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    domingo, 8 de julho de 2012

    [ZP120708] O mundo visto de Roma

    ZENIT

    O mundo visto de Roma

    Portugues semanal - 8 de julho de 2012

    Santa Sé

    Os direitos humanos no mundo

    Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

    Brasil

    Cultura

    Familia e Vida

    Mundo

    Em foco

    Entrevistas


    Santa Sé


    Bento XVI vai para Castelgandolfo passar o tempo do verão
    As audiências gerais serão retomadas no dia 1º de agosto

    CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 3 de julho de 2012 (ZENIT.org) – Bento XVI deixa Roma hoje para ir à sua residência em Castel Gandolfo, onde passará o verão.

    Em Julho não haverá audiência geral, e serão retomadas a partir da quarta-feira 1º de agosto.  E todas as audiências privadas serão suspensas durante o verão.

    Os domingos e dias de festa, o papa presidirá a oração do Ângelus, no pátio da sua residência em Castel Gandolfo.

    Exceto estes encontros semanais, Bento XVI aparecerá duas vezes em público neste verão: irá em visita pastoral a Frascati, no domingo 15 de julho. E no dia 15 de agosto, para a festa da Assunção, celebrará a missa às 8hs na igreja de Santo Tomás de Villanova, em Castel Gandolfo.

    Bento XVI viajará para o Líbano, do 14 ao 16 de Setembro.

    A residência papal de Castel Gandolfo está localizada aproximadamente a uns 30 quilômetros ao sudeste de Roma, na região conhecida como dos Castelos Romanos.

    [Trad.TS]

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    Porta-voz vaticano condena atentados contra igrejas no Quênia
    Declarações do padre Lombardi

    CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 2 de julho de 2012 (ZENIT.org) - A Santa Sé qualificou neste domingo de “atos vis, horríveis e preocupantes” os atentados contra duas igrejas cristãs na cidade de Garissa, Quênia, em que morreram pelo menos 17 pessoas.

    "Os sangrentos atentados contra duas igrejas cristãs da cidade de Garissa, no Quênia, entre elas a catedral católica, durante a liturgia dominical, são um fato horrível e muito preocupante", afirmou o diretor da assessoria de imprensa do Vaticano, padre Federico Lombardi.

    Lombardi acrescentou que, "aparentemente", atacar cristãos reunidos aos domingos em lugares de culto se transformou "em método particularmente eficaz para a difusão do ódio e do medo" por parte dos grupos terroristas.

    "A vileza da violência contra pessoas inermes reunidas pacificamente para rezar é inqualificável", sublinhou Lombardi.

    O porta-voz manifestou a solidariedade da Igreja às vítimas e completou que, além dessa proximidade, é necessário "reafirmar e defender decididamente a liberdade religiosa dos cristãos e opor-se a atos irresponsáveis que alimentam o ódio entre as diferentes religiões".

    O padre Lombardi afirmou ainda que é preciso "agir eficazmente" para encontrar uma solução "estável" para os "dramáticos" problemas da Somália, "que se refletem na região".

    Os ataques foram perpetrados de forma simultânea contra a igreja African Inland Church (AIC) e a igreja católica de Garissa, localidade próxima à fronteira com a Somália e ao campo de refugiados somalis de Daabad.

    De acordo com fontes locais, meia centena de pessoas ficou ferida na igreja AIC, onde também foi registrado o maior número de vítimas mortais, que chegam a treze.

    Nos últimos seis meses, o Quênia sofreu vários ataques terroristas, em Nairóbi, Mombasa e no norte do país.

    [Trad.ZENIT]

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    O Papa no Líbano do 14 ao 16 de Setembro
    Visitará Beirute, Harissa, Baabda, Bzommar, Bkerké e Charfet

    CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 3 de julho de 2012 (ZENIT.org) - Beirute, Harissa, Baabda, Bzommar, Bkerké, Charfet são as cidades que Bento XVI visitará durante a sua viagem apostólica ao Líbano do 14 ao 16 de Setembro.

    O programa - publicado pela Sala de imprensa da Santa Sé – prevê a saída do aeroporto de Ciampino às 9h30 da sexta-feira, 14.

    A cerimônia de boas-vindas está marcada para 13h45 em Beirute.

    Na parte da tarde, se transferirá à Harissa, na Basílica de São Paulo, onde o pontífice assinará a Exortação Apostólica pós-sinodal da Assembléia especial para o Oriente Médio do Sínodo dos Bispos, que aconteceu do 10 ao 24 de outubro de 2010 com o Tema "A Igreja Católica no Oriente Médio: comunhão e testemunho."A multidão dos que se tornaram crentes tinha um só coração e uma só alma' (At 4, 32)".

    No sábado de manhã em Baabda, o papa se reunirá com o presidente da República do Líbano, os membros do governo, outros líderes políticos e chefes das comunidades muçulmanas.

    Em Bzommar, comerá com patriarcas e bispos libaneses, antes de ir para Bkerké onde se encontrará com os jovens.

    No domingo, dia 16, entregará a exortação apostólica durante a missa no Beirut city center Waterfront. Depois de uma breve parada na Nunciatura Apostólica em Harissa, o pontífice irá para Charfet para o encontro ecumênico.

    A cerimônia de despedida será realizada em Beirute, pela tarde. O retorno está programado para as 21h40 no Aeroporto de Ciampino.

    [Trad.TS]

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    Papa renova confiança em seu secretário de estado, Tarcisio Bertone
    Bento XVI envia carta ao Cardeal pelas críticas injustas recebidas

    CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 04 de julho de 2012(ZENIT.org) – Publicamos a seguir a carta que o Papa Bento XVI enviou ao Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado, segunda-feira (02), antes de partir para Castel Gandolfo:

     ***

    Ao Venerado e Caro Irmão

    Senhor Cardeal Tarcisio Bertone

    Às vésperas da partida para a estadia estiva em Castel Gandolfo, desejo expressar-lhe profundo reconhecimento por sua discreta proximidade e por seu iluminado conselho, de particular ajuda nestes últimos meses.

    Tendo notado com pesar as críticas injustas feitas à sua pessoa, quero renovar-lhe a atestação da minha confiança pessoal, já manifestada com a carta de 15 de janeiro de 2010, cujo conteúdo permanece para mim inalterado.

    Confiando seu ministério à materna intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria, Auxílio dos Cristãos, e dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, envio-lhe, junto à saudação fraterna, a Benção Apostólica, como penhor de todo bem.

    (Trad:MEM)

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    Vaticano: Déficit de quase 15 milhões
    Revela a prestação de contas referente a 2011

    CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 05 de julho de 2012(ZENIT.org) – Os membros do Conselho dos Cardeais para o Estudo dos Problemas Organizacionais e Econômicos da Santa Sé se reuniram-se no Vaticano na terça-feira (03) e quarta-feira (4) de julho, sob a presidência do Cardeal Secretário de Estado Tarcisio Bertone SDB.

    A reunião contou com a presença dos Cardeais Joachim Meisner, arcebispo de Colônia, Alemanha; Antonio Maria Rouco Varela, arcebispo de Madri, Espanha; Polycarp Pengo, arcebispo de Dar-el-Salaam, na Tanzânia; Francis Eugene George, OMI, arcebispo de Chicago, EUA; Norberto Rivera Carrera, arcebispo do México, México; Wilfrid Fox Napier, OFM, arcebispo de Durban, África do Sul, Juan Luis Cipriani Thorne, arcebispo de Lima, Peru; Angelo Scola, arcebispo de Milão, Itália; Telesphore Placidus Toppo, arcebispo de Ranchi, Índia; George Pell, arcebispo de Sydney, Austrália; Agostino Vallini, vigário-geral de Sua Santidade para a diocese de Roma, John Tong Hon, bispo de Hong Kong, China, Jorge Liberato Urosa Savino, arcebispo de Caracas, Venezuela; Jean-Pierre Ricard, arcebispo de Bordeaux, França e Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, Brasil.

    A Prefeitura dos Assuntos Econômicos da Santa Sé foi representada pelo Cardeal Giuseppe Versaldi, Mons. Lucio Angel Vallejo Balda e Stefano Fralleoni, respectivamente presidente, secretário e contador geral, e por Maurizio Prato, que, também em nome dos outros quatro auditores internacionais que oferecem seus serviços gratuitamente ao dicastério, destacou alguns aspectos do sistema econômico e financeiro da Santa Sé.

    O Governo da Cidade do Vaticano e a Administração do Patrimônio da Sé Apostólica foram representados por: Cardeal Giuseppe Bertello e o Bispo Giuseppe Sciacca, respectivamente presidente da Comissão Pontifícia para a Cidade do Vaticano e secretário-geral do Governo da Cidade do Vaticano; Cardeal Domenico Calcagno e Mons. Luigi Mistò, respectivamente presidente e secretário da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica.

    A convite do Cardeal Secretário de Estado participaram, na esfera de suas competências, o diretor geral da Rádio Vaticano, Padre. Federico Lombardi S.I, e Alberto Gasbarri , diretor administrativo.

    Após a introdução do cardeal Versaldi, o contador geral leu primeiramente as demonstrações financeiras consolidadas pela Santa Sé em 2011, e sucessivamente, as do Governo da Cidade do Vaticano. Em ambos os casos, seguiram-se reflexões e aprofundamentos por parte do Mons. Vallejo Balda.

    As demonstrações financeiras consolidadas pela Santa Sé em 2011 fechou com um déficit de 14.890.034. Os itens mais significativos das despesas foram relativos ao custo com pessoal que em 31 de dezembro eram 2832 pessoas, e com os meios de comunicação. O resultado foi afetado pela tendência negativa dos mercados financeiros mundiais o que não permitiu alcançar as metas estabelecidas no orçamento.

    A administração do Governo é autônoma e independente das contribuições da Santa Sé. E através de suas diversas Diretorias, supervisiona requisitos relacionados com a administração do Estado. As demonstrações financeiras consolidadas de 2011 fechou com um ativo de 21.843.851. Em 31 de Dezembro de 2011, resultava uma equipe de 1887 pessoas empregadas. Uma contribuição, particularmente significativa para o resultado veio dos Museus do Vaticano, que produziu uma receita que passou de 82.400.000 em 2010 para 91.300.000, em um total de mais de cinco milhões de visitantes. De acordo com rankings especializados, estes números colocam os Museus do Vaticano entre as mais prestigiadas e importantes instituições do gênero no mundo.

    O Óbolo de São Pedro - isto é, as ofertas feitas pelos fiéis em apoio à caridade do Santo Padre - subiu de US $ 67,704,416.41 em 2010 para US $ 69,711,722.76. As contribuições efetuadas nos termos do cânone 1271 do Código de Direito Canônico , o apoio econômico oferecido por circunscrições eclesiásticas de todo o mundo para manter o serviço da Cúria Romana oferecido à Igreja universal - passou de USD 27,362,258.40 em 2010 para US $ 32,128,675.91. Outras contribuições para a Santa Sé feitas por parte dos institutos de vida consagrada, sociedades de vida apostólica e as fundações passaram de USD 747,596.09 em 2010 para US $ 1,194,217.78. Assim, o aumento no que diz respeito a 2010 foi de 7,54 por cento.

    Como acontece todos os anos, o Instituto para Obras de Religião (IOR) ofereceu ao Santo Padre uma soma significativa em apoio ao seu ministério apostólico e caritativo. O montante para o exercício de 2011 foi de 49.000.000, 00.

    Os cardeais presentes fizeram inúmeros comentários em que deixaram claro o apreço à integridade e transparência das informações oferecidas. Reconhecimento expresso devido ao compromisso com a melhoria contínua da administração dos bens e recursos da Santa Sé. Foi feito um apelo à prudência e ao limite dos custos, porém, mantendo os postos de trabalho. Um sentimento unânime de complacência foi declarado em relação ao apoio generoso dos fiéis e das instituições eclesiásticas, ainda mais louvável dada à persistente crise econômica. Os membros do Conselho também expressaram sua profunda gratidão ao apoio dado pelos fiéis, muitas vezes anonimamente, ao ministério universal do Santo Padre, e exortou-os a continuar esta boa ação.

    Finalmente, nos termos do artigo 25 (2) da Constituição Apostólica; Pastor bonus, Paolo Cipriani, diretor do IOR, apresentou a situação econômica da instituição que dirige e sucessivamente um debate durante o qual aos membros do Conselho foram oferecidos os devidos esclarecimentos.

    (Trad.MEM)

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    China:Ordenação episcopal sem mandado pontifício atenta contra unidade da igreja
    Congregação para Evangelização dos Povos se manifesta sobre administração apostólica de Harbin

    CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 6 de julho de 2012 (ZENIT.org) – No último dia 3 de julho, três dias depois do anúncio da ordenação episcopal ilegítima do padre Joseph Yue Fusheng, a Congregação para a Evangelização dos Povos publicou a seguinte nota:

    Chega-nos a notícia de que, na Administração Apostólica de Harbin, província de Heilongjiang, está em preparação a ordenação episcopal do padre Joseph Yue Fusheng. A este propósito, precisamos:

    1 - Uma ordenação episcopal, como esta, privada de mandado pontifício, opõe-se diretamente ao ofício concedido por Nosso Senhor a Pedro e aos seus sucessores como chefes do colégio dos bispos, vigários de Cristo e pastores da Igreja universal, e é um atentado contra a unidade da Igreja e contra toda a obra de evangelização. Como escreveu o santo padre Bento XVI na Carta aos bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e fiéis da Igreja católica na China (27 de maio de 2007, nº 9), “pode-se compreender que as autoridades governamentais estejam atentas à eleição de quem desempenhará o importante papel de guias e pastores das comunidades católicas locais, visto o impacto social que tal função também provoca no campo civil, tanto na China quanto no resto do mundo”. É necessário levar em consideração, porém, que “a nomeação dos bispos por parte do papa é a garantia da unidade da Igreja e da comunhão hierárquica. Por esta razão, o Código de Direito Canônico (cf. cânon 1.382) estabelece graves sanções tanto para o bispo que confere livremente a ordenação episcopal sem mandado apostólico quanto para aquele que a recebe: tal ordenação representa uma dolorosa ferida à comunhão eclesial e uma grave violação da disciplina canônica”. “Quando concede o mandado apostólico para a ordenação de um bispo, o papa exerce a sua suprema autoridade espiritual: autoridade e intervenção que permanecem no estrito campo religioso. Não se trata, pois, de uma autoridade política, que se introduziria de maneira indevida nos assuntos internos de um Estado, ferindo a sua soberania”. A nomeação dos bispos é uma questão não política, mas religiosa.

    2 - A ordenação episcopal de Harbin foi programada de maneira unilateral e produzirá divisões, rupturas e tensões no seio da comunidade católica na China. A comunidade católica de Harbin não quer uma ordenação episcopal ilegítima. A sobrevivência e o desenvolvimento da Igreja podem acontecer somente em união com o pontífice romano, a quem, em primeiro lugar, é confiada a Igreja, e não sem a sua concordância, como é o caso de ordenações que, a exemplo desta, carecem do mandado pontifício. Em se querendo que a Igreja na China seja católica, são indevidas todas as ordenações episcopais que não tenham recebido a aprovação prévia do santo padre.

    3 - O padre Yue Fusheng foi informado há muito tempo da não aprovação pontifícia: sua ordenação será ilegítima; ele será privado da autoridade de governar a comunidade católica diocesana e a Santa Sé não o reconhecerá como bispo de Harbin. Ocorrendo a sua eventual ordenação ilegítima, são igualmente atribuídos a ele os efeitos da sanção correspondente à violação da norma do cânon 1.382 do Código de Direito Canônico (cf. Declaração do Conselho Pontifício para os Textos Legislativos, de 6 de junho de 2011).

    4 - Os bispos consagrantes também se expõem às graves sanções canônicas previstas pela lei da Igreja (em especial pelo cânon 1.382 do Código de Direito Canônico).

    5 - As autoridades governamentais foram informadas de que a ordenação episcopal do padre Yue Fusheng carece da aprovação do santo padre e entraria em contradição com os sinais de diálogo desejados tanto pela parte chinesa quanto pela Santa Sé.

    (Trad.ZENIT)

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    Os direitos humanos no mundo


    Iêmen: meninos soldados e meninas esposas
    Sem direitos humanos não há civilização

    Valentina Colombo

    ROMA, quarta-feira, 4 de julho de 2012 (ZENIT.org) - Johann Wolfgang Goethe escreveu que "aqueles que lidam bem com as crianças percebem que nenhuma ação externa fica sem influência sobre elas". Daí a responsabilidade de pais, educadores, sociedades, governos e instituições internacionais para garantir o crescimento saudável de cada criança, em ambientes igualmente saudáveis. Infelizmente, porém, é bastante sabido que nem todas as crianças têm esta sorte.

    Um exemplo flagrante é dado pelo Iêmen, um país em tumulto político total, atormentado por lutas internas, nem todas tribais. Um país que, no ano passado, teve na pessoa de Tawakkul Al-Karman, membro do partido al-Islah, ligado à Irmandade Muçulmana, um Prêmio Nobel da Paz.

    Um país do qual só se ouve falar quando se trata de ataques da Al-Qaeda ou de sequestros de ocidentais. Mas o problema real no Iêmen são meninos e meninas vítimas de tradições cruéis, que os condenam a ser soldados e esposas quando eles ainda não passam de meninos e meninas. A gravidade da situação fica ainda mais evidente quando se sabe que, de quase 25 milhões de habitantes do país, 14% são crianças entre zero e 14 anos.

    Hoje, o site da televisão por satélite Al-Arabiyya denuncia: "Uma escola premia os melhores estudantes com armas de fogo, inclusive kalashnikovs. As crianças iemenitas preferem ‘brincar de morte’ e ganhar uniformes militares".

    Desde o início da chamada “primavera” iemenita, veio à tona a triste realidade do recrutamento de crianças por milícias armadas e pela Al-Qaeda. Muito pouco é dito a respeito, e ainda mais preocupante é que uma escola da cidade de Taizz, a uma hora do porto de Mocha, tenha "homenageado" seus alunos com armas de fogo.

    Um pai, alarmado, declarou: "Meu filho foi premiado com um kalashnikov, assim como outros meninos, e outras crianças ganharam pistolas, explosivos e outras armas de fogo. Tudo isso me dá raiva e mostra o presente e o futuro sombrio dos nossos filhos".

    O sociólogo Naji Dibwan reiterou a gravidade do fato: "As operações da luta armada têm um impacto negativo na psique e no comportamento das crianças. Não é raro ver uma criança no Iêmen com uma arma em vez de uma caneta, ou com uma cartucheira cheia de munição em vez de uma pasta com os livros da escola".

    É uma denúncia grave que não pode cair no vazio. Se o fenômeno das crianças-soldados se une com o das crianças-noivas, percebemos que a opinião pública internacional precisa ficar por dentro do que está acontecendo na terra da Rainha de Sabá. Segundo a Convenção para os Direitos da Criança das Nações Unidas, um casamento antes dos 18 anos é definido como "violação dos direitos humanos".

    No entanto, um relatório recente da Human Rights Watch, significativamente intitulado Como é que se permite o casamento de meninas?, destaca os números assustadores de uma pesquisa segundo a qual 52% das crianças iemenitas se casam antes dos 18 anos e 14 % antes até dos 15. A lei iemenita estabelece como idade mínima para o casamento os 15 anos.

    As tentativas de aumentar a idade mínima, infelizmente, foram todas vetadas pelos conservadores religiosos, em particular pelo partido al-Islah, do qual faz parte o Prêmio Nobel da Paz Al-Karman.

    Em 2008 foi divulgado o primeiro caso de uma noiva de dez anos, Nujood Ali, que, com a ajuda de uma corajosa advogada, Shada Nasser, conseguiu o divórcio do marido, um adulto na casa dos trinta anos. O caso de Nujood girou o mundo, mas nenhuma pressão internacional conseguiu romper a barreira das trevas e do obscurantismo, que, baseado em tradições arcaicas e na vida de Maomé, que se casou com Aisha quando ela tinha uma idade entre 9 e 10 anos, se recusa a proteger a vida das meninas do Iêmen.

    O mundo não pode ficar olhando. No Iêmen, há quase onze milhões de crianças cujo futuro está ameaçado. Se queremos que o Iêmen viva uma "primavera", precisamos assegurar que as suas novas gerações exerçam seus direitos fundamentais. Em primeiro lugar, o direito de brincar, estudar e levar uma vida digna de ser chamada de vida.

    (Trad.ZENIT)

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    Conferência Nacional dos Bispos do Brasil


    Seminário Nacional de Juventude e Bioética
    Inscrições podem ser feitas até o dia 6 de Julho, sexta-feira

    BRASILIA, terça-feira, 3 de Julho de 2012 (ZENIT.org) – Foi prorrogado o prazo para as inscrições ao Seminário Nacional de Juventude e Bioética, marcado para os dias 13 e 15 de Julho, em Brasília (DF).

    Dom Fernando Chomali, arcebispo de Concepción (Chile), membro da Pontifícia Academia para a Vida, participará na mesa do evento.

    O Tema do Seminário é "Os desafios da bioética e o protagonismo do jovem católico" e tratará temas como aborto, eutanásia, manipulação genética entre outros.

    O Seminário faz parte da série de eventos organizados em preparação para a JMJ 2013. A organização do Seminário oferece a oportunidade de se hospedar gratuitamente em casa de famílias de Brasília, porém só durante os dias do evento.

    Confira abaixo a programação do encontro:

    Sexta-feira - 13/07/2012

    15h - Missa - Pe. Carlos Sávio, assessor nacional da Comissão para Juventude da CNBB

    16h30 - Missa - Pe. Rafael Fornazier, assessor nacional da Comissão para Vida e a Família da CNBB

    16h - Credenciamento

    18h - Jantar

    19h30 - Abertura Oficial

    20h - Palestra – "O sentido do humano na contemporaneidade" (Dom Fernando Chomali)

    21h - Intervalo

    21h15 - Perguntas do público

    22h - Apresentação Teatral "O Canto das Irias" – Comunidade Shalom

    22h40 - Encerramento

    Sábado - 14/07/2012

    08h15 - Animação

    08h25 - Introdução à mesa

    08h30 - 2ª palestra - "Transmissão da vida e manipulação genética" – Frei Antônio Moser, Membro da Comissão de Bioética da CNBB; Drª. Cláudia e Dr. Paulo de Tarso Ribeiro.

    10h - Intervalo

    10h30 – Perguntas do público

    11h - Partilha de experiência – Organização “Promotores da Vida”

    11h25 - Intervalo

    11h30 - Missa

    12h30 - Almoço

    14h00 - Partilha em grupo por regiões

    14h50 - Introdução à mesa

    15h - 3ª palestra - "Abraçar a Vida e as situações de sofrimento" - Dra. Lenise e Dom João Carlos Petrini

    16h00 - Intervalo

    16h30 – Perguntas do público

    17h - Partilha de experiência – Organização “Promotores da Vida”

    18h - Jantar

    19h30 - Atividade cultural– Filme "BELLA"

    Domingo - 15/07/2012

    08h15 - Animação

    08h30 – Palestra "Pistas de ação" - Pe Rafael Fornazier

    09h - Perguntas e Respostas: Dom Chomali, Dom Antonio Augusto, Dra Lenise Dom Petrini

    10h - Intervalo

    10h30 - Comissões episcopais Juventude – Dom Eduardo, Vida e Família – Dom Petrini / Pe Rafael e JMJ – Pe Sávio.

    11h30 - Avaliação Final – Dra Milena e Dr Cássio – CBAm

    12h00 - Missa final

    13h15 - Almoço e despedida

    * Programação sujeita à alteração sem aviso prévio.

    Para as inscrições acesse o site: www.jovensconectados.org.br

    TS

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    Brasil


    Juventude é tema do III Prêmio Odair Firmino de Solidariedade
    Inscrições abertas

    BRASÍLIA, sexta-feira, 06 de julho de 2012(ZENIT.org)- Promovido pela Cáritas Brasileira, o Prêmio Odair Firmino tem o objetivo de promover a solidariedade e valorizar as experiências e as ações coletivas e reconhecer os esforços das organizações, associações, entidades e grupos populares na defesa da vida.

    Lançado em 2010, em Brasília (DF), o Prêmio já contou com a inscrição de mais de 80 projetos, nas duas edições anteriores. Em 2010 o prêmio tinha como objetivo promover as ações de grupos em defesa da vida e valorizar o protagonismo dos brasileiros excluídos pelas políticas públicas. O projeto vencedor foi “Veredas Vivas”, da Agência 10envolvimento, comunidade Ponte de Mateus, localizada no município de São Desidério, interior da Bahia.

    Em 2011, com o tema “Mulher, Meio Ambiente e Desenvolvimento”, o prêmio teve como objetivo apresentar a luta e as ações de mulheres organizadas em grupos, que historicamente visam construir uma humanidade viva em harmonia com a natureza. A experiência vencedora foi “A luta das mulheres indígenas pela igualdade de direitos e qualidade de vida de seus povos” da Comissão de Organização de Mulheres Indígenas do Sul da Bahia (Comisulba).

    Em 2012, o tema da terceira edição do Prêmio Odair Firmino é Juventude, Desenvolvimento e Solidariedade. Semeando Direitos, colhendo Vidas. A temática da juventude busca pautar questões relacionadas com os jovens organizados, que visam incentivar o protagonismo e a conquista de direitos, além de alertar sobre a violência sofrida por esta parcela da sociedade.

    As inscrições começam na próxima terça-feira, dia 10, e vão até 10 de setembro.

    Acesse a página do Prêmio e saiba mais:

    http://premioodairfirmino.caritas.org.br

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    Cultura


    Relação fé-ciência é abordada em novo romance
    Debate filosófico de 1270 volta como história atual

    Por Antonio Gaspari

    ROMA, terça-feira, 3 de julho de 2012 (ZENIT.org) – São Tomás está em Paris e preside a cátedra de teologia. Luís IX se prepara para uma nova cruzada. Tempier, bispo de Paris, está às voltas com questões de doutrina “em odor de heresia”.

    Enquanto isso, em Bagdá, doze anos se passaram desde a conquista dos mongóis. A cidade está lentamente se reerguendo. No Cairo, Bayrbas consolida o seu poder, arranca Damasco dos mongóis e se prepara para apoiar o exército cristão.

    É neste contexto que se desenrola o romance 1270, escrito por Giuseppe Mazzi e publicado pela If Press (www.if-press.com). Apesar dos muitos detalhes históricos apresentados, o autor afirma que é um romance filosófico, em que o verdadeiro debate é sobre a relação entre a ciência e a fé.

    A curiosidade pelo tema e pelo contexto histórico do livro levou ZENIT a entrevistar Giuseppe Mazzi, ex-professor de história e filosofia.

    Por que um número, 1270, como título do romance? O que ele significa?
    Mazzi: Nenhum significado oculto. Esse número é simplesmente a data dos acontecimentos narrados.

    São Tomás, Luís IX, o bispo Tempier de Paris, Al Gazali, Avicena e Averróis... Como é que todos esses personagens entram no romance?
    Mazzi: São Tomás, São Boaventura e Tempier estavam vivos e ativos em 1270. Al Gazali, Avicena e Averróis estavam mortos já fazia muito tempo, mas eram vivos culturalmente e eram pontos fundamentais de referência, especialmente os dois primeiros, da cultura islâmica. O romance tem como objetivo comparar as duas culturas através da obra desses personagens.

    Por que você escolheu essas figuras históricas?
    Mazzi: Porque eles são os pontos nodais para a compreensão do espírito da época, surpreendentemente mais rica, vibrante e filosoficamente sutil do que geralmente somos levados a crer.

    Você diz que não é um romance histórico, mas filosófico. O que você quer dizer? Quais são os conceitos, visões de mundo, filosofias mencionados no livro?
    Mazzi: Não é um romance histórico porque a minha intenção é usar a história só como enquadramento do debate cultural, principalmente filosófico e teológico, tanto no âmbito cristão quanto no islâmico daquela época. Além disso, eu não estou dizendo nada de novo quando afirmo que uma maneira diferente de entender Deus determina uma maneira diferente de entender o homem e a relação que ele estabelece com o mundo. Por exemplo, para nós, ocidentais, a fonte do direito é a razão; para os islâmicos, são o livro sagrado e os ditos e fatos relacionadas com o profeta.

    Qual é a ligação com o mundo de hoje?
    Mazzi: O tema básico do romance é a relação entre razão e fé, um tema infelizmente atual, como vemos pelos ataques terroristas, que se originam de um certo fanatismo religioso que a razão em primeiro lugar pode superar. É um conceito que eu confio a um personagem secundário do romance, que diz que as fés, e não apenas as religiosas, dividem os homens, enquanto a razão, desde que não esteja limitada por alguma ideologia tomada fideisticamente como verdadeira, tende a uni-los. Em outras palavras, o diálogo entre crenças religiosas passa pela razão.

    Quais são os objetivos do livro? Ressuscitar um debate filosófico? Sobre que temas?
    Mazzi: Dois objetivos. O primeiro é ditado pela convicção de que podemos compreender as diferenças entre o mundo ocidental, que é filho de Atenas, de Roma e de Jerusalém, e o mundo islâmico, remontando às razões filosóficas e teológicas que os determinaram. O segundo motivo de ser do livro vem da constatação de que a ciência vem lidando há muitos anos com temas como a origem do universo e o surgimento de consciência, que durante muito tempo foram próprios da filosofia. Eu não considero isso uma invasão injustificada de campo, mas insisto em pensar que a filosofia pode e deve ter a sua opinião sobre estas questões.

    (Trad.ZENIT)

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    Familia e Vida


    Resultados da 5a. Marcha da Cidadania pela VIDA
    Três as revindicações apresentadas durante a Marcha

    Maria José*

    BRASILIA, segunda-feira, 2 de julho de 2012 (ZENIT.org) - A 5a. Marcha da Cidadania pela VIDA, aconteceu no último dia 26 de Junho às 15:30,  com concentração no Museu da Republica,  partindo em direção ao Congresso Nacional.

    Foram três as revindicações apresentadas durante a Marcha:
    A primeira refere-se ao pedido de aprovação do ESTATUTO DO NASCITURO - Pl 478/2007.A2a é o protesto contra Norma Técnica do Ministério da Saúde que facilita o aborto,e a 3a é com relação ao relatório do Anteprojeto do código penal, que prevê a liberação do aborto até a 12a semana de gestação.

    Estes foram os motivos da realização da Marcha. Houve participação dos irmãos Espíritas, Evangélicos e Católicos.

    Estavam presentes as tv´s Bandeirantes, tv record e tv globo (Na concentração)

    Não foi divulgado a quantidade de participantes, mas, imagino que um número aproximado de 3.500 pessoas. Na sua maioria jovens e famílias inteiras com seus bebês. Me chamou a atenção, uma criança especial com um banner contra o aborto (isso não é exibido pela mídia).

    A Marcha seguiu acompanhada por dois carros, sendo um trio-elétrico de grande porte,  onde lideranças pró-vida anunciavam as revindicações e chamava a atenção de quem passava nos veículos e ônibus. Na frente do Prédio do Ministério da Saúde, houve protesto direcionado ao Ministro, com relação a Norma Técnica.

    Foram exibidas muitas faixas e banner´s, na sua maioria solicitando a aprovação do Estatuto do Nascituro. 

    Ao chegarmos em frente ao Congresso Nacional, foi proposto pelo Jaime Ferreira (Coordenador Executivo) que fizéssemos um minuto de silêncio pelas crianças anencéfalas abortadas, após a decisão do STF referente a ADPF54. Em seguida, cantamos o Hino Nacional, (Eu, Jane e João) Ambos do comitê-RJ, depois, falou a Presidente Nacional do BSA, Dra Lenise Garcia, que agradeceu a presença e a  participação de todos, o Pe. Rafael(CNBB), mais alguns pronunciamentos das lideranças do Movimento (coordenadores de vários Comitês Estaduais), além dos Deputados da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Vida, entre eles: Salvador Zimbalde, João Campos, o Ex- Dep.Luiz Bassuma (Autor do PL478/2007) entre outros.


    Na ocasião, foi lançada a Campanha a VIDA DEPENDE DO SEU VOTO!
    Maiores informações: www.brasilsemaborto.com.br

    * Maria José é coordenadora Geral do Comitê Brasil sem Aborto-Estado do RJ. 

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    "Vemos, ouvimos e lemos - Não Podemos Ignorar"
    Petição da Federação Portuguesa pela Vida debatida em plenária da Assembléia da República

    Lisboa, quinta-feira, 05 de julho de 2012(ZENIT.org) – Aconteceu hoje a reunião plenária da Assembléia da República, para debater a Petição “Vemos, ouvimos e lemos – Não podemos ignorar” entregue pela Federação Portuguesa pela Vida em Fevereiro de 2011.

    A iniciativa da Federação Portuguesa pela Vida pede aos deputados que se reveja a regulamentação desta prática, “por forma a saber se o consentimento foi realmente informado e a garantir planos de apoio alternativos ao aborto”, informou a Agência Ecclesia.

    A Lei nº 16/2007, sobre a ‘Exclusão da ilicitude nos casos de interrupção voluntária da gravidez’, determina “um período de reflexão não inferior a três dias a contar da data da realização da primeira consulta destinada a facultar à mulher grávida o acesso à informação relevante para a formação da sua decisão livre, consciente e responsável”.

    A petição apela ainda a critérios de “bem comum” para a gestão dos “escassos recursos” do país, pedindo que se “deixe de ‘cobrir de dinheiro’ o aborto”.

    A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) registou um total de 18 827 abortos em Portugal ao longo de 2011 e propõe o pagamento de uma taxa moderadora nestas situações para moralizar o acesso às intervenções.

    Segundo o relatório de 2011 do organismo estatal, a IGAS detectou que o número de interrupções da gravidez que consta do relatório da Direção Geral da Saúde (DGS) não coincide “na maioria das situações” com o número facultado pelas entidades inspecionadas.

    A inspeção-geral defende a instituição de “mecanismos que permitam detectar e controlar” os abortos recidivos, referindo que “seria de equacionar o pagamento de uma taxa moderadora, que terá um efeito moralizador no acesso” à intervenção, continuou a nota da Agência Ecclesia.

    Veja a Petição:

    http://www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/Paginas/DetalhePeticao.aspx?BID=12087

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    Mundo


    Ser missionário na nova evangelização
    65ª Semana de Missionologia em Burgos

    BURGOS,quinta-feira, 5 de julho de 2012 (ZENIT.org) - "Ser missionário na Nova Evangelização" é o tema central da 65ª Semana de Missionologia de Burgos, Espanha, que tem como objetivo analisar a relação que existe entre a missão ad gentes e a Nova Evangelização.

    A Faculdade de Teologia de Burgos informa que a Semana de Missionologia de Burgos 2012 pretende refletir sobre o sentido e a finalidade da Nova Evangelização e sobre a sua relação com a missão ad gentes da Igreja, além de delimitar os âmbitos próprios da Nova Evangelização dos pontos de vista geográfico, cultural e social, e meditar sobre o alcance da transmissão da fé e o modo de realizá-la num mundo secularizado e globalizado.

    O encontro é organizado pela arquidiocese de Burgos na Faculdade de Teologia, em parceria com a Comissão Episcopal de Missões e Cooperação entre as Igrejas e a Diretoria Nacional das Obras Missionais Pontifícias. A finalidade da reunião é levar adiante a experiência de reflexão missionária que há 65 anos é celebrada na cidade de Burgos.

    O evento começa nesta segunda, dia 9, com as boas-vindas do arcebispo de Burgos, dom Francisco Gil Hellín, e a apresentação da Semana pelo decano da Faculdade de Teologia de Burgos, Francisco Pérez Herrero. Segue a primeira conferência, Dimensão missionária da nova evangelização, de Ruiz Arenas, bispo secretário do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, de Roma.

    A segunda jornada, na terça-feira, começa com a conferência A missão ad gentes: dinamismo da nova evangelização, do professor Eloy Bueno de la Fuente, da Faculdade de Teologia de Burgos. Dom Adolfo González Montes, bispo de Almería, falará em seguida sobre Âmbitos do primeiro anúncio, e depois o tema Nova evangelização e Igrejas locais será apresentado pelo secretário geral dos Cristãos sem Fronteiras, José Valdavida Lobo.

    O evento prevê ainda testemunhos missionários, com a participação da irmã Natalia Moratinos, da Companhia Missionária do Sagrado Coração de Jesus, de Francisco Ortega, missionário do IEME, Instituto Espanhol de Missões Estrangeiras, e do padre José Luis Castillo Poyatos.

    Na quarta-feira, 11, o professor Juan Carlos Carvajal, da Faculdade de Teologia da Universidade São Dâmaso, de Madri, abrirá o terceiro dia com a palestra Pedagogia do primeiro anúncio. No final da manhã, uma mesa redonda debaterá o anúncio do evangelho nas metrópoles, nas periferias e nos meios de comunicação. Participam Xavier Morlans, consultor do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização, de Roma; irmã Concepción López Alcoceba, Filha da Caridade, e José Francisco Serrano Oceja, decano da Faculdade de Humanidades e Ciências da Comunicação da Universidade San Pablo, de Madri.

    A tarde da quarta-feira será dedicada à visita da catedral de Burgos e do museu da Evolução Humana, encerrando-se a jornada com um concerto no claustro da Faculdade de Teologia.

    O último dia, quinta-feira, oferecerá duas conferências: A Nova Evangelização no limiar da paróquia, do professor Roberto Calvo Pérez, da Faculdade de Teologia de Burgos, e A nova evangelização na busca do sentido do homem, do professor Francesc Torralba, da Universidade Ramón Llull, de Barcelona.

    A semana será encerrada por dom Braulio Rodríguez Plaza, arcebispo de Toledo e presidente da comissão episcopal espanhola de missões.  

    (Trad.ZENIT)

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    Famílias britânicas: elas pagarão pelo escândalo Libor?
    Impacto será sentido na poupança das famílias do Reino Unido, já enganadas pela manipulação do índice

    Carmine Tabarro,

    Comunidade Shalom

    ROMA, quinta-feira, 5 de julho de 2012 (ZENIT.org) - "A caridade na verdade coloca o homem diante da admirável experiência de doar. A gratuidade está presente na sua vida de muitas formas, muitas vezes despercebidas por causa de uma visão meramente produtivista e utilitarista da vida".

    O índice Libor, ou London Interbank Offered Rate, é uma taxa de referência diária com base nas taxas de juros, que é oferecida para grandes empréstimos entre os bancos internacionais que operam no mercado londrino. O escândalo de manipulação do índice já custou ao banco Barclays uma multa de 290 milhões de libras (450 milhões de dólares). A mega-multa, no entanto, é bem inferior aos danos causados pela manipulação dos índices, já que globalmente são atrelados ao Libor trilhões de dólares em contratos de derivativos.

    A magnitude dos números sugere, com grande probabilidade, que as sanções afetarão outros bancos entre os dezoito que formam os índices Libor, expressos em dez moedas e quinze vencimentos, que vão de um dia até 12 meses.

    Quem pagará por este escândalo, que, mais uma vez, escancara a urgência de reformar as finanças globais? Um escândalo, conste, que gerou até agora contratos derivados no valor de 640 trilhões de dólares, ou catorze vezes o PIB total do planeta Terra, com regras que impedem que um oligopólio de banqueiros e especuladores apátridas governem as finanças, influenciem os mercados financeiros e dirijam o destino da economia real e, portanto, das famílias.

    Certamente, o escândalo terá um impacto significativo sobre as famílias inglesas, muitas das quais podem ter sido fraudadas pela manipulação dos índices Libor. Mas de forma igualmente importante, pode afetar as poupanças das famílias que possuem títulos bancários, sobre os quais, segundo os especialistas, "pairam pesadas nuvens".

    Michael Hewson, analista de mercado sênior da CMC Markets, opina: "Embora muitos analistas já estejam dizendo que é hora de retornar aos títulos bancários, acreditamos que isso não é aconselhável nem do ponto de vista da análise técnica nem da análise fundamentalista. O setor bancário no Reino Unido tem atualmente um valor de mercado quatro vezes inferior aos preços de 2007 e de quase a metade em relação a 2010, estando há 24 meses sob pressão por causa dos problemas da dívida pública. Daí a sua exposição a potenciais insolvências. Estima-se que, no final de 2011, a exposição de todo o setor bancário do Reino Unido aos casos da Espanha e da Itália seja de 90 bilhões de libras".

    O escândalo sobre o ajustamento da taxa Libor aumentará as exigências de melhor supervisão do setor financeiro, como já aconteceu em 2008. E cada vez que se descobrir um novo golpe sistêmico, este câncer pesará ainda mais sobre os orçamentos de bancos e sobre a sua capacidade de obter lucros.

    Considerando ainda que os bancos nacionalizados, como o RBS e o Lloyds, provavelmente serão chamados a pagar multas financeiras como resultado de suas condutas quanto às taxas Libor, as famílias britânicas se encontrarão na situação paradoxal de ter que pagar multas mesmo tendo sido enganadas!

    Por esta razão, consideramos que o setor bancário inteiro continua a ser altamente arriscado. É urgente, como afirma Bento XVI, "um controle mundial das finanças que garanta regras mais rigorosas e transparentes".

    Fechamos a reflexão citando novamente as palavras do Santo Padre: "O ser humano é feito para o dom, que exprime e realiza a sua dimensão de transcendência. Às vezes, o homem moderno erroneamente acredita que é ele próprio o autor único de si mesmo, da sua vida e da sociedade. Esta é uma presunção que leva ao encerramento egoísta do homem em si mesmo, como fruto do pecado original. A sabedoria da Igreja sempre propôs a consideração do pecado original na interpretação dos fatos sociais e na construção da sociedade".

    O papa acrescenta: "Ignorar que o homem tem uma natureza ferida, inclinada ao mal, abre espaço para graves erros no campo da educação, da política, da ação social e da moral. À lista de áreas em que os efeitos perniciosos do pecado se manifestam, adicionou-se já faz tempo a área da economia. Temos disto uma prova clara neste período. A convicção de ser autossuficiente e capaz de eliminar o mal presente na história apenas pela própria ação levou o homem a confundir felicidade e salvação com formas imanentes de prosperidade material e de ação social".

    "A convicção da necessidade de autonomia da economia, que não deve aceitar influências de caráter moral, levou o homem a abusar do instrumento econômico de forma destrutiva. No longo prazo, estas convicções resultaram em sistemas econômicos, sociais e políticos que atropelam a liberdade de indivíduos e de entidades sociais e que, precisamente por isso, não foram capazes de garantir a justiça que prometiam", avalia o pontífice.

    (Trad.ZENIT)

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    A vitalidade da religião Católica
    Aumenta o número de sacerdotes no mundo

    BRASÍLIA, quarta-feira, 04 de julho de 2012(ZENIT.org) – Censo Anual realizado pelo Centro de Estatística e Investigações Sociais (CERIS), divulgado recentemente pela CNBB, mostra um crescimento considerável em relação às vocações sacerdotais e religiosas, confirmando no Brasil a tendência do aumento do número de sacerdotes diocesanos e religiosos no mundo que começou em 2000 e continuou em 2010.

    O Censo Anual de realizado pelo CERIS — entidade brasileira de pesquisa religiosa fundada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) - revelou uma “Igreja Viva”. É o que afirma a análise sociológica da evolução numérica da presença da Igreja no Brasil, feita pelo sociólogo Padre José Carlos Pereira, colaborador do CERIS.

    A distribuição de padres por habitantes é um dos fatores levantados pela pesquisa. Em 2000 eram 16.772 padres. Em 2010 chegou a 22.119 padres. Em 2000 havia pouco mais de 169 milhões de habitantes e para cada sacerdote eram 10.123,97 habitantes. Dez anos depois havia aproximadamente 190 milhões de habitantes e cada padre teria o número de 8.624,97 habitantes.

    Conforme o Anuário Pontifício 2012, entregue ao Santo Padre Bento XVI em março deste ano, a tendência de crescimento no número de sacerdotes no mundo começou em 2000 e continuou em 2010, ano em que foram contados 412.236 padres, dos quais 277.009 diocesanos e 135.227 do clero regular; em 2009 eram 410.593, sendo 275.542 diocesanos e 135.051 religiosos.

    No total, o clero aumentou entre 2009 e 2010 em 1.643 padres. Os aumentos foram registrados na Ásia (1.695), África (761), Oceania (52) e América (40), enquanto a queda afetou a Europa (905 sacerdotes a menos).

    Os dados estatísticos se referem a 2010 e fornecem uma análise sintética das principais dinâmicas da Igreja católica nas 2.966 circunscrições eclesiásticas do planeta. 

    A concentração do clero por regiões brasileiras, segundo a pesquisa do CERIS, mostrou que havia uma concentração maior na região sudeste em detrimento das outras regiões. Do total de padres no país a região sudeste concentrava quase metade dos sacerdotes, com 45%. O sul ficava com um quarto da população de padres, 25%, o nordeste 16%, o centro-oeste apenas 9%. Já o norte seria a região com menos padres, apenas 3%.

    O quadro geral no Brasil “mostra uma vitalidade da religião católica, por meio de um borbulhar de novas modalidades, ou novas formas de viver a fé católica, por meio das novas comunidades, novos movimentos eclesiais e da volta às origens dos ideais das primeiras comunidades cristãs, que tem refletido outro quadro estatístico, que é da evolução do número de presbíteros entre os anos de 1970 e 2010, conforme vemos na atual planilha do CERIS.Isso indica um retorno ao catolicismo dos afastados, mas também uma identificação maior daqueles que já praticavam o catolicismo, mas não se sentiam muito firmes, identificados com a doutrina católica”, destaca a análise.

    O Censo Demográfico 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que os católicos permanecem sendo maioria, embora haja uma maior diversidade religiosa da população brasileira. Os dados mostram que 64,6% da população professa a fé católica, havendo 72,2% de presença neste credo no Nordeste, 70,1% no Sul e 60,6% no Norte do país. 

    A análise mostra que outros 22,2% da população são compostos por evangélicos, 8% por pessoas que se declaram sem religião, 3% por outros credos e 2% por espíritas.

    MEM

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    Em foco


    Está chegando o Seminário Nacional Juventude e Bioética, promovido pela CNBB
    Entrevista com a Dra. Cláudia M. C. Batista, uma das pelastrantes do evento

    Por Thácio Siqueira

    BRASILIA, sexta-feira, 6 de Julho de 2012 (ZENIT.org) - Hoje, sexta-feira, é o último dia para inscrever-se no Seminário Nacional Juventude e Bioética, promovido pela CNBB. Para fazer a inscrição no seminário acesse: http://www.jovensconectados.org.br/seminario-bioetica

    De acordo com o comitê organizador as principais publicações de apoio, aprofundamento e formação em bioética sugeridos para os temas que o seminário abordará são: Questões de Bioética, Estudos da CNBB n. 98, Edições da CNBB; A Dignidade da Vida Humana e as Biotecnologias, Brasília: Edições da CNBB, 2005.

    Já às vésperas do Seminário, ZENIT entrevistou uma das especialistas que estará na mesa de palestrantes do evento, a professora-adjunta da Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ), Dra. Cláudia Maria de Castro Batista, pós doutorado na Universidade de Toronto.

    Publicamos a entrevista na íntegra:

    ZENIT: Por que a senhora está num seminário de bioética? Qual é a sua relação com a área? Qual será a sua contribuição nesse seminário?

    Dra. Claudia: Fui convidada pala Dra. Lenise Garcia que também participará deste Seminário. Desde o julgamento da ADIN contra a Lei de Biossegurança aprovada em 2005 comecei a me interessar pela área. Nesta época acabava de retornar ao país após um postdoc na Universidade de Toronto (onde me especializei em biologia das células tronco) e o então Procurador Geral da República, Dr. Claudio Fonteles convidou-me para participar do debate público no STF sobre as pesquisas com células tronco embrionárias humanas.

    Minha contribuição nesse seminário seria propiciar o debate que envolve o avanço da Ciência e a proposta de novas técnicas na área da Biotecnologia que devem se conciliar com o fato de que a vida humana é um direito fundamental. Pretendo mostrar um pouco o atual estado da arte nas Pesquisas com Células Tronco,  o seu objeto de estudo e a importância na Medicina Regenerativa, e fazer uma rápida análise bioética sobre a manipulação celular, de gametas e embriões humanos nestas pesquisas que se levam a cabo.

    ZENIT: Esse seminário está destinado a qual público?

    Dra. Claudia: Está voltado para o público em geral mas especialmente aos jovens e líderes como preparação para a Jornada Mundial da Juventude em 2013.

    ZENIT: Alguém que não tem formação médica tem capacidade para entender as questões bioéticas?

    Dra. Claudia: Sim. Acredito que um bioeticista tem que ter uma boa formação antropológica, filosófica e estar interado das questões biomédicas quanto à ética nas pesquisas e aos procedimentos em pacientes que, como seres humanos, devem respeitar e valorizar cada pessoa humana como um todo.

    ZENIT: Na sua opinião, quais são os principais problemas que a bioética afronta no Brasil?

    Dra. Claudia: Em termos de Ciência e Biotecnologia, aqui chegam os problemas já enfrentados no resto do mundo, principalmente a pesquisa envolvendo embriões humanos e as técnicas de fertilização assistida. No campo da saúde pública há ainda toda uma escola com princípios onde o ético seria “o bem comum social”, valorizando o coletivo acima do pessoal, o que leva a inúmeros erros, ou ainda uma ética utilitarista onde tudo se justifica em favor do coletivo.

    ZENIT: A bioética é algo propriamente e exclusivamente da Igreja Católica? É algo só do dogma católico, que diz que é proibido matar, discriminar... ou é algo humano, racional?

    Dra. Claudia: Não é algo católico nem criado por católicos.  O termo Bioética começou a ser usado amplamente a partir do livro lançado em 1971, "Bioética: Ponte para o Futuro", do biólogo e oncologista americano Van R. Potter. Nasceu da necessidade de se deslocar a discussão acerca dos novos problemas impostos pelo desenvolvimento tecnológico, de um viés mais tecnicista para um caminho mais pautado pelo humanismo, superando a dicotomia entre os fatos explicáveis pela ciência e os valores estudáveis pela ética.

    ZENIT: Por que devemos respeitar o embrião humano?

    Dra. Claudia: Penso que há um consenso quando se pensa que se deve respeitar todo e qualquer ser humano a partir do primeiro momento da sua existência. A discussão hoje é questionar que momento é este, embora a embriologia tenha desde o século XIX demonstrado com muita segurança o momento da fecundação como o marco para o início do desenvolvimento de um novo indivíduo da espécie humana. É importante ressaltar que esta questão nunca havia sido levantada até que se começou o congelamento de embriões em clínicas de fertilização assistida. Estes embriões, criados com a única finalidade de procriação, foram sendo acumulados e, na procura de um destino para eles, aventou-se a possibilidade de utilizá-los para pesquisas. O embrião humano nunca foi e nunca será um material biológico trivial.

    ZENIT: Algumas pessoas acusam os católicos de se preocuparem muito com as vidas delas, com os "seus" úteros, com os "seus" filhos, etc. Realmente a Igreja católica tem o interesse de "infernizar" as pessoas com os seus dogmas e doutrinas? Ou toda reflexão bioética é para um melhor desenvolvimento e progresso da sociedade?

    Dra. Claudia: O valor da vida humana é um valor universal, não depende do tempo nem da cultura de um grupo social. A reflexão bioética se faz necessária quando, por exemplo, não está claro para legisladores e cientistas, que o progresso da ciência em si não justifica qualquer procedimento, mesmo que este traga benefícios futuros para a coletividade. É fundamental ter como princípio o benefício também para o embrião, uma vez que este é primeiramente um ser humano e não apenas material biológico.

    ZENIT: Há hospitais no Brasil que "fabricam" o filho que a pessoa quiser ter, com a cor dos olhos, da pele, o sexo, etc... porém, fazem isso à custa da morte de vários embriões. Se o embrião é um bebê no estágio inicial, não será uma monstruosidade o que fazem nesses hospitais?

    Dra. Claudia: Daí a absoluta necessidade de formar a opinião pública no sentido de reconhecer que não há outros marcos no desenvolvimento além do momento da fecundação. Qualquer outro evento apontado é aleatório. Por exemplo, o aparecimento do sistema nervoso. Não existe um momento ou evento único que marque o aparecimento do sistema nervoso ou do cérebro. Para que o primórdio deste surja são necessárias no mínimo duas semanas. Portanto, respeita-se a vida humana a partir da fecundação ou não a respeitaremos nunca. 

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    Nasce no Egito a "Irmandade Cristã"
    União das minorias é alternativa ao extremismo

    Valentina Colombo

    ROMA, sexta-feira, 6 de julho de 2012 (ZENIT.org) - Como lema, "O amor pelo Egito é a solução", e como logotipo, dois ramos de oliveira que se cruzam, em vez de duas espadas. Em outras palavras, a Irmandade Cristã no lugar da Irmandade Muçulmana. É uma ideia que tem circulado há vários anos, ficou mais forte no período pós-revolucionário e está prestes a se tornar realidade, após a eleição para presidente de Mohammed Morsi, que parece ter marcado o fim do sonho de um estado livre no Egito.

    E é justamente este o principal motivo que levou Michel Fahmy, Amir Iyad e Mamduh Nakhla a lançar um movimento que deverá agir nos âmbitos político, social e judiciário em favor dos cristãos do país.

    Amir Ayad declarou ao jornal al-Yom al-Sabi’ que um dos primeiros passos será “unir as vozes e apoiar a presença dos coptas, a língua copta de forma oficial, porque, depois da queda do estado civil, foram derrotadas as correntes civis que não conseguiram se opor ao avanço religioso ao poder e surgiram movimentos extremistas, como a Associação para a Promoção do Bem e para a Proibição do Mal. Acreditamos que os egípcios têm todas as ferramentas e o direito de formar estruturas para se contraporem a esses eventos”.

    A escolha do nome é significativa. A idéia é imitar o método de ação da Irmandade Muçulmana, em particular a ideia de começar de baixo e ser um movimento popular.

    Ayad também deixou bem destacadas as diferenças. A Irmandade Cristã se propõe a combater o flagelo do analfabetismo, da ignorância e da pobreza, mas pretende ainda melhorar a economia egípcia através do turismo e, sobretudo, lutar contra a intolerância e em prol do mais alto valor da cidadania.

    Apesar de ser um movimento com raízes e valores religiosos, portanto, os “Irmãos Cristãos” põem em primeiro lugar o fato de pertencerem a uma nação em cujo seio não deve haver nenhuma discriminação por motivos religiosos.

    Dois outros pontos que a Irmandade Muçulmana esclareceu têm relação com o seu financiamento, que virá dos próprios membros, e com a sua orientação, que não terá um "líder supremo", em contraste com a Irmandade Muçulmana.

    Os Irmãos Cristãos também explicaram que não possuem nenhuma ligação oficial com a Igreja Copta e ressaltaram que, para eles, a igreja é simplesmente o lugar onde vão orar.

    Este esclarecimento não é casual. Poucos dias depois da eleição do novo presidente egípcio, o papa copta Anba Pacômio visitou Mohammed Morsi acompanhado de uma delegação, confirmando a política oficial da Igreja Copta de colaborar com quem quer que esteja no poder, na esperança de sobreviver. Neste contexto, a Igreja Copta mostrou muita desconfiança na “estreia política” de uma nova estrutura de matriz religiosa.

    Para dissipar qualquer dúvida, os próprios fundadores da Irmandade se definem como ativistas que lutarão em todas as frentes para que os coptas, e não apenas eles, se tornem cidadãos egípcios de pleno direito e não sejam engolidos pela onda de integralismo islâmico que conquistou o cargo supremo do país.

    Sua intenção é estabelecer uma rede de pessoas que, antes de pensar nas eleições e no poder, se ocupem do bem-estar dos cidadãos e coibam todas as formas de intolerância e de violência.

    Seria desejável, neste sentido, uma aliança ou, pelo menos, uma ação conjunta com o grupo da "Terceira Opção", composta por partidos liberais e laicos que, no último 23 de junho, anunciaram que adotarão uma postura em prol de um Estado civil e moderno. Igualmente desejável seria a colaboração com as associações femininas que todos os dias combatem a crescente discriminação contra as mulheres no Egito.

    É importante a lúcida declaração de Michel Fahmi ao canal de televisão por satélite Al Arabiya: “A nossa ação pretende ajudar os egípcios, muçulmanos e cristãos, a desenvolver as qualidades que os levem a ser cidadãos ativos. Por exemplo, 34% das famílias egípcias é mantida pelo trabalho das mulheres. Por este motivo, o empoderamento das mulheres é de extrema importância”.

    Como escreveu faz alguns meses o intelectual copta Kamal Ghobrial, “se as minorias de coptas, leigos, liberais e mulheres se unissem numa frente comum, virariam maioria. E o extremismo islâmico talvez acabasse relegado a um canto”.

    Para conseguir este cenário, as minorias precisam deixar de lado os egos e ideologias que sempre as caracterizaram. Os Irmãos Cristãos parecem ter começado com boas intenções. Esperamos que eles saibam catalisar os coptas e dialogar construtivamente com os outros, especialmente com as vítimas do extremismo islâmico.

    (Trad.ZENIT)

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    Entrevistas


    Os passos para validar seu diploma de teologia no Brasil (Parte II)
    Diretor Geral da Faculdade Dehoniana, Dr. Pe. João Carlos de Almeida, em entrevista a ZENIT

    Por Thácio Siqueira

    BRASILIA, quarta-feira, 4 de Julho de 2012 (ZENIT.org) – O Dr. Pe. João Carlos de Almeida, scj, Diretor Geral da Faculdade Dehoniana no Brasil, concedeu a ZENIT uma entrevista sobre o processo de validação dos diplomas de teologia no Brasil.

    Publicamos hoje a segunda parte da entrevista. Para ler a primeira parte clique aqui.

    ***

    ZENIT: O que se exige para entrar no programa de validação?

    PE. JOÃO: Exige-se praticamente que o curso que a pessoa tenha feito no seminário, ou na instituição X ou Y, tenha 1600 horas no mínimo. A partir disso, a pessoa tem que completar a carga horária na faculdade que está oferecendo a convalidação. No nosso caso, a carga horária é de 3.000 horas. O MEC exige que, no mínimo, 20% da carga horária do curso seja feita na faculdade que está oferecendo a convalidação. Isso significa que a convalidação não é aproveitamento de disciplinas, mas de conhecimentos teológicos.

    ZENIT: Pode ser por sistema semi-presencial esses 20%?

    PE. JOÃO: Pode ser com o uso de tecnologia semi-presencial, por exemplo, por meio da Internet. A Faculdade Dehoniana utiliza este recurso para oferecer 20% de sua carga-horária, que correspondem a 600 horas, conforme permite a lei. Mas antes de tudo é necessário prestar um vestibular. Depois o aluno terá de cursar 300 horas em disciplinas no primeiro semestre e 300 horas num segundo semestre. As provas devem necessariamente ser presenciais. No final o aluno deve defender seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que pode ser o mesmo que apresentou no Curso Livre. A partir daí está apto para colar grau.

    ZENIT: Como é o vestibular?

    PE. JOÃO: Para fazer o vestibular é preciso ir à faculdade. A prova acontece na forma de redação e depois a pessoa tem que apresentar toda a documentação para matrícula: histórico, certificado de conclusão de um curso livre... e tudo o que se encontra no site da Faculdade Dehoniana.

    ZENIT: O termo “curso livre” é utilizado também para definir alguém que tenha um diploma de uma faculdade estrangeira?

    PE. JOÃO: Aquí nos deparamos com algo novo. A legislação educacional brasileira permite revalidação de diplomas de graduação obtidos no exterior em países com os quais o Brasil tem acordos educacionais, porém esse proceso só pode ser feito por universidades públicas (Federais e estaduais). No Brasil, no momento, não existe nenhuma universidade pública que tenha curso de teologia. Nesse caso, a única forma de receber reconhecimento civil de um curso de teología realizado no exterior é por meio da convalidação.

    ZENIT: Quando é o vestibular?

    PE. JOÃO: O vestibular acontece agora durante todo o mês de julho. A pessoa agenda o dia e o horário que lhe for mais conveniente. No final do ano teremos outro vestibular, este, porém, com uma data fixa.

    ZENIT: Como são as instalações da Faculdade?

    PE. JOÃO: É um prédio bem aparelhado. Temos recebido conceitos muito bons nas avaliações do Ministério da Educação. Toda sala de aula real tem uma extensão virtual, computador, datashow e outros recursos. No ano de 2005 foi construída uma nova ala. Nossa biblioteca tem mais de 60.000 volumes.

    ZENIT: E quais são as outras carreiras?

    PE. JOÃO: Temos filosofia e teologia, que é a nossa tradição. Mas, estamos preparando a abertura do curso de Administração de Empresas.

    ZENIT: O que vocês oferecem de pós-graduação?

    PE. JOÃO: Temos pós-graduação em Gestão Religiosa, em Teologia e também em Doutrina Social da Igreja, gerenciada pelo nosso Centro de Estudos Léon Dehon (CELDE) que faz parte de uma rede internacional ligada ao Pontifício Conselho de Justiça e Paz, para cultivar e divulgar a Doutrina Social da Igreja, que era um dos grandes objetivos do nosso fundador, Léon Dehon. Ele foi contemporâneo da Encíclica Social Rerum Novarum. Temos também uma pós-graduação muito interessante que está abrindo uma quarta turma agora em janeiro de 2013: Pós-graduação para Formadores de Seminários e Casas de Formação. É uma iniciativa da Faculdade em parceria com a CNBB por meio da OSIB Sul 1. 

    ZENIT: Como está formado o Corpo docente?

    PE. JOÃO: 97% do nosso corpo docente é formado por mestres e doutores. Metade mestres e metade doutores. Alguns com doutorado em Roma, outros na Bélgica e em outras partes do mundo.

    ZENIT:  Quem quiser convalidar o seu diploma de teologia precisaria correr para fazê-lo?

    PE. JOÃO: Olha, o meu conselho é que corra. Nunca sabemos até quando irá vigorar o Parecer 063. Para outros cursos como filosofia, marketing e fisioterapia esta possibilidade ficou aberta um tempo e depois a porta se fechou.  Quem deixou para amanhã ficou sem a possibilidade. No Brasil temos até doutores em teologia que, em nível civil, só têm o Ensino Médio.

    Para maiores contatos: (12) 3625-8080,  

    Site: www.dehoniana.org.br,

    E-mail: dehoniana@uol.com.br; convalidacao@dehonianaonline.org.br

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    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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