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Perspectivas do diálogo entre católicos e ortodoxos
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2013-06-12 L’Osservatore Romano
«O mais importante é não perder de vista o objectivo do diálogo ecuménico entre as Igrejas católica e ortodoxa que, pelo menos sob o ponto de vista católico, pode consistir só no restabelecimento de uma comunhão visível de Igrejas»: afirmou o cardeal Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para a promoção da unidade dos cristãos, na conferência pronunciada ontem na Universidade católica ucraniana de Lviv, intitulada «Perspectivas do diálogo ecuménico entre as Igrejas católica e ortodoxa», referiu o Religious Information Service of Ukraine (Risu). O purpurado, que respondeu às
perguntas dos presentes, concentrou a sua análise nas fases e temas de tal relação evidenciando os méritos de Bento XVI em promover o trabalho da Comissão mista internacional para o diálogo teológico entre a Igreja católica e as Igrejas ortodoxas orientais, trabalho que está a aprofundar uma das questões-chave das relações entre católicos e ortodoxos, isto é, a primazia do bispo de Roma.
O cardeal Koch explicou que «sob o ponto de vista ortodoxo, a Igreja está presente em cada Igreja local que celebra a Eucaristia, assim como cada comunidade eucarística é uma Igreja completa. Ao contrário, sob o ponto de vista católico, cada comunidade eucarística não é uma Igreja completa. Portanto, um dos fundamentos da Igreja católica é a unidade de cada comunidade eucarística entre si e com o bispo de Roma. Isto significa que a Igreja católica vive na intersecção recíproca das Igrejas locais numa só Igreja universal».
Segundo o presidente do Pontifício Conselho para a promoção da unidade dos cristãos, seria útil que católicos e ortodoxos dessem passos decididamente ecuménicos no futuro. Por exemplo, os católicos deveriam «reforçar os temas ligados à importância da primazia do Papa para a vida e o trabalho da Igreja», enquanto os ortodoxos deveriam «examinar com coragem o seu problema eclesiológico principal, ou seja, a autocefalia das Igrejas nacionais e a inclinação para o nacionalismo».
Lviv é uma das etapas da viagem do cardeal Koch na Ucrânia, que se concluirá amanhã. Durante a visita à cidade foi acompanhado pelo arcebispo de Lviv dos Latinos, D. Mieczysław Mokrzycki, pelo arcebispo Grigoris Buniatyan, primaz da diocese ucraniana da Igreja apostólica arménia; e pelo arcebispo-mor de Kiev-Halyč, D. Sviatoslav Shevchuk, guia espiritual dos greco-católicos ucranianos. No sábado passado, participaram juntos nas vésperas na igreja arménia. Koch – informa o Risu – após a sua chegada ao país esteve dois dias na capital Kiev, onde se encontrou com as comunidades católicas de ritos grego e latino e manteve um colóquio com o metropolita Volodymyr, chefe da Igreja ortodoxa ucraniana – Patriarcado de Moscovo. Antes de regressar a Roma, o purpurado irá a Užhorod e a Mukachevo, onde se encontrará com os representantes católicos e ortodoxos locais.
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Para que, do lado de Cristo morto na cruz, se formasse a Igreja e se cumprisse a Escritura que diz: Olharão para aquele que transpassaram (Jo 19,37), a divina Providência permitiu que um dos soldados lhe abrisse com a lança o sagrado lado, de onde jorraram sangue e água. Este é o preço da nossa salvação. Saído daquela fonte divina, isto é, no íntimo do seu Coração, iria dar aos sacramentos da Igreja o poder de conferir a vida da graça, tornando-separa os que já vivem em Cristo bebida da fonte viva que jorra para a vida eterna (Jo 4,14).
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O cardeal Koch explicou que «sob o ponto de vista ortodoxo, a Igreja está presente em cada Igreja local que celebra a Eucaristia, assim como cada comunidade eucarística é uma Igreja completa. Ao contrário, sob o ponto de vista católico, cada comunidade eucarística não é uma Igreja completa. Portanto, um dos fundamentos da Igreja católica é a unidade de cada comunidade eucarística entre si e com o bispo de Roma. Isto significa que a Igreja católica vive na intersecção recíproca das Igrejas locais numa só Igreja universal».
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