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    sábado, 7 de dezembro de 2013

    [Novo post] A crença na crença esquerdista, OU o esquerdismo de segunda mão





    lucianohenrique publicou: " Sei que vou incomodar alguns com o que vou dizer, mas tratarei de um fenômeno que notei há alguns tempos em relação ao trato dado pela direita ao esquerdismo. Também usarei insights vindo dos autores neo-ateus, denunciando um fenômeno que eles definem" 



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    Nova publicação em Ceticismo Político 











    Sei que vou incomodar alguns com o que vou dizer, mas tratarei de um fenômeno que notei há alguns tempos em relação ao trato dado pela direita ao esquerdismo. Também usarei insights vindo dos autores neo-ateus, denunciando um fenômeno que eles definem como "crença na crença".

    "Crença na crença" é um termo cunhado por Daniel Dennett, e utilizado bastante por Richard Dawkins, no qual ele criticava alguns ateus por não acreditarem em Deus, mas ao mesmo tempo acharem que a crença em Deus é uma coisa boa. Assim, mesmo não acreditando em Deus, o ateu continuaria acreditando na virtuosidade da crença em Deus.

    Traduzindo esse fenômeno para um padrão específico, podemos redefinir a crença na crença desta forma: não acreditar nas alegações principais de uma pessoa ou grupo, mas acreditar em diversas outras alegações políticas desta pessoa ou grupo.

    Por exemplo, alguns religiosos dizem que "uma pessoa só é moral se for religiosa". Eu não acredito nesta afirmação. Se um ateu não acredita em Deus, mas acredita na afirmação de que "uma pessoa só é moral se for religiosa", então ele acredita na crença religiosa (e em alegações que alguns aderentes fazem a respeito dessa crença). Para Dawkins, isso significa se tornar um religioso de segunda mão. Mas a crença religiosa não é assunto deste post, mas sim o fenômeno da crença na crença.

    É quando noto que muitos adeptos da direita possuem crença na crença esquerdista, tornando-se, sem querer, esquerdistas de segunda mão. Ainda que esquerdistas moderados, os direitistas que possuem crença na crença tem sido muito úteis à esquerda.

    Se tomarmos por base que toda a crença no estado que esquerdistas possuem é retribuída em doses proporcionais com nossa descrença no mesmo estado, podemos tomar como ponto de partida que somos tão descrentes no estado quando o ateu é um descrente em Deus. Assim, quase todo direitista não tem crença na alegação central do esquerdismo.

    Mas agora é que a porca torce o rabo. Pois em relação à sua crença, os esquerdistas fazem diversas afirmações, que, infelizmente, são tomadas como verdade por algumas pessoas da direita.

    Por exemplo, quando o esquerdista defende sua crença no estado, dizendo que é assim que "se fará a justiça social", muitos direitistas caem no truque e dizem: "priorizar a justiça social é uma balela". Qual a alegação política esquerdista que foi aceita de forma injustificada aqui? Simples: "a esquerda defende a justiça social, mas a direita não".

    O problema é que toda uma literatura com base em Milton Friedman e Ludwig von Mises nos mostra exatamente o oposto: a justiça social é melhor defendida com base nos princípios do livre mercado. Foi assim que surgiu a motivação para a abolição da escravatura: lançar pessoas consumidoras no mercado. Isso vale para todas as minorias. A afirmação de que "a esquerda defende a justiça social, mas a direita não" é flagrantemente falsa, mas muitas pessoas da direita a aceitam. Isso é o fenômeno de "crer na crença" do esquerdismo. A partir daí, alguém passa a fazer propaganda do esquerdismo mesmo sem perceber.

    Outro exemplo está em quando um esquerdista diz: "somos adeptos da mudança, mas eles são adeptos da conservação do status quo". Ué, mas conservar o aparelhamento estatal criado pelos esquerdista não é uma conservação do status quo? Mesmo assim, incrivelmente surgiu o rótulo conservador, que é atribuído unicamente a quem é de direita. Aí basta o esquerdista dizer "ele é conservador, então conserva [o status quo], e portanto não quer a sociedade melhor". Se alguém de direita repetir o mesmo discurso, dificilmente perceberá que o esquerdista está rindo nas costas dele. Temos aqui mais um esquerdista de segunda mão.

    Sou um fã de Ann Coulter, que, as vezes, se torna esquerdista de segunda mão ao chamar os esquerdistas de "liberais". Mas como é que podem ser liberais se querem inchar o estado, o órgão repressor que tem o monopólio da ação coerciva legalizada? Ao dar o rótulo "liberal" aos esquerdistas, ela acreditou em crenças de esquerdistas.

    Sei que é polêmico o que afirmo, pois autores como Olavo de Carvalho e Ann Coulter são importantíssimos no combate à esquerda. Mas vez por outra aceitam algumas pequenas crenças esquerdistas que são extremamente benéficas ao esquerdismo (exemplos: "o conservadorismo é característica da direita", "a justiça social é coisa da esquerda, não da direita", "a esquerda é liberal" - e não estou dizendo que os dois autores citados possuem todas essas crenças, mas sim uma ou outra delas). O que estou dizendo é que toda a grande ajuda que eles tem dado à direita seria ainda mais efetiva se não incorporassem instâncias de crença na crença esquerdista.

    Eis a diferença para o paradigma neo-iluminista que defendo. Eu não estou interessado apenas em divergências básicas com os esquerdistas, mas principalmente em desmascarar todas as alegações políticas injustificadas que fazem. Em suma, não só eu rejeito a crença esquerdista, como principalmente a crença na crença esquerdista. Em outras palavras, eu não estou apenas interessado naquilo que os esquerdistas falam sobre suas propostas políticas, mas também naquilo que os esquerdistas falam sobre eles próprios e também sobre seus oponentes.

    Toda essa esfera de discurso esquerdista contém alegações que, se aceitas, dão benefício político ao oponente. Pelo meu paradigma de ceticismo político, uma alegação política é aquela que, se aceita, gera benefício político ao seu oponente. Estas alegações devem ser priorizadas para questionamento. O neo-iluminismo não passa da aplicação do ceticismo político contra a religião política (esquerda).

    Seremos realmente efetivos no combate à esquerda quando demonstrarmos que não só as crenças básicas do esquerdista são inválidas, como principalmente o são as crenças que eles fazem a respeito de seus valores, suas intenções e dos valores e intenções do oponente. Cada rotulagem feita por um esquerdista, por menor que seja, contém afirmações sobre o mundo. Cuidado com aquilo que deixamos de questionar e expor como falso, quando cabível.

    Em resumo: precisamos não apenas rejeitar a crença esquerdista, como também qualquer instância de crença na crença esquerdista.















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    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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