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    sexta-feira, 8 de junho de 2012

    A Divina Eucaristia



    A Divina Eucaristia

    Por Eduardo Moreira.

    Muitos católicos não conhecem o valor inestimável da Hóstia Santa. Esse valor muitas vezes é passado como mero simbolismo, simples sinal de Jesus ordenado na última ceia. Entretanto, sem se dar conta essas pessoas cometem um terrível engano. Perdem uma grande oportunidade de santificação ao negar ou negligenciar o Cristo Vivo consagrado na Hóstia. De fato, se lermos o Evangelho vemos que Jesus diz claramente que “Isso é o Meu Corpo” e “Isso é o Meu Sangue”.

    São Francisco de Assis ao falar de tão grande mistério diz:

    Pasme o homem todo, estremeça a terra inteira, rejubile o céu em altas vozes quando sobre o altar, estiver nas mãos do sacerdote o Cristo, Filho de Deus vivo! Ó grandeza maravilhosa, ó admirável condescendência! Ó humildade sublime, ó humilde sublimidade! O Senhor do universo, Deus e Filho de Deus, se humilha a ponto de se esconder, para nosso bem, na modesta aparência do pão. Vede, irmãos, que humildade a de Deus! Derramai ante Ele os vosso corações! Humilhai-vos para que Ele vos exalte! Portanto, nada de vós retenhais para vós mesmos, para que totalmente vos receba quem totalmente se vos dá!"

     É também em termos como esses que nos fala São Paulo em sua primeira carta aos Coríntios, no Capítulo 11. São Paulo diz que quem come e bebe da Santa Ceia comunga o próprio Corpo e Sangue de Cristo. Não se fala aqui de símbolo ou de presença meta-estável de Jesus na Hóstia, mas sim de uma transformação, ou seja, isso é o Corpo e Sangue de Cristo.

    E por que o Deus infinito se faz tão pequeno? Por que Deus se coloca a disposição dos homens no tesouro da Eucaristia, presente em Igrejas frequentadas por pecadores em todo o mundo? Porque Deus é misericórdia.

    A Eucaristia é um Sacramento, ou seja, um sinal da graça de Deus. Não importa se os homens são pecadores, e de fato o são, pois onde abundou o pecado superabundou a graça (Rm 5, 20). De fato, qualquer um que, recebeu esse Elevadíssimo Sacramento, torna-se potencialmente passível de Comungar o próprio Deus, isto é, receber Jesus em Corpo, Sangue, Alma e Divindade.

    Se pelo Batismo somos unidos ao Corpo Místico de Cristo, o qual é a Igreja. Como podemos permanecer unidos a esse Corpo, senão pela Graça? Entretanto, a Graça se manifesta nos sinais visíveis de Deus, os Sacramentos. De fato, somos por nós indignos de fazer parte da Imensa Santidade de Cristo. O homem pecador não pode sequer se aproximar de Deus, quanto mais ser digno de fazer parte do Corpo d'Ele. Assim sendo, a Misericórdia de Deus se aproxima de nós e nos convida, pela Graça, a fazermos parte de Cristo.

    Cristo, inocente crucificado, adquiriu com sua Santíssima Morte e Ressurreição, os méritos infinitos, capazes de perdoar todos os pecados. E como nós, que somos finitos e pecadores, podemos nos beneficiar disso? Pela Graça de Cristo, a qual Salvou o mundo. É pela Infinita Misericórdia de Deus que nós, pecadores, passamos à plena comunhão com Cristo, o qual através dessa Graça nos transmite os méritos de sua paixão. É por isso que nossos pecados estão perdoados, porque nós, mesmo indignos, estamos inseridos no Corpo Místico d'Aquele que inocente se fez culpado por nós e assim nos obteve o prêmio da Salvação Eterna.

    E onde entra a Eucaristia? A Divina Eucaristia é o mistério que nos mantém unidos a Deus. O Corpo e Sangue de Cristo, recebidos por nós tomam conta de cada parte de nosso corpo envolvendo-nos na Santidade de Cristo. Não nos tornamos da mesma substância de Deus, pois ao contrário d'Ele, somos finitos e pecadores. Por isso dizemos que “comungamos” porque entramos em comum união (comunhão) com Deus.

    Não é ousadia demais dizer que Deus, em sua Infinita Misericórdia, não se satisfez apenas em salvar a criatura humana, desgraçada e perdida. Deus quis deixar seu próprio Corpo para ser recebido por nós. Pode-se dizer que essa união entre o homem e Deus pelo Batismo é uma união desproporcional devido aos nossos pecados e nossa natureza é infinitamente mais medíocre. Entretanto, Deus, que superabunda a graça, nos resgatou de nossa culpa e não somente isso, Ele se fez pequeno como um pedaço de pão para que nós pudéssemos nos estabilizar nesse Corpo Místico. Deus se une a nós através da Divina Eucaristia. Que grande Graça!

    De fato, pelo Batismo somos unidos ao Corpo de Cristo, mas esse vínculo, embora seja estável, é desproporcional. Dessa maneira, a Eucaristia estabiliza o homem em Deus, acostuma nossa natureza frágil e pecadora à natureza divina que é pura graça. Assim, da mesma maneira que temos o alimento material que nos mantém vivos, a Eucaristia, alimento Espiritual, permite criar vínculos de amor tão fortes que nem a morte pode separar. É pela Eucaristia que temos força para superar nossas fraquezas humanas e assim, ultrapassando toda a expectativa humana, atingir a Salvação Eterna.

    A alma necessita da Eucaristia, aspira por ela e não sossega até tomar contato em seu mais íntimo com esse Deus infinito que se faz tão próximo a ponto de poder ser comungado. Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Cristo, Deus vivo na Hostia Santa que nos santifica acostumando assim a frágil natureza humana à natureza Divina com a qual teremos a Graça de conviver pela eternidade.

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    Immaculata mea

    In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.


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    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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