr. Carrara: Vamos primeiro definir o que se entende por "biotecnologia", para contextualizar e para não levantar mal-entendidos. Em geral, esse termo se refere à utilização de material orgânico de acordo com um projeto racional, que visa a um processo mais ou menos complexo e articulado para usá-lo em proveito do ser humano. Esta definição genérica inclui a biotecnologia chamada de "tradicional", que o engenheiro húngaro Karl Ereky definia com a criação intensiva de suínos, com base na utilização de resíduos de processamento de açúcar de beterraba, e todos os processos arcaicos de produção de alimentos, como a fermentação, as cruzas na criação e na agricultura. Por outro lado, também inclui a biotecnologia "inovadora", que pode ser definida como a aplicação de princípios científicos e de engenharia para a produção de materiais a partir de agentes biológicos, utilizando o conhecimento adquirido com a biologia, com a bioquímica, a genética, a microbiologia, a engenharia bioquímica, a química combinatória e os processos de separação.

    A diferença substancial entre as duas é a especificidade da ação do cientista. Conhecemos hoje, à luz da descoberta e da caracterização do material genético e dos seus mecanismos de operação, o material de base, o DNA, para a produção das proteínas. As proteínas são os "tijolos" que compõem a maior parte das funções e das estruturas vitais dos organismos vivos. As proteínas são os fármacos mais comuns, como a insulina e o ativador tecidual do plasminogênio, os hormônios, os neurotransmissores, para citar alguns. A "seleção", que era feita anteriormente a olho nu entre as melhores espécies nas cruzas, agora é feita de forma específica no nível genético. Esta é a maior diferença entre as biotecnologias "tradicionais" e as "inovadoras". A biotecnologia "inovadora" aplica a tecnologia à matéria viva (organismos e seus componentes), para modificar ou usar de forma direcionada as características desse material orgânico, no objetivo de obter novos conhecimentos, bens e serviços.

    A tecnologia na área médica sofreu uma evolução considerável nas últimas décadas. Alguns estudiosos, filósofos, psicólogos e pesquisadores sentiram a necessidade de regular procedimentos e técnicas de acordo com uma linha ética comum. Neste contexto, como a ética interage com as ciências?

    Dr. Carrara: Desde os anos 70, quando Potter cunhou o neologismo "bioética", a ética começou formalmente a se interessar pela ciência e pela tecnologia. Não que antes não se importasse. A ética é uma atividade humana e envolve tanto o pesquisador quanto qualquer cidadão. A ética interage com a ciência no sentido de que a ciência não pode ser auto-referencial: não podemos, nós, os cientistas, achar no método científico em si mesmo as regras para a nossa conduta. Deixe-me explicar. O cientista descobre, interroga a natureza, dizemos que ele sempre traz à tona aspectos novos. Mas a reflexão sobre como aplicar essas descobertas, até que ponto, especialmente se elas tocam a dignidade e o valor intrínseco da pessoa humana, vai além do método científico. É então que a reflexão filosófica vem ajudar a ciência: a partir de certas premissas antropológicas, procurando os critérios e as regras para a aplicação das descobertas científicas, para salvaguardar a dignidade humana e o bem comum.

    Engenharia genética, nanotecnologia, biotecnologias e neurociências: quais são os principais benefícios delas para os seres humanos? E quais são os perigos?

    Dr. Carrara:Os benefícios reais são imensos e bem concretos, frutos dessas "palavrinhas" tantas vezes caluniadas. Basta pensarmos que, desde1982, ainsulina humana, que todos os dias é administrada pelos pacientes com diabetes, é uma insulina "r", ou seja, recombinante, fruto da engenharia genética. As pesquisas genéticas para a detecção precoce do câncer, por exemplo, é uma nanotecnologia de ponta, desenvolvida a partir do conhecimento que nós temos da nossa herança genética e da ação das proteínas. Na neurociência, o uso de neurotransmissores produzidos pela biotecnologia ajuda milhões de pacientes com comprometimento cognitivo, com transtorno de déficit de atenção, etc. E não podemos nos esquecer do pioneirismo de tecnologias avançadas de estimulação cerebral, utilizadas, mesmo que seja em poucos casos até agora, para o tratamento do mal de Parkinson e de distúrbios depressivos sérios. Mas, se os benefícios são enormes, os riscos andam de mãos dadas com eles. É claro que os filmes de ficção científica exacerbam as coisas, mas tudo depende de como o ser humano, com as políticas sociais e econômicas, irá abordar o potencial benéfico da biotecnologia. Como qualquer outro recurso da ciência e da engenhosidade humana, a biotecnologia não deve ser demonizada, mas usada para o bem comum de todos os homens. Para evitar riscos potenciais e reais, precisamos nos esforçar para fazer uma discussão documentada, calma e objetiva, e oferecê-la como uma contribuição obrigatória para a informação, especialmente para os não especialistas, procurando promover a conscientização sobre os eventos científicos e biotecnológicos que marcam o nosso tempo.

    À luz da neurociência moderna, a alma ainda é um assunto filosófico digno de interesse? Há espaço para ela na reflexão contemporânea? Como se insere a questão da alma na relação entre ciência e fé?

    Dr. Carrara:O tema da alma é, talvez, desde o início da civilização até hoje, uma questão que o homem trás consigo, ela o segue como sua própria sombra. Eu estou certo de que, justamente à luz da moderna neurociência e das neurotecnologias, a realidade da alma humana vai emergir em todo o seu esplendor. Há espaço para a alma humana no debate filosófico precisamente porque é o homem, que é um ser uni-dual, que consiste de corpo e de alma, aquele que faz tanto a ciência quanto a reflexão filosófica sobre ela. Não há conflito entre ciência e fé. Basta respeitar o âmbito e os métodos de cada disciplina. Hoje, o grande problema é a falta de equilíbrio e de humildade, o desejo de possuir uma ciência onisciente que explique a realidade, que explique o ser humano. Todos os neuro-determinismos contemporâneos são insuficientes precisamente porque absolutizam, antropomorfizam um só dado da realidade complexa do homem. O ser humano é caracterizado pelo "mistério", que sempre se esconde e que, aliás, é a força e o próprio impulso da pesquisa científica

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    Angelus


    O próximo Encontro Mundial das famílias será nos Estados Unidos
    As palavras de Bento XVI durante o Angelus

    MILÃO, domingo, 03 de junho de 2012(ZENIT.org) – Apresentamos as palavras de Bento XVI dirigidas aos fiéis reunidos no Parque de Bresso para a Celebração Eucarística e a tradicional oração do Ângelus durante o VII Encontro Mundial das famílias em Milão.

    ***

    VISITA PASTORAL À ARQUIDIOCESE DE MILÃO

    E VII ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS

    Não encontro palavras para agradecer esta Festa de Deus, por esta comunhão da família de Deus que somos nós. Ao final desta celebração, um grande obrigado a Deus que nos deu esta grande experiência eclesiástica.

    Da minha parte, dirijo um sincero agradecimento a todos aqueles que trabalharam para este evento, ao Cardeal Ennio Antonelli, Presidente do Pontifício Conselho para as Famílias, obrigado eminência! Ao Cardeal Ângelo Scola, Arcebispo de Milão, obrigado! Também por este belo templo de Deus que nos deu. Agradeço aos responsáveis pela organização e a todos os voluntários.  E estou feliz por anunciar que o próximo Encontro Mundial das Famílias será em 2015, na Filadélfia, Estados Unidos. Saúdo o Arcebispo da Filadélfia, Dom Charles Chaput e o agradeço deste já pela disponibilidade oferecida.

    *** 

    Saúdo as famílias dos diversos países de língua portuguesa, aqui presentes ou em comunhão conosco, a todas recordando o olhar da Trindade divina que, desde a aurora da criação, se pousou sobre a obra feita e com ela se alegrou: «Era muito boa!» Queridas famílias, sois o trabalho e a festa de Deus! Reservando o domingo para Deus, fazei festa com Deus e repousai, juntos, na Fonte donde brota a vida para construir o presente e o futuro. As forças divinas são bem mais poderosas que as vossas dificuldades! Não tenhais medo! Sede fortes de Deus! Com alegria, vos anuncio que o próximo Encontro Mundial será em 2015 na cidade americana de Filadélfia.

    (Tradução:MEM)

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    Audiência de quarta-feira


    A oração é o encontro com uma Pessoa viva
    A catequese do Papa na Audiência desta quarta-feira

    CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 30 de maio de 2012(ZENIT.org) - Apresentamos as palavras de Bento XVI aos fiéis e peregrinos reunidos para a Audiência Geral desta quarta-feira, na praça de São Pedro.

    Queridos irmãos e irmãs,

    Nestas catequeses estamos meditando a oração nas cartas de São Paulo e buscamos ver a oração cristã como um verdadeiro e pessoal encontro com Deus Pai, em Cristo, mediante o Espírito Santo. Hoje, neste encontro, entram em diálogo o “sim” fiel de Deus e o “amém” confiante dos crentes. E gostaria de destacar esta dinâmica, detendo-me na Segunda Carta aos Coríntios.  São Paulo envia esta apaixonada Carta a uma Igreja que mais de uma vez colocou em discussão seu apostolado, e ele abre o seu coração pare que os destinatários sejam assegurados sobre a fidelidade a Cristo e ao Evangelho. Esta Segunda Carta aos Coríntios inicia com uma das orações de benção mais altas do Novo Testamento. Soa assim: “Bendito seja Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das Misericórdias, Deus de toda a consolação, que nos conforta em todas as nossas tribulações, para que, pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus, possamos consolar os que estão em qualquer angustia!” (2Cor 1,3-4).

    Então, Paulo vive em grande tribulação, são muitas as dificuldades e as aflições que teve que atravessar, mas nunca cedeu ao desânimo, sustentado pela graça e pela proximidade com o Senhor Jesus Cristo, pelo qual se tornou apóstolo e testemunha da entrega de toda própria existência em Suas mãos. Justamente por isso, Paulo inicia esta Carta com uma oração de benção e de agradecimento a Deus, porque não houve momento algum de sua vida de apóstolo de Cristo no qual tenha sentido menos sustentado pelo Pai misericordioso, pelo Deus de toda consolação. Sofreu terrivelmente, disse ele mesmo nesta Carta, mas em todas aquelas situações, onde parecia não abrir-se outra estrada, recebeu consolação e conforto de Deus.  Para anunciar Cristo, logo também sofreu perseguições, até ser trancado na prisão, mas se sentiu sempre interiormente livre, animado pela presença de Cristo e ansioso para anunciar a palavra de esperança do Evangelho. Da prisão, assim escreve a Timóteo, seu fiel colaboradorEle da cadeia escreve: “A palavra de Deus, esta não se deixa acorrentar. Pelo que tudo suporta por amor dos escolhidos, para que também eles consigam a salvação em Jesus Cristo, com a glória eterna” (2Tm 2,9b-10).
    Em seu sofrimento por Cristo, ele experimenta a consolação de Deus. Escreve: “à medida que em nós crescem os sofrimentos de Cristo, crescem também por Cristo as nossas consolações” (2Cor 1,5).

    Na oração de benção que introduz a Segunda Carta aos Coríntios predomina , ao lado do tema das aflições, o tema da consolação, não interpretado somente como um simples conforto, mas, sobretudo, como encorajamento e exortação para não deixar-se vencer pela tribulação e pela dificuldade. O convite é para viver cada situação unidos a Cristo, que carrega sobre si todo sofrimento e pecado do mundo para levar luz, esperança e redenção. E assim, Jesus nos torna capazes de consolar aqueles que estão à nossa volta e que se encontram em tqualquer tipo de aflição. A profunda união com Cristo na oração, a confiança em sua presença, conduzem à disponibilidade de partilhar os sofrimentos e as aflições dos irmãos. Escreve Paulo: “Quem é fraco, que eu não seja fraco? Quem sofre escândalo, que eu não me consuma de dor?” (2Cor 11,29). Estas partilhas não nascem de uma simples benevolência, nem mesmo da generosidade humana ou do espírito de altruísmo, mas surge do consolo do Senhor, do sustento inabalável da “extraordinária potência que vem de Deus e não de nós” (2Cor 4,7).

    Queridos irmãos e irmãs, a nossa vida e o nosso caminho cristão são marcados muitas vezes pela dificuldade, incompreensão e sofrimento. Todos nós sabemos. No relacionamento fiel com o Senhor, em nossa oração constante, cotidiana, podemos também nós, concretamente, sentir a consolação que vem de Deus. E isso reforça a nossa fé, pois nos faz experimentar de modo concreto o “sim” de Deus ao homem, a nós, a mim, em Cristo; faz sentir a fidelidade do Seu amor, que chega até a doação de Seu Filho sobre a Cruz. Afirma São Paulo: “O Filho de Deus, Jesus Cristo, que nós, Silvano, Timóteo e eu, vos temos anunciado não foi ‘sim’ e depois ‘não’, mas sempre foi ‘sim’. Porque todas as promessas de Deus são ‘sim’ em Jesus. Por isso, é por ele que nós dizemos ‘Amém’ à glória de Deus” (2Cor 1,19-20). O “sim” de Deus não é reduzido pela metade, não está entre o “sim” e o “não”, mas é um simples e seguro “sim”. E a este “sim” nós respondemos com o nosso “sim”, com o nosso “amém” e, assim, estamos seguros no “sim” de Deus.

    A fé não é primariamente uma ação humana, mas dom gratuito de Deus, que se enraíza na sua fidelidade, no seu “sim”, que nos faz compreender como viver a nossa existência amando Ele e os irmãos. Toda a história de salvação é um progressivo revelar-se desta fidelidade de Deus, apesar das nossas infidelidades e nossas negações, na certeza de que “os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis”, como declara o Apóstolo na Carta aos Romanos (11,29).

    Queridos irmãos e irmãs, o modo de agir de Deus – bem diferente do nosso – nos dá consolação, força e esperança, porque Deus não retira o seu “sim”.Diante dos conflitos nas relações humanas, às vezes também familiares, nós somos levados a perseverar no amor gratuito, que requer empenho e sacrifício. Em vez disso, Deus não se cansa de nós, não se cansa nunca de ter paciência conosco e com sua imensa misericórdia nos precede sempre, vem ao nosso encontro por primeiro, é absolutamente confiável este seu “sim”. Na Cruz nos ofereçe a medida do seu amor, que não se calcula, não tem tamanho.São Paulo, na Carta a Tito escreve: “Mas um dia apareceu a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens” (Tit 3,4). E por isso, este “sim” se renova a cada dia “quem nos confirma a nós e a vós em Cristo, e nos consagrou, é Deus. Ele nos marcou com o seu selo e deu aos nossos corações o penhor do Espírito” (2Cor 1,21b-22).

    É, de fato, o Espírito Santo que torna constantemente presente e vivo o “sim” de Deus em Jesus Cristoe cria em nosso coração o desejo de segui-lo para entrar totalmente, um dia, no seu amor, quando receberemos uma moradia não construída por mãos humanas nos Céus. Não existe alguém que não seja alcançado ou convidado a este amor fiel, capaz de esperar, mesmo aqueles que continuamente respondem com o “não” de rejeição ou de coração endurecido. Deus nos espera, nos busca sempre, quer acolher-nos na comunhão consigo para doar a cada um de nós a plenitude de vida, de esperança e de paz.

    Sobre o “sim” fiel de Deus, é unido o “amém” da Igreja que ressoa em cada ação da liturgia: “Amém” é a resposta da fé que conclui sempre a nossa oração pessoal e comunitária. E que expressa o nosso “sim” à iniciativa de Deus. Geralmente, respondemos por hábito com o nosso “Amém” na oração, sem compreender seu significado profundo.  Este termo deriva do ‘aman’ que, em hebraico e em aramaico, significa “estabilizar”, “consolidar” e, consequentemente, “estar certo”, “dizer a verdade”. Se olharamos na Sagrada Escritura, vemos que este “amém” é dito no fim dos Salmos de benção e louvor, como por exemplo, no Salmo 41: “Vós, porém, me conservareis incólume, e na vossa presença me poreis para sempre. Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, de eternidade em eternidade! Assim seja! Amém!” (vv. 13-14).  Ou expressa adesão a Deus, no momento em que o povo de Israel retorna cheio de alegria do exílio babilônico e diz o seu “sim”, o seu “amém” a Deus e a sua Lei. No Livro de Neemias se narra que, depois deste retorno, “Esdras abriu o livro (da Lei) à vista do povo todo; ele estava, com efeito, elevado acima da multidão. Quando o escriba abriu o livro, todo povo levantou-se. Esdras bendisse o Senhor, o grande Deus; ao que todo o povo respondeu levantando as mãos: ‘Amém! Amém!’”(Nee 8,5-6).

    Desde o início, portanto, o “amém” da liturgia judaica tornou-se o “amém” das primeiras comunidades cristãs. E o livro da liturgia cristã por excelência, o Apocalipse de São João, inicia com o “amém” da Igreja: “Àquele que nos ama, que nos lavou de nossos pecados no seu sangue e que fez de nós um reino de sacerdotes para Deus e seu Pai, glória e poder pelos séculos e séculos! Amém” (Apo 1,5b-6). Assim no primeiro capítulo do Apocalipse. E o mesmo livro é concluído com a invocação “Amém. Vem, Senhor Jesus!” (Apo 22,21).

    Queridos amigos, a oração é o encontro com uma Pessoa viva a se escutar e com quem dialogar; é o encontro com Deus que renova sua fidelidade inabalável, o seu “sim” ao homem, a cada um de nós, para doar-nos a sua consolação em meio às tempestades da vida e nos fazer viver, unidos a Ele, uma existência plena de alegria e de bem, que encontrará o seu cumprimento na vida eterna.

    Em nossa oração, somos chamados a dizer “sim” a Deus, a responder com este “amém” de adesão, de fidelidade a Ele por toda nossa vida. Esta fidelidade não podemos jamais conquistar com as nossas forças, mas é fruto do nosso compromisso cotidiano; essa vem de Deus e é fundada sobre o “sim” de Cristo, que afirma: Meu alimento é fazer a vontade do Pai (cfr João 4,34).  É neste "sim" que devemos entrar, entrar neste “sim” de Cristo, na adesão à vontade de Deuspara conseguir como São Paulo dizer que não somos mais nós que vivemos, mas é o próprio Cristo que vive em nós. Então, o “amém” da nossa oração pessoal e comunitária envolverá e transformará toda a nossa vida, uma vida de consolação de Deus, uma vida imersa no Amor eterno e inabalável. Obrigado.

    Aos peregrinos de língua portuguesa dirigiu a seguinte saudação:

    Amados peregrinos de língua portuguesa, em particular os participantes no curso de formação dos Capuchinhos e demais grupos do Brasil e de Portugal: a todos dou as boas-vindas, encorajando os vossos passos a manterem-se firmes no caminho de Deus. Tomai por modelo a Virgem Mãe! Fez-Se serva do Senhor e tornou-Se a porta da vida, pela qual nos chega o Salvador. Com Ele, desça a minha Bênção sobre vós, vossas famílias e comunidades eclesiais.

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    Leitores de Zenit, neste ano, foi dado inicio ao Processo de Beatificação da carmelita brasileira Tereza Margarida do Coração de Maria. O Bispo da Diocese da Campanha, Dom Diamantino Prata, disse no Livro sobre a Vida da Irmã: "(...)Apesar das dores, mantinha-se serena. Sua figura humana, pequena e frágil, irradiava firmeza. Seu Sorriso era o de um anjo. Sua vida consumia-se qual vela no altar do sacrifício (...)" . Ajude ao Carmelo e Conheça mais sobre a vida da Irmã adquirindo o livro pelo email: livro.nossa.mae@gmail.com

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    O Papa Bento XVI nos convida a peregrinar pelos lugares santos...
    O Papa Bento XVI, em poucas palavras, nos convida a peregrinar pelos lugares santos: "Queridos amigos, convido-vos a redescobrir a importância deste caminho também para a oração, para a nossa relação viva com Deus". Você Leitor de Zenit sinta-se convidado a participar de um dos vários grupos de peregrinos a Terra Santa que temos todos os anos. Solicite informações pelo email: tasantosjr@gmail.com

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    Immaculata mea

    In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.


    Cubra-me

    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

    Ave-Maria

    A Paixão de Cristo